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PIM III - MAYARA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
SUP TEC EM GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS NOTARIAIS E DE REGISTRO
SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR - PIM III
MAYARA DA SILVA CARVALHO
RA 2276023
CODAJÁS/AM
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
SUP TEC EM GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS NOTARIAIS E DE REGISTROS
SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR- PIM III
ALUNO: MAYRA DA SILVA CARVALHO
RA 2276023
O Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM III tem como proposta o desenvolvimento do estudante na construção do conhecimento teórico e prático a partir da pesquisa e da análise crítica sobre os temas relativos ás disciplinas impostas no bimestre.
CODAJÁS/AM
2022
RESUMO
 O direito ao voto é considerado um direito fundamental resguardado em nossa Constituição Federal de 1988 para todos os cidadãos independente de sexo, religião, etnia ou condição social. O negro ao longo da história política sofreu diversas restrições, inclusive ao direito de votar, não somente no Brasil, mas também nos EUA conforme demonstra o filme Selma: Uma Luta Pela Igualdade, na qual envolve diversos fatores, inclusive por causa da discriminação racial e preconceito. O filme relata a luta de Martin Luther King e seus seguidores e apoiadores pela conquista do direito básico ao voto pelo afro-americano por meio de protestos em 1965 no Alabama, EUA, na qual foi marcado por forte segregação e ódio racial, resultando em muita violência física e psicológica por parte dos brancos e até do governo. Dessa forma, o presente trabalho busca a discussão das questões raciais e de preconceito, aborda também a organização de estado e instituições jurídicas, busca a compreensão da linguagem e comunicação juridica, que está na proposta do trabalho, e no âmbito nacional as normais do direito brasileiro. 
SÚMARIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5
2. RESUMO DA CINEBIOGRAFIA DO FILME SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE................................................................................................................6
3. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA.........................................................8
3.1 CONCEITO............................................................................................................8
3.2 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA NO FILME......................................8
4. NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO...................................................................9
4.1 NORMAS JURÍDICAS...........................................................................................9
4.2. PRINCÍPIOS E REGRAS....................................................................................10
5. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JURÍDICAS............................14
CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por escopo apresentar e realizar uma breve análise do filme Selma: Uma Luta Pela Igualdade, no qual relata a luta pela conquista pelos negros do direito ao voto nos EUA, comandada por Martin Luther King, a marcha que carrega o nome da cidade em que tudo começou, Selma fica situada no Estado do Alabama, região Sul dos Estados Unidos, a qual na época era a região mais racista do país. Por isso, foi palco da escolha de Martin Luther King para sua manifestação com o objetivo de conseguir para a população negra mais um de seus direitos que lhes eram negados. Martin Luther King foi a pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel da Paz, por representar a principal liderança do movimento negro, que não se utilizava de violência em suas manifestações, inspiração esta que buscou nos ensinamentos de Mahatma Gandhi, para lutar em prol da igualdade racial. Tem por objetivo também, trazer a atual realidade brasileira em relação ao direito fundamental do voto pelo negro, direito este resguardado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a todos os cidadãos independentes de raça, sexo, cor e religião. Por isso, a Carta Magna é conhecida como a Constituição democrática, que permite a todo e qualquer cidadão uma vida digna, sem distinção pela cor da pele ou de crença. 
