Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OPERAÇÕES FERROVIÁRIAS REGULAMENTO DE OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS Nota de esclarecimento As regras com descrição “reservada” não possuem conteúdo, podendo, futuramente, ser utilizadas em razão de inclusão de novas regras. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS ROF N°___________ Este regulamento pertence à: [ ] MRS Logística S.A. [ ] RUMO S.A. [ ] VLI – Valor da Logística Integrada S.A. Foi entregue e está sob a responsabilidade de guarda, cumprimento e uso de: Nome: _____________________________________________________________ Matrícula: __________________________________________________________ que, ao rubricá-lo, concorda em devolvê-lo à Diretoria de Operações da ferrovia, quando assim lhe for solicitado. Compromete-se, igualmente, a comunicar o extravio deste, no prazo de 48 horas. A presente versão do ROF foi efetuada no período de maio a agosto de 2015 por comitê constituído pelas Diretorias de Operações das ferrovias da Baixada Santista (MRS, RUMO e VLI). Recibo OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS Participantes do comitê de elaboração do ROF: Nome Ferrovia Jefferson Vinicio de Meirelles MRS Logística S.A. Franz Hermann Seehaber MRS Logística S.A. Sildomar Tavares de Arruda Rumo S.A. Sérgio de Almeida Costa Rumo S.A. João Silva Junior VLI – Valor da Logística Integrada S.A. Geraldo Magela de Matos VLI – Valor da Logística Integrada S.A. Fabrício Frade VLI – Valor da Logística Integrada S.A. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS Sumário 9 10 17 40 40 42 43 46 47 47 48 49 52 52 53 55 55 57 60 61 61 62 62 1. INTRODUÇÃO 2. DISPOSIÇÕES GERAIS 3. DEFINIÇÕES 4. OBRIGAÇÕES 4.1. Controlador de tráfego do CCO 4.2. Inspetores de operação de trens ou supervisor de tração 4.3. Operadores de trens 4.4. Auxiliares de maquinistas 4.5. Reservada 4.6. Agentes de estação, chefes de pátios, manobradores, operadores de produção de pátio e terminal 4.7. Colaboradores das empresas contratadas para serviço nas ferrovias 4.8. Centro de formação de trens 4.9. Analistas do CCO 4.10. Técnicos de manutenção (radiomecânica) 4.11. Inspetores de pátios ou líder de pátio 5. COmUNICAÇÃO 5.1. Meios de comunicação disponíveis 5.2. Processo de comunicação 5.3. Uso e zelo dos equipamentos de comunicação 5.4. Reservada 5.5. Gravação de canais 6. SINAlIzAÇÃO 6.1. Sinais por placas OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 64 65 68 69 70 72 72 73 74 75 75 75 76 77 77 82 83 86 88 88 88 90 91 93 93 96 96 97 97 97 97 97 6.2. Sinais luminosos 6.3. Sinais acústicos (instrumentos de alarme) 6.4. Sinais manuais 6.5. Sinalização auxiliar 6.6. Farol 7. OPERAÇÃO DE máqUINAS DE ChAvE (Amv) 7.1. Regras gerais de operação de amvs 7.2. Máquina de chave manual com travador elétrico 7.3. Máquina de chave de mola 7.4. Máquina de chave elétrica 7.5. Máquina de chave manual com controlador de circuito elétrico 7.6. Máquina de chave elétrica com comando local 7.7. Máquina de chave manual 8. mANOBRAS E FORmAÇÃO DE TRENS 8.1. Execução de manobras 8.2. Segurança pessoal em manobras 8.3. Manobras de produtos perigosos 8.4. Formação de trens 8.5. Reservada 8.6. Documentos de trem 8.7. Recuo em manobras 8.8. Inspeção e vistoria de trens 8.9. Manobra em passagem de nível. 9. lICENCIAmENTO E CIRCUlAÇÃO DE TRENS 9.1. Disposições gerais de licenciamento e circulação de trens 9.2. Reservada 9.3. Licenciamento via rádio 9.4. Licenciamento via telefone 9.5. Reservada 9.6. Reservada 9.7. Reservada 9.8. Licenciamento via CTC (Controle de Tráfego Centralizado) OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 103 104 104 105 106 106 106 108 110 113 114 114 116 117 119 143 151 9.9. Reservada 9.10. Circulação de trens em trecho não sinalizado 9.11. Cruzamento de trens 9.12. Proteção de trens 9.13. Circulação sobre balança ferroviária 9.14. Reservada 9.15. Operação de trens com equipamentos defeituosos 9.16. Falhas na passagem de nível 10. mANUTENÇÃO 11. mEIO AmBIENTE, SAúDE E SEGURANÇA DO TRABAlhO 12. ACIDENTES E OCORRêNCIAS FERROvIáRIOS 12.1. Providências iniciais em caso de acidente ferroviário 12.2. Atropelamento 12.3. Providências iniciais em caso de ocorrências ferroviárias ANExO 1 - SINAIS DE PlACAS ANExO 2 - SINAIS DE BlOqUEIO E SEUS SIGNIFICADOS ANExO 3 - SINAIS mANUAIS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS Introdução A segurança é o elemento mais importante na execução das tarefas. O Regulamento de Operação Ferroviária estabelece as re- gras que devem ser seguidas por todos os colaboradores pró- prios e contratados, das Ferrovias da Baixada Santista, consti- tuídas pela MRS, Rumo e VLI, cujas atividades estão ligadas, de forma direta ou indireta, à operação ferroviária no trecho de Perequê (exclusive) até margem direita e margem esquerda das ferrovias. O mesmo é aplicado na execução das operações de circulação e manobra de trens em linhas ferroviárias controla- das pelo Centro de Controle Operacional (CCO), pelas estações e pelas oficinas de manutenção desse trecho. É dever de todo colaborador, que exerça atividade ou tran- site nas áreas operacionais das ferrovias, o rigoroso cumpri- mento das regras contidas nesse regulamento. O fiel cumpri- mento dessas regras é condição fundamental para a garantia da prestação do serviço de transporte ferroviário de acordo com os requisitos de segurança, eficiência e responsabilidade social requeridos pelos clientes, acionistas e pela sociedade. Comitê Normativo das Ferrovias da Baixada Santista. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 10 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 2.1. O presente regulamento cancela toda e qualquer outra regra ou instru- ção anterior que esteja em desacordo com as que nele se encontram. Este regulamento se aplica às Ferrovias da Baixada Santista. 2.1.1. Todo procedimento emitido deve estar em concordância ou ser mais restritivo que as regras contidas neste regulamento, exceto em casos de procedimentos elaborados pelas engenharias e validados pelo comitê de normatização das Ferrovias da Baixada Santista. 2.2. Qualquer alteração neste regulamento somente pode ser feita por meio de Boletim Normativo ou revisão programada pelo Comitê Normativo das Ferrovias da Baixada Santista. 2.3. Os colaboradores cujos deveres sejam determinados por este regula- mento devem ter um exemplar ao seu alcance, quando em serviço, e pro- curar o entendimento de todo o seu conteúdo. 2.4. Os colaboradores devem conhecer, cumprir e fazer cumprir integralmen- te todas as regras contidas neste regulamento, bem como todos os proce- dimentos vigentes em cada setor operacional das ferrovias. Disposições Gerais 02 OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 11ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 2.5. É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos os colabora- dores envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso operacional. 2.6. Antes de iniciar uma jornada de trabalho, os colaboradores devem ob- ter conhecimento das regras, procedimentos e condições da sua área de atuação através da leitura frequente dos quadros de avisos e de outros meios de comunicação das ferrovias. Em caso de dúvidas, devem procurar esclarecimentos. 2.6.1. Em trocas de turnos, o colaborador envolvido na operação ferroviária que está entrando em serviço não deve iniciar as atividades até que tenha conhecimento total da programação associada a estas. 2.7. Todos os colaboradores devem prestar toda assistência a seu alcance no cumprimento das regras e comunicar imediatamente, ao superior imedia- to, qualquer infração destas. 2.8. Todos os colaboradores de empresas contratadas pelas ferrovias, cujas atividades estão ligadas direta ou indiretamente à operação ferroviária, devem conhecer e cumprir as regras desteregulamento pertinentes a sua área de atuação. É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos os contratados e terceirizados envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso operacional. 2.8.1. É de responsabilidade do Gestor do contrato treinar, habilitar e entregar OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 12 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 à Contratada um exemplar deste regulamento no ato da assinatura do contrato. 2.8.2. É de responsabilidade do Gestor do contrato orientar e fazer cumprir este regulamento, assim como recolhê-lo ao fim do contrato. 2.9. Nenhum colaborador próprio, contratado ou terceirizado, envolvido na operação ferroviária está isento de responsabilidade, sob alegação de igno- rar as regras contidas neste regulamento. O não cumprimento deste regula- mento é considerado falta grave. 2.10. RESERVADA 2.11. Os colaboradores de outras ferrovias estão sujeitos à obediência deste regulamento, quando operando no território integrado, mediante treina- mento e habilitação prévia. 2.12. Quando estiverem em situação de risco, os colaboradores devem adotar todos os procedimentos necessários à preservação de sua integridade físi- ca. Em caso de dúvidas, sempre deve ser escolhida a opção mais segura. 2.13. Toda e qualquer anormalidade que possa interferir na circulação dos trens e que ofereça risco de acidentes deve ser imediatamente comunica- da ao responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local, por qualquer colaborador, independente da categoria ou função nas ferrovias. 2. Disposições Gerais OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 13ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 2.14. Quando ocorrer alguma situação de risco envolvendo bens das ferrovias, o colaborador deverá envidar esforços e adotar os procedimentos com- patíveis para preservar o patrimônio, sem, contudo, colocar em risco sua integridade física. 