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- Compreender as principais lesões que acometem as glândulas salivares, sua etiologia, diagnóstico e correto manejo na prática clínica; - Identificar as principais etiologias relacionados à ocorrência de lesões nas glândulas salivares; - Diferenciar as características clínicas das diferentes lesões das glândulas salivares; - Reconhecer as estratégias para o correto diagnóstico e manejo dessas lesões na prática clínica. GLÂNDULAS SALIVARES = existem na cavidade oral grande quantidade de pequenas glândulas salivares e três pares de glândulas salivares maiores que liberam continuamente a sua secreção: SALIVA → fluído misturado na boca em contato com os dentes e a mucosa oral. - Células serosas = saliva fina/liquida, com mais enzimas (amilase) - Células mucosas = saliva mais mucosa, com função de limpeza e formação do bolo alimentar. - São o maior par; - Abaixo do meato auditivo externo e atrás da mandíbula; - Ductos: atrás do 2º molar superior = maior acúmulo de cálculo, pois saliva é rica em minerais. - Túbulo alveolar: puramente serosa = produzem saliva fina, aquosa e rica em amilase. - Produzem cerca de dois terços da saliva. - Abaixo do soalho bucal e corpo da mandíbula; - Ductos: nos lados do freio lingual, logo atrás dos incisivos inferiores; - Túbulo alveolar: mucoso e seroso (misto) = produzem saliva mais viscosa e rica em mucinas. - Abaixo do soalho bucal, anterior a glândula submandibular; - Ductos: em linha posterior aos ductos das glândulas submandibulares; - Túbulo alveolar: mucoso, pouco seroso = produzem saliva mais viscosa. - Distribuídas em toda a mucosa oral e submucosa (exceto gengiva e porção anterior do palato duro); - Tipos: labiais, bucais, palatinas e linguais; - Secretam principalmente muco. - Composição: 99% água + 1% sólidos - Produção diária: 500ml – 1,2l - 85% = glândulas salivares maiores - 15% = glândulas salivares menores Funções: - Digestão = ptialina inicia a digestão do amido em pH neutro - Lubrificação = ajuda na deglutição do alimento - Tamponamento = de ácidos e fornecimento de cálcio e fosfato que atuam na lesão de cárie - Limpeza da boca = ajuda a eliminar bactérias e prevenir cárie - Mucocele - Rânula - Cisto do ducto salivar - Sialolitíase - Sialoadenite - Sialorréia - Xerostomia Definição e etiologia: - Ruptura de um ducto de glândula salivar com derramamento de muco para o interior dos tecidos; - Geralmente, este extravasamento é resultante de um trauma local, embora em muitos casos não haja história de trauma associado. Características clínicas: - Normalmente se apresentam como um aumento do volume mucoso com forma arredondada que varia de 2mm a alguns centímetros; - A coloração varia de translúcida a azulada; - Normalmente flutuantes, mas algumas podem ser firmes a palpação. - Mais comum em adultos jovens; - Muitos pacientes relatam que a lesão regride- aparece; Tratamento: - Lesões de curta duração: se rompem e cicatrizam por si; - Lesões crônicas: excisão cirúrgica local, com remoção de glândulas salivares menores adjacentes (temos muitas e não vão fazer falta); - Biópsia para confirmar o diagnóstico. Definição e etiologia: - É uma mucocele que ocorre no assoalho bucal; - Geralmente, a fonte de extravasamento é a glândula sublingual (produz um fluxo contínuo de muco, mesmo na ausência de estimulação neural, o que contribui para a sua capacidade de produzir rânula após a ruptura de um de seus múltiplos ductos); Características clínicas: - Aumento de volume arredondado e flutuante, que pode preencher o assoalho bucal e elevar a língua; - A coloração normalmente é azulada; - Normalmente se localiza lateralmente à linha média (diagnóstico diferencial com cisto dermoide da linha média); - Podem se romper e liberar seu conteúdo mucinoso, e então, formam-se novamente; - Acomete mais crianças e jovens; - Cisto dermoide da linha média = rânula fica mais lateralmente, não tão centralizada. - Rânula cervical mergulhante = abaixo do músculo milo-hiódeo Tratamento: - Remoção ou