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Cruz das Almas – BA Outubro de 2022 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) GCET826 – FÍSICA EXPERIMENTAL II (2022.1 – T06) Docente: Ariston de Lima Cardoso RELATÓRIO 2 – PÊNDULO SIMPLES Discente: 2018205128 – Eder Brito Queiroz E-mail: eder.brito@aluno.ufrb.edu.br Discente: 2020217707 – João Pedro Cerqueira Santos E-mail: joaopedroc@aluno.ufrb.edu.br Discente: 2018202000 – Maycon Josué Nascimento Oliveira E-mail: mayconasc122@gmail.com Discente: 2018208783 – Pedro Henrique de Almeida Souza E-mail: pedrohenrique@aluno.ufrb.edu.br mailto:eder.brito@aluno.ufrb.edu.br mailto:joaopedroc@aluno.ufrb.edu.br mailto:mayconasc122@gmail.com mailto:pedrohenrique@aluno.ufrb.edu.br 2 Sumário 1. Introdução ................................................................................................................. 3 2. Objetivos ................................................................................................................... 4 3. Fundamentação Teórica ............................................................................................ 5 4. Matérias Utilizados ................................................................................................... 7 5. Métodos Experimentais ............................................................................................ 8 6. Tratamento de dados ................................................................................................. 9 7. Resultados ............................................................................................................... 12 8. Conclusão ............................................................................................................... 20 9. Referências ............................................................................................................. 21 10. Anexo ................................................................................................................... 22 3 1. Introdução Nosso mundo está repleto de oscilações, nas quais os objetos se movem repetidamente de um lado para outro. Muitas são simplesmente curiosas ou desagradáveis, mas outras podem ser perigosas ou economicamente importantes. Eis alguns exemplos: Quando um taco rebate uma bola de beisebol, o taco pode sofrer uma oscilação suficiente para machucar a mão do batedor ou mesmo se partir em dois. Quando o vento fustiga uma linha de transmissão de energia elétrica, a linha às vezes oscila tão vigorosamente que pode se romper, interrompendo o fornecimento de energia elétrica a toda uma região. Dizemos que um corpo se movimenta de forma oscilatória quando executa movimentos de ida e volta em torno de certa posição que esteja em equilíbrio. O movimento oscilatório é também conhecido como movimento periódico, isso porque ele depende de um período, que é o tempo necessário para se completar uma oscilação. Todo movimento que acontece em intervalos de tempo regulares, são chamados de movimentos periódicos, a exemplo do experimento do pêndulo simples e do sistema massa-mola. Este experimento, portanto, tem como objetivo reconhecer o Movimento Harmônico Simples (MHS) executado pelo oscilador massa-mola como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional à elongação da mola e determinar, pelo processo dinâmico, a constante elástica k da mola helicoidal. E ainda, reconhecer o MHS executado pelo pêndulo simples como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional ao seu deslocamento angular. Obter as relações entre o período de oscilação, a amplitude de oscilação, a massa pendurada e o comprimento da corda, e determinar o valor da gravidade local por meio da medida do comprimento do fio e do período de oscilação. 