2.15. Os colaboradores contratados ou terceirizados são proibidos de ingerir, ter posse ou comercializar no trabalho bebidas alcoólicas, narcóticos, se- dativos, alucinógenos ou qualquer combinação ou derivados de tais subs- tâncias, que possam alterar o comportamento das pessoas. 2.16. Todos os colaboradores devem estar atentos aos movimentos dos veí- culos ferroviários em qualquer momento, em qualquer via e em qualquer sentido. Os colaboradores não devem permanecer sobre a linha, exceto quando inerente à atividade e com o uso da devida sinalização prevista para essa atividade. Os colaboradores cujas funções estão ligadas à opera- ção ferroviária devem conhecer os locais, as estruturas, as obstruções e os gabaritos presentes na malha ferroviária. 2.17. A condução de trens somente pode ser executada por colaboradores devidamente treinados, habilitados e autorizados pelas ferrovias. Colabo- radores em fase de treinamento podem operar trens desde que acompa- nhados de monitor. 2.17.1. Locomotivas podem ser operadas pelos colaboradores da manutenção de material rodante, dentro das áreas de oficinas para manobras dos veí- culos em manutenção, desde que estejam treinados e habilitados para tal. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 14 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 2.18. No caso de um Operador de Trens desrespeitar licenças, sinais ou come- ter qualquer irregularidade durante a operação ferroviária, deve comunicar o fato imediatamente ao responsável pelo movimento de veículos ferrovi- ários do local. 2.19. Além da equipagem do trem, somente pessoas credenciadas ou previa- mente autorizadas pelo Controlador de Tráfego, devidamente equipadas de EPIs, estão autorizadas a viajar nas cabines das locomotivas. Todas as pessoas que viajam na locomotiva devem obedecer às instruções do Maquinista. 2.19.1. Colaboradores envolvidos na operação ferroviária, manutenção do ma- terial rodante, manutenção da via permanente, manutenção de equipa- mentos de bordo e visitantes, somente podem trafegar na cabine do trem em número não superior a seis pessoas, incluindo a equipagem do trem. 2.19.2. Em locomotivas comandadas/rebocadas somente podem viajar Maqui- nistas, Auxiliares de Maquinistas, Inspetores de Operação de Trens ou ou- tros colaboradores com habilitação específica para essa atividade. Outros colaboradores não habilitados podem viajar em locomotivas comandadas/ rebocadas somente se acompanhados por colaborador habilitado. 2.19.3. A viagem fora da cabine da locomotiva é permitida somente para ins- peção de linha, de material rodante ou de trens cruzando, limitada a três pessoas, e desde que a locomotiva tenha corrimão e guarda-corpo (frontal ou lateral, devidamente fixado), com o colaborador apoiado no mínimo por três pontos. 2. Disposições Gerais OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 15ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 2.19.4. O Operador de Trens deve informar ao Controlador de Tráfego a quanti- dade de pessoas viajando na(s) locomotiva(s). 2.19.5. A transposição de uma locomotiva acoplada a outra em movimento somente é permitida para verificação de avaria, simulações ou teste de tração, sendo permitido somente para locomotiva com guarda-corpo e passadiço sobre os engates. 2.20. O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista deve permanecer dentro da lo- comotiva, mesmo quando o trem estiver parado, aguardando cruzamento ou aguardando licenciamento. O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista podem sair do comando da locomotiva somente com autorização do res- ponsável pelo movimento de veículos ferroviários do local. 2.20.1. A vistoria de composição no trecho, sempre que necessária, é realizada por colaborador habilitado ou pelo Maquinista, inclusive quando em mo- nocondução, com base nas orientações do Controlador de Tráfego. 2.21. É expressamente proibido a todos os colaboradores envolvidos na opera- ção ferroviária qualquer tipo de ação que possa tirar sua atenção durante o exercício de suas atividades funcionais. 2.22. É proibido transpor composição sem o prévio conhecimento do Opera- dor de Trens e dos envolvidos na manobra nos casos de vagões parados ou estacionados, somente é possível transpor composição com autorização do Agente de Estação ou Manobrador do pátio. Para veículos em movi- mento em sentido ao colaborador a distância mínima é de 3 (três) vagões OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 16 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 e para veículos parados, estacionados ou se afastando a distância mínima é de 6 (seis) metros. 2.23. É proibido passar entre engates de vagões ou locomotivas cuja distância seja inferior a seis metros sem conhecimento do Operador de Trens, Agen- te de Estação ou Manobrador. 2.24. RESERVADA 2.25. RESERVADA 2.26. RESERVADA 2.27. Todo colaborador deve registrar quaisquer irregularidades ocorridas em sua jornada de trabalho. 2.28. Todos os fatos que porventura venham a ocorrer, e não estejam previstos no presente regulamento, devem ser levados ao superior imediato, a quem cabe decidir e orientar. Posteriormente, esses fatos devem ser reportados ao Comitê das Ferrovias da Baixada Santista para que sejam regulamentados. 2. Disposições Gerais OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 17ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.1. ACIDENTE FERROVIÁRIO Ocorrência que, com a participação direta de veículo ferroviário, provo- car danos a este ou a um ou mais dos seguintes elementos: pessoas, outros veículos, instalações, obras de arte, via permanente, meio ambiente ou, desde que ocorra paralisação do tráfego, animais. 3.1.1. ATROPElAmENTO Acidente que ocorre quando um trem ou veículo ferroviário colide com pessoa e/ou animal, provocando lesão ou morte. 3.1.2. ABAlROAmENTO Colisão de veículo ferroviário ou trem, circulando ou manobrando, com qualquer obstáculo, exceto outro veículo ferroviário. 3.1.3. DESCARRIlAmENTOAcidente em que o material rodante abandona parcial ou totalmente os trilhos, por causas diversas. 3.1.4. TOmBAmENTO Acidente em que o veículo ferroviário se encontra tombado no leito da linha. 3.1.5. ADERNAmENTO Acidente em que o veículo ferroviário se encontra parcialmente tomba- do no leito da linha. 3.1.6. ChOqUE DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando no mesmo senti- do, na mesma via, podendo um deles estar parado. Definições03 OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 18 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.1.7. ENCONTRO DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando em sentidos opos- tos na mesma via, podendo um deles estar parado. 3.1.8. ESBARRO DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando ou manobrando em vias distintas, podendo um deles estar parado. 3.1.9. DISPARO DE TREm Irregularidade caracterizada pela perda de controle de velocidade de trem. 3.2. AGENTE DE ESTAÇÃO, CONTROLADOR DE PÁTIO E/OU CHEFE DE PÁTIO Colaborador responsável pelo planejamento, movimentação e controle de vagões, fornecimento de informações operacionais, interface com clien- tes e emissão de documentação dos trens nos pátios e terminais, visando ao atendimento aos clientes externos e internos, nos prazos previstos em procedimentos. 3.3. RESERVADA 3.4. AMV Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto formado por vários acessórios, máquinas e componentes que são projetados para propiciar o desvio de veículos ferroviários de uma via para a outra. O AMV é constitu- ído basicamente de três partes: 3.4.1. ChAvE Parte inicial do AMV, seus principais componentes são a máquina da chave (elétrica ou manual), meia chave direita e esquerda (agulhas e trilho de encosto). É muito comum no ambiente ferroviário chamar todo o AMV de Chave. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 19ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.4.2. PARTE INTERmEDIáRIA OU DE lIGAÇÃO É formada pelos trilhos de ligação que conectam à chave a região do cruzamento. 3.4.3. REGIÃO DO CRUzAmENTO A região do cruzamento é formada pelo jacaré, contra-trilho e seus res- pectivos trilhos de encosto. Também é comum no ambiente ferroviário chamar o jacaré de cruzamento. 3.5. AMV DE ENTRADA (INFERIOR e SUPERIOR) A entrada de um pátio ou desvio é chamada de entrada inferior quando estiver localizada no ponto de quilometragem menor e, é chamada de entrada superior quando localizada no ponto de quilometragem maior. 3.6. APITO CURTO Forma de acionamento da buzina com atuação rápida e instantânea sobre o dispositivo de acionamento. 3.7. APITO LONGO Forma de acionamento da buzina cuja duração de acionamento é de aproximadamente 2 segundos. 3.8. AUXILIAR DE MAQUINISTA Colaborador responsável por auxiliar o Maquinista na operação de trens, visando à operação segura e econômica, dentro dos tempos previstos em procedimentos. 3.9. AUXÍLIO OU HELPER Locomotiva ou grupo de locomotivas destinadas a reforçar o quadro de tração de um trem durante a circulação em trechos específicos. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 20 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.10 BLOCO SEÇÃO DE BLOQUEIO (SB) Trecho de linha com limites bem definidos cuja utilização por trens é go- vernada por um ou mais sistemas de licenciamento, definidos no capítulo 9 deste regulamento. 3.11. RESERVADA 3.12. RESERVADA 3.13. CANAL DE RADIOCOMUNICAÇÃO Meio de comunicação sem fio, em RF (radiofrequência), de enlace ter- restre, para permitir a troca de informação entre os usuários da ferrovia. 3.14. CARGA PERIGOSA Qualquer material, equipamento, mercadoria, substância ou produto, primário ou derivado, beneficiado ou não, acondicionado ou a granel, que, pelas suas características, traga ou possa trazer riscos para a vida, saúde ou integridade das pessoas, para o meio ambiente, conforto e segu- rança públicas, ou para a própria ferrovia. 