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[resumo][anotação][medvet] Boas Práticas em Biotério - conceitos, equipamentos e mecanismos, técnicas de limpeza, desinfeccao e antissepsia em instalacoes

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Boas Práticas em Biotério 
 
Conceitos e práticas gerais 
Equipamentos e mecanismos de proteção individual e coletiva 
Técnicas de limpeza, desinfecção e antissepsia em instalações 
 
 
Conceito 
 
Biotérios são instalações capazes de produzir e 
manter espécies animais destinadas a servir como 
reagentes biológicos em diversos tipos de ensaios 
controlados. Os projetos do biotério devem ser 
estabelecidos em função do plano de produção ou 
de necessidades de utilização de animais. 
 
Ou seja, precisamos estabelecer requisitos quanto 
à organização funcional, especial e construtiva 
desses prédios, sempre pensando nas 
necessidades do animal. 
 
Tipos de Modelos animais 
 
• Animais silvestres; 
• Animais domésticos; 
• Animais de laboratório. 
 
1. Animais silvestres 
Exemplos de biotérios: Fiocruz, Butantã; 
Exemplos de animais: primatas, iguanas. 
 
Vantagens: 
• Avaliação da frequência de uma doença na 
natureza; 
• Animais expostos ao ciclo natural da 
doença; 
• Avaliação da patogenicidade de um agente 
no seu ambiente natural. 
 
Desvantagens: 
• Informações escassas sobre várias 
espécies; 
• Dificuldade de manutenção desses 
animais em laboratório; 
• Portadores potenciais de agentes 
patogênicos e zoonoses, como os primatas 
• Comportamento agressivo: 
Ainda que um animal silvestre não seja 
extremamente agressivo, ele ainda é um animal 
não domesticado; por isso, deve-se ter um 
cuidado redobrado. 
• Risco de extinção da espécie: 
Via de regra, não se retira um animal da natureza 
para ser colocado em um biotério. Mas isso pode 
acontecer como, por exemplo, em problemas 
endêmicos que assolem uma nação inteira a partir 
de uma espécie. 
Nesse caso, é solicitada uma autorização ao 
IBAMA para ser feito um biotério com alguns 
exemplares. A reprodução desses animais pode 
ser realizada também sob autorização, mas é raro. 
 
Lembrando que, uma vez no biotério, o animal não 
retorna para a natureza. 
 
2. Animais domésticos 
 
Exemplos de animais: cães e gatos 
 
Vantagens: 
• Vivem em ambiente semelhante ao do 
homem; 
• Muitas informações sobre as espécies; 
• Controle sobre o animal; 
• Docilidade. 
 
Os primeiros testes em caninos já eram realizados 
com beagles. Isso significa que a fisiologia deles 
já é extremamente conhecida e muito bem 
descrita. Por isso é uma raça amplamente 
utilizada. 
 
Desvantagens 
• Difícil manutenção em virtude de alto custo 
São animais que precisam estar com a saúde 
plena: ração premium/super premium, vacina, 
banho... tudo isso é dispendioso. 
• A utilização para outras finalidades 
inviabiliza o emprego em experimentação. 
 
3. Animais de Laboratório 
 
Espécies utilizadas: 
• Cães 
• Gatos 
• Primatas 
• Aves 
• Ratos 
• Camundongos 
• Cobaias (porquinho-da-índia) 
• Insetos 
 
Espécies Convencionais: 
• Ratos 
• Camundongos 
 
• Hamster 
• Cobaias 
• Coelhos 
 
Vantagens das espécies convencionais: 
• Fácil manutenção, manejo e observação; 
• Padronização do ambiente; 
• Pequeno porte; 
• Docilidade; 
• Grande amostragem; 
• Ciclo reprodutivo curto; 
• Fisiologia conhecida; 
• Padronização genética. 
 
Ratos e camundongos vivem em ambientes de 
temperatura padronizada mundialmente, o que se 
torna extremamente vantajoso. 
 
Desvantagens 
• Vivem em ambiente totalmente artificial; 
• Dieta padronizada; 
• As doenças são artificialmente induzidas 
na grande maioria dos experimentos 
(diferentemente do que ocorre em animais 
silvestres, por exemplo). 
 
Classificação dos biotérios 
 
• Quanto a finalidade 
1. Criação 
2. Manutenção 
3. Experimentação 
 
• Quanto a condição sanitária 
- Exige controle microbiológico 
- Não exige controle microbiológico 
 
• Quanto a condição genética 
 
Quanto a finalidade 
 
1. Criação 
Responsável pela manutenção das matrizes 
reprodutoras da espécie em questão. 
São casais que produz os filhotes e esses filhotes 
são encaminhados de acordo com quem solicita. 
 
