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NUTRIÇÃO ESPORTIVA Aula 2 - Bioenergética e introdução a fisiologia do exercício Profª Renata Passos E-mail institucional: renata.passos@estacio.br BIOENERGÉTICA O ser vivo alimenta-se para satisfazer duas necessidades básicas: ✓ Obter substâncias que lhe são essenciais; ✓ Obter energia para a manutenção dos processos vitais; Para fornecer energia e nutrientes para o organismo. A energia contida no alimento, não é diretamente transferida para as células para realização de trabalho biológico. Pelo contrário, a energia proveniente da oxidação dos macronutrientes é recolhida e conduzida através do composto rico em energia Trifosfato de adenosina (ATP). BIOENERGÉTICA ATP : Essa molécula é encontrada em todos os seres vivos e constitui a principal forma de energia química, uma vez que sua hidrólise é altamente exergônica (libera energia livre). A moeda corrente de energia O ATP funciona como um agente ideal para transferência de energia. De certa forma, as ligações fosfato do ATP “aprisionam” uma grande parte da energia potencial da molécula original do alimento e transferem essa energia para acionar trabalho biológico. BIOENERGÉTICA Hidrólise do ATP: ATP + H2O ATPase ADP + Pi 7,3 Kcal/mol BIOENERGÉTICA Mestre em nutrição humana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013). Especialista em nutrição esportiva pela Universidade Gama Filho (2012). Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010). Professora Substitua da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015). Nutricionista da Seleção Brasileira de Tae-kwon-do durante a preparação para os jogos olímpicos de Londres (2012); Uma molécula de ATP é fendida quase instantaneamente sem a presença de oxigênio. Esta capacidade de hidrolisar o ATP anaerobicamente gera energia para utilização rápida; isso não ocorreria se o metabolismo energético exigisse sempre a presença de Oxigênio. Por essa razão qualquer movimento corporal pode acontecer imediatamente sem consumir oxigênio; Ex: corrida rápida para pegar um ônibus, o levantamento de um objeto, o bloqueio no vôlei etc. BIOENERGÉTICA Natação: A Privação de ar (oxigênio) no Tiro de 50 m nado livre não impede a corrida ex: da divisão e ressíntese de ATP sem consumir Oxigênio atmosférico. Neste caso o metabolismo energético prossegue sem interrupção, pois a energia necessária para a atividade deriva quase que exclusivamente de vias anaeróbicas intramusculares; BIOENERGÉTICA O corpo mantém o suprimento contínuo de ATP através de diferentes vias metabólicas, algumas localizadas no citosol da célula, enquanto outras na mitocôndria; Essas duas vias formam uma combinação de sistemas de energia que abastecem o combustível necessário para o exercício, de acordo com a duração do exercício e sua intensidade determinando qual das vias será utilizada. BIOENERGÉTICA O corpo armazena somente 80 a 100 g de ATP Energia suficiente para acionar vários segundos de exercício máximo explosivo. ATP = Molécula relativamente pesada: por isso o armazenamento de uma quantidade limitada é considerado uma vantagem: ✓ Para ativar rapidamente a ressíntese sempre que necessário; ✓ Devido ao alto peso molecular; Pessoa sedentária: Ressintetiza diariamente uma quantidade de ATP igual a aproximadamente 75% da massa corporal Atleta de Endurance: 20 x mais energia despendida do que o repouso (maratona de durabação de 2,5 horas). Ressíntese de 80 Kg de ATP apenas durante a corrida! BIOENERGÉTICA BIOENERGÉTICA Anaeróbico ✓ Fosfocreatina ✓ Glicose (Glicogênio) ✓ Glicerol ✓ Aminoácidos desaminados Aeróbico ✓ Piruvato (glicose) ✓ Ácidos graxos ✓ Aminoácidos desaminados BIOENERGÉTICA RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO ALÁTICO FOSFOCREATINA: O RESERVATÓRIO DE ENERGIA Para superar a limitação de armazenamento de energia, a ressíntese de ATP prossegue ininterrupta e continuamente a fim de suprir a energia necessária para o trabalho biológico. Fosfocreatina: fosfato de creatina – PCr ou CP Outro fosfato intracelular de alto potencial energético. ❖ As moléculas de CP e ATP compartilham uma característica semelhante: uma grande quantidade de energia é liberada quando a ligação é clivada entre as moléculas de creatina e fosfato. As células armazenam aproximadamente 4 a 6 vezes mais PCr que ATP. SISTEMA ATP-CP PCr + ADP Cr + ATP Ck RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO ALÁTICO METABOLISMO ANAERÓBICO ALÁTICO SISTEMA ATP-CP ▪ Ajuda a Prevenir a depleção de energia (produção de ATP); ▪ Processo Anaeróbico; ▪ 1 mol de ATP é produzido a partir de 1 mol de PCr. ▪ Fornece cerca de 10 segundos de energia e é usada para tiros curtos de exercício, como uma corrida de 100 metros rasos ou musculação. ▪ A PCr ou CP funciona como um reservatório de ligações fosfato de alta energia; Teoria Ergogênica da Creatina Se o esforço máximo continua por mais de 10 segundos, a energia para ressíntese contínua de ATP terá que provir do catabolismo menos rápido dos macronutrientes armazenados. RESSÍNTESE DE ATP RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO ALÁTICO RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO ALÁTICO FOSFOCREATINA: O RESERVATÓRIO DE ENERGIA Para superar a limitação de armazenamento de