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Cinesioterapia II Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Paula de França Carmo da Silva Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Postura Postura • Desenvolver as capacidades e as habilidades para avaliação e atuação terapêutica nos dis- túrbios e alterações posturais; • Planejar exercícios adequados para cada caso com alteração postural. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Avaliação e Diagnóstico Postural; • Equilíbrio Biomecânico x Postura; • Exercícios Terapêuticos Aplicados a Alterações Posturais; • Cinesioterapia x Alterações Posturais; • Exercícios de Willians e Mckenzie; • Escoliose; • Alongamento; • Conceitos de RPG, Pilates, Rolfing e GDR. UNIDADE Postura Avaliação e Diagnóstico Postural Postura é o conjunto de posições das articulações do corpo em um dado momen- to, em que o centro de gravidade de cada segmento corporal está alinhado vertical- mente com o segmento a seguir. A postura normal é um estado de equilíbrio mus- cular e esquelético mantido com um mínimo de estresse ou tensão sobre o corpo. Alterações posturais, ou desvios posturais, são alterações na coluna vertebral re- presentadas por desvios anormais ou acentuação de curvaturas normais (nas regiões torácica e lombar) já existentes ou pelo aparecimento de curvaturas novas. Elas podem levar ao uso compensatório incorreto de outras articulações corpo- rais ou causar enrijecimento e encurtamento dos músculos, vez que o corpo busca compensações para manter o equilíbrio do indivíduo. Em um alinhamento postural ideal, espera-se que os músculos, articulações e suas estruturas esqueléticas encontrem-se em estado de equilíbrio dinâmico, gerando uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, na qual o aparelho locomotor tenha máxima eficiência. A avaliação postural tem importância fundamental para o diagnóstico, planeja- mento e acompanhamento da evolução de um tratamento fisioterapêutico, porém é uma avaliação complexa, difícil de mensurar. Isso explica a baixa quantidade de pesquisas que conseguem associar alterações posturais a lesões ou disfunções musculoesqueléticas específicas. Portanto, é essen- cial estabelecer métodos confiáveis e quantitativos de avaliação postural, já que a avaliação postural subjetiva muitas vezes é inconclusiva e passível de erros. O app grid nos oferta uma grade como simetrógrafo, que possibilitará a avaliação por fotografia. Assista a uma avaliação postural completa. Disponível em: https://youtu.be/kflysdsiTQU A avaliação e o diagnóstico postural são realizados de forma segmentar, da se- guinte forma: pelve, tronco, cintura escapular, coluna cervical, membros inferiores e flexibilidade geral. Equilíbrio Biomecânico x Postura O conhecimento das bases biomecânicas da postura estática é fundamental para a compreensão do equilíbrio corporal. Para entender a postura estática, o corpo deve ser imaginado em blocos ou con- juntos segmentares, cada um com uma função específica. 8 9 Os membros inferiores são a base sólida em contato com o chão. Sua posição condiciona a forma, o tamanho e a orientação da base de sustentação. As variações dessa base de sustentação e, principalmente, sua estabilidade são os elementos capi- tais de nossa estática. O pé é o segmento determinante. Sem bons apoios dos pés no chão, não há estabilidade estática. O equilíbrio do joelho está intimamente ligado ao do pé, numa relação ascendente, e ao quadril, numa relação descendente. Esses dois primeiros conjuntos segmentares (pés e joelhos) realizam o que a fisio- logia denomina equilíbrio estático. Cada conjunto segmentar equilibra-se sobre o subjacente em um processo ascen- dente. O pé equilibra-se e se adapta sobre o chão, a perna, sobre o pé, a coxa, sobre a perna, a bacia (cintura pélvica) sobre os membros inferiores, a coluna lombar sobre a bacia, a coluna dorsal sobre a lombar, sendo o objetivo, no final desse equilíbrio, a boa posição do centro de gravidade acima da base de sustentação. A cabeça tem dois imperativos indispensáveis para o bom funcionamento dos órgãos que ela contém: a verticalidade dela mesma e a horizontalidade do olhar. O pescoço (coluna cervical), os ombros e os membros superiores devem adaptar- -se a esses imperativos num equilíbrio descendente. A função estática é assegurada por dois grandes sistemas globais: um ascendente – o equilíbrio estático garantido pelos membros inferiores e tronco, e um descendente – a adaptação estática garantida pelo pescoço, cabeça e tronco. Cada porção desses dois segmentos é separada da outra por um segmento inter- mediário que pertence aos dois blocos: a cintura. A cintura pélvica (bacia) adapta o tronco aos membros inferiores, e a cintura esca- pular (dos ombros) adapta o tronco à região do pescoço e cabeça. O tronco é, assim, a região de todas as compensações estáticas. A manutenção da postura é uma proeza fisiológica resultante da ação conjunta do sistema nervoso com a musculatura. A manutenção da postura implica a ação combinada de sensores (também chama- dos de captores de informação) e forças musculares. Os principais sensores posturais são os proprioceptores (receptores sensoriais em músculos, tendões e articulações que orientam as diferentes partes do corpo em rela- ção ao todo corporal) e os chamados órgãos centrais do equilíbrio (labirinto e núcleos nervosos do sistema nervoso). O tato, a visão e a audição têm também ativa participação no controle postural. Aos centros nervosos do sistema nervoso cabe a função de captar as informações e selecionar as estratégias de ação. A posição vertical da cabeça encontra-se sob controle do sistema vestibulobiríntico. 