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Escrituração Zootécnica: Maria Eduarda Backes Perin Introdução: → Anotações das propriedades, para que seja possível tomar decisões assertivas, → Descrição de toda a estrutura da propriedade; Não precisa estar trabalhando com um software para realizar a escrituração zootécnica. Os programas facilitam, mas não são imprescindíveis. → A escrituração zootécnica é imprescindível nos sistemas de produção, envolve a identificação dos animais atrelado aos registros de ocorrências; Informações: • Reprodutivas • Produtivas • Genealogia • Sanitários Quanto mais informações anotadas, mais dados temos para serem utilizados depois. (Melhor pecar pelo excesso de informações do que faltar algum dado importante). → Além de anotar as informações precisamos utilizá-las se não de nada adianta Planejamento: Onde? → Planilha sofisticada? Caderneta de campo? → Onde essas anotações serão feitas; Quando? → Período quinzenal? Semanal? Mensal? → De quando serão essas anotações; Quem? → Qual a fase de vida do animal? → Animais em lactação, neonatos e etc. Por quê? → Importante repassar para todas as pessoas envolvidas da propriedade a importância das anotações coletadas → Mostrar resultados a partir disso, e frisar a importância de uma anotação correta, conforme o solicitado, também para realmente provar que não foi em vão. Escrituração Zootécnica: 1 - Como os animais serão identificados? → Qual será o método de identificação? → Qual o interesse específico? → Qual método melhor a propriedade se adaptaria? 2 - Quais informações serão anotadas? → Lactação; → Alimentação; → Temperatura; → Ciclo reprodutivo; → Incidência de partos ou óbitos; → Ocorrência de doenças. 3 - De que forma serão coletadas e anotadas as informações? 4 - Quem irá realizar essa coleta? → Alguém precisa ser responsável por assumir o compromisso se não um ficará jogando para o outro. → É preciso definir uma pessoa específica para reunir essas informações. 5 - Quando as informações serão coletadas? → Qual fase e categoria serão coletadas? 6 - Com qual frequência as informações serão coletadas? → A frequência pode ser dependendo do critério zootécnico (reprodução, nutrição e etc) 7 - Por que determinada informação será colhida? → Com que objetivo essas informações serão anotadas, para que no futuro possa ser possível ver onde a propriedade está errando e consiga melhorar. Métodos de identificação: Nomes: → São mais utilizados em propriedades com poucos animais. (muitas vezes pode causar confusão, quando não se conhece os animais) Brincos: → Frequente em ruminantes, ovinos, caprinos e em minoria em suínos. → No caso da CIDASC serve para ter um controle de rastreabilidade. → Importante ter dois para caso o animal perca um ainda tenho o outro → Método fácil de identificação → Desvantagem: pode rasgar a orelha do animal → Tem um local específico para colocar.: Sempre tentar colocar entre os dois primeiros nervos e em uma região mais central que dê para visualizar bem. → Realizar a profilaxia antes da aplicação e evitar problemas → CIDASC exige que coloque brinco no máximo até 6 meses depois do nascimento. Animal com mais de 6 meses e sem identificação pode ser passível de multa e/ou abate sanitário visto que seria um animal ''clandestino'' e não se sabe a origem Colares: → Utilizado em bovinocultura de leite e também em caprinos e ovinos. → Podem ser mais tecnológicos ou mais simples → Com chip que pode identificar a taxa de ruminação, temperatura corporal, parâmetros de atividade do animal durante o dia (quanto tempo ficou em pé, passos dados e etc) para determinar se está em cio ou não e outras informações → Algumas empresas trabalham com aluguel de colares. Paga uma espécie de ''mensalidade'' para o produtor ser convencido e induzido a adquirir Pedômetro: → Pulseira que vai no pé do animal que pode ter um parâmetro de passos ao longo do dia. Vantagem que é mais em conta do que a coleira. Tatuagens: → Ovinocultura e raça Jersey também é usado. → Realizar entremeio dos nervos das orelhas → Na suinocultura a orelha não é tatuada porque não pode ser aproveitada Vantagens da identificação: não tem como negar que o animal não é meu. Desvantagem: acaba causando uma agressão e pode acabar perfurando. Bem-estar animal** Piques nas orelhas - suínos e ovinos → Cada granja vai ter o seu código. → Imagem abaixo são algumas opções de locais para realizar os piques: Marcação a ferro: → Tanto de ferro quente ou nitrogênio líquido com ferro frio → Ferro frio a marcação fica branca → Ferro quente fica uma marcação quente → Usado bastante em equinos → Em ruminantes com brucelose e tuberculose é necessário realizar a marcação para identificar que vai para o abate sanitário. Tinta: → Desvantagem: fácil de perder a identificação dependendo da tinta → Utiliza-se para marcações mais temporárias Bolus ruminal: → Introduzido um chip no rúmen via oral e ele vai conseguir emitir a identificação em algum leitor Vantagem: de ter uma identificação precisa. O