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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 1 ÍNDICE 1-INTRODUÇÃO. 2-O QUE É DIREITO? 3-MÚTUA DEPENDÊNCIA ENTRE O DIREITO E A SOCIEDADE. 4-QUAL A FINALIDADE DO DIREITO? 5-DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO. 6-DIREITO NATURAL. 7-DIREITO POSITIVO. 8-DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO. 9-CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS. 10-FONTES DO DIREITO. 11-DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO. 12-VERTENTES DO DIREITO PÚBLICO. 13-VERTENTES DO DIREITO PRIVADO. 14-DIREITOS COLETIVOS. 15-PRINCÍPIOS JURÍDICOS. 16-PRINCÍPIOS ÉTICOS E MORAIS. 17-DEONTOLOGIA. 18-NORMA JURÍDICA. 19-DIREITO E JUSTIÇA. 20-LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO . 21-CLASSIFICAÇÕES GERAIS. 22-CONCLUSÃO. 23-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 2 A Introdução ao Estudo do Direito tem por escopo prover ao aprendiz uma concepção ampla do Direito, que não pode ser requerida estudando isoladamente os ramos desta ciência. Todos questionamentos, análises e informações são abordadas na referida disciplina. Todos os conceitos e definições de Direito são estudados na disciplina Introdução ao Estudo do Direito. Todas as ideias e noções como fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça e segurança jurídica, por serem aplicáveis a todos os ramos do Direito, são objetos de estudo da Introdução. As definições mais específicas, como o de crime, mar territorial, hipoteca, desapropriação, aviso prévio, não fazem parte da Introdução, por serem institutos próprios de determinadas disciplinas. A Introdução ao Estudo do Direito tem por principal objetivo fornecer aos alunos uma familiarização com a linguagem jurídica. Em detrimento dos novos conhecimentos é comum os estudantes sentirem dificuldades com as terminologias e institutos inerentes a ciência jurídica. 3 O jurista e escritor belga Edmond Picard, no seu famoso livro O Direito Puro, obra introdutória ao estudo do Direito, conta-nos a angústia que sentiu, ao início de seu curso de Direito, com a falta de uma disciplina prévia, diante da “abundância prodigiosa dos fatos” e da dificuldade em relacioná- los. A disciplina Introdução ao Estudo do Direito é o primeiro desafio do estudante ante o universo jurídico que virá adiante. A ciência jurídica além de ampla e técnica, acompanha a evolução da sociedade e costumes sociais, fazendo com que surja novos termos e institutos e, para que sejamos excelentes operadores do direito, o estudo deve ser diário. A importância da disciplina que juntos iremos estudar, irá possibilitar aos estudantes a adaptação ao curso de Direito e noções essenciais para a formação de uma consciência jurídica. Sendo assim, seguiremos juntos no universo jurídico que inicia-se. “Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se vives de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico” Sêneca 4 A nomenclatura direito nos remete a ideia do que é certo, correto, justo, honesto, digno e decente. O vocábulo direito pode ser empregado como substantivo, adjetivo e advérbio. Exemplos: “Eu sou uma pessoa direita” (adjetivo) ou “Eu me comporto de forma honesta e direita” (advérbio) ou “Eu tenho o direito de frequentar aquele lugar” (substantivo), portanto a palavra direito no uso comum é ampla e pode ser utilizada para definir diversas situações. O termo direito é, por conseguinte, uma palavra plurívoca, porque possui vários significados, ainda que ligados e entrelaçados. O Direito não se limita a apenas apresentar e classificar regras, normas e leis, mas tem também como propósito analisar os fenômenos sociais tais como os negócios jurídicos, a propriedade, a obrigação, o casamento, a filiação, o poder familiar e etc. O direito se apresenta como direito posto pelo Estado, ou seja, direito positivo ou positivismo, que denominamos de ordenamento jurídico. Noutra seara, temos a manifestação do idealismo, do chamado direito natural, o jusnaturalismo, direito este que é aplicado independente das normas, é inerente à natureza humana. 5 O direito positivo é o imposto pelo Estado, através das leis criadas por nossos representantes, enquanto o direito natural é o que nasce com o homem, é próprio da natureza humana, como o direito à vida. O direito acompanha a evolução da sociedade no tempo e no espaço. O que é permitido atualmente, poderá ser proibido no futuro e vice-versa. O que é crime hoje, poderá deixar de ser crime amanhã. O que se permite no Brasil, pode ser proibido em outros países. Há inúmeros exemplos a serem citados no que se refere a essas proibições e permissões, e um deles é a poligamia, que é crime no Brasil, mas aceito em vários países do Oriente Médio. Sob o aspecto geral, o direito se apresenta em três acepções. Como regra de conduta obrigatória, que se traduz no direito objetivo; como um sistema ordenado de conhecimentos, o que se traduz na ciência do direito; e como uma faculdade que a pessoa tem de agir para obter de outrem o que entende cabível, que se traduz no direito subjetivo. Falaremos adiante desses três aspectos. A-DEFINIÇÃO DE DIREITO: “Conjunto de normas/leis estabelecidas por um poder soberano, que disciplinam a vida social de um povo” (Dicionário Aurélio). 6 B-DEFINIÇÃO DE DIREITO: “O Direito é processo de adaptação social, que consiste em se estabelecerem regras de conduta, cuja incidência é independente da adesão daqueles a que a incidência da regra jurídica possa interessar”. (Pontes de Miranda) Os fatos históricos, as guerras, as doenças e a evolução da sociedade ao longo da história nos mostram o quão é necessário o direito. Onde há sociedade e onde há relacionamento humano, o direito deve se fazer presente. 7 O Direito não tem existência em si, ele existe na sociedade. A sociedade está para o direito, assim como o direito está para a sociedade. O direito está inserido na sociedade e está depende do direito para regular as suas relações. 8 “O Direito está em função da vida social. A sua finalidade é a de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do progresso da sociedade” (Paulo Nader)“ O direito é um instrumento de pacificação social, favorecendo um vasto relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, com a finalidade de manter a ordem e coordenar os interesses individuais e coletivos. O direito, como instrumento de pacificação social, é baseado em três pilares, fato, norma e valor. FATO: Fato social, conflito entre pessoas. (Sociologia). NORMA: Regula o fato social. (Dogmática). VALOR: Avaliação de caso, importância que se dá ao fato. (Filosofia). 