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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS - PSICANÁLISE Introdução Psicanálise é uma teoria, técnica, método de tratamento investigativo. A teoria diz que o inconsciente é dinâmico. Além de um determinismo psíquico. Consciente Pré-consciente Inconsciente A estrutura é fundamental. A psicanálise é diferente da psicoterapia psicanalítica, se diferem em objetivos, número de sessões, intervenções, critérios de alta, postura do terapeuta. Mas ambas utilizam da psicanálise como teoria. Na psicoterapia existem diversos tipos de terapia como: psicanalítica, cognitivo comportamental, Gestalt, humanista, lacaniana, de casal, individual, infantil, etc. Psicoterapia ➝ método de tratamento para problemas emocionais envolvendo duas pessoas. Várias modalidades Psicanálise (análise) de psicoterapia Psicoterapia Psicanalítica baseadas na Psicoterapia breve/focal/crise terapia Psicoterapia de apoio psicanalítica Para cada condição tem um tipo específico de psicoterapia. Espectro de intervenções Das mais expressivas para as mais sugestivas. Baseadas em ID, Ego e Superego. Avaliação Para o atendimento é preciso que seja realizado no sujeito uma entrevista inicial. Entrevista inicial ➝ processo de avaliação que busca analisar, a partir das demandas do entrevistado, se ele necessita de ajuda psicológica e de que forma o processo de psicoterapia precisa ser ofertado para que as demandas sejam sanadas. Tipo específico de encontro com objetivo definido e formato próprio, diverso dos demais que irão ocorrer. Avaliar, analisar o conteúdo trazido pelo paciente e as percepções, observações, pensamentos e sentimentos evocados no contado da dupla. Pode ser um encontro ou mais. Importante observar o fluxo do paciente ➝ como ele foi encaminhado, o motivo. Deve ser fluida, dando abertura ao paciente para que ele relate seus processos. O objetivo é conhecer o paciente e como ele atualmente está interagindo com o ambiente ao seu redor. É feita, também, a avaliação nosológica (CID-10) ➝ para ver se o sujeito apresenta alguma patologia. Nas entrevistas iniciais é feita a anamnese do paciente. Anamnese ➝ coleta dados pessoais, queixa e duração, história da doença, antecedentes familiares e pessoais (história de vida – infância, vida adulta; trabalho e relações interpessoais, sexualidade, etc.) Exemplo: Queixa ➝ “o que te traz aqui?” Duração ➝ “há quanto tempo tem os sintomas que alega?” História da doença ➝ sintomas. Contudo, a pessoa pode não saber quais sintomas são de teorias e tecnicas psicoterapicas psicanalise Psicoterapia de apoio de longa e curta duração Terapia expressiva POA Psicanálise Psicoterapia breve/focal/crise Apoio/suporte determinada doença, ou seja, pode alegar que está com alguma doença e na hora da terapia o terapeuta perceber que é outra. Postura do terapeuta ➝ atento, empático, acolhedor, neutra com cordialidade, discrição, sensibilidade. Avaliação psicodinâmica ➝ baseada na teoria da psicanálise ➝ ID, Ego e Superego; conflito atual; mecanismos de defesa. Na avaliação psicodinâmica observa-se o que está em desequilíbrio no Id, Ego e Superego e irá apresentar sintoma. Fazendo com que o sujeito apresente a queixa de forma consciente. Motivação ➝ algo que impulsiona e que caracteriza as vontades próprias de realizar algo. Avaliar o grau de motivação e interesse para psicoterapia e expectativas futuras em relação ao processo. O sofrimento é a força que motiva o tratamento, ou seja, é um aspecto que deve ser observado na manifestação consciente da pessoa – expressando desejos verbais em se livrar de seus problemas. Teorias Freudianas Teoria do trauma ➝ todas as histéricas foram abusadas na infância (teoria abandonada rapidamente). Teoria topográfica ➝ consciente, pré- consciente e inconsciente. Teoria estrutural ➝ ID, Ego e Superego. ID é o inconsciente. Reservatório de desejos e pulsões (forca que movo a buscar o prazer, busca do alívio da tensão) reprimidas. Desejos inaceitáveis pelo Superego. Aparece nos sonhos ou em forma de sintoma. Ego é o mediador entre a realidade interna (ID) e a externa (Superego). Conter os impulsos que vem do ID e as forças repressoras do SUPEREGO (lidar com as emoções e conflitos) Identificar ameaças vindas do meio externo e do meio interno, gerando Ansiedade. Acionar os mecanismos de defesa. Pensamento, linguagem, memória, orientação no tempo e espaço, lidar com os afetos, atenção, concentração, simbolização. Superego é responsável pelas regras, leis, advindas da cultura e da resolução do Complexo de Édipo. Funcionamento mental A partir das primeiras relações objetais, isto é, com os pais ou pessoas significativas, o bebê vai desenvolvendo essas estruturas. A condição de identificar o que vê, o que sente, de transformar o que percebe, pensar e de agir ou não. De conter ou de expressar os impulsos que vem do ID, agressivos ou sexuais. Tolerar e lidar com frustrações. PULSÃO ➝ Força motriz, que impele a buscar alívio para o desconforto físico e emocional (fome – busca pelo seio – saciação) Registro na mente ➝ prazer no contato com a pele, com o afeto que vem junto com a mamada. Gera desejo de novamente ter prazer e livrar-se da tensão. Princípio do Prazer ➝ busca de satisfação imediata. Princípio da Realidade ➝ contém o desconforto, adia o prazer para obter uma satisfação maior. PULSÃO DE VIDA E DE MORTE. O funcionamento mental é psicodinâmico (movimento). Superego Consciente Ego Pré-consciente ID quer sair Inconsciente Freud diz que nascemos com ID e um pequeno Ego. O ID representa algo que desconforta o bebê (fome = choro). A mãe, então, pega o bebê e fala “eu sei que é fome”, verbalizando, e dá o alimento (saciação). A criança mais velha não chora mais (ID) e agora pede para comer (Ego). O superego para Freud se dá a partir do fim do Édipo ➝ o primeiro grande NÃO da vida. Exemplo: ID ➝ morder coleguinha. Ego ➝ verbalizar, invés de morder. Superego ➝ não pode morder (cultural, regra). Para Melaine Klein o Superego se dá a partir do desmame do bebê ➝ não pode ter alimento sempre. Esse Superego é sádico e tirano. Winnicott quando fala “mãe suficientemente boa” é aquela que atende as necessidades do filho, mas não o mima. Criança quer algo ➝ mãe fala não ➝ criança chora ➝ mãe entende a criança e explica o motivo do não. O chorar (ID) começa pelo “não” (Superego) da mãe e a explicação verbalizada da mãe irá moldar o Ego. Transferência e contratransferência Relação paciente-terapeuta ➝ o paciente evoca emoções no terapeuta e o terapeuta no paciente. Transferência ➝ repetição das primeiras relações objetais do paciente para o terapeuta. Também pode apresentar-se como uma resistência ➝ toda vez que um paciente parece não estar expondo comunicações espontâneas, dificultando a coleta da história Contratransferência ➝ terapeuta toma o lugar do objeto (de forma tanto consciente quanto inconsciente). Exemplo: Paciente vê o terapeuta como mãe (transferência) e o terapeuta se coloca no lugar de mãe (contratransferência). Quando o terapeuta toma esse papel sem perceber ele atua na contratransferência.Quando o terapeuta percebe que está constratransferindo ele maneja a contratransferência. Quando o terapeuta fala que “não contratransferiu” também é uma contratransferência, pois ele percebe a transferência do paciente para ele. Aliança terapêutica Capacidade de o indivíduo estabelecer uma relação de trabalho com o terapeuta. Essencial para que haja resultados nas terapias. Oposto de reações de transferência regressivas e resistentes. Utiliza da parte racional preservada do sujeito como aliada do terapeuta. Para que o sujeito tenha essa capacidade de vínculo com o terapeuta ele deve ter estabelecido, pelo menos uma vez, uma relação emocionalmente significativa. Diagnóstico psicodinâmico Não é apenas objetivo. A investigação deverá percorrer áreas próprias da etapa de crise vivida pelo paciente. Envolve crises vitais ou acidentais e ao grau de adaptação alcançado. Identificação, queixa e duração, crises vitais ou acidentais, fatores de melhora e piora. Crises vitais ou acidentais Deve-se procurar relação temporal entre a eclosão dos sintomas e a ocorrência de algum evento ou circunstância. O paciente pode não perceber devido a mecanismos de defesa protetores, como negação, racionalização, isolamento. Crise vital ➝ ciclos da vida. Crise acidental ➝ morte, separação, doença, vestibular, etc. A ausência de fatores desencadeantes ou de crises vitais ou acidentais sugere a presença de patologia de caráter. Sintoma Neurótico São conflitos intrapsíquicos entre ID, Ego e Superego. Conflitos inconscientes do sujeito ➝ manejados por traços de caráter. Tem como premissa um fator desencadeante ➝ impossibilitando o uso de métodos que mantinham o equilíbrio previamente ➝ fazendo com que os sintomas apareçam. Sintomas ➝ mostram conflitos e o meio como o Ego lida com eles. Inconsciente ➝ percebido a partir da linguagem e comunicação ➝ revelam aspectos inconscientes por meio de lapsos, atos falhos e transferência. Conflito atual A doença mental deriva de conflitos. intrapsíquicos ➝ predominantemente inconscientes. Partes constituintes do conflito ➝ um impulso instintivo que gera ansiedade e, em consequência, uma defesa. Manejados por padrões peculiares de defesa ➝ traços de caráter. Fator desencadeante ➝ métodos previamente utilizados para manter o equilíbrio falham, e os sintomas aparecem. Inconscientes ➝ impulsos que geram defesa. Conflito nuclear Conflitos nucleares ➝ profundos, primitivos, adormecidos, que seriam ativados e continuamente expressos de vários modos. Também são chamados de conflitos básicos, vem de algo que aconteceu na infância. Psicanálise ➝ é indicada em patologias de caráter infantil, por exemplo, onde existem conflitos nucleares que resultam em um modo habitual de ser, pensar, sentir, fantasiar e relacionar. Conflito focal Conflitos focais ➝ derivado de conflitos nucleares. Conflitos focais ➝ mais próximos da superfície, pré-conscientes, explicando a maior parte do material clínico