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ROTEIRO DE PRÁTICA LABORATORIAL Nº 918095-1 1. Componente curricular: Materiais de Construção Civil I 2. Título do roteiro de aula prática: DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA 3. Tempo previsto: 2 horas-aula 4. Objetivos · Caracterizar os agregados quanto ao tamanho e à distribuição de suas partículas. 5. Referencial teórico Agregados Os agregados são relativamente baratos e não entram em complexas reações químicas com a água. Por isso, têm sido comumente tratados como material de enchimento inerte do concreto. No entanto, graças a uma melhor compreensão do papel desempenhado pelos agregados na determinação de muitas propriedades importantes do concreto, a visão tradicional do agregado como um material inerte vem sendo seriamente questionada. As características relevantes do agregado para a composição do concreto incluem: porosidade, composição ou distribuição granulométrica, absorção de água, forma e textura superficial, resistência à compressão, módulo de elasticidade e tipo de substâncias nocivas presentes. Em nosso estudo sobre materiais de construção, iniciaremos pelos agregados, que têm importância fundamental na qualidade do concreto. Qualidades exigidas dos agregados (NBR 7211) De acordo com as normas da ABNT NBR 7211, para que se tenha uma boa qualidade dos agregados, são necessários alguns ensaios, como os de composição granulométrica, massas específicas absolutas e aparentes, substâncias nocivas, como argila em torrões, matérias carbônicas, material pulverulento e impurezas orgânicas, além dos ensaios de resistência e de durabilidade. Amostragem De cada lote de 50 m³, ou fração, forma-se uma amostra representativa, de acordo com a ABNT NBR 7216, remetendo logo após a um laboratório devidamente aparelhado para a execução do ensaio. Série de peneiras normal e intermediária É um conjunto de peneiras sucessivas caracterizadas pelas aberturas da malha. Quadro 1 – Classificação das peneiras Dimensão máxima característica (DMC) Corresponde à abertura nominal, em mm, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. Módulo de finura Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras série normal, dividida por 100. O módulo de finura é uma grandeza adimensional e deverá ser apresentado com aproximação de 0,01. 6. Equipamentos necessários Tabela 1 – Relação de equipamentos utilizados na aula prática Item Quant. Descrição 1 1 Estufa para secar a amostra 2 1 Balança com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio 3 1 Peneiras das séries normais e intermediárias, tampa e fundo 4 1 Pincel Figura 2 - Equipamentos utilizados na aula prática. 7. Insumos necessários Neste experimento, pode-se utilizar como insumo qualquer agregado de construção que seja adequado para as peneiras. Aconselha-se, porém, que se trabalhe com areia ou, no máximo, com brita 0 (zero), devido ao uso mínimo de peneiras e também para se ter amostras mais leves (ler o tópico 8.3). Tabela 2 – Relação de insumos utilizados na aula prática (sugestão) Item Quant. Descrição 1 1 kg * Areia média (1ª opção) 2 1 kg * Brita 0 (2ª opção) (*) A massa mínima do agregado a ser utilizado no ensaio é deve seguir a Tabela 3, de acordo com a DMC. 8. Procedimentos experimentais a) A amostra para o ensaio deverá ser colhida no canteiro de obra, tendo-se o cuidado de colher material de diferentes locais onde o agregado está armazenado, tendo em vista sempre sua representatividade. b) O ensaio deverá ser realizado com duas amostras. c) No laboratório, a primeira amostra de 500g deverá ser colocada em estufa para posterior quarteamento. Esse procedimento garantirá uma amostra representativa. d) A massa mínima, por amostra de ensaio, é estimada de acordo com a Tabela 3, onde a DMC é estimada. Após o ensaio, deve-se verificar se houve compatibilidade entre a DMC real com as massas utilizadas nas amostras. Tabela 3 – Massa mínima das amostras e) Encaixar as peneiras em ordem crescente (da base para o topo) da abertura das malhas. f) Colocar a amostra na peneira superior e executar o peneiramento, que pode ser manual ou mecânico. g) Pesar o material que ficou retido em cada peneira. Reiniciar o peneiramento até que, após um minuto de agitação contínua, a massa de material passante pela peneira seja inferior a 1% do material retido. h) Comparar a massa total do material retido nas peneiras e no fundo com a massa seca inicial da amostra. A diferença não pode ultrapassar 0,3% da massa inicial. A diferença detectada pode ser causada pela perda de material ou pela sensibilidade da balança utilizada no ensaio. i) Repetir todos os procedimentos com uma segunda amostra do mesmo agregado. j) Após o ensaio, deve-se verificar se houve compatibilidade entre a DMC real com as massas utilizadas nas amostras. 9. Cálculos e análises de resultados A seguir, os alunos devem preencher a Tabela 4 com os valores medidos e calculados durante os procedimentos experimentais. Antes, porém, devem ler os tópicos 9.1 e 9.2. Massa seca da amostra 1:______________ Massa seca da amostra 2:_____________ Tabela 4 – Massa mínima das amostras Peneira Massa retida (g) Amostra 1 Amostra 2 Média (mm) Amostra 1 Amostra 2 % retida % acumul. % retida % acumul. % retida % acumul. Coluna A B C D E F G H 76 64 50 38 32 25 19 12.5 9.5 6.3 4.8 2.4 1.2 0.6 0.3 0.15 Fundo Total Dimensão Máxima Característica (DMC): Módulo de Finura (MF): Classificação do agregado (miúdo / graúdo): Zona / Graduação: 9.1. Orientações para preenchimento da Tabela 4 9.2. Observações importantes · A somatória de todas as massas retidas nas peneiras e no fundo não pode diferir mais de 0,3% da massa inicial da amostra; · A porcentagem retida em cada peneira, por amostra, deve ser apresentada com aproximação de 0,1%: · As amostras devem, necessariamente, apresentar a mesma dimensão máxima · Para uma mesma peneira, os valores da porcentagem retida não devem diferir mais de quatro unidades entre as amostras; · As porcentagens médias retida e acumulada devem ser apresentadas com aproximação de 1%. 9.3 Classificação do agregado (Tabelas 5 e 6) Tabela 5 – Limites granulométricos de agregado miúdo Observações: · Pode haver uma tolerância de, no máximo, 5% em um só dos limites marcados ou distribuídos em vários deles; · Para agregado miúdo resultante de britamento, esse limite poderá ser 80%. · A linha destacada em amarelo é a única a possuir valores acima do limite de 80%. Tabela 6 – Limites granulométricos de agregado graúdo As porcentagens serão fixadas de acordo com a necessidade de material com características específicas, que são estabelecidas entre o consumidor e o fornecedor do agregado. 10. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7217: determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 1987. _________ NBR 7211: agregados para concreto – especificação. Rio de Janeiro, 2005. Elaboração do roteiro: Prof. Sandro Ferreira Fernandes Data: 24/09/2020 Revisão: Prof. Esp. Sandro Ferreira Fernandes Data: 14/10/2020 Organização: Prof. Esp. Sandro Ferreira Fernandes Data: 14/10/2020