9 DIREITO POSITIVO (corrente): É o conjunto de normas estatais em vigor, em determinado país, numa determinada época. Limita o estudo do direito sobre as legislações jurídicas. Acredita que a lei resolva tudo e está acima de tudo. Surge do Estado, é mutável e particular à sociedade política que o cria (Ex.: Constituição, lei complementar, lei ordinária, decreto). DIREITO NATURAL (corrente): É o conjunto mínimo de preceitos dotados de caráter universal, imutável, que surge da natureza humana e que se configura como um dos princípios de legitimidade do direito. Adota o “direito universal”. Ligado à moral e aos costumes. Essas duas correntes entram em conflito, pois uma se considera superior à outra. Porém, quando as duas correntes entram em conflito, a do Direito Natural prevalece sobre a do Direito Positivo. 10 6- O DIREITO NATURAL O direito natural também denominado de jusnaturalismo é uma teoria que demanda a existência de um direito cujo conteúdo é determinado pela natureza, consequentementeválido em qualquer lugar. O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, não e criado por nossos representantes, por autoridades ou pelo Estado. É um Direito espontâneo que se origina da própria natureza social do homem, associando experiência e razão, como por exemplo, o direito à vida e à liberdade. É importante ressaltar as diversas origens do direito natural. a) Para os helenistas, o direito natural corresponderia à natureza cósmica. Ex: perfeição, ordem e equilíbrio do universo; b) Para os Teólogos medievais, vinha de Deus; c) Para os racionalistas, o Direito Natural é produto da razão humana; d) Atualmente, a corrente majoritária afirma ser o direito natural baseado na natureza humana. Todo ser é dotado de uma natureza e um fim, ou seja, a natureza do ser (suas 11 propriedades) define o fim a que este tende. Para se chagar a esse fim devemos respeitar algumas normas, que compõe o Direito Natural. O direito natural compreende e representa os princípios inerentes à própria essência humana, orientam e servem de fundamento ao Direito Positivo: "o bem deve ser feito", "não lesar a outrem", "dar a cada um o que é seu", "respeitar a personalidade do próximo", etc. O direito natural fornece ao legislador os princípios fundamentais da proteção ao homem. É constituído por um conjunto de princípios, com caráter universal, eterno e imutável e pertencem a todos os tempos, não são elaborados pelos homens nem pelo Estado e, emanam de uma vontade superior porque pertencem à própria natureza humana: 1- O direito de reproduzir; 2- O direito de constituir família; 3- O direito à vida e à liberdade; 4- O direito a propriedade privada, etc. O direito natural é a ideia abstrata do Direito, correspondendo a uma justiça superior e anterior. 12 Trata-se de um sistema de normas que independe do direito positivo, ou seja, independe do ordenamento jurídico imposto pelo Estado. O direito natural é o pressuposto do que é correto, do que é certo, do que é justo, do que é verdadeiro e incontestável. Parte do princípio de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. Suas principais características, além da universalidade, são a imutabilidade e o seu conhecimento através da própria razão do homem. Com o surgimento do direito posto ou direito positivo (imposto pelo Estado), a função do direito natural passa a ser uma espécie de paradigma para as reivindicações pelos cidadãos de seus direitos, passando assim a ter um caráter subjetivo. Nessa vertente, o direito natural, é aquele que emana da natureza, são princípios legais não escritos, que se superpõem ao direito posto, regulando a vida do homem na sociedade, ainda que ausente a ordenação positiva. 13 7-DIREITO POSITIVO O direito positivo é o conjunto de normas impostas pelo Estado, em vigor, em um determinado país e época. O direito positivo baliza o estudo do direito sobre as legislações jurídicas, pois acredita que a lei resolva tudo e está acima de tudo. São normas jurídicas escritas e não escritas, vigentes no plano nacional e internacional (regula as relações entre os Estados). Não obstante tenha surgido nos primórdios da civilização ocidental, o direito positivo se consolida somente a partir do século XIX. São princípios e regras que regem a vida social do povo. É institucionalizado pelo Estado. São as normas jurídicas de determinado país. Exemplos: Código Penal, Código Civil, Código de Processo Civil, Código de Processo Penal, Código de Defesa do Consumidor, Código Tributário, Código Eleitoral; etc. No positivismo, a lei tem destaque total, contrapondo se ao jusnaturalismo. O Direito passa a ser produção da https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 14 vontade humana a partir de sua criação pelo Estado através da lei. A principal característica do direito positivado é que ele se liberta de parâmetros imutáveis do direito natural, de premissas materialmente invariáveis e, institucionaliza a mudança e a adaptação conforme a evolução social. Então, o direito positivo é o direito posto pelo Estado, dotado de validade, apenas por obedecer a condições formais de sua formação. Frise-se que este direito não necessita respeitar um mínimo moral para ser definido e aceito como tal, pois a natureza do direito, para ser garantida em sua construção, não requer nada além do valor jurídico. Assim, o direito positivo consiste nas regras e leis que regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo período de tempo. A Constituição Federal é um exemplo de direito positivo, pois assim como as outras leis e códigos escritos, serve como disciplina para o ordenamento de uma sociedade. Também conhecido por juspositivismo, o direito positivo é mutável, uma vez que as leis que regem o funcionamento de determinada nação podem ser alteradas ao 15 longo do tempo, levando em consideração fatores que condizem com a realidade vivida por esta sociedade específica. 