3.15. CCP (Centro de Controle de Pátios) Instalação física onde é controlada a circulação das manobras na mar- gem direita da Portofer. 3.16. CCO (Centro de Controle Operacional) Instalação física onde é controlada a circulação dos trens na malha da Ferrovia. 3.17. CONTROLADOR DE TRÁFEGO Colaborador responsável pelo planejamento, programação e controle da circulação dos trens na malha integrada. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 21ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.18. CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRAL São as atividades de planejamento, programação e controle de circula- ção dos trens na malha integrada, realizadas pelo CCO. 3.19. CONTROLE DE TRÁFEGO LOCAL São as atividades de controle e licenciamento de trens e manobras em trechos não controlados pelo Controle de Tráfego Central. São realizados pelas estações (nas linhas de pátios e terminais) e pelas oficinas (nas linhas internas delas). 3.20. CONTROLADOR DE CCP (RUMO) Colaborador responsável pelo controle da circulação das manobras na margem direita da Portofer. 3.21. CTC (CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRA- LIZADO) Conjunto de equipamentos localizados no CCO, cuja função é comandar sinaleiros e máquinas de chave ao longo da ferrovia, bem como monitorar o funcionamento destes, além de mostrar ao Controlador de Tráfego a ocupação dos circuitos de via. 3.22. DESVIO Linha adjacente à linha principal, ou a outros desvios, destinada aos cruzamentos, ultrapassagens, desvio de vagões e formação de trens. Os desvios podem ser classificados em: A) DESVIO ATIVO Desvio provido de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extre- midades. B) DESVIO MORTO Desvio provido de um único Aparelho de Mudança de Via, apresen- tando, na outra extremidade, um batente delimitador de seu com- primento útil. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 22 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.23. DETETOR DE DESCARRILAMENTO Dispositivo eletro-mecânico instalado ao longo da ferrovia, que tem como princípio básico de funcionamento a interrupção dos contatos elétricos, acionados pela passagem sobre o dispositivo de algum rodeiro descarrilado ou alguma peça de arrasto. O CCO recebe indicação luminosa no painel. 3.24. DETETOR DE DESCARRILAMENTO DO VAGÃO Dispositivo instalado nos vagões que, em caso de descarrilamento, acio- na o freio de emergência do trem. 3.25. DETETOR DE DESCARRILAMENTO VIA RÁDIO Dispositivo instalado ao longo da ferrovia que tem como princípio básico de funcionamento a interrupção dos contatos elétricos do dispositivo pela passagem sobre eles de algum rodeiro descarrilado ou alguma peça de arrasto. Envia informação automática de alarme via rádio para o Operador de Trens e posteriormente para o CCO. 3.26. DISCO DE VELOCÍMETRO Dispositivo interno instalado nos velocímetros das locomotivas e veículos ferroviários que permite o registro da velocidade e eventos da operação do trem. É composto por um conjunto de discos que permite o registro dos eventos durante sete dias. 3.27. DISPOSITIVO DE SOBRE-VELOCIDADE Dispositivo de segurança da locomotiva que faz o trem parar se o Ma- quinista ultrapassar a velocidade definida no equipamento. 3.28. ENCARRILADEIRA Equipamento destinado a encarrilhar rodeiros de veículos ferroviários. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 23ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.29. END OF TRAIN E TRAINLINK Dispositivo ligado ao encanamento geral e instalado no último vagão de um trem que se comunica com uma unidade de comando na cabine da locomotiva (TRAINLINK) via rádio. Permite ao Maquinista monitorar as condições momentâneas da cauda do seu trem, como também provocar aplicações de emergência. 3.30. ENGATE CEGO Suporte localizado nas testeiras das locomotivas e vagões que tem por finalidade fixar as mangueiras, evitando a entrada de impurezas no sistema de ar, bem como evitar que as elas fiquem de arrasto,o que pode dani- ficá-las, evitando também a avaria nos equipamentos de via e sinalização instalados ao longo da linha. 3.31. EQUIPAGEM Equipe formada por uma ou mais pessoas responsáveis pela operação dos trens. 3.32. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL É todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelos cola- boradores, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 3.33. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Estabelecimentos da ferrovia destinados à execução de serviços ligados à operação e circulação de trens. As estações são responsáveis por todo o controle, posicionamento e recebimento de vagões dos terminais do clien- te, manipulação de toda a documentação dos vagões e trens, atendimento aos clientes e particulares em geral. 3.33.1. ESTAÇÃO CONCENTRADORA Executa e controla, via sistemas, as operações de carga/descarga, forma- ção ou recomposição de trens e emissão de documentação de transporte. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 24 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 Essas operações são controladas por um Agente de Estação no local. Pode ou não controlar estação satélite. 3.33.2. ESTAÇÃO DE CIRCUlAÇÃO É utilizada para cruzamentos, ultrapassagens de trens e para controle da circulação ferroviária. Não executa operação de carga e/ou descarga, formação ou recomposição de trens, nem emissão de despachos. 3.33.3. ESTAÇÃO DE INTERCÂmBIO Liga uma empresa ferroviária à outra. 3.33.4. ESTAÇÃO SATÉlITE Executa operações de carga/descarga, formação ou recomposição de trens, mas não emite documentação de transporte. Essas operações são controladas por uma estação concentradora. Pode ou não ter controle via sistemas. 3.34. FREIO MANUAL Equipamento instalado nas locomotivas e vagões, operado manualmen- te, que tem como objetivo mantê-los estacionados em segurança. 3.35. GABARITO Contorno de referência, ao qual devem adequar-se as instalações fixas, as cargas e veículos ferroviários, para possibilitar o tráfego ferroviário sem interferência. 3.36. GHT (Gráfico Horário de Trem) Aplicativo destinado à visualização espaço/tempo de movimentação passada e prevista de trens, assim como o planejamento operacional da circulação de trens. Pode ser automático ou manual. 3.37. GPS (SISTEMA DE POSICIONAMENTO 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 25ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 GLOBAL) Acrônimo para a expressão em inglês Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global). É um sistema de posicionamento por satélite utilizado para determinação da localização de um receptor na superfície da terra ou em sua órbita. 3.38. HABILITAÇÃO Capacitação do colaborador para o exercício de uma função ou ativida- de através de treinamento teórico, prático ou ambos, evidenciados através de ficha de treinamento e registro em sistema. 3.39. HOMEM MORTO Dispositivo de segurança ligado ao sistema de freio, provido de uma bo- toeira ou um pedal com mola, fixo ou móvel, com temporizador, situado na cabine da locomotiva, cujo sinal emitido deve ser respondido pelo Ma- quinista, que pressionará ou soltará o pedal ou botoeira enquanto o trem estiver em movimento, com objetivo de garantir a parada do trem, caso o sistema não seja reconhecido pelo operador. 3.40. RESERVADA 3.41. HOT BOX – HOT WHEEL (Detector de caixa quente e roda quente) Dispositivos instalados ao longo da Ferrovia que têm como princípio de funcionamento a detecção da temperatura do rolamento e roda dos va- gões e locomotivas. 3.42. INCIDENTE OU ANOMALIA Evento não programado, relacionado à operação ou manutenção fer- roviária, que ocorre em circunstâncias não desejáveis e pode resultar em lesões corporais ou danos materiais. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 26 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.43. INDICAÇÃO DE SINAL Aspecto indicativo, transmitido por um sinaleiro fixo. 3.44. INSPETOR DE OPERAÇÃO DE TRENS OU SUPERVISOR DE TRAÇÃO Colaborador responsável por promover a melhoria operacional dos Ma- quinistas e Auxiliares de Maquinistas, através do estabelecimento de trei- namentos, acompanhamento e controle dos procedimentos operacionais, visando a atingir a excelência em qualidade, segurança e economia. 3.45. LIMITE DE MANOBRA Trecho de linhas em pátios sinalizados ou não, limitados por placas de regulamentação. 3.46. LINHA DUPLA São duas linhas paralelas destinadas à circulação. 3.47. LINHA MISTA Via férrea com três ou mais trilhos, para permitir a passagem de veículos com bitolas diferentes. 3.48. LINHA PRINCIPAL Linha que atravessa pátios e liga estações. 3.49. LINHA SINGELA Linha principal única sobre a qual os trens circulam em ambos os sentidos. 3.50. LINHA TRONCO Linha de um sistema ferroviário que, em virtude de suas características 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 27ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 de circulação, apresenta maior importância em relação às demais linhas do sistema. 3.51. LOCOTROL O sistema LOCOTROL proporciona controle remoto automático e inde- pendente de conjunto de locomotivas localizados um trem, a partir de uma locomotiva controladora na posição de líder. 3.52. MALOTE DE DOCUMENTOS Bolsa utilizada para o transporte dos documentos fiscais e operacionais, referentes à composição do trem. 3.53. MANOBRADOR OU OPERADOR DE PRO- DUÇÃO Colaborador responsável pela execução das manobras nos pátios e ter- minais e pela inspeção de cargas recebidas e expedidas em pátios. 3.54. MÁQUINA DE CHAVE Aparelho que permite a mudança de via de circulação. 3.54.1. máqUINA DE ChAvE COm TRAvADOR ElÉTRICO Chaves de operação manual, instaladas geralmente nos desvios localiza- dos na linha singela em trechos dotados de sinalização automática. Os tra- vadores elétricos só permitem que as agulhas sejam mudadas de posição caso sejam satisfeitos determinados requisitos de segurança. 