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Prévia do material em texto

Página 12
Nota: As atividades de diagnose apresentadas nas páginas 12-21 têm como base as Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário – 10.º Ano.
MC
 
Educação Literária – 10.º Ano
EL14.3. Identificar temas […].
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.6. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. 
EL14.7. Estabelecer relações de sentido a) entre as diversas partes constitutivas de um texto […].
EL14.8. Identificar características do texto poético no que diz respeito a: a) estrofe […]; b) métrica […]; c) rima […].
2. Tema: água.
3. Divisão do texto em três partes:
• v. 1: identificação do tema a abordar – a água.
• vv. 2-12: descrição objetiva da água, com base em informação de carácter técnico/científico;
• vv. 13-16: reflexão subjetiva sobre o valor simbólico da água, através da referência a um acontecimento ficcional, de carácter literário (morte da personagem Ofélia) ocorrido na água. 
PowerPoint® 
Tema e assunto
4. a. Vocábulos de carácter técnico/científico (área da Química), que conferem objetividade à descrição (ex.: “inodora”, “insípida”, “incolor”, “vapor”, “alta temperatura”, “vapor”, “êmbolos”, “dissolvente”, “bases”, sais”, “zero
graus centesimais, “pressão normal”).
b. Versos 2-12 – adjetivos de cariz técnico, que conferem um carácter científico à descrição (“pura”, “inodora”, “insípida”, “incolor”).
Versos 13-16 – adjetivos qualificativos de carácter subjetivo (“cálida”), usados metafórica e simbolicamente (“gomosa”) ou (“branco”).
c. Expressividade dos tempos verbais: presente do indicativo – valor genérico/intemporal, realçando o carácter definitório da primeira parte do poema; pretérito perfeito simples – remetendo para um acontecimento
ocorrido no passado, introduzindo um novo momento, de carácter subjetivo/emotivo (contrastando com a primeira parte do poema).
5. Análise formal do poema: estrutura estrófica – poema composto por uma sétima, uma quintilha e uma quadra; estrutura métrica – versos com métrica irregular; estrutura rimática – presença de rima interpolada,
de rima emparelhada e de versos brancos.
Página 13
MC
 
Oralidade – 10.º Ano
O1.1. Identificar o tema dominante, justificando. 
O1.3. Distinguir informação subjetiva de informação objetiva. 
O1.4. Fazer inferências. 
O3.2. Planificar o texto oral, elaborando tópicos de suporte à intervenção. 
O5.2. Produzir textos seguindo tópicos elaborados autonomamente. 
O5.3. Produzir textos linguisticamente corretos, com diversificação do vocabulário e das estruturas utilizadas. 
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] apreciação crítica. 
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir. 
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] apreciação crítica – 2 a 4 minutos. 
1. CD Áudio – Faixa 1
A verdadeira história de Ofélia de Shakespeare (Público)
Word
Transcrição do texto disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 2)
1.1. a. F – O artigo jornalístico tem como tema a morte de Jane Shaxspere enquanto fonte de inspiração da morte de Ofélia. b. F – O facto de uma história real ter inspirado Shakespeare em Hamlet é dado como
provável/hipotético. c. F – Steven Gunn descobriu o relatório da autópsia de uma inglesa Jane Shaxspere, possivelmente uma prima de Shakespeare, que se afogou em 1569. d. V. e. F – Emma Smith admite a
hipótese de Jane Shaxspere não se relacionar com Shakespeare. f. V. Segundo Emma Smith, as inspirações dos trabalhos de Shakespeare têm sido amplamente investigadas. g. F – Há outra forte teoria que explica
que Shakespeare se inspirou na morte de Katharine Hamlet.
2.1. Possíveis tópicos a abordar:
• Salvador Dalí: pintor catalão conhecido pelos seus trabalhos surrealistas;
• descrição da imagem: cf. título;
• representação de um sonho infantil (surreal, contrário à lógica);
• pintura surrealista (manifestação do sonho); 
• imagem com grande qualidade plástica.
Word
Guião de produção de apreciação crítica oral disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 16) 
MC
 
Leitura | Gramática – 10.º Ano
L7.2. Fazer inferências, fundamentando. 
G18.1. Identificar funções sintáticas indicadas no Programa. 
G18.2. Identificar orações coordenadas. 
G18.3. Identificar orações subordinadas. 
2.1. b.
2.2. d.
2.3. b.
2.4. d. 
2.5. d.
2.6. a.
2.7. c.
3. a. metáforas famosas – complemento direto; nelas – complemento oblíquo; o Desejo – predicativo do sujeito; por eles – complemento agente da passiva; a ciência – predicativo do sujeito. b. com a volta ao mundo –
complemento oblíquo; à Lua – complemento do nome; dos mares – complemento do nome. 
4. a. “mas revela sobretudo o fascínio por aquela figura do Liceu Pedro Nunes” (l. 11). b. “enquanto as aulas ‘eram dadas pelos seus assistentes’” (ll. 12-13). c. “que se sentava ‘lá atrás, na última fila do anfiteatro’” (ll. 11-12); “que foi aluno do
poeta e cientista Rómulo de Carvalho/António Gedeão” (ll. 14-15). d. “que era poeta” (l. 13); “que usava as aulas de ciências para escrever poesia” (ll. 13-14), “que ‘o futuro do computador é o lenço.’” (l. 20).
MC
 
Escrita – 10.º Ano
E10.2. Elaborar planos […].
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um tema […].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual com marcação correta de parágrafos e utilização adequada de conectores.
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final. 
2.1. Resposta pessoal.
Word
Guião de produção de exposição escrita disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 26)
Página 17
1. Encontram-se disponíveis os seguintes materiais de apoio ao Projeto de Leitura nos Recursos do Projeto e no Dossier do Professor (versão impressa):
• material de apoio a todas as obras (Sinopse, texto informativo e excerto da obra com tópicos de reflexão);
• sugestões de atividades a realizar no âmbito do Projeto de Leitura (Educação Literária, Leitura, Oralidade, Escrita).
2. As obras encontram-se agrupadas por temas ou modos literários, por ordem cronológica (da mais recente para a mais antiga). As datas apresentadas correspondem às datas das edições originais.
Vídeo
Trailer do filme Anna Karenina 
Nota: Na página 255 apresenta-se uma proposta de atividade centrada na análise do trailer deste filme.
Página 24
Segundo o Programa e Metas Curriculares, relativamente à obra Sermão de Santo António, deverão ser estudados integralmente os Capítulos I e V e excertos dos restantes capítulos. Nesse sentido, apresentam-se nesta
unidade atividades com os seguintes focos:
• Contextualização – pp. 24-29;
• Estrutura global e texto analisado – pp. 30-31;
• Capítulo I (integral) – pp. 32-37;
• Capítulo II (excertos) – pp. 38-42;
• Capítulo III (excertos) – pp. 43-45;
• Capítulo IV (excertos) – pp. 47-49;
• Capítulo V (integral) – pp. 52-61;
• Capítulo VI (integral) – pp. 63-65;
• Síntese da unidade e teste formativo, pp. 70-75.
MC
 