16 Direito Objetivo: é conjunto de normas jurídicas de determinado país. A partir do conhecimento do direito objetivo que se deduz o direito subjetivo. São todas as normas em vigor no Estado e no ordenamento jurídico. Direito Subjetivo: é aquele que a pessoa possui em razão do direito objetivo. É a possibilidade de agir e exigir algo, previsto no direito objetivo. É a autorização concedida pela norma para que o indivíduo possa agir. Enquanto que o direito objetivo é a norma, o direito subjetivo é o interesse do indivíduo sobre a norma, seja ele qual for. 17 1-Direito subjetivo propriamente dito: direito a uma prestação; 2-Direito Potestativo: aquele exercido pelo titular, não depende da aceitação da outra parte; Na lição de Chiovenda, o direito potestativo é aquele ao qual não corresponde nenhuma obrigação, na medida em que os efeitos que produz não dependem de qualquer ato do seu destinatário, que fica apenas sujeito ao efeito jurídico produzido. 3-O Dever Jurídico Subjetivo: dever e obrigação – corresponde ao sentido oposto de direito subjetivo. É a situação onde a pessoa é obrigada a dar,fazer ou não fazer algo em benefício de outrem por determinação do direito objetivo. O direito objetivo garante o exercício do direito subjetivo, que gera o dever jurídico. 18 A expressão “Fontes do Direito” possui sentido de: origem, nascente, motivação, causa das várias manifestações do Direito. Segundo Miguel Reale “por fonte do direito designamos os processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa”. A doutrina jurídica não se apresenta uniforme quanto ao estudo das fontes do Direito. As fontes do direito, portanto são os nascedouros do direito, é de onde provém o direito. Nesse aspecto, há a necessidade de estudarmos os principais sistemas jurídicos vigentes no mundo. Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente Médio) e de cerca de metade da África. 19 • Civil Law -é a estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil. O que basicamente significa que a principal fonte do Direito adotada aqui é a Lei. A lei seria a mais importante fonte formal. Em diversos países de tradição romano- germânica, o direito é organizado em códigos, cujos exemplos principais são os códigos civis francês e alemão (Code Civil e Bürgerliches Gesetzbuch,respectivamente). É, portanto, típico deste sistema o caráter escrito do direito. Outra característica dos direitos de tradição romano- germânica é a generalidade das normas jurídicas, que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos. • Common Law - No sistema do Common Law, adotado pela Inglaterra e Estados Unidos, a forma mais comum de expressão do direito é a dos precedentes judiciais. O Direito se baseia mais na Jurisprudência que no texto da lei. Infere-se normas gerais a partir de decisões judiciais proferidas a respeito de casos individuais. Exemplo: Se lá nos EUA dois homens desejam realizar uma adoção, eles procuram casos em que outros homossexuais tenham conseguido adoções e defendem suas ideias em cima disso. Mas a parte contrária pode alegar exatamente casos opostos, o que gera todo um trabalho de interpretação, argumentação e a palavra final fica com o Juiz. 20 É bom lembrar que nos países de Common Law também existe a lei, mas o caso é analisado principalmente de acordo com outros casos semelhantes. 1) FONTES MATERIAIS OU SUBSTANCIAIS: são constituídas pelos fatores determinantes do surgimento da norma jurídica, tais como: o clima, a religião, a economia, a política, os avanços tecnológicos e científicos, etc. É o estudo filosófico ou sociológico dos motivos éticos ou dos fatos econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras de direito. São dados, elementos, biológicos, psicológicos, racionais e históricos, que contribuem para a formação do direito. São os FATOS SOCIAIS. O direito provém de fatos sociais, de problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do Direito, temos como exemplo o Estatuto do Idoso, que tem como base a valorização da terceira, pois a população está cada vez mais idosa e necessita de cuidados especiais. 2) FONTES FORMAIS: os meios de expressão do Direito, são as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam e tornam-se conhecidas. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028080/estatuto-do-idoso-lei-10741-03 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028080/estatuto-do-idoso-lei-10741-03 21 Criam o Direito, isto é, introduzem no ordenamento novas normas jurídicas. Dividem-se em: 2.1) estatais: são produzidas pelo poder público e correspondem à lei e à jurisprudência. 2.2) não estatais: decorrem diretamente da sociedade ou de seus grupos e segmentos, sendo representadas pelo costume e pelos negócios jurídicos. Para que um processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o Direito. Esse poder de criar é chamado de competência. Em que consiste o ato de criação do Direito? Criar o Direito significa introduzir no ordenamento jurídico novas normas jurídicas. 2.1) FONTES FORMAIS ESTATAIS: a) Leis: normas jurídicas escritas provenientes do Estado. O Brasil faz parte dos sistemas romano-germânico, que adota a estrutura jurídica Civil Law. 22 b) Tratados internacionais: são acordos resultantes da convergência das vontades de dois ou mais sujeitos de direito internacional, formalizada num texto escrito, com o objetivo de produzir efeitos jurídicos no plano internacional. Os tratados internacionais, em regra, tem status de lei ordinária, contudo, com o advento da EC 45/04, o tratado internacional que trata de direitos humanos, “que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais” (Art. 5º CR/88, § 3º da CR/88). Em outras palavras, o tratado é um meio pelo qual sujeitos de direito internacional – principalmente os Estados nacionais e as organizações internacionais – estipulam direitos e obrigações entre si. c) jurisprudência: é o conjunto de decisões proferidas pelo Poder Judiciário sobre determinada matéria jurídica. É a repetição contínua e constante de julgados sobre determinada matéria, exemplo: união e casamento homoafetivo. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96987/emenda-constitucional-45-04 23 A Jurisprudência Vincula os Tribunais? É papel da jurisprudência atualizar o entendimento da lei, abrir horizontes, dando-lhe uma interpretação atual que atenda às necessidades do momento dos fatos. A feição da jurisprudência é dinâmica. Sendo assim, os julgados não exercem força vinculativa, exceto a situação das súmulas vinculantes. d) súmulas: é um enunciado que resume uma tendência de julgamento sobre determinada matéria, decidida de forma contínua e reiterada pelo tribunal. Essas súmulas, mormente as dos tribunais federais superiores, convertem-se em verdadeiras fontes formais de Direito. Contudo, não se trata de norma impositiva e não deve o operador do Direito curvar-se à súmula, se entender que é hora de mudar o entendimento. Nem mesmo os membros do tribunal que expediu a súmula estão a ela vinculados, embora seja ampla a importância desse instituto. Já as súmulas vinculantes têm por principal escopo efetivamente diminuir os acúmulos de processos nos tribunais, permitindo que questões idênticas sigam a mesma orientação judicial, dada por referida vinculação, por todos os juízes e tribunais. 24 SÚMULA VINCULANTE: é o enunciado da decisão reiterada do Supremo Tribunal Federal, que possui efeito de vincular todos os órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública direta e indireta federal, estadual e municipal. A súmula vinculante está prevista no artigo 103-A da Constituição Federal e deve ser aprovada por 2/3 dos membros do STF. Muito se critica a súmula vinculante, pois é entendida como um engessamento do Judiciário, além do que, nem sempre estarão no mesmo sentido todos os julgados que se entendem idênticos e repetitivos. Se, por um lado, a súmula vinculante permite o julgamento rápido e simultâneo de centenas de processos, por outro, corre-se o risco de se petrificar o poder interpretativo da jurisprudência, principalmente dos juízes de primeiro grau, primeiros receptores das modificações sociais. A função do juiz não é dar o Direito, não é criar o Direito, mas sim interpretá-lo. Essas interpretações podem trazer benefícios para a compreensão do ordenamento jurídico, sendo, portanto, fonte do Direito. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27996984/artigo-103a-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 25 2.2) FONTES FORMAIS NÃO ESTATAIS: a) Costume jurídico é a prática social reiterada e uniforme com a convicção de obrigatoriedade jurídica. São fontes subsidiárias (secundária), pois visa suprir as lacunas da lei. Para que o costume se converta em fonte do Direito, dois requisitos são enunciados como imprescindíveis: 1-objetivo ou material: prática constante e reiterada dos costumes. 2-subjetivo ou imaterial: o animus, a consciência coletiva de obrigatoriedade da prática. O costume obriga quando há um sentimento geral de obrigatoriedade. Uma das principais barreiras ao costume é justamente a dificuldade de se identificar a prática reiterada, dependendo do caso concreto, o que traria incerteza e insegurança. Em que pese a prevalência da lei no nosso sistema, o costume continua desempenhando papel importante, principalmente porque a lei não tem condições de predeterminar todas as condutas e todos os fenômenos. 26 Não se pode negar que o costume possui a grande vantagem de assimilar perfeitamente as necessidades sociais, algo que nem sempre o legislador lograconseguir. O costume tem sua razão de ser justamente em sua espontaneidade brotada da sociedade, o que não ocorre comumente na lei. Para ser aceito exige-se que o costume tenha amplitude, isto é, que seja geral e largamente disseminado no meio social. Não é necessário, porém, que a sociedade como um todo tenha dele consciência. O costume pode ser setorizado. Seu maior campo de atuação é, sem dúvida, o direito comercial (empresarial), com suas práticas, quase todas elas de origem costumeira. Enfim, para ser considerado costume é fundamental que ocorra uma prática constante e repetitiva, durante um longo tempo. O costume leva tempo e instala-se quase imperceptivelmente no seio da sociedade. 27 Direito Público e Direito Privado são as divisões mais importantes. Se a norma tutelar o interesse do Estado e de seu funcionamento, o Direito é público; Contudo, se a norma regular as relações jurídicas entre os particulares, o direito é privado. Ramos do Direito Público Constitucional; Administrativo; Tributário; Econômico Interno; Previdenciário; Processual; Penal; Eleitoral; Militar; Internacional Público Externo. Ramos do Direito Privado Civil; Empresarial; Trabalhista; Internacional Privado. 28 12.1-DIREITO PÚBLICO INTERNO: a) Direito Constitucional Engloba as normas jurídicas pertinentes à organização política do Estado nos seus elementos fundamentais, definindo o regime político e a forma de Estado, colocando cada órgão substancial, para fazer o que lhe é devido em relação ao cidadão, mediante o reconhecimento e garantia de direitos fundamentais dos indivíduos. O conjunto dessas normas está presente na Carta Magna do Estado, a Constituição Federal. b) Direito Administrativo É o ramo do direito público interno que se concentra no estudo da Administração Pública e da atividade de seus integrantes. Sistematiza os interesses do Estado, ou seja, tudo o que se relaciona à Administração Púbica e à relação entre ela e os administrados e seus servidores, é regrado e estudado pelo Direito Administrativo. c) Direito tributário Disciplina a receita e a despesa pública. Para realizar os serviços públicos, o Estado necessita de recursos financeiros, 29 que são obtidos mediante cobrança de impostos, contribuições, taxas, bem como por sua atividade empresarial. O movimento de arrecadação do dinheiro público e seu emprego em obras e despesas gerais constituem o objeto do Direito Tributário. d)Direito Penal É o ramo do Direito que disciplina as condutas humanas que podem por em risco a coexistência dos indivíduos na sociedade. O Direito Penal vai regular essas condutas com base na proteção dos princípios relacionados à vida, intimidade, propriedade, liberdade, enfim, princípios que devem ser respeitados no convívio social. Dessa forma, o Direito Penal vai descrever as condutas consideradas crimes (condutas mais graves) e contravenções (condutas menos grave) e as respectivas penas cominadas. Vale dizer que o Estado é o responsável pelo direito de punir, e o faz mediante critérios pré-estabelecidos, com o intuito de desestimular os indivíduos a transgredirem as normas, e, também, de readaptar o indivíduo ao convívio social. e)Direito processual Para definir o objeto de estudo desse ramo do Direito, primeiramente, é importante dizer que é o Estado que detém o 30 poder de aplicar o Direito, estabelecendo a ordem, aplicando as penalidades, e solucionando os conflitos