4 2. Objetivos Compreeder o Movimento Harmonico Simples (MHS) executado pelo oscilador massa-mola como o movimento de um ponto material sujeito a ação de uma força restauradora proporcional á elognação da mola. Determinar, pelo processo dinâmico, a constante elástica K da mola elicoidal. Reconhecer o MHS executado pelo pendulo simples como o movimento de um ponto material sujeito á ação de uma força restauradora proporcional ao seu deslocamento anular. Obter as relações entre periodo de oscilação, a amplitude de oscilação, a massa pendurada e o comprimento da corda. Determinar o valor da gravidade local por meio da medida do comprimento do fio e periodo de oscilação. 5 3. Fundamentação Teórica Um pêndulo simples é composto por uma partícula de massa 𝑚 suspensa por um fio inextensível, de massa desprezível e comprimento 𝐿. O peso está livre para oscilar no plano, para a esquerda e para a direita de uma reta vertical que passa pelo ponto de suspensão do fio. As forças que agem sobre o peso são a tração �⃗� exercida pelo fio e a força gravitacional 𝐹𝑔⃗⃗ ⃗, na qual o fio faz um ângulo 𝜃 com a vertical. Decompondo 𝐹𝑔⃗⃗ ⃗ em uma componente radial 𝐹𝑔⃗⃗ ⃗ cos 𝜃 e uma componente 𝐹𝑔⃗⃗ ⃗ sen 𝜃 que é tangente à trajetória do peso, a componente tangencial produz um torque restaurador em relação ao ponto de suspensão do pêndulo porque sempre age no sentido oposto ao do deslocamento do peso, tendendo a levá-lo de volta ao ponto central. O ponto central (𝜃 = 0) é chamado de posição de equilíbrio porque o pêndulo ficaria parado nesse ponto se não estivesse oscilando. A aceleração angular 𝛼 do pêndulo é proporcional ao deslocamento angular 𝜃 com o sinal oposto. Assim, quando o peso do pêndulo se move para a direita, a aceleração para a esquerda aumenta até o peso parar e começar a se mover para a esquerda. Quando o peso está à esquerda da posição de equilíbrio, a aceleração para a direita tende a fazê-lo voltar para a direita, e assim por diante, o que produz um Movimento Harmônico Simples. Mais precisamente, o movimento de um pêndulo simples no qual o ângulo máximo de deslocamento é pequeno pode ser aproximado por um MHS. Para isso, há a fórmula que é usada para calcular o período do oscilador de um pêndulo simples, como sendo: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 em que, 𝑇 é o período, 𝐿 é o comprimento do fio e 𝑔 é a aceleração da gravidade. Em particular, o sistema massa mola apresenta um comportamento oscilatório amortecido, mas sobre determinadas condições o mesmo pode ser considerado como oscilador harmônico. Considera-se um sistema ideal aquele que consiste em 6 uma massa m presa a uma das extremidades de uma mola de constante elástica K, dessa forma o mesmo constitui em um bom exemplo de oscilador harmônico simples. Quando comprimida ou esticada, a mola exerce uma