energia, a ressíntese de ATP prossegue ininterrupta e continuamente a fim de suprir a energia necessária para o trabalho biológico. A gordura e o glicogênio representam as principais fontes de energia para manter a ressíntese de ATP quando o mesmo se torna necessário. Fosfocreatina: fosfato de creatina – PCr ou CP é um outro fosfato intracelular de alto potencial energético. As moléculas de CP e ATP compartilham uma característica semelhante: uma grande quantidade de energia é liberada quando a ligação é clivada entre as moléculas de creatina e fosfato. RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO Glicogenólise (lático): Forma ATP a partir do glicogênio armazenado no músculo sem a utilização de oxigênio. ✓ É um sistema mais complexo que o da CP; Consiste na progressiva degradação do glicogênio de modo a fornecer energia para que duas moléculas de ácido fosfórico se unam a outras duas moléculas de ADP (fosforilação) obtendo novas moléculas de ATP. ❖ 2 moléculas de água e 2 moléculas de ácido lático. RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO Glicogenólise (lático): Forma ATP a partir do glicogênio armazenado no músculo sem a utilização de oxigênio. ✓ É um sistema mais complexo que o da CP; Consiste na progressiva degradação do glicogênio de modo a fornecer energia para que duas moléculas de ácido fosfórico se unam a outras duas moléculas de ADP (fosforilação) obtendo novas moléculas de ATP. ❖ 2 moléculas de água e 2 moléculas de ácido lático. RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO Esse mecanismo é usado para exercícios de alta intensidade e que não duram mais do que alguns minutos antes de o ácido láctico atingir um limite conhecido como o limiar de lactato. Essa via de energia é temporária: ❑ os níveis sanguíneo e musculares de lactato e a regeneração de ATP não consegue acompanhar seu ritmo de utilização. ❑ A fadiga instala-se de imediato e reduz o desempeno nos exercícios. METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO RESSÍNTESE DE ATP Tanto CK quanto Lactato são dois importantes marcadores bioquímicos de estresse muscular (relacionados a Fadiga). ✓ Alguns autores questionam a ideia de que o lactato é um produto de desgaste metabólico. ✓ O Acúmulo de lactato (H+) no sangue e no músculo estão associados ao processo de fadiga muscular. ✓ O lactato sanguíneo não se acumula para todos os níveis de exercício (exercícios vigorosos) ✓ Ele proporciona uma fonte valiosa de energia química que se acumula em virtude do exercício intenso (Ciclo de Cori) RESSÍNTESE DE ATP METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO CICLO DE CORI RESSÍNTESE DE ATP Exercícios vigorosos são responsáveis pelo acúmulo de lactato nosangue (capacidade de retirada de lactato sérica já não acompanha sua intensa produção); Redução do ritmo ou repouso (presença de O2) - NAD+, varre os H+ ligados ao lactato para uma subsequente oxidação a fim de gerar ATP. RESSÍNTESE DE ATP Via Aeróbia RESSÍNTESE DE ATP Metabolismo Aeróbio No metabolismo aeróbico são sintetizadas moléculas de ATP necessárias para a atividades de longa duração. Ele usa o oxigênio para converter os nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), para ATP. ❑ Mais lento do que os sistemas anaeróbios; ❑ Dependendo do sistema circulatório e respiratório para o transporte de oxigênio e nutrientes para os músculos; ❑ Utilizado principalmente durante exercícios de resistência, que é geralmente menos intenso e pode continuar por longos períodos de tempo. RESSÍNTESE DE ATP RESSÍNTESE DE ATP O fracionamento total de uma molécula de glicose, gera um total de 38 ATPs, 2 da glicólise, 2 do ciclo de Krebs e 34 da cadeia respiratória. MECANISMO AERÓBICO RESSÍNTESE DE ATP RESSÍNTESE DE ATP Fatores metabólicos que limitam a performance ✓ Longa duração (acima de uma hora): depleção de glicogênio, desequilíbrio hídrico e eletrolítico, elevação da temperatura corporal terão um papel decisivo no rendimento. Dependendo da duração da modalidade que se compete, os treinos deverão objetivar: ✓ Competições mais curtas (abaixo de 10 min): melhora da VO2 máx., capacidade anaeróbia lática e tolerância a acidose; ✓ Competições intermediárias (10-60 min): capacidade aeróbia; ✓ Competições muito prolongadas (acima de 60 min): melhora da capacidade de estocar glicogênio e aumentar a utilização de gordura; RESSÍNTESE DE ATP RESSÍNTESE DE ATP FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Pensando no sistema aeróbico O VO2 Máximo É A CAPACIDADE MÁXIMA DE: CAPTAR – Respiração; TRANSPORTAR – Sistema circulatório; METABOLIZAR – Sistema muscular (produção de energia) O oxigênio para biossíntese oxidativa de ATP Principal preditor da saúde cardiovascular. VO2 Máx relativo ml/kg/min FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO ❑ Força é a quantidade máxima de tensão que um grupamento muscular pode produzir em um movimento realizado em determinada velocidade. ❑ Resistencia Muscular é a capacidade de executar contrações musculares repetidas ou estáticas por um determinado período de tempo. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FIM E-mail: nutri.renata.passos@gmail.com OBRIGADA mailto:nutri.renata.passos@gmail.com
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