9 UNIDADE Postura Figura 1 – Representação de alteração postural – Escoliose Fonte: Getty Images Exercícios Terapêuticos Aplicados a Alterações Posturais Os exercícios terapêuticos aplicados à correção postural têm como princípio bási- co reequilibrar as alterações biomecânicas de forma estática e/ou dinâmica, depen- dendo da técnica, do método ou do recuso a ser utilizado. Françoise Mézières dedicou-se intensivamente ao estudo da mecânica muscular. Suas descobertas levaram-na a concluir que a cadeia muscular posterior, que interliga os pés à cabeça, trabalha como um só músculo, obrigando os demais, menos potentes, a seguir seus “comandos”, que o deslocamento das massas do corpo (cabeça, barriga e costas) faz com que as curvas vertebrais se acentuem, obrigando os músculos ligados às vértebras a tomarem uma posição de arco côncavo, e que essa curva e o achata- mento da musculatura posterior só tendem a se agravar com o decorrer dos anos. A essa curvatura dá-se o nome de lordose. A partir dessas descobertas, Mézières afirmou que as alterações provinham do ex- cesso de força da cadeia posterior, sugerindo, então, que a solução seria soltar os músculos posteriores para que eles libertassem as vértebras mantidas no arco côncavo. Concluiu, também, que não é somente o esforço para ficar em equilíbrio que en- curta os músculos posteriores, mas também todos os movimentos de média e grande amplitude executados pelos braços e pernas, que estão ligados pela coluna vertebral. Mézières observou que cada vez que tentava tornar menos acentuada a curva de um segmento da coluna vertebral, a curva era deslocada para outro segmento. Desta forma, era necessário considerar o corpo em sua totalidade e cuidar dele como um todo. 10 11 Então, seguindo as observações e princípios de Françoise Mézières, em 1947, nascia o Método Mézières, por meio da observação de uma paciente afetada de hi- percifose e de uma grave forma de artrite escapuloumeral bilateral que limitava quase que totalmente o movimento natural da articulação superior. Por meio de seus estudos e descobertas, Mézières aplicou as melhores formas pos- síveis de posturas corrigidas cuidadosamente de maneira ativa e com longa duração, obtendo, assim, excelentes resultados. Na publicação, com o título Revolução na Ginástica Ortopédica, Françoiseafirmou que as lordoses estão na origem de todas as deformações, as afecções decorrentes da lordose são devidas às compensações musculares causadas por esta curvatura. Mademoiselle Françoise Mézières propôs, então, um tratamento com base no alon- gamento dos músculos que causam a lordose e músculos rotadores internos (músculos posteriores), por manutenção postural prolongada, a fim de obter um efeito corretivo das massas musculares. O Método Mézières buscou tratar as causas e não os sintomas, o físico e o emo- cional, proporcionando o bem-estar dos pacientes por meio de um método completo de aplicação dos princípios das cadeias musculares. Seu conceito sobre cadeias musculares é denominado um conjunto de músculos de mesma direção e sentido que trabalham como um só músculo. São, geralmente, poliarticulares e se recobrem como telhas de um telhado. Com base nos preceitos de Méziéres, é necessário que se tenha no programa de trata- mento exercícios de alongamento e fortalecimento para o reequilíbrio global do paciente. Dessa forma, atua-se no sistema músculo esquelético, sensório motor e visual de cada paciente. Essa é uma abordagem ampla e validada mundialmente, independen- temente de qualquer método. Cinesioterapia x Alterações Posturais Na Cinesioterapia, encontramos o relaxamento de estruturas tensas ou contratu- radas e o fortalecimento muscular, que podem ser conseguidos pelo alongamento, exercícios isométricos, ativos livres e contra resistidos que melhoram as condições circulatórias, aceleram o relaxamento muscular, reduzem a dor e a incapacidade fun- cional e, ainda, reparam a função, a força, o trofismo muscular, a propriocepção, a elaboração dos eneagramas dos movimentos coordenados, a flexibilidade articular e previnem a síndrome do desuso. Má postura é a causa de base de muitos distúrbios de coluna e membros. Com fre- quência, simplesmente corrigindo as sobrecargas posturais subjacentes, os sintomas primários podem ser minimizados ou mesmo aliviados. 