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Estudo Dirigido – Ecologia de Sistemas Ao longo das aulas deste módulo A – 2015, Fase II, “Ecologia de Sistemas” vimos o conceito, definições e outros aspectos relacionados à Ecologia de Sistemas e seus objetivos. Agora chegou a hora de demonstrar seu conhecimento através das avaliações (prova objetiva e discursiva). A Ecologia é caracterizada pela ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição. Um ecólogo procura descrever a história natural das plantas e animais, além da fisiologia, etologia, descrição e ordenação da paisagem. O meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não vivas que existem na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos seres humanos. Ecologia é a ciência que estuda a estrutura e funcionamento da natureza, considerando que a humanidade é uma parte dela. A palavra Ecologia tem origem no grego "oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica, do lugar onde se vive. É nesse contexto que se insere ao meio ambiente. O meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não vivas que ocorrem no planeta Terra, afetando os ecossistemas e a vida dos seres humanos. O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento, por meio do metabolismo. É nesse contexto que se insere o conceito de ecossistema. Um ecossistema é qualquer unidade que abranja todos os organismos que funcionam em conjunto (a comunidade biótica) numa dada área, interagindo com o ambiente físico. Um ecossistema corresponde ao conjunto formado por todas as comunidades bióticas que vivem e interagem em determinada região e aos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades. Uma comunidade biótica é composta por uma população, além de uma comunidade de seres vivos e um ecossistema. O meio ambiente é definido pelo conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. É nesse contexto que se insere o conceito de habitat. Um habitat é o ambiente que possibilita um conjunto de condições favoráveis ao desenvolvimento das necessidades básicas (nutrição, proteção e reprodução) dos organismos. O conceito de Clímax, comunidade que expressa o máximo de desenvolvimento possível do ecossistema sob as condições do local em que a sucessão ocorreu, está inserido no amplo conceito de sucessão ecológica. Sucessão ecológica é a nomenclatura dada à sequência de comunidades, desde a colonização até a comunidade clímax de determinado ecossistema. A evolução dentro do campo da biologia é a mudança das características hereditárias, dada uma população, de uma geração para outra. Um dos conceitos dentro da evolução dos seres vivos é a convergência evolutiva. Convergência evolutiva é o fenômeno observado em seres vivos quando estes desenvolvem características semelhantes de origens diferentes. A biosfera é a parte da camada mais externa do planeta Terra, incluindo o ar, a terra, rochas da superfície e da água, É onde a vida evoluiu e onde os processos bióticos se transformam. É nesse local que se encontram os biomas. Um bioma é o conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem ser identificados a nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes. Um bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade. No Brasil, existem os biomas conhecidos como Amazônia, cerrado, Mata Atlântica, caatinga, pampa, Pantanal e ambientes costeiros e marinhos. Os biomas são caracterizados por comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico chamado biótopo. No Brasil, um desses biomas é a Floresta Amazônica. A Amazônia apresenta 1/5 de toda a água doce do planeta, além de comportar cerca de 20% de toda a biodiversidade mundial e apresentar uma importante função na regulação climática global. Área biótica, ou biótopo, é a base em que estão assentados os seres vivos, é o chão, é o solo, são as águas, é o ar do ambiente. Os organismos vivos (que pertencem a área biótica) tem duas distintas formas de obtenção de energia. Os organismos criam e mantêm a ordem interna por intermédio de processos biológicos de dissipação energética, sendo que os organismos autótrofos são capazes de produzir sua própria energia e os organismos heterótrofos dependem da energia fixada pelos autótrofos. As relações tróficas são o conjunto dos tipos de interações entre seres vivos, sejam eles da mesma espécie ou de espécies diferentes. Dentro dessas relações estão as cadeias tróficas ou alimentar. Cadeia alimentar é a sequência de relações tróficas pelas quais a energia passa dentro do ecossistema. Os seres vivos interagem na busca pela sobrevivência, mesmo que para isso um coloque a sobrevivência do