Educação Literária | Oralidade | Leitura | Escrita
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O2.1. Selecionar e registar as ideias-chave.
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. 
L7.2. Fazer inferências, fundamentando. 
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante. 
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os sequencialmente.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciandoum bom domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
1. Vídeo
Documentário Padre António Vieira, o Imperador da Língua Portuguesa (RTP) 
Página 25
1. Ideias-chave:
• António Vieira: sacerdote jesuíta, missionário, pregador/orador, escritor, diplomata;
• papel político e diplomático preponderante no reinado de D. João IV;
• nascido em Lisboa, no seio de uma família pobre;
• estudos no Colégio de Jesuítas da Bahia;
• ordenado padre em 1635;
• ida a Lisboa em 1641 e consequente início da carreira política;
• famoso pelos seus sermões entre a aristocracia lisboeta;
• ideais: desejo de atrair os judeus ao país; denúncia dos abusos da Inquisição;
• grande figura da Restauração, da Igreja, dos Jesuítas e da Literatura Portuguesa (“imperador da língua portuguesa”).
2. Áudio
Programa radiofónico “Sentir o estalo de Vieira” (Lugares Comuns, RTP)
2.1. Sentido equivalente: “Ter uma ideia luminosa”; “Ter uma ideia brilhante”; “Fazer-se luz”.
Sentido oposto: “Ser um cabeça oca”; “Ter a cabeça oca”; “Ter ideias de jerico”.
3. Ideias-chave:
• partida de António Vieira para a Bahia;
• ingresso na Companhia de Jesus (destaque pelas capacidades de escrita e de retórica);
• viagem a Lisboa, em 1641 (conquista de fama como orador);
• participação em missões políticas e diplomáticas;
• aceitação de missão no Maranhão; conquista de fama como missionário;
• ideais: integração dos ameríndios no sistema de influência dos jesuítas; substituição da mão de obra escrava índia pela africana;
• perseguição pelo Santo Ofício;
• visita a Roma, onde reforça a fama de orador;
• partida definitiva para o Brasil;
• preparação da edição de sermões, cartas e Clavis Prophetarum.
Página 26
4.1. a. e b. Estudos no Colégio de Jesuítas da Bahia. c. e d. Missionário, pregador/orador, escritor, diplomata, político. e. Desejo de atrair os judeus ao país; denúncia dos abusos da Inquisição. f. Integração dos
ameríndios no sistema de influência dos jesuítas; substituição da mão de obra escrava índia pela africana. g. Sermões, cartas, livro de escatologia (Clavis Prophetarum).
4.2. Exemplo:
Quer Nunes Forte, no programa televisivo Padre António Vieira, Imperador da Língua Portuguesa, quer António José Saraiva e Óscar Lopes, na História da Literatura Portuguesa, nos dão a conhecer Padre António Vieira
como um missionário, pregador/orador, escritor, diplomata e político de excecionais qualidades no quadro da História e da Literatura Portuguesas. 
De facto, nascido em Lisboa e oriundo de uma família pobre, Vieira cedo foi viver para a Bahia, onde ingressou no Colégio dos Jesuítas e se destacou pela capacidade de escrita e de retórica. Após a Restauração,
regressou a Lisboa, onde iniciou a sua carreira política e diplomática, em prol do rei D. João IV, granjeando fama com os seus sermões e consolidando a sua reputação como orador exímio.
As preocupações políticas, diplomáticas e humanistas de Vieira são visíveis nos ideais por ele defendidos – a este nível, Nunes Forte foca o desejo de atrair os judeus ao país e a denúncia dos abusos da
Inquisição; António José Saraiva e Óscar Lopes salientam a integração dos ameríndios no sistema de influência dos jesuítas e a substituição da mão de obra escrava índia pela africana.
Por outro lado, a dimensão literária do orador é visível na obra por ele deixada – em que podem destacar-se os sermões, as cartas e um livro de escatologia (Clavis Prophetarum).
(215 palavras)
5. Sugestão
Esta atividade poderá ser antecedida da análise do friso cronológico que se encontra nas páginas 24 e 25. 
Interatividade
A literatura portuguesa: do século XVII ao século XIX
Página 27
Peter Paul Rubens (1577-1640)
• Pintor barroco, conhecido pelo estilo extravagante, em que se destacava a cor, o movimento e a sensualidade.
• Educação moldada pela formação católica (tendo-se tornado uma das principais vozes da pintura na Contrarreforma católica) e humanista.
• Participação em missões diplomáticas, conciliando a sua dimensão artística com a diplomacia.
• Temas focados nas suas obras: retratos e pinturas históricas sobre assuntos mitológicos e alegóricos.
• A Festa de Vénus (Kunsthistorisches Museum, Viena): obra inspirada em Hélène Fourment, jovem de 16 anos, segunda esposa de Rubens.
Página 28
5.1. a. Pérola irregular e imperfeita, de reduzido valor comercial. b. Período cultural conotado como imperfeito, anormal (por oposição ao Classicismo).
c. Período cultural marcado pela arte da persuasão, que visa produzir efeitos sobre o recetor. d. Período cultural marcado pela transfiguração da realidade, com o objetivo de seduzir o recetor. e. Período cultural
marcado pela ostentação e pela riqueza, no domínio religioso e profano. f. Período cultural marcado pela sobrecarga ornamental e decorativa (campo artístico), pelo discurso hiperbólico (literatura) e pela representação
de cenas excessivas, violentas (ex.: descrição do inferno). g. Período cultural marcado pela importância do teatro e pela conceção de vida e de mundo como um palco (ilusão, engano). h. Período cultural marcado
pelo apelo e pela exploração das sensações.
5.2. Aspetos a considerar:
• possível referência ao autor do texto-fonte (Maria Lucília Pires) e à sua intenção comunicativa (informar/expor informação de forma clara e objetiva);
• abordagem das seguintes ideias-chave (segundo o grau de importância que lhes é atribuído): explicitação do conceito de Barroco; facetas do Barroco enquanto período cultural.
Word
Guião de produção de síntese oral disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 17).
Sugestão:
A propósito deste exercício, poderão ser relembrados os conceitos de campo semântico e extensão semântica. Encontram-se disponíveis, no Caderno de Atividades, exercícios relativos a estes conteúdos
gramaticais. 
Vídeo
Sermão de Santo António aos Peixes: contextualização histórico-literária
Página 29
Nota:
Igrejas barrocas em Portugal
Norte 
• Santuário do Bom Jesus de Braga –Braga
• Igreja e Torre dos Clérigos – Porto
• Igreja de São Francisco / Museu da Ordem de São Francisco – Porto
• Santuário da Nossa Senhora dos Remédios – Lamego
Centro
• Igreja e Convento de Jesus – Aveiro
• Sé de Santarém – Santarém
Lisboa
• Igreja de São Roque 
• Igreja da Madre de Deus
• Igreja do Menino Deus
• Igreja dos Paulistas ou de Santa Catarina
• Basílica da Estrela
• Panteão Nacional – antiga Igreja de Santa Engrácia
• Igreja do Palácio Nacional de Mafra
Alentejo
Capela Principal da Sé de Évora – Évora
Capela dos Ossos – Évora
Santuário de Nossa Senhora de Aires – Viana do Alentejo
Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres – Beja
Algarve
Igreja de São Lourenço de Almancil – Almancil
Açores
Convento de São Gonçalo – Angra do Heroísmo
Madeira
Igreja de São João Evangelista – Funchal
6.1. a. Esfera religiosa. b. Difundir a religião; moralizar. c. Transmissão oral; posterior difusão escrita.
7.1 a. Tempo/passagem do tempo. b. Tudo se encontra sujeito ao passar do tempo, alterando-se/mudando e morrendo/desaparecendo. c. Enumeração paralelística (“tudo sujeita”/ “tudo muda”/“tudo acaba”); repetição
(“tudo”). d. Mentira/verdade. e. No mundo, a mentira prevalece sobre a verdade. g. Vaidade i. Jogo de palavras, baseado na polissemia (“ver”/”ser visto”); ironia. k. Ao traçarmos objetivos, temos de estar conscientes dos
nossos limites. l. Repetição (“candeia”); metáfora (“candeia” – luz, conhecimento, discernimento).
Página 30
MC
Educação Literária
EL14.3. Identificar temas […].
EL14.6. Explicitar a estrutura do texto: organização interna.
Vídeo
Sermão de Santo António aos Peixes: visão global e estrutura argumentativa
Página 31
MC
 
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 
Interatividade
Sermão de Santo António: texto analisado
Página 32
Nota: Por uma questão didática, nesta subunidade, relativa ao Capítulo I, o Sermão de Santo António encontra-se apresentado de forma intercalada com os questionários, subdividindo-se em dois momentos: 
• Exórdio [parte inicial] (pp. 32-34);
• Exemplo de Santo António (pp. 35-36).
MC
 
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais […], justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.11 Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.4. Fazer inferências.
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente.
1. Vídeo
Documentário Sermão de Santo António aos Peixes de Padre António Vieira (Companhia das Ideias)
1.1. Estabelecimento de uma analogia entre o papel dos pregadores no século XVII (com destaque para Vieira) e as estrelas da atualidade, pelo seu papel mediático.
1.2. Vieira, sabendo que os processos de retórica estavam muito desgastados pelo tempo, renova e desafia fórmulas consagradas. Embora partindo de modelos, como o de Santo António, o pregador tenta, tanto quanto
possível, renová-los.
1.3. Elementos biográficos:
• na Bahia, jovem, aprende a ler e a escrever no Colégio Jesuíta;
• aí ouve um sermão sobre as penas do inferno e foge de casa;
• pede ao Superior para entrar na Companhia de Jesus, inicia o noviciado e estuda Teologia e Filosofia;
• começa a proferir sermões e revela-se muito dotado, tornando-se professor de Retórica;
• é ordenado padre, começa a percorrer as aldeias baianas e adquire fama rapidamente;
• neto de avó africana, é sensível a temas relacionados com a diversidade humana. 
Página 33
1.4. Defensor dos índios, critica a escravatura, a violência, a má-vontade e a crueldade dos colonos.
Sugestão de outros tópicos a abordar:
• Conceitos basilares do Sermão: Sermão sobre a arte de pregar (semear a semente); o sal da terra; o exemplo da figura de Santo António.
• Momento de pregação do Sermão: sermão proferido no aniversário da morte de Santo António, 13 de junho, aproveitando a simbologia do momento.
Sugestão: Este momento poderá ser aproveitado para fazer uma revisão sobre o género textual documentário (conteúdo de 10.º ano).
Grelha de análise de documentário disponível nos Recursos do Projeto e no caderno Materiais de Apoio (versão impressa).
3.1. “Vos estis sal terrae” (“Vós sois o sal da terra”). 
Nota – conceito predicável:
• verdade moral proferida pelo pregador ao seu auditório;
• conceito a partir do qual se desenvolve todo o discurso, de modo a clarificá-lo e do qual partem as construções mentais do orador.
3.2. b.
3.2.1. a. Pregadores; b. Os homens.
Página 34
3.2.2. Os pregadores, tal como o sal, têm a função de purificar e conservar as virtudes, ou seja, de eliminar os pecados da terra, através da divulgação da doutrina cristã, e conservar os valores da fé.
4. a. “a terra se não deixa salgar” (l. 5). b. “os pregadores não pregam a verdadeira doutrina” (l. 6). c. “e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem que fazer o que dizem.” (ll. 9-10). d. “e os pregadores se pregam a si e não a
Cristo” (ll. 10-11). e. “e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites.” (ll. 11-12).
4.1. Realce da dúvida de Vieira sobre a ineficácia da pregação, causa da vasta corrupção terrena; para o orador, ou os pregadores não sabem pregar a doutrina cristã, ou quem os escuta não se interessa pela
doutrina de Cristo e se rege pelos seus próprios interesses. 
5. Áudio
Programa radiofónico Ser o sal da terra (Lugares Comuns, RTP)
a. Indivíduo mais distinto; o que mais se destaca; o melhor; a chamada fina flor ou nata de uma sociedade. b. Expressão bíblica usada por Jesus Cristo no “Sermão da Montanha”, Novo Testamento, Evangelho segundo S.
Mateus. c. Apóstolos e, por extensão, todos os cristãos. d. “luz do mundo”.
Página 36
Educação Literária (cont.)
2.1. Santo António, ao constatar que os homens o não ouviam e não conseguia “salgar”, não desistiu de pregar a doutrina cristã, buscando uma nova audiência, os peixes.
2.2. Também Vieira sente a ineficácia da sua pregação, uma vez que a terra não muda, pelo que, tal como Santo António, vai dirigir o seu discurso ao mar e pregar alegoricamente aos peixes.
3.1. c.
3.2. Recursos expressivos que conferem um estilo oratório e persuasivo:
• uso da 2.ª pessoa do plural (pronomes e formas verbais) (ll. 31, 38);
• apóstrofe (ll. 16-17);
• interrogação retórica (ll. 1-2, 8-9, 11--14);
• paralelismo (ll. 15, 17-18, 24-25);
• anáfora (ll. 15, 17-18).
4.1. Invocação de Vieira à Virgem Maria (“Domina maris”, Senhora do Mar), que tem por base o princípio de que, tal como o de Santo António, o seu sermão tem como ouvintes os peixes.
Vídeo
Gradação
Página 37
5. PowerPoint® 
Leitura em voz alta
Word 
Grelha de avaliação da leitura em voz alta disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 49)
Interatividade
Sermão de Santo António aos Peixes: análise do exórdio
MC
 