11 UNIDADE Postura Antes de desenvolver um plano de tratamento e escolher a intervenção, avalie e documente os achados do exame do paciente, incluindo história, revisão de órgãos e sistemas e os testes e medidas específicos, além de pleno conhecimento das ativi- dades diárias do indivíduo. Exercícios de Willians e Mckenzie O método de Mckenzie tem como principal explicação as desordens biomecâni- cas causadas por posturas, exercícios ou atividades inadequadas, provocando, pos- teriormente, alterações estruturais da coluna lombar, sendo que, por meio delas, o tratamento será conduzido para a alteração específica. Eles são amplamente utilizados para casos de lombalgia (Figura 2). Figura 2 – Exercícios de Mckenzie para lombalgia Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 Ainda para lombalgia, Paul Willians propôs exercícios que, em geral, visam ao fortalecimento dos músculos abdominais, glúteos e o alongamento de parte da ca- deia posterior: • Exercício 1: com as costas apoiadas sobre uma superfície dura, e com os joe- lhos dobrados, encolha a barriga e contraia os músculos das nádegas. Perma- neça por 20 segundos e relaxa. Repita esse exercício até 10 vezes (Figura 3); Figura 3 Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 • Exercício 2: deitado na posição inicial, contraia os músculos abdominais, cruze os braços sobre o peito, levante a cabeça e leve o queixo em direção ao peito. Mantenha-se nessa posição durante 20 segundos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes (Figura 4); 12 13 Figura 4 Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 • Exercício 3: Deitado na posição inicial, levante um joelho em direção ao tórax, alternadamente (direito e esquerdo). Ao mesmo tempo, levante a cabeça e os ombros do chão como no exercício 2. Mantena esta posição durante 20 segun- dos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes (Figura 5); Figura 5 Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 • Exercício 4: Deitado na posição inicial, puxe os dois joelhos em direção ao tórax e, ao mesmo tempo, levante a cabeça e o ombros do chão. Mantenha esta po- sição durante 20 minutos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes (Figura 6); Figura 6 – Exercícios de Willians para lombalgia Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 Existe, também, uma série de exercícios (Figura 7) para alongamento da cadeia posterior, com provável analgesia. Figura 7 – Série de Willians (alongamento de cadeia posterior) Fonte: CONCEIÇÃO, 2016 Escoliose A escoliose (Figura 8) é definida como uma alteração tridimensional da coluna vertebral, em que ocorre uma alteração das curvaturas fisiológicas da coluna e um desvio lateral é observado. 13 UNIDADE Postura A alteração é caracterizada por presença de desvio lateral no plano frontal e lordose no plano sagital, associada ou não à rotação dos corpos vertebrais no plano transverso. Pode se localizar na região cervical (menos comum), torácica, lombar ou, ainda, ocupar essas duas últimas, sendo considerada toracolombar. A nomenclatura é realizada de acordo com a convexidade e o posicionamento da curvatura. Por exemplo, uma curvatura em região lombar com convexidade à esquerda é denominada escoliose lombar esquerda. A escoliose é identificada por meio do ângulo de Cobb (é a medida padrão univer- sal para análise da escoliose, medida em graus no exame de radiografia de incidência anteroposterior. Para traçar esse ângulo é necessário identificar no plano superior e no plano inferior da curvatura as duas vértebras com maior grau de inclinação em relação ao plano horizontal). Existe uma relação entre o ângulo de Cobb e a intervenção indicada para o trata- mento: menor que 25°, tratamento conservador com Fisioterapia, de 25 a 45°, trata- mento com fisioterapia associado a utilização de colete. Acima de 45°, o tratamento cirúrgico é indicado. As curvaturas classificam-se em principais e compensatórias. A curva principal é a maior e a que tem a maior angulação. A curva compensatória ou “secundária” desenvolve-se acima ou a seguir da curva principal na tentativa de manter o alinhamento do corpo com o seu centro de gravidade. Figura 8 – Escoliose em S (torácica a Esquerda e lombar a Direita) Fonte: Getty Image Objetivos da Cinesioterapia no tratamento de escoliose são: • Melhorar a postura; • Aumentar a flexibilidade (alongar a face côncava da coluna vertebral e estirar as contraturas dos tecidos moles); 14 15 • Aumentar a força dos músculos abdominais que intervêm na postura e fortalecer a face convexa; • Corrigir os desequilíbrios musculares; • Melhorar o padrão respiratório. Os exercícios de Klapp, que simulam os movimentos do engatinhar, são de extre- ma relevância e valia para o tratamento da escoliose. Os seus exercícios se baseiam no: treinamento e fortalecimento da musculatura do tronco na posição de “gatas” e joelhos. As extremidades, coxofemorais e escápulo- -umerais não são imobilizados (mobiliza para atuar na coluna) pelo Fisioterapeuta. São utilizados para amplos movimentos (a coluna fica fixa). Descrição dos Exercícios da Cinesioterapia Engatinhar ou Marchar em 4 Apoios 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. Deslocamento feito em marcha cruzada em avanço alternando mão e joelho do lado oposto; 3. Ao avançar, o joelho deverá estar inteiramente ao lado da mão; 4. Os joelhos deslizam sem deixar o chão; 5. Os cotovelos permanecem estendidos; 6. A cabeça segue a movimentação lateral do tronco; 7. Olhar em direção ao joelho avançado; 8. O braço impulsionado descreve um semicírculo com a curva para fora rasante ao chão; 9. Dedos voltados para frente. Deslizar 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. O tronco é inclinado em posição baixa; 3. Cotovelos