A conquista do direito ao voto pelo negro no Brasil envolve fatos históricos importantíssimos, como a escravidão e ainda a sua abolição. Pode-se destacar também que nessa trajetória até os dias atuais a não alfabetização, a discriminação racial e o preconceito foram fatores relevantes que prejudicaram o negro na sua participação política no Brasil. Assim, não se pode deixar de abordar no presente artigo uma breve análise crítica sobre alguns destes fatores prejudiciais. Em meio a tal contexto, o presente artigo buscou passar como o filme possui valor relevante para o ensino jurídico, principalmente por demonstrar que o objetivo a ser alcançado pelo movimento não se restringia somente ao direito ao voto pelo negro, mas sim a conquista pela igualdade e sua inclusão em toda ordem, seja educacional, de renda e de moradia, o que se busca ainda nos dias atuais em todo o mundo. 
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2. RESUMO DA CINEBIOGRAFIA DO FILME SELMA: UMA LUTA PELA IGUALDADE
O filme retrata o que ocorreu no Estado do Alabama, que teve como trajetória a cidade de Selma com destino a capital do Estado Montgomery, no ano de 1965, a luta pelo direito básico do voto pelo negro, por meio de protestos pacíficos pela comunidade afro americana comandada por Martin Luther King recém-premiado com o Nobel da paz em 1964 e seus seguidores. Dirigido por Ava DuVernay e com roteiro de Paul Webb, o filme Selma uma luta pela Igualdade foi lançado no ano de 2014, retratando uma das batalhas travadas por Martin Luther King, que tinha por objetivo buscar a igualdade de direitos eleitorais para a comunidade afro americana. Selma é um filme impactante, pois, retrata com muita clareza como os protestos aconteciam de forma violenta por parte dos brancos contra os negros, como mostra uma das primeiras cenas em que uma explosão mata um grupo de meninas negras. Começa a retratar, também, a dificuldade que era para uma pessoa negra conseguir o direito de votar, mesmo que, teoricamente, a lei assegurasse à eles esse direito na pratica não funcionava assim. Antes de ir para Selma para dar início à marcha, Martin Luther King se encontra com o presidente dos Estados Unidos, na época Lyndon B. Johnson, que negou o pedido feito por Luther King em que fosse liberado aos negros o direito de votar. O presidente dá a desculpa em que a população negra deve esperar até a promulgação de uma nova Constituição que dará o direito ao voto, porém, Luther King insiste em que não parará de lutar até conseguir com que os negros tenham os mesmo direitos dos brancos. Ao todo aconteceram três marchas, sendo que a primeira ficou conhecida como “Domingo Sangrento” por conta da violência que a polícia local utilizou contra os manifestantes, sendo que a marcha feita por eles era totalmente pacifica. Um dos manifestantes que tentou se esconder dentro de um café, acabou sendo morto e foi a partir dessa notícia que gerou dentro da sociedade um sentimento de revolta e comoção. Cerca de seiscentos manifestantes negros em 07 de março de 
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1965, participaram de uma marcha pacífica, na qual atravessaram a Ponte Edmund Pettus, da cidade de Selma, sobre o Rio Alabama, com destino a Montgomery, capital do Alabama, estes foram atacados pela polícia estadual, que era apoiada e incentivada por brancos locais, resultando em muita violência física e psicológica por parte dos brancos e até do governo contra os negros, os Estados do Sul eram ainda mais racistas e tinham a segregação racial mais presente do que o resto do País. As imagens da ação policial foram transmitidas ao vivo pela televisão chocando o país, fazendo assim com que muitos brancos ereligiosos ao serem convocados a uma segunda marcha conduzidos por Martin Luther King, aceitassem participar. Um tempo depois da primeira tentativa, um padre branco que apoiava a marcha realizada por Luther King, foi assassinado por um morador da cidade, totalmente preconceituoso e que discriminava o movimento. Esse foi um dos marcos mais importantes para a marcha, pois, com a morte do padre a atenção do presidente foi conquistada pelo fato de que uma pessoa branca tinha morrido por conta da luta dos negros. A partir disso, a ideia da liberdade eleitoral para os negros começa a ganhar a devida importância e o movimento recebendo cada vez mais adeptos.
 Pensando na segurança de toda a população o presidente Johnson decide decretar uma nova lei que passou a permitir o voto direto de cidadãos americanos, independentemente de sua raça. O filme tem por base um processo político em que une toda uma população a favor de um direito democrático, fazendo com que, quem o assiste fique com o sentimento de que se tem muito mais pelo que lutar para melhorar a vida de toda a sociedade, principalmente, da população negra que por anos sofreu pelo simples fato da cor de sua pele ser diferente. Dos Direitos Fundamentais do Brasil, a legislação atual evoluiu e procurou corrigir as injustiças feitas no passado ao negro em relação ao seu direito de escolher seus dirigentes e representantes.
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3. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA
 
