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caso concreto 10

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPINAS / SP 
 
 
 
PROCESSO Nº: 1234
Autora: SUZANA MARQUES
Réu: JULIANA FLORES
 
 
 
	JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, RG..., CPF..., residente e domiciliada na Rua Tulipa, 333 – Campinas/SP, CEP 000-000, representada por seu advogado, DR... OAB/.. devidamente qualificado com procuração em anexo, com endereço profissional na Rua..., Bairro...,Cidade..., CEP. , onde recebe as devidas intimações, nos Autos da Ação Anulatória de Negocio Jurídico, pelo rito comum, movida por SUZANA MARQUES, nacionalidade.., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., residente e domiciliada na Rua..., Bairro.., Cidade..., Nº..., CEP..., vem mui respeitosamente, perante V.Exa oferecer :
CONTESTAÇÃO
Para expor e requerer o que segue:
DAS PRELIMINARES
DA INCOMPETENCIA RELATIVA 
	Observa-se, pela incidência da propositura da ação, de que a competencia está equivocada, em discordância com a legislação vigente que emprega o uso do foro competente, em regra, para ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis, como o domicilio do réu, logo, pela narrativa apresentada é sabido que a Ré reside em Freguesia, sendo competente assim uma das varas cíveis da comarca de Campinas.
“Art. 46 – A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicilio do réu.”
Portanto, requer a Ré que seja remetido os autos para juízo competente, afim do procedimento se viabilizar conforme os moldes do Código de Processo Civil.
DA OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA 
	Excelência, ainda que por ventura se vença a primeira questão preliminar levantada nesta peça contestatória, faz-se mister trazer à baila mais um tema explicitamente fulminante ao pedido da Autora . 
 	Ocorre que em 10 de abril de 2015 , restou -se em trânsito em julgado ação anulatória idêntica proposta pela Sra. Suzane em face da Sr. Juliana, que tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP . A referida ação foi julgada improcedente,e revestida pelo manto da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso. 
 	Portanto, requer-se, desde logo, o reconhecimento da preclusão do Pedido Autoral, por ser mandamento expresso no Código de Processo Civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do transito em julgado. Conforme dispõe o art. 507 do CPC:
Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA 
	Ora Excelência, é de notória visibilidade que os titulares do direito da narrativa são o Autor (o doador) e o Orfanato Semente do Amanhã (beneficiario).
	Portanto, vejamos como preceitua o Código de Processo Civil sobre a temática:
“Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultara ao autor, em 15 dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.”
“Art. 339 – Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas, processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.”
Noutro giro, temos que a ação deve ser extinta sem resolução do mérito, já que verificada a ausência de legitimidade ou de interesse processual.
“Art. 485 .O juiz não resolvera o mérito quando [...] VI- verificar ausencia de legitimidade ou de interesse processual”
Logo, pelo exposto, requer a Ré que a Ilegitimidade Passiva seja acolhida, e que a Autora seja intimada para se manifestar, sob pena de extinção.
DO MÉRITO
Prejudicial de Mérito: Decadência 
	Registre-se, desde logo, que a ação inicial resta-se fulminada pela ocorrência do prazo decadencial.
	Conforme se verifica na exposição dos fatos, a Autora, alega que sofrera coação para que doasse o imóvel a instituição de caridade.
	Em outra oportunidade se abordará a inocorrência de tal afirmação. Contudo, se faz necessário inicialmente trazer a informação de que a mesma pedira demissão do cargo que obtinha no mês de abril de 2012.
	Portanto, se realmente existira a coação por parte da Sra. Juliana, ora ré, resta-se verificado que tal ação fora sanada no ato do seu desligamento , senão bem antes desse acontecimento, quiçá no dia em que se deu a efetivação do negocio jurídico em questão, insto é, no dia 18 de março de 2012. 