marsupialização (descompressão) da glândula sublingual; * MARSUPIALIZAÇÃO: remoção da porção superior da lesão - normalmente não é o suficiente para lesões grandes (costuma recidivar); Definição e etiologia: - É uma cavidade delimitada por epitélio que surge a partir do tecido da glândula salivar; - Tem etiologia incerta; - Uma dilatação semelhante ao cisto pode ocorrer secundariamente a uma obstrução ductal; Características clínicas: - Aumento de volume flutuante e de consistência amolecida –mas alguns podem ser firmes; - A coloração normalmente é azulada; - Podem surgir tanto dentro das glândulas salivares maiores quanto menores; - Os cistos das glândulas salivares menores são mais comuns dentro da glândula parótida – assintomáticos e de crescimento lento; - Os cistos intraorais podem ocorrer em qualquer localização que haja glândula salivar menor, sendo mais comum no assoalho bucal, mucosa jugal e lábios; Tratamento: - Excisão cirúrgica conservadora → quando envolve glândulas salivares maiores, a remoção parcial ou total da glândula pode ser necessária. Definição e etiologia: - Sialólitos são estruturas calcificadas (cálculo) que se desenvolvem dentro do sistema de ductos das glândulas salivares; - Surgem devido a deposição de sais de cálcio dentro do ducto da glândula salivar; - Pode ser promovida pela sialoadenite crônica ou por obstrução parcial do ducto; - Não tem relação com desequilíbrio sistêmico de cálcio, por exemplo; Características clínicas: - 80% dos casos são no sistema ductal da glândula submandibular → o longo, tortuoso e ascendente ducto da glândula submandibular e sua secreção mucoide espessa podem ser responsáveis por sua maior tendência à formação de cálculo salivar. - Os sialólitos também podem se formar dentro das glândulas salivares menores (especialmente as do lábio superior e da mucosa jugal); - Os cálculos salivares podem ocorrer em qualquer faixa etária, mas comumente ocorrem em adultos jovens e adultos de meia-idade; - GLÂNDULAS MAIORES: pode causar episódios esporádicos de dor ou aumento de volume da glândula afetada; - GLÂNDULAS MENORES: geralmente assintomática, mas pode induzir aumento de volume ou dor na glândula afetada. Tratamento: Sialólitos de glândulas salivares maiores: - PEQUENOS: podem ser removidos com massagem suave para ordenha do cálculo até ao orifício de saída do ducto; - GRANDES: remoção cirúrgica –as vezes com necessidade de remoção da glândula (muito dano); Sialólitos de glândulas salivares menores - Excisão cirúrgica com remoção das glândulas salivares associadas. Definição e etiologia: - É uma inflamação nas glândulas salivares, podendo ser de origem infecciosa ou não infecciosa (a infecção viral mais comum é a caxumba) – viral ou bacteriana. - A maioria das infecções bacterianas surge como resultado de obstrução ductal ou de decréscimo do fluxo salivar - disseminação das bactérias; - O bloqueio do ducto pode ser causado por sialolitíase, estreitamentos congênitos ou por compressão (uma pode levar a outra ou podem acontecer isoladas – sialodenite e sialolitíase). - Outras causas comuns são cirurgia recente (caxumba cirúrgica – recebem medicamento que reduz o fluxo salivar), síndrome de Sjögren, radioterapia, xerostomia = diminuição do fluxo salivar. Características clínicas: - A sialoadenite bacteriana é a mais comum na glândula parótida e é bilateral em 10% a 25% dos casos; - A glândula afetada se apresenta inchada e dolorida, e a pele sobrejacente pode se apresentar quente e eritematosa; - O paciente pode apresentar febre baixa e trismo; - Drenagem purulenta pode ser observada no orifício do ducto quando a glândula é massageada. - aumento do volume da gl. submandibular Tratamento: SIALOADENITE BACTERIANA: aguda - Antibióticoterapiaereidratação do paciente; - Drenagem cirúrgica se houver abcesso; SIALOADENITE BACTERIANA: crônica - Antibióticos, analgésicos e massagem glandular; - Casos provocados por sialólitos podem se resolver após a remoção do mesmo; - Se não regredir com terapias conservadoras, é necessária