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Aula 6 Cromatografia em papel (2)

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Química Geral – Parte Experimental 
 
 
 
Experimento 6: CROMATOGRAFIA EM PAPEL 
Objetivo do experimento: Estudo da cromatografia de papel como método de separação e 
caracterização de substâncias. Familiarizar o aluno com os conceitos e métodos de separação, 
especialmente a cromatografia. 
Temas abordados: Misturas homogêneas, técnicas de separação, forças intermoleculares, 
cromatografia de papel, análise qualitativa. 
6.1 : Introdução: 
A cromatografia é uma técnica de separação físico-química muito utilizada para a separação 
de misturas constituídas por moléculas orgânicas. Esta importante ferramenta de análise pode ser 
empregada tanto na identificação e quantificação dos compostos orgânicos, (por meio da 
comparação com padrões de constituição e concentração conhecidas), quanto em processos de 
purificação, a fim de se separar os analitos de interesse de interferentes presentes na amostra. 
O surgimento da cromatografia data de 1906, quando o botânico russo Mihail Tswett utilizou 
essa técnica para a separação de pigmentos de folhas, como a clorofila e a xantofila. Neste 
experimento, Tswett passava preparações que continham diversos constituintes provenientes de 
folhas de plantas por colunas de vidro recheadas com carbonato de cálcio e, posteriormente, 
passava por essa mesma coluna éter de petróleo. O resultado foi que, devido às interações 
diferenciais dos pigmentos vegetais com o carbonato de cálcio, denominado como FASE 
ESTACIONÁRIA e com o éter de petróleo, denominado como FASE MÓVEL, obteve-se a 
separação de diversos pigmentos de diversas cores. Devido a esse experimento, a técnica passou 
a ser chamada de CROMATOGRAFIA, do grego chroma = cor e graphein = escrita. 
Desde o seu surgimento, a Cromatografia evoluiu e hoje é considerada como a mais 
importante técnica para separação de misturas. O seu fundamento baseia-se na migração 
diferencial dos componentes de uma mistura por uma fase móvel e uma fase estacionária, mediada 
por diferentes interações químicas ou físicas dos componentes com estas fases. Assim, os 
constituintes que têm maior afinidade pela fase estacionária (imóvel) ficam mais tempo retidos que 
os constituintes que possuem maior afinidade pela fase móvel (em movimento) ficam menos retidos. 
Basicamente, a cromatografia pode ser dividida em duas grandes classes: cromatografia em 
coluna e a cromatografia planar. Na cromatografia em coluna, como a realizada por Tsweet fase 
estacionária é mantida dentro de um tubo estreito de vidro, por exemplo e a fase móvel é forçada a 
passar sob gravidade ou pressão. Já na cromatografia planar, a fase estacionária é suportada por 
uma superfície plana e fase móvel movimenta-se por capilaridade ou influência da gravidade. A 
cromatografia em papel, surgida por volta de 1940, encaixa-se nesta última categoria. Trata-se de 
uma técnica simples de análise de amostras em pequena quantidade que pode ser usada na 
separação e identificação de compostos polares, como açúcares, antibióticos hidrossolúveis, 
aminoácidos, íons metálicos e pigmentos. 
O princípio desta modalidade de cromatografia é definido como partição, pois as substâncias 
são particionadas ou distribuídas entre duas fases líquidas, sendo elas a água retida nos poros do 
papel de filtro (fase estacionária) e um solvente que passa através do papel (fase móvel). À medida 
que a fase móvel se movimenta, ocorre a separação dos constituintes da mistura, devido às 
diferenças de solubilidade destas na fase móvel e na fase estacionária. O papel utilizado é de 
celulose praticamente pura, o que permite a imobilização da fase estacionária por meio da 
ocorrência de interações intermoleculares. 
Para realizar o experimento, coloca-se a substância num certo ponto do papel e, mergulha-se 
esse ponto do papel no solvente. A separação se dá durante a passagem da fase estacionaria e a 
fase móvel em movimento no papel. Os componentes que têm capacidade de formar ligações de 
https://www.engquimicasantossp.com.br/2014/04/aminoacidos.html
Química Geral – Parte Experimental 
 
hidrogênio migram mais lentamente que aquelas com menor capacidade ou incapacidade de formar 
esse tipo de ligação. A figura abaixo ilustra o procedimento: 
 
Figura 1: Diagrama da cromatografia em papel (Observação: Executa-se cromatografia em papel em 
câmaras fechadas, cuja atmosfera está saturada com todos os componentes dos sistemas de 
solventes utilizados. 
 
