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Resumão IESC IV N2

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Carla Bertelli – 4° Período 
 
–
é
Temas para focar: 
• O papel da equipe de atenção básica no pré-natal 
• Diagnóstico na gravidez 
• Classificação de risco gestacional- Fatores de risco que podem indicar 
encaminhamento ao pré-natal de alto. 
• Calendário de consultas 
• Roteiro da primeira consulta (IG, DPP, IMC, AU, Controle da PA, BCF, 
edemas, preparo das mamas para a amamentação,) 
• Exames complementares 
• Suplementação 
• Vacinação 
• Condutas gerais e queixas mais comuns. 
• Consultas subsequentes; 
 
Um pré-natal adequado deve começar precocemente 
(10° semana gestacional). Após o diagnóstico da gestação, 
é importante dar espaço para que a mulher possa 
manifestar seus sentimentos e expectativas em relação 
a isso. Compreende-la dentro do seu contexto familiar e 
social (saber se foi uma gestação planejada, parceiro, 
método anticoncepcional). 
Ao médico de família e comunidade cabe acompanhar a 
gestação de baixo risco, mas saber que, no entanto, a 
qualquer momento a gestante pode apresentar situações 
de risco que impliquem na necessidade de ser 
referenciada. É importante que haja um sistema de 
referencia consolidado entre o pré-natal de alto risco e a 
atenção primária (integração). 
Pré-natal é o conjunto de consultas e/ou visitas 
programadas a gestante + médico de família e 
comunidade + equipe de saúde, objetivando o 
nascimento saudável com risco mínimo para a mãe. 
Componentes centrais do pré-natal incluem: estimativa 
precoce e precisa da IG, identificação de situações de 
risco, avaliação contínua do estado de saúde da mãe e 
do feto, intervenções que visem prevenir ou minimizar a 
morbidade, educação e comunicação com a gestante e 
sua família. 
Gestação – Momento de maior vulnerabilidade, ao 
mesmo tempo propício para o desenvolvimento de 
ações preventivas e de promoção da saúde. 
É ideal iniciar o acompanhamento até a 14° semana de 
gestação – para garantir um número maior de ações 
preventivas, permitindo identificação precoce de riscos, 
desenvolvendo um plano individualizado. 
 
ó – Em toda mulher em idade fértil com atraso 
menstrual, deve-se pensar em gestação. Sintomas 
presuntivos são náuseas, vômitos, tonturas, salivação 
excessiva, mudança no apetite, aumento da frequência 
urinária, sonolência, aumento das mamas, 
hipersensibilidade das mamas, tubérculos de 
Montgomery, saída de colostro. 
Na presença de um conjunto de sintomas presuntivos 
que façam o profissional considerar a possibilidade de 
gestação, o exame confirmatório pode ser solicitado, as 
vezes mesmo na ausência de amenorreia. 
A detecção do HCG em sangue ou urina é a base da 
maioria dos testes de gravidez, começa a ser secretado 
após a implantação podendo ser identificada até 8 dias 
após a concepção. 
A certeza da gestação ocorre com a presença do BCF 
(detectados por sonar a partir da 10° semana), percepção 
dos movimentos fetais (18 e 20° semana), e no USG (saco 
gestacional, vesícula vitelínica e atividade cardíaca). 
 As sugestões e solicitações de exames e 
procedimentos devem sempre ser esclarecidos para a 
família, para que esta possa optar em fazer ou não. 
O MS recomenda um calendário mínimo de 6 consultas 
pré-natal, com periodicidade mensal até 28 semanas, 
quinzenal (28° semana até a 36°), e semanal após a 36° 
semana. 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 Gestação de alto risco é 
aquela no qual a vida ou a saúde da mãe e do feto têm 
maiores chances de serem atingidas. Mesmo após o 
referenciamento da gestante para o acompanhamento 
de alto risco, o médico de família e comunidade deve 
acompanhar a gestante durante todo o pré-natal. 
• Gestação dura em média 280 dias 
• Ausculta com o sonar inicia-se a partir da 12° 
semana 
• Conseguimos começar a mensurar o tamanho 
uterino a partir da 12° semana 
• Número de consultas deve ser igual ou superior a 6 
 