de uma sessão ➝ adaptação dos conflitos nucleares e passíveis de aproximação por meio da psicoterapia de orientação analítica, e não só pela psicanálise. POA ➝ é indicada quando há um conflito focal expressado por sintomas e/ou padrões de comportamentos, causando sofrimento no sujeito. Exame de estado Mental Avalia alterações senso perceptivas, delírios, alterações no afeto, volição, linguagem, comunicação, orientação de tempo e espaço, controle impulsivo. Feito durante entrevistas de avalição ➝ linguagem e comunicação revelarão aspectos do inconsciente da pessoa. Traços de personalidade que se evidenciarão a partir do exame ➝ de acordo como a pessoa responde e se expressa. Exemplo: Pacientes que descrevem eventos dolorosos em suas vidas sem qualquer tonalidade afetiva estão fazendo uso do isolamento e da intelectualização. Hipomaníacos ➝ divertidos ou de bom humor, podem estar recorrendo à negação para defender-se contra sentimentos de desgosto e raiva. Borderline ➝ expressar desprezo e hostilidade em relação às figuras significativas de suas vidas, usando a dissociação para evitar a integração entre sentimentos bons e maus para com os outros. Borderline ➝ avaliar se o paciente consegue adiar sua descarga ou irá ceder a eles e causar riscos a si ou ao outro, observando se o paciente é capaz de prever suas ações ou elas predominam antes da reflexão. Mecanismos de defesa Primitivos ➝ negação, projeção, identificação projetiva, cisão (splitting), controle onipotente, arrogância. Mais maduros ➝ racionalização, formação reativa, deslocamento, condensação, sublimação. Mecanismo de defesa de pacientes borderline e psicóticos são primitivos como: dissociação, identificação projetiva, negação e controle onipotente. P2 Contrato São combinações formais de horários das sessões, frequência, pagamentos, férias e responsabilidades. São feitas no início do tratamento psicoterápico. Um pacto entre duas ou mais pessoas. Zimerman ➝ o contrato também se refere ao analista e paciente, os quais se tratam reciprocamente – visto que o analista utiliza de seus recursos para lidar com o sofrimento psíquico do paciente. Freud ➝ comparava o tratamento analítico com um jogo de xadrez, que é sistemático. Chama as regras de recomendações e diz que não se deve reivindicar qualquer aceitação incondicional a elas, já que os processos mentais são subjetivos e o contrato deve ser sentido e estabelecido. O contrato é parte do processo psicoterápico, sendo estabelecido no setting a partir da criação de um arcabouço. Winnicott ➝ o setting é a soma dos procedimentos que organizam a análise e engloba as atividades extra-analíticas. Cria condições para que a marcha ordenada do processo analítico seja mantida – regras de um jogo analítico. As combinações presentes no contrato podem ser estabelecidas de forma detalhada ou simplificada. O contrato é uma parte do processo psicoterápico, que tem como objetivo abranger combinações formais e, além disso, abrange funções e papéis da dupla – onde uma busca alívio e outro tenta mitigar o sofrimento. Elementos constituintes do contrato Deve conter frequência, responsabilidade sobre as sessões, honorários, férias, faltas e reajuste. Frequência Paciente imagina que o tempo da psicoterapia está relacionado a frequência. A maior frequência das sessões traz consigo uma diferença qualitativa e não quantitativa. A frequência maior com que o paciente vai, faz com que haja uma continuidade no que estava sendo tratado na última sessão e também impede que o paciente tenha tempo suficiente para reorganizar seu esquema defensivo por completo. A frequência se determinará a partir da demanda do paciente. Há situações, portanto, que o paciente não consegue realizar o tratamento na frequência que lhe é recomendada, seja por diversos motivos, isso pode ser visto como uma resistência do mesmo para realização do tratamento. Porém essa resistência também pode vir do terapeuta, o qual não indica a psicoterapia com uma frequência maior. Responsabilidade sobre as sessões Responsabilidade pelo horário das sessões. Essa responsabilidade, pois, tanto o analista quanto o paciente se comprometem a encontrar-se ➝ nesse tempo o terapeuta estará disponível para atender exclusivamente o paciente. Quando um paciente, então, falta a sessão deixa uma lacuna nas atividades do dia do terapeuta, podendo afetar a qualidade de trabalho do mesmo. Essa descontinuidade pode impedir o aprofundamento da transferência, pois se o paciente não comparece a sessão ocorre uma ruptura para o terapeuta e para o paciente, o qual para de pensar sobre si. Existem controvérsias sobrea troca de horário devido à falta. Langs ➝ o horário não deve ser trocado, mesmo que isso afete a psicoterapia. Zaslavsky ➝ tenta mudar os horários de acordo com as possibilidades ➝ essa mudança deve ser examinada com cuidado, pois pode haver uma transferência do paciente para o terapeuta, onde a mudança de horário seria a prova de que o mesmo se importa. Poderá ocorrer do terapeuta ter que romper ou