3.54.2. máqUINA DE ChAvE DE DUPlO CONTROlE Máquina de chave acionada eletricamente, podendo ser operada manu- almente quando necessário. 3.54.3. máqUINA DE ChAvE DE mOlA Máquina de chave equipada com mecanismo de mola, regulada para res- tabelecer a posição de repouso das agulhas, após a passagem do trem. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 28 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.54.4. máqUINA DE ChAvE ElÉTRICA COm COmANDO lOCAl Máquina de chave, comandada no local por circuitos elétricos, devendo ser colocada como comando local (com ou sem indicação no CTC). Esse modelo de máquina de chave elétrica, quando chaveada para controle local não sofre ou interfere no inter-travamento do circuito e sinal. 3.54.5. máqUINA DE ChAvE mANUAl Aparelho operado manualmente que permite a mudança de via. 3.54.6. máqUINAS DE ChAvE mANUAl COm CONTROlA- DOR DE CIRCUITO ElÉTRICO São normalmente empregadas em desvios com facilidade relativa de vigilância dos colaboradores da Ferrovia. Os circuitos elétricos, ao serem acoplados às chaves, impedem, quando na posição contrária ao movimen- to, que os sinais abram na sua direção, exceto para o sinal de chamada. 3.54.7. máqUINAS DE ChAvE FAlSA (DESCARRIlADEIRA) Dispositivo de segurança, instalado em uma linha, para impedir a circu- lação de trens ou veículos em uma linha principal. 3.54.8 máqUINA DE ChAvE COm COmANDO lOCAl Chave elétrica cujo posicionamento para Normal ou Reversa é feito por meio de uma caixa de comando situada próximo a esta chave. O CCO não consegue operá-la remotamente. 3.54.9. máqUINA DE ChAvE TAlONávEl Equipamento eletro-hidráulico que, quando passado em sentido contrá- rio, as pontas de agulhas movimentam-se para posição oposta, mantendo- se travadas, não retornando à posição original. 3.55. MAQUINISTA Colaborador responsável pela operação dos trens. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 29ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00– 2015 3.56. MARCO Identificação física de cor amarela instalada entre as vias, que indica li- mite além do qual o material rodante não pode permanecer ou ultrapassar sem autorização, a fim de não restringir o gabarito na via adjacente. 3.57. NOMENCLATURA DE LINHAS Em trecho de linha dupla, considera-se linha 1 (um) aquela que está si- tuada à esquerda no sentido crescente de quilometragem, e linha 2 aquela que está situada à direita. Em trecho de linha singela, a linha principal é denominada de linha 1 (um). As demais linhas (desviadas) são denomina- das da seguinte forma: A) LINHAS ÍMPARES Linhas à esquerda da linha principal, no sentido crescente da quilo- metragem. B) LINHAS PARES Linhas à direita da linha principal, no sentido crescente da quilome- tragem. 3.58. OCORRÊNCIA FERROVIÁRIA Qualquer fato que altere o tráfego ferroviário. 3.59. OPERADOR DE ESCALA OU ESCALANTE Colaborador designado para planejar, executar e controlar a alocação de equipagens ao longo do trecho. 3.60. OPERADOR DE TRENS Todo colaborador treinado, habilitado e autorizado a operar qualquer veículo autopropulsor sobre a via ferroviária. 3.61. PASSAGEM DE NÍVEL (PN) É o cruzamento de uma ou mais linhas com uma rodovia principal ou secundária, no mesmo nível. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 30 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.62. PAT (Programa de Atividades de Trens) ou OS (Ordem de Serviço) Conjunto de atividades planejadas para um trem ao longo de seu itinerário. 3.63. PÁTIO ASSISTIDO É um sistema de vias, dentro de limites definidos, destinadas à circula- ção, formação e recomposição de trens, bem como à execução de mano- bras e ao estacionamento de vagões (em trânsito, para carga/descarga, limpeza, inspeção ou manutenção). 3.64. PERA FERROVIÁRIA Linha circular utilizada para a inversão de sentido de trens e veículos, carga e descarga em terminais. 3.65. PILOTO Operador de Trens habilitado, designado para acompanhar um trem ou veículo ferroviário quando um Operador de Trens não estiver familiarizado com as características físicas, sinalização e/ou regulamento da ferrovia a ser percorrida. 3.66. RESERVADA 3.67. PREFIXO DE TREM Identificação por meio de letras e algarismos, que nomeia um trem em função de sua categoria, classe, natureza do transporte, origem, destino, ferrovia e dia da partida. 3.68. PROGRAMAÇÃO DE TRENS Programação contendo os prefixos, prioridades, horários previstos, re- cursos necessários para a formação dos trens, manobras previstas ao longo 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 31ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 do trecho de circulação e, inclusive, instruções especiais e especificações para operação dos trens na malha da Ferrovia e ferrovias de intercâmbio. 3.69. PUNHO REMOVÍVEL Ferramenta utilizada para abertura e fechamento de torneiras do enca- namento geral. 3.70. RÁDIOMANUTENÇÃO Estrutura com funcionamento ininterrupto, cuja responsabilidade é dar suporte às equipes de manutenção de campo da malha ferroviária. 3.71. RÁDIOMECÂNICA / CCO MECÂNICA / CCM Estrutura com funcionamento ininterrupto, cuja responsabilidade é orientar os Maquinistas na execução de atividades para a recuperação do material rodante em eventual ocorrência de falha. 3.72. RONDA Colaborador ou contratado responsável por executar serviços de inspe- ções através de rondas ao longo da ferrovia, bem como todos os servi- ços de manutenção da superestrutura e infraestrutura da via permanente, cumprir a programação estabelecida pela supervisão, zelando pela produ- tividade, qualidade e segurança. 3.73. ROTA Trecho de linha que um trem venha a percorrer, decorrente de uma licença concedida pelo Controlador de Tráfego. 3.74. SAI (SISTEMA DE ACELERAÇÃO INDE- PENDENTE) Sistema que permite locomotivas em tração múltipla a operarem com OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 32 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 pontos de aceleração diferenciados. Possibilita também a colocação de lo- comotivas comandadas em vazio (isolada) ou até mesmo desligá-las atra- vés da comandante. 3.75. SARGENTO Equipamento de fixação que, junto a um par de talas, é instalado provi- soriamente na linha devido a alguma fratura de trilho e ou solda. 3.76. SHUNT Curto-circuito provocado pela fixação do fio condutor de eletricidade nos trilhos direito e esquerdo de uma determinada linha sinalizada, para garantir a ocupação do circuito de via e impedir o alinhamento de rota so- bre esta. É usado pelas equipes de manutenção de campo somente depois de recebida a autorização do Controlador. 3.77. SINAL Meio de comunicação visual por meio de código de cores, placas ou gestos que regulamentam a circulação dos trens. 3.77.1. SINAIS DE BUzINA DE lOCOmOTIvAS E vEÍCUlOS FERROvIáRIOS Sinal sonoro emitido pela locomotiva ou veículo ferroviário com objetivo de alertar pessoas e/ou animais para a aproximação do trem. 3.77.2. SINAl AUTOmáTICO Sinal cuja mudança de aspecto não depende do comando do Controla- dor de Tráfego. 3.77.3. SINAl AzUl Sinal utilizado para a simples conferência com indicativo de letras abaixo do sinaleiro. C – Indicativo da posição da chave. DET – Indicativo do detetor de descarrilamento, não atuado. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 33ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 H – Indicativo de Hot Box – Hot Wheel 3.77.4. SINAl CONTROlADO Sinal luminoso com comando do CCO. 3.77.5. SINAl CRUzETADO Sinal cujo aspecto deve ser desprezado, devendo essa condição ser re- gida por instruções especiais de circulação. Sinaleiro no qual é fixada uma amarração de duas peças de madeira em forma de cruz à frente do foco, pintadas em cor amarelo refletivo, indicando que a sinalização luminosa apresentada não será respeitada. 3.77.6. SINAl DE BlOqUEIO Sinal que comanda a entrada em um bloco. 3.77.7. SINAl FIxO Qualquer sinal ou placa em local permanente que indica uma condição, afetando a circulação de um trem. 3.77.8. SINAl lUmINOSO (colorido) Sinal fixo, cuja indicação é fornecida pela cor de um ou mais focos lu- minosos. 3.77.9. SINAl mUlTIFOCAl Unidade de sinal na qual cada aspecto é apresentado por sistema óptico distinto. 3.77.10. SINAl REPETIDOR Sinal fixo para aviso prévio de indicação de um sinal de bloqueio, situado à sua frente. 3.77.11. SINAl UNIFOCAl Unidade de sinal na qual todos os aspectos são apresentados por um único sistema óptico. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 34 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.78. SINALEIROS Componentes ferroviários instalados ao lado da via ou em pórticos, des- tinados a exibir os sinais luminosos. 3.78.1. SINAlEIRO AlTO Sinaleiro fixado ao lado da via, que exibe o sinal em mastro. Pode ser de altura média. 3.78.2. SINAlEIRO BAIxO OU ANÃO Sinaleiro que não possui mastro e é fixado diretamente sobre a base. 3.79. SINALIZAÇÃO Conjunto de meios compostos por sinais luminosos, acústicos, manuais e placas, contendo inscrições de letras, algarismos ou símbolos, caracte- rizando situações em que se exige cumprimento de regulamentos e cha- mando atenção para os Operadores de Trens, equipes de manutenção e colaboradores em geral, em favor da segurança, economia e flexibilidade do tráfego ferroviário. 3.80. SINO DE LOCOMOTIVA Equipamentos de formato tradicional, geradores de vibrações sonoras, destinados a alertar sobre a aproximação da locomotiva, a fim de preservar a segurança daqueles que se aproximam da ferrovia. 3.81. SISLOG / TRANSLOGIC Sistema de informações que concentra e operacionaliza as várias ativida- des do planejamento e controle da produção e da execução do transpor- te ferroviário. Abrange desde o planejamento e distribuição da demanda mensal de transporte até a parte operacional propriamente dita, contem- plando toda a operação de transporte (desde a criação de um trem atéa sua chegada na estação de destino). 