	A vista do exposto, torna-se obrigatório trazer a data em que se deu o inicio da ação anulatória, como bem sabemos, fora proposta em 20 de janeiro de 2017, como se nota, com quase 5 anos depois do estabelecimento da avença.
	O art. 178 do Código Civil de 2002 traz no inciso I o prazo decadencial de 4 anos para que se pleiteei a anulação do negocio jurídico. 
	Com isso, temos que o caso em tela configura-se nos moldes dos efeitos do prazo decadencial.
Nesse sentido: 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear -se a anulação do negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar ; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores , estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. (CC)
DO MÉRITO 
INEXISTENCIA DE COAÇÃO. 
 A parte autora , alega que sofrera grave coação para efetivar a oferta do seu imóvel à instituição de caridade, contudo , como se verifica no caso em tela, a mesma não juntou provas inequívocas da ocorrência de tal vício de consentimento . Limitou-se a dizer que temia ser demitida caso fosse negada o pedido, assim diz, da Sra. Juliana . 
 Ocorre , Excelência , que não houve pedido algum , o que ocorrera fora nada mais que incentivos da Sra. Juliana que , ressalte -se, não foram exclusivos a parte Autora desta ação. Trata -se de motivações que corriqueiramente eram feitas a todo o plantel d a organização. Nada mais que estímulos a atitudes altruísticas, que , de bom grado, e conforme queriam, os funcionários bem faziam. 
 Não se pode aceitar que simples sugestões se tornem , repentinamente, em ocorrências de graves vícios do consentimento, por tão somente serem proferidas pela parte gestora da organização, sob pena de se estar engessando a pessoa da chefia, que se verá receosa de até mesmo conversar com os seus subordinados . Nota -se que o teor do que afirma a Autora é tão carente de fundamentos que o mesmo pedido, com os mesmos fato s já foram julgados improcedentes em ação já atingida pelo manto da coisa julgada, e ainda, os demais funcionários, mesmo de religiões diferentes e recebendo as mesmas sugestões, não se reconheceram vítimas de coação , tanto é que jamais efetuaram qualquer esmola a instituição de caridade a qual a Sra. Juliana parti cipa.
	A bem da verdade, nobre julgado , o caso exposto trata -se de inequivoca liberalidade da Sra. Suzane para instituição de caridade, sendo , pois, impassível de desfazimento, visto que não houvera qualquer da s hipóteses previstas no artigo do art. 555 do código civil pátrio. Assim, caso ainda se sustente a argumentação de que existira coação por parte da Ré, não há como se prevalecer tal afirmação, tendo e m vista já todo a descrição dos fatos ocorridos, e que não se passa de simples temor reverencial da Sra. Suzane para com a Sr. Juliana, de que não houvera efetivo temor de dano iminente a pessoa da Autora. Portanto não há que se falar em vicio de consentimento no caro em tela, devendo assim,ser declarado improcedência o pedido de anulação do négicio jurídico.
Nesses termos: 
 Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo. (CC) 
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa , à sua família, ou aos seus bens.(CC ) 
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
	1. Seja acolhida a primeira preliminar argüida reconhecendo-se a incompetência relativa d. Juízo e remetendo-se os autos ao juízo competente ;
	2. Seja acolhida a segunda preliminar de coisa julgada, determinando a extinção do processo sem resolução do mérito;
	3. Seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva , intimando o autor para se manifestar em 15 (quinze) dias,sobre a alteração da petição inicial para substituição do réu, caso contrário seja extinto o processo sem resolução do mérito
	4. Seja pronunciada a decadência extinguindo-se o processo com resolução do mérito;
	5. Ultrapassada a prejudicial de mérito, seja julgado improcedente o pedido;
	6. A condenação do autor ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios estes fixados em 20% sobre o valor da causa.	 
DA PROVA 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos arts 369 e ss. do CPC, em especial a prova documental, pericial testemunhal e depoimento pessoal.
Nestes Termos, Pede Deferimento.
Local, Data
Advogado OAB/RJ

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