3.1 Conceito
A linguagem jurídica como direito não é uma ciência exata, ele tem que ser interpretado à luz do seu tempo, e da situação que no caso lhe é peculiar. Porém, para se interpretar o direito é necessário um conceito jurídico, que é antecedido por uma linguagem jurídica, que entrementes é vinculada há uma linguagem natural.
O ilustre jurista espanhol Sainz Moreno: “a relação entre o Direito e a linguagem é de vinculação essencial.  Não existe o Direito sem a linguagem, da mesma maneira que não existe o pensamento fora da linguagem.  Trata-se, pois, de uma relação mais intensa que a - de mera sustentação.”  
3.2 Linguagem e comunicação jurídica no filme
Desse conceito mais genérico faz parte a comunicação jurídica, que inclui, em princípio, toda transmissão de mensagens com algum conteúdo técnico-jurídico por parte dos que operam com o Direito ou dele fazem uso - o que, para ficar limitado à linguagem escrita, inclui um número considerável de possibilidades, desde um parecer do advogado para o cliente, passando pelas petições endereçadas aos órgãos estatais, as sentenças judiciais, os atos administrativos, os livros e artigos jurídicos publicados nos periódicos especializados e até o trabalho da imprensa quando divulga notícias sobre temas do Direito.
A linguagem jurídica é utilizada a todo momento na obra, de origem pobre mais muito inteligente e culto, o personagem principal, utiliza linguagem formal nos seus discursos e perante as autoridades, a linguagem jurídica e essencial para ele na defesa de seus interesses, sua luta inspirou muitos a seguirem no caminho jurídicos
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mesmo depois da sua morte, as pessoas de classes mais baixas se inspiraram nesse ícone dos direitos civis e dos negros, surgindo assim novos advogados, juízes e promotores desde então.
4. NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro não é parte integrante do Código Civil e consiste em um diploma que disciplina a aplicação das leis em geral. Sua função é reger as normas, indicando como interpretá-las ou aplicá-las, determinando-lhe a vigência e a eficácia. É Estatuto de Direito Internacional Privado, é norma cogente brasileira, por determinação legislativa da soberania nacional, aplicáveis a todas as leis.
O Direito Internacional Privado é o conjunto de normas internas de um país, instituídas especialmente para definir se a determinado caso se aplicará a lei local ou a lei de um Estado estrangeiro.
4.1 Normas jurídicas
As normas jurídicas podem ser definidas como um conjunto de normas que integram o ordenamento jurídico brasileiro, cuja função é regulamentar a conduta das pessoas, ou seja, é a imposição normativa incorporada em uma fórmula jurídica. Podem ter uma conotação de preceito e sanção, cujo objetivo principal é resguardar a ordem e a paz social, porém não devem ser entendidas como instrumento ou ideia relacionada à segurança, a justiça, etc. Dessa maneira, norma constitucional é toda aquela que possui valor jurídico supremo, hierarquicamente superior, ou seja, é toda norma que contenha cunho constitucional.
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A norma geral se aplica nas diversas relações jurídicas, sendo especificamente destinadas a todos os cidadãos sem nenhuma distinção. Sua destinação pode ter um alcance de grande amplitude. Já em relação a norma abstrata definem-se aquelas que induz uma análise mais específica de um indivíduo.
A norma se apresenta num formato imperativo num sentido de conter um comando que imponha um determinado tipo de conduta a ser observado, ou seja, sua imperatividade significa uma obrigação de vontade.
Também pode se apresentar de forma coercitiva, uma vez que utiliza a força física para o seu cumprimento. É a prerrogativa do Estado em fazer valer a sua função que é administrar e gerir o bem comum.
 