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 35ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.82. SPEED CONTROL Sistema de indicação visual e sonora do limite máximo de velocidade permitido para trafegar. 3.83. TERMINAL São pontos ligados à malha ferroviária, dotados de um sistema dinâmico composto de infraestrutura e instalações, mediante os quais são realizados carregamentos, descargas e transbordos de mercadorias dos vagões para os meios complementares de dispersão e vice-versa e o armazenamento temporário de mercadorias. 3.84. TOMADA DE JUMPER ELETRÔNICO OU CABO DE CONJUGAÇÃO Equipamento dotado de cabo e tomada de comunicação via rede (CPU), que permite a transmissão de comandos e informações elétricas e mecâ- nicas de locomotivas acopladas, tais como alarmes, rearmes, utilização de buzina, utilização do SAI com comandos independentes por locomotivas, como também a manutenção da carga das baterias nas locomotivas que estiverem apagadas. 3.85. TRAÇÃO DISTRIBUÍDA Formação de trem em que a tração é distribuída, seccionando o trem em blocos, com quantidades de vagões definidas. As locomotivas são distribu- ídas entre estes blocos e são operadas remotamente a partir da locomotiva comandante ou operadas por Maquinistas. 3.86. TRAVADOR ELÉTRICO Dispositivo que permite a movimentação de chaves não comandadas por CTC, somente se forem atendidas certas condições de segurança, de- terminadas pelos circuitos de sinalização. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 36 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.87. TRAVESSÃO Linha diagonal provida de Aparelho de Mudança de Via em ambas as ex- tremidades, permitindo a passagem de um trem de uma linha para outra. 3.88. TREM Qualquer veículo com prefixo definido que circule sobre a via férrea, em trecho sinalizado ou não, cuja movimentação é controlada pelo Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. 3.89. TRIÂNGULO Três linhas ligadas em forma de triângulo por meio de AMVs, permitindo a inversão de veículos ferroviários. 3.90. VEÍCULO FERROVIÁRIO Todo veículo auto propulsor ou não que circula unicamente sobre trilhos. 3.90.1. AUTO DE lINhA Veículo auto propulsionado destinado ao transporte de pessoal na exe- cução de serviços na ferrovia. 3.90.2. CAmINhÃO DE lINhA Veículo ferroviário autopropulsionado destinado ao transporte de pessoal na execução de serviços na ferrovia e de carga não remunerada. 3.90.3. CARRO CONTROlE (Track Star) Equipamento instrumentado para medição de parâmetros relacionados à geometria e à condição de elementos estruturais da via permanente. 3.90.4. DESGUARNECEDORA E DESGUARNECEDORA DE OmBRO DE lASTRO Equipamento destinado à limpeza do lastro, restabelecendo os padrões ideais deste. 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 37ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 3.90.5. ESmERIlhADORA Equipamento de via permanente usado para esmerilhar o boleto do tri- lho, melhorando o contato roda trilho e aumentado sua vida útil. 3.90.6. GUINDASTE FERROvIáRIO Equipamento ferroviário utilizado para elevação de grandes cargas, uti- lizado em atendimentos a acidentes. 3.90.7. lOCOmOTIvA Veículo impulsionado por energia de tração diesel/elétrica e ou elétrica, utilizado para rebocar trens de carga ou de serviço. 3.90.8. RESERvADA 3.90.9. SOCADORA E REGUlADORA Conjunto de equipamentos destinado à manutenção e restabelecimento dos padrões de geometria de via permanente. 3.90.10. vAGÃO Veículo utilizado no transporte, com características distintas, em função do tipo de mercadoria e do processo de carga e descarga. 3.90.11. vAGÃO COm ENGATE FIxO mAROmBA Vagão lastrado, provido de dois engates em cada testeira, que permite tracionar composições com vagões de bitolas diferentes. 3.90.12. vAGÃO COm ENGATE ROTATIvO Vagões cujos engates permitem que sejam descarregados nos viradores, sem a necessidade de desengatá-los. Todos os vagões singelos e duais pos- suem uma bolsa de engate fixo de um lado e uma bolsa de engate rotativo do outro. Quando ligados por barra de união, um lado da barra é fixo e do outro lado é rotativo. 3.90.13. vAGÃO DUAl Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e duas man- OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 38 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 gueiras, com válvula de controle e reservatórios auxiliar e de emergência em apenas um deles, que comanda os freios do outro. 3.90.14. vAGÃO DUPlO Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e uma man- gueira com válvula de controle e reservatórios de ar em ambos os vagões. 3.90.15. vAGÃO ISOlADO Condição de um vagão sem freio, por defeito no sistema ou por ação de alguém que, interrompendo o funcionamento da válvula de freio em virtude de alguma avaria, permite a circulação do vagão em condições especiais. 3.90.16. vAGÃO mADRINhA São vagões com engates rotativos em ambos os lados. 3.90.17. vAGÃO PROTEÇÃO Veículo ferroviário utilizado entre a locomotiva e o primeiro vagão da composição de um trem com produtos perigosos, contendo materiais e equipamentos para os casos de acidentes. 3.90.18. vAGÃO SINGElO São vagões com engate rotativo em um dos lados e fixo do outro lado, com sistema de freio próprio. 3.90.19. vAGÃO TRIAl Unidade tripla de vagões ligados por duas hastes rígidas (maromba) e quatro mangueiras inteiriças entre o vagão principal (central) e os vagões complementares (extremidades), com válvula de controle, válvula vazio- carregado e reservatório de ar. 3.91. VEÍCULO RODOFERROVIÁRIO Veículo projetado para operar tanto sobre trilhos quanto fora dos trilhos. 3.91.1. vEÍCUlO PARA ATENDImENTO À mANUTENÇÃO 3. Definições OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 39ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodovi- ário e ferroviário, utilizado para auxiliar na manutenção de via permanente e eletroeletrônica. 3.91.2. vEÍCUlO PARA ATENDImENTO A ACIDENTES Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodo- viário e ferroviário, dotado de um guindaste, utilizado para o atendimento de acidentes ferroviários. 3.92. VELOCIDADE LIMITADA Velocidade não superior a 50 km/hora, definida para cada trecho em procedimento específico. 3.93. VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA (V.M.A.) Velocidade máxima permitida para um determinado trecho, definida pelas condições da via permanente, material rodante e segurança operacional. 3.93.1. RESTRIÇÃO DE vElOCIDADE Toda e qualquer condição restritiva temporária da via permanente ou material rodante. Para todos os efeitos, uma RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE é considerada uma VMA. 3.94. VELOCIDADE REDUZIDA Velocidade inferior a 30 km/hora. 3.95. VELOCIDADE RESTRITA Velocidade em que o trem deve circular, de maneira a ter condição de PARAR dentro da METADE do campo de visão. A Velocidade Restrita deve ser cumprida até que a frente do trem alcance o ponto determinado. Para trens tracionados por locomotiva(s) a velocidade não pode exceder a 25 km/h. Em nenhum caso a velocidade restrita pode exceder a VMA do trecho.” OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 40 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.1. CONTROLADORES DE TRÁFEGO DO CCO 4.1.1. Operar perfeita e cuidadosamente os equipamentos de controle de cir- culação de trem. 4.1.2. Não permitir o uso de rádio na comunicação operacional que não seja relacionada à circulação do trem e à manutenção, exceto em casos de emergências. 4.1.3. Efetuar rotas para trens, licenças para o trem, liberando sinais e movi- mentando AMVs por meio de comandos elétricos, obedecendo à priorida- de, conforme planejamento da circulação. 4.1.4. Na falha da sinalização, o Controlador de Tráfego deve orientar o Opera- dor de Trens sobre a sua circulação. 4.1.5. Reportar as ocorrências,irregularidades e acidentes ocorridos em seu turno de trabalho para o superior imediato. 4.1.6. Conhecer as condições de circulação dos trens, a capacidade e extensão dos desvios e o perfil da via permanente no trecho por ele controlado. Obrigações 04 OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 41ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.1.7. Estar atento a qualquer não conformidade que ocorra no CTC, comuni- cando imediatamente ao setor competente. 4.1.8. Manter o sistema GHT ou o gráfico manual de trens e a região de con- trole devidamente atualizados. 4.1.9. Manter os AMVs posicionados para a linha na qual o trem vai circular durante um cruzamento de trens. 4.1.10. Não permitir entrada de trem, no trecho por ele controlado, que não esteja nas condições estabelecidas neste regulamento. 4.1.11. Não se ausentar do seu posto de trabalho sem autorização do superior imediato. 4.1.12. Estar atento aos programas de manutenção, otimizando a circulação para o fornecimento do tempo, minimizando o atraso dos trens. 4.1.13. Sinalizar na região de controle e informar aos Operadores de Trens todas as restrições de velocidade causadas por acidentes ou por qualquer outra irregularidade observada na linha e que ainda não estejam protegidas por placas de sinalização. 4.1.14. Antes de autorizar um serviço na via, cancelar todas as rotas com destino ao trecho em manutenção e promover a interdição do trecho na região de controle a ser concedido para manutenção. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 42 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.2. INSPETORES DE OPERAÇÃO DE TRENS OU SUPERVISOR DE TRAÇÃO 4.2.1. Treinar, orientar e inspecionar as equipes em operações ferroviárias, con- dução de veículos ferroviários e regulamentos operacionais, por meio de acompanhamento e orientações. 4.2.2. Elaborar procedimentos para condução dos diversos tipos de trens, in- cluindo os pátios e terminais, visando maior segurança, agilidade e econo- mia na operação. 