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Nutrição Contemporânea

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Elaborada para reunir os fundamentos necessários para tomada de decisão nutricional na 
prática diária, bem como para esclarecer as dúvidas mais frequentes, Nutrição contemporânea, 
8ª edição, destaca-se pela forma didática como apresenta o tema, sempre complementado 
por ilustrações que também facilitam o entendimento.
As discussões aqui apresentadas partem do importante pressuposto de que os indivíduos não 
são iguais, motivo pelo qual o leitor aprenderá a personalizar as informações nutricionais e a 
fazer escolhas corretas em diferentes contextos.
A maneira como os capítulos foram elaborados é outro destaque, oferecendo uma visão 
completa do assunto abordado, podendo ser utilizados em sala de aula conforme as necessi-
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Nutrição contemporânea é um excelente livro-texto de introdução à nutrição... 
Sua leitura é agradável, e as informações são de alta qualidade.”
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Além de reunir informações diferenciadas, com base em pesquisas, o livro contém 
fotos interessantes, coloridas, tabelas e quadros úteis, tópicos especiais e bons 
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Gordon M. Wardlaw
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Contemporânea 8ª Edição
Gordon M. Wardlaw
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Guia de Nutrição Desportiva: 
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CORDÁS, T.A.; KACHANI, A. & COLS. 
Nutrição em Psiquiatria
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Da Infância à Idade Adulta, 2.ed.
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Nutrição Contemporânea, 8.ed.
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Contemporânea N
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Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
W266n Wardlaw, Gordon M.
 Nutrição contemporânea [recurso eletrônico] / Gordon 
 M. Wardlaw, Anne M. Smith ; tradução: Laís Andrade, 
 Maria Inês Corrêa Nascimento ; revisão técnica: Ana Maria 
 Pandolfo Feoli. – 8. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre 
 : AMGH, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8055-189-1
 1. Nutrição. I. Smith, Anne M. II. Título. 
CDU 612.39 
Nutrição e Saúde
Lipídeos e doenças
cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são a principal 
causa de morte entre os norte-americanos. 
A doença cardiovascular costuma envol-
ver as artérias coronárias, por isso se usa, 
frequentemente, o termo cardiopatia co-
ronariana ou doença arterial coronariana 
(DAC). Todos os anos, cerca de 500 mil 
pessoas morrem de cardiopatia coronaria-
na nos Estados Unidos, ou seja, essa doença 
mata 60% mais pessoas do que o câncer. Se 
incluirmos sob a denominação doença car-
diovascular os casos de AVC e outras doenças 
circulatórias, esse número subirá para qua-
se 1 milhão de pessoas. Nos Estados Uni-
dos, todos os anos, há 1,5 milhão de casos 
de infarto (ataque cardíaco). A proporção 
de doenças cardiovasculares entre os sexos 
masculino e feminino é de 2:1. Nas mulhe-
res, essas doenças surgem aproximadamen-
te 10 anos mais tarde do que nos homens. 
Ainda assim, elas acabam matando mais 
mulheres do que qualquer outra doença 
– duas vezes mais do que o câncer. E para 
cada pessoa que morre de doença cardio-
vascular, outras 20 pessoas (� 13 milhões 
de pessoas) têm sintomas dessas doenças.
Desenvolvimento da 
doença cardiovascular
Os sintomas de doença cardiovascular se 
desenvolvem ao longo dos anos e, muitas 
vezes, só se manifestam claramente em 
idade avançada. Apesar disso, autópsias de 
adultos jovens, abaixo dos 20 anos de ida-
de, mostram que muitos deles já apresen-
tam placas de ateroma, ou aterosclerose, 
nas artérias (Fig. 5.16). Esse fato indica que 
a placa de aterosclerose pode começar a se 
formar na infância, evoluindo ao longo da 
vida, inicialmente despercebida.