estendidos para frente; 4. Mãos deslizam para frente sobre o solo ficando bem afastadas do tronco; 5. As coxas permanecem verticais durante todo o movimento. Deslizar com Movimento de Cobra 1. Idem “deslizar”, só que no deslocamento a marcha é cruzada. Pulo do Coelho 1. Posição inicial: 4 apoios; 15 UNIDADE Postura 2. Levantar o tronco até a vertical mantendo os braços elevados, ficando de joelhos;3. Abaixar o tronco mantendo os cotovelos no mesmo plano e estendidos até tocar as mãos no chão; 4. Pular para frente: os joelhos são trazidos para frente por um salto, con- traindo os músculos abdominais, indo para trás das mãos; 5. Voltar à posição inicial com deslizamento simétrico ou não das mãos à frente. Virar o Braço 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. Com os braços alongados para frente, sem apoio dos cotovelos; 3. Estender um dos braços levando-o para trás e para o alto (mantendo o cotovelo estendido), olhando para ele; 4. Abaixar o braço; 5. Olhar para frente; 6. Realizar o pulo. Arco Grande 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. Alongar o braço direito diagonal à frente (para a esquerda); 3. O joelho esquerdo dá um passo à frente, enquanto o cotovelo esquerdo flete a 90º e fica ao lado do joelho esquerdo; 4. Estender a perna direita levando a ponta do pé direito para trás da perna esquerda; 5. Fazer a rotação externa da coxofemural direita; 6. O tronco permanece bem inclinado; 7. Ombros em linha horizontal; 8. Cabeça erguida, olha a mão esquerda; 9. Levar a mão esquerda para a frente; 10. A perna estendida (direita) dá um passo; 11. O braço direito volta para direção do joelho direito. Engatinhar Perto do Chão ou Marcha em 4 Apoios Baixos com Mergulho e Extensão 1. Posição inicial: 4 apoios com cotovelos fletidos à 90º, dedos das mãos para frente; 2. Cabeça erguida; 16 17 3. “Pular” para frente com as mãos; 4. Um dos joelhos faz um pequeno passo; 5. Cifose total do tronco que se desloca para trás; 6. Aproximação do nariz ao joelho avançado; 7. Estender progressivamente o tronco bem perto do chão. Grande Curva 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. Levar com um impulso para trás e cima o braço direito até a posição vertical; 3. Manter a palma da mão direita voltada para dentro; 4. Dar um passo à diante com o joelho esquerdo indo até a mão esquerda; 5. Neste momento, a mão esquerda fica apoiada sobre os dedos; 6. A cabeça vira para a mão que está no chão; 7. Fletir o cotovelo esquerdo; 8. Descer o braço direito para o lado esquerdo, mantendo o cotovelo estendido; 9. O braço direito volta para o lado direito numa meia volta, sem levar junto o tronco. Marcha em 4 Apoios, com Lançamento do Braço à Frente e Extensão da Perna 1. Posição inicial: 4 apoios; 2. Passo com o joelho esquerdo junto à mão esquerda; 3. Braço direito é estendido ao longo do tronco, mantendo a palma da mão para fora; 4. Com um impulso, levar o braço direito para a frente e estender simulta- neamente a perna direita; 5. A cabeça voltada para o lado oposto à mão que está no chão. Andar de Joelhos com Extensão 1. Posição inicial: ajoelha com braços abertos horizontalmente; 2. Flexionar o tronco até a posição horizontal; 3. Um dos joelhos dá o passo; 4. Braços são lançados para frente ao longo da cabeça e do tronco; 5. “Mergulhar” o tronco (a cabeça vai em direção ao joelho avançado) es- tendendo simultaneamente os braços; 6. Voltar à posição inicial. 17 UNIDADE Postura As Figuras a seguir mostram a sequência dos exercícios de Klapp (Figura 9): Figura 9 – Exercícios de Klapp Fonte: LUNES et al., 2010 Alongamento O alongamento é um exercício que, terapeuticamente, visa ao aumento da mo- bilidade dos tecidos moles e das estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e, esportivamente, objetiva o aumento da amplitude de movimento (ADM) e, conse- quentemente, da flexibilidade. Figura 10 Fonte: Getty Images 18 19 Tem-se sugerido que, em função dessa característica, o alongamento pode ser um fator profilático na prevenção e na reabilitação de lesões, além de seu benefício ser frequentemente postulado na melhoria do desempenho e no alívio nas dores muscular. A flexibilidade é um importante componente da aptidão física e está relacionada à saúde e ao desempenho atlético, podendo ser definida como a habilidade para mo- ver uma articulação por meio de uma amplitude de movimento (ADM) preservada, sem estresse excessivo para a unidade músculo-tendínea. As principais técnicas de alongamento são: alongamento estático, balístico e con- trair-relaxar. O alongamento estático é um método pelo qual os tecidos moles são alongados até o ponto de resistência ou tolerância do tecido mantido nessa posição. O balístico é caracterizado pelo uso de movimentos vigorosos e rítmicos de um segmento do corpo, pelo alcance do movimento, com o objetivo de alongar o mús- culo ou o grupo muscular, enquanto a técnica do contrair-relaxar usa uma leve con- tração isométrica do músculo agonista, que inibe o músculo a ser alongado, e depois realiza o alongamento estático durante o relaxamento desse músculo. Alguns estudos sugerem que as técnicas de alongamento contrair-relaxar e balísti- ca são mais eficientes em termos de ganho de flexibilidade dos músculos isquiotibiais em