Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROJETO INTERDISCIPLINAR Discentes: Alan Douglas Silva Alencar Lídia Gomes Ribeiro Mateus Maciel da Silva Maysa Naydra Borges Pereira Stefany Gomes Fonseca Radiologia: Radiografia periapical-Técnica da bissetriz. Dentística: Selantes de fóssulas e fissuras. Periodontia: Classificação e diagnóstico das recessões gengivais. Propedêutica: Exame clínico anamnese, estado geral, nível de consciência, fala e linguagem e estado nutricional. Materiais Odontológicos: Manipulação de Cerâmicas Odontológicas. PROTOCOLOS: Protocolo: Técnica da bissetriz PROJETO INTERDISCIPLINAR Professora orientadora: Tatiana Mesquita U N IV ER SID A D E C EU M A Protocolo: Técnica da bissetriz ERROS I N T R O D U Ç Ã O A solicitação de exames complementares para realização de um bom diagnóstico e prognostico de uma paciente é um passo essencial, um desses exames seriam as radiografias odontológicas, que se classificam em intraoral e extraoral. (COSTA, et al.2015). É existente variáveis técnicas para realização das técnicas intraorais, uma delas é a técnica da bissetriz. Essa técnica é utilizada para radiografias periapicais, que foi desenvolvida pelo cirurgião dentista Antoni Cieszyński em 1907, o feixe central de raios-x deverá incidir perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e do filme. (White SC,e et al. 2007.). (Fig.1) Se incidir o raio X perpendicular ao dente, a imagem reproduzida será alongada. Se incidir o raio X perpendicular ao filme, a imagem reproduzida será encurtada. Feixe colimado Eixo central do dente Bissetriz imaginária Filme Figura 1. Bissetriz Capitulo 01 Objetivos e indicações Objetivo Objetivo desta técnica é que a imagem projetada tenha o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto radiografado, desde que o feixe de raios X seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado entre filme e objeto. (White SC,e et al. 2007). Principais indicações • Observação de infecção/ inflamação periapical • Avaliação minuciosa de cistos apicais e outras lesões no osso alveolar • Avaliação pós- traumática dos dentes e do osso alveolar • Avaliação da presença e do posicionamento de dentes não irrompidos • Avaliação da morfologia radicular antes das extrações • Avaliação pré e pós-operatória de cirurgias apicais • Procedimentos endodônticos • Avaliação periodontal • Avaliação pós-operatória de implantes . Figura 2. EPI do profissional. Figura 2.1. EPI do paciente. Materiais utilizados • Filme periapical (3x4 cm para adultos e 2x3 para uso pediátrico) • Saco plástico (para geladinho) • Colgadura • EPI do profissional (Equipamento de proteção individual) • EPI do paciente Figura 2.2. Materiais utilizados. Posicionamento da cabeça do paciente Figura 3. Plano sagital mediano: É um plano vertical, que “corta” imaginariamente o corpo longitudinalmente, dividindo assim em duas metades “equivalentes” direita e esquerda, este deve estar perpendicular ao solo. (White SC,e et al. 2007.). Figura 3.1. Plano de camper: É um linha imaginária que vai da borda inferior da asa do nariz ao trágus, devendo estar paralelo ao solo para realização de radiografia periapical da maxila. (White SC,e et al. 2007.). Figura 3.2. Plano trágus comissura labial: Linha imaginária horizontal do trágus a comissura labial, devendo estar paralela ao solo para realização de radiografia periapical da mandíbula. (White SC,e et al. 2007.). Posicionamento e manutenção do filme Posicionar o filme na cavidade oral do paciente, sempre se atentar para: • Que o filme fique o mais próximo possível do