Objetivos: 
• O estado de saúde mental do animal 
• Genética adequada e de acordo com o 
propósito 
• Manuseio – docilidade 
Alimentação 
Ambiente adequado 
 
2. Manutenção 
Adaptação do animal em cativeiro. Por exemplo: 
um cientista compra 15 animais. Esses animais 
vão sair do biotério de criação e irá para a sala de 
manutenção. O animal ficará nela até que seja 
encaminhado para sua finalidade. 
 
3. Experimentação 
É onde ocorre o experimento propriamente dito. 
Não pode haver criação dentro de biotérios de 
experimentação a não ser que, obviamente, a 
finalidade do estudo seja relacionada a procriação. 
Fora isso, não se recomenda a mistura dos dois 
tipos de biotério porque há grandes riscos de 
contaminação. 
 
Proporciona o experimento através da 
padronização do ambiente, alimentação e manejo 
devido. Envolve uma edificação específica e rotina 
de trabalho bem definida. 
 
Recomendações: 
Biotério de criação e experimentação devem 
contar com estrutura física e pessoal 
independentes. Pessoas não podem circular 
livremente nesses dois espaços. 
 
Antes de um animal entrar na criação, é 
importante que seja feita uma quarentena 
 
Antes de um animal entrar na experimentação, é 
importante que seja feita uma aclimatação de, em 
média, 15 dias para deixar os animais tranquilos. 
 
Instalações 
 
O projeto de instalação precisa atender as 
recomendações para criação, manutenção e 
necessidade de cada espécie animal. É 
necessário ter conhecimento dos: 
 
• Ocupantes da edificação: quem é o 
pessoal permanente, visitante, da limpeza 
e da manutenção; 
• Não ocupantes da edificação: 
construtores, administradores, vizinhos 
(fábricas, hospitais); 
• Ocupantes não humanos: animais, 
vegetação e equipamentos. 
 
Exigências dos usuários 
• Segurança 
• Conforto 
• Pureza do ar 
• Adaptabilidade ao uso 
• Durabilidade 
• Higiene 
• Economia 
 
Necessidades dos usuários 
• Alimentação 
• Higiene 
 
• Lazer 
 
Escolha do local 
 
Deve: 
• Haver possibilidade de ampliação 
 
Não deve: 
• Possuir fontes poluidoras (ruídos, 
aerossóis); 
• Haver criação/experimentação de 
espécies diferentes em um mesmo 
ambiente 
 
Estrutura física 
 
Composta por: 
1. Sala de animais 
2. Corredor de distribuição (“limpo”) 
3. Corredor de recolhimento (“sujo”) 
 
 
 
As áreas de manutenção dos animais ficam no 
centro. O ideal é que elas possuam duas portas 
para que não seja feito o mesmo de entrada e 
saída; Fluxo unilateral. 
 
Diretrizes para construção 
 
Corredores: 
• Amplos (com no mínimo 1,5m de largura) 
• Espaço suficiente para movimentação de 
equipamentos e pessoas 
 
 
 
 
 
Portas: 
• De preferência metálicas (Não podem ser 
de madeira porque ela cede e perde o 
ajuste, além de absorver produtos 
químicos); 
• Ajuste perfeito e que facilitem a passagem 
de equipamentos e materiais 
• Identificadas 
• Dependendo do produto que está dentro, 
deve ser ventilada, exceto se der acesso 
aos animais. 
• Portas ideais devem ter janelas 
 
Parede: 
• Impermeável 
• Lisa e sem fendas ou ângulos 
• Não deve propagar ruídos 
• Não é aconselhável revestimento de 
cerâmica (azulejado) por causa das frestas 
do rejunte 
 
Piso: 
• Impermeável 
• Não absorvente 
• Resistente a agentes químicos 
 
Teto: 
• Concreto plano, sem fundo falso 
• Revestimentos iguais ao da parede 
 
Janelas 
• Proibidas para roedores (se houver, deve 
ser vedada) 
 
Drenagem (esgoto) 
• Piso deve ser inclinado 
• Observar o diâmetro dos canos de esgoto 
(para garantir que animais de esgoto 
consigam passagem) 
 
Condições ambientais 
 
• Temperatura 
• Umidade relativa 
• Ventilação (10 – 15 troca/h) 
• Luminosidade 
• Ruído (50 – 60d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barreiras Sanitárias 
 
Função: 
Impedir que agentes indesejáveis presentes no 
meio ambiente tenham acesso as áreas dos 
biotérios 
 
Barreiras de proteção: 
Materiais utilizados na construção 
Equipamentos para filtração do ar e esterilização 
de materiais 
 
Tipos: 
1. Internos: higienização das mãos, luvas,óculos, jaleco, sapato; 
2. Externos: telhado, controle de acesso a 
porta, vedação de janelas 
 
Barreiras Sanitárias Físicas 
 
Autoclave 
• Utilizada para esterilização de materiais e 
insumos 
• Esterilização por calor úmido 
• Ciclo indicado: 121 ºC por 20 minutos 
• Materiais: gaiolas, camas (maravalhas), 
uniformes, rações. 
 