O conhecimento sobre a polaridade das moléculas das substâncias é muito importante na 
cromatografia em papel. Moléculas polares interagem mais intensamente com solventes polares. 
Moléculas apolares têm mais afinidade com solventes apolares. Portanto, variando a polaridade do 
solvente, ou misturas de solventes, pode-se separar os componentes de uma amostra. 
Alguns termos utilizados na cromatografia em papel são apresentados a seguir: 
✓ Suporte: papel sobre o qual fica retida a fase estacionária; 
✓ Fase móvel: líquido ou mistura de líquidos que sobe por capilaridade pelo papel, arrastando 
as substâncias aplicados no papel. 
✓ Cromatograma: papel que apresenta as substâncias separadas 
✓ Revelador: agente físico ou químico que possibilita visualizar substâncias separadas pela 
cromatografia em papel. 
✓ Rf: a razão entre a distância percorrida pelo composto (da 
origem ao centro da mancha) e a distância percorrida pelo 
solvente. Verifique o que significa o Rf pela fórmula abaixo e na 
imagem ao lado, uma representação de como o deslocamento é 
medido para posteriormente ser calculado. 
 
Rf = . Distância percorrida pelo analito . 
Distância percorrida pela fase móvel 
A Figura 2 representa um cromatograma em papel com 4 compostos (A, B, C e D) e com 4 
misturas desses compostos (i, ii, iii e iv). 
Figura 2: Representação de um cromatograma em papel. 
Química Geral – Parte Experimental 
 
 
6.2 : Materiais e reagentes: Álcool etílico 98%V/V, Acetona P.A., Béquer de 50 mL (2), Algodão, 
Grampeador com grampos, Ácido clorídrico concentrado (na capela), Hidróxido de Amônio 
concentrado (na capela), Béquer de 50 mL (na capela), Béquer de 1000 mL (na capela), Vidro de 
relógio para o Béquer de 1000 mL (na capela), Proveta de 5 mL (na capela), Tubos capilares (8), 
Placa de porcelana para semi-micro análise, Solução de alaranjado de metila (indicador), Solução 
de azul de metileno (indicador), soluções de: FeCl3 (aq), CoCl2 (aq), MnCl2 (aq), CuCl2 (aq). Papel 
de filtro, Béquer de 100 mL, Vidro de relógio para o Béquer de 250 mL , Béquer de 250 mL (2), 
Proveta de 25 mL, Pisseta com água destilada 
 
