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Teorias e técnicas psicoterapicas psicanálise-2-14

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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS - 
PSICANÁLISE 
 
 
 
 
Introdução 
Psicanálise é uma teoria, técnica, método de 
tratamento investigativo. 
A teoria diz que o inconsciente é dinâmico. 
Além de um determinismo psíquico. 
 
 Consciente 
 
 Pré-consciente 
 
 Inconsciente 
 
A estrutura é fundamental. 
 
A psicanálise é diferente da psicoterapia 
psicanalítica, se diferem em objetivos, número de 
sessões, intervenções, critérios de alta, postura do 
terapeuta. Mas ambas utilizam da psicanálise como 
teoria. 
Na psicoterapia existem diversos tipos de 
terapia como: psicanalítica, cognitivo 
comportamental, Gestalt, humanista, lacaniana, de 
casal, individual, infantil, etc. 
Psicoterapia ➝ método de tratamento para 
problemas emocionais envolvendo duas pessoas. 
 
Várias 
modalidades Psicanálise (análise) 
de psicoterapia Psicoterapia Psicanalítica 
baseadas na Psicoterapia breve/focal/crise 
terapia Psicoterapia de apoio 
psicanalítica 
 
Para cada condição tem um tipo específico de 
psicoterapia. 
 
Espectro de intervenções 
Das mais expressivas para as mais 
sugestivas. 
Baseadas em ID, Ego e Superego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação 
Para o atendimento é preciso que seja 
realizado no sujeito uma entrevista inicial. 
Entrevista inicial ➝ processo de avaliação que 
busca analisar, a partir das demandas do 
entrevistado, se ele necessita de ajuda psicológica e 
de que forma o processo de psicoterapia precisa ser 
ofertado para que as demandas sejam sanadas. 
Tipo específico de encontro com objetivo 
definido e formato próprio, diverso dos demais que 
irão ocorrer. 
Avaliar, analisar o conteúdo trazido pelo 
paciente e as percepções, observações, pensamentos 
e sentimentos evocados no contado da dupla. 
Pode ser um encontro ou mais. 
Importante observar o fluxo do paciente ➝ 
como ele foi encaminhado, o motivo. 
Deve ser fluida, dando abertura ao paciente 
para que ele relate seus processos. 
O objetivo é conhecer o paciente e como ele 
atualmente está interagindo com o ambiente ao seu 
redor. 
É feita, também, a avaliação nosológica 
(CID-10) ➝ para ver se o sujeito apresenta alguma 
patologia. 
Nas entrevistas iniciais é feita a anamnese 
do paciente. 
Anamnese ➝ coleta dados pessoais, queixa e 
duração, história da doença, antecedentes familiares 
e pessoais (história de vida – infância, vida adulta; 
trabalho e relações interpessoais, sexualidade, etc.) 
Exemplo: 
Queixa ➝ “o que te traz aqui?” 
Duração ➝ “há quanto tempo tem os 
sintomas que alega?” 
História da doença ➝ sintomas. Contudo, a 
pessoa pode não saber quais sintomas são de 
 teorias e tecnicas psicoterapicas 
psicanalise 
Psicoterapia de 
apoio 
 de longa e curta 
 duração 
Terapia 
expressiva POA 
Psicanálise Psicoterapia 
breve/focal/crise 
Apoio/suporte 
determinada doença, ou seja, pode alegar que está 
com alguma doença e na hora da terapia o terapeuta 
perceber que é outra. 
Postura do terapeuta ➝ atento, empático, 
acolhedor, neutra com cordialidade, discrição, 
sensibilidade. 
Avaliação psicodinâmica ➝ baseada na teoria 
da psicanálise ➝ ID, Ego e Superego; conflito atual; 
mecanismos de defesa. 
Na avaliação psicodinâmica observa-se o que 
está em desequilíbrio no Id, Ego e Superego e irá 
apresentar sintoma. Fazendo com que o sujeito 
apresente a queixa de forma consciente. 
Motivação ➝ algo que impulsiona e que 
caracteriza as vontades próprias de realizar algo. 
Avaliar o grau de motivação e interesse para 
psicoterapia e expectativas futuras em relação ao 
processo. 
O sofrimento é a força que motiva o 
tratamento, ou seja, é um aspecto que deve ser 
observado na manifestação consciente da pessoa – 
expressando desejos verbais em se livrar de seus 
problemas. 
 
Teorias Freudianas 
Teoria do trauma ➝ todas as histéricas 
foram abusadas na infância (teoria abandonada 
rapidamente). 
 
Teoria topográfica ➝ consciente, pré-
consciente e inconsciente. 
 
Teoria estrutural ➝ ID, Ego e Superego. 
 
ID é o inconsciente. Reservatório de desejos e 
pulsões (forca que movo a buscar o prazer, busca do 
alívio da tensão) reprimidas. 
Desejos inaceitáveis pelo Superego. 
Aparece nos sonhos ou em forma de sintoma. 
 
Ego é o mediador entre a realidade interna 
(ID) e a externa (Superego). 
Conter os impulsos que vem do ID e as forças 
repressoras do SUPEREGO (lidar com as emoções e 
conflitos) 
Identificar ameaças vindas do meio externo e 
do meio interno, gerando Ansiedade. 
Acionar os mecanismos de defesa. 
Pensamento, linguagem, memória, orientação 
no tempo e espaço, lidar com os afetos, atenção, 
concentração, simbolização. 
 
Superego é responsável pelas regras, leis, 
advindas da cultura e da resolução do Complexo de 
Édipo. 
 