As formas típicas de doença cardio-
vascular, que são a cardiopatia coronariana 
e o AVC, estão associadas à falta de supri-
mento sanguíneo adequado ao coração 
e ao cérebro, decorrente da formação da 
placa. O sangue leva oxigênio e nutrientes 
ao músculo cardíaco, ao cérebro e a outros 
órgãos. Quando o fluxo sanguíneo nas ar-
térias coronárias que circundam o coração 
é interrompido, o músculo cardíaco pode 
ser danificado. O resultado pode ser um 
ataque cardíaco ou infarto do miocárdio 
(ver novamente Fig. 5.16). O coração pode 
começar, então, a bater irregularmente ou 
pode parar. Cerca de 25% das pessoas não 
sobrevivem ao primeiro ataque cardíaco. Se 
o fluxo de sangue a certas partes do cérebro 
for interrompido por um determinado tem-
po, uma parte do cérebro poderá morrer, 
causando o chamado AVC, abreviatura de 
acidente vascular cerebral.
O ataque cardíaco pode ser súbito e 
grave, provocando uma dor que se irradia 
para o pescoço e por todo o braço, ou pode 
ser sorrateiro, manifestando-se por sinto-
mas de má digestão, dor leve ou sensação 
de pressão no peito. Muitas vezes, em mu-
lheres, os sintomas são tão sutis que a mor-
te ocorre antes que a paciente ou o médico 
percebam que está ocorrendo um ataque 
cardíaco. Se houver qualquer suspeita de 
que esteja ocorrendo um ataque cardíaco, 
deve-se chamar imediatamente uma am-
bulância e, enquanto se aguarda, a pessoa 
deve mastigar um comprimido de ácido 
acetilsalicílico (325 mg). Este fármaco aju-
da a diminuir a coagulação sanguínea que 
provoca o ataque cardíaco.
A contínua formação e fragmentação 
dos coágulos de sangue nos vasos sanguí-
neos é um processo normal. Entretanto, em 
áreas onde se formam placas de ateroscle-
rose, é maior a probabilidade de os coágu-
los permanecerem intactos, causando um 
bloqueio, interrompendo ou diminuindo o 
suprimento de sangue para o coração (pelas 
artérias coronárias) ou para o cérebro (pe-
las artérias carótidas). Mais de 95% dos ca-
sos de ataque cardíaco são causados por es-
ses coágulos. O ataque cardíaco geralmente 
é causado pelo bloqueio total das artérias 
coronárias, decorrente da formação de um 
coágulo sanguíneo em um trecho da arté-
ria que já está parcialmente obstruído pela 
placa de ateroma. A desintegração da placa 
também pode contribuir para a formação 
do coágulo.
Provavelmente, a aterosclerose se ins-
tala com o objetivo inicial de reparar o 
dano da parede do vaso. O dano que dá 
início a todo esse processo pode ser causa-
do por fumo, diabetes, hipertensão, LDL e 
infecções virais e bacterianas. A inflamação 
permanente da parede do vaso sanguíneo 
também é uma causa suspeita de dano. (O 
exame laboratorial denominado dosagem 
de proteína C-reativa no sangue serve para 
� A doença cardiovascular mata mais mulheres do 
que qualquer outra doença – duas vezes mais do 
que o câncer.
placa de ateroma Acúmulo de uma 
substância rica em colesterol na parede 
dos vasos sanguíneos. Contém leucó-
citos, células musculares lisas, várias 
proteínas, colesterol e outros lipídeos e, 
às vezes, cálcio.
infarto do miocárdio Morte de uma 
parte do músculo cardíaco. Também co-
nhecido como ataque cardíaco.
acidente vascular cerebral Mortede 
parte do tecido cerebral, geralmente 
causada por um coágulo sanguíneo. Co-
nhecido pela sigla AVC.
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avaliar se existe inflamação.) A aterosclero-
se pode afetar qualquer artéria do corpo. O 
dano se instala especialmente nos locais em 
que as artérias se ramificam, originando va-
sos de menor calibre. Nesses pontos, as pa-
redes dos vasos são submetidas a um grau 
elevado de estresse, por conta da mudança 
nas características do fluxo sanguíneo.