força no bloco, no sentido contrário do deslocamento sempre puxando o bloco para a posição de equilíbrio. Quando retirado de sua posição de repouso e, logo em seguida solto, o mesmo realizará um movimento oscilatório Harmônico, desde que o movimento seja em torno da sua posição de equilíbrio. Oscilações essas, cujo estudo é muito importante para descrição de diversos fenômenos físicos, uma vez que, encontram-se sistemas oscilantes em toda a área da física. Para isso, há a fórmula que é usada para calcular o período do oscilador massa-mola, como sendo: 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 em que, 𝑇 é o período, 𝑚 é a massa e 𝑘 é a constante elástica. 7 4. Matérias Utilizados • 01 sistema de sustentação composto por tripé triangular, sapatas niveladoras, haste principal e painel com saliência de posicionamento (Cidepe); • 01 cronômetro (utilizado o do celular Redmi Note 8 – Xiaomi); • 01 transferidor; • 01 réguas com escala milimetrada de 300,0 mm (Cidepe) • 02 massas pendulares de mesmo volume emassas diferentes. . Figura 1 - Matérias utilizados na realização do experimento. 8 5. Métodos Experimentais • Executa-se a montagem do aparato experimental. Em seguida, é necessário fixar o pêndulo de massa maior ao painel, através do parafuso central, e encaixa-se o fio no corte longitudinal. • Com o auxílio do dispositivo de variação contínua, ajusta-se o comprimento do fio de modo que a distância entre o ponto de suspensão do pêndulo e o centro de gravidade da massa pendular seja 200 mm. • Desloca-se (em aproximadamente 10°) o pêndulo da posição de equilíbrio e o abandona. Em seguida, usa-se o cronômetro para medir o intervalo de tempo que o pêndulo leva para realizar 5 oscilações completas e anota-se o valor obtido na Tabela 1. • Repete-se o procedimento anterior mais 5 vezes e anota-se os valores dos tempos das 5 oscilações na Tabela 1. Em seguida, obtém-se o valor médio do intervalo de tempos das 5 oscilações e encontra-se o período de uma oscilação. • Com o auxílio do dispositivo de variação contínua, altera-se o comprimento do fio que forma o pêndulo e completa-se as lacunas existentes na Tabela 1. • Reduz-se a massa pendular do sistema e repete-se os procedimentos 3, 4 e 5 utilizando o comprimento do fio de 200, 600 e 1000 mm e anota-se os valores dos intervalos de tempo das 5 oscilações completas na Tabela 2. 9 6. Tratamento de dados Tabela 1 – Dados coletados no estudo do pêndulo simples. Massa pendular maior Comprimento do fio (mm) Tempo de 5 oscilações (s) ± 0,0 Valor médio (s) Período (s) 1ª medida 2ª medida 3ª medida 4ª medida 5ª medida 200 4,21 4,35 4,42 4,17 4,09 4,25 ± 0,06 0,85 400 6,07 6,15 5,97 6,21 6,06 6,09 ± 0,04 1,22 600 7,25 7,46 7,58 7,46 7,46 7,44 ± 0,05 1,49 800 8,50 8,45 8,18 8,59 8,62 8,46 ± 0,08 1,69 1000 10,87 10,82 10,74 10,85 10,78 10,80 ± 2,16 Tabela 2 – Dados coletados no estudo do pêndulo simples – Massa pendular menor Comprimento do fio (mm) Tempo de 5 oscilações (s) ± 0,0 Valor médio(s) Período(s) 1ª medida 2ª medida 3ª medida 4ª medida 5ª medida 200 4,22 4,46 4,48 4,21 4,20 4,31 ± 0,86 600 7,18 7,02 7,28 6,99 7,49 7,19 ± 1,44 1000 9,93 9,88 9,82 9,90 9,88 9,88 ± 1,98 Para determinar o valor médio atribuído nas tabelas, utilizou-se a seguinte expressão: 〈x〉 = ∑ 𝑥𝑖 𝑛 𝑛 𝑖=1 Sendo: 〈𝑥〉 = Valor