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Infecções do Sistema Nervoso Central

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Infecções do Sistema Nervoso Central (SNC) 
Alunos: Anna Julia Lopes e Cristopher Bryan 
Introdução 
 Uma das infecções mais frequente do SNC é a meningite aguda. Entre as 
etiologias mais comuns é possível citar as de origem bacteriana, seguida por infecções 
virais e fúngicas. Esta última é mais frequente em indivíduos imunossuprimidos. 
Variações na incidência da doença vem sendo observadas em decorrência da imunização 
da população contra Haemophilus influenzae tipo B e S. pneumoniae. Outros fatores 
interferentes incluem alterações no perfil de susceptibilidade à penicilina de algumas 
bactérias, que passam a apresentar resistência ao antibiótico. 
Um aspecto importante do diagnóstico é o cultivo microbiológico de anaeróbios, cuja a 
aplicação é mais indicada para meningites agudas de origem nosocomial. A presença de 
microrganismos no licor é baixa e qualquer achado é importante e deve ser notificado. 
Para facilitar o diagnóstico, essas amostras com baixa concentração de microrganismos 
normalmente são centrifugadas com o objetivo de concentrar a solução. 
Metodologia 
 Para o diagnóstico de infecção do sistema nervoso central foi coletado uma 
alíquota do liquor em um volume de aproximadamente 4 mL. O material apresentava-se 
em bom estado e sem turvação. O primeiro tratamento efetuado foi a concentração da 
amostra através de uma centrifugação a 4500 rpm por 15 minutos, com remoção do 
excesso de liquor através de uma pipeta estéril até o volume de 1 mL. O pellet resultante 
da centrifugação foi ressuspendido e a partir daí foram feitos os procedimentos 
subsequentes. 
 Primeiramente, foi efetuado a coloração por Gram da amostra. Usando uma pipeta 
estéril, uma gota da suspensão foi dispensada sobre a lâmina e espalhada até compor um 
esfregaço delgado. A lâmina foi mantida próximo à chama para secar e por fim, com 
passadas rápidas sobre o fogo, o esfregaço foi fixado e seguiu para a bateria de coloração 
por Gram. Inicialmente, foi adicionado o cristal violeta com três gotas de bicarbonato por 
dois minutos, seguindo para a adição do lugol, após a dispensa do corante anterior, por 
um minuto. Ao fim, a lâmina foi vertida e descorada rapidamente com éter e lavada com 
água corrente em seguida. Por fim, foi adicionado o contracorante, safranina, por 30 
segundos, seguido de mais uma lavagem com água corrente após decorrido o tempo. A 
lâmina foi seca antes da leitura em objetiva de imersão. 
 O inóculo para cultivo em anaerobiose foi feito utilizando dois meios não seletivos 
e ricos, ágar sangue e ágar chocolate, e um meio sólido seletivo para bactérias Gram 
negativas, o ágar MacConkey. Usando uma pipeta Pasteur estéril foi retirado uma gota da 
amostra e dispensada em cada placa. A partir daí, foi feito o isolamento pela técnica de 
esgotamento por estrias compostas. 
Resultados 
Gram: presença de cocos Gram negativos em pares ou isolados frequentes, sugestivo de 
Neisseria meningitidis. 
Cultura: Positiva nos três meios utilizados, apresentando baixo crescimento em ágar 
MacConkey. 
Discussão 
 Os achados apontam para uma possível infecção por Neisseria meningitidis visto 
que essa bactéria se apresenta no Gram como cocos ou diplococos Gram negativos. Como 
esperado, as colônias observadas apresentaram tamanho médio a grande e de aspecto 
acinzentado nos meios ricos não seletivos, na presença de atmosfera rica em gás 
carbônico. O baixo crescimento observado em ágar MacConkey, após cinco dias, 
provavelmente decorre das características da bactéria, uma vez que Neisseria 
meningitidis é uma espécie fastidiosa. 
 Assim, os achados apontam para uma infecção causada por Neisseria 
meningitidis. 
 
Referência 
Carmem Oplustil, Cássia Zoccoli, Nina Tobouti & Sumiko Sinto. Procedimentos Básicos 
em Microbiologia Clínica. Capítulo 16: Cultura de amostras do trato respiratório 
inferior. 3ª edição, 2010. Editora Sarvier.

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