Funcionamento mental 
A partir das primeiras relações objetais, isto 
é, com os pais ou pessoas significativas, o bebê vai 
desenvolvendo essas estruturas. 
A condição de identificar o que vê, o que sente, 
de transformar o que percebe, pensar e de agir ou 
não. De conter ou de expressar os impulsos que vem 
do ID, agressivos ou sexuais. 
Tolerar e lidar com frustrações. 
PULSÃO ➝ Força motriz, que impele a buscar 
alívio para o desconforto físico e emocional (fome – 
busca pelo seio – saciação) 
Registro na mente ➝ prazer no contato com 
a pele, com o afeto que vem junto com a mamada. 
Gera desejo de novamente ter prazer e 
livrar-se da tensão. 
Princípio do Prazer ➝ busca de satisfação 
imediata. 
Princípio da Realidade ➝ contém o 
desconforto, adia o prazer para obter uma satisfação 
maior. 
PULSÃO DE VIDA E DE MORTE. 
 
O funcionamento mental é psicodinâmico 
(movimento). 
 
 Superego 
 Consciente 
 
 Ego 
 Pré-consciente 
 
 
 ID quer sair Inconsciente 
 
 
Freud diz que nascemos com ID e um pequeno 
Ego. O ID representa algo que desconforta o bebê 
(fome = choro). 
A mãe, então, pega o bebê e fala “eu sei que 
é fome”, verbalizando, e dá o alimento (saciação). A 
criança mais velha não chora mais (ID) e agora pede 
para comer (Ego). 
O superego para Freud se dá a partir do fim 
do Édipo ➝ o primeiro grande NÃO da vida. 
Exemplo: 
ID ➝ morder coleguinha. 
Ego ➝ verbalizar, invés de morder. 
Superego ➝ não pode morder (cultural, 
regra). 
 
Para Melaine Klein o Superego se dá a partir 
do desmame do bebê ➝ não pode ter alimento sempre. 
Esse Superego é sádico e tirano. 
 
Winnicott quando fala “mãe suficientemente 
boa” é aquela que atende as necessidades do filho, mas 
não o mima. 
Criança quer algo ➝ mãe fala não ➝ criança 
chora ➝ mãe entende a criança e explica o motivo do 
não. 
O chorar (ID) começa pelo “não” (Superego) 
da mãe e a explicação verbalizada da mãe irá moldar 
o Ego. 
 
Transferência e contratransferência 
Relação paciente-terapeuta ➝ o paciente 
evoca emoções no terapeuta e o terapeuta no 
paciente. 
Transferência ➝ repetição das primeiras 
relações objetais do paciente para o terapeuta. 
Também pode apresentar-se como uma 
resistência ➝ toda vez que um paciente parece não 
estar expondo comunicações espontâneas, dificultando 
a coleta da história 
Contratransferência ➝ terapeuta toma o 
lugar do objeto (de forma tanto consciente quanto 
inconsciente). 
Exemplo: 
Paciente vê o terapeuta como mãe 
(transferência) e o terapeuta se coloca no lugar de 
mãe (contratransferência). 
Quando o terapeuta toma esse papel sem 
perceber ele atua na contratransferência.Quando o terapeuta percebe que está 
constratransferindo ele maneja a 
contratransferência. 
Quando o terapeuta fala que “não 
contratransferiu” também é uma 
contratransferência, pois ele percebe a transferência 
do paciente para ele. 
 
Aliança terapêutica 
Capacidade de o indivíduo estabelecer uma 
relação de trabalho com o terapeuta. 
Essencial para que haja resultados nas 
terapias. 
Oposto de reações de transferência 
regressivas e resistentes. 
Utiliza da parte racional preservada do 
sujeito como aliada do terapeuta. 
Para que o sujeito tenha essa capacidade de 
vínculo com o terapeuta ele deve ter estabelecido, pelo 
menos uma vez, uma relação emocionalmente 
significativa. 
 
Diagnóstico psicodinâmico 
Não é apenas objetivo. 
A investigação deverá percorrer áreas 
próprias da etapa de crise vivida pelo paciente. 
Envolve crises vitais ou acidentais e ao grau 
de adaptação alcançado. 
Identificação, queixa e duração, crises vitais 
ou acidentais, fatores de melhora e piora. 
 
Crises vitais ou acidentais 
Deve-se procurar relação temporal entre a 
eclosão dos sintomas e a ocorrência de algum evento 
ou circunstância. 
 O paciente pode não perceber devido a 
mecanismos de defesa protetores, como negação, 
racionalização, isolamento. 
Crise vital ➝ ciclos da vida. 
Crise acidental ➝ morte, separação, doença, 
vestibular, etc. 
A ausência de fatores desencadeantes ou de 
crises vitais ou acidentais sugere a presença de 
patologia de caráter. 
 
Sintoma Neurótico 
São conflitos intrapsíquicos entre ID, Ego e 
Superego. 
Conflitos inconscientes do sujeito ➝ 
manejados por traços de caráter. 
Tem como premissa um fator desencadeante 
➝ impossibilitando o uso de métodos que mantinham 
o equilíbrio previamente ➝ fazendo com que os 
sintomas apareçam. 
Sintomas ➝ mostram conflitos e o meio como 
o Ego lida com eles. 
Inconsciente ➝ percebido a partir da 
linguagem e comunicação ➝ revelam aspectos 
inconscientes por meio de lapsos, atos falhos e 
transferência. 
 
Conflito atual 
A doença mental deriva de conflitos. 
intrapsíquicos ➝ predominantemente inconscientes. 
Partes constituintes do conflito ➝ um 
impulso instintivo que gera ansiedade e, em 
consequência, uma defesa. 
Manejados por padrões peculiares de defesa 
➝ traços de caráter. 
Fator desencadeante ➝ métodos 
previamente utilizados para manter o equilíbrio 
falham, e os sintomas aparecem. 
Inconscientes ➝ impulsos que geram defesa. 
 
