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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZO DE DIREITO DA ______VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO DAS OSTRAS/RJ. Grerj judicial nº. 61335507093-20 URGENTE! LOT ’S PLANEJAMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 04.326.398/0001-01, estabelecida na Rua da Alfandega, nº 115, 3 ° andar, Centro, Rio de Janeiro RJ, representada neste ato por seus sócios quais sejam: OTÁVIO BULCÃO DE FIGUEIREDO, brasileiro, casado em separação total de bens, inscrito no CPF sob o n° 912.035.627-7 e MÁRCIO BARBOSA QUIETO, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade de n ° 095.274.189, expedida pelo DIC em data de 23/02/2005, inscrito no CPF sob o n° 018.395-647-84 vem, por intermédio de seus patronos in fine assinados, Dr. ZEGUIAR DA SILVA RODRIGUES, inscrito na OAB sob o n° 103.986-RJ, com escritório na Rua Luíza Viana, nº 135-B, Centro- Rio das Ostras – RJ. Celular: 22- 9.98299910,E-mail: zeguiar.rodrigues@hotmail.com, CEP: 28.893-470, aonde recebem intimações e notificações de estilo, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no Arts. 1.228 c/c art. 1.275, inc. I ambos do Código Civil, ajuizar a presente: AÇÃO REIVINDICATÓRIA DE PROPRIEDADE C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPA DA DE URGÊNCIA. contra HERALDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS, brasileiro, portador da carteira de identidade de nº 079.250.90-8, expedida pelo SSP/SP, inscrito no CPF sob o número 871.787.617-68, com endereço para citação na Estrada Rocha Leão, n.º 95, Rio das Ostras/RJ, Tel. (22)99285-051, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: I- DA MEDIDA PRÉLIMINAR: Seja concedida a antecipação da tutela, nos termos do artigo 300 do NCPC, para que seja o réu desde já compelido a desocupar o imóvel com a imissão dos autores na posse, tendo em vista a comprovação da propriedade por parte dos representantes Autores, a posse sem causa jurídica do Réu e a possibilidade da permanência deste vir a causar prejuízos de difícil reparação, com o não pagamento das despesas da propriedade. Da justificativa: É cediço esclarecer que no ano de 2005 a empresa á cima denotada procedeu com a contratação do Requerido para exercer a função de caseiro da aludida propriedade, tendo sido o seu contrato de trabalho rescindido na data de 09/12/2013, o que pode ser perfeitamente comprovado; Não obstante a rescisão contratual supramencionada, o Requerido HERALDO suplicou aos Requerentes OTÁVIO e MÁRCIO, representantes legal da empresa óra, autora que permanecesse residindo gratuitamente na casa pertencente á aludida propriedade ácima mencionada por um período de 06 meses, até que o Requerido HERALDO pudesse alugar um imóvel para morar, bem como ofereceu aos proprietários que no período em que estivesse morando na propriedade iria zelar pelas terras, pelo que foi aceito pelos Requerentes. Toda via excelência, há de esclarecer que o senhor HERALDO, não cumpri e nunca cumpriu com sua palavra, pois além de NÃO ZELAR PELO PATRIMÔNIO ALHEIO, sente-se no direito de achar que o patrimônio é de sua propriedade, fazendo dali, o que bem quer. De outra nóbre julgador, pratica atos totalmente contrario ao que fora proposto, pois que, SEM QUALQUER AUTORIZAÇÃO, ALUGA PASTOS PARA TERCEIROS, ALVEJANDO LUCROS DE GRANDE MONTA, BEM COMO, CRIAÇOES DE ANIMAIS PARTICULARES, SM COM TUDO INFORMAR OU PARTICIPAR AO PROPRIETÁRIO OS LUCROS ADVINDOS DE TAIS NEGOCIAÇÕES E INVESTIMENTOS. Vale assim dizer Excelência, que os representantes da Autora ao adentrar o imóvel, foram recepcionados por ameaças, xingamentos e expostos a miras de armas, tendo ainda, por parte do Réu um enorme quantitativos de indivíduos ligados a milicia, convocados pelo Reu, com intuito de agredir as pessoas representantes da Autora. Por tudo aqui exposto preliminarmente, é o que pede o Autor a interveniência de Vossa excelência para, conforme acima pedido, seja concedido o Autor, o direito de sua propriedade, com consequente RETIRADA DO RÉU E QUEM NA PROPRIEDADE ESTIVER E EM SEGUIDA IMITIR-SE OS REPRESENTATES NA POSSE EM QUESTÃO. Ao bem da verdade, fora realizado REGISTRO DE OCORRENCIA DE Nº. 128-01629/2019 por apropriação indébita, bem