objeto (dente) • O picote sempre esteja para incisal/oclusal dos dentes • Margem de segurança de 3 a 5 mm, em relação as bordas incisais/oclusais • A borda do filme deve estar paralela a borda dos dentes incisal/oclusal • Dentes anteriores: O longo eixo do filme na vertical. • Dente posteriores: O longo eixo do filme na horizontal. (SANTOS, Ananda Amaral et al. 2018.) Figura 4. Na maxila: Utiliza se o dedo polegar da mão do lado oposto ao quadrante radiografado. Figura 4.1. Na mandíbula: Utiliza se o dedo indicador da mão do lado oposto ao quadrante . Incidência do raio X A técnica consiste em duas angulações para facilitar a realização das radiografias, com isso causando menos sobreposição, encurtamento ou alongamento. Esses dois ângulos são: - Ângulo vertical: O raio X vai incidir perpendicular ao plano oclusal, sendo assim um ângulo positivo (+) na maxila e negativo (-) em mandíbula. - Ângulo horizontal: Onde o raio X vai incidir horizontalmente ao plano sagital mediano. (OLIVEIRA, Adriana Soares et al. 2020) Tabela 1: Angulação vertical em diferentes áreas. Incisivo Caninos e pré molares Molares Maxila +55º +30° a +45º +20° a +30º Mandíbula -15 a -20° -10° 0 a -5º Figura 5. Molares superiores: Traçar uma linha imaginária entre a comissura lateral da pálpebra até o plano de camper. Incidência do raio X Molares superiores Figura 5.1. Angulação do cabeçote de +20° a +30°. Figura 5.2. Angulação do cabeçote de +20° a +30°. Figura 5.3. Pré-molares superiores: Traçar uma linha imaginária da pupila até o plano de camper. Incidência do raio X Pré-molares superiores Figura 5.4. Angulação do cabeçote de +30° a +45°. Figura 5.5. Angulação do cabeçote de +30° a +45°. Figura 5.6. Caninos superiores: Traçar uma linha imaginária entre à assa do nariz até o plano de camper. Incidência do raio X Caninos superiores Figura 5.7. Angulação do cabeçote de +30° a +45°. Figura 5.8. Angulação do cabeçote de +30° a +45°. Figura 5.9. Incisivos superiores: O raio X vai incidir no ápice do nariz. Incidência do raio X Incisivos Superior Figura 5.10. Angulação do cabeçote de +55°. Figura 5.11. Angulação do cabeçote de +55°. Figura 5.12. Molares inferiores: Traçar uma linha imaginária entre a comissura lateral da pálpebra até o plano trágus e comissura labial. Incidência do raio X Molares inferiores Figura 5.13. Angulação do cabeçote de 0 a -5°. Figura 5.14. Angulação do cabeçote de 0 a -5°. Figura 5.15. Pré-molares: Traçar uma linha imaginária entre a pupila e o plano de trágus e comissura labial. Incidência do raio X Pré-molares inferiores Figura 5.16. Angulação do cabeçote de -10°. Figura 5.17. Angulação do cabeçote de -10°. Figura 5.18. Caninos inferiores: Traçar uma linha imaginária entre a assa do nariz e o plano de trágus e comissura labial. Incidência do raio X Caninos inferiores Figura 5.19. Angulação do cabeçote de -10°. Figura 5.20. Angulação do cabeçote de -10°. Figura 5.21. Incisivos inferiores: Região de espinhas geminianas. Incidência do raio X Incisivos inferiores Figura 5.22. Angulação do cabeçote de -15° a -20°. Figura 5.23. Angulação do cabeçote de -15° a -20°. Tempo de exposição O tempo de exposição vária quando: Fator energético: kV e mA Fator objeto: Densidade, espessura e distanciamento do objeto. Fator filme: Sensibilidade (geralmente de acordo com o fabricante) Fator processamento: Tempo de processamento Radiografia periapical Figura 6. Radiografia periapical incisivos centrais superiores Figura 6.1 Radiografia periapical incisivos centrais inferiores Figura 6. Radiografia periapical molares inferiores Fonte: W ATA N A B E, P.C .A . Im aginologia e R adiologia O dontológica Fonte: W ATA N A B E, P.C .A . Im aginologia e R adiologia O dontológica Fonte: WATANABE, P.C.A. Imaginologia e Radiologia Odontológica REFERÊNCIAS 1. COSTA, Guilherme; LARENTIS, Naiara Leites. Preferência dos estudantes de um curso de Odontologia quanto ao aprendizado da técnica radiográfica periapical com e sem uso de posicionadores. Revista da ABENO, v. 15, n. 2, p. 105-110, 2015 2. SANTOS, Ananda Amaral et al. Disciplina de radiologia: manual de atividades práticas. 