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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CRCRJ Professor Jefferson Dantas CURSO DEPARTAMENTO PESSOAL – MÓDULO I Rio de Janeiro – RJ 22/02/2021 INTRODUÇÃO Com a instabilidade no mercado de trabalho no Brasil e a escassez de vagas de emprego para especialistas principalmente de administração de pessoal, o profissional da contabilidade que atua no Departamento Pessoal se vê obrigado e mergulhar nesse imenso oceano da Legislação Trabalhista e seus processos burocráticos para compreender e defender os interesses da sua prestação de serviços. Requisição de pessoal, processos admissionais, modelos de contratos, motivos de demissão, advertências, dentre outros assuntos serão cada vez mais discutidos e exigidos a fim de completar o conhecimento do profissional dessa área. Desafios não faltam! Cabe a este profissional de Departamento Pessoal, encarar este “mar revolto” e aprofundarem-se cada vez mais nos processos burocráticos de um Departamento Pessoal que sofre atualizações constantes na legislação trabalhista e ainda entrega as movimentações de modo eletrônico ao eSocial. Assim nasceu este curso para especialistas em Departamento Pessoal. Profissionais de mercado, atuantes e especialistas em suas áreas reunidos para trocar, compartilhar e desenvolver ideias de boas práticas no principal subsistema de Recursos Humanos. Sejam todos bem-vindos! Bom curso! JEFFERSON DANTAS Fevereiro de 2021 INDICE 1) Introdução ao Departamento Pessoal 2) Definição de Empregador e Empregado 3) Indicadores de Cadastro do Empregador 4) Tabelas Trabalhistas 5) Saúde e Segurando do Trabalho – ASO 6) Processos Admissionais 7) CTPS Digital 8) Concessão de Vale Transporte 9) Salário Família 10) Dependentes de Imposto de Renda 11) Contrato de Trabalho 12) Contrato de Trabalho Intermitente 13) Interrupção e Suspensão de Contrato de Trabalho 14) Contrato de Aprendizagem 15) Contrato de Estágio 16) Contrato de Autônomo 17) Controle de Afastamentos 18) Licença Maternidade 19) Auxílio Doença 20) Acidente de Trabalho 21) Controle de Jornada 22) Horário Noturno 23) Banco de Horas e Compensação de Horas 24) Remuneração do Trabalhador INTRODUÇÃO AO DEPARTAMENTO DE PESSOAL Para entendermos a legislação trabalhista devemos em primeiro lugar conceituar a figura do empregador e do empregado, visto que suas normas são todas aplicadas para regular as relações individuais e coletivas de trabalho entre eles. EMPREGADOR Pelos termos do artigo 2º da CLT, considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. São equiparados a empregador: a - os profissionais liberais - pessoas que prestam serviços com autonomia, como por exemplo: médicos, dentistas, contabilistas, arquitetos, etc., que tenham empregados. b - as instituições de beneficência - são entidades sem fins lucrativos em suas atividades, que prestam caridade como, por exemplo, a assistência social. c - as associações recreativas - cuja finalidade é a recreação, como por exemplo, clubes. d – outras instituições sem fins lucrativos – que não têm como objetivo o lucro, como por exemplo, as cooperativas, os sindicatos, as associações culturais e cívicas, em relação a seus empregados. e – os condomínios - pelos termos da Lei 2.757/56, quando têm empregados são considerados empregadores. f – os cartórios - pelos termos da Lei 8.935/94 há vínculo empregatício entre o servidor do cartório e seu titular, mesmo havendo concurso para admissão. g – as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) - mesmo favorecidas pela Lei 9.841/99 sob o aspecto tributário, com empregados, são consideradas empregadoras, inclusive aquelas que tenham optado pelo SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). h – Microempreendedor Individual (1) i – empregador Doméstico EMPREGADO Empregado é toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a um empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não há diferença relativa à espécie de emprego e condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual, consoante se depreende do artigo 3º da CLT. Sendo assim, a relação de emprego tem as seguintes características: a - pessoa física - empregado não pode ser pessoa jurídica. Não se pode, portanto, firmar um contrato de trabalho com uma empresa, visto