relação à técnica de alongamento estático. Por outro lado, estudos mostram que o alongamento estático pode ser o único capaz de manter um ganho significativo na amplitude dos músculos isquiotibiais por um longo período de tempo. A importância dos estudos relacionados ao encurtamento dos músculos isquioti- biais se deve à possibilidade da existência de lesões causadas por mudanças biome- cânicas, que podem levar a distúrbios, como disfunção patelofemoral, pubalgia, dor nas costas, tendinite patelar e alterações posturais. Tipos de Alongamento • Alongamento estático: também chamado passivo, embora não seja exatamen- te o mesmo. O alongamento estático consiste em levar uma articulação até pró- ximo ao limite de sua mobilidade e manter a posição durante alguns segundos (Figura 11). É um dos alongamentos mais simples e eficazes e pode ser subdivi- dido em dois: » Estático ativo: quando é a própria pessoa quem o exerce, com a ajuda de outros grupos musculares para manter a posição. Não é o mais eficaz porque não é fácil manter a tensão adequada para algumas partes do corpo, pelo con- trário, é preferido o estático passivo que vamos explicar a seguir; » Estático passivo: quando um aparelho ou outra pessoa é quem o ajuda a manter a posição do alongamento; 19 UNIDADE Postura 1. Alongar lentamente até o limite próximo à dor; 2. Manter essa posição por 20 segundos; 3. Pausa de cerca de 20 ou 30 segundos (durante a qual se pode alongar outro músculo, de preferência o oposto); Figura 11 – Alongamento estático Fonte: Getty Images • Alongamento dinâmico: como o próprio nome sugere, mantém-se uma região do corpo em movimento controlado até alcançar a sua máxima extensão. Este é um tipo de alongamento reservado quase sempre a determinadas modalidades esportivas nas quais é necessário um excelente controle de mobilidade em toda a sua amplitude (os exemplos mais comuns são as artes marciais e a dança). Em qualquer caso, só devem ser praticados por aqueles que têm certo preparo e controle em seus movimentos, e não pelos principiantes (Figura 12). Pode ser subdividido em: » Alongamento balístico: é um alongamento dinâmico que utiliza a inércia do movimento para levar a articulação além da condição normal. É potencial- mente lesivo, de modo que, no geral, deve ser evitado; » Alongamento conduzido: quando se executa o movimento controlado o tem- po todo, mas em alto grau de amplitude. Figura 12 – Alongamento dinâmico Fonte: Getty Images 20 21 Conceitos de RPG, Pilates, Rolfing e GDR Reeducação Postural Global – RPG É uma técnica de Fisioterapia desenvolvida na França por Philippe Emmanuel Souchard, a partir do trabalho de Françoise Mézières e de vários anos de estudos e pesquisas em Biomecânica e Física. Consiste em uma técnica de ajustamentos posturais para reorganização dos seg- mentos do corporais, por meio do estiramento do tecido muscular retraído, a fim de permitir a reorganização das miofibrilas, ganho de mobilidade e, assim, o reequilíbrio dos músculos que mantêm a postura. Além disso, produz, também, a liberação das fáscias, tecido conjuntivo, pela apli- cação do princípio“fluagem”. A “fluagem” é o estado fisiológico da forma ou contra- ção constante dos músculos da postura que mantém o alinhamento do corpo. A RPG visa ao equilíbrio entre as forças musculares que compõem o corpo huma- no, devolvendo a capacidade de movimentação normal das articulações e a manu- tenção de uma boa postura, por meio de alongamentos, tração e respiração. A RPG baseia-se em três princípios fundamentais: • Individualidade: cada ser humano é único e reage de forma diferente; • Causalidade: a verdadeira causa do problema pode estar distante do sintoma (causa/consequência); • Globalidade: deve-se tratar o corpo como um todo, buscando identificar as responsabilidades das retrações musculares nas patologias musculoesqueléticas. De acordo com os fundamentos da RPG, os músculos são interligados e traba- lham em cadeia. A deficiência de qualquer músculo pode causar uma desarmonia em outro ponto do corpo, por isso, é uma técnica que visa a tratar não só a dor, mas as causas, pela modulação do tônus muscular e estímulos proprioceptivos. Utilizada em conjunto com outras técnicas de terapia manual, combate dores nos músculos, nas articulações e na cabeça, melhora o funcionamento do sistema respi- ratório e realinha a coluna, proporcionando liberdade e leveza de movimentos. A diferença entre o tratamento clássico e o tratamento usando o método RPG se resume no fato de que o tratamento clássico trata o corpo de forma segmentar. Por exemplo, se o paciente vai ao consultório com lombalgia, o terapeuta vai tratar só a coluna lombar. Enquanto isso, o método de RPG identifica o comprometi- mento da cadeia muscular à qual o segmento enfermo pertence e, a partir daí, trata as causas e as consequências do problema. A sessão de RPG dura cerca de uma hora e deve ser feita uma vez por semana. A duração do tratamento varia de acordo com os problemas de cada paciente. O tra- tamento é indicado para todas as faixas etárias. 