Uma vez ocorrido o dano no vaso san-
guíneo, a próxima etapa no desenvolvimen-
to da aterosclerose é a fase de progressão. 
Essa etapa se caracteriza pelo depósito da 
placa de ateroma no local do dano inicial. 
O ritmo de formação da placa durante a fase 
de progressão está diretamente relacionado 
à quantidade de LDL presente no sangue. 
A forma de LDL que mais contribui para a 
aterosclerose é a forma oxidada. Essa forma 
é aquela que as células “lixeiras” da parede 
da artéria retiram do sangue preferencial-
mente. Nutrientes e fitoquímicos que têm 
propriedades antioxidantes podem reduzir 
a oxidação de LDL. Frutas e legumes são 
particularmente ricos nesses compostos. 
Consumir frutas e legumes regularmente 
é uma medida positiva, que pode reduzir 
a formação da placa de ateroma e deter a 
progressão da doença cardiovascular. Algu-
mas frutas e legumes particularmente úteis 
para esse fim são leguminosas (vagens e 
feijões), nozes, ameixas secas, passas, frutas 
� Os sinais típicos de alerta de um 
ataque cardíaco são:
• Dor ou pressão intensa e prolongada no 
peito, às vezes irradiada para os braços ou 
para o pescoço (homens e mulheres)
• Falta de ar (homens e mulheres)
• Sudorese (homens e mulheres)
• Náusea e vômitos (especialmente mu-
lheres)
• Tontura (especialmente mulheres)
• Fraqueza (homens e mulheres)
• Dor na mandíbula, pescoço e ombro (espe-
cialmente mulheres)
• Batimentos cardíacos irregulares (homens 
e mulheres)
� Healthy People 2010 definiu como 
meta reduzir em 30% a incidência atual 
de mortes por cardiopatia coronariana.
� Ao primeiro sinal de um possível ataque car-
díaco, a pessoa deve, antes de qualquer coisa, 
chamar uma ambulância e, depois, mastigar bem 
um comprimido de ácido acetilsalicílico.
Artéria
coronária
direita
Artéria
coronária
esquerda
Aorta
Revestimento celular (endotélio)
Artéria
pulmonar
Área de
oclusão
Área de
lesão do
músculo
Camada
muscular
AberturaAbertura
do vasodo vaso
Placa de colesterol
em formação
Placa de colesterol
avançada
Coágulo sanguíneo
Artéria normal
Lesão inicial
Aterosclerose
significativa
Bloqueio
completo
Abertura
do vaso
FIGURA 5.16 � O processo que leva ao ataque cardíaco. O processo começa com a lesão da parede da artéria. 
Essa lesão é seguida da progressiva formação da placa de ateroma. O ataque cardíaco representa a última etapa 
do processo. É evidente o bloqueio da artéria coronária esquerda por um coágulo sanguíneo. O músculo cardíaco 
suprido pelo trecho da artéria coronária localizado além do ponto de bloqueio fica privado de oxigênio e nutrien-
tes, acaba danificado e pode morrer. Esse dano pode causar uma diminuição significativa da função cardíaca que, 
muitas vezes, chega até a insuficiência cardíaca.
oxidação No sentido mais elementar, 
é a perda de um elétron ou o ganho 
de um átomo de oxigênio por uma 
substância química. Essa alteração, em 
geral, modifica a forma e/ou a função 
da substância.
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silvestres, ameixas, maçãs, cerejas, laranjas, 
uvas, espinafre, brócolis, pimenta vermelha, 
batatas e cebolas. Chá e café também são 
fontes de antioxidantes.
À medida que a placa se acumula, as 
artérias endurecem, ficam mais estreitas 
e perdem elasticidade. As artérias afetadas 
sofrem ainda mais lesões quando o sangue 
passa dentro delas sob pressão. Por fim, na 
fase terminal, um coágulo ou um espasmo 
em uma artéria afetada por placas de atero-
ma resulta no ataque cardíaco.