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.
1.1. b.
1.2. b.
2. a. 9.; b. 1.; c. 8.; d. 7.; e. 10.; f. 3.; g. 10.; h. 2.; i. 6.
Página 38
MC
 
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais […], justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: a) entre as diversas partes constitutivas de um texto […].
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente.
1.1. Tópicos a abordar:
• excerto introduzido por uma interrogação retórica que apresenta o destinatário aparente do sermão (peixes), seguida de resposta irónica à interrogação retórica (consideração dos peixes como mau auditório);
• excerto em que se esboça a oposição entre os peixes e os homens (bons/maus ouvintes) e se inicia a crítica ao comportamento dos homens (ausência de conversão).
2. Temas antecipados no início do capítulo e corroborados no desenvolvimento do mesmo: oposição entre as qualidades dos peixes e a falta dessas qualidades dos homens; crítica ao comportamento humano.
Página 40
Educação Literária (p. 41)
3.1. Intuitos do orador:
• relacionar as propriedades do sal com as funções do sermão (conservar o são/as virtudes e preservar do mal/dos vícios);
• estabelecer uma comparação entre a pregação de Santo António e a sua pregação;
• apresentar a estrutura do sermão (divisão em duas partes: louvor das virtudes; repreensão dos vícios).
3.2. “dividirei, peixes, o vosso sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas virtudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vícios” (ll. 14-16).
4.1. Bons ouvintes (excerto inicial); primeiras criaturas criadas por Deus (ll. 19-20); animais maiores e mais numerosos (ll. 24-25); obediência, ordem, tranquilidade e atenção com que escutaram Santo António (ll. 35-
39); indomabilidade/afastamento dos homens (ll. 57-59).
4.2. Relação de contraste: vaidade dos homens vs. modéstia dos peixes (ll. 32-33); atitude perante a palavra de Deus: perseguição por parte dos homens vs. devoção por parte dos peixes. Recursos
expressivos: paralelismo (ll. 40-45); antítese (“mar”/”terra”, “furiosos”/ “quietos”, ll. 45-46); interrogação retórica (ll. 45-47); trocadilho/jogo de palavras (ll. 48-50).
5. Criação do mundo, Moisés, músicos da Babilónia.
5.1. Exemplos bíblicos como estratégia de exemplificação ao serviço da argumentação (demonstração das virtudes dos peixes).
Página 41
MC
 
Escrita | Educação Literária 
E12.1. Respeitar o tema. 
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema. 
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando umbom domínio dos mecanismos de coesão textual: a) texto constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão),
individualizadas e devidamente proporcionadas; b) marcação correta de parágrafos; c) utilização adequada de conectores. 
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras estudadas, seguindo tópicos fornecidos. 
1.1. Concretização da alegoria no excerto:
• pregação que tem como destinatário direto/aparente os peixes, mas que se destina aos homens;
• enumeração de virtudes naturais (indomabilidade), em articulação com virtudes tipicamente humanas (capacidade de ouvir, entendimento, devoção);
• referência aos animais domésticos com função de realçar a não subjugação dos peixes aos homens e de destacar as desvantagens associadas ao contacto com estes (cf. paralelismo, que acentua as consequências da
proximidade relativamente ao ser humano);
• intenção crítica do orador: criticar a ausência das virtudes dos peixes nos homens (ex.: capacidade de ouvir, devoção).
Interatividade
Sermão de Santo António aos Peixes: a alegoria dos peixes
Word
Guião de produção de exposição escrita disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 26) 
Página 42
MC
 
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.
1.1. “Os mares, que ocupam 71% da superfície da Terra e desempenham um papel extremamente importante na regulação da vida do nosso planeta, albergam milhares de espécies de organismos.”
1.1.1. Os mares, que a ocupam e o desempenham, albergam-nos.
MC
 
Oralidade 
O2.1. Selecionar e registar as ideias-chave.
1. Vídeo
Reportagem Obra completa do Padre António Vieira entregue ao Papa (SIC)
1.1. Possíveis tópicos a abordar:
a. Presença e impacto do Padre António Vieira em Roma (origem da Praça do Pasquim; percurso do Padre António Vieira em Roma; influência da comunidade portuguesa em Roma; documentação sobre Vieira em
Roma; publicação da obra de Vieira; 1.ª edição dos Sermões de Vieira; características das anotações de Vieira; reunião dos manuscritos de Vieira com vista à publicação da obra completa; atualidade da obra de Vieira
e das suas denúncias/críticas; mediatismo de Vieira). 
b. Reportagem marcada pela intertextualidade com a obra de Vieira (a propósito da edição dos Sermões). 
c. Proximidade com o contexto religioso da atualidade (Papa Francisco, jesuíta). 
d. Presença de vários intervenientes com pontos de vista abonatórios sobre o Padre António Vieira (Monsenhor Agostinho Borges, José Eduardo Franco, Leonor Caria, Joana Balsa de Pinho, Aida Lemos…
Sugestão: 
Este momento poderá ser aproveitado para fazer uma revisão sobre o género textual reportagem (conteúdo de 10.º ano).
Word
Grelha de análise de reportagem disponível nos Recursos do Projeto e Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 11)
Página 43
MC
 
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O3.1. Pesquisar e selecionar informação diversificada.
O5.4. Produzir textos linguisticamente corretos, com diversificação do vocabulário e das estruturas utilizadas.
1.1. Resumo da história bíblica: 
• Acompanhado pelo anjo Rafael, Tobias foi confrontado por um peixe que o queria comer; o anjo Rafael disse-lhe que não tivesse medo do peixe e que o levasse para terra, pois as suas entranhas eram úteis para
curar a cegueira e o seu coração para afastar os demónios.
• Tobias obedeceu ao anjo e, com as entranhas, curou a cegueira do pai; quanto ao coração, queimou parte dele em casa de Sara, mulher a quem um demónio matara sete maridos. O demónio desapareceu e Tobias
casou com Sara.
PowerPoint® 
Como fazer uma apresentação oral
Página 44
Educação Literária (p. 45)
3.1. Peixe de Tobias / analogia com Santo António:
• virtudes: entranhas que saram a cegueira; coração que afasta os demónios;
• efeito das virtudes do peixe: sarou a cegueira do pai de Tobias; afastou um demónio da casa de Tobias;
• virtude e efeito de Santo António: “Abria […] a boca contra os hereges” (ll. 29-30); curou a “cegueira” dos homens e expulsou os demónios (ll. 35-37).
Rémora / analogia com Santo António:
• virtudes da rémora: pequena no corpo; grande na força e no poder;
• efeito das virtudes da rémora: pega-se ao leme de uma nau e interfere com o seu curso; 
• no caso de Santo António: virtude e força das suas palavras (ll. 51-55).
Torpedo / analogia com Santo António:
• virtude do torpedo: produz descargas elétricas;
• efeitos das virtudes do torpedo: faz tremer o braço do pescador; impede que o pesquem;
• Virtude e efeito da virtude de Santo António: com as suas palavras, fez tremer 22 pescadores e converteu-os (ll. 77-81).
3.2. Peixe de Tobias: “cegueira”; heresia/ausência de conversão.
Rémora: fraqueza humana, apatia, ausência de força de vontade (os homens necessitam de quem os guie).
Torpedo: exploração do próximo; corrupção, ambição desmedida.
Página 45
3.2.1. Recursos que realçam as críticas: interrogação retórica (ll. 26-27, 31, 37-38, 41-42, 43-47, 61-62, 69-70, 75-76); frase exclamativa (ll. 32-34, 66-68, 75- -76); comparação (ll. 27-28); antítese (l. 44); metáfora /
jogo de palavras (ll. 33, 35-36, 39, 47-48); enumeração/gradação crescente (ll. 61-64, 72-75); repetição (ll. 65-68, 72-76).
MC
 