que os serviços prestados pela pessoa jurídica são regulados pelo direito civil. b – não eventual - o trabalho do empregado deve ser feito de forma contínua, não podendo assim ser ocasional. O trabalho do empregado não precisa ser feito todos os dias, mas tem que ser habitual. Exemplo: Um médico plantonista que comparece uma vez por semana ao Hospital, ou o empregado rural que trabalha na época das plantações e da colheita. Ambos são empregados. c – dependência - a palavra dependência pode ser empregada como subordinação, pois o empregado fica à disposição do empregador, que executa ordens. A subordinação pode ser econômica, técnica e hierárquica. Na hipótese de não existir a subordinação, o trabalho prestado, com certeza, é autônomo. d – salário - o empregado sempre recebe salário pela prestação de serviços, visto que o contrato de trabalho é sempre oneroso. e - pessoalidade - o trabalho prestado é intuitu personaei; isto quer dizer que a prestação de serviço somente pode ser feita pelo empregado. Exemplo: quando um médico for contratado para dar plantões, este não poderá se fazer substituir por um colega, pois se assim o fizer o trabalho prestado é autônomo. INDICADORES DE CADASTRO DO EMPREGADOR Parâmetros para o processamento de Folha de Pagamento Para elaboração de uma folha de pagamento, devemos indicar as informações necessárias para cálculo e apuração de suas verbas com base na legislação trabalhista, previdenciária e fiscais. Fazem parte da parametrização o Regime de Tributação da Empresas, as Tabelas Trabalhistas específicas de acordo com a legislação, as Verbas que compõem e que não compõe a remuneração, seus descontos e suas incidências legais. CNAE Preponderante Alíquota RAT FAP Código FPAS Código de Terceiros CNAE PREPONDERANTE IN 971/09 ART. 72 – CNAE PREPONDERANTE a) A empresa com 1 (um) estabelecimento e uma única atividade econômica, enquadrar-se-á na respectiva atividade; (incluído(a) pelo(a) instrução normativa RFB nº 1080, de 03 de novembro de 2010) b) A empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica, simulará o enquadramento em cada atividade e prevalecerá, como preponderante, aquela que tem o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos; (incluído(a) pelo(a) instrução normativa RFB nº 1080, de 03 de novembro de 2010) ALÍQUOTA RAT – RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO Representa a contribuição da empresa, prevista no inciso II do artigo 22 da lei 8212/91, e consiste em percentual que mede o risco da atividade econômica, com base no qual é cobrada a contribuição para financiar os benefícios previdenciários decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa (GIL-RAT). A alíquota de contribuição para o RAT será de 1% se a atividade é de risco mínimo; 2% se de risco médio e de 3% se de risco grave, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no de correr do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos. Instrução Normativa 1867 de 2019. FAP – FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO FPAS TERCEIROS TABELAS TRABALHISTAS TABELA PROGRESSIVA DO INSSA tabela de contribuição mensal poderá ser utilizada para consulta sobre as faixas de salários e respectivas alíquotas de incidência para o cálculo da contribuição a ser paga ao INSS. TABELA DO SALÁRIO FAMÍLIA O Salário Família é o benefício previdenciário que têm direito os segurados empregados, inclusive os domésticos, e aos trabalhadores avulsos que tenham salário de contribuição inferior ou igual a remuneração máxima da tabela do salário família. TABELA DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Incide sobre a renda e os proventos de contribuintes residentes no País ou residentes no exterior que recebam rendimentos de fontes no Brasil. Apresenta alíquotas variáveis conforme a renda dos contribuintes, de forma que os de menor renda não sejam alcançados pela tributação. Ano-calendário de 2021: (congelada) Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$) Até 1.903,88 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,69 27,5 869,36 Dedução pode dependentes 189,59 Mínimos de Retenção do IR 10,00 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA - Empresas a partir de um empregado. NR22 – Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR – Empresa