animal não consegue perder e pode estar reutilizando em um próximo animal Chips: Pode estar associado a demais métodos Anotações: → Momentos (Datas); → Condições das ocorrências → Extensão das ocorrências; Quanto mais detalhada a informação for, mais informações poderão ser extraídas e ajudar a converter isso em algo benéfico Locais anotações: → Cadernetas → Fichas → Softwares → Escrituração → Evitar endogamia dentro do rebanho → Realizar a avaliação genética; Essas anotações normalmente serão diárias ou periódicas e feitas por peões, vaqueiros, ordenadores, produtores e técnicos para controlar os índices produtivos e reprodutivos da propriedade como um todo e dos animais individuais. Modelo de escrituração zootécnica: Genealogia: É ver toda a árvore genealógica do animal, como ávos, pais... Escrituração: → Evitar endogamia dentro do rebanho; → Realizar a avaliação genética; → Existem diferentes tipos de escriturações, variando de acordo com a função do animal. → EX.: Ficha individual para gado leiteiro, ficha da ABCZ... Parâmetro genéticos: O que é avaliação genética? → Avaliar os animais geneticamente → Estimar os valores genéticos aditivos dos animais → A parte dos componentes genéticos cuja a transmissão se consegue prever → Quanto de impressão conseguimos trazer da geração anterior? Avaliação genética: Programas de melhoramento são baseados em SELEÇÃO → Seleciona-se para a reprodução os animais com alto valor genético para as características que servem os objetivos do criador; → Espera-se que os descendentes também tenham alto valor genético por terem uma maior frequência de genes favoráveis. → Próxima geração precisa ser igual ou melhor que a última geração → Quando não temos nenhuma informação específica sobre os genes temos que começar a perguntar para o produtor e começar a anotar a partir dali → Podemos estar fazendo uma estimativa de valor genético através da genealogia Estima-se o valor genético por meio das informações fenotípicas dos: → Indivíduos → Parentes Avaliação genética P-G+E+GE P = fenótipo G = genótipo E = ambiente GE = interação genótipo-ambiente Genótipo = (G) Temos variáveis que podem estar influenciando (A, D e I) A = efeito genético aditivo D = efeito genético de dominância I = efeito genético de epistasia G=A = ação combinada de genes em muitos loci, cada um com pequeno efeito Fenótipo (P) → São características que conseguimos determinar ou mensurar, como cor da pelagem, peso à desmama, peso a um ano, produção de leite, circunferência escrotal → É impossível determinar diretamente o valor genético dos animais por meio do fenótipo Valor genético estimado:→ A precisão da estimação do valor genético vai depender da importância do ambiente sobre a característica de interesse Acurácia do valor genético: Acurácia = confiabilidade → Precisão da estimativa do valor genético; → Correlação entre valor genético real e o fenótipo; → Está associada à hereditariedade A acurácia da estimativa do valor genético depende: → Hereditariedade do caráter; → Número de informações; → Parentesco entre o animal avaliado e as fontes de informações; → Uniformidade do ambiente dos animais avaliados. Efeito de ambiente (E) Pode ser dividido em dois tipos: Natureza sistemática: Podem ser levados em conta por métodos estatísticos adequados removendo boa parte da variabilidade ambiental → Sexo → Ano de nascimento → Tipo de manejo Natureza intangível: Não é possível mensurar Parâmetros genéticos: → Herdabilidade → Correlação → Repetibilidade Parâmetros genéticos estimados: → Permitem que conheçamos a estrutura genética das populações para realizarmos a seleção → São específicos para determinada população Herdabilidade – H² → A proporção das diferenças entre animais que é transmitida para a descendência → Proporção da variância fenotípica que é de natureza genética aditiva 0 < h2 < 1 → O valor genético dos animais depende da herdabilidade do caráter, quanto mais próxima de 1,0 maior será a influência do genótipo sobre o fenótipo e, dessa forma, haverá pouca influência do ambiente Repetibilidade: → Registros repetidos Ex: produção de leite e peso do velo Repetibilidade = proporção da variância fenotípica total que é devida às diferenças genéticas e de ambiente permanente Efeitos do ambiente: Os efeitos de ambiente podem ser de dois tipos temporário ou permanente: Ambiente temporário: influencia uma medida, mas não influencia outra em um mesmo animal. Ex: a época do ano é um efeito de ambiente temporário; Ambiente permanente: influencia o animal permanentemente em todas as mensurações. Ex: Perder um quarto do úbere pela mastite. Correlação: → Medida de associação entre duas características 1 - é considerada negativa e as características têm uma relação inversamente proporcional, quando uma tem altos valores genéticos a outra tem baixos e vice-versa + 1 é considerada positiva e as características têm uma relação proporcional, quando uma tem altos valores genéticos a outra também
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