2018. 3. OLIVEIRA, Adriana Soares et al. Séries fundamentos de odontologia - Radiologia odontológico e imaginologia: Técnica radiográfica intraoral. 3. ed. Rio de Janeiro:Editora guanabara koogan ltda, 2020. cap. 6. 4. WATANABE, P.C.A. Imaginologia e Radiologia Odontológica. Editora: Elsevier. Rio de Janeiro. 515 p. 2013. 5. OLIVEIRA, Adriana Soares et al. Séries fundamentos de odontologia - Radiologia odontológico e imaginologia: Técnica radiográfica intraoral. 2. ed Protocolo: Selantes PROJETO INTERDISCIPLINAR Professora orientadora: Laura de Milhomem U N IV ER SID A D E C EU M A Protocolo: Selantes I N T R O D U Ç Ã O A cárie dental trata-se de uma doença passível de ser prevenida e, quando diagnosticada precocemente, é possível utilizar meios para prevenir o processo e evitar o tratamento restaurador. (ANUSAVICE, k.J et al. 2005). Os selantes são utilizados como agente preventivo ao desenvolvimento de lesões cariosas em sulcos e fissuras encontradas na superfície oclusal dos dentes posteriores, os dentes recém erupcionados são ideais para a realização do selante. (SAITO, C. M. et al.2014). HÍTORIA O primeiro estudo clínico sobre selantes foi realizado por Cueto Buonocore (1967). Vem sendo utilizado como método preventivo, seguro e eficaz. . (SAITO, C. M. et al.2014). Capitulo 02 Objetivo e caracterização Objetivo Esses selantes tem o objetivo de prevenir o início da cárie e/ou interromper a progressão da mesma, proporcionando uma barreira física que inibe a proliferação de microrganismos e partículas de alimentos em sulcos e fissuras. (RONALD, L. et al.1995). Caracterização Normalmente, o selante é aplicado logo após a erupção do dente, entre seis e doze anos. Mas, também podem ser aplicados em jovens e até em adultos, em paciente que tem dificuldades na higienização bucal. (RONALD, L. et al.1995). Tipos de selantes resinosos • Com carga • Sem carga • Material de isolamento absoluto • Material de profilaxia • Condicionamento ácido 37% • Kit clinico • Fotopolimerizador • Fita de carbono • Broca diamantada 1014 • Caneta de alta e baixa rotação Materiais utilizados Figura 1. materiais a serem utilizados Procedimento da aplicação do selante Figura 2. Com o isolamento absoluto pronto, segue para a profilaxia dental com pedra pomes e água. (CHAVES, J M. et al. 2012). Figura 2.1. Técnica minimamente invasiva para sulcos e fissuras com alterações cromáticas localizadas, em áreas com evidência de lesão cariosa. (CHAVES, J M. et al. 2012). Figura 2.3. Condicionamento do esmalte dental, na face oclusal, com ácido fosfórico a 37%, pelo tempo de 30 segundos. Figura 2.4. Lavagem com água, com o mesmo tempo de condicionamento (30s). Figura 2.5. Secagem com jato de ar, filtro de papel ou algodão. Figura 2.6. Aplicação do selante, com bastante cuidado para não colocar em excesso. Figura 2.7. O material selador deverá ser aplicado em todos os sulcos e fóssulas com auxílio de uma sonda exploradora. Figura 2.8. Fotopolimerização pelo tempo de 20 segundos. Ajuste oclusal Se necessário deverá ser realizado o ajuste oclusal, em máxima interscupidação habitual, com o paciente sentado e com o plano oclusal paralelo ao solo, utilizando uma fita de carbono (CHAVES, J M. et al. 2012). Figura 3. Verificação do ajuste oclusal, em casos de dentes recém erupcionados , para que não haja oclusão prematura. 