entre as partes, por meio de um processo judicial. Dessa forma, o ramo em questão visa disciplinar de que forma isso vai se dar, estabelecendo princípios e regras a serem previamente obedecidas, tanto pelo Estado, quanto pelas partes na disputa judicial. Assim a função do Direito processual é organizar a forma de como o Estado vai prestar esse poder/dever de julgar, e como as partes devem agir no enlace judicial. Há subdivisões de Direito Processual: Civil, Penal, Trabalho, Tributário, etc. f) Direito Eleitoral É o ramo autônomo do Direito Público encarregado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral. O direito eleitoral é conjunto sistematizado de normas que destina- se a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, principalmente os que envolvem votar e ser votado (Art. 1º do Código Eleitoral - Lei nº 4.737/65). Em outras palavras, o Direito Eleitoral dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrágio popular, de modo que se estabeleça a https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10621299/artigo-1-da-lei-n-4737-de-15-de-julho-de-1965 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91631/c%C3%B3digo-eleitoral-lei-4737-65 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91631/c%C3%B3digo-eleitoral-lei-4737-65 31 precisa equação entre a vontade do povo e a atividade governamental. g) Direito Militar É o conjunto de normas jurídicas destinadas a assegurar a realização dos fins das instituições militares, cujo principal é a defesa armada da Pátria. O direito militar, portanto, é bastante abrangente em suas ramificações, sendo possível distinguir o direito penal militar, o direito processual penal militar, o direito administrativo militar, o direito disciplinar militar, o direito previdenciário militar, além de outros que guardam pertinência com o emprego de Forças Armadas na solução de conflitos armados, destacando-se, nesse ponto, o direito internacional dos conflitos armados, também conhecido como direito internacional humanitário. 12.2- DIREITO PÚBLICO EXTERNO a) Direito Internacional Público É o ramo do Direito voltado a disciplinar as relações entre os vários Estados, possuindo princípios e diretrizes, que visam uma interação pacífica entre eles, tanto na esfera política, econômica, social e cultural. Vale dizer que são criados organismos internacionais, tais como a ONU (Organização das 32 Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio), para auxiliar na descoberta de interesses comuns. Os instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados tratados. 33 a)Direito civil Pertence ao Direito Privado por excelência, pois visa regular as relações dos indivíduos, estabelecendo direitos e impondo obrigações. O Direito Civil atua em toda a vida do indivíduo, pois disciplina todos os campos de interesses individuais. O Código Civil, ou seja, reunião de todas as leis de Direito Civil, é estruturado em duas grandes partes: geral, que contém normas de caráter abrangente, que servem a qualquer área do Direito Civil e parte especial, que trata dos assuntos específicos. Na parte Geral encontram-se os livros que contém os temas relativos às pessoas, aos bens e aos fatos jurídicos. Já a parte especial contém: as obrigações, Direito de Empresa, Direito das Coisas, Direito de Família, Direito das Sucessões e um livro complementar das disposições finais e transitórias. Assim verifica-se que o Direito Civil abrange todas as áreas do relacionamento humano, que serão objeto de estudo durante todo o Curso de Direito. b)Direito do trabalho É um ramo que se destina a disciplinar as relações de trabalho, estabelecendo princípios e regras, de forma a evitar a exploração pelo trabalho, e conceder direitos e obrigações https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 34 recíprocos tanto aos que prestam os serviços, quanto para àqueles cujo o serviço se destina. Há discussão entre os juristas se o Direito do Trabalho seria um ramo do Direito Público ou Privado. Por muito tempo, vários autores entenderam se tratar de um ramo do Direito Público, pois apesar de suas normas disciplinarem relações privadas, a vontade das partesficaria limitada às regras pré- estabelecidas pelo Estado. Contudo com o passar do tempo, entenderam se tratar de ramo do Direito Privado, pois predomina o interesse particular, em detrimento da natureza das regras públicas. Há autores que atentam, ainda, para uma classificação mista, pois o Direito do Trabalho teria uma esfera pública, e outra privada. c)Direito empresarial ou comercial O direito comercial origina-se de um direito estatutário particular e consuetudinário, visto que não veio de uma obra dos jurisconsultos nem dos legisladores, mas do trabalho dos comerciantes, que o criaram com seus usos, estabelecendo seus estatutos ou regulamentos, pelos quais disciplinavam a concorrência, asseguravam mercados aos comerciantes para as suas ofertas, evitavam fraudes e garantiam a boa qualidade das 35 mercadorias. O direito comercial constitui-se de normas que gerem a atividade empresarial. d) Direito Internacional Privado Destina-se à regular a situação do estrangeiro no território nacional, pois como o estrangeiro está em local diferente do seu país de origem, haveria um conflito de leis a serem aplicadas no caso concreto: usa-se a lei estrangeira, ou a lei do local onde o indivíduo se encontra? Assim, a base do Direito Internacional Privado seria regular essas relações e estabelecer diretrizes e normas, dirigidas às autoridades para a resolução inerente a esses conflitos. 36 Direitos coletivos “lato sensu” têm como espécies: • Direitos difusos; • Direitos coletivos “strictu sensu”; • Direitos individuais homogêneos. CONCEITOS LEGAIS (Art. 81, parágrafo único, da Lei nº. 8078/90): I - Direitos difusos são os direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. II - Direitos coletivos são os direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base. III - Direitos individuais homogêneos são aqueles interesses ou direitos individuais que têm origem comum. 