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Uso correto de EPI’s e procedimento para coleta de urina e fezes; Acadêmica: Rute Cristina Bach. Farmácia. Qual é a importância dos EPIs? Em um laboratório, os técnicos e profissionais que entram em contato com os materiais estão passíveis de riscos de contaminação. Assim como nos demais trabalhos, existem ferramentas que eles precisam utilizar para que o manuseio não prejudique a saúde ou integridade física. A única forma de evitar ou mesmo reduzir os perigos de infecção contra materiais biológicos é utilizando os Equipamentos de Proteção Individual — os EPIs. Não importa o setor de atuação ou mesmo o procedimento executado, o uso de EPIs deve fazer parte da rotina de todos os envolvidos dentro de um laboratório, uma vez que, para as análises clínicas, diversas substâncias potencialmente infecciosas são manuseadas diariamente. A utilização correta destes equipamentos oferece proteção aos técnicos e aos analistas clínicos contra diversas doenças, como AIDS e a hepatite e, portanto, seu uso acaba se tornando indispensável. Muito além de uma obrigação, o uso de dispositivos de segurança deve ser uma prática rotineira dentro de um laboratório de análises e o colaborador deve conhecer sua importância e sua correta utilização. COLHEITA DE URINA PARA A CULTURA Colheita A colheita bem feita, da urina para a cultura, é fundamental. A melhor amostra é a primeira da manhã ou aquela emitida após repouso miccional de, pelo menos, três horas. Antes de colher a urina, fazer uma cuidadosa e rigorosa lavagem dos genitais com água e sabão, enxaguar bem e secar. As mulheres devem manter os joelhos afastados para evitar o contato da urina com os genitais. Se a colheita for feita no período menstrual, é necessário colocar um tampão de gaze na vagina para que não ocorra contaminação da urina com o sangue menstrual. Amostra Em geral, é utilizado o jato médio da urina para a análise; assim, a primeira parte (jato inicial) e a última (jato final), são desprezadas e o jato médio colhido diretamente no coletor estéril. Eventuais alterações no resultado do exame podem ser devidas a utilização de amostra inadequada da urina. Contaminação Devido a possibilidade de contaminação da amostra, é preciso que a colheita para este tipo de exame seja feita no laboratório, sob a supervisão da atendente especializada. Crianças Em crianças, quando não for possível colher o jato médio, deve-se fazer uma cuidadosa lavagem dos genitais com água e sabão, enxaguar bem e secar. Aplicar o coletor infantil estéril, de modo que fique bem aderente à pele. Este coletor deve ser trocado de hora em hora, repetindo-se a limpeza a cada vez, até que a criança urine. O volume total da micção é aproveitado. Devido a possibilidade de contaminação da amostra, é preciso que esta colheita seja feita no laboratório, por atendente especializada e com a cooperação da mãe ou responsável. Casos Especiais Colheitas especiais poderão ser determinadas pelo seu médico assistente ou sugeridas pelo Patologia Clínico do laboratório. COLHEITA DE URINA DE 24 HORAS Colheita A colheita deste material requer sua cuidadosa cooperação. Na manhã do dia da colheita (quando acordar), a bexiga deve ser completamente esvaziada; esta amostra de urina é desprezada e o horário (horas e minutos) anotado. Todas as micções seguintes são recolhidas no frasco apropriado. No fim do período de 24 horas (exatamente na mesma hora da manhã que foi anotado no dia anterior) a bexiga é esvaziada e esta última amostra é adicionada às já colhidas. Conservação Os frascos devem permanecer refrigerados durante todo o período de 24 horas e enviados ao laboratório logo após o término das colheitas. Erros A perda de alguma amostra durante o dia, ou a inclusão de duas amostras da manhã ao acordar são os erros mais comuns encontrados neste tipo de colheita. Cuidado! De acordo com o tipo de análise a ser executada, poderá existir ácido dentro do frasco. Assim, é necessário todo cuidado ao manuseá-lo. Manter fora do alcance de crianças. Na geladeira, certifique-se que esteja bem identificado. Casos Especiais Situações especiais deverão ser determinadas pelo seu médico assistente ou sugeridas pelo Patologista Clínico do IACS. Observação Eventuais alterações no resultado de exame podem ser devidas a utilização de amostra inadequada de urina. COLHEITA DE URINA TIPO 1 Colheita A colheita bem feita da urina para o exame tipo 1 é fundamental. A melhor amostra é a primeira da manhã ou aquela emitida após repouso miccional de, pelo menos, três horas. Antes de colher a urina, fazer uma cuidadosa e rigorosa lavagem dos genitais com água e sabão, enxaguar bem e secar. As mulheres devem manter os joelhos afastados para evitar o contato da urina com os genitais. Se a colheita for feita no período menstrual, é necessário colocar um tampão de gaze na vagina para que não ocorra contaminação da urina com o sangue menstrual. Amostra Em geral, é utilizado o jato médio da urina para a análise; assim, a