1. RONALD, L. SAKAGUCHI. Materiais dentários restauradores. 3.ed. São Paulo: Santos, 1995. 2. SAITO, C. M. et al. Selante resinoso: tratamento preventivo e minimamente invasivo. Revista Gestão & Saúde, v. 11, p. 10-17, 2014. 3. ANUSAVICE, k.J. & PHILLIPS - Materiais Dentários, 11a Ed; Elsevier LTDA, 2005. 4. CHAVES, J M. Importância do selamento de fóssulas e fissuras na 5. prevenção da cárie dental: revisão de literatura. HU Revista, Juiz de Fora, v. 38, n. 1 e 2, p. 103-109, jan./jun. 2012. 6. BERALDO, Daniele. Análise comparativa entre selante resinoso e selante ionomérico por microscópio eletrônico de varredura. Rev Odontol UNESP. 2015. Referências Protocolo: classificação e diagnóstico das recessões gengivais. PROJETO INTERDISCIPLINAR Professor orientador: Julius Morais U N IV ER SID A D E C EU M A Protocolo: Recessão gengival I NTR OD U Ç Ã O A recessão gengival é uma alteração do tecido mole e tecido duro respectivamente, que parece aumentar com a idade. Sendo considerada como o deslocamento da gengiva marginal apicalmente a junção amelocementaria. Concomitante exposição da superficie radicular, podendo ocorrer em ambas arcadas, nas faces vestibulares e linguais, acometendo pricipalmente a dentição permanente. (Benqué et al., 1983). CLASSIFICAÇÃO A primeira classificação foi proposta por Sullivan em 1968. Segundo Benqué et al., (1983), propuseram uma classificação fazendo analogia a letras do alfabeto. Capitulo 03 Classificação de Miller De acordo com Miller em 1985 foi proposta uma classificação a recessão gengival, considerando todas as recessões gengivais existentes. Essa classificação é dividida em quatro classes: Fonte: Acervo. Prof. Julius Moraes. Fonte: Azevedo MYG. PerioNews 2014. Figura 1. Classe I: a recessão não atinge a linha da mucosa gengival. Não há perda tecidual intermediaria. Figura 1.2. Classe II: a recessão atinge ou ultrapassa a linha da mucosa gengival. Não a perda tecidual intermediaria. Classificação de Miller Figura 1.4. Classe IV: A recessão atinge ou ultrapassa a linha muco gengival. Os tecidos proximais estão situados nos níveis da base da recessão. Fonte: Google imagens. Fonte: Revista contemporânea odontológica 2 edição. Figura 1.3. Classe III: A recessão atinge ou ultrapassa a linha muco gengival. Tendo perda de osso intermediário e o tecido gengival proximal são apicais a junção amelocementaria. Causas e tratamento CAUSAS: • Idade • Traumatismos diretos leve e repetitivos • Placa bacteriana acumulada • técnica de escovação inadequada • Gengivite • Periodontite (CARANZA, Periodontia clinica. Edição 11). TRATAMENTO • Enxertos de tecidos moles pediculados ou enxertos de tecidos moles livres. • O recobrimento radicular completo pode ser conseguido nas classes I e II de Miller. • Na classe III só podemos esperar um recobrimento radicular parcial • A classe IV não é receptiva ao recobrimento. Técnica de retalho de reposicionamento de recessões múltiplas utilizando técnica vista A técnica VISTA utilizando um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial tem sido descrita, ao longo da última década, como um procedimento de cirurgia plástica periodontal eficaz tanto no recobrimento de recessões gengivais unitárias, como em recessões gengivais múltiplas adjacentes, classes I e II de