modificar o contrato devido a faltas, doença, viagens, compromissos profissionais, entre outros. Honorários A realidade externa soma-se aos conflitos da dupla. Parte da terapia destinada exclusivamente ao terapeuta. Devem se pautar no nível de formação e experiência do terapeuta, estando de acordo com os padrões da comunidade – seguindo o Código de Ética Médica. O terapeuta pode estabelecer honorários mais baixos por sentimentos de culpa por não se sentir capaz, por um desejo de agradar, pela vontade de manter o paciente ou pelo desejo de compensá-lo por supostas ineficiências. Para o paciente honorários mais baixos podem significar levar vantagem, ter a voracidade solta e incontrolável, sentir-se preferido. Os honorários altos indicam que o terapeuta iniciante demonstra necessidade de negar sua condição, como se não houvesse diferença entre ele e os mais experientes, além do desejo de impor um objeto caro e valorizado. Para o paciente os honorários altos podem fazer com que ele se identifique como objeto perseguidor, a idealização é substituída por sentimentos paranoides e a aceitação indicar submissão do paciente. Quando as condições econômicas do paciente se modificarem o terapeuta rediscutirá o valor dos honorários. O momento do pagamento evidencia que a relação terapêutica é profissional e assimétrica, além da necessidade e da dependência do outro, causando um sentimento hostil no paciente. Férias Anteriormente os terapeutas tinham um mês oficial de férias ➝ o qual já era avisado ao paciente no início das terapias ➝ paciente escolhia por tirar suas férias no mesmo período. Hoje existe uma flexibilidade maior no quesito férias e assim o terapeuta pode oferecer ao paciente a possibilidade de vir ou não para as sessões ➝ mas o não comparecimento as sessões podem desencadear no paciente uma transferência negativa. Faltas As faltas são tratadas como responsabilidade do paciente e dessa forma é possível estabelecer o compromisso com a terapia. Isso pois o paciente se apega ao prejuízo econômico que será gerado por suas faltas. É preciso que as situações sejam tratadas com particularidade. Reajuste Ocorre para melhorar os honorários ao decorrer do tratamento psicoterápico. Ele deve ser feito com tempo suficiente para permitir ao paciente uma ampla discussão de seus sentimentos antes do dia do pagamento. Esse reajuste pode evocar no paciente reações raivosas e ameaçadoras. Discutir o reajuste com o paciente pode evidenciar resistências e o movimento transferencial- contra transferencial. Setting terapêutico É um espaço dinâmico a serviço do bom andamento da terapia. Visa proporcionar as melhores condições para que o processo de tratamento aconteça. Se refere a estrutura física e aos procedimentos de rotina da prática psicanalítica. Pode favorecer para o aumento do aparecimento de todas as diferentes reações transferenciais. Freud ➝ indica três condições básicas para o setting psicoterápico ➝ neutralidade, a abstinência e o anonimato. O tratamento terapêutico acontece através de um contrato, feito pela dupla, paciente- terapeuta, essas três condições são essenciais para que ele aconteça, através das individualidades, da maneira que tem que ser. Neutralidade Baseia-se em uma postura do terapeuta, uma forma de conduta, uma forma de comportar- se ➝ que seja neutro quanto aos seus valores, quanto a sua religiosidade, sua moral. Para que possa conduzir o tratamento de uma forma que não seja em função de achismos, e que ele não esteja ali para conselhos. O terapeuta também deve manter essa neutralidade em relação as manifestações transferenciais. Freud ➝ indifferenz ➝ significa em latim “nem um, nem outro” ➝ ele quer dizer que a neutralidade não é um sinônimo de frieza e indiferença pelo paciente, ou uma ausência de sentimentos, mas que tudo tem que acontecer na hora e na medida certa. A neutralidade absoluta, contudo, é uma mera abstração. A neutralidade serve para as manifestações espontâneas, inexpressivas por parte do terapeuta. A neutralidade analítica é a posição comportamental e emocional. Onde o analista observa o paciente sem perder a empática, mas mantendo distância em relação: 1. ao material do paciente e à sua transferência; 2. à contratransferência e à sua própria personalidade; 3. aos seus próprios valores; 4. às expectativas e pressões do meio externo; 5. à(s) teoria(s) psicanalítica(s). Abstinência É um princípio segundo o qual o tratamento analítico deve ser conduzido de tal modo que o paciente encontre o menos possível de satisfações para seus sintomas. Implicitamente ligada ao próprio principio do método analítico, enquanto este faz da interpretação seu ato fundamental, em lugar de satisfazer as exigências libidinais do paciente. A ideia é não frustrar o paciente e sim de certa forma gratificá-los. Não se pode padronizar a “regra da abstinência”, visando sempre que uma boa técnica é aquela que se adapta a individualidade de cada um. Anonimato Condição importante para o setting terapêutico. Muito difícil de ser mantido ➝ a maneira como o terapeuta se veste, se comporta, como e a sua maneira de falar, sua decoração, podem revelar alguns aspectos da sua personalidade. O anonimato tem que acontecer na medida certa. A perda do anonimato pode interferir na necessária neutralidade, dificultando as interpretações transferenciais. O terapeuta não pode se esconder por total por trás de máscaras, mas o mais importante é como ele se comporta em relação a isso, mantendo a sua vida pessoal dentro do sigilo possível. Aliança terapêutica Relação positiva entre terapeuta e paciente. Compromisso entre duas pessoas. Quanto melhor a qualidade dessa aliança melhor é o resultado. Aliança terapêutica como conceito central do processo psicoterápico. A qualidade da aliança independe do uso de mecanismos de defesa, mais ou menos regressivos. É estabelecida com base em uma experiência prévia, na qual foi possível interagir com outra pessoa. A aliança terapêutica é entendida como assentada nas funções do ego, na autonomia secundária. É indispensável ao tratamento baseado na teoria psicanalítica, e ela volta a ser definida como uma relação positiva e estável entre terapeuta e paciente, o que permite levar a cabo a psicoterapia. O paciente deve ter pelo menos uma relação emocionalmente significativa. A aliança terapêutica depende de fatores ligados à realidade externa, às características pessoais, à transferência e à contratransferência. É dinâmica. Fases da psicoterapia A psicoterapia de orientação analítica pode ser estudada de acordo com as fases início, etapa intermediária do processo e término. Pacientes que não apresentam estrutura neurótica e sim caso-limite podem interromper as fases da psicoterapia, pois são pacientes mais primitivos, sem estrutura defensiva do neurótico e que desorganizam com muita facilidade. Fase inicial O primeiro contato do paciente com o terapeuta até o estabelecimento de uma aliança terapêutica sólida entre eles. Pode ocupar algumas sessões ou perdurar por meses, dependendo das características da personalidade do paciente e da habilidade do terapeuta em conduzir as questões relativas a essaetapa. Riscos ➝ abandono precoce. Intervenção ➝ interpretação cuidadosa das resistências e das angústias paranoides, tão comuns nessa etapa das psicoterapias. Objetivos ➝ estabelecer uma aliança terapêutica sólida e identificar as razões da busca de tratamento e a conflitiva inconsciente que produz o sofrimento, bem como fazer o contrato terapêutico. Fase intermediária Período que se estende do momento no qual o terapeuta identifica uma razoável aliança terapêutica estabelecida até a ocasião em que uma séria proposta de término passa a ser discutida entre paciente e terapeuta. Etapa mais longa dos tratamentos. Riscos ➝ parada no desenvolvimento do progresso terapêutico, devido a diferentes causas. Podem ocorrer conluios narcísicos, impasses, interrupções, intelectualizações não acompanhadas de insights genuínos, para citar alguns. Intervenção ➝ além das interpretações a respeito das resistências, há interpretações a respeito da conflitiva inconsciente do paciente. Interpretações extra transferenciais. Estas se fazem necessárias quando surgem angústias, despertadas no paciente em consequência de sua relação com o terapeuta, que ameaçam a evolução do processo terapêutico. Objetivos ➝ examinar, analisar, explorar e resolver os sintomas e as dificuldades emocionais do paciente. Constitui a essência do tratamento. Cabe ressaltar que a resolução de conflitos psíquicos inconscientes traduz o objetivo principal do paciente neurótico. Para o paciente mais regressivo o objetivo principal seria a construção de um self coeso, com capacidades simbólicas mais eficazes e espaço mental para pensar as angústias inerentes à vida. Fase final Período que se estende da primeira menção séria de término do tratamento até o minuto final da última sessão combinada, para que o tratamento de fato termine. Objetivos ➝ poder ajudar o paciente a examinar suas condições reais para um término, trabalhar com ele as questões relativas ao luto pelo fim do relacionamento com o terapeuta; identificar os ganhos conquistados e as situações que ainda podem merecer alguma atenção psicoterápica no futuro. Intervenção ➝ é um período em que se mesclam trocas transferenciais- contratransferências, com diálogos referentes às questões da realidade externa ante o fato de brevemente não existir mais o vínculo paciente- terapeuta nos moldes em que até então aconteceu. Interpretações transferenciais relativas à perda e ao luto pelo término são muito úteis para auxiliar o paciente a se despedir de seu terapeuta. Há uma necessidade de rever etapas e examinar ganhos alcançados ao longo de todo o processo, e analisar objetivos que não puderam ser atingidos, no todo ou em parte. É uma etapa de “balanços” e de elaboração da separação. Riscos ➝ referem- -se a términos fora dos timings adequados, seja prematuro, seja postergado, consequentes às atuações tanto do paciente como do terapeuta. Possibilidade de