21 UNIDADE Postura A reeducação postural global tem sido aceita como eficaz no tratamento de pato- logias que requerem fisioterapia. Podem ser tratados com RPG os problemas orto- pédicos, neurológicos, reumatológicos, respiratórios e somáticos. Posturas A RPG utiliza posturas estáticas com o objetivo de atuar no conjunto das cadeias mus- culares, de modo que os músculos estáticos sejam alongados, e os dinâmicos contraídos. Cada uma das posturas deve ser mantida por um tempo determinado, de modo que, com o treino, a pessoa se acostuma a ficar no encaixe correto. As posturas são aplicadas de forma progressiva, suave e lentamente. A reeducação postural global é indicada não somente para os que sentem dores, mas também para aqueles que buscam encontrar um melhor equilíbrio, flexibilidade e harmonia do corpo. Figura 13 – Posturas mais utilizadas pelo método RPG Fonte: FAGUNDES; VARGAS, 2018 Pilates O Método Pilates utiliza o corpo como mediador do desenvolvimento físico e men- tal, com ênfase na concentração, na conscientização e na qualidade do movimento. Abrange exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, realizados em apa- relhos específicos ou no solo, envolve contrações concêntricas, excêntricas e, princi- palmente, isométricas, com destaque no recrutamento dos músculos do powerhouse, que é responsável pela estabilização do corpo. 0 Princípios do Pilates Powerhouse: Concentração; Controle; Centralização; Precisão; Respi- ração; Consciência; Alinhamento; Coordenação; Alongamento; e Persistência. 22 23 Na esfera da saúde, o Método Pilates tem sido utilizado para o desenvolvimento de capacidades físicas condicionantes, fins terapêuticos, alinhamento postural, bem- -estar e disciplina mental. Considerando que o Método prioriza a ativação dos músculos posturais, há uma crença entre os profissionais que a sua prática sistemática pode promover ajustes positivos no alinhamento postural. O alinhamento postural remete a um estado de equilíbrio articular, sendo determi- nado pela relação entre os segmentos do corpo e a força necessária para estabilizar articulações e favorecer movimentos simétricos. Joseph Pilates acreditava que as curvas da coluna vertebral eram patológicas, por isso, o método tradicional tem o princípio de retificar a lombar (semelhante à coluna vertebral de um bebê) por meio de sua retroversão. Toda a proposta do Pilates está pautada em atingir a plena saúde física, mental e espiritual por meio do exercício consciente. A atividade utiliza o peso do próprio corpo e cargas moderadas para alcançar o equilíbrio, o fortalecimento e o alongamento de toda a musculatura, sem sobrecargas nas articulações e sem exaustão. Tudo na medida certa para promover o desenvolvi- mento pleno das capacidades físicas. Desde o início, o que se observa em quem pratica Pilates é a melhora da postura. O próprio praticante é o primeiro a notar a diferença, pois logo após as primeiras aulas, ele se sente mais alongado, mais disposto e com maior energia para realizar as tarefas do dia a dia. Como os exercícios levam o corpo para o eixo vertical, alinhando as articulações e fortalecendo a musculatura, a pessoa gasta menos energia para se manter ereta, causan- do menos tensões desnecessárias e criando maior harmonia e agilidade nos movimentos. Após algum tempo de prática, essa mudança começa a ficar visível para os demais, que identificam no praticante uma postura mais altiva e relaxada, além de maior tônus e afinamento da silhueta, que muitas vezes é confundido com emagrecimento. Na verdade, somente o Pilates não é suficiente para queimar a quantidade de ca- lorias necessárias para provocar o emagrecimento. Mas quando aliado à reeducação alimentar e à prática de uma atividade aeróbica, o método é capaz de promover uma verdadeira revolução em cada um de nós. A transformação começa na forma como os exercícios são praticados. Antes de fazer qualquer movimento, aciona-se a musculatura profunda do abdome, o que Joseph chamou de “Centro de Força”. Todos os movimentos são realizados mantendo a atenção não apenas na execução correta do grupo muscular que está sendo trabalhado, mas no corpo como um todo. 23 UNIDADE Postura Ocorre o relaxamento e a estabilização dos grupos musculares, que não estão di- retamente envolvidos naquela ação, mas que têm suma importância na manutenção da postura correta. Pilates pode ser realizado em equipamentos ou no solo (mat pilates). Equipamentos de Pilates: • Cadillac; • Ladder Barrel; • Prancha de Molas; • Reformer; • Reformer Torre; • Step Chair; • Wall Unit. A seleção dos equipamentos depende do objetivo dos exercícios e da área a ser trabalhada. MAT Pilates nada mais é do que uma versão do Método, em que os exercícios são praticados apenas no MAT (tapete no chão), ao invés de serem executados nos equipamentos. Uma das diferenças do Pilates em Equipamentos é que no Pilates Solo os múscu- los são trabalhados duplamente, pois são alongados e tonificados ao mesmo tempo. Nessa versão, é trabalhada muito a força abdominal e a estabilidade, além dos exercícios trabalharem todos os grupos musculares. Essa versão do Pilates exige muita concentração do praticante, pois envolve a participação do corpo e da mente em todos os movimentos executados. O MAT Pilates é considerado mais difícil que o Pilates em Equipamentos e, por isso, é uma evolução dele. Isso porque a utilização do corpo como carga aumenta o nível de dificuldade dos exercícios, além de exigir total controle corporal e concentração. Alguns dos acessórios utilizados no Mat Pilates: • Magic Circle; • Foam Roller; • Fit Ball; • Faixa Elástica. Cadeias Musculares e Articulares do Método GDS Criado nos anos 1960 pela fisioterapeuta e osteopata belga, Godelieve Denys- -Struyf, o GDS é um método que atua na prevenção, no tratamento e na manuten- ção da boa organização corporal. 