Oralidade | Educação Literária
O1.4. Fazer inferências. 
O1.5. Reconhecer diferentes intenções comunicativas.
EL14.3. Identificar […] ideias principais […].
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1. Áudio | Word
Leitura de excerto do Sermão de Santo António por Ary dos Santos
Transcrição do texto disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 31)
1.1. a. F – A estrutura argumentativa utilizada para louvar as virtudes do peixe conhecido como quatro-olhos distingue-se da utilizada para louvar os restantes peixes, pois não se estabelece uma comparação com
Santo António. b. F. – O orador faz referência à capacidade de visão das águias e dos linces com a intenção de intensificar o elogio feito ao quatro-olhos. c. V. d. V. e. F – Ao elogiar as virtudes do quatro-olhos,
Vieira pretende criticar a vaidade humana, que limita a capacidade de discernimento.
Página 46
MC
 
Educação Literária
EL14. 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. 
EL15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura, relacionando-a(s) com conteúdos programáticos de diferentes domínios. 
EL16.2. Comparar diferentes textos no que diz respeito a temas, ideias e valores.
1.2. Possíveis tópicos a abordar:
Textos que retratam contextos sociopolíticos diferentes:
• Sermão de Santo António: século XVII; colonização do Brasil; homens brancos marcados pela colonização;
• texto de Sttau Monteiro: século XIX; contexto político marcado pelo conflito armado.
Semelhança de temas, ideias e valores representados:
• tema: tema da exploração social;
• ideias: os mais fortes aproveitam-se dos mais fracos;
• valores: crítica social – denúncia da exploração dos mais fracos, do oportunismo e da corrupção (social e/ou política).
Nota: Poderá ser estabelecida ainda uma analogia entre este texto e o texto analisado no início da unidade (p. 31). 
PDF
Material de apoio a esta e a outras obras do Projeto de Leitura disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor
Página 47
MC
 
Educação Literária | Oralidade
O5.2. Estabelecer relações com outros conhecimentos. 
EL14.2. Ler textos literários portuguesesde diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: a) entre as diversas partes constitutivas de um texto […]. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O4.3. Mobilizar informação pertinente. 
1. Situação representada: confronto entre dois peixes, um maior (piranha), constituído por um grupo de pessoas, vestidas e agindo uniformemente; outro mais pequeno (tubarão), formado por dinheiro.
Possíveis interpretações: 
• a união faz a força – o poder de um só, apesar de grande, não é ameaça para um poder coeso de um grupo unido a combater na mesma direção, pela mesma causa… (ex.: luta contra o capitalismo);
• voracidade/sofreguidão por dinheiro censura do capitalismo.
Relação com Sermão de Santo António: crítica dos vícios humanos (ambição desmedida, exploração do próximo, corrupção), recorrendo aos peixes para tecer a crítica. 
2. CD Áudio – Faixa 2
Repreensão do vício dos peixes, em geral
Página 48
3. Explicitação da estrutura interna do sermão (início das repreensões), com a finalidade de orientar/localizar o auditório em termos de organização global do sermão.
4. a. Relação de equivalência relativamente à atividade exercida (pregação).
b. Relação de contraste relativamente ao destinatário da pregação (Santo Agostinho – homens; Pe. António Vieira – peixes) e ao objeto de exemplificação (Santo Agostinho – peixes; Pe. António Vieira – homens). c. Não
se verifica. d. Não se verifica.
Vídeo
Sermão de Santo António aos Peixes: intenção persuasiva e exemplaridade
Página 49
5. a. ll. 3-4. b. Os peixes comem-se uns aos outros e os maiores comem os mais pequenos. c. l. 19. d. Há homens canibais. e. Tapuias. f. ll. 19-23. g. Os homens brancos/colonos
exploram/vigarizam/roubam/aproveitam-se dos que se encontram em situação de fragilidade. h. Exploração social existente na cidade; pessoa que morre; réu num julgamento.
5.1. Crítica à cobiça e ao oportunismo dos homens brancos,
• tendo como ponto de partida a ictiofagia e como ponto de chegada a antropofagia social (vícios humanos);
• com base na utilização do verbo “comer” com valor denotativo (ictiofagia, canibalismo) e conotativo (com o sentido de vigarizar, defraudar, explorar, aproveitar-se, roubar).
6.1. Paralelismo:
• classes de palavras: verbo ver + [quantificador] determinante demonstrativo] + verbo no infinitivo;
• estrutura sintática: sujeito [explícito ou nulo subentendido], complemento direto;
• anáfora (“vedes”), enumeração, gradação (“bulir”, “andar”, “concorrer”, “cruzar”) e antítese (“subir e descer”, “entrar e sair”), que atribuem um ritmo rápido ao texto, sugerindo o bulício da cidade, o desconforto provocado
pela falta de “sossego” e “quietação”.
6.1.1. Word
Organização esquemática dos exemplos da pessoa que morreu e do réu num julgamento disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 32).
6.2. a. Apóstrofe (“peixes”) – que realça o estatuto de ouvinte dos peixes, corporizando a alegoria; antítese “mar/terra”. b. Jogo de palavras assente no uso literal e metafórico do nome “terra” (solo, seres humanos)
e do verbo “comer” (decompor, explorar/roubar) – que concretiza o oportunismo e a corrupção humanos. 
7.1. Exemplo: “Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas?; Vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego?” (ll. 19-22) –
azáfama/bulício dos homens como marca visível da ambição humana e da vontade de enriquecimento; busca da riqueza através da exploração dos outros.
MC
 
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.
1.1. a. Palavra usada com dois significados distintos, nos contextos em que surge: explorar e decompor.
1.2. c. Palavras pertencentes à mesma área da realidade – sistema judicial.
Página 50
MC
 
Gramática
G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
Referências bibliográficas
• COSTA, João; SILVA, Vítor Aguiar (orgs.). (2011). Dicionário Terminológico, http://dt.dgidc.min-edu.pt [consult. 31-10-2015]
• FONSECA, Fernanda Irene (1996). “Deixis e linguística textual”. In Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa: Caminho [pp. 437-445].
Página 51
Aplicação
1. Vídeo | Word
Anúncio publicitário Portugal sou eu
Sugestão: Este momento poderá ser aproveitado para fazer uma revisão sobre o género textual anúncio publicitário (conteúdo de 10.º ano).
Grelha de análise de anúncio publicitário disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 12).
1. a. “Faço”, meu”, mim”, “me”, gosto”, “como”, “escolho”, “estou”, “nós”, “eu”, “nos”. b. “Siga”. c. “Faço”, “somos”, “sou”.
1.1. As formas deíticas de primeira pessoa realçam a forte implicação do enunciador no discurso (cf. necessidade da intervenção ativa de cada um para que o país progrida; reforço da noção de pertença ao país e
de identidade nacional).
Interatividade
Dêixis: pessoal, temporal e espacial
Página 52
Nota: Por uma questão didática, nesta subunidade, relativa ao Capítulo V, o Sermão de Santo António encontra-se apresentado de forma intercalada com os questionários, subdividindo-se em quatro momentos: 
• Repreensões ao roncador (pp. 52-53);
• Repreensões ao pegador (pp. 54-55);
• Repreensões ao voador (pp. 56-57);
• Repreensões ao polvo (pp. 58-59).
MC
 