Os fatores que geralmente provocam o 
ataque cardíaco nas pessoas que estão sob 
risco incluem desidratação, estresse emo-
cional agudo (p. ex., a demissão de um fun-
cionário), atividade física extenuante rea-
lizada por pessoa que não tem condições 
físicas para tal (p. ex., cavar e plantar), acor-
dar no meio da noite ou pela manhã (asso-
ciado a um aumento abrupto do estresse), 
além do consumo de refeições copiosas, 
ricas em gordura (aumentam a coagulação 
sanguínea).
Fatores de risco de 
doença cardiovascular
Muitas pessoas estão livres dos fatores de 
risco que contribuem para o rápido desen-
volvimento da aterosclerose. Nesse caso, os 
especialistas recomendam o consumo de 
uma dieta balanceada, acompanhada de 
atividades físicas regulares, exames perió-
dicos para análise das lipoproteínas sanguí-
neas em jejum a partir dos 20 anos de ida-
de, além de reavaliação dos fatores de risco 
a cada cinco anos.
Para a maioria das pessoas, no entanto, os 
fatores de risco mais prováveis são:
• Colesterol total no sangue acima de 
200 mg/dL de sangue (mg/dL signifi-
ca miligramas por decilitro, que equi-
vale a 100 mL). O risco é particular-
mente elevado quando o colesterol é 
igual ou maior do que 240 mg/dL e 
quando a dosagem de LDL colesterol 
está entre 130 e 160 mg/dL. (Os ter-
mos LDL colesterol e HDL colesterol 
são usados para expressar a concen-
tração sanguínea porque o parâmetro 
medido é o conteúdo de colesterol 
presente nas lipoproteínas.)
• Tabagismo. O fumo é a principal cau-
sa de 20% das mortes por doença car-
diovascular e em geral anula a vanta-
gem do sexo feminino de desenvolver 
a doença mais tardiamente. A combi-
nação do fumo com os contraceptivos 
orais aumenta ainda mais o risco de 
doença cardiovascular nas mulheres. 
O fumo aumenta muito a expressão 
dos genes ligados ao risco de doença 
cardiovascular, mesmo quando os 
lipídeos sanguíneos da pessoa são 
baixos. Também aumenta a probabi-
lidade de coagulação do sangue. Até 
mesmo o tabagismo secundário foi 
implicado como fator de risco.
• Hipertensão. A hipertensão se carac-
teriza por uma pressão arterial sis-
tólica acima de 139 mmHg e pressão 
arterial diastólica acima de 89. Os va-
lores saudáveis da pressão arterial são 
abaixo de 120 e 80, respectivamente. 
(O tratamento da hipertensão é revi-
sado no Cap. 9.)
• Diabetes. O diabetes praticamente 
garante o desenvolvimento da doença 
cardiovascular, por isso as pessoas que 
sofrem de diabetes estão no grupo de 
alto risco. A insulina aumenta a sín-
tese de colesterol no fígado, elevando, 
consequentemente, o nível de LDL na 
corrente sanguínea. O diabetes não 
respeita a vantagem feminina.
Juntos, os quatro fatores de risco cita-
dos explicam a maioria dos casos de doença 
cardiovascular.
Outros fatores de risco a considerar:
• HDL colesterol abaixo de 40 mg/dL, 
especialmente quando a proporção 
colesterol/ HDL colesterol é maior do 
que 4:1 (3,5:1 ou menos é o ideal). 
As mulheres costumam ter níveis ele-
vados de HDL colesterol, por isso é 
importante medir regularmente esses 
níveis para definir o risco cardiovas-
cular da mulher. Valores de 60 mg/dL 
ou mais são particularmente proteto-
res. Pelo menos 45 minutos de exer-
cício físico quatro vezes por semana 
podem aumentar o nível de HDL em 
� O fumo é um dos quatro maiores fatores de 
risco de doença cardiovascular.
antioxidante Geralmente, um compos-
to que interrompe os efeitos danosos 
de substâncias reativas que buscam um 
elétron (agentes oxidantes). Eles evitam 
a degradação (oxidação) de substâncias 
existentes nos alimentos ou no corpo, 
particularmente lipídeos.
pressão arterial sistólica Pressão no 
interior dos vasos sanguíneos arteriais 
decorrente do bombeamento de sangue 
pelo coração.
pressão arterial diastólica Pressão no 
interior dos vasos sanguíneos arteriais 
quando o coração está entre um e outro 
batimento.
