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É um monossacarídeo composto por 6 átomos de carbono e contém um grupo aldeído – aldohexose. O enantiômero da D- Glucose é o isômero mais comum, por ser o único que pode ser metabolizado pelos seres vivos. Uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, gerando duas moléculas de um composto de três átomos de carbono, o piruvato. Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. É uma via central quase universal do catabolismo da glicose, com o maior fluxo de carbono na maioria das células. A quebra glicolítica da glicose é a única fonte de energia metabólica em alguns tecidos e células de mamíferos (p. ex., eritrócitos, medula renal, encéfalo e esperma). Alguns tecidos vegetais modificados para o armazenamento de amido (como os tubérculos da batata) e algumas plantas aquáticas (p. ex., agrião) derivam a maior parte de sua energia da glicólise. Muitos microrganismos anaeróbicos são totalmente dependentes da glicólise. ENTRADA NA CÉLULA Devido a glicose ser uma molécula polar e com um tamanho grande, ela não pode atravessar a membrana lipídica da célula por difusão simples, por isso, ela necessita de um transportador para entrar na célula por difusão facilitada. Isso vai ocorre quando a concentração exterior da glicose for mais alta em relação a concentração intracelular. Existem vários tipos de transportadores e oque os torna diferentes é a diferença do km de um para outro, sendo assim, um pode ter uma afinidade maior pela glicose ou uma afinidade menor. Em kms elevados por exemplo, a afinidade do transportador é menor pela glicose, oque faz com que ele precise de muita glicose até que o transportador atinja sua velocidade máxima, como por exemplo, GLUT 2. No caso de km menores a afinidade pelo transportador é muito mais elevada, então a entrada de glicose é constitutiva e o transportador trabalha quase a tomo momento em sua velocidade máxima, como é o caso do GLUT 3. GLUT 1 Transportador com baixo km, sendo inferior a concentração fisiológica plasmática de glicose, que é de cinco milimolar. Dessa forma, o GLUT 1 permite a entrada da glicose por difusão facilitada, essa propriedade faz com que ele funcione bem mesmo em condições de hipoglicemia, sendo fundamental onde a glicose seja a única ou principal fonte energética, como nos casos dos eritrócitos e células endoteliais da barreira hematoencefálica. GLUT 2 Transportador com elevado km e uma alta capacidade de transporte, por isso sua situação se intensifica somente em situações de hiperglicemia, ou seja, logo depois das refeições. Devido a isso, ele está presente em células que precisas absorver glicose apenas quando ela está em níveis elevados no sangue, por exemplo, os hepatócitos que precisam armazenar a glicose abundante em forma de glicogênio e lipídios ou em células beta pancreáticas que ao perceberem a alta taxa da glicose promovem a liberação do hormônio insulina. As células betas pancreáticas atuam como sensores de glicose, a glicose depois de entrar via GLUT 2 vai servir de substrato para produzir ATP e através da despolarização da membrana plasmática vai promover a exocitose da insulina. Esse hormônio vai aumentar a captação de glicose no musculo esquelético cardíaco e tecido adiposo. Toda via, nas células musculares ou adiposas, a captação da glicose é promovida por um outro transportador: GLUT 4 que apesar de ter alta afinidade para glicose, não é encontrado a todo momento na membrana plasmática, ficando estocado nas vesículas dentro do citoplasma das células. As vesículas só serão translocadas para a superfície mediante a sinalização da insulina por isso a atuação desse transportador ocorre somente em situações hiperglicêmicas. DESTINOS DA GLICOSE a) Síntese de polímeros estruturais, na forma de polissacarídeos da parede celular ou na matriz extracelular. b) Armazenada em forma de glicogênio, amido ou sacarose. c) Oxidada pela via glicolítica a molécula de piruvato. d) Oxidada pela via da pentose-fosfato produzindo ribose-5-fosfato para síntese de ácidos nucleicos e NADPH. OXIDAÇÃO DA GLICOSE