como, QUEIXA-CRIME em face do Réu. De outra, houvera uma NOTIFIÇÃO EXTRA JUDICIAL, E CONFORME CERTIDÃO INCLUSA, NEGOU-SE A RECEBE-LA, o que enseja o ato esbulhatório por parte do Réu. A pretensão dos Autores está amplamente amparada pela legislação pátria, pela doutrina e jurisprudência, senão vejamos: Código Civil: "Art. 524. A lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua." "A propriedade é o direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicar de quem injustamente os detenha" (RT, 473:76). "O direito de reivindicar a coisa é o poder que tem os proprietários de mover ação para obter o bem de quem injustamente ou ilegitimamente o detenha" (JB, 166:241). "Se a posse dos apelantes é injusta, destituída de título dominial, não merece censura a decisão que julga procedente ação reivindicatória" (TJMS - 2ª TC - Rel. Des. Joenildo de Souza Chaves - J. 04.11.1997). "Examinando o enunciado do artigo 524 do diploma civil, vislumbra-se, sem esforço, que o direito de reaver o bem do qual foi despojado, é elemento componente do direito de propriedade. Trata-se de defesa especial desse direito." (Clóvis Beviláqua, Código Civil , v. 3, cit. p. 1005.) II- DOS FATOS e no MÉRITO: Insta a salientar, que a empresa supracitada detentora da propriedade da área de terra assim descriminada :metade do sitio MACUCA , na zona rural do terceiro distrito do Município de Casimiro De Abreu/RJ, propriedade esta composta dos seguintes imoveis:02(duas) áreas de terra anexa no Sitio Lugar denominado Macuca, medindo 193,500 metros quadrados, dividindo-se ao lado de um córrego, Belmonte, de outro lado, com terras de WALDEMAR CASTRO ALVES, ou quem de direito, e de outro lado com terras adiantes descritas;2) restante do sitio Numero 15, no mesmo lugar MACUCA, medindo 67.250,000 m² divido se por um lado com terras de BATILOMEU ANTUNES RABELO, outro lado com terras de FORTUNATO ,ou quem de direito, outro com área antes descrita;3)lote N°07 o que pode ser perfeitamente comprovado mediante a apresentação da prova documental em anexo(escrituras de compra e venda, datada de 03/12/1982 ,no livro 121,fls. 030, sob o registro de N° R 5- 5, matricula 459 livro 2 afls. 173, do cartório de registro de imóveis do 1° oficio de CASIMIRO DE ABREU-RJ). É cediço esclarecer que no ano de 2005 a empresa á cima denotada procedeu com a contratação do Requerido para exercer a função de caseiro da aludida propriedade, tendo sido o seu contrato de trabalho rescindido na data de 09/12/2013, o que pode ser perfeitamente comprovado mediante prova acostada em anexo. Não obstante a rescisão contratual supramencionada, o Requerido HERALDO suplicou aos Requerentes OTÁVIO e MÁRCIO, representantes legal da empresa óra, autora que permanecesse resindido gratuitamente na casa pertencente á aludida propriedade ácima mencionada por um período de 06 meses, até que o Requerido HERALDO pudesse alugar um imóvel para morar, bem como ofereceu aos proprietários que no período em que estivesse morando na propriedade iria zelar pelas terras, pelo que foi aceito pelos Requerentes. Ocorre que para surpresa dos proprietários, OTÁVIO e MÁRCIO, representantes da empresa, óra autora, á cerca de 4 meses em que o Requerido estava morando na propriedade, os Requerentes tomaram conhecimento por intermédio do Sr. SALVADOR ARLINDO DIAS, que o Requerido HERALDO estava vendendo parte da propriedade sem a anuência dos proprietários OTÁVIO e MÁRCIO. Ressalta-se ainda, que os proprietários da empresa ora mencionada, declaram que na data de 29/01/2019, aproximadamente ás 15:00 Horas, compareceram e adentraram na referida propriedade supramencionada, tendo encontrado o local, sendo exploradopelo Requerido, através de LOCAÇÃO DE PASTOS PARA GADOS e EVENTOS, ALÉM DAS CRIAÇÕES PRÓRIA, SEM APRESENTAR RECIBOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS, NEM MESMO CONTABILIDAE DO QUE FORA APURADO. Os representantes legal da autora, imaginavam que O SR. HERALDO tivesse zelando pela fazenda, bem como, pelas terras que integram a dita área, mais ao bem da verdade, esta exercendo atividades por interesse próprio, explorando terras alheias, como se dono fosse. Na data de 31/01/2019 o Sr. HERALDO estabeleceu contato telefônico com o Sr. SALVADOR ARLINDO