4.2.3. Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res- ponsabilidade. 4.2.4. Quando solicitado, contribuir para o desenvolvimento e implantação de novas tecnologias, através da participação no desenvolvimento de novos projetos, testes, fornecimento de dados operacionais e análise de novos equipamentos. 4.2.5. Quando solicitado, participar do estudo da causa de acidentes ferroviá- rios, definindo junto aos setores competentes a busca de meios de evitá-los. 4.2.6. Otimizar a operação de trens mediante estudos em simulador de operação. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 43ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.3. OPERADORES DE TRENS 4.3.1. Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control / CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as características do trecho, as localizações das seções de bloqueio, placas quilométricas, placas regulamentares, AMVs, travadores elétricos, detetores de descarri- lamento e pontos de Hot Box. 4.3.2. Saber realizar corretamente o engate e desengate de veículos ferroviá- rios, posicionar torneiras, fazer revistas de trens, efetuar acoplamentos e desacoplamentos, substituir mandíbulas e mangueiras e executar qualquer outro tipo de tarefa inerente à sua função, desde que devidamente trei- nado e munido de EPIs. Quando autorizado pelo Controlador de Tráfego, fazer a operação manual dos AMVs, travadores elétricos e demais equipa- mentos pertinentes à função. 4.3.3. Fazer manobras nos pátios e terminais. 4.3.4. Fornecer as informações solicitadas pelo CCO/Agentes de Estação e/ou Manobradores e área de manutenção, com precisão e o máximo de deta- lhes possível. 4.3.5. Cumprir as instruções da área de manutenção, CCO, Agentes de Estação e/ou Manobradores. 4.3.6. Durante a circulação, manter-se atento e dar imediato conhecimento ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local de qualquer irregularidade observada no seu trem, na linha, no ATC na sinalização de OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 44 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 campo, no meio ambiente e outros que, por ventura, possam afetar o patrimônio das ferrovias ou pôr em risco vidas humanas. 4.3.7. Durante os cruzamentos de trens, manter o canal do rádio no modo SCAN, observar a outra composição que está passando, informando ao Operador de Trens do outro trem ou Controlador de Tráfego Central ou ao Controlador de Tráfego Local qualquer anormalidade verificada. 4.3.8. Independente da informação do Controlador de Tráfego sobre cruza- mentos ou restrições de velocidades, o Operador de Trens não está isento do cumprimento da sinalização de campo. 4.3.9. Uma vez informado do local de cruzamento, o Operador de Trens que receber sinal de partida neste pátio, sem cruzar com o outro trem, deve contatar imediatamente com o Controlador de Tráfego para obter novas informações. 4.3.10. Respeitar todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de bor- do, sendo absolutamente proibido isolar ou criar situações que possam anular a função destes dispositivos, exceto em situações especiais quando devidamente autorizado pela área de manutenção. 4.3.11. Comunicar ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local a presença de clandestinos no trem. 4.3.12. Não permitir o acesso de pessoas não autorizadas no trem. Informar ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local a quantidade de pessoas presentes no trem. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 45ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.3.13. Ao término da jornada de trabalho, o Operador de Trens deve deixar o(s) equipamento(s) (trens de serviços) em lugar seguro e devidamente trancado. 4.3.14. Caso ocorra alguma anormalidade que não permita o cumprimento das instruções do Controlador de Tráfego, o Operador de Trens deve comunicar imediatamente a este para receber novas instruções. 4.3.15. Receber a documentação ao assumir o trem e garantir sua guarda ao longo do percurso do trem. Na estação de destino do trem deve entregar a documentação ao Agente de Estação ou Chefe de Pátio. Quando não houver estação aberta, é sua responsabilidade entregar a documentação ao cliente / terminal / outra ferrovia. 4.3.16. A equipagem do trem deve confirmar entre si os aspectos dos sinais observados durante a circulação do trem, exceto nos casos de monocon- dução. 4.3.17. Nas trocas de Maquinistas em trens e somente nos trechos controlados pelo CCO, é obrigatório o repasse e a solicitação de todas as informações referentes ao trem, licenciamento e precauções existentes. Essas informa- ções serão registradas em documento definido em procedimento especí- fico, exceto quando houver registro informatizado a bordo do trem. Em pátios, terminais ou trechos controlados por Agente de Estação, o mesmo deverá ser acionado sempre que for necessária a circulação do trem. 4.3.18. O Operador de Trens deve inspecionar frequentemente seu trem en- quanto ele estiver em movimento, atento a sinais e indicações de defeitos na via e no trem, especialmente em trechos de curvas. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 46 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.3.19. No caso de o Operador de Trens sentir-se sonolento ou indisposto, não deverá conduzir trens e deverá notificar o controle de tráfego do local para as devidas providências. 4.4. AUXILIARES DE MAQUINISTAS 4.4.1. Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control / CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as caracterís- ticas do trecho, as localizações das placas quilométricas, placas regula- mentares, AMVs, travadores elétricos, detectores de descarrilamento e pontos de Hot Box. 4.4.2. Auxiliar a operação e manobra de trens e locomotivas, mediante ospro- cedimentos adotados. 4.4.3. Revistar locomotivas e vagões para a verificação de sua condição de operação. 4.4.4. Conduzir trens quando em treinamento, sob orientação e supervisão de Maquinista Monitor ou Inspetor de Operação de Trens/Supervisor de Tração. 4.4.5. Inspecionar frequentemente seu trem enquanto esteja em movimento, atento a sinais e indicações de defeitos na via e no trem, especialmente em trechos de curvas. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 47ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.4.6. Estar atento à sinalização, comunicação e licenciamento, verificando junto ao Maquinista as condições de condução do trem. 4.5. RESERVADA 4.6. AGENTES DE ESTAÇÃO, CHEFES DE PÁ- TIOS, MANOBRADORES, OPERADORES DE PRODUÇÃO DE PÁTIO E TERMINAL 4.6.1. Conhecer a localização exata e manuseio dos AMVs, travadores elétricos, extensão e capacidade das linhas e demais características de seu pátio ou terminal. 4.6.2. Cumprir as programações da operação, acompanhar as entradas e saí- das de trens de seu pátio e supervisionar as manobras, programando com antecedência as manobras das composições de trens. 4.6.3. Manter controle atualizado dos trens e vagões existentes em seu pátio, bem como dentro dos marcos correspondentes, de forma que possa for- necer informações precisas, sempre que solicitado. 4.6.4. Manter atualizado no sistema o registro de chegada e partida dos trens e manobras, toda movimentação e eventos de locomotivas e vagões e or- denação das composições, sob sua responsabilidade. 4.6.5. Observar a passagem do trem pelo seu pátio sempre que os locais pos- sibilitem sua visualização, comunicando imediatamente ao Controle de OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 48 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local qualquer anormalidade nele observada. 4.6.6. Não se ausentar do seu posto de trabalho sem notificar o Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. 4.6.7. Efetuar engate e desengate de trens, posicionar torneiras, efetuar liga- ções de mangueiras de acoplamento, substituir mangueiras de acoplamen- to, operar travadores elétricos, movimentar AMVs e fazer teste de cauda. 4.6.8. Informar qualquer ocorrência de vagão para a Rádiomecânica quando não houver um posto de inspeção mecânica para atendimento. 4.6.9. É responsabilidade do Agente de Estação organizar a documentação do trem e entregá-la à equipagem do trem. Na estação de destino do trem, entregar a documentação ao cliente / terminal / outra ferrovia. 4.7. COLABORADORES DAS EMPRESAS CON- TRATADAS PARA SERVIÇO NAS FERROVIAS 4.7.1. Somente colaboradores previamente habilitados e autorizados pelas fer- rovias podem dirigir-se diretamente ao Operador de Trens para qualquer solicitação, no trecho em manutenção ou obras. 4.7.2. Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego qualquer anorma- lidade que ocorrer no trecho em obra ou manutenção, ou com um trem que estiver circulando neste trecho. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 49ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.7.3. Comunicar, em tempo hábil, ao Controle de Tráfego Central, todas as alterações sobre o programa dos trens destinados aos serviços a serem por eles executados. 4.7.4. Manter atualizada toda a sinalização gráfica auxiliar do trecho em obras ou manutenção, a qual é de sua inteira responsabilidade. 4.7.5. Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais opera, no trecho em obras ou manutenção, para evitar acidentes. 4.7.6. É proibido efetuar manutenções de campo em locomotivas, vagões, ele- troeletrônica e via sem a devida autorização do Controle de Tráfego Cen- tral, Controle de Tráfego Local ou Rádiomecânica. 4.8. CENTRO DE FORMAÇÃO DE TRENS 4.8.1. Estabelecer o prefixo dos trens, programando nos sistemas todas as ati- vidades previstas para circulação dos trens, possibilitando à estação o pla- nejamento das manobras. 4.8.2. Efetuar serviços referentes ao tráfego de carga geral, obedecendo às leis ambientais e físicas. 