PELA VIA GLICOLÍTICA Ocorre a degradação de uma molécula de glicose de seis carbonos em uma serie de reações catalisadas por enzimas que quebram e arranjam essa molécula produzindo duas moléculas de piruvato com três carbonos. Esses rearranjos ocorrem através do consumo de duas moléculas de ATP que permitem uma mudança conformacional tal que possibilite ligações intermoleculares mais energéticas, de forma a gerar no final duas moléculas de piruvato e dois NADH e um saldo positivo de 2 ATP. CARACTERÍSTICAS • Esse processo ocorre no citoplasma da célula. • Possui 10 reações enzimáticas, sendo 3 irreversíveis, fundamentais para a regulação da via glicolítica. • O metabolismo de frutose e galactose também utilizam a via glicolítica. • Pode funcionar em anaerobiose ou aerobiose (com oxigênio). • 9 intermediários são fosforilados e ficam presos dentro das células, sendo essenciais na conservação da energia metabólica. Possui duas fases: ➔ Fase preparatória (com gasto de 2 ATP). ➔ Fase de pagamento (formação de 4 ATP). FASE PREPARATÓRIA Corresponde a oxidação da glicose em duas moléculas de gliceraldeído 3-fosfato. Durante essa fase, duas moléculas de ATP têm energia consumida para aumentar a energia a nível intermediários fosforilados que servirão depois para produzir ATP. Nesta fase acontece a clivagem do açúcar fosfato com seis carbonos em duas dois açúcares fosfato com três carbonos A primeira reação desse processo que é catalisada pela enzima hexoquinase, na qual, utilizando a molécula de ATP, ou seja, mediante um gasto energético fosforila a glicose no sexto resíduo de carbono transformando-a em glicose 6-fosfato. Esta reação impede que a glicose seja redirecionada para fora da célula. Então, ela acaba ficando retida no citoplasma onde é direcionada para sua via de destino. É uma reação que tem um ΔG padrão muito negativo, o que é a fase irreversível e proceder nesse tipo direto. A segunda reação é catalisada pela enzima fosfoglicose isomerase que converte a glicose-6-fosfato em frutose 6-fosfato, é uma isomerização onde ocorre apenas a troca de dupla ligação do carbono 1 (aldolase) para o carbono 2 (cetose). É uma reação em equilíbrio por ter um ΔG padrão próximo de zero, sendo assim, reversível, ou seja, ocorre nos dois sentidos, bidirecional. A terceira reação é catalisada pela enzima fosfofrutoquinase-1, converte e frutose-6- fosfato em frutose-1,6-bifosfato. Essa reação ocorre mediante gasto energético, ou seja, novamente um ATP é consumido de forma a molécula, agora, ganhar mais energia livre. É uma reação cujo ΔG padrão é muito negativo, o que a torna espontânea, e indo para sentido direto da formação do produto, e a segunda reação Irreversível das três existentes no processo. A quarta reação é catalisada pela enzima aldolase que cliva a molécula de frutose- 1,6-bisfosfato em duas trioses fosfato, a dihidroxiacetona fosfato e o gliceraldeído- 3-fosfato. Portanto, essa é a etapa que dá nome a via, por quebra uma molécula de seis carbonos em duas moléculas de três carbonos, porém essa reação apresenta um ΔG padrão muito positivo. Entretanto, apesar desta reação funcionar no sentido oposto o consumo rápido do produto vai deslocar o equilíbrio no sentido direto. As duas moléculas de glicose fosfato produzidas, por sua vez, são interconvertíveis, através da ação das enzimas triose-fosfato isomerase. Contudo, somente a molécula de gliceraldeído-3-fosfato é capaz de continuar pela via glicolítica, com isso, para realizar a glicose por completaé necessária que a dihidroxiacetona-fosfato seja convertida a gliceraldeído-3-fosfato. Então, ao final da fase preparatória teremos duas moléculas de gliceraldeídos- 3fosfato para entrar na fase de pagamento. FASE DE PAGAMENTO Conversão oxidativa do gliceraldeído-3- fosfato a piruvato e a formação acoplada de ATP e NADH. Nesta fase ocorre a formação de duas moléculas de NADH, quatro moléculas de ATP e duas moléculas de água por desidratação. As reações que a caracterizam são duplicadas pois duas moléculas de gliceraldeído-3-fofato são geradas a cada molécula de glicose que entra. Desse