Estufa de Esterilização 
• Esterilização de materiais e insumos 
• Esterilização por calor seco 
• Ciclo indicado: mínimo de 180ºC por 60 
minutos 
 
Radiação 
• Destruição do metabolismo dos 
microrganismos através de, por exemplo, 
luz ultravioleta 
• Controlar infecções transmitidas pelo ar 
por possuir baixa penetração 
 
Filtros de ar 
• Reter materiais e/ou substâncias 
indesejáveis 
• Eficiência de retenção de 99,9% de 
partículas maiores que 0,3 micra. 
 
Dependendo do tipo de biotério, se utiliza uma 
barreira física diferente. Não é necessário possuir 
tudo, apenas o que contemple a finalidade do 
biotério. 
 
Barreiras Químicas 
 
Estufa de óxido de etileno: oxida a proteína dos 
seres vivos presentes. Não utilizar na esterilização 
de camas e ração, pois existe o risco de resíduos 
intoxicarem os animais. Não é muito usado. 
 
Tanques de imersão: muito usado. É colocada 
uma solução detergente ou desinfetante em um 
recipiente, submergir o item pelo lado sujo e retirar 
pelo lado limpo. 
é necessário um tempo mínimo de ação e o efeito 
da solução possui ação limitada. Esse tempo varia 
conforme a solução utilizada e o material 
colocado. 
 
Outras barreiras 
 
• Quarentena: realizada sempre que um 
animal passar de uma criação para outra 
• Gradiente de pressão: diferença de 
pressão entre uma sala e outra, impedindo 
contaminações; áreas limpas, que 
requerem maior assepsia, devem possuir 
pressão de ar maior que áreas sujas; 
• Pinças: semelhante a uma pinça dente-de-
rato que serve para pegar ratos e 
camundongos ao invés de utilizar as mãos 
• Filtros para líquidos: filtrar líquidos antes 
de fornecer aos animais 
• Cortinas de ar (costumam ficar embaixo de 
portas) 
• Air Locks: pequenos ambientes com 
pressão positiva ou negativa com o 
objetivo de impedir a penetração ou saída 
de ar um ambiente adjacente. Geralmente 
são colocados entre as sala de animais e 
corredor de recolhimento (“sujo”) em fluxos 
unidirecionais. 
• Higiene pessoal e ambiental 
 
Agentes utilizados na desinfecção 
• Ácido peracético 
• Formaldeído 
• Fenol e compostos 
• Álcoois etílico e isopropílico (muito usado) 
• Quaternário de amônio (muito usado) 
• Hipoclorito de sódio (muito usado) 
• Iodo 
 
Importante: independentemente do método, ele 
deve ser periodicamente comprovado a partir de 
empresas de microbiologia (realizar swab de 
maçanetas, por exemplo, para controlar a 
eficiência dos procedimentos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipamentos, materiais e insumos 
 
Características: 
• Limitar ou evitar o contato entre homem-
animal; 
• Ser fabricado de material impermeável; 
• Ser durável; 
• Ser autoclavável. 
 
Exemplos: 
• Aço inox (gaiolas, tampas, bicos, 
comedouros, bandejas e mesas) – gaiolas 
metabólicas são desse material 
• Gaiolas de plástico (camundongos, ratos, 
cobaias e hamsters) 
• Frascos de plástico (bebedouros) 
• Bebedouros automáticos 
• Suporte de bebedouros 
• Rolhas de borracha 
 
Gaiolas 
 
Características 
• Seguras 
• Permitir a observação do animal 
• Possuir ventilação adequada 
• Fácil limpeza 
• Confortáveis 
• Fácil acesso a alimento e água 
• Limitar ou evitar o contato animal-homem 
• Fabricada de material resistente 
• Sem bordas do lado de dentro, para evitar 
que os animais se machuquem 
• Desenhada e gabricada a fim de facilitar o 
manuseio e manutenção 
• Durável 
• Autoclavável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos para roedores 
• “caixa de sapato” – indicada mais para 
filhotes 
• Suspensas 
• De metabolismo/metabólica: ocorre a 
separação da urina e fezes. O animal não 
pode se manter nela por mais que 7 dias 
consecutivos. 
• De grupo 
• De transporte: são branco-leitosas e 
possuem a tampa com ventilação. 
Importantes para que o animal são sofra 
tanto estresse ao ser transportado, pois 
não consegue visualizar o ambiente 
externo, mas ainda recebe iluminação. 
• De atividades 
• De inalação 
• De recuperação 
 