outro em perigo. Isso para obter energia através dos alimentos. Existem aqueles que produzem e aqueles que consomem, isto é, os produtores e os consumidores. A produção primária é a captação da energia luminosa, transformada em energia que reside nas ligações químicas dos carboidratos e transferida dentro dos ecossistemas. Em Ecologia, a produtividade primária pode ser definida como a medida da produção primária durante um intervalo de tempo e espaço, ou seja, refere- se à taxa (velocidade) de produção de compostos orgânicos a partir de substâncias minerais, pela fotossíntese ou quimiossíntese, durante um determinado tempo e espaço físico. Os fatores que podem interferir na produção primária de energia são luz e temperatura, água ou umidade e nutrientes (nitrogênio e fósforo). A Ecologia lida sempre com ecossistemas em mudança, por isso, tempo e espaço devem ser levados em conta quando são descritos fenômenos ecológicos. Dentro dos ecossistemas, os elementos químicos perpassam pelas suas diferentes interfaces, caracterizando os ciclos biogeoquímicos. Um ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial à vida Os componentes bióticos e abióticos aparecem intimamente entrelaçados em ciclos biogeoquímicos. Dentro desses ciclos, existem exemplos de ciclos gasosos: Ciclo do carbono. Ciclo do oxigênio. Ciclo do nitrogênio. O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Entre as consequências do agravamento do efeito estufa e alterações climáticas, encontram-se o derretimento de geleiras, aumento do nível dos oceanos e o aumento da frequência de eventos extremos. Os Ciclos biogeoquímicos envolvem compartimentos biológicos e físicos, nos quais elementos químicos transitam. Os principais ciclos biogeoquímicos existentes no planeta são: Ciclo do carbono. Ciclo do oxigênio. Ciclo do nitrogênio. Em um ecossistema, cada membro de uma população pode nascer, crescer e morrer, mas somente uma população como um todo possui taxas de natalidade e de crescimento específicas, além de possuir um padrão de dispersão no tempo e no espaço, isso, de fato, afeta a densidade da população. A densidade populacional de uma espécie em seu ambiente natural pode ser influenciada pelos seguintes fatores: Natalidade. Mortalidade. Crescimento. Regulação. A densidade populacional de uma espécie em um ecossistema pode sofrer alterações, mantendo-se fixa a área de distribuição, a população pode aumentar devido a nascimentos e imigrações.A diminuição da densidade pode ocorrer como consequência de mortes ou de emigrações alterando a taxa de natalidade das espécies. A taxa de natalidade é a razão entre o número de descendentes e o tamanho da população em um dado lugar, em um dado período de tempo. A fase geométrica do crescimento tende a ser ilimitada em função do potencial biótico da espécie, ou seja, da capacidade que possuem os indivíduos de se reproduzir e gerar descendentes em quantidade ilimitada, opostamente a esse conceito, está a taxa de mortalidade. A taxa de mortalidade pode ser definida como o número de indivíduos que morrem em um dado período (óbitos por unidade de tempo). A disponibilidade de espaço e alimentos, o clima e a existência de predatismo, parasitismo e competição são fatores de resistência ambiental. Assim, o crescimento de uma espécie não se sustenta indefinidamente na natureza. A partir dessa informação, os seguintes fatores podem frear o potencial biótico: Doenças. Predadores. Recursos. Fatores que regulam o tamanho de uma população podem ser dependentes ou independentes da densidade dessa população. No entanto, existem fatores que são independentes dessa densidade.Os fatores independentes da densidade populacional são a temperatura, precipitações e secas, além de impactos antrópicos e os fatores dependentes da densidade populacional são alimento e habitat, predação e doenças. Populações são organismos de uma mesma espécie vivendo em um mesmo local. Dentro do conceito de populações existem propriedades inerentes à elas. Sendo: Natalidade. Mortalidade. Crescimento. Uma população é o grupo de organismos de uma mesma espécie que ocupa um espaço determinado, sendo que uma população, muitas vezes, afeta o crescimento ou a taxa de mortalidade de outra população. Dentro de uma população ocorrem diversas interações importantes entre esses indivíduos. As interações ecológicas podem ser classificadas em positivas, negativas e indiferentes. Uma população natural é formada pelo conjunto de indivíduos da mesma espécie, que ocupam certa área, num tempo determinado, a partir do conceito de população, surge o conceito de comunidade. O termo comunidade biológica é um dos