Conflito nuclear 
Conflitos nucleares ➝ profundos, primitivos, 
adormecidos, que seriam ativados e continuamente 
expressos de vários modos. 
Também são chamados de conflitos básicos, 
vem de algo que aconteceu na infância. 
Psicanálise ➝ é indicada em patologias de 
caráter infantil, por exemplo, onde existem conflitos 
nucleares que resultam em um modo habitual de ser, 
pensar, sentir, fantasiar e relacionar. 
 
Conflito focal 
Conflitos focais ➝ derivado de conflitos 
nucleares. 
Conflitos focais ➝ mais próximos da 
superfície, pré-conscientes, explicando a maior parte 
do material clínico de uma sessão ➝ adaptação dos 
conflitos nucleares e passíveis de aproximação por 
meio da psicoterapia de orientação analítica, e não só 
pela psicanálise. 
POA ➝ é indicada quando há um conflito focal 
expressado por sintomas e/ou padrões de 
comportamentos, causando sofrimento no sujeito. 
 
Exame de estado Mental 
Avalia alterações senso perceptivas, delírios, 
alterações no afeto, volição, linguagem, comunicação, 
orientação de tempo e espaço, controle impulsivo. 
Feito durante entrevistas de avalição ➝ 
linguagem e comunicação revelarão aspectos do 
inconsciente da pessoa. 
 Traços de personalidade que se evidenciarão 
a partir do exame ➝ de acordo como a pessoa 
responde e se expressa. 
Exemplo: 
Pacientes que descrevem eventos dolorosos 
em suas vidas sem qualquer tonalidade afetiva estão 
fazendo uso do isolamento e da intelectualização. 
Hipomaníacos ➝ divertidos ou de bom humor, 
podem estar recorrendo à negação para defender-se 
contra sentimentos de desgosto e raiva. 
Borderline ➝ expressar desprezo e 
hostilidade em relação às figuras significativas de 
suas vidas, usando a dissociação para evitar a 
integração entre sentimentos bons e maus para com 
os outros. 
Borderline ➝ avaliar se o paciente consegue 
adiar sua descarga ou irá ceder a eles e causar riscos 
a si ou ao outro, observando se o paciente é capaz de 
prever suas ações ou elas predominam antes da 
reflexão. 
 
Mecanismos de defesa 
Primitivos ➝ negação, projeção, identificação 
projetiva, cisão (splitting), controle onipotente, 
arrogância. 
Mais maduros ➝ racionalização, formação 
reativa, deslocamento, condensação, sublimação. 
 
Mecanismo de defesa de pacientes borderline 
e psicóticos são primitivos como: dissociação, 
identificação projetiva, negação e controle onipotente. 
 
 
P2 
Contrato 
São combinações formais de horários das 
sessões, frequência, pagamentos, férias e 
responsabilidades. 
São feitas no início do tratamento 
psicoterápico. 
Um pacto entre duas ou mais pessoas. 
Zimerman ➝ o contrato também se refere ao 
analista e paciente, os quais se tratam 
reciprocamente – visto que o analista utiliza de seus 
recursos para lidar com o sofrimento psíquico do 
paciente. 
Freud ➝ comparava o tratamento analítico 
com um jogo de xadrez, que é sistemático. Chama as 
regras de recomendações e diz que não se deve 
reivindicar qualquer aceitação incondicional a elas, já 
que os processos mentais são subjetivos e o contrato 
deve ser sentido e estabelecido. 
O contrato é parte do processo psicoterápico, 
sendo estabelecido no setting a partir da criação de 
um arcabouço. 
Winnicott ➝ o setting é a soma dos 
procedimentos que organizam a análise e engloba as 
atividades extra-analíticas. Cria condições para que a 
marcha ordenada do processo analítico seja mantida – 
regras de um jogo analítico. 
As combinações presentes no contrato podem 
ser estabelecidas de forma detalhada ou simplificada. 
O contrato é uma parte do processo 
psicoterápico, que tem como objetivo abranger 
combinações formais e, além disso, abrange funções e 
papéis da dupla – onde uma busca alívio e outro tenta 
mitigar o sofrimento. 
 
Elementos constituintes do 
contrato 
Deve conter frequência, responsabilidade 
sobre as sessões, honorários, férias, faltas e reajuste. 
 
Frequência 
Paciente imagina que o tempo da psicoterapia 
está relacionado a frequência. 
A maior frequência das sessões traz consigo 
uma diferença qualitativa e não quantitativa. 
A frequência maior com que o paciente vai, faz 
com que haja uma continuidade no que estava sendo 
tratado na última sessão e também impede que o 
paciente tenha tempo suficiente para reorganizar 
seu esquema defensivo por completo. 
A frequência se determinará a partir da 
demanda do paciente. 
Há situações, portanto, que o paciente não 
consegue realizar o tratamento na frequência que lhe 
é recomendada, seja por diversos motivos, isso pode 
ser visto como uma resistência do mesmo para 
realização do tratamento. Porém essa resistência 
também pode vir do terapeuta, o qual não indica a 
psicoterapia com uma frequência maior. 
 
Responsabilidade sobre as sessões 
Responsabilidade pelo horário das sessões. 
Essa responsabilidade, pois, tanto o analista 
quanto o paciente se comprometem a encontrar-se ➝ 
nesse tempo o terapeuta estará disponível para 
atender exclusivamente o paciente. 
Quando um paciente, então, falta a sessão 
deixa uma lacuna nas atividades do dia do terapeuta, 
podendo afetar a qualidade de trabalho do mesmo. 
Essa descontinuidade pode impedir o aprofundamento 
da transferência, pois se o paciente não comparece a 
sessão ocorre uma ruptura para o terapeuta e para 
o paciente, o qual para de pensar sobre si. 
Existem controvérsias sobrea troca de 
horário devido à falta. 
Langs ➝ o horário não deve ser trocado, 
mesmo que isso afete a psicoterapia. 
Zaslavsky ➝ tenta mudar os horários de 
acordo com as possibilidades ➝ essa mudança deve 
ser examinada com cuidado, pois pode haver uma 
transferência do paciente para o terapeuta, onde a 
mudança de horário seria a prova de que o mesmo se 
importa. 
Poderá ocorrer do terapeuta ter que romper 
ou modificar o contrato devido a faltas, doença, 
viagens, compromissos profissionais, entre outros. 
 