médio 𝑛 = Número de oscilações 𝑥𝑖 = Valores do conjunto de dados A partir dela, foi possível encontrar a média do tempo de 5 oscilações da massa pendular maior, utilizando o comprimento do fio de 200 mm: 〈x〉 = ∑ 𝑥𝑖 𝑛 = 𝑥𝑖 5 𝑛 𝑖=1 = 4,21 + 4,35 + 4,42 + 4,17 + 4,09 5 = 4,25𝑠. 10 De maneira análoga, foi possível obter também a média do tempo de 5 oscilações para cada comprimento de fio utilizado, tanto para a massa pendular maior, quanto para a massa pendular menor completando assim as lacunas das tabelas. Para determinar o desvio padrão da média, utilizou-se a seguinte expressão: 𝜎 = 1 √𝑛 √ 1 (𝑛 − 1) [∑𝑥𝑖 2 − 1 𝑛 (∑𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 ) ² 𝑛 𝑖=1 ] Sendo: 𝜎𝑚 = Desvio padrão amostral 𝑛 = Número de oscilações 𝑥𝑖 = Valores do conjunto de dados Calculando os dados necessários e substituindo estes valores na expressão, foi possível encontrar o desvio padrão. 𝜎 = 1 √𝑛 √ 1 (𝑛 − 1) [∑𝑥𝑖 2 − 1 𝑛 (∑𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 ) ² 𝑛 𝑖=1 ] 𝜎 = 1 √5 √ 1 (5 −1) [∑𝑥𝑖2 − 1 5 (∑𝑥𝑖 5 𝑖=1 ) ² 5 𝑖=1 ] Para o fio com comprimento de 200 mm da massa pendular maior, calculando por partes obtém-se: ∑𝑥𝑖 2 = 4,21² + 4,35² + 4,42² + 4,17² + 4,09² = 90,3 5 𝑖=1 ∑𝑥𝑖 = 5 𝑖=1 4,21 + 4,35 + 4,42 + 4,17 + 4,09 = 21,24 11 Logo: 𝜎𝑚 = 1 √5 √ 1 4 [(90,3) − 1 5 (21,24)2] 𝜎𝑚 = (0,447213595)√ 1 4 (90,3) − 1 5 (21,24)² 𝜎𝑚 = (0,447213595)√ 1 4 (90,3) − 1 5 (451,1376) 𝜎𝑚 = (0,447213595)√ 1 4 (90,3) − (90,22752) 𝜎𝑚 = (0,447213595)√(0,01812) 𝜎𝑚 = 0,06019 De maneira análoga, foi possível obter também o desvio padrão das medidas para cada comprimento de fio utilizado, tanto para a massa pendular maior, quanto para a massa pendular menor, completando assim as lacunas das tabelas. Para determinar o período, que é tempo de uma oscilação, utilizou-se a seguinte expressão: 𝑇 = 𝑥 𝑛 Sendo: 𝑇 = Período x = Média do conjunto de dados 𝑛 = Número de oscilações Logo, para o fio com comprimento de 200 mm, da massa pendular maior, obteve-se o período de: 𝑇 = 4,25 5 𝑇 = 0,85 𝑠 12 De maneira análoga, foi possível obter também o período das oscilações para cada comprimento de fio utilizado, tanto para a massa pendular maior, quanto para a massa pendular menor, completando assim as lacunas das tabelas. 7. Resultados A inclinação do pêndulo simples em estudo foi definida pelo ângulo 𝜃, e como se trata de um fio ideal, onde efeitos das forças dissipativas são desprezadas, o movimento ocorreu de maneira simétrica. Quando se considera que o ângulo máximo de inclinação seja menor ou igual a 10°, pode-se definir o movimento do pêndulo como um movimento harmônico simples. Logo, as condições reais e necessárias que o movimento de um pêndulo simples deve possuir para que seu movimento possa ser representado através de um MHS é que a elongação do ângulo 𝜃 não seja exagerada, e que não ultrapasse a inclinação de 10°. Um gráfico do período de oscilação em função do comprimento do fio foi construído e a relação existente entre essas duas grandezas é diretamente proporcional, uma vez que, na medida que uma cresce, a outra também cresce. Gráfico 1 – relação entre comprimento do fio e o período. 