de mineração. NR18- Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção – PCMAT NR7- Programa de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional – PCMSO Empresas que possuem empregado. NR15 – Laudo de insalubridade NR16 – Laudo de periculosidade NR5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ASO – ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL Na admissão – ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) emitido por médico do Trabalho, de acordo com o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Anual ou intervalos menores conforme critério médico - trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que implique no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional; Anual - menores de 18 anos e maiores de 45 anos; A cada 2 anos - trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade; Retorno ao Trabalho – 1º dia de volta ao trabalho, para trabalhador ausente, por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de natureza ocupacional ou parto. Mudança de Função - que implique na ocupação de trabalhador a risco diferente daquele que estava exposto antes da mudança; Demissão - dentro de 15 dias que antecede o desligamento do empregado. Observação: Fique atento às mudanças na legislação do Trabalho. Os exames devem ser definidos em quantidade e prazo pelo PCMSO, de acordo com a atividade da empresa e também do trabalhador. Base legal: NR7 Portaria 3214/78 PCMSO Todos empregadores e instituições que admitam trabalhadores estão obrigados a elaborar e implantar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO O PCMSO tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados, em função dos riscos existentes no ambiente de trabalho e de doenças profissionais. Responsabilidade do Empregador Garantir a elaboração e a efetiva implementação do PCMSO. Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO. Indicar, dentre os médicos do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO. Prestação de Serviços As empresas que contratarem mão de Obra por intermédio de empresa prestadora de serviços deverão informar a esta os riscos decorrentes da execução do trabalho, auxiliando inclusive na elaboração e implementação do PCMSO no local onde o serviço for prestado. Relatório Anual Neste relatório devem ser discriminados, por setor da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluídos avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados, considerados anormais, bem como o planejamento para o próximo ano. O relatório pode ser armazenado soba a forma de arquivo informatizado desde que propicie o imediato acesso por parte do agente de inspeção do trabalho. PPRA O programa tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. Responsabilidade sobre o PPRA O empregador tem como responsabilidade estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. Ao trabalhador caberá: Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA Seguir orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. Etapas do PPRA Antecipação e reconhecimento dos riscos Estabelecimentos de prioridades e metas de avaliação e controle Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia Monitoramento da exposição aos riscos Registro e divulgação dos dados. PPP O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades na respectiva empresa. Finalidade: Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em particular, o benefício de aposentadoria especial; Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva. A Instrução Normativa INSS 45/2010 é que estabelece as instruções de preenchimento e o modelo do formulário do PPP. A exigência abrange aqueles que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência. RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela emissão do PPP é: Da empresa empregadora, no caso de empregado; Cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperados filiados, Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, no caso dos Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA; e Sindicato de Categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário. O PPP deve ser preenchido, atualizado e entregue ao trabalhador no momento da rescisão somente em relação àqueles empregados que durante o contrato de trabalho estejam em