DECISÕES ALIMENTARES
Suplementos antioxidantese doença cardiovascular
Será que doses elevadas de suplementos vitamínicos antioxidantes são uma forma 
confiável de reduzir a oxidação da LDL e, assim, evitar a doença cardiovascular? Há con-
trovérsias entre os especialistas sobre esses suplementos alimentares, tópico que será 
detalhado no Capítulo 8. A American Heart Association não apoia o uso de suplementos 
antioxidantes (p. ex., vitamina E) para reduzir o risco de doença cardiovascular. O moti-
vo é que estudos de grande escala não comprovaram que exista diminuição do risco de 
doença cardiovascular com o uso de suplementos antioxidantes. Um estudo até mostrou 
um aumento discreto da incidência de insuficiência cardíaca após o uso de suplementos 
antioxidantes, em pessoas com diabetes ou que, por outro motivo qualquer, corriam alto 
risco de doença cardiovascular. Entretanto, há novos estudos em andamento, que usam 
suplementos antioxidantes (p. ex., 600 UI de vitamina E em dias alternados) para preven-
ção de doença cardíaca em homens. Quanto às mulheres, 600 UI de vitamina E de uma 
fonte natural em dias alternados não proporcionaram benefícios em termos da incidência 
de eventos cardiovasculares importantes (ou câncer). No entanto, são necessárias outras 
pesquisas, já que se observou redução dos casos de morte súbita de origem cardíaca em 
um subgrupo de mulheres idosas, nesse estudo. Alguns especialistas acreditam que a 
suplementação com vitamina E (100 – 400 UI) pode ser útil para prevenção das doenças 
cardiovasculares, mas outros estudiosos são contrários a essa prática. Uma coisa é certa: 
qualquer suplemento de vitamina E só deve ser usado sob supervisão médica, dadas as 
interações com vitamina K e medicamentos anticoagulantes (e possivelmente com o uso 
de altas doses de ácido acetilsalicílico).
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5 mg/dL. Perder o excesso de peso 
(sobretudo na área da cintura) e evi-
tar o fumo e os excessos alimentares 
também ajudam a manter ou elevar a 
HDL, o mesmo ocorrendo com o con-
sumo moderado de álcool.
• Idade: homens acima de 45 anos e 
mulheres acima de 55 anos.
• História familiar de doença cardio-
vascular, principalmente antes dos 50 
anos de idade.
• Triglicerídeos sanguíneos de 200 mg/
dL ou mais, em jejum (menos de 100 
mg/dL é o ideal).
• Obesidade (especialmente o acúmulo 
de gordura na área da cintura). O ga-
nho de peso típico dos adultos é um 
dos grandes fatores determinantes da 
elevação da LDL que se observa com a 
idade. A obesidade também costuma 
causar resistência à insulina, criando 
um estado semelhante ao diabetes e, 
eventualmente, levando à instalação 
do diabetes propriamente dito. A obe-
sidade também provoca uma inflama-
ção generalizada no organismo.
• Inatividade. O exercício físico regu-
lar condiciona as artérias para que se 
adaptem ao esforço físico e também 
melhora os efeitos da insulina no cor-
po. A redução da liberação de insulina 
consequente ao exercício leva a uma 
redução da síntese de lipoproteínas 
no fígado. Recomendam-se exercícios 
aeróbicos regulares e de resistência. 
Pessoas com doença cardiovascular já 
existente e idosos devem ter aprova-
ção do médico antes de iniciarem um 
programa de exercício físico.