4.2. Princípios e regras
 
A norma jurídica se comporta como gênero, mas sempre se vê acompanhada de suas espécies que são os princípios e regras que trazem consigo algumas características, no entanto, possuem certa distinção no que tange a qualidade.
No campo do direito ou em qualquer outro seguimento, os princípios e tido como fundamento, instrumento norteador que dá sentido a tudo.
Nessa perspectiva, miremo-nos nas sábias palavras de Silveira Bueno (2000, p. 624), que define princípio em diversas acepções como “momento em que alguma coisa tem origem; origem; começo, começo; teoria, conceito; estreia; razão, base; preceito”.
Dessa forma, os princípios se colocam como normas essenciais no que tange as estruturas basilares de um sistema que constitui um necessário fundamento de modo a proporcionar uma interpretação e sistemática aplicação do direito positivo.
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Os princípios se apresentam como normas universais do sistema medida que são usadas como um parâmetro capaz de assegurar uma natureza interpretativa, na qual podem ser bastante úteis quando se colocam como instrumentos que atuam como preenchedores, onde se manifestam as lacunas jurídicas.
Neste diapasão, o grande jurista e professor Miguel Reale esclarece com enorme brilhantismo que
 
 O legislador, por conseguinte, é o primeiro a reconhecer que o sistema das leis não é suscetível de cobrir todo o campo da experiência humana, restando sempre grande número de situações imprevistas, algo que era impossível ser vislumbrado se quer pelo legislador no momento da feitura da lei. Para essas lacunas há a possibilidade do recurso aos princípios gerais do direito, mas é necessário advertir que a estes não cabe apenas essa tarefa de preencher ou suprir as lacunas da legislação. 
 
Sua criação determina uma estruturação de todo um complexo de convicções, ideias, pensamentos ou normas fundadas por uma conjuntura principal, na qual todas as outras noções ou normas derivam, ou se subordinam.
Ainda, na perspectiva das sábias palavras do ilustre jurista supramencionado (REALE. 2002, p. 305), ao dizer que: “são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, quer para a sua integração e compreensão quer para a elaboração de novas normas”.
 É bem possível salientar que as regras escritas conduzem no seu bojo um princípio fundamental que ainda, apesar disso, a maioria não chegou a ser positivada, com isso, sua aplicação não se dá de maneira imediata.
Por ser uma referência fundamental, os princípios imprimem um sentido lógico e harmônico a todo esse conjunto sistemático permitindo assim uma compreensão de 
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toda sua organização, uma vez que os princípios estão entranhados no sistema até seus últimos fundamentos.
	
Dada sua importância alguns princípiosforam positivados pelo legislador deixando de ser apenas um standarl, para incorporar de forma definitiva o ordenamento. Outros foram infundidos no texto da lei, como por exemplo. Os princípios da isonomia e o da irretroatividade da lei com simples objetivo de proteger os direitos até então adquiridos.
Os princípios são construídos por meio de enunciados, possuindo assim, um conteúdo finalístico, cuja aplicação sobrepesa valores, pois acarretam um elevado grau de abstração, de modo que podem ser aplicados nas mais diversas situações. Já do ponto de vista a solucionar as antinomias, ressalta-se que os princípios se valem pelas técnicas da ponderação, uma vez que quando se confrontam entre dois ou mais princípios, somente um deles é aplicado, sendo que o outro mantem-se adormecido sem, contudo, haver a anulação de um em detrimento do outro.
Sempre será importante ressaltar que os princípios numa acepção lógica não são apenas meros preceitos da ordem moral ou social, mas possui uma natureza capaz de inserir-se na experiência jurídica, integrando de forma definitiva o Direito. De outro modo, as regras se definem como normas que estabelecem imperativamente uma obrigação que, impõe, permite ou proíbem, ou seja, possui natureza impositiva, pois se perfaz numa expressão de um dever ser, que determina uma conduta.
As regras também possuem no seu íntimo algumas características próprias, sendo que a primeira delas, conforme bem explica Ruy Samuel Espíndola, ao transcrever a obra de Ronald Dworkin (1999, p. 64), ao estabelecer que
 
 
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As regras jurídicas são aplicáveis por completo ou não são, de modo absoluto, aplicáveis. Trata-se se um tudo ou nada. Desde que os pressupostos de fato aos quais a regra se refira se verifiquem, em uma situação concreta, e sendo ela válida, em qualquer caso há de ser aplicada. (DWORKIN, 1999, p. 64).
           