24 25 Trata-se de uma leitura precisa do gesto, da postura e das formas do corpo. Esta retratista e fisioterapeuta francesa estudoue escreveu sobre o método Mézières e, mais tarde, concebeu uma visão ainda mais apurada da postura, da morfologia e dos traços psicológicos e personalísticos associados a cada estrutura postural (morfopsicologia). O método GDS não é tanto um método de tratamento. É mais uma visão avalia- tiva e integrativa única que vê o sujeito e a sua morfologia de uma forma verdadeira- mente holística (e aqui a utilização desta palavra não é gratuita). As 5 – aliás 6 – estruturas concebidas por Godelieve devem ser vistas como mo- delos e também de forma integrativa. Cada uma encarna um “modo de ser”, um “modo de estar”, um “modo de fun- cionar”, um padrão de ativação psiconeurológica e uma gestalt única de conflitos inconscientes, no sentido verdadeiramente psicanalítico do termo. Importante! Cada território específico do corpo é de responsabilidade de uma cadeia muscular e ar- ticular, que tem como princípio manter o equilíbrio morfológico e fisiológico entre as estruturas que a compõem. Isso é conhecido como feudo (CAMPIGNION, 2003). O método evidencia seis estruturas psicocorporais e comportamentais que consti- tuem a base da expressão gestual e da postura humana, por meio de seis conjuntos musculares distintos: AM/PM/PA-AP/AL e PL. AM – Cadeias Anteromedianas A atividade preferencial das cadeias anteriores e medianas AM está associada à afetividade, ao sensorial e à necessidade de ser amado. As cadeias AM são responsáveis pelo bom posicionamento de D8 e da anco- ragem do corpo. Esta, com sua necessidade de toque, tem papel fundamental na construção do ego e da consciência corporal. PM – Cadeias Posteromedianas A atividade preferencial das cadeias posteriores e medianas PM está associada à necessidade de ação, de realização e de desempenho, levando a uma atitude em propulsão para a frente. As cadeias PM têm papel primordial na manutenção da verticalidade, freando a queda do corpo para a frente. PA-AP – Cadeias Posteroanteriores e Anteroposteriores As três atitudes são subtensionadas muscularmente por uma mesma motivação: a ne- cessidade de ser, da construção da individualidade e da busca do ideal em todos os níveis. 25 UNIDADE Postura Dois encadeamentos músculo aponeuróticos subtensionam, gerando essas três atitudes que, no seu funcionamento fisiológico, devem alternar suas respectivas ati- vidades para manter o ritmo respiratório, o equilíbrio das massas, o eixo vertical e o centro de gravidade. As cadeias posteroanteriores PA entram em atividade na fase inspiratória e, as cadeias anteroposteriores AP, na expiratória. Quando essas duas cadeias perdem a sua alternância fisiológica, é gerada a atitu- de PA-AP. AL – Cadeias Anterolaterais A atividade preferencial das cadeias anteriores e laterais AL está associada a um modo relacional preferencialmente introvertido, caracterizado por uma seleção diante das trocas com o meio. Essas cadeias favorecem a adução, a flexão e a rotação interna da raiz dos mem- bros, gerando uma atitude de recolhimento e podendo, no excesso, chegar a achatar o corpo no próprio eixo. PL – Cadeias Posterolaterais A atividade preferencial das cadeias posteriores e laterais PL está associada a um modo relacional preferencialmente extrovertido, caracterizado pela necessidade de entrar em comunicação. Essas cadeias favorecem a abdução e a rotação externa das raízes dos membros, gerando uma atitude arqueada e desdobrada. Quando uma cadeia está em carência, não são verificadas nem marcas morfológicas, nem re- trações musculares. A presença de marcas e de retrações caracteriza uma cadeia em excesso. A ausência de marcas com a presença de retrações caracteriza uma cadeia reativa. Rolfing O método Rolfing é uma técnica manual que tem como objetivo melhorar a flu- ência do movimento, considerando o ser humano como um todo. O profissional tem função de manipular o corpo visando a mudanças significativas, como o reforço do equilíbrio e da liberdade de movimentos, por meio de toques focados em um tecido chamado fáscia, que percorre todo o nosso corpo, conectando e diferenciando todas as partes. Foi criado por Ida Rolf, uma Doutora em Bioquímica da Universidade de Columbia. Para alinhar o corpo e seus segmentos corporais, o Rolfing reorganiza sistemati- camente a rede de tecido conjuntivo relacionada aos músculos. Essa rede, também 26 27 conhecida como sistema miofascial, pode ser considerada o “órgão da estrutura” no corpo, sendo o foco principal na atuação do profissional do Rolfing. Por meio de uma manipulação específica, na qual esse profissional (Rolfista) aplica uma pressão profunda, refinada e inteligente, a fáscia é alongada e “amolecida”, permitindo que os músculos voltem a ter relação equilibrada e o corpo se libere das compensações