Os pesquisadores estão tentando 
descobrir e quantificar vários outros fato-
res que possam estar ligados à ocorrência 
prematura de doenças cardiovasculares, 
por exemplo, a conexão com a ingestão de 
quantidades inadequadas de vitamina B6, 
folato e vitamina B12, que pode aumentar 
o nível de homocisteína no sangue. Obser-
vou-se que a homocisteína pode danificar 
as células de revestimento dos vasos san-
guíneos, o que provoca aterosclerose. Há 
estudos que mostram que a suplementação 
de ácido fólico e vitaminas do complexo B 
não reduz o risco de doença cardiovascular 
em pacientes que já tiveram um ataque car-
díaco ou que sofrem de doenças vasculares 
preexistentes.
O termo fator de risco não significa 
uma causa da doença; contudo, quanto 
mais fatores de risco estão presentes, maior 
risco uma pessoa corre de desenvolver uma 
doença cardiovascular. Um bom exemplo 
é a síndrome metabólica (também deno-
minada Síndrome X, abordada no Capítulo 
4). A pessoa que tem síndrome metabólica 
apresenta obesidade abdominal, triglicerí-
deos sanguíneos elevados, HDL colesterol 
baixo, hipertensão, distúrbio da regulação 
da glicose sanguínea (ou seja, glicemia em 
jejum elevada) e coagulação sanguínea ace-
lerada. Esse perfil aumenta consideravel-
mente o risco de doença cardiovascular. O 
lado positivo é que doenças cardiovascula-
res são raras em pessoas que têm LDL co-
lesterol baixo, pressão arterial normal, que 
não fumam nem têm diabetes. Se a pessoa 
diminui esses fatores de risco, segue as re-
comendações dietéticas da American Heart 
Association, descritas na página 213, e se 
mantém fisicamente ativa, provavelmente 
conseguirá reduzir vários outros fatores de 
risco controláveis. Em outras palavras, faça 
um plano completo de estilo de vida e siga 
esse plano. Conforme será visto adiante, 
talvez sejam também necessários medica-
mentos para baixar o nível de lipídeos no 
sangue. Por fim, se a pessoa tem história 
familiar de doença cardiovascular, mas não 
tem os fatores de risco habituais, pode-se 
pensar em alguma falha mais raro como a 
causa do problema. Nesse caso, recomen-
da-se um exame físico detalhado para pes-
quisa de outras causas potenciais.
Intervenções médicas 
para baixar os lipídeos 
sanguíneos
Algumas pessoas precisam de uma terapia 
ainda mais agressiva, além da dieta e da 
mudança de hábitos de vida, para baixar 
os lipídeos no sangue. A indicação mais 
clara dessa abordagem agressiva é a histó-
ria de ataque cardíaco prévio ou a presença 
de sintomas de doença cardiovascular ou 
diabetes.
Os medicamentos são a pedra angular 
dessa terapia mais agressiva. Nos Estados 
Unidos, o National Cholesterol Education 
Program desenvolveu uma fórmula que se 
baseia em fatores como idade, colesterol 
sanguíneo total, HDL colesterol, história de 
tabagismo e pressão arterial para determi-
nar quem necessita desses medicamentos. 
Acesse http://hp2010.nhlbihin.net/atpiii/
calculator.asp?usertype=pub para ver a 
fórmula, que fornece uma estimativa da 
probabilidade de ocorrer um ataque car-
díaco nos próximos 10 anos.
Os medicamentos que baixam a LDL 
atuam de uma das maneiras descritas a 
seguir. Alguns diminuem a síntese de co-
lesterol no fígado. São os medicamentos 
chamados “estatinas” (p. ex., atorvastatina 
[Lipitor]). O custo do tratamento com um 
desses fármacos pode chegar a 1.600 dóla-
res por ano, dependendo da dose necessá-
ria. Em algumas pessoas, esses medicamen-
� Para mais informações sobre doen-
ças cardiovasculares, acesse a página 
da American Heart Association no 
endereço www.heart.org ou a seção 
sobre doença cardíaca da página www.
healthfinder.gov/tours/heart.htm. 
Trata-se de uma página criada para 
consumidores pelo governo dos EUA. 
Além disso, acesse também a página 
www.nhlbi.nih.gov/.