6.3 : Procedimento experimental 
1ª Parte) Mistura do alaranjado de metila e azul de metileno 
1- Corte um papel de filtro na forma retangular (8 cm x 4 cm) e 
faça uma linha com lápis a 1 cm da margem maior, conforme 
mostrado na figura ao lado; 
2- Deposite sobre a placa de porcelana de análise semimicro, 1 gota de alaranjado de metila em um 
poço, 1 gota de azul de metileno em outro poço e faça mistura dos dois (1 gota de cada) em um 
terceiro poço; 
3- No papel, sobre a linha do lápis em três pontos igualmente espaçados (vide imagem acima), 
deposite com auxílio de tubos capilares as amostras de alaranjado de metila (no ponto A), azul de 
metileno (ponto B) e a mistura (ponto C); escreva, com lápis no papel, sobre os pontos as 
referências A, B e C; 
4- Enrole o papel em forma de tubo e grampeie, formando um rolinho; 
5- Coloque numa proveta de 25 mL, 10 mL de álcool etílico e na sequência 10 mL de água destilada. 
Em seguida transfira esta solução para o Béquer de 250 mL; 
6-O tubo formado de papel é colocado no Béquer de 250 mL contendo aproximadamente 20 mL da 
mistura 1:1 de álcool etílico e água preparada anteriormente (fase móvel). Atente que o nível do 
solvente toca o papel mas não deve alcançar as marcas dos indicadores adicionados (eles devem 
estar acima do nível do solvente); 
7- Tampe o béquer com um vidro de relógio, e aguarde5 minutos enquanto ocorre a eluição; 
8- Retire o tudo de papel do Béquer, abra o papel e rapidamente faça uma marca com lápis indicando 
o nível que o solvente atingiu; 
9- Calcule o fator Rf para o alaranjado de metila e azul de metileno, conforme indicado na figura 4; 
10-Descreva o resultado observado para a mistura (C); 
2ª Parte) Mistura de sais inorgânicos 
1- Corte um papel de filtro na forma retangular (8 cm x 4 cm) e faça uma linha com lápis a 1cm da 
margem maior, conforme a figura acima; 
2- Deposite sobre a placa de porcelana de análise semimicro, em poços separados, 1 gota de 
FeCl3(aq), 1 gota CoCl2(aq), 1 gota de MnCl2(aq), 1 gota CuCl2(aq) e faça uma mistura de Cu e Co 
em um último poço. Faça um mapa anotando na sua apostila qual é cada metal em cada uma das 
posições; 
3- No papel, sobre a linha do lápis, em quatro pontos igualmente 
espaçados, deposite com auxílio de tubos capilares as amostras 
de FeCl3(aq), CoCl2(aq), MnCl2(aq), CuCl2(aq) e da mistura. 
Escreva, com lápis no papel, sobre os pontos as referências Fe, 
Co, Mn, Cu e mistura, conforme mostrado na figura ao lado; 
Química Geral – Parte Experimental 
 
4- Enrole o papel em forma de tubo e grampeie; 
5- Coloque numa proveta de 25 mL, 14 mL de acetona, 2 mL de água destilada e 2 mL ácido 
clorídrico concentrado. Em seguida transfira esta solução para o Béquer de 250 mL; 
6-O tubo formado de papel é colocado no Béquer de 250 mL; 
7- Tampe o béquer com um vidro de relógio, e aguarde 5 minutos; 
8- Retire o tudo de papel do Béquer e rapidamente faça uma marca (agora, sem retirar os grampos) 
com lápis indicando o nível que o solvente atingiu. Deixe o papel secando ao ar por 5 minutos; 
9- Observe, desenhe e anote as cores e posições; 
10- Leve o tubo de papel para a capela e coloque-o em um Béquer de 1000 mL contendo um 
chumaço de algodão embebido em hidróxido de amônio (revelador); 
11- Após 15 minutos retire o papel do Béquer, abra o papel e marque com lápis os pontos centrais 
das manchas (Faça isto rápido, pois as manchas devem desaparecer logo). 
12- Calcule o fator Rf para todas as manchas; 
10-Discuta os resultados observados; 
6.3: Registro e discussão dos resultados 
1ª Parte) 
Desenhe o resultado observado ao lado e 
calcule o Rf: 
Rf (alranjado de metila) = 
Rf (azul de metileno) = 
 
2ª Parte) 
Desenhe o resultado observado nas figuras 
abaixo: 
Antes de colocar na capela Após retirar da capela 
 
 
Rf(Fe) = 
Rf(Mn) = 
Rf(Co) = 
Rf(Cu) = 
 
Referências: 1) H. Lucélia, R. Rosecler. Uso da cromatografia em papel para revelar as misturas de cores 
das canetinhas tipo hidrocor em diferentes fases estacionárias. Revista Destaques Acadêmicos, Edição 
Especial, 2013 - Feira de Ciências/Univates. 2) SKOOG, Douglas A. Princípios de Análise Instrumental. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2002. 3) Cromatografia em Papel: Princípio, Funcionamento e Aplicações. Disponível 
em https://www.engquimicasantossp.com.br/2012/06/cromatografia-em-papel.html. Acesso em 30 de junho 
de 2021. 4) Fundamentos de Química Experimental. Maurício Gomes Constantino e outros. Edusp, 2ª edição, 
2011. 5) Química Analítica Qualitativa. Arthur I. Vogel. Mestre Jou, 5ª edição, 1981. 
https://www.engquimicasantossp.com.br/2012/06/cromatografia-em-papel.html

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