contato com agentes nocivos à saúde, sob pena de multa mínima, de acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF 15/2013 (válida a partir de janeiro/2013). O PPP deverá ser emitido com base nas demonstrações ambientais, exigindo, como base de dados: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR; Programa de Condições e Meio Ambientede Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO; Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT; Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT. A atualização do Perfil Profissiográfico Previdenciário deve ser feita sempre que houver alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções ou pelo menos uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações. PROCESSO ADMISSOINAL O Departamento Pessoal, deve verificar se o empregado está apto para exercer o cargo pleiteado, pela aprovação nas provas de avaliação técnica e de avaliação médica, e deverá executar os seguintes procedimentos: a – preencher recibo dos documentos deixados pelo empregado; b – entregar ao empregado o Regulamento Interno da empresa, mediante recibo; c – efetuar o registro, no livro ou ficha de registro; d – Atualizar a CTPS Digital; e – providenciar cadastramento no PIS/PASEP (caso já não seja cadastrado); f – preencher ficha de salário-família; g – preencher Termo de Responsabilidade referente ao salário-família; h – preencher Declaração de Dependentes para fins de Imposto de Renda; i – elaborar contrato de experiência; j – solicitar declaração para o vale transporte k – preencher Acordo de Compensação e Prorrogação de Horas, se for o caso. REQUISIÇÃO DE PESSOAL Cabe ao profissional de Departamento de Pessoal adaptar-se a cultura da organização e desenvolver estratégias e processos que facilitem o seu trabalho de registro e formalização do novo trabalhador principalmente ao eSocial. Para isto, é necessário que seja preenchida manualmente pelo candidato no momento da seleção uma ficha de registro com dados básicos de cadastro como forma de agilizar o processo de cadastramento no software de folha de pagamento. FICHA DE SOLICITAÇÃO DE EMPREGO Função Pretendida: Nome: ............................................................................... Ctps n° : ____________________________ Série :.................. Data de Nasc :___/___/___ CPF :_____________-_____ RG : ........................ Orgão Emissor :.............. Endereço : ........................................... N°: ..... Bairro: Município:.............................. UF:......... Cep: .................................... Naturalidade:............................ UF:.......... Telefone: .......................... Celular: ........................... E-Mail: ............................. Grau de Instrução: .................................................. ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Superior ( ) Completo ( ) Completo ( ) Completo ( ) Incompleto ( ) Incompleto ( ) Incompleto Cursos:................... Título de Eleitor nº:.............................. Zona :............... N° Pis:........ Cart. de Habilitação n°: ........................... Nome do Pai: ........................................ Nome da Mãe:...................................... Estado Civíl: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Separado ( ) Amigado Nome do Cônjuge: .................................... Certidão Militar n°: ....................................... Série:................... Categoria: .................... Possui Filhos? ( ) Sim ( ) Não Quantos? ( ) Um ( ) Dois ( ) Três ( ) Mais que três Idade dos filhos: .............................. Últimos Empregos: Empresa:........................................... Responsável: ................................ Telefone: .......................... Cidade: ...................................... UF: ............. Função que desempenhava (cargo): ............................ Período de Permanência nesta Empresa: ......................... PROCESSOS ADMISSIONAIS PROCEDIMENTOS DA EMPRESA - SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS Lista de documentos que serão exigidos do candidato para que se proceda ao seu registro: 1 foto 3 x 4 Cópia da Identidade (R.G) Cópia do C.P.F Cópia do Título de Eleitor Cópia do Cartão Cidadão ou comprovante do PIS. Cópia da Certidão de Alistamento Militar Cópia de Comprovante de Endereço com CEP. Cópia do Cartão do SUS Cópia do Comprovante de Escolaridade Cópia dos Certificados de cursos (se tiver) Conta Corrente ou Poupança Cópia da Certidão de Nascimento e/ou Casamento SE FOR CASADO(A) Certidão de Casamento; Cópia do RG e CPF do Cônjuge e SUS do Cônjuge SE TIVER FILHO(S). Cópia da Certidão de Nascimento - filhos até 14 anos Cópia da Caderneta de Vacinação (capa e registros) - filhos menores de 6 anos Cópia da Declaração de Escolaridade – filhos de 6 anos até 14 anos Cópia do RG e CPF dos dependentes para fins de imposto de renda. Cópia do documento judicial de pensão alimentícia (se for o caso) SUS dos filhos. ANOTAÇÃO EM CARTEIRA (física) Registrar no primeiro dia de início de prestação de serviços; Reter por até 5 dias mediante recibo; Empregado dá recibo de devolução; Anotações - contrato de trabalho, opção FGTS, contrato de experiência, PIS/PASEP (se for primeiro emprego providenciar o cadastramento), anotações gerais (se for o caso); Para os aprendizes o número de registro no DRT; Atualização - na data base ou a qualquer tempo por solicitação do trabalhador; Admitido o uso de processo eletrônico e etiqueta gomada emitida pelo computador; CTPS DIGITAL PORTARIA N° 1.065, de 23 de Setembro de 2019. Art. 1° Disciplina emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS em meio eletrônico, denominada Carteira de Trabalho Digital. VALE TRANSPORTE Dando cumprimento à Lei 7.418/85 e Decreto 95.247/87, o empregador, quando da admissão, deverá fazer com que o empregado informe se utilizará ou não o vale transporte a ser concedido pela empresa. Para referida finalidade, inclusive fazer prova em juízo quando de uma reclamação trabalhista que vier a questionar referido benefício, deverá o empregador utilizar-se de um termo de compromisso devidamente assinado pelo empregado. Para receber o vale transporte o empregado informará: a - seu endereço residencial; b - os serviços e os meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa; Referidas informações devem ser atualizadas sempre que ocorrerem alterações de endereço, sob pena de suspensão do benefício até o cumprimento desta exigência. A declaração falsa ou o uso indevido do vale transporte constitui falta grave. Têm direito ao vale transporte: a - os empregados assim definidos no artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho: b - os empregados domésticos; c - os trabalhadores de empresas de trabalho temporário, de que trata a Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974; d - os empregados que executam o trabalho no seu próprio domicílio, para deslocamento indispensável à prestação do serviço, para recebimento de salários e os necessários ao desenvolvimento das relações com o empregador; e - Os empregados do subempreiteiro, em relação a este empreiteiro principal; f - Os atletas profissionais. O vale transporte é um benefício que o empregador deverá antecipar ao trabalhador para utilização efetiva em despesa de deslocamento residência- trabalho e vice-versa. Referido deslocamento compõe-se da viagem do empregado da casa ao trabalho e do trabalho à casa, por um ou mais de um meio de transporte. O vale transporte é utilizado em todas as formas de transporte coletivo público urbano, ou ainda interestadual ou intermunicipal,operado pelo poder público ou mediante delegação em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente. PAGAMENTO EM DINHEIRO Não é permitido. CUSTEIO DO VALE TRANSPORTE O vale transporte será custeado: a - pelo empregado, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; b - pelo empregador, no que exceder a parcela acima mencionada. EXEMPLO: Empregado recebe R$ 1000,00 de salário acrescidos de R$ 120,00 de horas extraordinárias. Vale transporte utilizado = R$ 176,00. O empregador deverá custear R$ 116,00, ou seja: R$ 1000,00 X 6% = R$ 60,00 R$ 176,00 - R$ 60,00 = R$ 116,00 R$ 60,00 - descontar na folha de pagamento R$ 116,00 - por conta do empregador. Horas extraordinárias não entram no cálculo. O vale transporte na admissão e demissão é calculado sobre o salário proporcional aos dias trabalhados. Por ocasião da demissão, deverá o empregado devolver os passes que sobraram, caso contrário poderá sofrer o desconto de seu