� Healthy People 2010 estabeleceu 
como meta reduzir o colesterol total em 
adultos, de 206 mg/dL para 199 mg/dL, 
em média, e também diminuir o percen-
tual de adultos com colesterol sanguí-
neo elevado de 21% para 17%.
� Fatores de risco de doença 
cardiovascular
• Colesterol sanguíneo total � 200 mg/dL
• Tabagismo
• Hipertensão
• Diabetes
• HDL colesterol < 40 mg/dL
• Idade: Homens � 45 anos; Mulheres � 
55 anos
• História familiar de doença cardiovascular
• Triglicerídeos sanguíneos � 200 mg/dL
• Obesidade
• Inatividade
� Há duas abordagens que, compro-
vadamente, revertem o processo de 
aterosclerose. Uma é a dieta vegeta-
riana com modificações dos hábitos 
de vida que fazem parte do programa 
do Dr. Dean Ornish. A outra é a redu-
ção agressiva dos níveis de LDL com 
medicamentos.
� Conforme já foi visto, o ácido acetil-
salicílico em pequenas doses diminui a 
coagulação sanguínea. Frequentemen-
te, esse medicamentoé prescrito pelo 
médico para pessoas que correm risco 
de sofrer um ataque cardíaco ou AVC, 
sobretudo se já tiveram um episódio 
anterior. Para obter esse benefício, são 
necessários 80 a 160 mg por dia. As 
pessoas que mais se beneficiam do uso 
do ácido acetilsalicílico são homens 
acima dos 40 anos de idade, fumantes, 
mulheres na pós-menopausa e pacien-
tes que sofrem de diabetes, hiperten-
são ou que têm história familiar de 
doença cardiovascular.
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http://hp2010.nhlbihin.net/atpiii/
http://www.heart.org/
http://www.nhlbi.nih.gov/
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tos causam problemas, por isso devem ser 
monitorados pelo médico, especialmente 
quanto aos seus efeitos no fígado. Outro 
grupo de medicamentos são os que captu-
ram os ácidos biliares ou o colesterol que 
fazem parte da bile secretada no intestino 
delgado. Depois de ligados aos medica-
mentos, esses compostos são eliminados 
nas fezes, o que exige que o fígado sinte-
tize novos ácidos biliares e/ou colesterol. 
Para essa síntese, o fígado remove a LDL do 
sangue. Alguns desses medicamentos têm 
gosto de areia, por isso não são muito po-
pulares.
A meta terapêutica atual para pessoas 
com doença cardiovascular (ou alto risco) 
(Tab. 5.9) é baixar a LDL para menos de 
70 mg/dL.
A sinvastatina (Zocor), que é uma es-
tatina, foi combinada a outro fármaco (eze-
timibe) para formar um medicamento cha-
mado Vytorin, que ataca as duas fontes de 
colesterol: “alimentos e família.” Enquanto 
a estatina reduz o colesterol fabricado pelo 
fígado, o ezetimibe ajuda a bloquear a ab-
sorção do colesterol dos alimentos.
Um terceiro grupo de fármacos é usa-
do para baixar os triglicerídeos sanguíneos 
diminuindo sua produção no fígado. Esses 
medicamentos incluem genfibrozila (Lo-
pid) e megadoses do ácido nicotínico, que 
é uma vitamina. O uso do ácido nicotínico 
causa efeitos colaterais desagradáveis, mas 
podem ser controlados.
Outros possíveis tratamentos 
clínicos das doenças 
cardiovasculares
A FDA aprovou a comercialização de duas 
margarinas que têm efeitos positivos sobre 
os níveis de colesterol sanguíneo – Benecol 
e Take Control. Essas margarinas contêm es-
tanóis e esteróis vegetais.* Os estanóis/este-
róis derivados de plantas, também conheci-
dos como fitoesteróis, atuam reduzindo a 
absorção do colesterol no intestino delgado 
e diminuindo seu retorno ao fígado. O fí-
gado responde extraindo mais colesterol do 
sangue para continuar produzindo ácidos 
biliares. Estudos feitos para avaliar o efei-
to redutor de colesterol dessas margarinas 
mostraram que 2 a 5 g diários de estanóis/
esteróis vegetais reduzem em 8 a 10% o 
colesterol sanguíneo total e em 9 a 14% o 
LDL colesterol (efeito semelhante ao obti-
do com alguns fármacos).