Desde a primeira consulta a gestante deve receber uma 
carteira pré-natal, devem ser anotadas de maneira clara 
e objetiva todos os dados, e a paciente deve ser 
orientada a tê-la sempre consigo. 
ó í çõ – Intercorrências 
comuns na gestação incluem: 
 Náuseas e vômitos – Comum até a 16° semana, 
podendo ser controladas por medidas não 
farmacológicas. 
 Sintomas Dispépticos devem ser manejados com 
fracionamento das refeições, uso da cabeceira 
elevada, evitar deitar após as refeições. 
 Constipação e Hemorroidas devem ser manejadas 
com a normalização do hábito intestinal 
 Candidíase vaginal deve receber tratamento. 
Vaginose e tricomoníase também. 
 Dores lombares 
 Síndromes Hemorrágicas 
 Infecção Urinária – bacteriúria assintomática, 
cistite/pielo devem ser tratadas e acompanhadas. 
Tríade da Eclampsia – Proteinúria, edema e hipertensão 
 
–
é
Gestação de alto risco é aquela em que a vida ou a saúde 
da mãe e do feto tem maiores chances de serem 
atingidas do que a média da população considerada. 
Existem vários tipos de fatores geradores de risco 
gestacional, alguns desses fatores podem estar 
presentes antes da ocorrência da gravidez. A 
identificação das mulheres em idade fértil na comunidade 
permite orientações ao que concerne ao planejamento 
familiar, pré-concepcional. É importante que mulheres 
em idade reprodutiva tenham acesso aos serviços de 
saúde. 
Os fatores de risco gestacional podem ser prontamente 
identificados no decorrer da assistência pré-natal. 
Na maioria dos casos, a presença de um ou mais desses 
fatores não significa a necessidade imediata de recursos 
propedêuticos com tecnologia mais avançada, embora 
indiquem maior atenção da equipe. Pode significar apenas 
uma frequência de consultas e visitas domiciliares. 
Os marcadores e fatores de risco gestacionais presentes 
anteriormente a gestação se dividem em: 
 