Tipos de Alojamento 
 
• Manter os animais limpos e secos 
• Fornecer segurança térmica 
• Espaço suficiente 
• Garantir alimento e água 
 
Insumos 
 
São colocados nas caixas. 
• Ração: adequada, pois gera efeito sobre o 
desenvolvimento do animal, reprodução e 
longevidade 
• Água: livre acesso e esterilizada 
• Cama: livre de contaminantes. Tem a 
finalidade de absorver urina e água (fundo 
sempre seco) e aquecer os animais. 
• Feno: ideal para ninho de coelho e cobaia; 
ideal ser misturado com a cama para 
enriquecimento ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macro e Microambientes 
 
Macroambiente: 
É o que está fora da gaiola. A arquitetura e 
manutenção adequada influenciam diretamente 
no manejo. 
 
Temperatura adequada 
• Pequenos roedores: 21 – 24 ºC 
• Cobaias e coelhos: 18 – 20 ºC 
Dentro da gaiola, essa temperatura pode estar de 
3 a 5 graus acima. 
 
Temperaturas abaixo da referência: afecções 
respiratórias, principalmente em roedores 
Temperaturas acima da referência: queda na 
reprodução; os animais também produzem menos 
ninhos, causando a morte de recém-nascidos. 
 
Mudanças bruscas de temperatura 
• Estresse 
• Queda da resistência 
• Maior suscetibilidade a infecções 
 
Umidade relativa 
45 – 55% 
 
Iluminação 
• Períodos de luz: 12 – 14h a cada 24h 
Luz fria é mais indicada 
 
Ventilação e filtração do ar 
• Controlar a temperatura 
• Diminuir poluentes 
• Número de trocas recomendadas: 10 – 15 
trocar por hora. 
• Filtração ótima: 99,97% e retenção de 
partículas acima de 0,5mm. 
 
Ruído 
• Roedores: especialmente sensíveis 
• Operadores: indicada a utilização de 
protetores de ouvido nas áreas de 
higienização e esterilização. Nível 
aceitável: até 85 dB. 
 
Controle de pragas 
• Controle de roedores silvestres 
 
Microambiente: 
É o ambiente dentro da gaiola ou baia. 
 
Cama: 
• Absorver urina (logo, precisa ser de alta 
absorção) 
• Manter temperatura e materiais para o 
ninho 
• Sem poeira e livre de patógenos e agentes 
químicos 
• Baixo custo 
• Fácil aquisição 
 
Materiais utilizados: maravalha e sabugo de milho. 
 
Densidade Populacional 
Ideal: animal com postura e comportamento 
adequados para a espécie 
 
Odores 
Cuidado na troca e limpeza das gaiolas. Sempre 
que isso ocorre, há a produção de novos 
feromônios. O ideal é que espere o animal se 
adaptar e colocar o seu cheiro antes de realizar 
um experimento, ou ter conhecimento dessa 
informação antes de fazê-lo. 
 
Água e ração 
Trocar frequentemente, pois podem ser fontes de 
contaminação. 
A ração ideal é industrializada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas Funcionais 
 
1. Área de recebimento 
2. Sala para animais: alojamento, cuidado e 
higiene 
3. Recuperação e quarentena 
4. Sala cirúrgica 
5. Laboratórios 
6. Área de lavagem de gaiolas 
7. Depósito (ração, medicamentos e “cama”) 
8. Escritórios 
9. Área de treinamento de pessoal 
10. Área para funcionários (banheiro, vestiário, 
cozinha) 
 
 
Entrada principal: com trava para que haja o 
controle de entrada e saída de pessoal. 
 
Sala para animais: o número de salas deve ser o 
mesmo que o número de espécies no setor. 
Fácil limpeza 
Paredes, pisos e fontes elétricas a prova d’água 
 
Sala cirúrgica: pode ser dentro do biotério, mas 
não é necessário. As cirurgias podem ser feitas no 
hospital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Área de lavagem de gaiolas: 
• pode ser uma fonte de estresse. Então 
deve ser separada, porém acessível à sala 
dos animais; 
• Suficientemente ventilada para evitar 
odores, excesso de calor e vapores que 
possam afetar outras áreas; 
• é onde ficam os equipamentos como 
autoclave;• separados entre ambientes limpos e sujos 
• pode haver lavadora Walk-though (cabines 
ou túneis)

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