Benecol é uma margarina produzida 
com estanóis extraídos da polpa da madei-
ra. Além de ser vendida como margarina 
propriamente dita, também foi adiciona-
da a molhos de salada. Take Control é uma 
margarina produzida com esteróis deriva-
dos da soja. A quantidade recomendada, 
em ambos os casos, é cerca de 2 a 3 g diá-
rios, pelo menos em duas refeições; isso sig-
nifica aproximadamente 1 colher de sopa 
de Benecol ou duas de Take Control por dia. 
Seu uso custaria cerca de 1 dólar por dia, 
já que são margarinas mais caras do que os 
produtos comuns.
Para pessoas com colesterol sanguí-
neo total em nível limítrofe (entre 200 e 
239 mg/dL), o uso dessas margarinas pode 
ajudar a evitar a necessidade de tratamen-
to medicamentoso. Os estanóis/esteróis 
também estão disponíveis sob a forma de 
comprimidos. Lembre-se de que os esteróis 
estão presentes naturalmente nas sementes 
oleaginosas (nozes e amêndoas) em altas 
concentrações. Gérmen de trigo, gergelim, 
pistache e sementes de girassol são algumas 
das principais fontes.
Os dois tratamentos cirúrgicos mais 
comuns para corrigir o bloqueio de uma 
artéria coronária são a angioplastia coro-
nariana transluminal percutânea (ATP) e o 
enxerto de bypass coronariano (conhecido 
como ponte de safena). A ATP consiste na 
inserção de um cateter com balão na arté-
ria. O cateter é introduzido até o local da 
lesão, onde o balão é, então, expandido, 
pressionando as paredes do vaso. Esse mé-
todo funciona melhor quando só um vaso 
está bloqueado; depois de desobstruído, o 
vaso pode ser mantido aberto por uma es-
trutura do tipo rede metálica, denominada 
stent. A cirurgia de enxerto de bypass envolve 
a remoção da veia safena, um vaso de gros-
so calibre da perna, ou de uma das artérias 
mamárias. A veia removida é suturada na 
aorta (grande vaso que sai do coração) e 
usada para contornar a artéria bloqueada. 
O procedimento pode ser feito em um ou 
mais bloqueios.
� Becel e Take Control são margarinas e são 
exemplos de “alimentos funcionais” porque são 
enriquecidas com estanóis/esteróis vegetais redu-
tores de colesterol.
TABELA 5.9 Como escolher suas metas de prevenção/tratamento da doença 
cardiovascular
Classe de risco Este é você se... Sua meta de LDL (mg/dL) 
Muito elevado Você tem doença cardiovascular e ou-
tros fatores de risco, como diabetes, 
obesidade, fumo 
< 70
Elevado Você tem doença cardiovascular ou 
diabetes ou dois ou mais fatores de 
risco de doença cardiovascular (p. ex., 
fumo, hipertensão)
< 100
Moderadamente 
elevado
Você tem risco de doença cardiovas-
cular e maior risco de apresentar um 
ataque cardíaco em 10 anos
100–130
Moderado Você tem 2 ou mais fatores de risco e 
uma pequena probabilidade de de-
senvolver uma doença cardiovascular 
nos próximos 10 anos.
< 130
Baixo Você não tem ou tem poucos fatores 
de risco de doença cardiovascular
< 160
* N. de R.T.: No Brasil, os cremes vegetais enriquecidos com fitoesteróides são também comercializados. 
Esses produtos são registrados na Anvisa e recomendados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
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	Lipídeos e doenças cardiovasculares
	Desenvolvimento da doença cardiovascular
	Fatores de risco de doença cardiovascular
	Intervenções médicas para baixar os lipídeos sanguíneos

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