modo, as reações que se subseguem ocorrem duas vezes. A sexta reação de oxirredução é importante porque a coenzima NAD+ é reduzida a NADH, sendo esse um intermediário rico em energia carregando dois elétrons. Essa reação é catalisada pela enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, uma oxirredutase que oxida a molécula de gliceraldeído-3- fosfato em 1,3-bifosfoglicerato, contribuindo para a formação da molécula de NADH reduzida. Nesse processo o grupo aldeído do de gliceraldeído-3-fosfato é oxidado, produzindo um composto acil- fosfato que tem a energia de hidrolise muito alta. A reação tem um ΔG padrão levemente positivo, portanto, não sendo favorável para que ocorra, sendo necessário estar acoplada a uma próxima reação que é extremamente favorável. A sétima reação é catalisada pela enzima fosfoglicerato quinase que transfere o grupo fosforil de alta energia do grupo carboxila da molécula 1,3- bisfofatoglicerato para ADP formando uma molécula de ATP e 3 fosfoglicerato. Com essa reação ocorre a primeira fosforilação a nível de substrato, formando uma molécula de ATP. Por ter ΔG padrão negativamente elevado, essa reação é espontânea e irreversível em condições padrões, porém em condições fisiológicas, ela ocorre perto do equilíbrio com o ΔG entre 0 a 2 kJ/mol, sendo então, reversível. A oitava reação é catalisada pela enzima fosfoglicerato mutase que converte a molécula de 3 fosfoglicerato em 2 fosfoglicerato, e essa reação está em equilíbrio nas condições fisiológicas. A nona reação é catalisada pela enzima enolase que converte 2-fosfoglicerato em Fosfoenolpiruvato, por meio de uma reação de desidratação. Essa reação é importante, pois o Fosfoenolpiruvato formado é rico em potencial de transferência de potássio e também é uma reação não espontânea. A décima reação é catalisada pela enzima piruvato quinase que transfere o grupo fosforil da molécula de Fosfoenolpiruvato para o ADP formando ATP e piruvato. Com isso, é a reação em que ocorre a segunda fosforilação a nível substrato, e possui o ΔG padrão extremamente negativo, sendo, portanto, espontânea. O piruvato inicialmente se apresente em sua forma enólica, mas sofre tautomerização e assim sua forma cetônica é predominante em pH 7, portanto, essa reação é bastante favorável. ACOPLAMENTO DE REAÇÕES Nas etapas 6 e 9 da glicólise ocorre a geração de dois intermediários ricos em energia: 1,3-bifosfatoglicerato e o Fosfoenolpiruvato que possuem uma energia livre de hidrolise extremamente negativa. ➔ Esses compostos fosforilados tem energia suficiente para sintetizar ATP por terem um alto potencial de transferência de grupo fosfato. ➔ São usados para fazer ATP em um processo de fosforilação ao nível substrato. As etapas 6 e 7 são acopladas energeticamente a molécula 1,3- bifosfoglicerato quando formada na reação tem seu grupo acilfosfato transferido para o ADP. Na segunda reação quando somamos o ΔG das duas reações temos que o ΔG padrão final é negativa e com isso a reação global final é espontânea e exergônica. As etapas 9 e 10 são também acopladas energeticamente, a produção do Fosfoenolpiruvato pela enolase não é energeticamente favorável, só se torna através da enzima piruvato quinase que é muito exergônica e promove então a transferência do grupo fosforil para a molécula de Fosfoenolpiruvato para o ADP. Desta forma-se ocorre a fosforilação a nível do substrato, que consiste na formação de ATP a partir da transferência de um grupo fosforil advindo de um substrato. Vale ressalta que esse processo envolve enzimas solúveis e intermediários químicos de alta energia. EQUAÇÃO GLOBAL DESTINOS DO PIRUVATO A presença ou ausência de oxigênio, o piruvato pode seguir duas vias anaeróbicas, ou seja, a fermentação alcoólica ou láctica, ou uma via aeróbica que corresponde a oxidação completa do piruvato em dióxido de carbono e água. Em anaerobiose o piruvato pode seguir a via de fermentação alcóolica, ou seja, gerar etanol e microrganismos, leveduras e células vegetais. Em seres humanos, a única rota fermentativa é a fermentação láctica e esse processo ocorre quando há hipóxia, uma