a remoção cirúrgica da glândula. - É a salivação excessiva. Pode ocorrer por diversas causas, como: - Irritação local, como afta ou prótese mal adaptada ou nova; - Sistema tampão protetor para neutralizar os ácidos gástricos em indivíduos com refluxo gastroesofágico; - Envenenamento por metais pesados ou raiva; - Efeito adverso de medicamentos, como antipsicóticos (ex. clozapina); - Pacientes com necessidades especiais (problemas mentais) ou com distúrbios neurológicos (ex. Parkinson) – o escorrimento salivar é devido ao controle muscular deficiente (e não pela superprodução de saliva); Tratamento: muitos casos são discretos e não exigem tratamento. - Se associado ao refluxo gastroesofágico – o tratamento dessa condição com um gastroenterologista pode ser benéfico; - Escorrimento salivar persistente – intervenção terapêutica como fonoaudiologia, toxina botulínica, cirurgia para realocação ductal, neurectomiatimpânica; - Sensação de boca seca. Etiologias: - Desenvolvimento: aplasia (falta) de alguma glândula salivar; - Iatrogênica: medicações, radioterapia ou quimioterapia; - Doenças sistêmicas: síndrome de Sjögren, Diabetes Melito, HVI; - Fatores locais: fumo, respiração local, mastigação diminuída. - Pode também ser associada a hipofunção da glândula salivar; - É comum e tem sido relatado em 25% dos idosos - normalmente resultando de efeitos adversos de medicações; Exame: - Redução no fluxo salivar e saliva espessa-espumosa, formando “fios de saliva”; - A mucosa é muito seca, podendo a luva de procedimentos grudar; - Muitas vezes associada à língua fissurada e ausência das papilas filiformes. - O paciente pode ter dificuldade de mastigar e deglutir, além de estar mais suscetível a cárie dentária e candidíase; Tratamento: difícil e muitas vezes não satisfatório - Utilização de saliva artificial; - Balas sem açúcar para estimular o fluxo salivar; - Ingerir bastante água ao longo do dia; - Aplicação tópica de flúor (ATF) para evitar cárie dentária (paciente de alto risco); ploriferação desordenada de células do organismo, formando uma massa anormal de tecido. Tipos de neoplasia: células semelhantes ao tecido de origem; crescimento lento e delimitado; sem metástase. células diferentes do tecido de origem; crescimento rápido e desordenado; pode provocar metástases. Epidemiologia: - A localização mais comum é a glândula parótida (61% a 80% dos casos) → 15% a 32% dos casos é maligna; - O adenoma pleomórfico é a neoplasia mais comum (55% a 77% de todos os casos na glândula parótida); - Uma variedade de neoplasias malignas pode ocorrer, sendo o carcinoma mucoepidermóide o mais frequente. - De 8% a 11% de todas as neoplasias de glândula salivar ocorrem na glândula submandibular; → a frequência de neoplasias malignas nesta glândula varia de 26% a 45%. - As neoplasias da glândula sublingual são raras, compreendendo não mais do que 1% de todas as neoplasias de glândula salivar → 70% a 95% das neoplasias das glândulas sublinguais são malignas. - As neoplasias das glândulas salivares menores representam 9% a 28% de todas as neoplasias, o que faz desse grupo a segunda localização mais comum → 38% a 49% dessas neoplasias é maligna. - O palato é a localização mais frequente das neoplasias de glândula salivar menor, com 42% a 54% de todos os casos → A maioria deles ocorre na região lateral posterior do palato duro ou do palato mole. Localização mais comum em geral: 1. Glândula parótida; 2. Glândulas salivares menores; 3. Glândula submandibular; 4. Glândula sublingual. Tipo mais comum: 1. Benignas (70%) 2. Malignas Lesões malignas: 1. Glândula sublingual; 2. Glândulas salivares menores; 3. Glândula submandibular; 4. Glândula parótida, - Adenoma pleomórfico; - Tumor de Warthin; - Adenoma de células basais; - Carcinoma mucoepidermóide; - Adenocarcinoma de células acinares; - Carcinoma adenóidecístico. Definição e etiologia: - São derivados de uma mistura de elementos ductais e mioepiteliais. - É a neoplasia de glândula salivar mais comum de todas. Características clínicas: - Se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento; - Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em adultos jovens e de meia idade (30-60); - Predileção pelo sexo feminino; - Pode ocorrer em diferentes glândulas salivares, sendo a parótida a glândula mais comum (50% a 77% das neoplasias da parótida; 53% a 72% dos tumores da glândula submandibular; 33% a 41% de glândula salivar menor). - Dos adenomas intra-orais, o palato é a região mais comum (50% a 65%), seguido do lábio superior (19% a 27%) e mucosa jugal (13% a 17%); Tratamento: - Excisão cirúrgica GLÂNDULA PARÓTIDA: 1. Lesões localizadas no lobo superficial: recomendada a parotidectomiasuperficial, com identificação e preservação do nervo facial; 2. Lesões localizadas no lobo profundo: parotidectomia total (remoção de toda a glândula) geralmente é necessária, se possível com a preservação do nervo facial. GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: 1. remoção total da glândula com a neoplasia. GLÂNDULAS MENORES: 1. Excisão abaixo do periósteo, incluindo a mucosa subjacente (espec. palato); - Com remoção cirúrgica adequada, o prognóstico é excelente (95% de cura); - Risco de recorrência menor para os adenomas das glândulas salivares menores; - Pode haver transformação maligna (3% a 4%) = importante remover toda a lesão. Definição e etiologia: - Tumor benigno que também pode ser chamado de cistadenoma papilar linfomatoso; - Patogênese incerta - sugere-se que pode se originar de tecido glandular dentro dos linfonodos da glândula parótida. - Patogênese incerta –também tem sido sugerido que esses tumores se desenvolvem de uma proliferação do epitélio do ducto da glândula salivar. - Patogênese incerta –estudos tem apontado o tabaco como fator de risco → 8 vezes maior Características clínicas: - Ocorre quase que exclusivamente na glândula parótida - o segundo mais comum; - Se apresenta como um aumento de volume nodular de crescimento lento e indolor; - As lesões podem ser firmes ou flutuantes à palpação; - Ocorre frequentemente na cauda da parótida – próximo ao ângulo da mandíbula; - Tem tendência a ocorrer bilateralmente – metacrônica (ocorrendo em momentos distintos) – pacientes relatam que as vezes apresentam-se em tempos diferentes, primeiro de um lado e depois do outro. - Raramente tem sido relatado na glândula submandibular ou glândulas salivares menores; - Ocorre geralmente em adultos idosos – especialmente entre a sexta e sétima década de vida (talvez devido o cigarro). - Mais frequente em indivíduos brancos e do sexo masculino (adenoma pleomórfico era mais em mulheres). Tratamento: - O tratamento de escolha geralmente é a remoção cirúrgica do tumor; - Procedimento normalmente realizado com facilidade – a lesão costuma ser superficial; - Taxa de recorrência após cirurgia é de 2% a 6%; - Tumores malignos de Warthin (carcinoma ex- cistadenoma papilífero linfomatoso) têm sido relatados, embora sejam extremamente raros. Definição e etiologia: - O adenoma de células basais é uma neoplasia benigna de glândula salivar que tem seu nome derivado da aparência basaloide das células neoplásicas; - É incomum e representa apenas 1% a 4% de todas as neoplasias de glândula salivar; - Ocorre com maior prevalência na glândula parótida – 75% dos casos; - Glândulas salivares menores são a segunda localização mais comum –lábio superior e mucosa jugal; Características clínicas: - Se apresenta como umamassa móvel, de crescimento lento, semelhante ao adenoma pleomórfico; - A maioria das lesões tem cerca de 3 cm de diâmetro; - Ocorre em qualquer idade, mas é mais comum em adultos de meia idade e idosos; - Predileção pelo sexo feminino (2:1); Tratamento: - O tratamento de escolha é a completa remoção cirúrgica do tumor; - As recorrências são raras; - Pode ocorrer malignalização, normalmente quando o tumor é removido e surge novamente. Definição e etiologia: - É uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comuns; - A patogênese é incerta, mas tem sido associada a exposição à radiação; Características