 
Outros grupos de fatores de risco referem-se a 
condições ou complicações que podem surgir no 
decorrer da gestação, transformando-a em uma 
gestação de alto risco: 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Todos os profissionais que prestam assistência a 
gestantes devem estar atentos à existência desses 
fatores de risco e avalia-los, de maneira a determinar o 
momento em que a gestante necessitará de assistência 
especializada ou de interconsultas com outro profissional. 
Uma vez encaminhada para um serviço especializado em 
pré-natal de alto risco, é importante que a gestante não 
perca o vínculo com a equipe de atenção básica ou 
Saúde da família que iniciou seu acompanhamento, 
devendo esta ser informada sobre a evolução da 
gravidez e tratamentos administrados. Essa comunicação 
é importante porque a gestante tem maior facilidade de 
acesso aos serviços de atenção básica, possibilitando que 
as Equipes de Saúde da Família possam ofertar as 
gestantes apoio, identificação, participação em atividades 
educativas individuais, reforço para frequência nas 
consultas. 
O intuito da assistência pré-natal de alto risco é interferir 
no curso de uma gestação que possui maior chance de 
ter um resultado desfavorável, de maneira a diminuir o 
risco ao qual o feto e a gestante estão expostos, 
diminuindo consequências adversas. A gestante deverá 
sempre ser informada do andamento da sua gestação e 
instruída quanto a comportamentos e atitudes que 
devem tomar para melhorar sua saúde e da família. 
A equipe que realiza o seguimento das gestações de alto 
risco deve levar em consideração continuamente: 
• Avaliação Clínica bem feita, completa, adequada 
• Avaliação Obstétrica – análise de parâmetros 
obstétricos (ganho ponderal, PA, crescimento 
uterino). 
• Repercussões mútuas entre as condições clínicas da 
gravidez e da gestante (conhecendo os mecanismos 
fisiológicos do corpo da gestante, para saber 
reconhecer de alterações patológicas) 
• Parto – A determinação da via do parto e o 
momento ideal para este evento nas gestações de 
alto risco é ainda hoje um dilema A decisão deve ser 
tomada de acordo com cada caso. A gravidez de 
risco nãoé sinônimo de cesárea. 
• Aspectos Emocionais e Psicossociais – Atuação de 
outras áreas como enfermagem, psicologia, nutrição 
e serviço social, através de um trabalho articulado. 
A estratificação de risco a cada consulta é dinâmico e 
essencial na identificação de gestantes que necessitam 
de tratamento imediato e/ou especializado, de acordo 
com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de 
sofrimento. 
A caracterização de uma situação de risco, todavia, não 
implica necessariamente referência de gestantes para 
acompanhamento pré-natal de alto risco. As situações 
que envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) 
e/ou fatores evitáveis que demandam intervenções de 
maior densidade tecnológica devem ser necessariamente 
referenciadas, devendo manter o vínculo com a atenção 
primária, retornando para esta, quando se considerar a 
situação resolvida e/ou a intervenção já realizada. 
Gestantes com acretismo placentário, história de 
tromboembolismo prévio, hipertireoidismo, anemia grave 
ou comorbidades maternas graves devem ter 
preferência ao encaminhamento do Pré-Natal de alto 
risco, quando comparada a outras condições clínicas. 
Gestante com estratificação de alto riso devem manter 
o acompanhamento regular na UBS, uma vez que a 
equipe de saúde da AB é a coordenadora e responsável 
do seu cuidado longitudinal, sendo cuidado compartilhado 
com o serviço de alto risco. 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
– é
• O estado de saúde da mulher; 
• A amamentação para a mulher; 
• Interação da mãe com o recém-nascido; 
• Principais queixas pós-parto; 
• Avaliação clínico-ginecológica 
• O planejamento familiar pós parto; 
Os cuidados no puerpério devem ser individualizados, a 
fim de atender as necessidades da mãe-bebê, 
respeitando crenças, opiniões. Os problemas mais 
comuns nesse período devem ser identificados e 
manejados adequadamente. A busca de sinais indicativos 
de hemorragia pós-parto, tromboembolia, pré-eclâmpsia 
e eclampsia, sepse, é essencial para evitar mortes 
maternas. 
O puerpério é o período que vai do final do terceiro 
estágio do trabalho de parto ao retorno do organismo 
feminino ao estado pré-concepcional, o que leva 
aproximadamente 6 semanas, embora possa chegar a 
vários meses, no caso de a mulher estar amamentando. 
Esse período envolve alterações fisiológicas, psicológicas, 
sociofamiliares e culturais, para a mulher e sua família, que 
necessita adaptar-se à chegada de um novo membro. 
Embora seja amplamente reconhecida a necessidade de 
uma adequada atenção à saúde, as necessidades das 
mulheres nesse estágio são variadas. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Os cuidados no puerpério devem incluir: avaliação física 
e observação da mãe e da criança; suporte para 
alimentação e cuidados com o recém-nascido (RN); 
empoderamento da família para os cuidados com o bebê; 
promoção de bem-estar fisiológico e emocional da 
família; eficiente reconhecimento de problemas 
relacionados ao período, os quais devem ser adequadas 
e oportunamente avaliados. 
Não há evidências de um regime de visitas de puerpério, 
é necessário considerar uma abordagem de visitas 
centradas na mulher e suas necessidades. 
 
 
 
 
 