Miller. Figura 2. Aspecto inicial mostrando grau de recessão (classe I de miller). Figura 2.1. Superfície radicular desbridada. Figura 2.2. Divisões de retalho nas regiões de livre vestibular. (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) Técnica de retalho de reposicionamento de recessões múltiplas utilizando técnica vista (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) Figura 2.5. Incisões em sentido vertical entre as raízes dos incisivos Figura 2.3. Recobrimento das recessões. Figura 2.4. Suturas de incisão mediana Figura 2.6. Aspecto final. (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) (Julius Cezar Coelho Moraes. INPerio 2016) Referencias: 1. Abolfazli, N., Saleh-Saber, F., Eskandari, A., Lafzi, A. (2009). “A comparative study of the long-term results of root coverage with connective tissue graft or enamel matrix protein: 24-month results”. Medicina Oral, Patología Oral Y Cirurgía Bucal, 14(6), E304–309. 2. Del Pizzo, M., Zucchelli G., Modica, F., Debernardi C. (2005). “Coronally advanced flap with or without enamel matrix derivative for root coverage: a 2-year study”. Jornal of Clinical Periodontology, 32, pp. 1181-1187. 3. Spahr, A., Haegewald, S., Tsoulfidou, F., Rompola, E., Heijl, L., Bernimoulin, J., Ring, C., Sander, S., Haller, B. (2005).“Coverage of Miller class I and II recession defects using enamel matrix proteins versus coronally advanced flap technique: a 2-year report”. Journal of Periodontoly, 76(11):1871-80. Protocolo: exame clínico anamnese, estado geral, nível de consciência, fala E linguagem E estado nutricional. PROJETO NTERDISCIPLINAR Professor orientador: Luide Michael U N IV ER SID A D E C EU M A Protocolo: Exame Clínico Anamnese, Estado Geral, Nível De Consciência, Fala E Linguagem E Estado Nutricional. INTRODUÇÃO O exame clínico na área da saúde se torna muito importante, principalmente nas horas de traçar um bom diagnóstico e um prognóstico. Além disso, serve como uma abertura para conhecer o paciente e a partir disso cria-se um vínculo com o mesmo. É importante ressaltar que o exame clínico é formado por anamnese e exame físico, gerando um prontuário, que é ao mesmo tempo um documento legal, assim sendo que convém para um meio de comprovação de dados e informações do paciente. Capitulo 04 É composto basicamente de: • Anamnese • Exame físico - Exame físico extraoral -Exame físico intraoral • Anamnese É um compilado de fatos e acontecimento diretos ou indiretos relacionados com uma situação anormal na vida do paciente. A anamnese é composta por: 1. Identificação do paciente São informações pessoais do paciente, tais como: - Nome completo - Idade/data de nascimento - Gênero - Estado civil - Nacionalidade - Residência - Nome dos pais - Profissão Exame clínico Figura 1. Identificação do paciente. 2. Nível de consciência Neste momento o profissional deve ficar atento a forma que o paciente responde às perguntas que serão feitas durante o atendimento. 3. Fala e linguagem Na continuação, o profissional deve observar as características da fala do paciente: - Quantidade - Velocidade - Volume da voz - Articulação das palavras - Fluência Em questão da linguagem, o profissional deve procurar palavras mais acessíveis com relação ao paciente. 4. Estado geral Aferição dos sinais vitais e indagação ao paciente acerca dos sistemas, como: - Respiratório - Doenças infectocontagiosas - Digestivos - Cardiovascular - Nervoso - Hematológico - Endócrino - Imunológico - Geniturinário - Osteoarticular Figura 2. Aferição da pressão arterial. Figura 2.1. Aferição de temperatura. 