situação anaeróbica em que o NADH advindo da glicólise, por exemplo, não consegue se reoxidar a NAD+ necessitando, portanto, de um receptor final de elétrons. Na fermentação lática o produto da reação é o lactato, o piruvato é o aceptor final de elétrons e esse processo ocorre em vários tecidos, como na medula renal, eritrócitos e retinas, mas também pode ocorrer nos músculos em situações de exercício intenso em que se precisa gerar muito ATP para a concentração muscular, tendo como consequência acumulo de ácido lático que acidifica o tecido o que contribui para o desenvolvimento de caibras. Além disso, essa fermentação possibilita que tecidos realizem alto estagio de glicólise possam sobreviver a situação de anoxia, que pode causar por exemplo, o infarto do miocárdio. Em aerobiose a glicólise é a primeira etapa da respiração celular então quando o piruvato é formado ele adentra na mitocôndria, onde sofrera uma serie de reações de oxidação em que seus produtos finais serão gás carbônico, água e ATP. REGULAÇÃO VIA GLICOLÍTICA As enzimas podem ser reguladas alterando a quantidade de enzimas ou alterando a atividade da enzima pré existente. A via glicolítica, possui vários tipos de regulação, sendo eles, a regulação transcricional, pelos hormônios como insulina e glucagon que regulam a produção de enzimas dessa via, pode ocorrer por meio de uma inibição alostérica feita pelo produto que pode ser uma proteína hexoquinase I, II ou III, por uma modulação alostérica na proteína PFK 1 e piruvato quinase, pode ser feita pela associação ou dissociação à proteína reguladora hexoquinase IV e também pelo controle covalente por fosforilação pela proteína PFK2 e Piruvato Quinase isoforma L. Os pontos de regulação da via glicolítica são feitos por três tipos de reações que possuem o delta G negativo, sendo elas: Glicose+ATP -> glicose 6-fosfato + ADP, Frutose 6-fosfato + ATP -> Frutose 1,6- difosfato+ADP e a Fosfoenolpiruvato +ADP -> piruvato + ATP. Para sintetizar glicose a partir de piruvato (gliconeogênese), outras reações irreversíveis serão necessárias para contornar essas reações. Sendo as principais enzimas reguladas: HEXOQUINASE (HK) que atua por meio de um mecanismo de encaixe induzido, onde a glicose induz ao se ligar ao centro sítio ativo da enzima uma mudança conformacional, garantindo um ajuste entre o sítio ativo e os substratos das enzimas, que nesse caso é ATP e a Glicose, isso permite que não ocorra uma hidrólise de ATP pela água, que não vai entrar no sítio catalítico. Essa enzima possui três isoformas que atuam sempre em velocidades máximas, possuem também uma atividade limitada, pois o acúmulo de glicose 6-fosfato inibe sua ativação, sendo esse mecanismo chamado de retro inibição alostérica pelo produto. Portanto, quando a PFK 1 é ativada, a concentração de frutose 6 fosfato aumenta e consequentemente a concentração de glicose 6-fosfato também aumenta, dessa forma ainibição da PK1 também induz a inibição da hexoquinase. GLICOQUINASE (GK) que é uma proteína reguladora, sua regulação é dada por meio do sequestro no núcleo celular, ou seja quando está ligada a uma proteína reguladora forma um complexo inativo, além disso, somente quando a glicose entra em concentrações elevadas na célula por meio de um transportador GLUT2, é que essa enzima tem sua inibição revertida, a ligação entre a glicoquinase e a proteína reguladora se intensifica quando estão na presença de uma frutose 6-fosfato, por ela ser um efetor alostérico no complexo. Com objetivo de causar uma dissociação desse complexo, o nível de glicose diminui durante o jejum e a frutose 6-fosfato sem ter a glicose como uma enzima competitiva provoca a inibição da glicoquinase. FOSFOFRUTOQUINASE 1 (PFK 1), responsável por converter a frutose 6-fosfato em frutose 1,6 bifosfato, ela compromete a via glicolítica, por ser a enzima chave, isso porque a partir do seu produto frutose 1,6 bifosfato não existe como voltar atrás apenas continuar na via glicolítica. Além disso, ela possui 4 subunidades e cada uma possui dois domínios, um que liga o substrato ao ATP e outro que