Honorários 
A realidade externa soma-se aos conflitos da 
dupla. 
Parte da terapia destinada exclusivamente 
ao terapeuta. 
Devem se pautar no nível de formação e 
experiência do terapeuta, estando de acordo com os 
padrões da comunidade – seguindo o Código de Ética 
Médica. 
O terapeuta pode estabelecer honorários 
mais baixos por sentimentos de culpa por não se sentir 
capaz, por um desejo de agradar, pela vontade de 
manter o paciente ou pelo desejo de compensá-lo por 
supostas ineficiências. 
Para o paciente honorários mais baixos podem 
significar levar vantagem, ter a voracidade solta e 
incontrolável, sentir-se preferido. 
Os honorários altos indicam que o terapeuta 
iniciante demonstra necessidade de negar sua 
condição, como se não houvesse diferença entre ele e 
os mais experientes, além do desejo de impor um objeto 
caro e valorizado. 
Para o paciente os honorários altos podem 
fazer com que ele se identifique como objeto 
perseguidor, a idealização é substituída por 
sentimentos paranoides e a aceitação indicar 
submissão do paciente. 
Quando as condições econômicas do paciente se 
modificarem o terapeuta rediscutirá o valor dos 
honorários. 
O momento do pagamento evidencia que a 
relação terapêutica é profissional e assimétrica, além 
da necessidade e da dependência do outro, causando 
um sentimento hostil no paciente. 
 
Férias 
Anteriormente os terapeutas tinham um mês 
oficial de férias ➝ o qual já era avisado ao paciente 
no início das terapias ➝ paciente escolhia por tirar 
suas férias no mesmo período. 
Hoje existe uma flexibilidade maior no quesito 
férias e assim o terapeuta pode oferecer ao paciente 
a possibilidade de vir ou não para as sessões ➝ mas 
o não comparecimento as sessões podem desencadear 
no paciente uma transferência negativa. 
 
Faltas 
As faltas são tratadas como responsabilidade 
do paciente e dessa forma é possível estabelecer o 
compromisso com a terapia. 
Isso pois o paciente se apega ao prejuízo 
econômico que será gerado por suas faltas. 
É preciso que as situações sejam tratadas 
com particularidade. 
 
Reajuste 
Ocorre para melhorar os honorários ao 
decorrer do tratamento psicoterápico. 
Ele deve ser feito com tempo suficiente para 
permitir ao paciente uma ampla discussão de seus 
sentimentos antes do dia do pagamento. 
Esse reajuste pode evocar no paciente reações 
raivosas e ameaçadoras. 
Discutir o reajuste com o paciente pode 
evidenciar resistências e o movimento transferencial-
contra transferencial. 
 
Setting terapêutico 
É um espaço dinâmico a serviço do bom 
andamento da terapia. 
Visa proporcionar as melhores condições para 
que o processo de tratamento aconteça. 
Se refere a estrutura física e aos 
procedimentos de rotina da prática psicanalítica. 
Pode favorecer para o aumento do 
aparecimento de todas as diferentes reações 
transferenciais. 
Freud ➝ indica três condições básicas para o 
setting psicoterápico ➝ neutralidade, a 
abstinência e o anonimato. 
O tratamento terapêutico acontece através 
de um contrato, feito pela dupla, paciente-
terapeuta, essas três condições são essenciais 
para que ele aconteça, através das 
individualidades, da maneira que tem que ser. 
 
Neutralidade 
Baseia-se em uma postura do terapeuta, 
uma forma de conduta, uma forma de comportar-
se ➝ que seja neutro quanto aos seus valores, 
quanto a sua religiosidade, sua moral. 
Para que possa conduzir o tratamento de uma 
forma que não seja em função de achismos, e que 
ele não esteja ali para conselhos. 
O terapeuta também deve manter essa 
neutralidade em relação as manifestações 
transferenciais. 
 
 
Freud ➝ indifferenz ➝ significa em latim 
“nem um, nem outro” ➝ ele quer dizer que a 
neutralidade não é um sinônimo de frieza e 
indiferença pelo paciente, ou uma ausência de 
sentimentos, mas que tudo tem que acontecer na 
hora e na medida certa. 
A neutralidade absoluta, contudo, é uma mera 
abstração. 
A neutralidade serve para as manifestações 
espontâneas, inexpressivas por parte do 
terapeuta. 
A neutralidade analítica é a posição 
comportamental e emocional. Onde o analista 
observa o paciente sem perder a empática, mas 
mantendo distância em relação: 
1. ao material do paciente e à sua 
transferência; 
2. à contratransferência e à sua própria 
personalidade; 
3. aos seus próprios valores; 
4. às expectativas e pressões do meio 
externo; 
5. à(s) teoria(s) psicanalítica(s). 
 
Abstinência 
É um princípio segundo o qual o tratamento 
analítico deve ser conduzido de tal modo que o 
paciente encontre o menos possível de satisfações 
para seus sintomas. 
Implicitamente ligada ao próprio principio do 
método analítico, enquanto este faz da 
interpretação seu ato fundamental, em lugar de 
satisfazer as exigências libidinais do paciente. 
A ideia é não frustrar o paciente e sim de 
certa forma gratificá-los. 
Não se pode padronizar a “regra da 
abstinência”, visando sempre que uma boa técnica 
é aquela que se adapta a individualidade de cada 
um. 
 