4.8.3. Cumprir a programação de formação dos trens, de acordo com a grade e prioridades estabelecidas, otimizando os recursos necessários. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 50 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.8.4. RESERvADA 4.8.5. Interagir permanentemente com pátios/terminais, escalas, CCO e área de manutenção. 4.8.6. Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais as ferrovias operam. 4.8.7. Elaborar programação de trens com circulação especial, em conjunto com as áreas de operação e manutenção. 4.8.8. Controlar o movimento de vagões em geral - bons, com restrições e avariados. 4.8.9. Fazer distribuição de vagão, conforme a programação de transporte e atendimento às necessidades de ajuste da programação. 4.8.10. Monitorar os percursos e os tempos de permanência de vagões e trens em operação. 4.8.11. Executar a distribuição de locomotivas para os trens e para revisão/ma- nutenção. 4.8.12. Programar o retorno das locomotivas e vagões avariados para a oficina, determinando o melhor trem em que estes devem ser anexados. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 51ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.8.13. Definir as atividades dos trens, observando e orientando o destino de acordo com o itinerário a ser percorrido, e inserir os dados em sistema. 4.8.14. Disponibilizar diariamente a programação de trens, através de sistemas, para que as áreas envolvidas preparem os recursos e manobras necessárias. 4.8.15. Definir e alocar locomotivas e vagões para atendimento a trem, levando em consideração o perfil e quadro de tração. 4.8.16. Programar o abastecimento das locomotivas, levando em consideração a distância a ser percorrida até o próximo ponto de abastecimento, através de consulta em sistema. 4.8.17. Manter atualizada a programação de locomotivas, através de consultas e digitação de dados no sistema. 4.8.18. RESERvADA 4.8.19. Monitorar a formação ideal de trens nos pátios de acordo com os pro- cedimentos específicos. 4.8.20. Acompanhar a aderência da grade de trens, elaborar relatórios de desem- penho e propor as alterações necessárias. 4.8.21. Verificar, informar e tomar ações, quando ocorrer paradas de trens não programadas, zelando para o cumprimento do transit-time do trem. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 52 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.8.22. Garantir que a frota de vagões destinados ao transporte de Produtos Perigosos não sejam destinados para quaisquer outros fins, sem antes so- frerem completa limpeza e descontaminação, conforme prevê o artigo 5.º, § 1º , § 2º e § 3º do Decreto nº. 98.973 - Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos. 4.8.23. Somente destinar para carregamento de produtos perigosos vagões classificados nas frotas para tal finalidade. 4.9. ANALISTAS DO CCO 4.9.1. Planejar, Orientar e monitorar a execução da circulação de trens e ma- nutenções na via. 4.9.2. Administrar recursos necessários para atendimento a acidentes. 4.9.3. Interagir com os pátios, adequando à entrada/partida das composições. 4.10. TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO (RADIO- MECÂNICA) 4.10.1. Atender às prioridades do CCO. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 53ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.10.2. Fornecer aos Maquinistas o apoio técnico necessário para o reparo de pequenas avarias e defeitos ocorridos durante a viagem, orientando-os sobre os possíveis riscos. 4.10.3. Monitorar o movimento de locomotivas e vagões avariados, para agilizar o atendimento no trecho ou nas oficinas. 4.10.4. Monitorar os equipamentos de HOT BOX e HOT WHEEL e passar imedia- tamente ao Coordenador do CCO as anomalias no material rodante, para queeste tome as devidas providências em relação ao tráfego ferroviário. 4.10.5. Registrar quaisquer irregularidades ocorridas com os vagões e locomoti- vas e fornecer essas informações às oficinas e atendimentos volantes, bem como aos Centros de Formação de Trens. 4.10.6. Conhecer todas as características técnicas das locomotivas, bem como suas respectivas capacidades de tração. 4.11. INSPETORES DE PÁTIOS OU LÍDER DE PÁTIO 4.11.1. Treinar e orientar os Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobrado- res e Operadores de Produção nos procedimentos e sistemas. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 54 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 4.11.2. Habilitar Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobradores e Opera- dores de Produção para o exercício de sua função, ministrando cursos e aplicando testes teóricos e práticos. 4.11.3. Executar, quando necessário, as atribuições definidas para Agentes de Estação e Chefes de Pátios, por meio de conhecimento prévio das ativida- des da função. 4.11.4. Elaborar procedimentos para operação de pátios e terminais visando maior segurança, agilidade e economia na operação. 4.11.5. Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res- ponsabilidade. 4. Obrigações OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 55ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 O processo de comunicação estabelecido para a operação e manutenção ferroviária deve ser feito com a utilização dos meios de comunicação dis- poníveis e em conformidade com as regras e padrões deste regulamento. 5.1. MEIOS DE COMUNICAÇÃO DISPONÍVEIS Os meios de comunicação disponíveis para uso na operação ferroviária são: rádio, satélite, telefonia convencional e telefonia celular, e, devem ser utilizados conforme descrição abaixo. 5.1.1. RáDIO A) Os rádios utilizados nas operações e nas manutenções ferroviárias somente podem ser operados por colaboradores ou terceirizados devidamente treinados e habilitados, visando garantir o padrão de comunicação. B) Os rádios são utilizados para o controle da circulação de trens, de manobras e de manutenções realizadas em trechos da via férrea. C) Os rádios devem ser testados antes de entrarem em operação. O teste de rádio consiste em fazer uma troca de mensagens com outro rádio para verificar a clareza e a qualidade nas transmissões nas se- guintes situações: 1. No canal de tráfego entre o Operador de Trens e o Controlador de Tráfego: durante a formação do trem ou no restabelecimento das comunicações quando da falha do rádio. 2. No canal de manobra entre o Operador de Trens e o Manobra- dor/Operador de Produção: quando o rádio entrar para ser usado nas manobras (a cada substituição de rádio ou troca de bateria). 3. Em outras situações nas quais devam ser verificadas a clareza e qualidade nas transmissões. D) As ordens de movimentação via rádio devem ser dadas diretamente ao Operador de Trens por quem está orientando as operações, sendo proibido retransmitir ordens de movimentação. Comunicação05 OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 56 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 E) No caso de o equipamento de rádio apresentar defeito ou interrupção nas comunicações durante as operações de manobra, a movimentação deve ser interrompida imediatamente, não podendo ser retomada sem autorização dada por sinais manuais, ou antes de serem restabeleci- das as comunicações por rádio. As transmissões devem ser constantes e qualquer corte na comunicação deve ser considerado sinal de PARE. F) Quando se utiliza o rádio para dirigir o movimento de um trem ou veículo ferroviário, os Operadores de Trens devem compreender, com toda a exatidão, quais são as ordens transmitidas, mediante o uso do rádio. No caso de falta de comunicação durante movimentos de recuos, devem parar na metade da distância especificada na última mensagem. G) Durante as operações de manobras através do uso do rádio, não se farão sinais manuais, salvo os sinais de PARE, quando for necessário parar a movimentação. H) Os canais empregados na comunicação via rádio são descritos a seguir. 5.1.1.1. CANAl DE TRáFEGO Utilizado para comunicação entre Controladores de Tráfego e Operado- res de Trens que circulam na malha, entre Controladores de Tráfego e equi- pes de manutenção na malha e entre Controladores de Tráfego e estações, tendo canais distintos para cada trecho. O Operador está autorizado a trocar para a faixa de manobra e fazer contato com o Agente de Estação ou Operador de Escala, sem autorização do Controlador de Tráfego, por um período máximo de dois minutos. O Controlador de Tráfego fará contato com o Agente de Estação, via rádio ou telefone, caso haja necessidade de transmitir uma mensagem de emer- gência ao trem. 5.1.1.2. CANAl DE mANOBRAS A) Utilizado entre Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobradores, Operadores de Produção, Operadores de Trens e equipes de manu- tenção, para a realização de manobras, tendo canais definidos para cada pátio, estação/terminal ou trecho. B) Utilizado durante o auxílio de trens. C) Nas mensagens enviadas através desse canal, que determinam movi- mento de trens, sempre devem ser fornecidos o sentido e a distância. 5. Comunicação OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 57ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 5.1.1.3. CANAl DE mANUTENÇÃO. A) Utilizado pela equipe de manutenção da malha para falar entre si e com suas bases no CCO. B) Utilizado também para comunicação entre os Operadores de Escala e os Maquinistas ao longo da malha. 5.1.1.4. CANAl DA RáDIOmECÂNICA Utilizado para comunicação entre Técnicos da Rádiomecânica, Maqui- nistas e equipes de manutenção de material rodante. 5.1.2. RESERvADA 5.1.3. TElEFONIA CONvENCIONAl Somente deve ser utilizada para comunicação das equipes de campo com o CCO, no caso da impossibilidade da comunicação via rádio. Essa comunicação deve ser gravada. 5.1.4. TElEFONIA CElUlAR Somente deve ser utilizada para comunicação das equipes de campo com o CCO, no caso de impossibilidade de comunicação via rádio ou tele- fonia convencional. Essa comunicação deve ser gravada. 