Educação Literária | Oralidade | Escrita (pp. 52-60)
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 
O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação. 
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente. 
O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema […].
E12.1. Respeitar o tema. 
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema. 
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 
1.1. Possíveis tópicos de reflexão:
• ambição como característica inerentemente humana;
• ambição desmedida como fator inibidor do desenvolvimento pessoal e social;
• exploração do outro para obter determinados objetivos.
Página 53
3. a. Como são pequenos e querem parecer grandes, roncam ainda mais; b. Deus não quer roncadores e abate e humilha os que roncam. c. S. Pedro afirmava morrer por Cristo e acabou por negá-lo. d. Golias, um
soldado gigante filisteu, que tanto se gabava da sua invencibilidade, foi vencido pelo pequeno pastor David com um cajado e uma funda. e. Caifás “roncava de saber” (l. 36); f. Arrogância, soberba. Os arrogantes
desafiam Deus e perdem.
3.1. Vieira adverte que o melhor é saber calar e imitar Santo António.
Página 54
Educação Literária (cont.)
1. Possível característica dos pegadores: pegarem-se a outros peixes, plantas, rochas, navios, etc. 
Página 55
3.1. a. Vivem de forma parasitária a partir de peixes maiores (“sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desaferram”, ll. 4-6). 
b. Aprenderam o estilo de vida com os homens, nomeadamente com os portugueses (“não parte vice-rei ou governador […] que não vá rodeado de pegadores”, ll. 13-14); os homens mais inteligentes despegam-se dos maiores e
continuam a sua vida, os mais ignorantes têm o fim dos pegadores. 
c. O tubarão traz consigo pegadores. Quando o tubarão morre, também morrem os pegadores.
d. Exemplos bíblicos citados: morto Herodes, morreram todos os seguidores que com ele andavam; Deus também teveos seus seguidores (David, Santo António); referência a Adão e Eva, que comeram o fruto proibido
e conduziram todos os humanos à mortalidade.
e. Crítica ao parasitismo (aproveitando o facto de serem pequenos, os peixes/homens “pegam-se” aos grandes, sustentando a sua vida a partir do trabalho dos “maiores”).
3.2. Santo António distingue-se dos peixes pelas suas qualidades e virtudes; neste caso, porém, Vieira assume-o como um pegador, mas num sentido positivo, já que está junto a Cristo e Cristo corresponde, estando
junto dele, pelo que não morrerá. Aliás, as virtudes de Santo António são tão conhecidas que Cristo tenta parecer inferior ao santo.
Página 56
Oralidade
1.1. Por possuir barbatanas longas, semelhantes a asas, o peixe-voador poderá tentar sair do mar e tentar “voar”, expondo-se ao perigo e simbolizando, assim, a ambição e a vaidade.
Página 57
Educação Literária (cont.)
3. “Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem.” (ll. 28-29).
3.1. O voador é um peixe, mas quer ser também uma ave, voando pelos mares. A sua ambição e vaidade conduzem-no à ruína, estando em perigo na terra e no mar. 
4. Simão Mago, que ambicionava subir ao céu, fingindo ser filho de Deus, avisou toda a gente de Roma para que o admirassem e voou muito alto, para logo cair e morrer perante os olhares de todos; breve
referência a Ícaro.
5. A Santo António foram dadas asas – a sabedoria natural e o poder da palavra –, mas estas não foram utilizadas com vaidade e ambição e, sim, com humildade e comedimento. 
Página 58
Escrita | Educação Literária
1. Vídeo
Polvo a camuflar-se
1.1. Exemplo:
O polvo é um predador com um disfarce tão notável que se consegue esconder à vista de todos. Este molusco sem ossos é capaz de transformar a sua forma, textura e tamanho num piscar de olhos. As células da
pele que contêm pigmentos contraem-se, dando início a uma transformação mais rápida do que a de qualquer outro animal capaz de mudar de cor. O seu extraordinário cérebro coordena as mudanças repentinas na
sua camuflagem com base nas características do ambiente.
Página 60
Educação Literária (cont.) 
2. a. capelo; b. raios; c. ausência de ossos e espinhas; d. monge; e. estrela; f. brandura / mansidão; g. santidade; h. beleza; i. bondade; j. mudar de tonalidade; k. falsidade / malícia / traição. 
2.1. Ironia. 
2.1.1. O polvo esconde a sua realidade debaixo de uma aparência singela e inofensiva. 
2.2. O camaleão muda de cor (camufla-se) por solenidade (“gala”); o polvo por malícia. Proteu metamorfoseia-se por defesa; o polvo muda de cor por “verdade e artifício” (l. 10). 
2.3. O polvo, tal como Judas, é traiçoeiro e tem artimanhas. Contudo, Judas consegue ser melhor do que o polvo (Judas abraçou Cristo, mas não O prendeu; o polvo, quando abraça, prende; Judas fez sinal com os
braços para prenderem Cristo, o polvo faz cordas dos seus braços; Judas traiu Cristo, mas de forma evidente; o polvo trai roubando a luz às vítimas).
3.1. Vieira, através da referência a Santo António, crítica os colonos portugueses no Brasil, mostrando que a sua atuação é precisamente a oposta.
4. a.
5. Qualidades de Santo António:
• teve muito poder e sabedoria e nunca se gabou, pautando-se pela postura humilde;
• seguiu Cristo sem oportunismo;
• tinha duas asas (sabedoria natural e sobrenatural) e usou-as com regra, comedimento e humildade;
• foi um exemplo de pureza, sinceridade e verdade.
6.1. Exemplos:
a. “o polvo dos próprios braços faz as cordas” (ll. 17-18, p. 58) – acentua a malícia do polvo. b. “Oh, alma de António…” (l. 49, p. 57) – realça a exemplaridade de Santo António ao longo do sermão. c. “asas para subir e
asas para descer” (l. 57, p. 57) – realça o contraste entre a humildade e a ambição. d. “mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano” (ll. 38-40, p. 59) – acentua as
virtudes de Santo António, face aos defeitos dos outros homens.
Interatividade
Sermão de Santo António aos Peixes: análise do Capítulo V
Página 61
MC
 
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.
G20.1. Identificar deíticos (…).
1. a. Fazer barulho. b. Ser arrogante, altivo. c. Arma branca constituída por uma lâmina de ferro ou aço. d. Coragem. e. Órgão, idioma. f. Capacidade de falar / de se exprimir. g. Dado à barbatana. h. Gabar-se.
i. Aumentam de volume. j. Ter vaidade.
2.1. “mata-os” – Aos outros peixes; “engana-os” – Aos outros peixes; “mata-o” – ao voador; “lhe” – Ao voador.
2.2. “navio”, “navegando”, “marinheiro”, “voador”, “vela”, “corda”, “peixes”, “isca”, “vento”, “mergulhar”, “quilha”.
2.2.1. Sendo os peixes o tema central do sermão, ao qual se encontra intrinsecamente ligado o mar, o campo lexical em causa é privilegiado, servindo ao pregador de campo alegórico para a sua argumentação.
3. a. “estamos” (l. 1); “saiamos” (l. 1); “Vejo” (l. 32); “tendes” (l. 32); “vós” (l. 36); “eu” (l. 65); b. “neste mesmo elemento” (l. 29); “nestes mares” (l. 45)… c. “estamos” (l. 1); “confesso” (l. 37).
4.1. a. Para denunciar a corrupção humana, Vieira critica os vícios dos peixes. b. Enquanto critica os vícios dos peixes, Vieira denuncia a corrupção humana. c. Vieira não só critica os vícios dos peixes como
também denuncia a corrupção humana. d. Vieira critica os vícios dos peixes, mas denuncia a corrupção humana. 
4.2. Ainda que critique os vícios dos peixes, Vieira denuncia a corrupção humana.
5. c.
Página 62
MC
 
Oralidade
O1.4. Fazer inferências. 
O1.5. Reconhecer diferentes intenções comunicativas. 
O1.6. Verificar a adequação e a expressividade dos recursos verbais e não verbais. 
O1.7. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: discurso político […].
1.1. Os sermões de Vieira apresentam características semelhantes aos discursos políticos atuais, ao nível do carácter persuasivo, da dimensão ética e social, da capacidade de expor e argumentar e ao nível da
eloquência.
2. Vídeo
Discurso político de Malala Yousufzai
2.1. a. O ataque de que foi alvo gerou não o medo, mas o poder, a força e a coragem. b. A educação é um direito universal. c. É necessário lutar contra a iliteracia, a pobreza e o terrorismo. d. Maomé, Jesus
Cristo, Buda, Martin Luther King, Nelson Mandela, Mohammed Ali Jinnah, pai e mãe de Malala.
2.2. O discurso de Malala cumpre os objetivos da eloquência:
a. Presença de argumentos e de exemplos/provas (persuadir, ensinar) e de recursos expressivos que embelezam o discurso e agradam/deleitam os recetores ( “Pensaram que a bala nos silenciaria” – metáfora; “E do silêncio
saíram milhares de vozes” – metáfora e hipérbole; “Uma criança, um livro, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo” – enumeração e metáfora). b. Recursos não verbais em consonância com o discurso produzido:
postura confiante e séria; tom de voz audível e assertivo (sem hesitações); articulação correta de todas as palavras, ritmo fluente, adequado ao discurso, articulando pausas e emissões de voz; olhar frontal, direcionado para
os recetores, acompanhado de gestos assertivos – movimentos de cabeça e de mãos. c. Reação marcada pelos aplausos, que exprimem concordância e agrado relativamente ao que é dito.
2. Word
Grelha de análise de discurso político oral disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 7) 
Página 63
MC
 
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: a) entre as diversas partes constitutivas de um texto […]. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
2. CD Áudio – Faixa 3
Peroração
1.1. Oratória como arte de discursar em público (eloquência), que apela simultaneamente:
• à razão (convencendo por meio de argumentos lógicos);
• à emoção (persuadindo através da suscitação de sentimentos).
Página 64
Educação Literária (cont.)
3.1. D. ll. 1-9; A. ll. 10-18; E. ll. 19-39;B. ll. 40-49; C. ll. 49-50.
4.1. Ponto de vista: 
Os peixes devem alegrar-se pelo facto de, ao contrário do que acontece com os restantes animais e com os homens, não serem expostos ao sacrifício a Deus.
Exemplos do domínio do sagrado:
Levítico, Santo António
Argumentos: 
• os peixes caracterizam-se pelo respeito e pela reverência a Deus, pelo que, ao contrário de outros animais, não têm de sacrificar o sangue e a vida;
• os homens são pecadores (falta de consciência relativamente às más ações praticadas).
Página 65
5.1. Invejoso relativamente à condição dos peixes; pecador, que ofende a Deus com as palavras, a memória, o entendimento e a vontade.
5.2. Superioridade da condição dos peixes em relação à condição humana, devido ao facto de estes não serem animais racionais marcados pelo livre arbítrio (ao contrário dos homens).
5.3. Anáfora, paralelismo e enumeração (“Eu falo […] com a vontade.”, ll. 25-29), que realça o contraste entre os dois polos da comparação; interrogação retórica (ll. 33-34), que sugere a indagação sobre a condição de
pecador de Vieira.
6. Funções da oratória:
• docere: apresentação de citações e de exemplos do foro do sagrado (Levítico, Santo António), que conduzem ao aprofundamento do conhecimento religioso;
• delectare: discurso figurativo, marcado pela alegoria (Vieira prega aos homens, fingindo pregar aos peixes), pela comparação (ll. 23-25), pela metáfora (l. 13) e por outros recursos que embelezam o texto – destaque para a
anáfora, a enumeração e o paralelismo (cf. 5.3.);
• movere: discurso apelativo, marcado pela apóstrofe aos peixes (l. 19), pelas interrogações retóricas (ll. 6-9, 33-34), pelas frases exclamativas e imperativas (ll. 13-15), pela interjeição ( “Oh!”, l. 13; “Ah!”, l. 19) e pelos
argumentos de autoridade, do foro do sagrado (Levítico, Santo António).
Vídeo
Sermão de Santo António aos Peixes: objetivos da eloquência
MC
 