5. Queixa principal Sinais e sintomas que foram observados e que levaram o paciente a procurar atendimento de saúde. No momento de transcrever a queixa no prontuário deve ser colocado exatamente como o paciente relatar e entre aspas. 6. História da doença atual A paciente disserta sobre o histórico da doença, desde o seu primeiro sinal ou sintoma até o momento atual, isso inclui: medicação usada e efeitos colaterais, procedimentos ou exames realizados, cirurgias, sinais e sintomas e etc. 7. História pregressa Nessa hora o paciente fala sobre doenças que teve no passado que pode vir acarretar algo no futuro. 8. História familiar descobri doenças hereditárias, é importante perguntar se ascendentes e descendentes mais próximos possuem alguma doença genética que pode influenciar na história da doença atual. 9. Queixas odontológicas Se pergunta para o paciente sobre higiene oral, hábitos ruins para a saúde bucal, vistas feitas ao dentista e procedimentos realizados, se tem algum sinal ou sintoma mais direcionado para a boca e região, dieta e etc. Estado nutricional Antes de realizar o exame físico, o profissional deve se atentar ao estado nutricional do paciente. Analisando: -Ausência de alterações oculares - Elasticidade da pele - Umidade das mucosas - Peso Figura 3. Avaliação da elasticidade e umidade dos lábios. Exame físico Após uma conversa inicial com o paciente, realiza-se o exame físico que se divide em extraoral e intraoral, que consiste em analisar estruturas da cabeça, do pescoço e da cavidade oral observando sinais e sintomas clínicos, como inchaço, depressão ou hematomas por meio das manobras semiotécnicas, com o intuito de identificar doenças. O exame físico extrabucal está dividido em: - Palpação de linfonodo - Exame da ATM - Avaliação de simetria facial - Palpação da musculatura Figura 4. Realização da palpação da musculatura da cabeça. Exame físico intrabucal É dividido em: - Avaliação: - Mucosa - Gengiva - Língua - Lábio - Assoalho - Palato - Textura - Anatomia - Odontograma - IHOS (Índice de higiene oral simplificada) Figura 5. Avaliação das estruturas orais. Figura 5.2 Avaliação das estruturas dos elementos dentários e preenchimento do odontograma. Figura 5.3. Partilha que evidencia a placa bacteriana. Figura 5.4. Coloração das placas e sendo feita a avaliação do IHOS. Referencias: 1. Porto & Porto, Exame clínico 8ª. Edição Guanabara Koogan Rio de Janeiro 2021, Cap. 5. 2. BORAKS, S. Semiotécnicas, Diagnóstico e Tratamento das Doenças da Boca. Organizadores: KRIGER, L.; MOYSÉS, S. J.; MOYSÉS, S. T. São Paulo: Artes Médicas, 2013. 3. FILHO, Martinho de M. S. Introdução ao exame físico. In: JÚNIOR, Fernando Veiga Angélico; SOUZA, Aspásia Basile Gesteira. Manual de exame físico. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Protocolo: Manipulação de Cerâmicas Odontológicas. PROJETO INTERDISCIPLINAR Professora orientadora: Roberta Carvalho U N IV E R S ID A D E C EU M A Protocolo: Cerâmicas Odontológicas É um material dentário aprimorado em vidros amorfos que é utilizado para restaurações estéticas indiretas para dentes anteriores e posteriores. No início essas próteses eram formadas a partir de marfim, ossos, dentes humanos ou de animais que eram sustentados por uma banda ou fios de ouro, entretanto esses materiais perdiam a cor facilmente, além de deixar um gosto ruim na boca. Com a evolução do conhecimento outros materiais foram surgindo, as famosas cerâmicas. Desde então com o avanço das cerâmicas foi sendo de interesse de mais dentistas, pois as cerâmicas têm propriedades excelentes se comparadas