DIAS e solicitou que repassasse o recado aos proprietários para que comparecessem a fazenda para resolver questões referentes a remuneração. Sendo assim, quando os proprietários OTÁVIO e MÁRCIO e Sr. SALVADOR chegaram ao local, na tarde do dia 31/01/2019 por volta das 14:00 Hs, não lograram êxito em encontrar com o Sr. HERALDO no horário outrora aprazado. Vale a pena ressaltar também, que apareceu uma mulher se dizendo esposa do Sr. HERALDO, porém não quis se identificar aos Requerentes, bem como impediu a entrada dos veículos dos proprietários OTÁVIO e MÁRCIO a fazenda, mantendo a porteira trancada e tendo informado aos Requerentes que seu esposo estava por chegar. Sendo assim, OTÁVIO, MÁRCIO e o Sr. SALVADOR adentraram a pé na sede da fazenda, após conversar com a Sr. esposa do Sr. HERALDO, ora Requerido, mais NÃO LOGRARAM ÊXITO. Cumpre informar que a Sr. esposa do Sr. HERALDO efetuou algumas ligações em aproximadamente 10 minutos, e em seguida começou a chegar ao local, uma motocicleta vermelha Honda, com um casal de 02 (dois) ocupantes, 02 (dois) ocupantes em cavalos e 01 (um) veículo SANTANA,VW, de cor prata, com insulfilme e outros transiuntes que começaram a intimidar os senhores OTÁVIO, MÁRCIO e Sr. SALVADOR, alegando que os proprietários e o Sr. SALVADOR estariam invadindo propriedade particular. Logo, os senhores OTÁVIO, MÁRCIO e Sr. SALVADOR sentiram se temerosos de que aquelas pessoas atentassem contra sua integridade física, uma vez que as mesmas começaram a tirar fotografias dos senhores, OTÁVIO, MÁRCIO e Sr. SALVADOR , pelo que os mesmos se retiraram do local á pé da sede da fazenda em direção aos seus veículos tendo as pessoas supramencionadas seguindo os senhores OTÁVIO, MÁRCIO e Sr. SALVADOR, bem como filmando E EM TONS DE AMEAÇAS até que se retirassem do local. É importante fomentar que essas pessoas começaram a coagir os senhores OTÁVIO, MÁRCIO e Sr. SALVADOR, inclusive indagando se os mesmos estariam fugindo pelo que se sentiram ameaçados pelas pessoas que lá estavam. Para tanto, não restou outra alternativa a não ser o procedimento com o oferecimento da notitia criminis em sede policial, para as devidas medidas de praxe, Registro de Ocorrência de nº 128-01629/2019. III- DO DIREITO III. 1. DA LEGISLAÇÃO E DOS ENTENDIMENTOS JURISPRUDENCIAIS A pretensão dos Autores está amplamente amparada pela legislação pátria, pela doutrina e jurisprudência, senão vejamos: Código Civil: "Art. 524. A lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua." "A propriedade é o direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicar de quem injustamente os detenha" (RT, 473:76). "O direito de reivindicar a coisa é o poder que tem os proprietários de mover ação para obter o bem de quem injustamente ou ilegitimamente o detenha" (JB, 166:241). "Se a posse dos apelantes é injusta, destituída de título dominial, não merece censura a decisão que julga procedente ação reivindicatória" (TJMS - 2ª TC - Rel. Des. Joenildo de Souza Chaves - J. 04.11.1997). "Examinando o enunciado do artigo 524 do diploma civil, vislumbra-se, sem esforço, que o direito de reaver o bem do qual foi despojado, é elemento componente do direito de propriedade. Trata-se de defesa especial desse direito." (Clóvis Beviláqua, Código Civil , v. 3, cit. p. 1005.) III. 2. DA COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS PARA A RETOMADA DO IMÓVEL a) Da propriedade e da indicação da coisa reivindicada: A propriedade dos Autores e a individualização da coisa constam do do Registro de Imóveis (em anexo), onde consta que os Autores são proprietários da propriedade; b) Da posse injusta do Réu, comprovam que está o Réu indevidamente ocupando a propriedade dos senhores OTÁVIO e MÁRCIO, causando inclusive prejuízos aos verdadeiros proprietários da fazenda. Na presente ação, demonstrados os requisitos acima, entendem nossos Tribunais que é caso de procedência total do pedido. Corroborando esta afirmação, junta-se recente aresto do Tribunal de Justiça de Santa Catarina: "Se a ação reivindicatória intentada contém todos os requisitos que lhe são próprios, tais como prova de domínio, individualização da coisa reivindicada e a sua posse por terceiro, é de ser mantida a sentença que a julgou procedente" (TJSC - AC 45.858 - 2ª C. C. - Rel. Des. Nelson Schaefer Martins - J. 11.02.1997). O Instituto da Tutela Antecipatória, remédio heroico de defesa imediata de direitos, inserido no artigo 300 do CPC pela reforma processual é caso típico a ser aplicado na presente ação, como nos ensina o Desembargador ARAKEN DE ASSIS: "309103 - REIVINDICATÓRIA - ANTECIPAÇÃO DA TUTELA - ADMISSIBILIDADE - Admissível se mostra, na reivindicatória, antecipar a tutela, imitindo o titular do domínio na posse do imóvel, pois se trata de exemplo corrente de aplicação da tutela antecipada" (TJRS - AI 596246934 - 5ª C. Cív. - Rel. Des. Araken de Assis - J. 27.02.97). O Professor Luiz Guilherme Marinoni (Efetividade do Processo e Tutela de Urgência - Ed. Fabris, cit. pág. 37), escreveu diversos trabalhos sobre esse novo Instituto, considerando em síntese que: "Aquele que é titular de uma pretensão de direito material envolvida em uma situação emergencial - uma vez que exerceria, não fosse o monopólio da jurisdição, a ação de direito material de modo urgente-, tem direito à tutela antecipatória." In casu, a situação por que passa os Autores é moralmente inaceitável, visto que são proprietário da fazenda e compraram com muito sacrifício, e encontram-se impossibilitados de exercerem seus direitos de uso, gozo e fruição (inerentes à propriedade) em virtude da posse injusta perpetrada pelo Réu, sem qualquer causa jurídica que justificasse o ato. A situação agrava-se na medida em que a permanência do Réu na posse do imóvel, lhes causam enormes prejuízos, visto que este não paga as despesas do imóvel (IPTU). Com isso, a desocupação do imóvel pelo Réu se impõe e se apresenta como urgente, sob pena de ter os Autores que arcar com elevados prejuízos que não deu causa, caso haja demora na prestação jurisdicional. A forma em que ocorreu a ocupação injusta feriu princípios básicos da convivência pacífica e da segurança jurídica, bem como o direito dos Autores de gozar e fruir do imóvel de sua propriedade, ainda mais quando necessita do mesmo para moradia própria e de suas famílias, situação esta que de forma alguma poderá ser aceita pelo Poder Judiciário Diante dos fatos narrados, bem caracterizada a urgência da necessidade dos autores imitirem-se na posse do bem, demonstrado ser de sua propriedade. Por esse norte, não resta outra alternativa senão requerer à antecipação provisória da tutela preconizada em lei. Ainda no que concerne à tutela, especialmente para que o Requerido seja compelido a autorizar a imissão dos autores na posse de sua propriedade, justifica-se a pretensão pelo princípio da necessidade. O Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de urgência quando “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”: Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No presente caso, estão presentes os requisitos e pressupostos para a concessão da tutela requerida, existindo verossimilhançadas alegações, além de fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, mormente no tocante à necessidade dos Autores e o imóvel é de suas propriedade, máxime quando destinado a fins residenciais.Por esse prumo, leciona Daniel Amorim Assumpção Neves: Há inclusive na doutrina um interessante exemplo: existência de um contrato preliminar de compra e venda de imóvel com cláusula de prazo para entrega de bem, sendo outorgada a escritura e pago integralmente o valor, e, não havendo a entrega do imóvel, seria cabível o pedido de antecipação de tutela na ação de imissão de posse, ainda que fosse possível ao autor aguardar o final do processo sem qualquer perigo de dano. Como não se vislumbra qualquer possibilidade de resistência processual séria da parte, o ato de não sair do imóvel, mesmo antes da existência do processo, já é suficiente para configurar o manifesto propósito protelatório. (NEVES, Daniel Assumpção. Novo CPC - Código de Processo Civil - Lei 13.105/2015, 3ª edição. Método, 03/2016, p.4) Desse modo, à guisa de sumariedade de cognição, os elementos indicativos de ilegalidades contido na prova ora imersa traz à tona circunstâncias de que o direito muito provavelmente existe. Acerca do tema em espécie, é do magistério de José Miguel Garcia Medina as seguintes linhas:“.sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como requisito, no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito muito provavelmente existe, quanto menor for o grau de periculum. “ (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo código de processo civil comentado ... – São Paulo: RT, 2015, p. 472). (itálicos do texto original). Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior, delimitando comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “fumus boni iuris”, esse professa, in verbis: Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também é preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela afirmado (fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de execução...” (NERY JÚNIOR, Nélson. Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-858 destaques do autor).Em face dessas circunstâncias jurídicas, faz-se necessária a concessão da tutela de urgência antecipatória, o que também sustentamos à luz dos ensinamentos de Tereza Arruda Alvim Wambier. O juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que envolvem dose significativa de subjetividade – ficam, ao nosso ver, num segundo plano, dependendo do periculum evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não vislumbre uma maior probabilidade do direito invocado, dependendo do bem em jogo e da urgência demonstrada (princípio da proporcionalidade), deverá ser deferida a tutela de urgência, mesmo que satisfativa. “ (Wambier, Teresa Arruda Alvim ... [et tal]. – São Paulo: RT, 2015, p. 499).” DO PEDIDO: Diante disso, a empresa representada pelos Autores ,vem requerer sem a oitiva prévia da parte contrária (CPC, art. Art. 9º, § 1º, inc. I, art. 300, § 2º, independente de caução (CPC, art. 300, § 1º), tutela antecipada de urgência no sentido de: a) que seja deferida tutela antecipada de REIVINDICATÓRIA DE PROPRIEDADE determinando-se, inclusive com uso de força policial, a saída de todos aqueles que habitem no imóvel, acima aludido, imitindo-se, por conseguinte, os Autores na propriedade do bem em questão. IV- DO REQUERIMENTO FINAL Pelo exposto, requer-se, respeitosamente, digne-se Vossa Excelência em determinar no r. despacho inaugural: DO PEDIDO IMEDIATO a) seja concedida a antecipação da tutela, nos termos do artigo 300 do NCPC, para que seja o réu desde já compelido a desocupar o imóvel com a imissão dos autores na posse, tendo em vista a comprovação da propriedade por parte dos representantes Autores, a posse sem causa jurídica do Réu e a possibilidade da permanência deste vir a causar prejuízos de difícil reparação, com o não pagamento das despesas da propriedade. Ao bem da verdade, fora realizado REGISTRO DE OCORRENCIA DE Nº. 128-01629/2019 por apropriação indébita, bem como, QUEIXA-CRIME em face do Réu. De outra, houvera uma NOTIFIÇÃO EXTRA JUDICIAL, E CONFORME CERTIDÃO INCLUSA, NEGOU-SE A RECEBE-LA, o que enseja o ato esbulhatório por parte do Réu DOS PEDIDOS MEDIÁTICO: a) Pede, mais, sejam JULGADOS PROCEDENTES os pedidos, da REIVINDICATÓRIA DE PROPRIEDADE, por definitivo, com a emissão dos Autores na posse do imóvel de sua propriedade; b) pleiteia-se, mais, seja condenado o Réu ao pagamento da indenização, decorrentes da fruição do bem, e os frutos desses decorrentes a ser apurada em liquidação de sentença (CC, art. 1.216 c/c 1.228); c) seja o réu citado, com a aplicação do disposto no artigo 344 do NCPC, para, querendo, responder aos termos da presente ação sob pena de revelia e confesso; d) que ao final, seja a presente ação julgada PROCEDENTE, com a condenação definitiva do Réu a restituir o imóvel ora descrito, bem como condenado ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da causa, bem como a condenação ao pagamento do ônus de sucumbência, máxime honorários advocatícios; V- DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo pela oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas, se necessário for, além do depoimento pessoal do Réu, o que desde já requer. Rol das Testemunhas: NELSON ROSA CABRAL NELSON ROSA CABRAL JUNIOR SALVADOR JOSÉ ADAIR ABREU DE SOUZA VI- DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ (10.000,00) dez mil reais. Respeitosamente, Pede deferimento. Rio das Ostras, 17 de abril de 2020. Dr. ZEGUIAR DA SILVA RODRIGUES OAB 103.986/RJ.