Gramática
G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
1. Exemplos:
a. “me” (l. 1), “eu” (l. 25). b. “vos” (l. 1), “peixes” (l. 1). c. “agora” (l. 49). 
1.1. a. Pregador / Padre António Vieira. b. Peixes / auditório.
2. Sim, nomeadamente os deíticos pessoais de 2.ª pessoa ao serviço do movere: implicação do auditório e incitamento à ação.
Página 66
MC
 
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Fazer inferências, fundamentando.
L7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros: […] discurso político […].
1. Marcas específicas do discurso político: carácter persuasivo, informação seletiva, capacidade de expor e argumentar (coerência e validade dos argumentos, contra-argumentos e provas), dimensão ética e social,
eloquência (valor expressivo dos recursos mobilizados).
Word
Grelha de análise de discurso político escrito disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 21) 
Página 67
2.1. b. 
2.2. b.
Página 68
2.3. a.
2.4. c.
2.5. a.
2.6. d.
3. Possíveis tópicos a abordar:
Descrição do cartoon:
• Obama discursa, vitorioso, incutindo ânimo e esperança no seu público (cf. tom verde do balão de fala); 
• os recetores/ouvintes (representados da mesma forma), vestem roupa com remendos e afastam-se do político, de cabeça baixa, mas contentes, empurrando um carro de supermercado vazio de produtos materiais, mas
cheio de esperança, com um balão de fala semelhante ao de Obama. 
Possíveis efeitos do discurso:
• discurso persuasivo e eloquente, que convence e deleita os recetores (palavra como alimento para a alma) e os conduz a agir de determinada forma;
• discurso manipulador, que engana os recetores.
Página 69
MC
 
Oralidade | Escrita
O3.3. Elaborar e registar argumentos e respetivos exemplos.
O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação. 
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente. 
O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto. 
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião. 
E12.1. Respeitar o tema. 
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema. 
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual: a) texto constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão),
individualizadas e devidamente proporcionadas; b) marcação correta de parágrafos; c) utilização adequada de conectores. 
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação. 
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final. 
1.1. / 2. Possíveis tópicos de reflexão:
Aspetos positivos da eloquência: capacidade de influenciar os outros a agir de forma correta em termos morais, éticos, sociais, políticos…
Aspetos negativos da eloquência: capacidade de manipular e de influenciar os outros a agir de forma incorreta em termos morais, éticos, sociais, políticos…; bajulação; demagogia; ludíbrio.
2. Word
Guião de produção de texto de opinião escrito disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 29) 
Sugestão:
A redação do texto de opinião poderá ser antecedida da leitura e análise integral do artigo de opinião “Padre António Vieira e a força da palavra” (disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor
(Materiais de Apoio, p. 18) 
Página 70
PowerPoint®
Sermão de Santo António: síntese da unidade
Vídeo
Sermão de Santo António aos Peixes: o milagre dos peixes
Página 72
Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2015) do exame nacional de Português, considerando o objeto de avaliação (11.º ano, Sermão de Santo António). Assim, é constituído por três grupos:
Grupo I (100 pontos) – em que se avaliam conhecimentos e capacidades de Educação Literária e de Escrita através de itens de construção. Este grupo inclui duas partes – A e B:
• a parte A, com uma cotação de 60 pontos, integra um texto, que constitui o suporte de itens de resposta restrita;
• a parte B, com uma cotação de 40 pontos, é constituída por itens de resposta restrita sobre conteúdos declarativos abordados na unidade.
Grupo II (50 pontos) – em que se avaliam capacidades de Leitura e de Gramática, através de itens de seleção e de construção.
Grupo III (50 pontos) – em que se avaliam conhecimentos e capacidades de Escrita, por meio de uma resposta extensa.
Visa-se, assim, que o aluno treine a resolução de testes com uma estrutura semelhante à dos exames.
PowerPoint® 
Sermão de Santo António: correção do teste formativo
Word
Encontram-se também disponíveis, nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Avaliação), os seguintes recursos:
• Grelha de autoavaliação, p. 2;
• Matriz do teste de avaliação, p. 48;
• Teste de avaliação (enunciado, cenários de resposta e grelha de correção), p. 50;
• Teste de avaliação da Compreensão do Oral (enunciado, texto para locução, cenários de resposta e grelha de correção), p. 10.
MC
 
Teste formativo
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar […] ideias principais […], justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.6. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 
L7.2. Fazer inferências, fundamentando. 
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros: discurso político […].
Página 73
G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género […] texto de opinião.E12.1. Respeitar o tema. 
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema. 
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
1. Sendo pequena no corpo e grande na força e no poder, a rémora pega-se ao leme de uma nau e impede que ela prossiga (ll. 5-7).
2. Entre a rémora e Santo António estabelece-se uma relação de analogia: tal como a rémora se pega ao leme e impede o seu avanço, também Santo António, com a força da sua palavra, “doma” os sentimentos
humanos negativos.
3. As naus têm um valor alegórico, contribuindo para a construção do discurso imagético característico do Sermão de Santo António. Através da referência às naus (Soberba, Cobiça. Vingança, Sensualidade), repreendem-
se os vícios do orgulho, da vingança, da cobiça/ambição e da sensualidade – comportamentos esses que correspondem a vícios censurados e, consequentemente, “domados” por Santo António.
4. O Sermão de Santo António baseia-se numa estrutura argumentativa que parte do geral para o particular. Assim, depois de apresentado o assunto do sermão, num primeiro momento elogiam-se as virtudes dos peixes,
em geral, depois em particular (peixe de Tobias, rémora, torpedo, quatro-olhos); num segundo momento, censuram-se os vícios dos peixes, primeiro em geral, depois em particular (roncadores, pegadores, voadores,
polvo). Para além disso, os argumentos são ilustrados com base em exemplos e/ou citações do foro do sagrado, que funcionam como argumentos de autoridade.
5. Exemplo: Um dos peixes cujos vícios são repreendidos no Capítulo V do Sermão de Santo António é o peixe-voador. Este peixe, caracterizado pelas suas enormes barbatanas, age como se fosse uma ave e pudesse
voar, simbolizando os homens ambiciosos, que não têm consciência dos limites impostos pela sua natureza e pelas suas capacidades.
Página 74
Grupo II
1.1. b.
1.2. a.
Página 75
1.3. b.
1.4. c.
1.5. c.
1.6. d.
1.7. c.
2.1. A expressão “[d]este ano” remete para um tempo (deítico temporal).
2.2. “secas e inundações” (l. 27).
Grupo III
1.1. Exemplo:
A pesca é uma atividade ancestral que, desde épocas remotas, tem garantido a subsistência humana e gerado desenvolvimento económico. No entanto, sobretudo a partir da segunda metade do século XX e graças
à pesca industrial, inúmeras espécies de peixe têm sido sobre-exploradas, encontrando-se já em vias de extinção.
Esta dicotomia é visível no caso português. De facto, Portugal é um país “à beira-mar plantado”, com cerca de um milhar de quilómetros de costa, onde são capturadas centenas de espécies de peixes de qualidade
ímpar. Aqui, a pesca revela-se não apenas a principal fonte de subsistência dos pescadores, mas também uma atividade com enorme potencial ao nível da economia e do turismo gastronómico. Consequentemente, fruto
talvez de políticas desadequadas e do desconhecimento dos que vivem da pesca, há já espécies de peixes que se encontram totalmente exploradas, sobre-exploradas ou esgotadas.
Como conciliar os interesses económicos e os interesses ambientais? Parece-me que a solução poderá passar pelo desenvolvimento de um trabalho conjunto levado a cabo conjuntamente pelas instituições
económico-políticas e pelas associações ambientais, visando um desenvolvimento sustentável. Da cooperação entre os dois tipos de instituições resultarão, sem dúvida, medidas favorecedoras de políticas de pesca que,
não prejudicando a atividade piscatória e o turismo gastronómico, coíbam a sobrepesca e a venda de peixes provenientes de pescas ou viveiros insustentáveis. 
(216 palavras)
Página 78
Segundo o Programa e Metas Curriculares, a obra Frei Luís de Sousa deverá ser lida integralmente. Nesse sentido, apresentam-se nesta unidade atividades com os seguintes focos:
• Contextualização – pp. 78-83;
• Estrutura da obra e texto analisado – pp. 84-85;
• Passado das personagens (Ato I, Cenas I a IV) – pp. 86-97;
• Decisão dos governadores e incêndio do palácio (Ato I, cenas V a XII) – pp. 100-107;
• De regresso ao palácio de D. João de Portugal (Ato II, Cenas I a III) – pp. 108- -114;
• Chegada do Romeiro (Ato II, cenas IV a XIV) – pp. 117-128;
• Decisões tomadas (Ato III, Cena I) – pp. 134-138;
• Das decisões tomadas à catástrofe final (Ato III, Cenas II a XII) – pp. 141-150;
• Síntese da unidade e teste formativo – pp. 151-157.
MC
 
