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Parvovírus: Etiologia e Controle

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@veterinariando_ 
 
Etiologia 
→ Parvovírus humano (B19), parvovírus 
canino, parvovírus bovino, vírus da 
panleucopenia felina e parvovírus 
suíno 
→ É um vírus não envelopado 
→ É pequeno, esférico com capsídeo 
icosaédrico, que possuem molécula de 
DNA linear de fita simples como 
genoma 
→ Dependência de células na fase S do 
ciclo celular ou divisão, para sua 
replicação. Essa dependência se deve 
da maquinaria celular para a síntese 
de DNA e replicação do genoma viral, 
devido ao número restrito de genes e 
funções codificadas pelo genoma do 
vírus 
→ Resistência ambiental: 
 6-8 meses quando protegidos 
da luz solar 
 Em fômites podem resistir até 
6 meses, desde que não ocorra 
desinfecção 
 Sobrevivem por cerca de 2 
semanas a 37ºC 
 24h a temperatura de 56ºC 
 15min a temperatura de 80ºC 
→ Resistência a desinfetantes: 
 Sensíveis aos desinfetantes que 
liberam cloro 
 Hipoclorito de sódio a 5% por 
30min 
 Radiação ultravioleta por 
30min 
 
• PVS tem distribuição mundial e é 
considerado umas das principais 
doenças infeciosas causadoras de 
problemas reprodutivos em suínos 
• É o principal agente causal da 
síndrome da infertilidade, morte 
embrionária, mumificação e 
natimortalidade 
• É um vírus que possui como alvo 
células em alta atividade mitótica, 
tendo predileção por tecidos linfoides 
nos adultos e tecidos embrionários 
ou fetais em fêmeas prenhez 
 
 Vírus que possui DNA de fita simples 
linear 
 Polaridade negativa com 
aproximadamente 5000 
nucleotídeos 
 Sua replicação ocorre no núcleo das 
células infectadas, na fase S da 
mitose celular, pois os parvovírus 
não possuem a habilidade de 
estimular ou iniciar a síntese de 
DNA em células em repouso
 É um vírus autônomo, não 
precisando de coinfecção para 
completar sua replicação 
 Reprodutores machos não 
apresentam sintomas, porém são 
capazes de disseminar os vírus para 
as fêmeas via monta natural ou IA, 
além da eliminação do vírus por 
fezes e secreções 
 Fêmeas quando entram em contato 
com o vírus, podem apresentar 
sinais de falhas reprodutivas, como:
 Em exames sorológicos não é possível 
diferenciar animais positivos por 
infecção natural ou positivos por 
vacinação 
 Métodos de diagnóstico indireto: 
inibição da hemaglutinação, 
imunoperoxidase, imunofluorescência 
e ELISA 
 Métodos de diagnóstico direto: 
isolamentos virais em cultivo de 
células suínas, microscopia eletrônica, 
hemaglutinação, hibridação in situ, 
imunoperoxidase, imunofluorescência, 
PCR 
 Importante realizar diagnósticos 
diferenciais, como: peste suína, 
leptospirose, doença de Aujeszky, 
toxoplasmose e brucelose 
 
 O vírus chega por meio da 
introdução de animais portadores 
inaparentes ou de sêmen de animais 
infectados 
 A disseminação é rápida, por meio de 
contato direto dos animais 
suscetíveis com fezes, urina, 
secreções, fetos, materiais 
contaminados ou por transmissão 
transplacentária 
 Para controle é necessário: avaliar os 
dados zootécnicos, monitoramento 
sorológico do rebanho, verificar quais 
animais são possíveis fontes de 
infecção (doentes e portadores) e 
quais são suscetíveis (não vacinados 
ou que não responderam a vacina ou 
que nunca tiveram contato com 
agente) 
 Solicitar laudos de animais novos no 
rebanho 
 O parvovírus pode persistir por até 
4 meses no ambiente, sendo 
resistente a solventes orgânicos, 
enzimas proteolíticas, pH entre 3-9 e 
temperatura de 60ºC por 2h 
 A vacinação é o método de controle 
específico mais seguro e eficaz de 
proporcionar imunidade (vacinas 
inativadas são as mais utilizadas) 
 