primeira parte (jato inicial) e a última (jato final), são desprezadas e o jato médio é colhido diretamente no coletor e enviado rapidamente ao laboratório. Crianças Em crianças, quando não for possível colher o jato médio, deve-se fazer uma cuidadosa lavagem dos genitais com água e sabão, enxaguar bem e secar. Aplicar o coletor infantil, de modo que fique bem aderente à pele; colher o volume total da micção e enviar rapidamente ao laboratório. Casos Especiais Em casos especiais a amostra utilizada para exame poderá ser o jato inicial, o jato final, ou mesmo o volume total da micção. Estas condições devem ser determinadas pelo seu médico assistente ou sugeridas pelo Patologista Clínico do Laboratório. Observação Eventuais alterações no resultado do exame podem ser devidas a utilização de amostra inadequada de urina. 1. DEFINIÇÃO Consiste na coleta de fezes para detectar, identificar e analisar bactérias patogênicas e parasitas. 2. OBJETIVOS A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo a finalidade dos exames que se destinam. As principais finalidades são: O estudo das funções digestivas, a dosagem da gordura fecal, as pesquisas de sangue oculto, a pesquisa de ovos e parasitas e a coprocultura. 3. INDICAÇÃO Investigação diagnóstica. 4. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO Equipe de Analises clinicas, profissionais da saúde 5. MATERIAL A SER UTILIZADO • Luvas de procedimento • Comadre; • Papel higiênico; • Biombos; • Papel toalha; • Espátula; • Frasco coletor; • Material para higiene íntima; • Etiqueta ou esparadrapo para a identificação do frasco. COLETA DE FEZES PARA ADULTOS LÚCIDOS: 1. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante; 2. Higienizar as mãos; 3. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 4. Orientar o paciente a: 5. - Não urinar nas fezes que serão coletadas; 6. Solicitar que o paciente evacue na comadre; 7. Após a evacuação orientar para fazer o banho de aspersão, e no caso do paciente acamado proceder à higiene íntima; 8. Calçar luvas de procedimentos; 9. Colher uma pequena quantidade da porção média das fezes com o auxílio da espátula e colocar no frasco coletor; 10. Desprezar o restante das fezes no vaso sanitário e lavar a comadre; 11. Identificar o frasco com a etiqueta previamente preenchida; 12. Retirar as luvas; 13. Higienizar as mãos; 14. Registrar o procedimento em ficha única e em livro de protocolo do setor; 15. Encaminhar o material ao laboratório o mais rápido possível. COLETA DE FEZES EM ADULTOS ACAMADOS E/OU INCONSCIENTES: 1. Explicar o procedimento ao paciente, se possível, e acompanhante; 2. Higienizar as mãos; 3. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 4. Orientar, se possível, o paciente a não urinar nas fezes que serão coletadas; 5. Solicitar que o pacienteevacue na comadre, ou esperar que paciente evacue na fralda; 6. Colher uma pequena quantidade da porção média das fezes com o auxílio da espátula e colocar no frasco coletor; 7. Proceder à higiene íntima; 8. Manter a unidade do paciente em ordem; 9. Desprezar o restante das fezes no vaso sanitário e lavar a comadre; 10. Identificar o frasco com a etiqueta previamente preenchida; 11. Retirar as luvas de procedimentos; 12. Higienizar as mãos; 13. Registrar o procedimento em ficha única e em livro de protocolo do setor; 14. Encaminhar o material ao laboratório o mais rápido possível. COLETA DE FEZES EM CRIANÇAS E EM BEBÊS: 1. Higienizar as mãos; 2. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 3. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante; 4. Colocar biombos ao redor do leito, se possível encaminhar o paciente à sala de procedimentos; 5. Colocar luvas de procedimentos; 6. Orientar o paciente a não urinar nas fezes que serão coletadas; 7. Solicitar que o paciente evacue na comadre; 8. Após o procedimento encaminhar para o banho de aspersão, e no caso do paciente acamado proceder à higiene íntima; 9. Assegurar que a criança esteja confortável e segura no leito (grades elevadas); 10. Colher uma pequena quantidade da porção média das fezes com o auxílio da espátula e colocar no frasco coletor; 11. Desprezar o restante das fezes no vaso sanitário e lavar a comadre; 12. Identificar o frasco com a etiqueta previamente preenchida; 13. Retirar as luvas de procedimentos; 14. Higienizar as mãos; 15. Registrar o procedimento em ficha única e em livro de protocolo do setor; 16. Encaminhar o material ao laboratório o mais rápido possível. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS • A coleta de fezes para cultura deverá ser realizada sempre em frasco estéril; • Evitar o contato das fezes com a urina, ou a água do vaso sanitário; • Quando as fezes coletadas forem destinadas à pesquisa de sangue oculto, observar a dieta prévia, (sem cor) por três dias antes da coleta. RESULTADOS ESPERADOS Coleta correta do material para o resultado fidedigno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WILKISOM, J.M. et al. Fundamentos de enfermagem, São Paulo: Roca, 2010. ARCHER, E. B. et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Procedimentos para coleta de sangue venoso. Fig 1. Imagem de Coleta de sangue a vácuo. OBJETIVO Padronizar o procedimento de coleta de sangue venoso, atualizar profissionais que atuam na coleta de sangue, observando padronização de métodos que asseguram a qualidade da amostra; revendo boas práticas, orientações para atendimento de pessoas e procedimentos técnico. MATERIAL > Equipamentos de Proteção Individual: jaleco, máscara, óculos, luvas > Algodão hidrófilo; > Álcool etílico a 70%; > Agulha e seringa descartável; > Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável; > Tubos de ensaio com tampa; > Etiquetas para identificação de amostras; > Caneta; > Garrote; >Descartáveis; >Recipiente com a boca larga, com paredes rígidas e tampa para o descarte de material perfurocortantes - resíduo tipo E – RDC No 222/18; > Estantes para tubos; > Curativo; > Estante para os tubos; > Escalpe descartável com dispositivo de segurança. Fig 2. Materiais para coleta de sangue (Ministério da Saúde, 2010). Fig 3.Materiais para coleta a vácuo (Ministério da Saúde, 2010). As cores indicam o tipo de anticoagulante ou de tratamento que o tubo recebeu (figura 4). Fig 4.As cores das tampas dos tubos a vácuo (Ministério da Saúde, 2010). DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 1) Lavar as mãos com água(POP/CCIH/001/2015) e sabão e secar com papel Toalha; 2) Reunir o material necessário numa bandeja; 3)Fazer o rótulo do frasco de coleta, com nome completo do paciente, número do prontuário, leito hospitalar e data; 4)Conferir o nome completo do paciente(POP/SVSSP/URA/01/2016); 5) Explicar ao paciente e ao acompanhante o procedimento; 6) Levar a bandeja até o paciente; 7) Posicionar o paciente de modo a facilitar a localização da veia para punção; 8) Calçar as luvas de procedimento; 9) Solicitar que o paciente feche a mão; 10)Aplicar o torniquete de 7,5 a 10,0 cm acima do local da punção, para evitar a contaminação do local; Fig 5 a 7.Posicionamento correto do torniquete (SBPC, 2009). 11) Proceder a antissepsia da pele com gluconato de clorexidina alcoólica 0,5%; 12)Aplicar o antisséptico com algodão em sentido do centro para periferia, trocar o algodão a cada antissepsia do local, esperar secar; 13)Introduzir a agulha no local escolhido com o bisel posicionado para cima; 14) Aspirar à quantidade de sangue necessária para o (s) exame(s) a serem realizado(s) ou; 15) Introduzir a agulha do dispositivo a vácuo com o bisel posicionado para cima, observar o preenchimento por sangue venoso e acoplar o frasco (tubos específicos para coleta laboratorial) diretamente no dispositivo a vácuo e aguardar o preenchimento até a linha específica da amostra desejada; 16)Soltar o garrote e solicitar ao cliente que abra a mão; 17) Comprimir o local da punção sem dobrar o braço do cliente, solicitando que o mesmo continue a comprimir por mais dois ou três minutos; 18) Colocar o sangue nos frascos, deixando que o sangue escorra lentamente pelas paredes dos mesmos; ATENÇÃO: Ambas as maneiras têm risco de acidente de trabalho, portanto identificar qual a maneira que o coletador tem mais segurança e executá-la sempre com muito cuidado. Seguir a ordem de distribuição de sangue nos tubos: Fig 8. Ordem de distribuição de sangue. 19) Movimentar o tubo lentamente para homogenizar seu conteúdo, caso tenha Anticoagulante; 20) Recolher o material, desprezando a agulha e a seringa na caixa de descarte para perfurocortante e os demais encaminhar ao expurgo e desprezar em saco de lixo branco; 21) Não reencapar a agulha; 22) Retirar as luvas de procedimento; 23) Deixar o paciente confortável e a mesa de cabeceira em ordem; 24) Higienizar as mãos com água e sabão e secar com papel toalha; 25) local apropriado. Proceder a higienização da bandeja com água e sabão, secar e guardar em Orientação: Homogeneizar suavemente os tubos, por inversão, cerca de 5 a 8 vezes, cada; Para antissepsia da pele NÃO use clorexidina em crianças de menos de 2 meses de idade. REFERÊNCIAS Manual de coleta, acondicionamento e transporte de amostras para exames laboratoriais/(organizado por) Elza Gadelha Lima. (et al.) – 5a. Ed. Fortaleza: SESA, 2019. Diretrizes da OMS para a tiragem de sangue: boas práticas em flebotomia.[s.d.]. Disponível em: <https://www.who.int/infection-prevention/publications/Phlebotomy- portugues_web.pdf >. Acesso em: 09/11/2022. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso. 2. ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2009. Disponível em<http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320090814145042.pdf>. Acesso em: 09/11/2022. Ministério da Saúde.Coleta de sangue - Diagnóstico e monitoramento das DST, Aids e Hepatites Virais,2010.Disponível em:< https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/102- baixar-coleta-de-sangue>. Acesso em: 09/11/2022. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26
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