– Problemas frequentes no puerpério 
incluem: dor no períneo, dispareunia, incontinência 
urinária e/ou fecal, constipação, hemorroidas, dor nas 
costas, cefaleia, fadiga, depressão pós-parto. 
 – Tradicionalmente, o acompanhamento 
durante o puerpério é feito em duas consultas, uma até 
10 dias após o parto, e outra por volta de 45 dias. 
Entretanto, o número de encontros e o conteúdo a ser 
abordado neles devem ser combinados entre a mulher 
e o seu médico, de acordo com cada caso. 
Em cada contato, a mulher deve ser questionada sobre 
seu bem-estar emocional, que tipo de suporte familiar e 
social está tendo e sobre estratégias utilizadas para lidar 
com as situações diárias. Necessário avaliar também as 
condições de gestação, condições do parto e do RN, 
verificar a realização e rastreio indicados no pré-natal, 
situação vacinal, uso de medicamentos, amamentação. 
çã – Os mamilos podem apresentar eritema, 
edema, fissura, bolhas. É frequente que a criança 
apresente agitação e choro, já que a pega incorreta ou 
o mau posicionamento durante a amamentação fazem 
com que ele não se alimente o suficiente. Essas fissuras 
podem sofrer infecção secundária, frequentemente por 
Staphylococcus aureus. 
A conduta nesses casos é orientar que no início o 
desconforto ao amamentar é normal, mas não pode 
persistir, deve-se corrigir a pega e o posicionamento. 
Apoiar e fortalecer a confiança da mulher, não se usa 
cremes, óleos e sabonetes nos mamilos. Pode ser útil 
expor as mamas no ar livre, aos rádios do sol. Se houver 
mamilos invertidos ou mamas planas, informar que essas 
condições não contraindicam a amamentação e oferecer 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
cuidados extras e suporte para assegurar uma 
amamentação adequada. Amamentação em livre 
demanda, iniciar a mamada pela mama menos afetada 
Mamas Ingurgitadas – 3/5 dia devido a estase linfática e venosa e 
obstrução dos ductos lactíferos. As mamas ingurgitadas são 
dolorosas, edemaciadas, a pele é brilhante, às vezes avermelhada, e 
a mulher pode ter febre. Se houver produção de leite maior que a 
demanda as mamas devem ser ordenhadas. O tratamento consiste 
em amamentar frequentemente, com mamadas prolongadas nas 
mamas afetadas; massagem e, se necessário, expressão manual e 
analgesia 
Mastite – Surge habitualmente a partir da segunda semana após o 
parto, em geral de forma unilateral, e pode aparecer como 
complicação de ingurgitamento não tratado de forma devida, 
podendo ter inflamação local com sintomas sistêmicos. 
Abcesso Mamário – O abscesso pode ser identificado à palpação (a 
sensação é de flutuação), porém nem sempre é possível confirmar 
ou excluir a sua presença apenas pelo exame clínico. Apesar da 
presença de bactérias no leite materno quando há abscesso, a 
manutenção da lactação é importante, inclusive para o tratamento 
da condição, e há vários estudos indicando que a amamentação é 
segura para o bebê mesmo na presença de S. aureus. Tratamento 
cirúrgico de excisão 
í – Deve ser orientado pelas queixas, com 
especial atenção para a avaliação hemodinâmica e o 
rastreamento de infecções. Os lóquios sanguíneos, 
semelhantes à menstruação, ocorrem em volume 
variado até o 5° dia, tornando-se serossanguinolento e 
posteriormente serosos. 
Se a mulher referir queixas relacionadas à hemorragia 
pós-parto ou infecção, devem ser realizados exame 
vaginal e avaliação uterina, tônus, posição, sensibilidade, 
medida do fundo do útero, avaliar sua involução 
A medida da PA deve fazer parte da avaliação de rotina. 
Exames complementares são desnecessários em 
puerpério normal, devem ser solicitados apenas se 
indicados para monitoramento de intercorrência surgidas 
no pré-natal ou em suspeita de complicações. 
Deve ser oferecido rastreamento para ISTs, em especial 
HIV e sífilis, caso isso não tenha sido feito de forma 
adequada no pré-natal. O rastreamento para HIV é 
especialmente importante, já que essa infecção 
contraindica a amamentação. 
 