Anonimato 
Condição importante para o setting 
terapêutico. 
Muito difícil de ser mantido ➝ a maneira como 
o terapeuta se veste, se comporta, como e a sua 
maneira de falar, sua decoração, podem revelar 
alguns aspectos da sua personalidade. 
O anonimato tem que acontecer na medida 
certa. 
A perda do anonimato pode interferir na 
necessária neutralidade, dificultando as 
interpretações transferenciais. 
O terapeuta não pode se esconder por total 
por trás de máscaras, mas o mais importante é 
como ele se comporta em relação a isso, mantendo 
a sua vida pessoal dentro do sigilo possível. 
 
Aliança terapêutica 
Relação positiva entre terapeuta e paciente. 
Compromisso entre duas pessoas. 
Quanto melhor a qualidade dessa aliança 
melhor é o resultado. 
Aliança terapêutica como conceito central do 
processo psicoterápico. 
A qualidade da aliança independe do uso de 
mecanismos de defesa, mais ou menos regressivos. 
É estabelecida com base em uma experiência 
prévia, na qual foi possível interagir com outra 
pessoa. 
A aliança terapêutica é entendida como 
assentada nas funções do ego, na autonomia 
secundária. 
É indispensável ao tratamento baseado na 
teoria psicanalítica, e ela volta a ser definida como 
uma relação positiva e estável entre terapeuta e 
paciente, o que permite levar a cabo a psicoterapia. 
O paciente deve ter pelo menos uma relação 
emocionalmente significativa. 
A aliança terapêutica depende de fatores 
ligados à realidade externa, às características 
pessoais, à transferência e à contratransferência. 
É dinâmica. 
 
Fases da psicoterapia 
A psicoterapia de orientação analítica pode 
ser estudada de acordo com as fases início, etapa 
intermediária do processo e término. 
Pacientes que não apresentam estrutura 
neurótica e sim caso-limite podem interromper as 
fases da psicoterapia, pois são pacientes mais 
primitivos, sem estrutura defensiva do neurótico e 
que desorganizam com muita facilidade. 
 
 
 
Fase inicial 
O primeiro contato do paciente com o 
terapeuta até o estabelecimento de uma aliança 
terapêutica sólida entre eles. 
Pode ocupar algumas sessões ou perdurar por 
meses, dependendo das características da 
personalidade do paciente e da habilidade do 
terapeuta em conduzir as questões relativas a essaetapa. 
Riscos ➝ abandono precoce. 
Intervenção ➝ interpretação cuidadosa das 
resistências e das angústias paranoides, tão comuns 
nessa etapa das psicoterapias. 
Objetivos ➝ estabelecer uma aliança 
terapêutica sólida e identificar as razões da busca de 
tratamento e a conflitiva inconsciente que produz o 
sofrimento, bem como fazer o contrato terapêutico. 
 
Fase intermediária 
Período que se estende do momento no qual o 
terapeuta identifica uma razoável aliança 
terapêutica estabelecida até a ocasião em que uma 
séria proposta de término passa a ser discutida entre 
paciente e terapeuta. 
Etapa mais longa dos tratamentos. 
Riscos ➝ parada no desenvolvimento do 
progresso terapêutico, devido a diferentes causas. 
Podem ocorrer conluios narcísicos, impasses, 
interrupções, intelectualizações não acompanhadas de 
insights genuínos, para citar alguns. 
Intervenção ➝ além das interpretações a 
respeito das resistências, há interpretações a 
respeito da conflitiva inconsciente do paciente. 
Interpretações extra transferenciais. Estas se 
fazem necessárias quando surgem angústias, 
despertadas no paciente em consequência de sua 
relação com o terapeuta, que ameaçam a evolução do 
processo terapêutico. 
Objetivos ➝ examinar, analisar, explorar e 
resolver os sintomas e as dificuldades emocionais do 
paciente. Constitui a essência do tratamento. Cabe 
ressaltar que a resolução de conflitos psíquicos 
inconscientes traduz o objetivo principal do paciente 
neurótico. Para o paciente mais regressivo o objetivo 
principal seria a construção de um self coeso, com 
capacidades simbólicas mais eficazes e espaço mental 
para pensar as angústias inerentes à vida. 
 
Fase final 
Período que se estende da primeira menção 
séria de término do tratamento até o minuto final da 
última sessão combinada, para que o tratamento de 
fato termine. 
Objetivos ➝ poder ajudar o paciente a 
examinar suas condições reais para um término, 
trabalhar com ele as questões relativas ao luto pelo 
fim do relacionamento com o terapeuta; identificar os 
ganhos conquistados e as situações que ainda podem 
merecer alguma atenção psicoterápica no futuro. 
Intervenção ➝ é um período em que se 
mesclam trocas transferenciais-
contratransferências, com diálogos referentes às 
questões da realidade externa ante o fato de 
brevemente não existir mais o vínculo paciente-
terapeuta nos moldes em que até então aconteceu. 
Interpretações transferenciais relativas à perda e 
ao luto pelo término são muito úteis para auxiliar o 
paciente a se despedir de seu terapeuta. Há uma 
necessidade de rever etapas e examinar ganhos 
alcançados ao longo de todo o processo, e analisar 
objetivos que não puderam ser atingidos, no todo ou 
em parte. É uma etapa de “balanços” e de elaboração 
da separação. 
Riscos ➝ referem- -se a términos fora dos 
timings adequados, seja prematuro, seja postergado, 
consequentes às atuações tanto do paciente como do 
terapeuta. Possibilidade de ocorrer um impasse. 
 
Revisão para a prova 
ID ➝ prazer, alívio da tensão, sexualidade, 
agressividade. 
Sexualidade ➝ amor, prazer, pulsão de vida. 
Agressividade ➝ pulsão de morte. 
Sintoma é o alívio de uma tensão ➝ exemplo: 
vomitar. 
Desejo é inconsciente ➝ exemplo: desejo de ser 
amado. 
Interpretação ➝ análise do que recebemos 
➝ analise psicodinâmica. 
Conflito básico ➝ das relações. 
Mecanismos de defesa ➝ proteger a pessoa 
➝ prazer ➝ a pessoa não enfrente a realidade que 
ela acha não superar. 
Racionalizar ➝ falar ➝ faz bem para a 
saúde. 
 