 É uma das principais causas de 
diarreia de origem infecciosa em cães 
com idade inferior a 6 meses 
 É uma doença causada pelo 
parvovírus canino (CPV) que surgiu 
no final dos anos 1970 e que se 
disseminou rapidamente por todos 
os continentes 
 é um doença caracterizada por 
enterite grave, com anorexia, 
vômitos, diarreia hemorrágicas e 
choque 
 Após o surgimento da panleucopenia 
felina (FLPV) o CPV continuou sofrendo 
alterações genéticas, dando origem a 
novas cepas (CPV-2a e CPV-2b → a 
vacina protege contra ambas 
 
 A gravidade da Parvovirose canina é 
atribuída à falta de imunização 
natural da população canina 
 Os filhotes com idade entre 6 
semanas e 6 meses, quando não 
vacinados são altamente suscetíveis 
ao desenvolvimento da doença 
 Os anticorpos maternos são 
protetores contra a infecção nas 
primeiras semanas de vida, porém, 
em determinado momento, os níveis 
de anticorpos são insuficientes para 
proteger da doença e, em 
contrapartida, bloqueiam o 
desenvolvimento de uma resposta 
imune efetiva pelas vacinas → 
período de “janela de suscetibilidade” 
 Cães de qualquer idade pode ser 
acometido, porém filhotes possuem 
maior chance de desenvolverem 
gastrenterite hemorrágica 
 É uma doença altamente contagiosa 
e a infecção geralmente ocorre por 
exposição oro-nasal e fezes, fômites 
ou ambientes contaminados 
 O vírus é capaz de resistir por mais 
de 6 meses no ambiente e nos pelos 
dos animais que tiveram contato com 
fezes contaminadas 
 As pessoas, equipamentos 
veterinários, insetos e roedores 
podem atuar como veículos para a 
disseminação do vírus 
 
1. Após a exposição oro-nasal, o vírus 
se replica nos tecidos linfoides 
próximos ao local de entrada e é 
disseminado por meio da corrente 
sanguínea para diversos órgãos 
(infecção sistêmica) 
2. Durante a disseminação o vírus fica 
localizado em tecidos com rápida 
divisão celular, como: medula óssea, 
órgãos linfopoiéticos e criptas do 
jejuno e íleo 
3. O período de incubação é de 4 a 7 
dias 
4. A viremia é intensa do primeiro ao 
quinto dia de infecção e finaliza por 
volta do quinto ou sexto dia, quando 
os anticorpos neutralizantes já 
podem estar presentes no soro 
5. Na infecção intestinal, o vírus replica 
nas células epiteliais das criptas da 
mucosa intestinal (células que estão 
em constante mitose) 
6. A consequência imediata da infecção 
é o achatamento das vilosidades, 
colapso e a necrose epitelial, com 
exposição da lâmina própria da 
mucosa 
7. A diarreia é resultado da má 
absorção intestinal 
8. A excreção do vírus nas fezes se inicia 
no 3º ou 4º dia após a infecção e se 
intensifica com o surgimento da 
doença. O vírus é eliminado em 
grandes quantidade por até 20 dias 
→ o término da excreção está 
relacionado com o desenvolvimento 
de imunidade 
 