5.1.5. RESERvADA 5.2. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Para se obter uma comunicação perfeita, algumas regras básicas devem ser observadas. Essas regras são clareza, objetividade, brevidade. 5.2.1. DIálOGO (ChAmADA NORmAl) 5.2.1.1. O diálogo a ser travado entre os interlocutores tem que ser transparente e sucinto e deve garantir o controle da circulação dos trens, manobras e manutenções. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 58 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 5.2.1.2. Deve-se parar o movimento do trem até que a comunicação seja com- preendida pelo Operador de Trens. Para que a comunicação seja perfeita, principalmente a utilizada no CANAL DE TRÁFEGO, torna-se necessário que o assunto chave tenha começo, meio, fim e, principalmente, que não haja distorções. Portanto, ao iniciar um diálogo, é necessário ater-se ao assunto, na certeza de que os objetivos serão alcançados. 5.2.2. ChAmADA DE EmERGêNCIA 5.2.2.1. Em caso de emergência, a comunicação deve ser iniciada com a palavra EMERGÊNCIA, repetida por três vezes. 5.2.2.2. Ao ser pronunciada a palavra EMERGÊNCIA, os demais usuários do sis- tema devem interromper qualquer comunicação e dar prioridade, no uso do rádio, para a chamada de EMERGÊNCIA. 5.2.2.3. A palavra EMERGÊNCIA deve ser usada quando a segurança dos colabo- radores, particulares ou do patrimônio das ferrovias estiver comprometida por situações alheias à normalidade da circulação ou da operação. Todos os colaboradores devem dar prioridade ao atendimento de qualquer cha- mada de emergência. 5.2.3. PADRONIzAÇÃO DAS COmUNICAÇÕES 5.2.3.1. Antes de iniciar a conversação, certificar-se de que o canal não esteja sendo utilizado. 5.2.3.2. Os colaboradores que transmitirem ou acusarem a recepção de uma comunicaçãode rádio devem iniciar a conversação com a devida identifi- cação, informando os seguintes dados: 5. Comunicação OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 59ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 A) Transmissão ou recepção em local fixo: nome da ferrovia, nome da estação ou local. B) Transmissão ou recepção em unidades móveis: nome da ferrovia, nome do Operador de Trens, prefixo completo do trem, localização, independente da ordem. 5.2.3.3. Todas as autorizações via rádio que digam respeito à operação de trens e concessão de serviços somente podem ser executadas depois de recebi- das e entendidas, devendo ser, obrigatoriamente, repetidas na íntegra por quem está recebendo a comunicação. Havendo dúvida, solicitar repetição da mensagem. 5.2.3.4. Para indicar ao colaborador receptor que após a transmissão aguarda-se uma repetição ou resposta, o colaborador deve dizer “CÂMBIO”. Sempre que uma transmissão envolver informações de autorizações, estas devem ser repetidas na íntegra após o “CÂMBIO” de quem concedeu a autorização. 5.2.3.5. Para indicar ao colaborador receptor que as transmissões foram concluí- das e não há necessidade de repetir ou responder, o colaborador transmis- sor deve dizer “CÂMBIO FINAL”. 5.2.3.5.1. Todo diálogo no Canal de Tráfego deve ser terminado pelo Controlador de Tráfego com as palavras “CÂMBIO FINAL”, indicando aos demais usuá- rios do sistema o final de uma transmissão. 5.2.3.6. Todos os equipamentos de comunicação em operação devem permane- cer ligados e com volume ajustado e sintonizado no canal correspondente ao serviço, para que todas as chamadas sejam ouvidas e respondidas de imediato. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 60 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 5.2.3.7. Operadores de Trens e responsáveis pelo controle de circulação devem trocar mensagens de acordo com a necessidade do serviço, destacando alguns pontos, como os exemplos abaixo: A) Observar posição de AMVs. B) Operar manualmente AMVs. C) Determinar a velocidade (ordens de avanço de sinal). D) Verificar anormalidades na via ou no entorno desta. E) No caso de auxílio de trens, identificar trem à frente e mudar para o canal de manobra correspondente. 5.2.3.8. Durantes as operações de manobras e na continuidade da comunica- ção, o colaborador habilitado que está orientando a manobra deve sempre mencionar o nome do Operador de Trens, ou o número da locomotiva ou o prefixo do trem, para não deixar em dúvida a quem se destina a comu- nicação. 5.2.3.9. Toda e qualquer ordem do Controlador de Tráfego se sobrepõe a qual- quer aspecto de sinal luminoso. 5.3. USO E ZELO DOS EQUIPAMENTOS DE CO- MUNICAÇÃO 5.3.1. Os equipamentos de comunicação somente podem ser usados por co- laboradores das ferrovias ou de empresas contratadas ligadas à operação, manutenção ou segurança patrimonial. 5.3.2. Os Colaboradores são responsáveis pelo zelo, uso, conservação e guarda dos equipamentos. 5. Comunicação OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 61ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 5.3.3. Nenhum colaborador pode transmitir falsas comunicações de emergên- cia, mensagens desnecessárias, nem utilizar linguagens obscenas, gírias ou brincadeiras, o que constitui falta grave. 5.4. RESERVADA 5.5. GRAVAÇÃO DE CANAIS Todos os rádios utilizados nas operações e manutenção devem ter os ca- nais gravados e arquivados em sistema de gravação, pelo período mínimo de um mês. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 62 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 6.1. SINAIS POR PLACAS Sinalização fixada na posição vertical contendo inscrições de letras, al- garismos e/ou símbolos, evidenciando situações em favor da segurança e flexibilidade do tráfego. A) Placas de sinalização com dizeres, número ou símbolos devem ser colocadas ao longo da linha para normatizar a operação dos trens. B) A parada dos trens em placas de sinalização que determinam PARA- DA ABSOLUTA deve ser efetuada a, no mínimo, 50 metros do local onde se encontra fixada a referida placa e deve ser imediatamente comunicada ao Controlador de Tráfego. Também deve ser informado ao Controlador de Tráfego o horário de saída do local. C) Reservada D) As placas de sinalização são colocadas sempre do lado direito da li- nha, obedecendo-se o sentido de circulação. Em caso de linha dupla e na impossibilidade de colocação na entrevia, as placas devem ser colocadas em ambos os lados. E) Caso seja constatado erro no posicionamento da placa (lado errado do sentido de circulação), o Operador de Trens deve respeitá-la e co- municar-se com o Controlador de Tráfego imediatamente, relatando a ocorrência. F) As placas de sinalização que não indiquem uma condição de inspe- ção/manutenção corretiva ou preventiva (de via ou de mecânica), somente podem ser instaladas nas vias pelas equipes de manutenção da via permanente. 6.1.1. CATEGORIAS E CARACTERÍSTICAS DAS PlACAS Cinco categorias de placas de sinalização são utilizadas para controlar a circulação dos trens: A) Placas de Regulamentação: são aquelas que trazem informações de caráter regulamentar ou determinam atuações explícitas dos Opera- dores de Trens no momento da passagem do trem pela placa. Sinalização 06 OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 63ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 B) Placas de Advertência: são aquelas que informam ao Operador de Trens sobre uma condição na via que exige precaução ou o cumpri- mento de procedimento específico. C) Placas de Indicação: são aquelas que contêm informações de utilida- de para a operação dos trens. D) Placas de Obras: são aquelas que informam ao Operador de Trens sobre uma condição na via que exige precaução ou o cumprimento de procedimento específico. E) Placas de informação: placas não descritas neste regulamento, de uso específico, que não estabelecem velocidades e não conflitam com as demais placas padronizadas neste regulamento. Quanto ao tempo de permanência na via, as placas podem ser: 1) Permanentes: placas cuja localização e utilização em determinado ponto da via férrea é definitiva. 2) Temporária: placas cuja utilização em determinado ponto da via fér- rea somente é necessária enquanto durar a restrição operacional ou a execução de serviços pelas equipes de manutenção. A relação das placas de sinalização encontra-se no Anexo 1. 6.1.2. USO DE PlACAS Em RESTRIÇÕES DEFINIDAS PElAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA vIA A placa de regulamentação REASSUMA VELOCIDADE deve conter jun- tamente no mesmo mastro (suporte) uma placa de indicação informando o comprimento dos trens que estão autorizados a reassumir a velocidade para o trecho a partir da referida placa. A placa de indicação com o com- primento do trem visa garantir que os trens com comprimento igual ou menor ao constante na placa de indicação reassumam a velocidade do trecho após a cauda do trem ter saído da área de restrição. 6.1.2.1. Outras placas de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE com a placa de indicação de comprimento de trem podem ser afixadas no trecho, em dis- tâncias que garantam a saída completa do trem da área de restrição. Essas dis- tâncias são de 250 metros, 600 metros, 1200 metros e assim sucessivamente em frações de 600 metros. A quantidade e as distâncias dessas placas devem prever a retomada de velocidade do maior trem circulando naquele trecho. OPERAÇÕES REGULAMENTO DE FERROVIÁRIAS 64 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 6.1.2.2. Ao final da área de restrição deve ser afixada a placa de FINAL DE RES- TRIÇÃO e após, nas distâncias determinadas, as placas de REASSUMA VE- LOCIDADE. 6.1.2.3. Trens circulando com comprimento maior que os indicados nas placas de indicação devem manter a restrição de velocidade até encontrar outra pla- ca de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE, juntamente com uma placa de indicação informando um comprimento
Compartilhar