com os materiais anteriormente utilizados, assim gerando variações de propriedades, indicações, funções e etc. (NOORT et. al. 2010). Introdução Capitulo 05 Objetivo e Classificação Cerâmicas odontológicas cerâmicas vítreas Leucita Dissilicato de lítio Aluminizadas Alumina Zircônia Feldspáticas Metalocerâmicas Objetivo As cerâmicas odontológicas são utilizadas como material restaurador por suas boas propriedades, tanto estéticas quanto funcionais. Classificação Também podem ser classificadas de acordo com a temperatura de fusão e constituintes da fase cristalina Temperatura de fusão - Cerâmicas manipuladas pela queima sucessiva de camadas com pontos de fusão diferentes com intuito de que não haja modificações no processo de cocção, são elas: Porcelana de alta fusão, média fusão, baixa fusão e ultra baixa fusão (CHAIN, et. al. 2013). Constituintes da fase cristalina - Fase onde o reforço estrutural das cerâmicas odontológicas acontece pela dispersão da fase cristalina, são elas: Feldspática reforçada por leucita, Alto teor de alumina infiltrada por vidro, Zircônia infiltrada por vidro, Alumina densamente sinterizada e Zircônia pré-sinterizada e estabilizada por ítrio (CHAIN, et. al. 2013). Composição Existem diversas variações de composições das cerâmicas odontológicas de acordo com seus tipos, mas conclui-se que as cerâmicas convencionais ou feldspáticas e diversas constituem: . Feldspato – 75 a 85% Magnésio Sílica ou quartzo – 12 a 22% Sódio Caolim – 3 a 5% Lantânio Pigmentos Estanho Corantes Silício Alumínio Boro Cálcio Flúor Lítio Oxigênio Fonte: (GOMES et, al. 2008). Vantagens x Desvantagens VANTAGENS DESVANTAGENS Estética e longevidade Friabilidade Baixa condutividade térmica e elétrica Baixa tenacidade a fratura Alta resistência ao desgaste e à compressão Potencial de desgaste do dente antagonista Radiopacidade semelhante à do dente natural o custo é uma desvantagem relativa em razão da estabilidade no meio bucal e dadurabilidade Biocompatibilidade Técnica artesanal de difícil produção para o protético e para o CD, caso não realizada corretamente podem ocorrer inúmeras falhas. Quimicamente inerte Ausência de ductibilidade Lisura superficial Baixa resistência a tração Não reagem com a maioria dos líquidos, gases, substâncias ácidas e alcalinas. Abrasividade para dentes antagonistas Fonte: (CHAIN, et. al. 2013) METALOCERÂMICAS • Pioneiras • Porcelanas associadas a metais, coroas e pontes fixas metalocerâmicas (fig.1). • Excelente resistência. • Boa estética. • Boa biocompatibilidade. • Boa adesão ao metal (através dos óxidos da superfície metálica e por imbricamentos micromecânicos facilitando assim a permanência do material a estrutura) (CHAIN, et. al. 2013). Figura 1. Exemplo de estrutura de uma Metalocerâmica. Fonte: Google imagens. Figura 2. Prótese fixa metalocerâmica. Fonte: KRIGER, Leo et. Al. 2013. TÉCNICA DE PRODUÇÃO DAS CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS O início se manipula o pó cerâmico com o líquido modelador até criar uma pasta com consistência modelável. Já a confecção das cerâmicas é realizada há anos desde a técnica artesanal, somente profissionais qualificados produziam peças altamente estéticas, a sistemas computadorizados tecnológicos de novos métodos que podem produzir a mesmo nível estético as cerâmicas (CHAIN, et. al. 2013). • As técnicas são: • Construção gradual das restaurações cerâmicas. • Usadas para cobertura de estruturas metálicas e cerâmicas de reforços. • (copings de alumina, zircônia, infiltrados por vidros e cerâmicas prensadas) seguem exemplos (CHAIN, et. al. 