 Miocardite 
 Pode ocorrer em neonatos 
após a infecção intrauterina 
ou nas primeiras 6 semanas 
de vida 
 Esses animais apresentam 
morte súbita ou sinais não 
específicos, desenvolvendo 
sinais de insuficiência 
cardíaca 
 Atualmente é uma 
manifestação considerada 
rara, provavelmente pela 
alta prevalência de 
anticorpos anti CPV na 
população canina 
 A imunidade passiva protege 
os filhotes na fase da 
ocorrência dessa forma 
clínica 
 Gastrenterite 
 Surgimento brusco de 
prostração, anorexia, 
vômitos frequentes, 
sialorreia, febre, dor 
abdominal e diarreia 
hemorrágica 
 Os cães podem apresentar 
desidratação, hipovolemia e 
choque 
 Sinais choque → taquicardia, 
pulso normal ou franco, 
palidez das mucosas, TPC 
aumentado, hipotensão, nível 
de consciência reduzido e 
temperatura corporal 
reduzida 
 Animais que não recebem 
tratamento suporte nesse 
estágio pode ter evolução do 
quadro e chegar a óbito 
 Hemograma – leucopenia, 
neutropenia e linfopenia 
 Necropsia – mucosa intestinal 
congesta, hemorrágica e recoberta 
por pseudomembranas 
 Diagnóstico presuntivo é baseado 
no histórico + sinais clínicos + 
hemograma 
 ELISA – detecção de antígenos virais 
nas fezes ou detecção de IgM no 
sangue 
 Hemaglutinação – capacidade que o 
vírus tem de se ligar a hemácias e 
causarem aglutinação 
 Inibição da hemaglutinação – 
capacidade de anticorpos 
específicos contra o vírus possuem 
de inibir a atividade 
hemaglutinante 
 Microscopia eletrônica – detecção 
dos virions 
 PCR 
 
 Reposiçãode fluidos e eletrólitos 
 Antibioticoterapia de amplo espectro 
 Controle de vômito par minimizar as 
perdas hídricas 
 
 Manejo adequado dos filhotes – 
colostro, restrição de ambientes 
cuidados com fômites 
 Desinfecção do ambiente (hipoclorito 
de sódio) 
 Imunidade dos filhotes – imunidade 
materna (6-18 semanas) e 
soroconversão do filhote 
 A vacinação é a forma mais eficiente 
de prevenção, os animais devem 
receber a primeira dose com 6 a 8 
semanas de idade, recebendo 2 doses 
de reforço a cada 4 semanas, uma 
quarta dose pode ser feita aos 6 
meses 
 A revacinação anual é recomendada, 
é um esquema recomendado para 
estimular a imunidade ativa á 
medida que a imunidade passiva vai 
declinando, o que geralmente ocorre 
entre 6 e 20 semanas de vida 
 Por um período de 2 semanas, os 
títulos de anticorpos atingem níveis 
não protetores, onde os anticorpos 
maternos interferem na eficácia da 
vacina 
 
 Conhecido como parvovírus felino, é 
uma doença infecciosa importante na 
população de gatos não vacinados 
 O vírus da panleucopenia felina (FPV) 
pertence à família dos parvovírus 
(mesmas características 
morfológicas já citadas) 
 O vírus possui período de incubação 
de 2 a 10 dias, após o qual é possível 
observar viremia com disseminação 
do vírus até as células de rápida 
divisão 
 
 Contato direto e indireto, por meio 
de fômites contaminado e pela via 
transplacentária 
 Durante a fase ativa a excreção viral 
ocorre a partir de todas as excreções 
do gato. A excreção viral pode 
perdurar por até 6 semanas após o 
curso clínico da doença 
 
 Infecção entérica aguda → letargia, 
vômito, diarreia e desidratação 
severa, acompanhada de elevada 
taxa de mortalidade 
 O vírus tem capacidade de se replicar 
no tecido linfoide, a nível sistêmico 
com consequente viremia 
 Nos adultos as lesões mais comuns 
ocorrem a nível do tecido linfoide, 
medula óssea e criptas da mucosa 
intestinal 
 No filhotes e neonatos o vírus 
consegue lesar o tecido linfoide, 
cerebelo, retina e nervos óticos 
 
 Diagnóstico direto por meio de ELISA 
(detecção de antígeno) e PCR 
 
 Manejo dos filhotes 
 Imunização dos suscetíveis 
 Animais que se recuperam da doença 
desenvolvem imunidade sólida contra 
a infecção 
 Imunidade passiva

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