Outra importante característica em relação às regras é a denominação de que elas são construídas de maneira a descrever uma conduta que se enquadra à forma e, por consequente, é aplicada integralmente por meio de métodos de subsunção.
Pode-se afirmar, portanto, que as regras e os princípios habitam-se em todo ordenamento jurídico, de modo a garantir segurança jurídica e viabilizar os valores existentes.
Para o especialista em direito internacional, Alberto do Amaral Júnior (1993, p. 27), os “princípios são comandos genéricos que estabelecem um planejamento para o legislador como para o intérprete”. A luz da sábia explicação o que se nota é o princípio comportando uma quantidade indeterminada de aplicações e quanto a regra é elaborada para um determinado número de conjunturas.
Partindo dessa premissa que fora descrita no texto acima, o grande e conceituado autor de elevada repercussão, Luiz Flávio Gomes aduz que
 
O Direito se expressa por meio de normas. As normas se exprimem por meio de regras ou princípios. As regras disciplinam uma determinada situação; quando ocorre essa situação, a norma tem incidência; quando não ocorre, não tem incidência. Para as regras vale a lógica do tudo ou nada (Dwokin). Quando duas regras colidem, fala-se em “conflito”, ao caso concreto uma só será aplicável, pois uma afasta a aplicação da outra. O conflito entre regras deve ser resolvido pelos meios clássicos de interpretação: a lei especial derroga a lei geral, a lei posterior afasta a anterior etc. Princípios são as diretrizes gerais de um ordenamento jurídico, ou parte dele. 
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Seu aspecto de incidência é muito mais amplo que o das regras. Entre eles podem haver “colisão”, não conflito. Quando colidem, não se excluem. Como “mandados de otimização” que (Alexy), sempre podem ter incidência em casos concretos, às vezes concomitantemente dois ou mais deles. (GOMES, 2005, s.p.).
  
Para finalizar o estudo em foco, faz-se necessário dizer que apesar de tudo, jamais será aceitável qualquer explicação que versa a respeito de uma distinção completa entre os princípios e as regras, pois não é plausível que um sistema sobreviva apenas deles.
 