13 Assim, se fez necessária a obtenção de um novo gráfico, realizando dessa vez a linearização da relação teórica do período com o comprimento do fio utilizando o método do logaritmo. Assim, temos: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 log 𝑇 = log(2𝜋√ 𝐿 𝑔 ) log 𝑇 = log(2𝜋)( 𝐿 1 2 𝑔 ) log 𝑇 = log(2𝜋) + 1 2 ( 𝐿 𝑔 ) log 𝑇 = log(2𝜋) + 1 2 [log 𝐿 − log 𝑔] log 𝑇 = log(2𝜋) − 1 2 log 𝑔 + 1 2 log 𝐿 Assim, encontramos a relação 𝑌 = 𝐴 + 𝐵𝑥, onde: Y = log𝑇 𝐴 = log(2𝜋) − 1 2 log(𝑔) 𝐵𝑥 = 1 2 log(𝐿) Para a montagem do Gráfico 2, se faz necessário então aplicar o logaritmo dos valores dos períodos e dos comprimentos coletados a partir da massa pendular maior. 14 Tabela 3 – Logaritmo dos períodos e dos comprimentos da massa pendular maior 𝐿𝑜𝑔 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑥) 𝐿𝑜𝑔 𝑃𝑒𝑟Í𝑜𝑑𝑜 (𝑦) 𝐿𝑜𝑔(0,2) = −0,69897 𝐿𝑜𝑔(0,85) = −0,07058 𝐿𝑜𝑔(0,4) = −0,39794 𝐿𝑜𝑔(1,22) = 0,08635 𝐿𝑜𝑔(0,6) = −0,22184 𝐿𝑜𝑔(1,49) = 0,17318 𝐿𝑜𝑔(0,8) = −0,09691 𝐿𝑜𝑔(1,69) = 0,22788 𝐿𝑜𝑔(1,0) = 0 Lo𝑔(2,16) = 0,33445 Para determinar um ajuste linear a essa tabela, é necessário encontrarmos primeiro os valores de A e B da equação 𝑌 = 𝐴 + 𝐵𝑥 . Para isso, usaremos as seguintes expressões: 𝐵 = 𝑛∑𝑥𝑖𝑦𝑖 − ∑𝑥𝑖 ∑𝑦𝑖 𝑛 ∑𝑥𝑖 2 − (∑𝑥𝑖)² (Coeficiente Angular) 𝐴 = ∑𝑦 − 𝐵 ∙ ∑𝑥 𝑛 (Coeficiente Linear) Para isso, construiremos uma tabela com todos os dados necessários: Tabela 4 – Valores dos coeficientes. 𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜: 𝑥 −0,69897 −0,39794 −0,22184 −0,09691 0 −1,41566 𝑦 −0,07058 0,08635 0,17318 0,22788 0,33445 0,75128 𝑥2 0,48856 0,15836 0,04921 0,00939 0 0,70552 𝑦2 0,00498 0,00746 0,02999 0,05193 0,11185 0,20621 𝑥𝑦 0,04933 −0,03436 −0,03842 −0,02208 0 −0,04553 Tendo todos os valores já calculados, basta substituirmos na expressão para acharmos o valor de B. 𝐵 = 5(−0,04553) − (−1,41566)(0,75128) 5(0,70552) − (−1,41566)² 𝐵 = 0,54867 Tendo então o valor de B, basta substituirmosna equação para encontrarmos o valor de A. 15 𝐴 = 0,75128 − (0,548672)(−1,41566) 5 𝐴 = 0,3056 Logo, a reta de ajuste linear será dada por: 𝑌 = 𝐴 + 𝐵𝑥 𝑌 = 0,3056 + 0,54867𝑥 Relacionando as duas equações encontradas: log 𝑇 = log(2𝜋) − 1 2 log(𝑔) 𝑌 = 0,3056 + 0,54867𝑥 A partir desses dados encontrados, é possível plotar o gráfico que melhor relaciona as duas grandezas Gráfico 2 – relação entre comprimento do fio e o período. É possível obter o valor experimental da aceleração da gravidade local (𝑔𝐸). Assim, temos: 16 𝐴 = log(2𝜋) − 1 2 log(𝑔) 0,3056 = log(2𝜋) − 1 2 log(𝑔) log(𝑔) = −0,6112 + 2 log(2𝜋) 𝑔 = 9,66406 𝑚/𝑠² Para saber a eficácia do experimento, encontraremos o erro relativo através de: 𝐸𝑟𝑔𝑒𝑥𝑝 = | 𝑔𝑇 − 𝑔𝐸 𝑔𝑇 | ∙ 100 𝐸𝑟𝑔𝑒𝑥𝑝 = | 9,78 − 9,66406 9,78 | ∙ 100 𝐸𝑟𝑔𝑒𝑥𝑝 = 1,20% A principal causa da diferença encontrada pode ter se dado por fatores externos, como a falta de precisão do observador ao manusear o cronômetro, assim como nas aproximações dos cálculos, além da falta de precisão no momento da elongação correta do fio, já que possivelmente o ângulo utilizado no lançamento do pêndulo pode não ter sido uma inclinação de 10° exatos em algum momento. Obtendo os períodos de oscilações do sistema e comparando com os valores obtidos com as massas pendulares maior e menor. Temos: Tabela 5 – Diferença de períodos das massas dos corpos maior e menor. Comprimento (m) Período de Oscilações (s) ∆= |𝑀𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟−𝑀𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟| (𝑠) Massa Maior Massa