2013). Figura 3. Preparos coronários com espaço interoclusal adequado. Quadrante um e quatro (FARIA, 2021). Figura 3.1. Preparos coronários com espaço interoclusal adequado. Quadrante dois e três (FARIA, 2021). CONDENSAÇÃO OU SINTERIZAÇÃO Figura 3.2. Prova da infraestrutura em boca em quadrante um e quatro (FARIA, 2021). Figura 3.3. Prova da infraestrutura em boca em quadrante dois e três (FARIA, 2021). Figura 3.4. Visão ampliada de quadrante um e quatro após cimentação (FARIA, 2021). Figura 3.5. Visão ampliada de quadrante um e quatro após cimentação (FARIA, 2021). • O protético recebe o modelo (fig. 4). • Realiza o enceramento de revestimento (fig.4.1). • Queima do modelo por completo (fig.4.3). • Injetadas por pressão no molde as pequenas partículas de pastilhas cerâmicas sob a cera de revestimento. • Remove-se esse revestimento e faz-se o preenchimento com porcelana fina de glazeamento (fig. 5). (CHAIN, et. al. 2013). Injeção Figura 4. Modelo de Troqueilização (coping). Fonte: Google imagens. Figura 4.3. Cerâmica aplicada previamente à queima de sinterização (FARIA, 2021). Figura 4.1. Enceramento do modelo. Fonte: Google imagens. Figura 4.2. Cerâmicas vítreas injetadas. Fonte: Google imagens. • Produção de peças cerâmicas reforçadas que são aplicadas na forma de massa de vidro sobre um coping de alumina (fig. 5). • Vidro de lantânio infiltra-se no coping de troqueilização (fig.5.1), feito de cerâmica reforçando o mesmo. • Material cerâmico manipulado aplicado com um pincel. (CHAIN, et. al. 2013). Figura 5. Cerâmica já translúcida volumosa aplicada modelo coping (troqueilização). Figura 5.1. Aplicações de novas camadas de material cerâmico para reforço. Figura 5.2. Processo restaurador cerâmico finalizado com cimentação Infiltração • Escaneamento do modelo preparado ou diretamente da boca. • Dados inseridos em um programa de computador que será processado para produzir uma peça protética digital. • Os dados são enviados ao fresador que produz a peça a partir de um bloco cerâmico de altíssima resistência mecânica. • Programa CAD-CAM (fig. 6). (FARIAS et. al. 2018). Torneamento ou Fresagem O sistema CAD-CAM é uma nova tecnologia de processamento revolucionário, isso por suas diversas vantagens, são elas: • Boa digitalização. • Designer e usinagem. • Capacidade de manipulação da imagem obtida através do escaneamento e se converte para objeto real. • Serve para coroas, pontes, facetas, inlays, onlays e laminados. (FARIAS, et. al 2018). Figura 6. Sistema CAD-CAM e componentes. Fonte: Google imagens. Figura 6.1. Fresadora sistema CAD- CAM. Fonte: Google Imagens 1. CHAIN, Marcelo Carvalho. Materiais dentários. Série ABENO 3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013. 2. FARIAS, Isabela Alcântara et al. Sistema CAD-CAM: a tecnologia na confecção de próteses. SALUSVITA, Bauru, v. 37, n. 4, p. 963- 983 2018. 2. NOORT, Richard van Introdução aos materiais dentários / Richard van Noort; [tradução Débora Rodrigues Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 4. Silva LHD, Lima E, Miranda RBP, Favero SS, Lohbauer U, Cesar PF. Dental ceramics: a review of new materials and processing models. Braz Oral Res 2017. 5. Valandro LF, Bottino MA. Cimentação adesiva de restaurações cerâmicas. In: Bottino MA, Faria R, Valandro LF. Percepção: estética em próteses livres de metal em dentes naturais e em implantes. São Paulo: Artes Médicas, 2009. 6. GOMES, E. A. et al. Cerâmicas odontológicas: o estado atual. Cerâmica [online]. 2008, v. 54, n. 331 [Acessado 3 Junho 2021] , pp. 319-325. Referências
Compartilhar