37 Os Direitos difusos são todos aqueles direitos que não podem ser atribuídos a um grupo específico de pessoas, pois dizem respeito a toda a sociedade. A transindividualidade significa se tratar de um direito que ultrapassa a individualidade, que transcende a esfera individual. A natureza indivisível significa que não pode ser dividido. Esse direito tem titulares, mas indeterminados, ou seja, não podem ser individualizados, no caso concreto. Por fim, essas pessoas devem estar ligadas por circunstâncias de fato (situação de fato), como por exemplo, pessoas que residem numa área que será inundada por uma hidrelétrica; habitar nas margens de um rio onde são lançados produtos poluentes; os direitos referentes ao meio ambiente por ter reflexo em toda população, pois se ocorrer qualquer dano ou mesmo um benefício ao meio ambiente, este afetará, direta ou indiretamente, a qualidade de vida de toda a sociedade. Outro exemplo de direito difuso: veiculação, num canal de televisão de grande alcance, de uma publicidade enganosa. Todas aquelas pessoas indeterminadas que viram a publicidade 38 foram atingidos por ela. É um interesse indivisível, cujos titulares são ligados por uma circunstância fática. São difusos os direitos à segurança, ao consumidor, direitos ligados à preservação do patrimônio sócio cultural, artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, etc. Sendo assim, pode-se afirmar que a titularidade dos direitos difusos é indeterminável. Não podem eles ser identificados. Frise-se que a segurança é um direito fundamental, predominantemente difuso, que os cidadãos e a sociedade possuem de sentir-se aceitavelmente protegidos, em decorrência das políticas de segurança pública operadas pelo Estado. Importante destacar que não se está a falar em segurança individual de cada cidadão (uti singuli), mas sim em segurança pública (uti universi). Já os direitos coletivos também têm titularidade indeterminável, todavia, os titulares são identificáveis, pois tais direitos estão identificados a um grupo, categoria ou classe de pessoas. Só serão beneficiados os indivíduos pertencentes a esses grupos, categorias ou classes, sendo que o resultado da 39 demanda atinge a todos de modo uniforme, como por exemplo o aumento abusivo das mensalidades de um plano de saúde. O direito individual homogêneo é individualizado na sua essência, porque será incorporado diretamente ao patrimônio do indivíduo, sendo coletivo apenas quanto à forma de tutela. Por economia processual é utilizada uma única demanda para beneficiar inúmeras pessoas. Cada indivíduo será beneficiado pela sentença de uma forma específica, incorporando ao seu patrimônio um determinado valor, pois é conveniente para sociedade que a defesa deles se processe nos moldes coletivos. Temos como exemplo os direitos individuais que, no caso do sindicato, são defendidos de forma coletiva, conforme autorizado pelo dispositivo constitucional (artigo 8, III, da CF/88). Outro exemplo é dos compradores de veículos produzidos com o mesmo defeito de série. Sem dúvida, há uma relação jurídica comum subjacente entre os consumidores, mas o que os liga no prejuízo sofrido não é a relação jurídica em si (como ocorre quando se trata de interesses coletivos), mas sim o fato de que compraram carros do mesmo lote produzido com o defeito em série (interesses individuais homogêneos). https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641170/artigo-8-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725464/inciso-iii-do-artigo-8-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 40 Os princípios são normas jurídicas que traduzem os valores abstratos, indicando qual o caminho os operadores do direito devem seguir. Em outras palavras, os princípios são a base de todo ordenamento jurídico, são eles que direcionam os legisladores e os julgadores. 15.1-PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: A Constituição é a lei fundamental e suprema do Brasil. E os princípios constitucionais são o que protegem os atributos fundamentais da ordem jurídica. São estes os principais princípios constitucionais: a)Princípio da Supremacia da Constituição: por este princípio, nenhum ato jurídico pode permanecer valendo em ação contrária à Constituição Federal. b) Princípio da legalidade: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”. Diz respeito à obediência às leis. Divide-se em duas vertentes: no âmbito público: seria fazer apenas aquilo que a lei permite. Já https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 41 no âmbito privado, todo particular pode fazer tudo aquilo que não é proibido. c) Princípio da igualdade ou isonomia: Trata-se de um princípio jurídico disposto nas Constituições de vários países que afirma que "todos são iguais perante a lei", independentemente da riqueza ou prestígio destes. É tratar desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade. d)Princípio da ampla defesa: É o princípio que garante a defesa no âmbito mais abrangente possível. É a garantia de que a defesa é o mais legítimodos direitos do homem. Contém duas regras básicas: a possibilidade de se defender e a de recorrer. A ampla defesa abrange a autodefesa ou a defesa técnica (o defensor deve estar devidamente habilitado); e a defesa efetiva (a garantia e a efetividade de participação da defesa em todos os momentos do processo). É princípio básico da ampla defesa que não pode haver cerceamento infundado, ou seja, se houver falta de defesa ou se a ação do defensor se mostrar ineficiente, o processo poderá ser anulado. Caso o juiz perceba que a defesa vem sendo deficiente, ele deve intimar o réu a constituir outro defensor ou nomear um, se o acusado não puder constituí-lo. 42 e) Princípio do contraditório: O princípio do contraditório e ampla defesa esta expresso na Constituição Federal, no artigo 5º inciso LV. Vejamos: art. 5º, CR/88: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Esse é o princípio que garante a justiça o contraste entre as partes, a chance de provar a verdade e praticar o real exercício do direito. O juiz deve dispor esses meios às partes e participar da preparação do julgamento a ser feito, exercendo ele próprio o contraditório. Exemplo: o contraditório pode ser obstado quando o réu não é citado ou intimado de algum ato processual praticado pela outra parte. e)Principio da Dignidade da Pessoa Humana: A dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, desde o direito à vida. g) Princípio da Proporcionalidade: tem a ver com a adequação, exigibilidade e proporcionalidade. A proporcionalidade serve como parâmetro de controle da constitucionalidade das regras restritivas de direitos fundamentais. Também atua na solução https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728312/inciso-lv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 43 dos conflitos entre os princípios da constituição. A adequação exige medidas interventivas. O meio escolhido se presta para alcançar o fim estabelecido, assim, mostrando-se adequado. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 44 Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, fazer o bem, etc., determinam o sentido e a moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas. A moral orienta o comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social. Diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-estar social. 45 A deontologia é conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, de acordo com o Código de Ética de sua categoria. O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil podemos citar como exemplo, o código de ética e disciplina da OAB. 46 A normas jurídica é a expressão de vontade do Estado por meio do legislador e esta vontade se materializa através da Lei. As principais características das normas são bilateralidade, abstração, generalidade, imperatividade e heteronomia. a) generalidade: obriga a todos em igual situação jurídica; b) abstratividade: abarca situações abstratas; c) bilateralidade: onde há dever, há direito; d) imperatividade: obrigatória; e)coercibilidade: uso da força do Estado sobre aqueles que descumprem a norma jurídica. f) heteronomia: imposta pelo Estado. 18.1- ESPÉCIES NORMATIVAS (art. 59 da CF) Espécies normativas: • Emendas à Constituição (art. 59, I da CF): • Leis complementares (art. 59, II da CF). • Leis ordinárias (art. 59, III da CF). • Leis delegadas (art. 59, IV da CF). • Medidas Provisórias (art. 59, V da CF). • Decretos legislativos (art. 59, VI da CF). • Resoluções (art. 59, VII da CF). https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10701011/inciso-i-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700972/inciso-ii-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700940/inciso-iii-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700908/inciso-iv-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700864/inciso-v-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700814/inciso-vi-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633557/artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700757/inciso-vii-do-artigo-59-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 47 A justiça é o polêmico tema do Direito e, ao mesmo tempo, é permanente desafio aos filósofos do Direito, que pretendem conceituá-la, e ao próprio legislador que, movido por interesse de ordem prática, pretende consagrá-la nos textos legislativos. Com base nas concepções de Platão e de Aristóteles, uma definição formal de Justiça foi feita por Ulpiano: é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o seu direito. A máxima é antiga, mas plenamente atual. O conteúdo que será atribuído a cada um é que varia de acordo com o tempo e o espaço. A ideia de justiça não é pertinente apenas ao Direito, mas a Moral, a Religião e algumas Regrasde Trato Social preocupam-se também com as ações justas. A Importância da Justiça para o Direito A ideia de justiça faz parte da essência do Direito. Para que a ordem jurídica seja legítima, é indispensável que seja a expressão da justiça. A justiça se torna viva no Direito quando deixa de ser apenas ideia e se incorpora às leis. Ao estabelecer 48 em leis os critérios da justiça, o legislador deverá basear-se em uma fonte irradiadora de princípios. Podemos concluir que hoje, na chamada pós- modernidade, estamos na era de acreditar que o direito natural vem manifestado nos princípios que permeiam toda a Constituição Brasileira. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 49 A lei de introdução às normas do direito brasileiro, conhecida como LINDB, aplica se ao direito público, ao direito privado e ao direito internacional. É uma lei autônoma, é um conjunto de normas sobre as normas por ter aplicabilidade em todo ordenamento jurídico. É uma das leis mais importantes do ordenamento jurídico brasileiro. A nomenclatura, Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, foi adotada em 2010, antes era chamada de Lei de Introdução ao Direito Civil. Apesar de estar disposta no Código Civil por questões didáticas, é uma lei que se aplica em todo o direito, é a lei das leis, disciplinando todas as outras normas jurídicas. A LINDB tem função essencial de dispor sobre o funcionamento das normas e dos atos no Direito brasileiro de maneira prévia e introdutória. É nela que se encontram disposições orientando a interpretação de normas, além de disposições sobre vigência, validade, eficácia e vigor dos textos legislativos. 50 A LINDB, inicialmente conhecida como Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), era tratada como um conjunto de normas de introdução ao Direito Civil/Privado, entretanto as normas contidas não versavam apenas sobre o direito privado. Por essa razão sofreu alteração do seu nome através da Lei 12.376/2010 que entrou em vigor em 31 de dezembro do mesmo ano, passando a vigorar com a seguinte redação: “Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro”, afastando qualquer dúvida acerca da amplitude do seu campo de aplicação. A LINDB é composta por apenas 30 artigos nos quais aborda a vigência da lei, a aplicação da norma jurídica no tempo e no espaço e as fontes do direito. Vale pontuar que se trata de uma norma ATEMPORAL visto que serviu para introduzir diversos códigos e leis. Dentre as principais finalidades da LINDB, encontra-se: • Estabelecer a Vigência e eficácia das normas jurídicas: Vacatio Legis é o prazo entre a publicação da norma e a sua vigência, isto é, um prazo razoável para que se tenha conhecimento da lei. Caso a Lei não traga em seu próprio texto a data de vigência, será aplicado o art. 1º da LINDB (45 dias). 51 • Estabelecer o caso de conflitos das leis no tempo: As leis modificam com o tempo. O direito é dinâmico, acompanha a sociedade e é necessário uma “regra geral” de funcionamento, para obter um controle organizacional. • Estabelecer o caso de Conflito de leis no espaço: Em casos de dúvidas e conflitos de interpretação de Lei estrangeira x lei brasileira. A LINDB soluciona, tratando sobre tal competência. • Critérios hermenêuticos/ Critérios de integração do ordenamento jurídico: Nem sempre o legislador consegue prevê a totalidade dos fatos, desta forma, para chegar a uma “conclusão” caberá assim uma interpretação. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm#art2 52 Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 1.991, de 1953) (Vide Lei nº 2.145, de 1953) (Vide Lei nº 2.410, de 1955) (Vide Lei nº 2.770, de 1956) (Vide Lei nº 3.244, de 1957) (Vide Lei nº 4.966, de 1966) (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967) (Vide Lei nº 2.807, de 1956) (Vide Lei nº 4.820, de 1965) § 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L1991.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L2145.htm#art16 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L2145.htm#art16 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L2410.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2770.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2770.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3244.htm#art78 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4966.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4966.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0333.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2807.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2807.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4820.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 53 § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré- estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.(Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.(Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6515.htm#art49 54 do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm 55 Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. § 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetíveis de desapropriação. § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 1964) Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege- se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4331.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4331.htm#art1 56 c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência § 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art105i.i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art105i.ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art3 57 do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. (Regulamento) § 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm 58 limitado ou condicionado a ação do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. (Regulamento) Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 25. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 59 realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) § 1º O compromisso referido no caput deste artigo: (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais; (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral; (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá imporcompensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) § 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre os envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 60 § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Vigência) (Regulamento) § 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Vigência) § 2º(VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Vigência) Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121o da Independência e 54o da República. GETULIO VARGAS Alexandre Marcondes Filho Oswaldo Aranha. Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.9.1942, retificado em 8.10.1942 e retificado em 17.6.1943 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Ret/RetDel4657-42.doc http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Ret/RetDel4657-42.doc 61 DIREITO ESTATAL: É o conjunto de regras jurídicas emanadas do Estado com a finalidade de reger a vida social (Ex.: Constituição, Código Civil, Código Penal). DIREITO NÃO-ESTATAL: Normas obrigatórias elaboradas por diferentes grupos sociais particularmente institucionalizados destinadas a reger a vida interna desses grupos (Ex.: Direito Religioso, Direito Desportivo, Direito Universitário). DIREITO POSITIVO: É o conjunto de normas estatais em vigor, em determinado país, numa determinada época. Limita o estudo do direito sobre as legislações jurídicas. Acredita que a lei resolva tudo, está acima de tudo. Surge do Estado, é mutável e particular à sociedade política que o cria (Ex.: Constituição, lei complementar, lei ordinária, decreto). DIREITO NATURAL: É o conjunto mínimo de preceitos dotados de caráter universal e imutável, que surge da natureza humana e que se configura como um dos princípios de legitimidade do direito. 62 ORDEM JURÍDICA OU ORDENAMENTO JURÍDICO: É o conjunto de todas as normas em vigor no Estado, completadas pelas técnicas de interpretação e integração do direito. DIREITO OBJETIVO: É o conjunto de todas as normas em vigor no Estado. DIREITO SUBJETIVO: É uma faculdade de agir, uma prerrogativa de agir. É a autorização concedida pela norma para que o indivíduo possa agir. Enquanto que o direito objetivo é a norma, o direito subjetivo é o interesse do indivíduo sobre a norma, seja ele qual for. É um poder do sujeito. FONTES DO DIREITO: É todo modo de formação do direito, todo o documento, monumento, pessoa, órgão ou fato de onde provém a norma jurídica. FONTES MATERIAIS: São todos os fatores sociais representados pelas necessidades políticas, econômicas e culturais, bem como fatores naturais como o clima e o relevo. Constituem a matéria-prima da elaboração do direito. FONTES HISTÓRICAS: São todos os documentos jurídicos e coleções legislativas do passado que devido a sua importância continuam a influenciar a legislação do presente. (Ex.: Código de Hamurabi). 63 FONTES FORMAIS: São as leis, os costumes jurídicos, a doutrina e a jurisprudência, nessa ordem de indicação. JURISPRUDÊNCIA: São as decisões “plurais”, ou ainda, é o conjunto das decisões que promanam dos Tribunais. O juiz leva em conta as decisões da doutrina, leva em conta também os costumes, a população (sociedade), influências sociais. É o direito criado pelo juiz, conhecido como “Direito Vivo”. É subsidiado, por exemplo, pelas SÚMULAS VINCULANTES (força vinculante), que são as elaborações
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