Menor 0,2 0,85 0,86 0,01 0,4 1,22 − − 0,6 1,49 1,44 0,05 0,8 1,69 − − 1,0 2,16 1,98 0,18 Ao analisar a variação do período de oscilação da massa maior e da massa menor, podemos perceber que os valores apresentam uma variação muito pequena, pois mesmo com as massas diferentes, tal fenômeno ocorre, já que, um pêndulo 17 simples consiste em uma massa presa a um fio, que ao retirá-la da posição de equilíbrio e abandoná-la, desconsiderando a resistência do ar, temos que a força resultante é a tensão do fio e a força peso. Como não há movimentação no eixo y, conclui-se que a componente da força peso e a tensão do fio tem a mesma intensidade com direções contrárias, se anulando, tendo assim que entre a força resultante e o 𝐹 = 𝑃. sen 𝜃 para ângulos menores que 10° pode ser feita uma aproximação ∆= sen 𝜃 ≅ 𝜃. Isso faz com que a massa do sistema seja desprezível, justificando o valor da variação muito pequena nos dados do período das duas massas distintas. Executa-se a montagem do aparato experimental. Com o auxílio da balança digital, obtém-se os valores individuais de quatro massas acopláveis, bem como do gancho lastro e, em seguida, anota-se na Tabela 6. Dependura-se a mola, o gancho e uma massa acoplável na saliência do painel de posicionamento e, logo após, distende-se a mola liberando o sistema. Em seguida, com o auxílio do cronômetro obtém-se o intervalo de tempo para que o sistema execute 10 oscilações completas e anota-se o valor obtido na Tabela 6. Repete-se o procedimento anterior mais duas vezes e anota-se os valores dos tempos das 10 oscilações na Tabela 6. Em seguida, obtém-se o valor médio do intervalo desses tempos e encontra-se o período que é o tempo de uma oscilação. Com o auxílio do dispositivo de variação contínua para marcar o tempo, altera- se o peso das massas, incluindo-as uma por vez, e completasse as lacunas existentes na Tabela 6. Tabela 6 – Dados coletados no estudo do sistema massa-mola. Massa (g) Tempo de 10 oscilações (s) ± 0,05 Valor médio(s) Período(s) 1ªmedida 2ªmedida 3ªmedida 4ªmedida 5ªmedida 49,88 2,46 2,36 2,38 2,44 2,39 2,11 ± 0,02 0,42 99,93 2,66 2,57 2,63 2,56 2,62 2,61 ± 0,10 0,52 122,58 2,81 2,82 2,80 2,78 2,79 2,80 ± 0,01 0,56 145,26 3,16 3,22 3,18 3,24 3,21 3,20 ± 0,01 0,64 18 O Gráfico 3 representa o peso das massas em função do período, e a relação existente entre essas duas grandezas também é diretamente proporcional, já que, na medida em que uma cresce, a outra também cresce. Gráfico 3 – Relação entre massa e período, confeccionado a partir dos dados da Tabela 6. Para a confecção do Gráfico 4, também se faz necessária a obtenção da linearização da relação teórica do período com a massa. Assim, temos: 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 Logo, encontramos a relação 𝑌 = 𝐴 + 𝐵𝑋, onde: 𝐵 = 2𝜋 √𝑘 Para a confecção do Gráfico 4, se faz necessário então aplicar a raiz dos valores das massas coletadas. Tabela 7 – Novos valores de X e Y para a confecção do gráfico linearizado. 