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Consultoria de Recursos Humanos A Consultoria Interna de Recursos Humanos Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. José Felipe Ferreira de Souza Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 5 • Introdução • Riscos e oportunidades no modelo de consultoria interna • Implantando um processo de consultoria interna de Recursos Humanos • Resistências à implantação da consultoria interna em Recursos Humanos Fique atento(a) às atividades e aos exemplos aqui propostos, bem como aos prazos de entrega. Não deixe de participar de nosso fórum de discussão. Em caso de dúvidas, registre-as no espaço criado para este fim no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Ao termino de nossos estudos, você será capaz de perceber as vantagens e os riscos que a implantação de uma consultoria interna de Recursos Humanos possui, assim como as formas de transformar os riscos do processo em oportunidades e vantagens competitivas à empresa. A Consultoria Interna de Recursos Humanos 6 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Contextualização Para iniciarmos nossa discussão sobre a consultoria interna de Recursos Humanos assista ao vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ElUdkdD5aOc, que apresenta as atribuições de um consultor. 7 Introdução Segundo Orlickas (2001), a consultoria interna de Recursos Humanos (RH) pode ser entendida como um processo que demanda de cada profissional de RH uma atuação de forma multidisciplinar, seja em um comércio, com serviços ou em uma indústria. Vale destacar que o consultor é um facilitador, que realiza análises e diagnósticos, sugere opções para resolver problemas, formula críticas construtivas e oferece opiniões sobre os processos organizacionais. Normalmente o cargo do consultor interno de Recursos Humanos é de nível gerencial ou mesmo técnico e poucas empresas realmente utilizam o termo “consultor interno” para o cargo, sendo que comumente as empresas utilizam a denominação de analista, assistente, supervisor, entre outros. Para Pensar Algumas empresas, costumeiramente, trabalham com esse modelo de análise e diagnóstico, porém não sabem identificá-lo como uma consultoria interna e assim não utilizam essa denominação. Curioso, não acha? Um dos principais objetivos (talvez o maior) da consultoria interna de Recursos Humanos é abastecer a empresa com informações descentralizadas, de forma que o fluxo de dados percorra todos os departamentos da organização, com o mínimo de ruído possível. Segundo Orlickas (2001), as empresas que são capazes de descentralizar suas informações, tornando-as fluentes são aquelas que se preocupam não somente em tornar mais fácil o percurso da comunicação e da informação, mas que também visam oferecer o melhor atendimento possível a seus clientes internos, ou seja, aproximar-se de seus empregados, entendendo suas necessidades e aumentando, assim, sua satisfação. O resultado para essas empresas pode ser observado pela otimização de seus processos internos. Ou seja, tais instituições entendem que, uma vez que seus empregados estejam satisfeitos com seu trabalho, tendem a realizar suas funções de forma mais eficaz, o que gera maiores retornos à organização. Assim, a função da consultoria interna de RH é a de identificar as necessidades e interesses desses empregados e gerir, de maneira eficiente, as informações recebidas por esses com o objetivo de desenvolver as estratégias globais da empresa, sugerindo o incremento e o refinamento dos produtos que são oferecidos aos Recursos Humanos. Além disso, pretende também antecipar as tendências do segmento e atuar de forma alinhada com suas estratégias, assim como as da empresa. 8 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Pense Mas se estamos dizendo que esse modelo de consultoria interna de recursos humanos traz tantos benefícios às empresas, por que então não é aplicado em todas as instituições empresariais? Por que as empresas não investem em motivar seus empregados, tornando-os satisfeitos e inteirados com os negócios da instituição? Perguntado de outra forma, por que as empresas não aumentam o valor intelectual de seus funcionários? A resposta para tais questionamentos é: assim como oportunidades, adotar um modelo ideal de consultoria interna de Recursos Humanos possui riscos! Riscos e oportunidades no modelo de consultoria interna Como dito, apesar de o modelo de consultoria interna de Recursos Humanos apresentar vantagens à empresa, também é passível de alguns riscos. De acordo com Orlickas (2001), apesar desses riscos, a consultoria interna de RH tende a render mais vantagens, dado que todo risco pode ser revertido em oportunidade, bastando apenas que alguns fatores sejam considerados. Assim, nos quadros 1, 2, 3 e 4 veremos esses fatores de risco que, se bem