Educação Literária | Oralidade | Leitura
EL14.12. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário: […] o drama romântico […].
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O1.4. Fazer inferências.
O2.1. Selecionar e registar as ideias-chave.
L7.2. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
1. Vídeo
Documentário Grandes Livros – Viagens na minha Terra (Companhia das Ideias)
Página 79
1.1. a. Fuga do rei D. João VI e da família real para o Brasil; após retirada das tropas, iminência da Revolução Liberal. b. D. Pedro: proclama a independência do Brasil (“Grito do Ipiranga”) e torna-se imperador
do país; D. Miguel: dirige golpe de regresso ao Absolutismo. c. Nasce como oposição ao Racionalismo; enfoque sobre o indivíduo, o drama humano, o amor, a tragédia, o sonho, o desejo de fuga, a idealização da
mulher, a procura do absoluto; coincidência com os ideais utópicos do Liberalismo (regeneração, refundação do país). d. 1824: D. Miguel tenta novo golpe contra o pai/rei, que o expulsa do país; 1826: o rei D. João
VI morre; D. Pedro vem a Lisboa, prepara uma carta constitucional e entrega a coroa à sua filha (futura D. Maria II), que tem 7 anos, ordenando a D. Miguel que se case com ela e que assuma a regência do país
até à sua maioridade; depois, volta para o Brasil; 1831: D. Pedro é obrigado a abdicar do trono e regressa a Portugal, liderando o desembarque no Mindelo e o cerco do Porto e iniciando, assim, a guerra civil.
2. Word
Friso cronológico da vida de Almeida Garrett disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 33) 
Vídeo
Frei Luís de Sousa: contextualização histórico-literária
Página 80
Sugestão
Esta atividade poderá ser antecedida da análise de friso cronológico relativo à época romântica.
Interatividade
A literatura portuguesa: do século XVII ao século XIX
Página 81
William Turner (1775-1851)
• Pintor romântico inglês.
• Focado em estudos sobre cor e luz.
• Temas predominantes: paisagens românticas.
3.1. a. V – O conceito de Romantismo designa um tipo de sensibilidade (marcada pela sentimentalismo, imaginação e pela sensibilidade) e um período ou movimento literário e artístico iniciado nos finais do século
XVIII.
b. V – No sentido histórico, o conceito de Romantismo (marcado pelo excesso e pelo sentimentalismo) contrasta com o de Classicismo (pautado pela ordem e pelo equilíbrio). c. V – O Romantismo é marcado por uma nova
conceção de herói (desequilibrado, impetuoso, insatisfeito), que se opõe ao conceito de herói clássico. d. V – A mulher tanto pode ser encarada como o anjo redentor quanto como o demónio que leva à perdição (conceito
de mulher fatal). e. V – O individualismo assume-se como eixo central do Romantismo, exprimindo de forma subjetiva e original atitudes/sentimentos como a exacerbação sentimental, o desalento, a revolta, a melancolia, o
desejo de evasão… f. F. – No Romantismo valoriza-se a criação de géneros novos, mistos (ex.: romance histórico, romance psicológico, drama, poesia em prosa).
Página 83
4.2. a. Simplicidade da ação (l. 2); número reduzido de personagens, pertencentes a um estrato social elevado – pai, mãe, filha, escudeiro, frade, peregrino (ll. 41-42); ausênciade excessos nas atitudes das
personagens e de cenas de violência (ll. 43-46); objetivo de suscitação de terror e de piedade (ll. 46-47); presença de elementos como o sofrimento das personagens (ll. 13-15), catástrofe (l. 8). b. Texto escrito em
prosa (l. 23).
4.3. CD Áudio – Faixa 4
Biografia de Frei Luís de Sousa
4.3.1. Tópicos de reflexão:
• Frei Luís de Sousa é o nome por que ficou conhecido Manuel de Sousa Coutinho depois de se ter tornado frade; no convento, tornou-se cronista, tendo a sua prosa sido elogiada pela pureza, fluência e domínio
perfeito da língua;
• Almeida Garrett escreve a obra Frei Luís de Sousa em prosa (e não em verso, como acontecia nas tragédias clássicas), pois a produção literária de Frei Luís de Sousa também é em prosa.
Interatividade
Frei Luís de Sousa: drama ou tragédia
Vídeo
Frei Luís de Sousa: as fontes literárias
Página 84
MC
 
Educação Literária
EL14.6. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. 
EL14.9. Reconhecer e caracterizar os elementos constitutivos do texto dramático: a) ato e cena; b) didascália; c) diálogo, monólogo e aparte.
Vídeo
Frei Luís de Sousa: estrutura da obra
Página 85
MC
 
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.9. Reconhecer e caracterizar os elementos constitutivos do texto dramático: a) ato e cena; b) didascália; c) diálogo, monólogo e aparte.
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 
Interatividade
Frei Luís de Sousa: texto analisado
Página 86
Nota: Por uma questão didática (cf. tempos letivos atribuídos ao estudo da obra), nesta subunidade, relativa à Exposição, as cenas I a IV são apresentadas de forma intercalada com os questionários, subdividindo-se em três
momentos:
Passado das personagens
• Cena I (p. 87);
• Cena II (pp. 88-93).
• Cenas III e IV (pp. 95-97).
Utilizou-se a edição referenciada no final dos excertos. Contudo, atualizou-se a grafia de algumas palavras que poderiam dar a impressão de incorreção ortográfica, mantendo-se a de outras que podem ser hoje estudadas como
arcaísmos ou marcas de registos populares.
MC
 (pp. 86-97)
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais […], justificando. 
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens. 
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: […] c) entre características e pontos de vista das personagens; d) entre obras.
EL14.9. Reconhecer e caracterizar os elementos constitutivos do texto dramático: a) ato e cena; b) didascália; c) diálogo, monólogo e aparte. 
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente.
1.1. Potenciais relações:
• tal como no episódio “Inês de Castro”, Frei Luís de Sousa desenvolve a temática do amor (trágico);
• o destino de uma das personagens femininas será fatal, culminando em morte;
• uma das personagens sofre um “engano da alma”.
• uma situação de aparente sossego vai dar lugar a uma grande mudança.
2. a. Drama. b. Teatro da Quinta do Pinheiro, em 4 de julho de 1843. c. Almada. d. Teor trágico (cf. nota 1).
Pablo Picasso (1881-1973)
• Artista espanhol que desenvolveu uma conceção de pintura que deu origem ao Cubismo.
• Alguns temas: mendigos, deserdados (período azul), circo, saltimbancos (período rosa), temas clássicos, figuras greco-romanas (período greco-romano).
• Características cubistas: formas semigeométricas, espaços abstratos, imagens conceptuais do real.
• O Sonho (1932): personagem feminina sensual que dorme um sono calmo e sereno (a modelo será a mãe da futura filha de Picasso).
Página 87
4.1. Funcionalidade: conjunto de informações que o dramaturgo fornece e que complementam o texto principal (indicação cénica/didascália).
Destinatários: leitor, encenador, cenógrafo, etc.
4.2. Informações veiculadas: descrição e enquadramento do espaço físico e social onde decorre a ação; referência ao momento temporal em que tem início a história.
4.3. Recursos predominantes: enumeração: “Porcelanas, charões, sedas, flores, etc.”; “obras de tapeçaria meias feitas e um vaso da China de colo alto com flores” ; adjetivação expressiva: “Câmara antiga, ornada com todo o luxo e
caprichosa elegância portuguesa”; “o retrato, em corpo inteiro, de um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz branca”.
Valor/expressividade: contribuem para que o leitor visualize o espaço da ação e percecione em pormenor; em contexto teatral, possibilita a reprodução do cenário com fidelidade.
5. Emotiva, pensativa, angustiada, disfórica. 
5.1. Relação de contraste: D. Inês sofreu um “engano”, mas viveu em pleno o seu amor. D. Madalena não vive o seu, sentindo-se mais infeliz, porque o medo constante não lhe permite alcançar a felicidade.
Página 88
Educação Literária (cont.)
1. Áudio
Cena II, Ato I
Página 93
Educação Literária (cont.)
2. D. Madalena de Vilhena – mulher de condição nobre, esposa de D. João de Portugal (1.º casamento) e de Manuel de Sousa Coutinho (2.º casamento), mãe de Maria; angustiada relativamente ao passado. 
D. Manuel de Sousa Coutinho – homem de condição nobre, segundo marido de D. Madalena, pai de Maria, surge desvalorizado em relação ao carácter inflexível de D. João de Portugal.
Maria – filha de D. Madalena e de D. Manuel; criança curiosa, inteligente, formosa, bondosa, mas de débil condição física.
Telmo – escudeiro valido e fiel, “familiar quase parente”, parece o coro grego, anunciando agoiros e pressentimentos; não esquece o seu senhor, D. João de Portugal, mas nutre grande afeição por Maria.
3.1. Batalha de Alcácer Quibir (1578); desaparecimento de D. João de Portugal e do rei D. Sebastião; busca do marido desaparecido durante sete anos, por D. Madalena; segundo casamento de D. Madalena com D.
Manuel de Sousa Coutinho; nascimento de Maria (1599).
Página 94
3.2. Telmo crê no regresso de D. João, devido a uma carta escrita pelo seu amo, na qual garantia que havia de regressar “vivo ou morto”. (ll. 133-135).
3.3. a. D. João de Portugal – este primeiro marido de D. Madalena; amo de Telmo e nobre de condição; “espelho de cavalaria e gentileza, […] flor dos bons” (ll. 162-163); cavaleiro que desapareceu na batalha de Alcácer
Quibir, conjuntamente com D. Sebastião. 
b. D. Madalena – angustiada com as alusões de Telmo; preocupada com a filha e receosa que esta compreenda as mensagens (veladas) de Telmo; aterrorizada com a lembrança do seu passado; ensombrada pela
“presença” de D. João de Portugal através de Telmo; culpada pelo amor que nutre por D. Manuel e nunca teve por D. João de Portugal. 
c. Telmo – duvidoso sobre a morte de D. João de Portugal; crente no seu retorno; orgulhoso da sua crença; desempenha a função de coro grego, emitindo augúrios e desgraças constantes que martirizam D. Madalena;
revoltado, por lealdade para com D. João, por causa do amor que D. Madalena tem por D. Manuel. 
d. Maria – a compreensão do passado pode conduzi-la à desgraça/morte (o próprio nascimento será motivo de vergonha e nódoa, se D. João aparecer); condenação à “eterna desonra” (l. 174). 
3.4. D. Madalena – no passado, Telmo tratava-a com carinho, aconselhando-a e exercendo grande influência nas suas opções; no presente, critica-a, pelo seu amor por D. Manuel e esquecimento de D. João.
Maria – no passado, Telmo rejeitava-a por ser filha de D. Manuel e de um eventual amor ilegítimo; no presente, ama-a e protege-a (“hei de salvar o meu anjo do céu!”, l. 192).
3.5. Levantar dúvidas sobre a morte de D. João de Portugal. 
4.1. a.
4.2. b.
4.3. a.
Página 97
Educação Literária (cont.)
2.1. Crença no regresso de D. Sebastião; preocupaçãocom o povo, pela presença de Espanha em território português; preocupação com a reação da mãe.
2.2. Fértil imaginação de Maria, que indicia desgraça; flores que murcham, sugerindo a morte progressiva e anunciada.
3.1. Intensificação do sofrimento e da angústia (“mortificada”, l. 82), provavelmente devido ao facto de se lembrar que D. João poderá estar ainda vivo (o que conduzirá Maria ao estatuto de filha ilegítima). 
MC
 