– ê
é çõ
çõ ê
Definição – É qualquer conduta – ação ou omissão – de 
discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo fato 
de a vítima ser mulher, e que cause dano, morte, 
constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, 
moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda 
patrimonial. Pode acontecer tanto em espaços públicos 
como privados. 
A violência contra a mulher constitui-se uma das principais 
formas de violação dos direitos humanos, atingindo os 
direitos à vida, saúde e integridade física. 
Notificação compulsória de violência contra crianças, 
adolescentes, devem ser feitos e uma cópia é 
encaminhado ao conselho tutelar. 
Acredita0se que a maior parte das mulheres não registrequeixa, seja por constrangimento, humilhação, medo da 
reação de parceiros, discriminação ou responsabilização 
por familiares e amigos. É comum que o agressor amace 
a mulher. A forma mais comum de violência contra a 
mulher é perpetuada por um parceiro íntimo. 
Nas últimas décadas, em resposta a pressões de 
movimentos feministas e da própria sociedade, os 
governos tem implementado políticas públicas e ações 
de prevenção de violência contra a mulher. Uma das 
estratégias principais é criar e aprimorar normas, 
expandir serviços com objetivo de assistir as vítimas. 
Tratando-se de normas, abrangem o âmbito jurídico e 
social. 
A definição de violência é ampla e abarca diferentes 
formas, tais como: violência doméstica ou em qualquer 
outra relação interpessoal, violência ocorrida na 
comunidade que seja perpetrada por qualquer pessoa, 
violência perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus 
agentes. 
A violência contra as mulheres não pode ser entendida 
sem se considerar a dimensão de gênero, ou seja, a 
construção social, política e cultural da(s) masculinidade(s) 
e da(s) feminilidade(s), assim como as relações entre 
homens e mulheres. É um fenômeno, portanto, que se 
dá no nível relacional e societal, requerendo mudanças 
culturais, educativas e sociais para seu enfrentamento, 
bem como o reconhecimento de que as dimensões de 
raça/etnia, de geração e de classe contribuem para sua 
exacerbação. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Compreende diversos tipos de violência – a violência 
doméstica (que pode ser psicológica, sexual, física, moral 
e patrimonial), a violência sexual, o abuso e a exploração 
sexual de mulheres adolescentes/jovens, o assédio sexual 
no trabalho, o assédio moral, o tráfico de mulheres e a 
violência institucional 
O conceito de enfrentamento, adotado pela Política 
Nacional de Enfrentamento à Violência contra as 
Mulheres, diz respeito à implementação de políticas 
amplas e articuladas, que procurem dar conta da 
complexidade da violência contra as mulheres em todas 
as suas expressões. O enfrentamento requer a ação 
conjunta dos diversos setores envolvidos com a questão 
(saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência 
social, entre outros), no sentido de propor ações que: 
desconstruam as desigualdades e combatam as 
discriminações de gênero e a violência contra as 
mulheres; interfiram nos padrões sexistas/machistas ainda 
presentes na sociedade brasileira; promovam o 
empoderamento das mulheres; e garantam um 
atendimento qualificado e humanizado àquelas em 
situação de violência. Portanto, a noção de 
enfrentamento não se restringe à questão do combate, 
mas compreende também as dimensões da prevenção, 
da assistência e da garantia de direitos das mulheres 
No âmbito preventivo, a Política Nacional prevê o 
desenvolvimento de ações que desconstruam os mitos 
e estereótipos de gênero e que modifiquem os padrões 
sexistas, perpetuadores das desigualdades de poder 
entre homens e mulheres e da violência contra as 
mulheres. A prevenção inclui ações educativas e culturais. 
As ações preventivas incluem campanhas 
O combate à violência contra as mulheres compreende 
o estabelecimento e cumprimento de normas penais que 
garantam a punição e a responsabilização dos 
agressores/autores de violência contra as mulheres. No 
âmbito do combate, a Política Nacional prevê ações que 
garantem a implementação da Lei Maria da Penha, em 
especial nos seus aspectos processuais/penais e no que 
tange à criação dos Juizados de Violência Doméstica e 
Familiar contra a Mulher. A Política também busca 
fortalecer ações de combate ao tráfico de mulheres e à 
exploração comercial de mulheres adolescentes/jovens 
No que tange à assistência às mulheres em situação de 
violência, a Política Nacional deve garantir o atendimento 
humanizado e qualificado àquelas em situação1 de 
violência por meio da formação continuada de agentes 
públicos e comunitários; da criação de serviços 
especializados (Casas-Abrigo, Centros de Referência, 
Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor, 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a 
Mulher, Defensorias da Mulher); e da 
constituição/fortalecimento da Rede de Atendimento 
 
 
Procedimento em caso de Suspeita de violência contra a 
mulher: 
Formas de Perguntar indiretamente: 
• Está tudo bem em sua casa/trabalho? 
• Você acha que os problemas de relacionamento 
familiar estão afetando sua saúde? 
• Você se sente humilhada ou agredida por algum 
familiar? 
Perguntar Diretamente: 
• A violência física, psicológica ou sexual está presente 
na vida de muita gente e pode afetar a saúde 
mesmo depois de muitos anos. Você já sofreu ou 
sofre algum tipo de violência? 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
çã
â
â ú (aula de 
sábado) 
Abordar sobre Diretrizes do rastreamento 
• O que é o PCCU; 
• Quem deve realizar; 
• Quando realizar; 
• Fluxo nas principais alterações;

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