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CASO CONCRETO (1)

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CASO CONCRETO
Pedro Henrique, domiciliado em Brasília, emprestou de Fábio, que é domiciliado em Goiânia, a importância de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), representada por um contrato de empréstimo, estabelecendo o vencimento da dívida em um ano. Vencido o prazo estipulado, Fábio ajuizou ação de execução em face de Pedro Henrique na Comarca de Brasília, com base no contrato escrito, assinado por duas testemunhas. A ação de execução está em curso perante a 1ª Vara Cível sob o n. 01/2019. Foi penhorado veículo de Pedro no valor de R$ 15.000,00, tendo sido o mesmo intimado da constrição há cinco dias.
QUESTÃO: Sabendo que Pedro Henrique tem em seu poder todos os comprovantes de depósito dos valores anteriormente mencionados na conta corrente de Fábio, como advogado do primeiro, promova a medida judicial cabível.
Considere, ainda, que Pedro já tem contratada a venda de seu veículo, de modo a adquirir outro, e que, se não houver a entrega desembaraçada do bem, incidirá uma multa.
SOLUÇÃO
Deverão ser opostos embargos à execução, alegando a ocorrência de pagamento, tendo em vista a existência de todos os comprovantes de depósito.
Como cobrar dívida paga é conduta vedada pelo ordenamento, é possível pleitear o pagamento em dobro do valor indevidamente cobrado nos termos do art. 940 do Código Civil.
Deverá ser pleiteado o recebimento dos embargos no efeito suspensivo, tendo em vista a existência de penhora, de verossimilhança das alegações (recibo) e do risco de grave dano (negociação envolvendo o veículo). Tudo conforme o CPC/2015, art.
919, § 1º.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE BRASÍLIA – DF.
Processo nº 1/2019
Distribuição por dependência
NOME EMBARGANTE (sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG n. (número), inscrito no CPF/MF sob o n. (número), residente e domiciliado em Brasília, DF, com endereço em (endereço), usuário do endereço eletrônico (e-mail) neste ato representado por seu advogado que esta subscreve, constituído nos termos do anexo instrumento de mandato (doc. 01), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 917 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 e demais disposições aplicadas à espécie, opor os presentes
EMBARGOS À EXECUÇÃO COM REQUERIMENTO DE CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO
na execução movida por NOME DO EMBARGADO (sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG n. (número), inscrito no CPF/MF sob o n. (número), residente e domiciliado nesta Comarca, em (endereço), usuário do endereço eletrônico (e-mail), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I DOS FATOS
O embargado emprestou ao embargante a importância de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), representada por um contrato de empréstimo estabelecendo o vencimento da dívida no prazo de um ano, conforme documento anexo (doc. 02).
Vencido o prazo estipulado, o embargado ajuizou ação de execução em face do embargante, em trâmite perante esse MM. Juízo, conforme cópia do processo em anexo (doc. 03), com base no contrato supracitado. As cópias são anexadas em obediência ao disposto no art. 914, § 1º do CPC/2015 e declaradas autênticas pelo subscritor destes embargos, conforme previsto por essa mesma previsão legal.
Ocorre que o embargante tem prova do pagamento integral do débito. É o que se depreende dos documentos em anexo (doc. 04). São comprovantes de depósito, na conta corrente do embargado, dos valores acima mencionados.
Assim, busca o embargado cobrar uma dívida já paga.
Já houve penhora de veículo (doc. 05), sendo que tal bem já havia sido objeto de negociação por parte do embargante, de modo a adquirir outro veículo (doc. 06). De se destacar que tal avença prevê a entrega desembaraçada do veículo que ora se encontra penhorado, sob pena de multa.
Feita a breve narrativa fática que se exigia para a compreensão da ação, passa o embargante a apontar a manifesta existência de seu direito.
II DO DIREITO
São claros os termos do art. 917, VI, do CPC/2015 ao destacar que é lícito ao embargante apontar “qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento”.
Assim, nestes embargos aponta-se a ocorrência de pagamento. No caso em questão, houve o integral pagamento da dívida, em conformidade com o que estabelece o artigo 320, parágrafo único do Código Civil
Sendo assim, não há razão para o prosseguimento da execução proposta pelo embargado e, muito menos, a manutenção da penhora realizada sobre o veículo de propriedade do embargante.
Considerando estar a dívida adimplida, busca o embargado cobrar ilicitamente o embargante – conduta que, se concretizada, caracterizará enriquecimento sem causa, nos termos do art. 884 do Código Civil. O referido dispositivo consagra o princípio pelo qual ninguém pode se enriquecer às custas de outra pessoa sem causa que a justifique.
Há evidente má-fé; cobrar dívida paga é conduta vedada pelo ordenamento, que comina a este comportamento a sanção de pagar em dobro o quanto cobrado nos termos do art. 940 do Código Civil.
Portanto, estando comprovado o pagamento da dívida, não poderá, assim, prosperar a constrição realizada sobre o veículo do embargante, devendo a mesma ser desconstituída, com a procedência dos embargos para se reconhecer que não existe mais qualquer débito.
III DA CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO
Os presentes embargos devem ser recebidos no efeito suspensivo, tendo em vista a presença de todos os requisitos necessários para tanto.
Nos termos do CPC/2015, art. 919, § 1º, dois são os pressupostos para que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos: (i) juízo garantido (por penhora, depósito ou caução), (ii) verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória.
O juízo está garantido pela penhora. Os comprovantes de pagamento são, argumento robusto para demonstrar a probabilidade de que, ao fim da apreciação judicial, o direito alegado venha a ser declarado existente. 
E, por fim, a existência de contrato referente ao automóvel penhorado (com possibilidade de multa) demonstra cabalmente o perigo de dano.
Destarte, requer-se que os presentes embargos sejam recebidos no efeito suspensivo.
IV Do Pedido 
Diante do exposto, requer-se e pede-se:
a) liminarmente, a atribuição de efeito suspensivo aos presentes
embargos do devedor;
b) a intimação do embargado, na pessoa de seu procurador, para que apresente sua defesa no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de revelia (CPC/2015, art. 920, I);
c) ao final, a procedência dos presentes embargos do devedor,
declarando a inexistência de qualquer débito entre embargante e
embargando, com a consequente extinção do processo de execução e com o levantamento da penhora realizada;
d) a condenação do embargado ao pagamento de custas, honorários
advocatícios e demais, bem como a condenação na litigância de má-fé, por cobrar dívida já paga (CPC/2015, art. 80, I e II);
e) a condenação do embargado a pagar o dobro da dívida indevidamente cobrada (CC/2002, art. 940);
f) requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
(Nome e assinatura do Advogado)
OAB n. (número)

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