valor real. SALÁRIO FAMÍLIA Para o trabalhador que ganhar atualmente (julho de 2020) até R$ 1.425,56 mensais, o valor do salário-família será de R$ 48,62 por filho ou equiparado, de 0 a 14 anos. Se a mãe e o pai estão nas categorias e faixa salarial que têm direito ao salário-família, os dois recebem o benefício. PROPORCIONALIDADE DO SALÁRIO-FAMÍLIA O valor da quota do salário-família será proporcional aos dias trabalhados no mês, somente na admissão e demissão do empregado. Para o trabalhador avulso, a quota será integral independentemente do total de dias trabalhados. PAGAMENTO DO SALÁRIO-FAMILIA O pagamento do salário-família é feito pela empresa juntamente com o salário mensal. Posteriormente, a empresa se reembolsa do respectivo valor no DARF Previdenciário. O empregado que tiver direito ao salário-família deverá, por ocasião da entrega dos documentos exigidos para o pagamento do salário-família, assinar o termo de responsabilidade, onde se compromete a informar à empresa, nos termos da legislação, as ocorrências que impliquem em perda do direito ao salário-família, sob pena de responder por justa causa e criminalmente. DEPENDENTES DE IMPOSTO DE RENDA O trabalho assalariado tem incidência do Imposto de Renda na Fonte. Portanto, caberá ao empregado, quando da admissão, preencher a declaração de dependentes para fins de dedução no IRF (Imposto de Renda na Fonte). CONTRATO DE TRABALHO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA O contrato de experiência constitui uma das formas de contrato por prazo determinado admitido pela Legislação Trabalhista, pois sua vigência depende de tempo prefixado. Duração Não pode ser superior a 90 dias, o que, entretanto, não impede que possa o seu limite ser fixado em período inferior. CTPS FÍSICA É aconselhável que registre na parte destinada às anotações gerais da CTPS do empregado, a seguinte anotação: Contratado por ..... dias em caráter experimental, a partir de .......,.............. de 201.. PRORROGAÇÃO A prorrogação do contrato de experiência somente é admitida por uma única vez, mesmo que sua duração tenha sido estipulada em período inferior a 90 dias. CONVERSÃO EM CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO: Continuação da prestação de serviços após a data término do prazo; ALTERAÇÃO DE CONTRATO As cláusulas contratuais não poderão ser alteradas salvo por mútuo acordo, consentimento e, ainda assim, desde que não resultem direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade de cláusula infringente desta garantia. CONTRATO INTERMITENTE “Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.” CONTRATO DE APRENDIZAGEM O contrato de aprendizagem é destinado ao jovem em idade entre 14 e 24 anos, em formação técnica-profissional e deve contribuir com o seu desenvolvimento físico, psicológico e moral, de acordo com a redação do art. 428 da CLT. CONTRATO DE ESTÁGIO A lei 11.788/2008 estabelece a previsão do estágio, com objetivo de preparar o estudante para o mercado de trabalho, que por meio de atividade educativa, adquire experiência para o mercado de trabalho, de acordo com o curso em que está matriculado. CONTRATO DE AUTÔNOMOS A portaria 349 de 2018 da antigo Ministério do Trabalho traz em sua redação que o trabalhador autônomo não possui relação de emprego e que o mesmo não está sujeito à subordinação do empregador. CONTROLE DE AFASTAMENTOS 1. Afastamento temporário ocasionado por acidente de trabalho, agravo de saúde ou doença decorrentes do trabalho com duração não superior a 15 (quinze) dias, deve ser enviado até o dia 7 (sete) do mês Subsequente; 2. Afastamento temporário ocasionado por acidente de qualquer natureza, agravo de saúde ou doença não relacionados ao trabalho, com duração entre 3 (três) a 15 (quinze) dias, deve ser enviado até o dia 7 (sete) do mês subsequente; 3. Afastamento temporário ocasionado por, acidente de trabalho, acidente de qualquer natureza, agravo de saúde ou doença com duração superior a 15 (quinze) dias deve ser enviado até o 16º dia da sua ocorrência; 4. Afastamento temporário ocasionado pelo mesmo acidente, agravo de saúde ou doença, que ocorrerem dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, e tiver, em sua totalidade, duração superior a 15 (quinze) dias, independente da duração individual de cada