liga a frutose 6-fosfato, em seus lados opostos estão o sítio alostérico, localizado na interface entre as subunidades do dímero. FOSFOFRUTOQUINASE 2 (PFK 2), responsável por converter frutose 6-fosfato em frutose 2.6-bifosfato. Ela possui dentro da sua estrutura domínios que promovem a síntese dessa molécula pelo seu domínio quinase e sua degradação pelo seu domínio fosfatase. O equilíbrio dessas atividades no fígado determina o nível celular da frutose 2,6-bifosfato, sendo esse equilíbrio regulado pelos hormônios insulina e glucagon. O GLUCAGON é um hormônio liberado em períodos de jejum prolongado, ou seja, em caso de hipoglicemia. Quando ele é secretado ele estimula a adenilato ciclase a produzir AMP cíclico a partir de AMP, o AMP cíclico ativa a proteína independente de AMP cíclico ou PKA que transfere o seu grupamento fosforil para a proteína bifuncional PFK2 ou FBPA. A fosforilação dessa proteína inibe a produção de frutose dos seres vivos, ou seja, inativando a PFK1 e assim a glicose. Porém essa mesma fosforilação aumenta a atividade da frutose 2,6-bifosfatase favorecendo a via gliconeogenica. A INSULINA é um hormônio liberado durante o período de alimentação causa o efeito oposto do glucagon, visto que ela estimula a atividade da proteína fosfatase que retira o grupo fosforil da proteína bifuncional ativando a PFK2 e aumentando os níveis de 2,6-bifosfato dos seres vivos, que irão por sua vez estimular a atividade de PFK2. O FOSFOENOLPIRUVATO é um modulador alostérico da enzima bifuncional e atua de maneira fosforescer, estimulando o desempenho da frutose 2,6-bifosfatase e inibindo o desempenho da PFK2. Já a frutose 6 fosfato atua inibindo alostericamente o sitio catalítico da frutose 2,6-fosfatase favorecendo dessa forma a via glicolítica. A PIRUVATO QUINASE, é responsável por converter o Fosfoenolpiruvato em piruvato e ATP, possui diferentes isoformas L no fígado e M no musculo, as duas atuam de forma semelhante pela sua ativação anterógrada pela frutose 1,6-bifosfato e sua inibição alostérica pela ATP e Alanina (aminoácido produzido a partir de piruvato). Entretanto, elas diferem quanto sua regulação por modificação covalente (fosforilação/desfosforilação): A isoforma L é inativada ao ser fosforiliada quando o nível de glicose no sangue decai – estimulo disparado pelo glucagon. Quando os níveis de glucagon diminuem uma proteína fosfatase desfosforila as isoenzimas L que volta a ficar em seu estado ativo, esse mecanismo é essencial para que a glicólise não ocorra quando a glicose sanguínea estiver baixa. EM RESUMO, a hexoquinase 1, 2 e 3 são inibidas pelo seu produto glicose 6 fosfato e a hexoquinase 4 é inibida por meio da ligação da proteína reguladora e sequestro da enzima no núcleo. A PFK1 é a enzima chave da via glicolítica, sendo regulada através de moduladores alostéricos positivos: frutose 2,6 bifosfato e AMP e moduladores alostéricos negativos: ATP e Citrato. A piruvato quinase é inibida pela ATP e a Alanina e estimulada pela frutose 1,6 bifosfato sendo que sua isoforma L também é ativada por meio da fosforilação. A regulação da via glicolítica, também ocorre a nível transcricional tanto pela insulina quanto pelo glucagon. Nessa tabela, é mostrada a modulação da expressão genica que a cascata de sinalização promovida pela insulina realiza, ela atua aumentando os níveis de expressão de proteínas associadas a via glicolítica e reduz os níveis de expressão de proteínas associadas a via gliconeogenica. REGULAÇÃO TRANSCRICIONAL I. A insulina ativa a cascata de sinalização, levando a ativação da proteína cinase B (PKB). II. PKB fosforila FOXO1 que é marcado pela adição de ubiquitinas para a degradação. III. O FOXO1 é um fator de transição responsável por ativar a expressão de genes de PEP-carboxiquinase e glicose 6-fosfatase, que são enzimas importantes para via gliconeogenica a via antagônica da via glicolítica. IV. A insulina no fígado então por meio da cascata que fosforila a FOXO1 levando a degradação, inativa a gliconeogênese favorecendo a via glicolítica.
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