 5. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E INSTITUIÇÕES JURÍDICAS 
 Instituições de Direito são os institutos jurídicos, como, por exemplo, o mandado de segurança, o habeas corpus, a ação popular, o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular, a greve, o cheque, a nota promissória, a duplicata, o testamento, a adoção, o casamento, o divórcio, a bigamia, o homicídio, o aborto, o roubo, o furto. Todos são institutos jurídicos. As instituições de Direito, portanto, são os temas pontuais relevantes para o Direito; são os assuntos específicos importantes para a vida humana em sociedade, em determinado tempo e em certo lugar. 
Por conseguinte, a disciplina intitulada “Instituições de Direito”, também denominada “Instituições de Direito Público e Privado”, “Noções de Direito”, “Introdução ao Direito” ou simplesmente “Direito”, conforme as nomenclaturas encontradas em matrizes e grades curriculares de cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Ciência Política, Comunicação Social e Jornalismo, Computação, Engenharia e de outros tantos cursos de graduação, tem como escopo o estudo dos principais institutos jurídicos, examinados ao longo deste compêndio, à luz do Direito positivo brasileiro. 
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No que tange à forma de exposição dos institutos, foram analisados em tópicos específicos insertos em capítulos distribuídos em dois tomos, conforme a pertinência temática. O primeiro tomo é destinado ao estudo dos aspectos gerais do Direito e do Estado, bem assim dos direitos e garantias fundamentais e dos direitos da cidadania, mais conhecidos como direitos políticos. Já o estudo dos institutos específicos dos diversos ramos do Direito tem lugar no segundo tomo, com o exame de todo o conteúdo programático da disciplina. Mais do que apresentar as principais Instituições de Direito, busca-se, por meio do presente compêndio, apontar e analisar institutos jurídicos essenciais para o exercício da cidadania, na esperança de que os estudantes universitários possam contribuir na construção do almejado “Estado Democrático de Direito” mencionado no caput do artigo 1º da Constituição Federal e na concretização dos objetivos nacionais fundamentais consagrados no artigo 3º §1. Para tanto, é franqueado a todos os interessados o acesso gratuito ao inteiro teor deste compêndio, em virtude da abdicação dos direitos autorais patrimoniais por parte do autor, com fundamento no 28 da Lei nº 9.610, de 1998, combinado com o artigo 5º, inciso XXVII, da Constituição Federal. Espera-se, assim, prestar humilde contribuição em prol da educação e da democracia no país. 
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CONCLUSÃO
Fazendo uma análise do filme Selma: Uma Luta Pela Igualdade, e conhecendo melhor a vida e trajetória de Martin Luther King Jr., tem-se uma melhor ideia de quem ele foi e como sua liderança foi essencial para o mundo. O mais importante desse trabalho foi conseguir trazer, mesmo que seja apenas uma, das grandes lutas pelas quais a população negra teve que passar para conseguir ter direitos iguais ao restante da sociedade e conseguir ter uma vida e condições dignas. O filme Selma retrata uma importante conquista que foi o direito ao voto, infelizmente, a luta contra o racismo é constante, a busca por direitos iguais e o espaço democrático do negro na sociedade ainda precisam de defensores e de adeptos, por mais conquistas que já obtiveram, o Brasil está longe de ser um país racialmente democrático, assim como os EUA por mais influência que Martin Luther King exerceu, está ainda mais longe de abrir mão de suas raízes preconceituosas. Outro fato marcante que retira-se do filme e analisando melhor a vida de Luther King, é como ele conseguiu fazer da política uma religião usando desta. O pastor protestante, assim era reconhecido Luther King, lutava pelo direito das minorias, por uma sociedade mais igualitária aproveitando o final de missas para proferir sermões, dessa forma traduzindo o que acontecia na política norte americana para as pessoas de baixa escolaridade, queé de suma importância na linguagem e comunicação jurídica. 
As ações de Luther King baseavam-se 	em uma luta que começa nas igrejas e vai para as ruas, e finaliza no âmbito jurídico para formatar leis e regras que visam a conquista do voto e a queda do preconceito, mostrando a fundo as instituições jurídicas, para ter uma noção das normas do direito brasileiro, e a organização do estado e instituições jurídicas, mesmo estando em opostos, já que o filme Selma se dá nos Estados Unidos. Essa obra e tão inspiradora que a luta de Luther King, se espalhou pelo mundo e chegou até o Brasil, onde de cesta forma contribuiu para a reforma das leis e normais jurídicas.
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003. BRANDÃO, Cláudio. Introdução ao estudo dos direitos humanos. In: BRANDÃO, Cláudio (Coord.). Direitos humanos e fundamentais em perspectiva. São Paulo: Atlas, 2014. p. 5. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional: Teoria do Estado e da Constituição - Direito Constitucional Positivo. 15.ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. 5.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007. DECOMAIN, Pedro Roberto. Eleições (Comentários à Lei n° 9.504/97). 2.ed. São Paulo: Dialética, 2004. DECOMAIN, Pedro Roberto; PRADE, Péricles. Comentários ao Código Eleitoral. São Paulo: Dialética, 2004. FERREIRA, Pinto. Comentários à Constituição Brasileira. São Paulo: Saraiva, 1989. v. 1. Arts. 1° a 21. KING, Martin Luther. Além do Vietnã. In: CARSON, Clayborne; SHEPARD, Kris. (Orgs.). Um Apelo à Consciência: os melhores discursos de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Jorge 287 Zahar, 2006. MALHEIRO, Agostinho Marques Perdigão. A escravidão no Brasil (Ensaio histórico, jurídico, social. 3. ed. (2. ed. integral). Petrópolis: Vozes, 1866. 2 v. MATTOSO, Kátia M.de Queirós. Ser escravo no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990. NABUCO. Joaquim. A escravidão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. NOGUEIRA, O. 1985 [1954] "Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem – sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações racionais no Brasil", in Tanto preto quanto branco; estudos de ralações raciais, São Paulo, T. A. Queiroz. 1998 [1955] Preconceito de marca: as relações raciais em Itapetininga, São Paulo, Edusp. OLIVEIRA, Denis de. Globalização e Racismo no Brasil. São Paulo: Unegro, 2000. PALMARES, Fundação Cultural. 2011. acesso em 18/03/2017. PÉREZ-LUÑO, Antônio Enrique. La universidad de los derechos humanos y el Estado Constitucional. Bogotá: Universidad Externado de Colômbia, 2002. PÉREZ-LUÑO. Antônio. Los derechos fundamenta-lhes. 7. ed. Madrid: Ternos, 1998. p. 46-47. SLAIBI FILHO, N. Direito Constitucionais. Rio de Janeiro: Forense, 2004. STRIEDER, Inácio. Democracia Racial - A partir de Gilberto Freyre. Perspectiva filosófica Volume VIII- nº 15 – Jan/Jun. 2001.

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