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Avaliação Clínica do Sistema Digestório 2

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Avaliação clínica do sistema digestório 2 
 
Doença hepática 
- São lesões dos hepatócitos e/ou colestase 
(diminuição ou interrupção do fluxo biliar do fígado 
ao duodeno) 
- Causas: hipóxia, inflamação, intoxicação, neoplasia e 
obstrução do ducto biliar 
- A doença hepática pode ser revertida 
 
Insuficiência hepática 
- É a incapacidade do fígado de remover ou produzir 
substâncias 
- Aqui há maior comprometimento, por isso é mais 
difícil de reverter 
- A doença hepática nem sempre causa insuficiência 
hepática, pois para haver insuficiência é preciso haver 
uma perda de 70 a 80% da massa hepática funcional 
 
- Em cães costuma ser crônica e em felinos 
geralmente é aguda 
Sintomas não específicos 
- Hiporexia/anorexia 
- Depressão 
- Letargia 
- Perda de peso 
- Pelame fraco ou eriçado 
- Náusea/vômito 
- Desidratação 
- Diarreia 
 
 
Sintomas específicos e não patognomônicos 
- Aumento de volume abdominal 
- Icterícia 
- Hipersalivação persistente 
- Poliúria e polidipsia 
- Encefalopatia metabólica 
- Tremores 
- Convulsões 
 
É preciso saber se a doença hepatobiliar é primária 
ou secundária, pois caso ela esteja sendo causada por 
outra afecção é necessário tratar também a causa 
base primeiro para reverter o quadro 
Diagnóstico diferencial: endocrinopatias, causas 
infecciosas, virais, bacterianas, neoplasias. 
 
- Compreende um espectro de doenças hepáticas que 
compartilham características e clinicas semelhantes 
- Muito comum em cães 
- O diagnóstico é um desafio 
 
Causas 
- Fármacos: uso crônico de anticonvulsivantes como 
fenobarbital 
- Infecciosa: hepatite infecciosa canina, leptospirose 
- Idiopática 
- Predisposição racial: doberman, York, cocker, 
pinscher 
- Distúrbios relacionados ao metabolismo do cobre 
 
 
Sinais clínicos 
- É possível observar uma grande perda da massa 
muscular, por volta de 70 a 80%, o que vai interferir 
no ciclo da ureia 
- Os sintomas podem ser isolados ou combinados 
• Inicialmente: anorexia, perda de peso, letargia, 
poliuria, polidipsia 
• Cronicamente: efusão abdominal/ascite, 
encefalopatia hepática, hipoglicemia, 
hepatomegalia 
 
Diagnóstico 
- Hemograma 
- Bioquímico: ALT, FA, GGT, albumina, glicemia 
- Ultrassom 
- Biópsia: diagnóstico definitivo, porém é cara e tem 
risco de hemorragia 
 
Tratamento 
- É importante tratar primeiro a causa base 
- Dieta com alta digestibilidade de proteínas, pois 
reduz 
- Ranitidina 2mg/kg/BID 
- Omeprazol 1mg/kg/BID 
- Sucralfato 1g/25kg de peso/TID 
- SAME 20mg/VO/SID 
 
No caso de ter ascite 
- Abdominocentese para drenar e analisar o liquido e 
aliviar a dificuldade respiratória e desconforte, além 
- Diuréticos: espironolactona ou furosemida 
Causas: relacionado com distúrbios de origem 
hepática ou vascular 
Patogênese: pressão hidrostática venosa elevada, 
pressão oncótica intravascular diminuída (albumina), 
permeabilidade vascular alterada e reabsorção 
insuficiente 
Prognóstico 
- Não tem cura, mas tem controle 
- Depende muito da causa primária, tempo e resposta 
individual de cada paciente 
 
- É o alto acúmulo de gordura nos hepatócitos, 
levando a uma alteração hepática e prejudicando o 
fígado em seus processos metabólicos 
- É a doença hepática mais comum em felinos, 
acometendo mais animais idosos 
- Pode ser primária ou secundária 
- Possui alta mortalidade, a não ser que o paciente 
seja intensamente alimentado 
 
Fatores de risco 
- Anorexia 
- Jejum prolongado 
- Estresse 
- Deficiência de proteína: arginina, taurina, metionina 
e carnitina (principalmente arginina) 
 