afastamento, deve ser enviado em conjunto no 16º dia do afastamento; 5. Licença Maternidade – 120 dias corridos JORNADA DE TRABALHO A jornada de trabalho corresponde ao período em que o empregado está obrigado a cumprir as tarefas que lhe foram atribuídas pelo empregador. A fixação da jornada deve estar prevista no contrato de trabalho celebrado entre as partes, não podendo, todavia, ultrapassar os limites estabelecidos na legislação vigente. Com base nolimite semanal de 44 horas as empresas fixarão a jornada diária normal de seus empregados, observando o limite de 8 horas por dia, salvo se houver acordo de compensação de horário. APLICAÇÃO DIAS DA SEMANA HORAS MINUTOS segunda-feira 8 48 terça-feira 8 48 quarta-feira 8 48 quinta-feira 8 48 sexta-feira 8 48 Total em Minutos 8h x 5 = 40h x 60m = 2.400m 48m x 5 = 240m Total em Horas 2400m + 240m = 2640m / 60m = 44h MARCAÇÃO DE PONTO § 2º - Para os estabelecimentos de mais de vinte trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. Base Legal: PORTARIA 1510 DE 09 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. TRABALHO NOTURNO A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. Considera-se noturno, para efeito deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte. HORAS TRABALHADAS HORAS CONTADAS NO RELÓGIO DE PONTO 1 HORA De 22:00 22h 52m 30s 2 HORAS De 22h 52m 30s 23h 45m 3 HORAS De 23h 45m 00h 37m 30s 4 HORAS De 00h 37m 30s 1h 30m 5 HORAS De 1h 30m 2h 22m 30s 6 HORAS De 2h 22m 30s 3h 15m 7 HORAS De 3h 15m 4h 7m 30s 8 HORAS De 4h 7m 30s 5h Base Legal: Artigo 73 da CLT BANCO E COMPENSAÇÃO DE HORAS Definição: Compensação de Jornada: Trabalhar mais em um dia e menos em outro. Banco de Horas: Acumula horas extras para tirar folgas posteriormente. ESCALA DE REVEZAMENTO As empresas legalmente autorizadas a funcionar nos domingos e feriados devem organizar escala de revezamento ou folga, para que seja cumprida a determinação do artigo 67 e seu parágrafo único da CLT: "Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e quatro horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização." DESCANSO SEMANAL NOS TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO Para a legislação trabalhista, o domingo é considerado o dia mais apropriado para o descanso do empregado, pois propicia ao empregado a oportunidade de revitalizar suas forças através do convívio com seus familiares e amigos. O domingo, portanto, é a ocasião em que o empregado pode ter tempo para seu lazer e recreação. Em virtude do exposto, o descanso instituído pela CLT é de cunho social. A CLT dispõe no artigo 386 que para a mulher que laborar em escala de revezamento, o seu descanso dominical deverá ser organizado quinzenalmente. FORMULÁRIO A escala de revezamento pode ser anotada em qualquer impresso ou formulário, uma vez que não há modelo oficial, podendo a empresa escolher o modelo que mais se adapte as necessidades. MODELO DE FORMULÁRIO ESCALA DE REVEZAMENTO Empresa: _______________________________________________ Endereço: ____________________Município: ____________ UF: __ Setor/Depto: __________________________ Mês/Ano: _________ Visto Fiscalização Seq. Empregados Horário 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D 2ª 1 José Carlos Silva A F F F F F 2 Marco Antônio Souza B F F F F F 3 Adriana Vasconcelos C F F F F 4 João Guilherme Vaz D F F F F Obs: Legenda: (F) Folga; (S) Sábado; (D) Domingo; FOLHA DE PAGAMENTO REMUNERAÇÃO DO TRABALHADOR Entende-se por remuneração a quantia fixa estipulada, como também, abonos, gratificações, diárias para a viagem que exceda a 50% do salário, comissões, percentagens e gorjetas. Vendedores fazem jus às comissões, que são exigíveis depois de ultimada a transação. A Comissão do vendedor só por ser estornada em caso de declaração judicial de insolvência da empresa. O pagamento do salário deverá ser feito: o Em moeda corrente, em dia útil, no local de trabalho, e até o 5o (quinto) dia útil do mês subsequente ao vencido (Verificar o Sindicato da Categoria que em alguns casos exigem o pagamento no dia 5 do mês subsequente) o Depósito bancário, com tempo suficiente para o empregado movimentar a conta. Na hipótese de não ser o banco perto da empresa, esta deverá pagar as despesas da condução.
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