Neurótica 
ID e Superego. 
Organizado, sem criatividade. 
 
Psicótico 
A pessoa e o mundo externo. 
 
Borderline 
Percepção acusada. 
Controle dos impulsos. 
Compensação 
Instabilidade do humor muito grande. 
Jeitos de ser, adoecer e ver o mundo. 
Psicoterapia de apoio de longa duração ➝ 
paciente com déficit ➝ CAPS 
Análise de muitos anos ➝ o psicólogo vai fazer 
com ele o que os pais não fazem. 
Planejamento ➝ compreender com a pessoa. 
 
Contrato ➝ combinados, sigilo, através dele 
já se manifestam características da personalidade da 
pessoa. 
Contrato manifesto ➝ falado, combinado. 
Contrato latente ➝ interpretado. 
 
Fases da psicoterapia 
Primeira fase ➝ aliança terapêutica, não 
confrontar. 
Aliança estabelecida em 2 a 3 meses. 
 
Segunda fase ➝ processo de insight e 
resolução de conflitos, trabalha o foco. 
 
Terceira fase ➝ processo de alta, avaliar 
como paciente chega, o que melhora e o que falta. 
 
 
Psicoterapias 
Pode ser cognitiva, interpessoal, grupal, 
comportamental, sistêmica, de apoio, etc. 
A psicoterapia psicanalítica pode ser 
psicanálise, psicoterapia de orientação analítica, 
psicoterapia breve dinâmica, psicoterapia de apoio de 
curta/longa duração, psicoterapia d grupo, 
psicoterapia de casal e familiar, ludoterapia, entre 
outros. 
 
Antes de iniciar uma psicoterapia é necessário 
realizar algumas etapas. 
Entrevistas clínicas ➝ dados pessoais, 
queixas, duração, história da doença, antecedentes 
familiares, fatores desencadeantes, melhora/piora, 
tratamentos realizados, uso de medicações. 
 Avaliação nosológica/descritora ➝ CID-
10/DSM-V ➝ avaliação da personalidade e do caráter 
do paciente ➝ características, transtornos, traços de 
caráter adaptativos ou não. 
Avaliação psicodinâmica ➝ compreensão do 
funcionamento mental ID, Ego e Superego, 
mecanismos de defesa, impulsos, autoestima, relações 
objetais, estrutura de personalidade. Avaliar o grau 
de sofrimento, da motivação, da capacidade, 
estabelecer vinculo de insight. 
Selecionar o foco ➝ os conflitos circunscritos, 
crises vitais/acidentais/focais, patologias, nível 
neurótico/psicótico/borderline. 
Indicação terapêutica ➝ embasada e com 
critérios. 
Planejamento da psicoterapia ➝ sessões, foco 
e manejo. 
Contrato terapêutico ➝ frequência, 
honorário, número de sessões, férias, reajuste, falta, 
responsabilidade, atrasos, sigilo. 
 
Diagnóstico nosológico 
Características, transtorno ou traços de 
caráter, adaptativos ou não. 
Personalidade ➝ organização única, dinâmica 
e integrada das características mais estáveis e 
previsíveis de um indivíduo ➝ seu comportamento, 
forma de pensar e de se expressar. 
Inclui temperamento, caráter e inteligência. 
Caráter ➝ aspectos da personalidade de um 
indivíduo que podem ser avaliados pelos outros em 
relação a critérios morais, sociais e éticos. 
Estrutura de caráter ➝ é o conjunto estável, 
previsível, organizado e integrado de motivações, 
atitudes, valores, mecanismos de defesa, além de 
modos de expressão de impulsos, que determinam sua 
forma de adaptação ao ambiente social. 
Importante estabelecer: 
Exame ou teste de realidade ➝ capacidade em 
distinguir os sentimentos, emoções como provenientes 
do seu mundo interno ou como provenientes de fora, 
presença de alucinações ou ilusões, pensamentos, 
condutas e afetos apropriados ou não, bem como pela 
capacidade do paciente em empatizar com o 
terapeuta. 
ID e Ego ➝ tolerância a ansiedade e a 
frustração (capacidade de enfrentar dificuldades, 
tolerar perdas, separações). 
Verificar os recursos do Ego (funções 
especificas), forças e fragilidades 
Eficácia ou controle da expressão dos impulsos 
e dos afetos ➝ agressão, sexualidade, ansiedade. 
Conflitos básicos entre: 
 ID X EGO. 
ID X SUPEREGO. 
EGO X MUNDO EXTERNO. 
 
Mecanismos de defesa mais primitivos ➝ 
cisão, identificação projetiva, controle, onipotência, 
desvalorização, idealização, negação, com distorção da 
realidade. 
Mecanismos de defesa mais adaptativos➝ 
repressão, racionalização, intelectualização, anulação, 
formação reativa, sem distorção da realidade. 
Angustias ➝ separação, desintegração, 
aniquilamento, morte, castração. 
 
Hipótese psicodinâmica 
Explicar os problemas ou sintomas a luz das 
teorias psicodinâmicas. 
Verificar➝ relação dos sintomas com 
estressores ou eventos desencadeantes. 
Ocorrência de estressores no passado e suas 
consequências no desenvolvimento posterior (perdas, 
separações, etc.) 
 