conceitos mais debatidos e, ao mesmo tempo, é fundamental para o estudo da Ecologia, sendo que populações animais ou vegetais não existem isoladas e as comunidades se caracterizam por um conjunto de populações de animais, vegetais e microrganismos. As populações estão continuamente sofrendo alterações em seu tamanho devido às taxas de natalidade, mortalidade, imigração e emigração; mas o tamanho das populações naturais permanece em equilíbrio, em harmonia com os fatores abióticos que interferem na estrutura destas populações. Um ecótono é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Uma comunidade nada mais é que a interação entre populações de duas ou mais espécies ocupando o mesmo habitat. Uma fronteira entre comunidades ocorre quando o ambiente físico muda abruptamente, ou ainda quando uma forma de vida domina de tal forma um ambiente que o seu limite de ocorrência determina os limites de distribuição das outras. A comunidade é estruturada conforme distribuição geográfica, disponibilidade dos recursos, abundância dos indivíduos que nela habitam e força das interações que nela ocorrem. Um continuum é o conjunto de espécies que se distribui gradualmente ao longo de um gradiente. A estrutura das comunidades terá influência direta em todos os aspectos relacionado a esse conjunto de populações. A estrutura da comunidade é definida pelo número de espécies, pela abundância relativa das espécies e pelas atividades que elas desenvolvem. No século XX, o ecólogo Frederic Edward Clements sugeriu que a comunidade é um “superorganismo” e deveria ser vista dessa forma. Em uma comunidade biológica, o número de espécies aumenta com a área amostrada, sendo que áreas maiores podem ser mais heterogêneas e com mais habitat, poucas espécies são muito abundantes (dominantes) e a maioria das outras é representada por poucos indivíduos (raras). O meio ambiente é o completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, mesmo com massiva intervenção humana e de outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Existem espécies que são importantes para os ecossistemas, entre elas podemos citar os bioindicadores. Um bioindicador é uma espécie que reflete o estado biótico ou abiótico de um meio ambiente, o impacto produzido sobre um habitat, comunidade ou ecossistema de determinada região. Questão baseada nos slides da aula 4, p. 3. Uma sucessão ecológica é o processo ordenado da instalação e desenvolvimento de uma comunidade, ou ainda, a sequência de mudanças iniciada pela perturbação de uma comunidade. O processo de sucessão ecológica pode ser definido como sucessão primária e secundária. Clímax é o último estágio alcançado por comunidades ecológicas ao longo da sucessão ecológica. O caráter do clímax pode ser influenciado profundamente por condições locais – como incêndio e pastagem – que alteram as interações entre as espécies. A biodiversidade pode ser definida como a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, aliando internamente a biodiversidade terrestre, a marinha, outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte. A biodiversidade tende a ser maior em direção ao Equador ou em áreas subtropicais, sendo que, quanto maior a heterogeneidade ou complexidade dos habitats, maior a riqueza de espécies. A biodiversidade pode variar de acordo com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. Em determinadas áreas do planeta há a ocorrência de espécies endêmicas, isso aumenta o índice de biodiversidade local. Espécies endêmicas são grupos taxonômicos que se desenvolveram em uma região restrita. Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade humana. Diversos impactos de origem antrópica podem afetar os sistemas naturais, entre eles, a sobre-exploração dos recursos, introdução de espécies exótica, e conversão de habitat e poluição. O termo biodiversidade se refere à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, além da variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas. Entre as causas de extinção da biodiversidade encontram-se o mau uso dos recursos naturais, degradação e fragmentação de ambientes naturais. Pessoal, tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido é o resumo do que foi passado a vocês ao longo de seis aulas, onde aborda termos, conceitos e situações importantíssimas sobre a Ecologia de Sistemas. Não se limite apenas a esse estudo dirigido, complete o aprendizado com a revisão das aulas dadas, pois, com certeza o professor regente esclarece ainda mais, através de exemplos práticos cada ponto aqui mencionado. Bom estudo e boa prova.
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