ocorrer um impasse. Revisão para a prova ID ➝ prazer, alívio da tensão, sexualidade, agressividade. Sexualidade ➝ amor, prazer, pulsão de vida. Agressividade ➝ pulsão de morte. Sintoma é o alívio de uma tensão ➝ exemplo: vomitar. Desejo é inconsciente ➝ exemplo: desejo de ser amado. Interpretação ➝ análise do que recebemos ➝ analise psicodinâmica. Conflito básico ➝ das relações. Mecanismos de defesa ➝ proteger a pessoa ➝ prazer ➝ a pessoa não enfrente a realidade que ela acha não superar. Racionalizar ➝ falar ➝ faz bem para a saúde. Neurótica ID e Superego. Organizado, sem criatividade. Psicótico A pessoa e o mundo externo. Borderline Percepção acusada. Controle dos impulsos. Compensação Instabilidade do humor muito grande. Jeitos de ser, adoecer e ver o mundo. Psicoterapia de apoio de longa duração ➝ paciente com déficit ➝ CAPS Análise de muitos anos ➝ o psicólogo vai fazer com ele o que os pais não fazem. Planejamento ➝ compreender com a pessoa. Contrato ➝ combinados, sigilo, através dele já se manifestam características da personalidade da pessoa. Contrato manifesto ➝ falado, combinado. Contrato latente ➝ interpretado. Fases da psicoterapia Primeira fase ➝ aliança terapêutica, não confrontar. Aliança estabelecida em 2 a 3 meses. Segunda fase ➝ processo de insight e resolução de conflitos, trabalha o foco. Terceira fase ➝ processo de alta, avaliar como paciente chega, o que melhora e o que falta. Psicoterapias Pode ser cognitiva, interpessoal, grupal, comportamental, sistêmica, de apoio, etc. A psicoterapia psicanalítica pode ser psicanálise, psicoterapia de orientação analítica, psicoterapia breve dinâmica, psicoterapia de apoio de curta/longa duração, psicoterapia d grupo, psicoterapia de casal e familiar, ludoterapia, entre outros. Antes de iniciar uma psicoterapia é necessário realizar algumas etapas. Entrevistas clínicas ➝ dados pessoais, queixas, duração, história da doença, antecedentes familiares, fatores desencadeantes, melhora/piora, tratamentos realizados, uso de medicações. Avaliação nosológica/descritora ➝ CID- 10/DSM-V ➝ avaliação da personalidade e do caráter do paciente ➝ características, transtornos, traços de caráter adaptativos ou não. Avaliação psicodinâmica ➝ compreensão do funcionamento mental ID, Ego e Superego, mecanismos de defesa, impulsos, autoestima, relações objetais, estrutura de personalidade. Avaliar o grau de sofrimento, da motivação, da capacidade, estabelecer vinculo de insight. Selecionar o foco ➝ os conflitos circunscritos, crises vitais/acidentais/focais, patologias, nível neurótico/psicótico/borderline. Indicação terapêutica ➝ embasada e com critérios. Planejamento da psicoterapia ➝ sessões, foco e manejo. Contrato terapêutico ➝ frequência, honorário, número de sessões, férias, reajuste, falta, responsabilidade, atrasos, sigilo. Diagnóstico nosológico Características, transtorno ou traços de caráter, adaptativos ou não. Personalidade ➝ organização única, dinâmica e integrada das características mais estáveis e previsíveis de um indivíduo ➝ seu comportamento, forma de pensar e de se expressar. Inclui temperamento, caráter e inteligência. Caráter ➝ aspectos da personalidade de um indivíduo que podem ser avaliados pelos outros em relação a critérios morais, sociais e éticos. Estrutura de caráter ➝ é o conjunto estável, previsível, organizado e integrado de motivações, atitudes, valores, mecanismos de defesa, além de modos de expressão de impulsos, que determinam sua forma de adaptação ao ambiente social. Importante estabelecer: Exame ou teste de realidade ➝ capacidade em distinguir os sentimentos, emoções como provenientes do seu mundo interno ou como provenientes de fora, presença de alucinações ou ilusões, pensamentos, condutas e afetos apropriados ou não, bem como pela capacidade do paciente em empatizar com o terapeuta. ID e Ego ➝ tolerância a ansiedade e a frustração (capacidade de enfrentar dificuldades, tolerar perdas, separações). Verificar os recursos do Ego (funções especificas), forças e fragilidades Eficácia ou controle da expressão dos impulsos e dos afetos ➝ agressão, sexualidade, ansiedade. Conflitos básicos entre: ID X EGO. ID X SUPEREGO. EGO X MUNDO EXTERNO. Mecanismos de defesa mais primitivos ➝ cisão, identificação projetiva, controle, onipotência, desvalorização, idealização, negação, com distorção da realidade. Mecanismos de defesa mais adaptativos➝ repressão, racionalização, intelectualização, anulação, formação reativa, sem distorção da realidade. Angustias ➝ separação, desintegração, aniquilamento, morte, castração. Hipótese psicodinâmica Explicar os problemas ou sintomas a luz das teorias psicodinâmicas. Verificar➝ relação dos sintomas com estressores ou eventos desencadeantes. Ocorrência de estressores no passado e suas consequências no desenvolvimento posterior (perdas, separações, etc.) Provocando inibições ou dificuldades para enfrentar as tarefas evolutivas posteriores. Identificar dificuldades mais marcantes e repetitivas nas relações com pessoas significativas (pais excessivamente rígidos, ou indulgentes, ausentes ou o contrário, dificuldades de sentir amor, ódio, gratidão, reparação.). Verificar se apresenta um conflito básico ou área problemática que se destaque entre as sadias (foco). Esboçar uma explanação psicodinâmica provisória do conflito central, descrevendo a situação atual e sua gênese evolutiva. Fazer uma previsão ou hipótese de como tal conflito manifestar-se-á na relação transferencial. Formulação de uma hipótese sobre a natureza psicológica do problema A partir das informações da anamnese pode- se chegar a uma hipótese do conflito inconsciente. Hipótese Psicodinâmica ➝ desenvolvimento epigenético (psicossexual) Para cada fase uma tarefa específica a ser desenvolvida, habilidades e competências a serem adquiridas. Erick Erickson ➝ confiança básica, autonomia, internalização de normas, formação de uma autoimagem integrada e separada da imagem dos objetos, consolidação da identidade, etc. Lacunas ➝ ao longo da vida ➝ crises vitais ➝ psicoterapia. Psicoterapias dinâmicas ➝ base é o conflito psíquico inconsciente como causa dos sintomas e o insight como estratégia básica para modificá-lo. Questões importantes ao avaliar: Como está o teste de realidade? Tem capacidade de diferenciar o interno e externo? Há um padrão persistente de alteração delirante da percepção? Há Ego suficiente para adiar a descarga dos impulsos a ponto de colocar os outros e a si mesmo em risco? Juízo crítico: paciente consegue prever adequadamente as consequências de suas ações? Paciente vê seus problemas como tendo origem interna e todas as dificuldades são projetadas e externas a ele? há capacidade de síntese? Utiliza metáforas e analogias que permitem a interação entre os vários níveis de abstração? Quais os desejos do paciente? O que o paciente teme? Quando tem medo como reage? Quais suas fantasias? Como o desejo vinha sendo evitado pelo paciente? Uma ansiedade especifica pode ser associada a um desejo, cuja defesa tem sido ineficaz? Se culpa uma relação a um desejo ou a outra pessoa? Superego é um fiscal rígido e implacável do Ego? Há flexibilidade e harmonia? As metas são realísticas ou fantásticas e inatingíveis? Existem tendências antissociais devido ao subdesenvolvimento do Superego? Quadro do paciente reflete os problemas conjugais dos pais? Ele está associado com conflitos familiares? Qual a relação objetal está sendo repetida? Qual papel ele representa na família, o seu ou de seus pais? Percepção corporal esta intacta ou precisa mutilar-se para definir tal fronteira? O corpo e a mente são conectados ou há episódios de despersonalização? O paciente pode tolerar a separação de pessoas significativas convocando uma imagem interna tranquilizadora da pessoa ausente? Ele vê a pessoa de maneira idealizada a desvalorizada? Vê o outro como objetos parciais necessários a sua própria gratificação? Intervenções Silêncio ➝ escuta ➝ ouvir ➝ sentir ➝ perguntar ➝ pensar. Interpretação ➝ afirmação elucidativa que liga um sentimento, pensamento, comportamento ou sintoma a sua origem ou significado inconsciente. Confrontação ➝ após a aliança terapêutica ➝ confrontação não é guerra! ➝ pega duas situações com dois ângulos para serem observados ➝ enfoca algo que o paciente não quer aceitar, que é negado ou suprimido. Clarificação ➝ "Eu percebo que você...." ➝ reunião de verbalizações com o objetivo de transmitir uma perspectiva mais coerente. Encorajamento para elaborar ➝ Tentando trabalhar com pulsões do passado que se repetem no presente. Perguntar e sentir como está o paciente. Validação empática ➝ Dar valor e colocar-se no lugar do outro. Empatizar com a situação. Conselho e elogio ➝ Paciente pergunta "você acha que eu devo fazer tal coisa?" e o psicólogo fala o que acha genuinamente "eu acho", “eu não acho”, "não sei, vamos pensar juntos". Reforço das atitudes. Afirmação ➝ apoio aos comentários dos pacientes. Psicanálise ➝ Pode ficar em longos silêncios. Objetivo de autoconhecimento, reestruturação da personalidade, mais sessões. Psicoterapia de orientação analítica ➝ Associação livre, mas não pode passar 50 minutos com ela. Não pode estimular silêncios longos. Não pode estimular a neurose de transferência. Postura mais ativa, conversa mais verbal. O objetivo final das psicoterapias expressivas é a obtenção de insight e a resolução do conflito. Resolução de conflito ➝ natureza da defesa e do desejo subjacente são compreendidos e o desejo é renunciado ou atenuado, tornando-se desnecessária a defesa. O terapeuta evita um investimento no desaparecimento do sintoma, respeita a liberdade e autonomia do paciente, apenas amplia as possibilidades. O objetivo da psicoterapia de apoio é ajudar o paciente a adaptar-se a novas realidades e ao stress da vida diária, fortalecendo suas defesas, favorecer o insight para os desejos e defesas inconscientes. O terapeuta pode funcionar como ego auxiliar, ajudando nos testes de realidade e na previsão das consequências de suas ações, melhorando seu julgamento. Finaliza-se