Provocando inibições ou dificuldades para 
enfrentar as tarefas evolutivas posteriores. 
Identificar dificuldades mais marcantes e 
repetitivas nas relações com pessoas significativas 
(pais excessivamente rígidos, ou indulgentes, 
ausentes ou o contrário, dificuldades de sentir amor, 
ódio, gratidão, reparação.). 
Verificar se apresenta um conflito básico ou 
área problemática que se destaque entre as sadias 
(foco). 
Esboçar uma explanação psicodinâmica 
provisória do conflito central, descrevendo a situação 
atual e sua gênese evolutiva. 
Fazer uma previsão ou hipótese de como tal 
conflito manifestar-se-á na relação transferencial. 
 
Formulação de uma hipótese sobre a 
natureza psicológica do problema 
A partir das informações da anamnese pode-
se chegar a uma hipótese do conflito inconsciente. 
Hipótese Psicodinâmica ➝ desenvolvimento 
epigenético (psicossexual) 
Para cada fase uma tarefa específica a ser 
desenvolvida, habilidades e competências a serem 
adquiridas. 
Erick Erickson ➝ confiança básica, autonomia, 
internalização de normas, formação de uma 
autoimagem integrada e separada da imagem dos 
objetos, consolidação da identidade, etc. 
Lacunas ➝ ao longo da vida ➝ crises vitais 
➝ psicoterapia. 
Psicoterapias dinâmicas ➝ base é o conflito 
psíquico inconsciente como causa dos sintomas e o 
insight como estratégia básica para modificá-lo. 
 
Questões importantes ao avaliar: 
Como está o teste de realidade? 
Tem capacidade de diferenciar o interno e 
externo? 
Há um padrão persistente de alteração 
delirante da percepção? 
Há Ego suficiente para adiar a descarga dos 
impulsos a ponto de colocar os outros e a si mesmo em 
risco? 
Juízo crítico: paciente consegue prever 
adequadamente as consequências de suas ações? 
Paciente vê seus problemas como tendo 
origem interna e todas as dificuldades são projetadas 
e externas a ele? 
há capacidade de síntese? 
Utiliza metáforas e analogias que permitem 
a interação entre os vários níveis de abstração? 
Quais os desejos do paciente? 
O que o paciente teme? 
Quando tem medo como reage? 
Quais suas fantasias? 
Como o desejo vinha sendo evitado pelo 
paciente? 
Uma ansiedade especifica pode ser associada 
a um desejo, cuja defesa tem sido ineficaz? 
Se culpa uma relação a um desejo ou a outra 
pessoa? 
Superego é um fiscal rígido e implacável do 
Ego? 
Há flexibilidade e harmonia? 
As metas são realísticas ou fantásticas e 
inatingíveis? 
Existem tendências antissociais devido ao 
subdesenvolvimento do Superego? 
Quadro do paciente reflete os problemas 
conjugais dos pais? 
Ele está associado com conflitos familiares? 
Qual a relação objetal está sendo repetida? 
Qual papel ele representa na família, o seu ou 
de seus pais? 
Percepção corporal esta intacta ou precisa 
mutilar-se para definir tal fronteira? 
O corpo e a mente são conectados ou há 
episódios de despersonalização? 
O paciente pode tolerar a separação de 
pessoas significativas convocando uma imagem 
interna tranquilizadora da pessoa ausente? 
Ele vê a pessoa de maneira idealizada a 
desvalorizada? 
Vê o outro como objetos parciais necessários a 
sua própria gratificação? 
 
Intervenções 
Silêncio ➝ escuta ➝ ouvir ➝ sentir ➝ 
perguntar ➝ pensar. 
Interpretação ➝ afirmação elucidativa que 
liga um sentimento, pensamento, comportamento ou 
sintoma a sua origem ou significado inconsciente. 
Confrontação ➝ após a aliança terapêutica 
➝ confrontação não é guerra! ➝ pega duas situações 
com dois ângulos para serem observados ➝ enfoca 
algo que o paciente não quer aceitar, que é negado ou 
suprimido. 
Clarificação ➝ "Eu percebo que você...." ➝ 
reunião de verbalizações com o objetivo de transmitir 
uma perspectiva mais coerente. 
Encorajamento para elaborar ➝ Tentando 
trabalhar com pulsões do passado que se repetem no 
presente. Perguntar e sentir como está o paciente. 
Validação empática ➝ Dar valor e colocar-se 
no lugar do outro. Empatizar com a situação. 
Conselho e elogio ➝ Paciente pergunta "você 
acha que eu devo fazer tal coisa?" e o psicólogo fala 
o que acha genuinamente "eu acho", “eu não acho”, 
"não sei, vamos pensar juntos". Reforço das atitudes. 
Afirmação ➝ apoio aos comentários dos 
pacientes. 
 
Psicanálise ➝ Pode ficar em longos silêncios. 
Objetivo de autoconhecimento, reestruturação da 
personalidade, mais sessões. 
Psicoterapia de orientação analítica ➝ 
Associação livre, mas não pode passar 50 minutos com 
ela. Não pode estimular silêncios longos. Não pode 
estimular a neurose de transferência. Postura mais 
ativa, conversa mais verbal. 
 
O objetivo final das psicoterapias expressivas 
é a obtenção de insight e a resolução do conflito. 
Resolução de conflito ➝ natureza da defesa e 
do desejo subjacente são compreendidos e o desejo é 
renunciado ou atenuado, tornando-se desnecessária a 
defesa. 
O terapeuta evita um investimento no 
desaparecimento do sintoma, respeita a liberdade e 
autonomia do paciente, apenas amplia as 
possibilidades. 
O objetivo da psicoterapia de apoio é ajudar o 
paciente a adaptar-se a novas realidades e ao stress 
da vida diária, fortalecendo suas defesas, favorecer o 
insight para os desejos e defesas inconscientes. 
O terapeuta pode funcionar como ego auxiliar, 
ajudando nos testes de realidade e na previsão das 
consequências de suas ações, melhorando seu 
julgamento. 
Finaliza-se o tratamento com o processo de 
Alta. 
 