𝑋 = 𝑅𝑎𝑖𝑧 𝑑𝑎𝑠 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑌 = 𝑃𝑒𝑟Í𝑜𝑑𝑜 (𝑇) √49,88 = 7,063 0,42 √99,93 = 9,996 0,52 √122,58 = 11,072 0,56 √145,26 = 12,052 0,64 19 A partir desses novos valores é possível então plotar um gráfico que melhor relacione as duas grandezas juntamente com seu ajuste linear. A partir desse gráfico, encontrarmos os coeficientes angular e linear. Gráfico 4 – Relação linear entre a massa e o período, plotado a partir dos dados da Tabela 6. Logo, a reta de ajuste linear será dada por: 𝑌 = 0,041 + 0,118x Temos que: B = 0,041 Assim, é possível obter então o valor experimental da constante elástica (𝐾𝐸), como sendo: 𝐵 = 2𝜋 √𝑘 𝐾 = ( 2𝜋 0,041 ) ² 𝐾 = 23,485 𝑁/𝑚 Sabendo que o referencial teórico da constante elástica é dado por 𝑘 = 20 𝑁/𝑚, para saber a eficácia do experimento, encontraremos o erro relativo através de: 𝐸𝑟𝑘𝑒𝑥𝑝 = | 𝑘𝑇 − 𝑘𝐸 𝑘𝑇 | ∙ 100 𝐸𝑟𝑔𝑒𝑥𝑝 = 17,4% 20 8. Conclusão Tendo em vista os aspectos analisados, foi possível observar o Movimento Harmônico Simples executado pelo pêndulo simples, uma vez que, no experimento, foi utilizado um ângulo de aproximadamente 10° em relação a posição de equilíbrio, o que se tornou possível a aproximação 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≅ 𝜃 verificando-o como um movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional ao seu deslocamento angular e não ao seno do ângulo. Além do pêndulo, também foi possível observar o Movimento Harmônico Simples executado pelo sistema massa- mola, uma vez que, conforme o peso aumentava e o comprimento da mola também, esse comprimento não ultrapassava o limite de elasticidade da mola, fazendo com que, mesmo sofrendo deformações enquanto oscilava, assim que as massas fossem retiradas do sistema as molas voltavam ao seu comprimento inicial. Foi possível observar também, no sistema do pêndulo simples, que o período varia com a raiz do comprimento do fio L em uma relação linear, expressa com a reta ajustada através dos dados experimentais e cálculo do MMQ. Adequando-se, assim, ao modelo proposto e descrevendo com precisão como um pêndulo simples submetido a pequenas oscilações, depende do comprimento da corda. De maneira distinta, no sistema massa-mola, para se obter uma relação linear é necessário que o período varie com a raiz das massas. Isso acontece porque quanto maior a massa, maior será a inércia, logo, é mais difícil alterar o seu estado de movimento. A partir desse experimento foi possível ainda determinar experimentalmente o valor da gravidade local (𝑔 = 9,66406 𝑚/𝑠²), encontrado a partir da comparação dos coeficientes da equação teórica linearizada e da reta ajuste do Gráfico 2. Além disso, foi possível determinar também o valor da constante elástica (𝑘 = 23,485 𝑁/𝑚) encontrado a partir da comparação dos coeficientes da equação teórica linearizada e da reta ajuste do Gráfico 4. 21 9. Referências HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física, volume 2: gravitação, ondas e termodinâmica. Tradução de Ronald Sérgio de Biasi – 10. ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2016. ANDRIETTA, Matheus. Compreendendo o funcionamento de um Pêndulo Simples. infoEnem, 2019. Disponívelem: https://infoenem.com.br/compreendendo-o- funcionamento-de-um-pendulo-simples/ Acesso em: 14/10/2022. Guia de laboratório – Física Geral e Experimental Práticas em Laboratório. Versão 1.1 – outubro de 2014 – UFRB. https://infoenem.com.br/compreendendo-o-funcionamento-de-um-pendulo-simples/ https://infoenem.com.br/compreendendo-o-funcionamento-de-um-pendulo-simples/ 22 10. Anexo
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