o tratamento com o processo de Alta. Psicoterapias de orientação psicanalítica Psicanálise Teoria ➝ teoria sobre o funcionamento mental, formação da personalidade e aspectos do caráter. Investigação do conteúdo mental (inconscientes). Propõe efetuar modificações no caráter por meio do insight. Técnica ➝ Analista com postura neutra. O paciente é orientado a fazer livre associação, o terapeuta pode interromper de tempos em tempos essa associação com o intuito de o fazer observar conexões entre os fatos de sua vida mental. Utiliza-se o divã e uma frequência maior de sessões, fatores que possibilitam a regressão e uma relação transferencial. Utiliza quatro sessões por semana, ocorrendo em horários pré-estabelecidos. Indicação ➝ Tratamento de problemas de natureza crônica, com origem no passado – relações com os pais, por exemplo. Tendo como objetivo reorganizar a estrutura do caráter e corrigir lacunas do desenvolvimento. Exige motivação para efetuar mudanças na vida e busca autoconhecimento. Contra indicação ➝ É contraindicada quando há ausência do Ego razoavelmente integrado e cooperativo. Na presença de problemas de natureza aguda e que exigem soluções urgentes. Em situações que não podem ser modificadas. Psicoterapia psicanalítica Teoria ➝ mesmos princípios da psicanálise. Técnica ➝ Livre associação, contudo, elas não são tão livres quanto na psicanálise. Visto que são dirigidas pelo terapeuta para questões da terapia. O terapeuta intervém em áreas circunstanciais ou problemas delimitados. Permanece na área selecionada (foco da terapia). Não utiliza o divã. Sessões menos frequentes. Uma a três sessões semanais. Indicação ➝ Resolve conflitos selecionados e delimitados, remove defesas patológicas, proporciona o crescimento em pessoas com atrasos, corrige problemas psicopatológicos ou déficits. Útil para pessoas com traços ou transtornos de personalidade. Contra indicação ➝ Pacientes com problemas de natureza aguda. Pacientes severamente comprometidos, onde o insight pode provocar regressões graves. Pacientes com incapacidade para simbolizar, expressar seus sentimentos/emoções, ou sem interesse em fazer modificações por meio da compreensão de seusconflitos. Psicoterapia breve Teoria ➝ usa conceitos oriundos de diversas teorias e conceitos psicanalíticos de conflitos psíquico inconsciente. Busca resolução mediante a eliminação de defesas consideradas patologias por meio de insight. Conceitos: reforço do Ego; de foco; de experiência emocional corretiva; de crises; e teorias da aprendizagem. Técnica ➝ Delimitação de um foco, problema ou conflito principal. Estabelecimento de uma hipótese psicodinâmica. Interpretação de forças inconscientes. Ensino de novas formas de lidar com os conflitos emocionais. Atitude ativa do terapeuta que utiliza medidas de apoio. Delimitação do tempo (12 a 40 sessões). Seleção adequada do paciente. Indicação ➝ pacientes com transtorno de ajustamento e personalidades leves. Situações ou problemas agudos. Contra indicação ➝ Psicose, transtorno de humor, de caráter grave, de pânico e fóbico incapacitante, dependências químicas, TOC, 9pacientes imaturos e dependentes, situações emergenciais que exijam intervenções rápidas, necessidade de modificações maiores ou mais profundas de caráter, problemas difusos (focos ou conflitos múltiplos). Psicoterapia de apoio de curta duração Teoria ➝ segundo a teoria das crises, onde ao longo da vida há períodos críticos que causam com maior intensidade mudanças de personalidade. Maneja a crise, tornando o indivíduo mais fortalecido para enfrentar novas situações. Técnica ➝ Medidas imediatas de modificação do ambiente externo. Remoção do fator estressante. Afastamento do paciente da situação conflitiva. Alívio dos sintomas e retorno ao equilíbrio interior. Utiliza intervenções com ventilação, catarse, busca de alternativas, informação, confrontação, orientação, sugestão, etc. Indicação ➝ situações agudas que configuram uma emergência. Contra indicação ➝ situações onde o paciente tem a possibilidade de fazer outras terapias. Psicoterapia de apoio de longa duração Teoria ➝ teoria psicanalítica como função de suporte, uso do terapeuta como modelo ou objeto idealizado, estabelecimento de uma relação de dependência com o terapeuta. Teoria comportamental como diferentes intervenções do terapeuta (aprovação, encorajamento, elogios), tentativas de ensaio e erro, convívio com o terapeuta. Técnica ➝ Auxiliam o paciente a fortalecer funções adaptativas do Ego frágil e desencorajar defesas desadaptativas. Educação, sugestão, aconselhamento, controle ativo, medidas de confiança, elementos cognitivos e técnicas comportamentais. Manutenção de transferência positiva. Aliança terapêutica. Terapeuta é ativo. Frequência das sessões é variável. Indicação ➝ Psicose, transtorno severos de personalidade, retardo mental, problemas físicos limitantes e crônicos. Contra indicação ➝ Não deve ser indicada para pacientes com boas condições de Ego.
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