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Alunos: Rafael Pereira Andrade Ana Beatriz Souza Lucio Galeno Texto Neurose e Psicose (1924) O texto inicia explicando que a divisão do aparelho psíquico entre o EU e o ID, permite que sejam descritas uma série de relações de uma forma clara e compreensível para chegar até a origem e papel do SUPER-EU, mas que ainda assim restam bastantes coisas obscuras e não resolvidas. O autor comenta sobre os múltiplos laços de dependência do EU, e que o mesmo possui uma relação intermediaria entre o mundo exterior e o ID, e que tem a vontade de realizar as vontades de todos os seus senhores ao mesmo tempo. Logo o autor define a Neurose como sendo um resultado de um conflito entre o EU e seu ID, enquanto a psicose teria origem em uma perturbação nos laços entre o EU e o mundo exterior, o autor deixa o alerta que devemos sempre desconfiar de soluções tão simples para um problema e que tal fórmula se mostre correta apenas em linhas muito gerais. Chegamos ao fato encontrado de que as neuroses de transferência surgem pelo fato de o EU não querer aceitar e promover a efetivação motora de um impulso instintual poderoso do ID, ou contestar o objeto a que ele visa, o que leva o EU a se defender do ID através do mecanismos de repressão, logo o que foi reprimido se revolta contra esse destino, e surge por vias onde o EU não tem poder se impõe ao EU por via do sintoma, onde faz que o EU lute contra tal sintoma por sentir-se ameaçado da mesma forma que se defendia do impulso instintual original, o que resulta no quadro de neurose. Agora no texto conhecemos os sentidos da palavra amência, que seria uma confusão alucinatória aguda, talvez a mais extrema forma de psicose, onde o mundo exterior não é mais percebido ou se percebido não tem nenhum efeito. Já que o mundo exterior normalmente domina o EU por duas vias; primeiramente pelas percepções atuais que sempre podem se renovar; E logo após pelo acervo mnemônico de percepções anteriores. Então na psicose o EU cria um novo mundo interior e exterior, estes novos mundos edificados sob o impulso de desejo do ID. O autor faz ainda uma comparação entre a psicose e o sonho normal, porém ressalta a condição de que o sonho necessita do estado de sono para ocorrer. O autor chega a uma conclusão que a etiologia tanto da Neurose quanto da Psicose é sempre uma frustração da não realização de desejos infantis que nunca foram sujeitados e que tal frustração é no fundo sempre externa, já que temos como afirmação que a neurose e a psicose nascem dos conflitos do EU com suas diferentes instancias dominantes, o que corresponderia um fracasso da função do EU que tenta sempre conciliar todas as diferentes reinvindicações. É difícil ver por quais meios o EU sairia de todos esses conflitos sempre presentes sem se adoecer. Que para evitar uma ruptura o EU passa a deformar a si mesmo, permitindo danos a sua unidade e eventualmente até se partindo, levando aos homens deixar expostas sua incoerências, excentricidades e loucuras. O interessante desse texto além de suas explicações aprofundadas e reflexivas é que ele nos leva a um pensamento profundo e crítico sobre o conceito aparentemente intangível de plenitude psíquica. TEXTO – A perda da realidade na Neurose e na Psicose Esse texto nos apresenta um ambiente muito semelhante ao anterior, partindo da definição de que o que diferencia uma neurose de uma psicose seria o fato de que um uma neurose o ego, que em sua dependência da realidade, tenta suprimir os desejos do ID, enquanto na psicose o mesmo ego está a serviço do ID e se afasta da realidade. Chegando então que para a neurose um fator decisivo seria a predominância da influência da realidade enquanto na psicose a predominância de influência seria do ID, logo na psicose a perda da realidade estaria necessariamente presente enquanto na neurose essa perda seria evitada. O autor ressalta que quando o ID e reprimido pelo EGO a serviço da realidade, iniciam-se processos que fornecem uma compensação para a parte danificada do ID, levando a um afrouxamento com a realidade, sendo assim a neurose seria um tipo de repressão fracassada. Logo podemos esperar que na psicose tenhamos processos análogos ao da neurose, podemos assim discernir duas etapas na psicose, onde na primeira o EGO é arrastado para longe da realidade, e na segunda temos uma tentativa de reestabelecer as relações do indivíduo com a realidade às expensas do ID. Logo na psicose temos a criação de uma nova realidade que não levanta mais as mesmas objeções que a antiga, pois esta foi abandonada. É interessante ver como nesse texto o autor nos dá a possibilidade de ver como ocorre a perda da realidade na neurose e na psicose, pois é demonstrado como nossas instâncias psíquicas trabalham de uma maneira compensatória e protetora. Texto Neurose e Psicose (1924) TEXTO – A perda da realidade na Neurose e na Psicose
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