que o afastam de um melhor alinhamento. Rolfistas não trabalham apenas com a fáscia. Eles trabalham também os diferen- tes ritmos respiratórios dos clientes, com outras respostas corporais. A pressão aplicada pelo Rolfista, combinada a movimentos solicitados pelo cliente, permite a liberação e o reposicionamento das estruturas miofasciais envolvidas. Além disso, os Rolfistas incentivam e facilitam a reeducação corporal do cliente, no sentido de vivenciar as novas possibilidades do seu corpo. O Desenvolvimento do Processo O Rolfing, geralmente, é aplicado em uma série inicial básica de dez sessões indi- viduais de manipulação dos tecidos de organização do corpo. Essas dez sessões se desenvolvem em uma sequência lógica em que cada uma delas é, ao mesmo tempo, uma continuação da anterior e uma preparação para a próxima. Cada sessão tem objetivos específicos e trabalha com determinadas áreas do cor- po, determinadas regiões anatômicas e diferentes níveis de profundidade. Sem nunca perder de vista a integração do corpo como um todo, os objetivos do Rolfing vão sendo atingidos a cada sessão e sedimentados de forma cumulativa. Considerando as diferenças individuais dos clientes e devido às suas limitações, dificuldades e qualidades específicas, o Rolfista cria um plano de sessões com carac- terísticas próprias a cada paciente, sem perder de vista uma linha básica de ação que norteia toda a série. O trabalho do Rolfista tem início com a observação e a análise da estrutura cor- poral e dos padrões do movimento do paciente. Juntos, Rolfista e cliente discutem as suas sensações e percepções, observando o alinhamento dos segmentos do corpo, a relação deles entre si, as áreas de imobilidade e de tensão, as áreas com rotações e torções, como também problemas específicos (geralmente dores) trazidos pelo paciente. Juntamente a esses procedimentos, o cliente é fotografado, de corpo inteiro, em quatro posições (frente, costas e dois perfis), antes da primeira sessão, durante o processo e ao final da décima sessão. Essas fotografias são um valioso instrumento de avaliação do processo, além de serem importantes para auxiliar a percepção e reeducação do paciente. 27 UNIDADE Postura Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Fisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Cap. 13. As cadeias fisiológicas: tratamento do crânio BUSQUET, L. As cadeias fisiológicas: tratamento do crânio. 2.ed. Barueri: Manole, 2009. v. 5. As cadeias fisiológicas: a cadeia visceral: abdome/pelve: descrição e tratamento BUSQUET-VANDERHEYDEN, M. As cadeias fisiológicas: a cadeia visceral: abdome/pelve: descrição e tratamento. 2.ed. Barueri: Manole, 2009. v. 6. As cadeias fisiológicas: a cadeia visceral tórax/garganta/boca: descrição e tratamento BUSQUET-VANDERHEYDEN, M.; BUSQUET, L. As cadeias fisiológicas: a cadeia visceral tórax/garganta/boca: descrição e tratamento. Barueri: Manole, 2010. v. 7. Aspectos biomecânicos: cadeias musculares e articulares: método GDS: noções básicas CAMPIGNION, P. Aspectos biomecânicos: cadeias musculares e articulares:método GDS: noções básicas. São Paulo: Summus, 2003. Figueiredo da. Avaliação cinético-funcional CONCEIÇÃO, F. F. da. Avaliação cinético-funcional. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Músculos: provas e funções KENDALL et al. Músculos: provas e funções 5.ed. Barueri: Manole, 2007. Enciclopédia de exercícios de alongamento MORÁN ESQUERDO, Ó. Enciclopédia de exercícios de alongamento. Tradução de Flávia Busato Delgado. Barueri: Novo Século, 2013; Cinesioterapia FAGUNDES, S. D.; VARGAS, F. D. V. Cinesioterapia. Porto Alegre, Sagah Educação S. A., 2018. Reeducación postural global: método del campo cerrado: enfoque somato-psíquico SOUCHARD, P. E. Reeducación postural global: método del campo cerrado: enfoque somato-psíquico. 2. ed. Bilbao: Instituto de Terapias Globales, 1994. RPG: Principios de la reeducación postural global SOUCHARD, P. E. RPG: principios de la reeducación postural global. Badalona: Paidotribo, 2010. The effects of a Pilates training program on arm-truk posture and movement EMERY, K. et al. The effects of a Pilates training program on arm-truk posture and movement. Clinical Biomechanics, v. 25, n. 2, p. 124-130, fev. 2010. 28 29 Leitura Efficacy of the addition of interferential current to Pilates method in patients with low back pain: a protocol of a randomized controlled trial FRANCO, Y. R.; LIEBANO, R. E.; MOURA, K. F. de; OLIVEIRA, N. T.; MIYAMOTO, G. C.;SANTOS, M. O.; CABRAL, C. M. Efficacy of the addition of interferential current to Pilates method in patients with low back pain: a protocol of a randomized controlled trial. BMC Musculoskelet Disord. 2014 Dec 10;15:420. https://bit.ly/3mq5dzO Análise quantitativa do tratamento da escoliose idiopática com o método klapp por meio da biofotogrametria computadorizada IUNES, D. H. et al. Análise quantitativa do tratamento da escoliose idiopática com o método klapp por meio da biofotogrametria computadorizada. Rev. bras. fisioter, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 133-140, abr. 2010. https://bit.ly/3oyE6nR Principais métodos de diagnóstico postural da coluna lombar VACARI, D. A. et al. 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