clínicas: - É mais comum na glândula parótida; - Apresenta-se como um aumento de volume assintomático; - Pode provocar dor ou paralisia do nervo facial, geralmente em lesões de alto grau (maiores); - As glândulas salivares menores são a segunda localização mais comum, especialmente no palato, língua e espaço retromolar; - Se apresentam como um aumento de volume assintomático; - Normalmente são flutuantes com coloração azulada ou vermelha; - Ocorre com maior prevalência na glândula parótida – 75% dos casos; - Glândulas salivares menores são a segunda localização mais comum –lábio superior e mucosa jugal; Tratamento: vai depender da: - Localização; - Grau histopatológico; - Estágio clínico do tumor. GLÂNDULA PARÓTIDA - Estágio inicial: podem ser tratados pela parotidectomia subtotal com preservação do nervo facial; - Neoplasias avançadas: podem necessitar de remoção total da glândula parótida, com remoção do nervo facial; GLÂNDULA SUBMANDIBULAR - Tratados pela remoção total da glândula → apresentam pior prognóstico em relação as outras localizações. GLÂNDULAS SALIVARES MENORES - Tratados por excisão cirúrgica; 1. Lesões pequenas: pequena remoção da margem de tecido normal circunjacente; 2. Lesões avançadas: normalmente exige uma ampla ressecção. Se envolver osso, esse também deve ser removido. - Alguns pacientes vão necessitar de radioterapia; - O prognóstico vai depender do estadiamento da lesão; OBS: quem trata é o oncologista! Definição e etiologia: - É uma neoplasia maligna de glândulas salivares que exibem diferenciação acinar serosa (PARÓTIDA) - A etiologia exata é desconhecida. Características clínicas: - 85% a 90% dos casos ocorrem na glândula parótida –inteiramente serosa; 2,7% e 5% dos casos ocorrem na submandibular; 9% ocorrem nas glândulas salivares menores, sendo a mucosa jugal, lábios e palato a localização mais comum. - Aumento de volume de crescimento lento, podendo estar presente a anos; - Normalmente assintomática, mas pode ser relatada a presença de dor e sensibilidade. - Pode provocar paralisia do nervo facial –infrequente! - Pode ocorrer entre a segunda e sétima década de vida, em média entre os 40 e 50 anos de idade. Tratamento: GLÂNDULA PARÓTIDA 1. No lobo superficial: lobotomia–remoção do lóbulo; 2. No lobo profundo: normalmente é necessária a parotidectomiatotal → se envolvido, o nervo facial poderá ser sacrificado. G. SUBMANDIBULAR: remoção total da glândula; G. MENORES: excisão cirúrgica com margem de segurança. - Apresenta um dos melhores prognósticos dentre as neoplasias malignas das glândulas salivares; - De 10% a 20% tem recorrência, com metástases ocorrendo em 8% a 11% dos pacientes. Definição e etiologia: - É uma das neoplasias malignas de glândulas salivares mais comuns e conhecidas; - A etiologia exata é desconhecida. Características clínicas: - Pode ocorrer em qualquer glândula salivar, mas de 40% a 45% se desenvolvem em glândulas salivares menores – palato; - Representa 2% das neoplasias que ocorrem na g. parótida; - 11% a 7% das neoplasias da g. submandibular, sendo a mais comum; - É mais comum em adultos da meia idade, sendo rara abaixo dos 20 anos; - A proporção de ocorrência entre homem e mulher é de 1:1,4; - Se apresenta como um aumento de volume de crescimento lento; - A dor é o achado clínico mais importante, ocorrendo normalmente na fase precoce da doença (antes do aumento de volume) → o paciente se queixa de dor incômoda, constante e de baixo grau, que aumenta gradativamente. Tratamento: - Lesão que tem tendência a recidiva local e eventual metástase à distância; - Em geral, o tratamento de escolha é a excisão cirúrgica; - Alguns pacientes vão necessitar de radioterapia; - O prognóstico tende a ser pior para as lesões que se desenvolvem no seio maxilar e na glândula submandibular. - Melhores taxas de sobrevivência são observadas em pacientes jovens, do sexo feminino e com lesão localizada; - A morte geralmente resulta da recorrência local ou de metástases à distância.
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