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior. 
1. a. Aférese do a. b. Síncope do u; palatalização do grupo cl em lh.
2. Exemplos: a. íntegro – inteiro. b. cátedra – cadeira. c. madre – mãe. d. padre – pai .
2.1.1. c.
2.1.2. a.
Página 98
MC
 
Leitura | Oralidade
L7.2. Fazer inferências, fundamentando. 
L7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. 
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto. 
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando. 
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros: […] artigo de opinião. 
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante. 
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando. 
O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação. 
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente. 
O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
Nota: A designação artigo/texto de opinião é ampla, podendo abarcar vários géneros textuais. No âmbito da imprensa, a secção “Opinião” tende a incluir géneros como o editorial ou a crónica, por exemplo. Nesse sentido, os
textos produzidos por autores como Manuel Halpern, Ricardo Araújo Pereira ou Miguel Esteves Cardoso e integrados na secção “Opinião” podem ser classificados como artigos de opinião (crónicas).
Página 99
1.2. Crítica/ridicularização da exposição pública de declarações de amor nas redes sociais.
1.3. a. Pessoa que publica um “coraçãozinho” na rede social. b. Perda de privacidade provocada pela exposição de informação em redes sociais e em blogues. c. Publicação de fotografias em biquíni. d. “necessidade
de assunção pública de algo que pertence tradicionalmente à esfera privada.” (ll. 13-14). e. Cerimónia do casamento e união de facto. f. Carácter falacioso do virtual, motivado pela inexistência da proximidade efetiva, física.
1.4.1. a. Ridicularização da expressão das declarações de amor nas redes sociais (juízo de valor implícito). b. Interjeição (“Ena”), frase exclamativa, ironia. c. Crítica à exposição pública de assuntos de carácter
privado (juízo de valor explícito). d. Vocabulário usado com sentido denotativo, adjetivo com valor expressivo (“descarada”). e. Crítica à exposição pública de assuntos de carácter privado (juízo de valor explícito). f.
Repetição (”sim, sim”), interrogação retórica, ironia.
Word
Grelha de análise de artigo de opinião, disponível nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor (Materiais de Apoio, p. 23) 
2. Possíveis tópicos a abordar:
Aspetos positivos:
• virtualidade como meio de comunicação, confere maior abertura e espontaneidade; 
• forma de expressão rápida, imediata e espontânea;
• partilha de sentimentos e de momentos importantes. 
Aspetos negativos:
• exposição pública de aspetos do foro privado:
• perda de privacidade;
• conhecimento da vida privada por terceiros;
• comentários negativos/depreciativos por parte de outros intervenientes (gozo, paródia…);
• alienação da realidade;
• exibicionismo.
Página 100
Nota: Por uma questão didática (cf. tempos letivos atribuídos ao estudo da obra), nesta subunidade, as cenas V a XII do ato I são apresentadas de forma intercalada com os questionários, subdividindo-se em três
momentos:
Decisão dos governadores e incêndio do palácio
• Cenas V-VII (pp. 100-103);
• Cena VIII (pp. 104-105);
• Cenas IX a XII (pp. 106-107).
MC
 (pp. 100-107) 
Educação Literária | Oralidade
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura. 
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. 
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. 
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens. 
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: […] b) entre situações ou episódios; c) entre características e pontos de vista das personagens […].
O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação. 
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. 
O4.3. Mobilizar informação pertinente. 
O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação. 
1.1. Possíveis tópicos a abordar:
a. Coração – sentimentos, emoções, estados de espírito; cérebro – razão, pensamento, consciência; cordas – ligação entre a razão e o sentimento.
b. Figura masculina a dedilhar/tocar as cordas que ligam o coração e o cérebro; vida humana como equilíbrio/harmonia entre a razão e a emoção.
c. Ambiente marcado pela tranquilidade, sobriedade e equilíbrio suscitados pela melodia sugerida.
Sugestão:
Com base na reflexão feita, o cartoon pode ser objeto de apreciação crítica (oral ou escrita).
Guiões de produção de apreciação crítica (oral e escrita) disponíveis nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor .
Página 103
Educação Literária (cont.)
3.1. Os governadores decidiram sair de Lisboa e instalar-se na casa de D. Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena.
3.2. D. Madalena: atitudes de receio, passividade e resignação.
Maria: postura de revolta, defendendo energicamente o povo e pretendendo que o pai enfrente os tiranos e os combata. 
4.1. Oito horas do dia 28 de julho de 1599, de noite: “brandões acesos – É noite fechada.” (didascália inicial da cena VIII); “Não apaguem esses brandões” (l. 55); “são oito horas, à meia-noite vão quatro” (l. 72).
4.2. a. Receosa, consternada, pressentindo desgraças, tentando chamar o marido à razão, aterrorizada com a mudança para a casa de D. João de Portugal. b. Orgulhosa, contente e vibrante com a postura do pai. c.
Mediador do conflito (concordando com D. Madalena, exige prudência; concordando com D. Manuel, aceita a mudança de moradia); agradado com a proximidade trazida pela mudança física; assume a função do coro grego,
aconselhando as personagens.
4.3. D. Manuel de Sousa: autoritário e assertivo (“Façam o que lhes disse.”, l. 54); carinhoso “(Abraça-as”, l. 56); preocupado (“nunca entraste em casa assim”, l. 61); cansado (“estou cansado”, l. 64); revoltado (“Luís de Moura é
um vilão ruim: faz como quem é”, l. 76); “um português dos verdadeiros” (l. 83); impulsivo (“Prudência, e lembra-te de tua filha”, l. 90); decidido (“nós forçosamente havemos de sair antes de eles entrarem.”, ll. 92-93).
4.3.1. c. Trata-se de uma caracterização indireta de cariz psicológico, recaindo sobre a personalidade de D. Manuel de Sousa Coutinho (caracterização inferida a partir dos comportamentos e das réplicas da personagem). 
4.4.1. D. Manuel, com os seus atos, demonstra o seu amor à pátria, não se subjugando ao “invasor” espanhol. Prefere deixar para trás os seus haveres a perder a sua identidade de verdadeiro português.
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Educação Literária 
1. CD Áudio – Faixa 5
Decisão dos governadores
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Educação Literária | Oralidade (cont.)
2.1. A mudança para o palácio de D. João de Portugal. 
2.2. D. Manuel vê na mudança uma resposta à infâmia dos governantes e a possibilidade de um futuro patriótico; D. Madalena prevê a tragédia e a perdição para si e toda a sua família.
2.3. D. Madalena adota um tom sentimental e emotivo, sem argumentação lógica e fundamentação racional; D. Manuel assume um tom racional, fundamentando logicamente a sua argumentação.
3. Possível tópico de reflexão: 
• contraste entre a atitude de D. Manuel (patriotismo, luta pela independência portuguesa; combate ativo ao domínio espanhol) e os portugueses atuais (passividade relativamente à situação económico-política

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