 
Psicoterapias de orientação 
psicanalítica 
Psicanálise 
Teoria ➝ teoria sobre o funcionamento 
mental, formação da personalidade e aspectos do 
caráter. 
Investigação do conteúdo mental 
(inconscientes). 
Propõe efetuar modificações no caráter 
por meio do insight. 
 
Técnica ➝ Analista com postura neutra. 
O paciente é orientado a fazer livre 
associação, o terapeuta pode interromper de 
tempos em tempos essa associação com o intuito 
de o fazer observar conexões entre os fatos de 
sua vida mental. 
Utiliza-se o divã e uma frequência maior 
de sessões, fatores que possibilitam a regressão 
e uma relação transferencial. 
Utiliza quatro sessões por semana, 
ocorrendo em horários pré-estabelecidos. 
 
Indicação ➝ Tratamento de problemas de 
natureza crônica, com origem no passado – 
relações com os pais, por exemplo. 
Tendo como objetivo reorganizar a 
estrutura do caráter e corrigir lacunas do 
desenvolvimento. 
Exige motivação para efetuar mudanças 
na vida e busca autoconhecimento. 
 
Contra indicação ➝ É contraindicada quando 
há ausência do Ego razoavelmente integrado e 
cooperativo. 
Na presença de problemas de natureza 
aguda e que exigem soluções urgentes. 
Em situações que não podem ser 
modificadas. 
 
Psicoterapia psicanalítica 
Teoria ➝ mesmos princípios da psicanálise. 
 
Técnica ➝ Livre associação, contudo, elas 
não são tão livres quanto na psicanálise. Visto que 
são dirigidas pelo terapeuta para questões da 
terapia. 
O terapeuta intervém em áreas 
circunstanciais ou problemas delimitados. 
Permanece na área selecionada (foco da 
terapia). 
Não utiliza o divã. 
Sessões menos frequentes. 
Uma a três sessões semanais. 
 
Indicação ➝ Resolve conflitos selecionados 
e delimitados, remove defesas patológicas, 
proporciona o crescimento em pessoas com 
atrasos, corrige problemas psicopatológicos ou 
déficits. 
Útil para pessoas com traços ou 
transtornos de personalidade. 
 
Contra indicação ➝ Pacientes com 
problemas de natureza aguda. 
Pacientes severamente comprometidos, 
onde o insight pode provocar regressões graves. 
Pacientes com incapacidade para 
simbolizar, expressar seus sentimentos/emoções, 
ou sem interesse em fazer modificações por meio 
da compreensão de seusconflitos. 
 
Psicoterapia breve 
Teoria ➝ usa conceitos oriundos de diversas 
teorias e conceitos psicanalíticos de conflitos psíquico 
inconsciente. 
Busca resolução mediante a eliminação de 
defesas consideradas patologias por meio de insight. 
Conceitos: reforço do Ego; de foco; de 
experiência emocional corretiva; de crises; e teorias da 
aprendizagem. 
 
Técnica ➝ Delimitação de um foco, 
problema ou conflito principal. 
Estabelecimento de uma hipótese psicodinâmica. 
Interpretação de forças inconscientes. 
Ensino de novas formas de lidar com os 
conflitos emocionais. 
Atitude ativa do terapeuta que utiliza 
medidas de apoio. 
Delimitação do tempo (12 a 40 sessões). 
Seleção adequada do paciente. 
 
Indicação ➝ pacientes com transtorno de 
ajustamento e personalidades leves. 
Situações ou problemas agudos. 
 
Contra indicação ➝ Psicose, transtorno de 
humor, de caráter grave, de pânico e 
fóbico incapacitante, dependências 
químicas, TOC, 9pacientes imaturos e 
dependentes, situações emergenciais que 
exijam intervenções rápidas, necessidade 
de modificações maiores ou mais 
profundas de caráter, problemas difusos 
(focos ou conflitos múltiplos). 
 
Psicoterapia de apoio de curta duração 
Teoria ➝ segundo a teoria das crises, onde 
ao longo da vida há períodos críticos que causam 
com maior intensidade mudanças de 
personalidade. 
Maneja a crise, tornando o indivíduo mais 
fortalecido para enfrentar novas situações. 
 
Técnica ➝ Medidas imediatas de 
modificação do ambiente externo. 
Remoção do fator estressante. 
Afastamento do paciente da situação 
conflitiva. 
Alívio dos sintomas e retorno ao equilíbrio 
interior. 
Utiliza intervenções com ventilação, 
catarse, busca de alternativas, informação, 
confrontação, orientação, sugestão, etc. 
 
Indicação ➝ situações agudas que 
configuram uma emergência. 
 
Contra indicação ➝ situações onde o paciente 
tem a possibilidade de fazer outras terapias. 
 
 
Psicoterapia de apoio de longa duração 
Teoria ➝ teoria psicanalítica como função de 
suporte, uso do terapeuta como modelo ou objeto 
idealizado, estabelecimento de uma relação de 
dependência com o terapeuta. 
Teoria comportamental como diferentes 
intervenções do terapeuta (aprovação, 
encorajamento, elogios), tentativas de ensaio e erro, 
convívio com o terapeuta. 
 
Técnica ➝ Auxiliam o paciente a fortalecer 
funções adaptativas do Ego frágil e desencorajar 
defesas desadaptativas. 
Educação, sugestão, aconselhamento, 
controle ativo, medidas de confiança, elementos 
cognitivos e técnicas comportamentais. 
Manutenção de transferência positiva. 
Aliança terapêutica. 
Terapeuta é ativo. 
Frequência das sessões é variável. 
 
Indicação ➝ Psicose, transtorno severos 
de personalidade, retardo mental, problemas 
físicos limitantes e crônicos. 
 
Contra indicação ➝ Não deve ser indicada 
para pacientes com boas condições de Ego.

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