Causas 
- Obesidade 
- Ingestão calórica desbalanceada 
- Desnutrição 
- Hepatotoxinas 
- Doenças sistêmicas e idiopáticas 
 
Sinais clínicos 
- Anorexia/hiporexia 
- Depressão 
- Letargia 
- Perda de peso 
- Icterícia 
- Organomegalia em casos mais avançados 
 
Diagnóstico 
- Hemograma: é solicitado para ver a condição geral 
do paciente 
- Bioquímico: ALT, AST, FA, GGT e bilirrubina direta e 
indireta 
• FA e aumento discreto de GGT, além de ter 
hiperbilirrubinemia em 95% dos casos 
• Bilirrubina direta diz respeito a alterações 
hepáticas, a bilirrubina indireta diz respeito a 
alterações sanguíneas, enquanto a total é a junção 
dos resultados da direta e indireta 
- Ultrassom: possível observar hepatomegalia 
- Biópsia: diagnóstico definitivo, porém não é feito 
 
Tratamento 
- Alimentação de elevado valor proteico 
- Alimentação líquida/pastosa 
- Não forçar a alimentação para não gerar estresse 
(estresse é fator de risco, pois aumenta a resistência 
insulínica que perpetua a lipidose) 
- Pode ser necessário o uso de sonda nasogástrica ou 
esofágica, sendo preferível a esofágica 
 
Cuidados com a sonda 
- Confirmar o local da sonda com raio x 
- Alimento deve estar em temperatura ambiente 
- São administrados 10 a 15ml de comida a cada 3h 
- Limpar a sonda antes e depois de cada alimentação 
- Deve permanecer até que o paciente retorne a se 
alimentar espontaneamente 
 
- Antieméticos: maropitant, ondasetron, dolasetron 
- Vitamina K1 e B12 
- L – carnitina 
- SAMe 
- Estimulante de apetite: mirtazapina 
 
- Doença inflamatória dos ductos biliares, podendo 
evoluir para o parênquima hepático 
- Pode ser primária, secundária ou concomitante 
(doença inflamatória intestinal, pancreatite, tríade 
felina) 
- Não se tem muita informação quanto a sua causa 
 
Diagnóstico 
- Hemograma 
- Bioquímico: FA, ALT, AST, GGT, bilirrubinas, albumina, 
ureia, creatina, proteína total 
- Teste de FIV/FeLV 
- Ultrassom 
- Raio x 
- Cultura e antibiograma da bile 
- Biópsia hepática: diagnóstico definitivo 
 
Tratamento 
- Antibióticoterapia: metronidazol, amoxilina + 
clavulanato 
- Realizar cultura e antibiograma da bile e 
histopatológico 
- Omeprazol e sucralfato para ulceras gástricas 
- Fenobarbital para crise epilética (cuidado na 
dosagem) 
- Suporte nutricional 
- SAMe 
 
 
- É a inflamação do pâncreas 
- É o aumento da secreção de enzimas pancreáticas 
ou ativação inadequada de tripsina e outros 
zimogênios digestivos. Essas enzimas digestivas 
ativadas causam efeito local como inflamação, 
necrose das células acinares e necrose de gordura 
hepática 
- Pode ser inflamatória, aguda ou crônica 
- Causas 
• Felinos: idiopática, infecciosa, tríade felina 
• Cães: medicamentosa, imprudência alimentar 
 
Sinais clínicos 
- Êmese 
- Letargia 
- Anorexia 
- Diarreia 
- Perda de peso 
- Muita dor a palpação abdominal em cães 
 
Diagnóstico 
- Hemograma: inespecífico 
- Bioquímico: ureia, creatina, colesterol, bilirrubina 
(direta, indireta e total), albumina, ALT, AST, LPC 
• Amilase e lipase não são sensíveis nem 
específicos 
- Ultrassom 
- Citologia e histologia guiada: diagnóstico definitivo 
 
Tratamento 
- Tratar doenças concomitantes, como é o caso dos 
felinos 
- Fluidoterapia para a desidratação e correção de 
desequilíbrios acidobásicos e eletrolíticos 
- Controle da dor: metadona, fentanil, remifentanil 
- Suporte nutricional e Antibióticoterapia

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