trabalhados, podem se tornar oportunidades à empresa. Quadro 1 – Cuidados para transformas riscos em oportunidades – parte 1. Monitoração imediata dos focos de insatifação A proximidade do consultor interno como cliente interno permite que ocorra uma constante avaliação de possibilidades de insatisfação de funcionário, permitindo ao consultor propor ao líder uma ação de ajuste. A consultoria interna permite atender a maioria das necessidades de seus funcionários Pois o modelo propõe a sinergia estratégica entre consultor e cliente. Assim, a necessidade do funcionário estará mais próxima de ser ouvida, compreendida e estudada. E vale a pena lembrar que funcionários mais satisfeitos e motivados produzem mais e melhor. É uma vantagem que por si só já bastaria para a empresa optar por capacitar seu quadro de profissionais. Proximidade entre o cliente e o consumidor Adotar uma abordagem flexível e estruturada que garanta capacidade rápida de resposta, atendendo às diversas necessidades dos clientes. Esta pode ser uma das principais oportunidades! Multifuncionalidade do consultor interno Propõe uma macrovisão das questões e, em função de estar mais próximo dos clientes, maximiza o atendimento das necessidades. Possibilita também o enriquecimento da função do profissional de recursos humanos. Rapidez na resolução de problemas A resposta e estudo mais apurado dos problemas, dentro do time solicitado pelo cliente interno, permitem um estudo de novas propostas atuando como soluções. É também uma oportunidade de crescimento para o profissional de recursos humanos. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). 9 Quadro 2 – Cuidados para transformas riscos em oportunidades – parte 2. Maior interação e geração de uma relação de confiança Consultor e cliente partilham informações, ideias, princípios, valores, sen- tam lado a lado, resolvem problemas e aproximam-se. Essa relação é rica para ambos. Consultor interno de recursos humanos como funcionário da organização Pode se contituir em uma vantagem, mais também em um risco, se compara- do com o consultor externo. Vantagem, por apresentar maior crescimento dos aspectos culturais e informais da empresa, já que sua presença diária permite isso; risco, por contar com uma menor liberdade de dizer e fazer coisas, pois, dependendo do contexto e da política vigente na organização, torna-se muito difícil para um agente interno propor mudanças. A minimização disso pode ser a contratação de consultor externo para trabalhar onde exijam maiores intervenções, já que normalmente ele tem maior background nesse sentido, ou então a melhora de capacitação dos consultores internos. Envolvimento com colegas de trabalho O dia a dia possibilta amizades com colegas de trabalho. Entretanto, esse pon- to pode ser considerado um risco, se o consultor, em benefício da amizade, quebrar a fidelidade para com a empresa. Nesse caso, é recomendado um forte programa de conscientização, para que o consultor possa visualizar a importância de seu trabalho. Avaliação e controle do trabalho efetuado Mesmo após a implantação do projeto, o consultor interno, por estar presenteno dia a dia, tem condições de continuar acompanhando-o e propor novas; já o consultor externo, que ao terminar o projeto se ausenta da empresa, não oeferece essa possibilidade. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). Quadro 3 – Cuidados para transformas riscos em oportunidades – parte 3. Menos custo fixo O menor custo fixo pode ser considerado igualmente uma vantagem indireta, devido a redução da estrutura de recursos humanos. Em algumas empresas, a redução pode ser substancial quando se opta por contratar profissionais externos apenas por ocasião da necessidade de trabalhos específicos. Resistência Qualquer processo de mudança gera medos e ansiedades. Isso é previsível, natural e está presente com muita frequência nos processos de consultoria interna de recursos humanos. Veremos um pouco mais sobre os tipos de resistência ao longo da unidade. Especialistas versus generalistas A empresa que opta por capacitar internamente seu quadro de profissionais de recursos humanos, tornando-os multidiciplinares, e que, mediante demanda sejam alocados a atuar como especialistas em determinado projeto necessitam ter esses momentos muito bem delineados, pois, do contrário, interesses poderão colidir e colocar em risco o sucesso e a qualidade do trabalho Esse risco pode ser tranformado em uma oportunidade para a empresa se utilizar do job rotation (processo no qual o funcionário passa por diversas áreas da empresa durante um determinado período de tempo, a fim de conhecer todos os processos, atividades e especificidades de cada área). Ao mesmo tempo que o job rotation impedirá essa situação, também gerará uma maior possibilidade de reciclar os profissionais, obtendo com maior relacionamento entre os consultores e outros clientes internos. Outra forma de reverter esse risco é não acumular funções, mantendo internamente somente os especialistas estrategicamente necessários para o business. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). 10 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Quadro 4 – Cuidados para transformas riscos em oportunidades – parte 4. Competições internas entre os consultores de recursos humanos Medida especiais devem ser consideradas para evitar o surgimento de competições internas entre os consultores de recursos humanos. À medida que esse papel vai ganhando corpo, deve-se evitar que seja criado o jogo do poder, em que cada consultor, se não trabalhar de forma integrada e ordenada, poderá querer conquistar para si mais ponto perante o cliente, atitude que vai gerar competição entre os consultores de recursos humanos. Essa competição pode ser saudável ou não. Depende de como o consultor e os demais envolvidos lidarão com isso. Para minimizar essa atitude, deve existir uma coerência de tratamento para o grupo, cuidando para que o consultor interno não tome atitudes ou providências que venham gerar diferenças significativas. Deve existir harmonização de práticas, políticas e princípios. Job Rotation entre conslturoes internos Deve ser direcionado e administrado de acordo com as etapas de implantação do processo de consultoria interna. Deve-se utilizar esse método para possibilitar o crescimento do profissional de recursos humanos, para que ele possa conhecer todas as unidades de negócio da empresa. Em geral essa etapa acontece entre um, três e cinco anos, dependendo das necessidades do business e da demanda por projetos. Identidade do consultor interno O consultor interno é funcionário da área de recursos humanos. Algumas empresas optam por alocá-lo fisicamento no cliente por sua remuneração constituir compromisso do centro de custo do cliente interno. Nesse caso, o consultor é funcionário de recursos humanos ou cliente? A quem ele se reporta? Com quem negocia susa promoções e aumento salariais? Ou seja, existe um impasse! O ponto de vista da empresa, expressado por meio de suas políticas internas, sempre deve prevalecer. Esse risco é muito forte e só será suavizado mediante um intenso programa de conscientização e acompanhamento constantes. É importante que o profissional não perca sua identidade na área de recursos humanos. Por isso, algumas empresas consideram importante que o consultor se reporte inteiramente aos recursos humanos. Menor background do profissional de recursos humanos O fato de o profissional só conhecer uma situação e cultura empresarial especíicas, já que ele não desenvolveu trabalho semelhantes em outras empresas, pode ser uma desvantagem, comparativamente à consultoria externa. As empresas, para minimizar isso, têm implantando esse processo aos poucos, paralelamente à transformação gradativa do especialista generalista. Assim, o profissional que tem concentrado seu conhecimento em um só processo é treinado, interna e externamente, para conhecer a área de recursos humanos como um todo. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). 11 Implantando um processo de consultoria interna de Recursos Humanos Orlickas (2001), apresenta dezoito fatores que devem ser considerados para que a implantação de um processo de consultoria interna ocorra de maneira adequada. Nos quadros 5, 6, 7 e 8 veremos essas condições. Quadro 5 – Fatores fundamentais para a implantação de uma consultoria interna de Recursos Humanos – parte 1. Executar um benchmark Pesquisar que as empresas de ponta e as que se destacam no mercado, por sua forma de gerenciar pessoas, estão fazendo em termos de recursos humanos auxiliará muito o trabalho da empresa. Conscientizar todos É absolutamente imprescindível, para o sucesso da implantação da consultoria interna de recursos humanos e a minimização de conflitos, a conscientização de todos os funcionários da emprsa. Talvez alguns em menor grau e outros em maior, porém todos precisam receber, da forma mais transparente possível, todas as informações referentes à necessidade, ao objetivo e às consequências da realização desse processo. Desburocratizar A desburocratização está atrelada á inovação dos sistemas, composta pela criação de um banco de dados e pelo investimento em softwares e hardwares. Definir as políticas de recursos humanos Somente com políticas bem delineadas o consultor interno terá condições de executar seu trabalho sem muitas interferências (algumas sempre acontecerão). Mas administrar somente as exceções tornará o trabalho do consultor mais ágil do que se ele precisar consultar os Recursos Humanos a todo momento. Certificação ISO-9000 A contribuição de ter uma ISO-9000 na empresa ocorre porque seus funcionários já estarão clarificados sobre os objetivos estratégicos da emrpesa e sobre os conceitos de produtividade, qualidade, eficácia, entre outros. Além disso, os procedimentos internos da empresa, exigidos pela ISO-9000 já estarão catalogados e, por fim, a empresa já estará com a “casa em ordem” e habituada a trabalhar com mudanças, com resistências e com toda a consequente reação dos funcionários e sua adaptação ao novo ritmo. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). Quadro 6 – Fatores fundamentais para a implantação de uma consultoria interna de Recursos Humanos – parte 2. Aplicar a ténica Job Rotation É muito importante deixar claro desde o início dos trabalhos que é necessário realizar o job rotation entre os consultores internos em relação aos clientes internos. Vale lembrar que o Job Rotation consiste na rotatividade dos consultores internos pelas diversas áreas da empresa, no sentido que percam a identidade funcional: o consultor é funcionário da área de recursos humanos e parceiro do cliente. Alem disso, também tem o objetivo de permitir que o consultor enriqueça sua atuação conhecendo outras áreas da empresa. 12 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Sustentação administrativa e funcional Ambas são imprescindíveis para operarem o processo de implantação com eficácia. Diversas empresas, além de terem sistemas informatizados, contam com o apoio logístico de analistas e auxiliam para colaborar com os consultoresno trabalho. Capacitação de cada profissional de RH É muito importante tornar os profissionais de RH multifuncionais para que eles tenham condições de adquirir uma visão generalista de sua área, podendo então atuar de forma estratégica por todos os pontos de recursos humanos. Definição do papel do consultor interno É imprescindível que o papel do consultor interno fique claro logo no início, para que não ocorram distorções no futuro. A imediata definição desse profissional contribui para o sucesso do processo. Profundo comprometimento da alta direção Qualquer programa de reestruturação em uma empresa só deve ser viabilizado com o significativo envolvimento da alta direção. Esse comprometimento proporcionará maior segurança psicológica a todos os envolvidos, credibilidade ao projeto e maiores chances de sucesso. Gerente de linhas como gerentes de seus Recursos Humanos Os gerentes de linha serão os responsáveis pela administração de faltas, atrasos, admissões e demissões. Esse é um dos pontos mais importantes do processo. Requer, em certos momentos, uma mudança muito profunda no estilo de gestão, pois muito deles são gestores de processos e não de pessoas. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). Quadro 7 – Fatores fundamentais para a implantação de uma consultoria interna de Recursos Humanos – parte 3. Tornar a área de RH em uma business unit O diferencial nesse modelo é transformar a área de Recursos Humanos em uma unidade negócios, como as demais áreas da empresa. Acompanhamento constante É muito importante que ocorram reuniões diárias (a princípio) com todos os consultores internos para acompanhamento do projeto. Sempre existirão arestas a serem aparadas, problemas a serem contornados e soluções a serem estudadas. Essa periodicidade de reuniões deve permanecer até se ter absoluta certeza de que a situação está se encaminhando da forma planejada. Adequações de perfis Ao designar o consultor para atender determindado cliente, a empresa tem que estar atenta a esse ponto. Se o fizer aleatóriamente estará perdendo uma oportunidade de enriquecer o processo instituído de consultoria interna, bem como ajustar pessoas complementares. Valorizar o background e a competência individual A especialidade e a experiência adquiridas pelo profissional de Recursos Humanos não devem ser desvalorizados ou esquecidos. Quando o profissional se tornar um generalista, sua vivência anterior permanecerá com ele e não deverá ser menos considerada ou ignorada. 13 Revisões e reavaliações Constantes revisões e reavaliações do processo são necessárias para que a empresa possa adequar cada nova situação vivida à sua realidade. Um mesmo modelo pode ser bom para empresa hoje, mas não amanhã. Corrigí- lo e aperfeiçoá-lo precisam ser as preocupações que acompanham o iniciador de modelo. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). Quadro 8 – Fatores fundamentais para a implantação de uma consultoria interna de Recursos Humanos – parte 4. Administrar os dificultadores Como implantar uma consultoria interna de recursos humanos em organizações de grande porte, onde geralmente se tem uma administração centralizada, normas e políticas pouco flexíveis e mudanças de seus presidentes a cada novo mandato? Esses são alguns dificultadores reais para a implantação de uma consultoria interna. Uma solução viável pode se considerar, primeiramente: a descentralização em unidade de negócios ou filiais independentes, o que possibilitará melhores ações em todos os sentidos para este modelo. Além disso, também pode ser realizado o fortalecimento do corpo gerencial, para enfrentar com mais tranquilidade todas as mudanças advindas em cada novo mandado. Coragem Pro fim, é preciso muita coragem para executar esse trabalho com dignidade e profissionalismo, pois os desafios são muitos. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). Resistências à implantação da consultoria interna em Recursos Humanos Como dito, qualquer processo de mudança tende a gerar aversões, principalmente em pessoas com um perfil mais conservador. Assim, cabe ao consultor analisar e identificar esses indivíduos que apresentam características tendenciosas à resistência e os gerir. A empresa também deve cooperar com a mudança por meio da transparência e da conscientização (ORLICKAS, 2001). Orlickas (2001), lista alguns dos principais motivos que geram as manifestações de oposição e sugere como podemos lidar com essas situações: 14 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Quadro 9 – Manifestações de resistência e como lidar com essas. Manifestação O que fazer Questionamentos infindáveis Deve-se tentar responder às questões claramente, sem mostrar constrangimento ou irritabilidade. Esse é o melhor caminho! Na medida que o profissional se sentir mais seguro sua resistência será minimizada. Prolixidade no fornecimento de informações O melhor a fazer é trazê-lo à objetividade, fazendo quetionamentos que necessitem também de respostas objetivas. Identifique soluções reais para os problemas apresentados por ele e não apenas soluções paliativas. O cliente interno alega falta de tempo para gerir seus próprios Recursos Humanos Lembre-o que ele é a pessoa que mais conhece sua equipe, suas necessidades e seus anseios e que isso o aproximará ainda mais de todos. Essa resistência será quebrada na medida que ele presenciar a adesão das demais áreas, percebendo que só ele ficará de fora do programa. Criação de barreira e distância Lembre-o que se você está ali, é porque seu trabalho é absolutamente necessário. Mostre-lhe os objetivos e vantagens do modelo de consultoria interna. Ao sentir a eficácia do processo, imediatamente será quebrada a resistência. Alegação de não estar vendo os resultados propostos, ou pressão por soluções imediatistas Esse tipo de resistência só será minimizada quando a pessoa perceber as vantagens do processo de consultoria interna. Aos poucos, irá perceber que seus receios não possuem fundamento e a resistência será quebrada. Cliente interno ora participa, ora permanece sem silêncio, ou toma atitude submissa O ideal é realizar uma conversa informal com o cliente interno na tentativa de trazê-lo à realidade ou então para esclarecer suas eventuais dúvidas e incertezas sobre a consultoria interna de Recursos Humanos. Alegações de que isso já foi tentado por outras emrpesas e não deu certo Nesse momento, cabe a empresa desenvolver em paralelo um processo de preparação desses funcionários para assumirem funções em outras áreas da empresa ou oferecer-lhes apoio para recolocação profissional. Isso evita traumas internos e fortalece todo o processo. O profissional tem um súbito processo de envolvimento no projeto Esta é uma forma de resistência camuflada. O ideal é acompanhar o profissional de perto oferecendo apoio. É interessante mostrar que voê está buscando a solução e não apenas apontando problemas. Sem colocar o seu cliente em situação delicada e de forma bastante cuidadosa, tente dizer que esse comportamento dele é absolutamente normal. Deixe-o desabafar e dizer suas ansiedade e medos. Com o tempo ele compreenderá o novo modelo e o aceitará. Fonte: Adaptado de Orlickas (2001). 15 Material Complementar O que você está achando de nossas discussões sobre o processo de consultoria? Para aprofundar seus estudos, seguem três sugestões complementares a esse tema: GIRARDI, D. M.; LAPOLLI, E. M.; TOSTA, K. C. B. T. A consultoria interna de Recursos Humanos como prática catalisadora da gestão do conhecimento organizacional. Revista de Ciências da Administração, v. 11, n. 25, p. 121-150, set./dez. 2009. Disponível em: <https:// periodicos.ufsc.br/index.php/adm/article/download/2175-8077.2009v11n25p151/12592>. Acesso em: 18 set. 2014. Novo perfil da área de Recursos Humanos: Consultoria Interna • https://periodicos.ufsc.br/index.php/adm/article/view/8061/7444 10 vantagens geradas por uma consultoria interna de RH • http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Dicas/8638/10-vantagens-geradas-por-uma-consultoria-interna-de-rh.html 16 Unidade: A Consultoria Interna de Recursos Humanos Referências ORLICKAS, E. Consultoria interna de Recursos Humanos. São Paulo: Futura, 2001. 17 Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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