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Ergonomia e acessibilidade 3

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20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HIb… 1/53
ERGONOMIA E ERGONOMIA E 
ACESSIBILIDADEACESSIBILIDADE
Me. Thais Kawamoto Amarães
IN IC IAR
20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HIb… 2/53
introdução
Introdução
Iniciamos esta unidade destacando que o papel do arquiteto, do engenheiro
civil e do designer é criar espaços adequados ao ser humano. Para melhor
adequar os ambientes às condições �siológicas e motoras do homem, nas
últimas décadas ampliou-se a preocupação com a documentação de dados
antropométricos, o que consolidou a ergonomia como campo de estudo.
Esta discussão é extremamente signi�cativa, porém é importante lembrarmos
que não basta estudar e analisar dados de tabelas, é necessário também
compreendermos como aplicá-los em projetos. Nesse sentido, iremos
direcionar os estudos à aplicação direta de conceitos importantes. Para isso,
iremos analisar tanto a criação de espaços residenciais, quanto ambientes de
uso comercial, como clínicas, lojas e escritórios.
20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HIb… 3/53
A ergonomia é amplamente associada ao ambiente de trabalho e está ligada
aos modos de produção. No entanto, é um erro pensarmos que ela pode
bene�ciar o ser humano apenas em tais atividades. No projeto de residências,
é possível prevermos soluções para adequar todos os cômodos às dimensões
humanas, tornando os espaços mais confortáveis e seguros. Tendo isso em
mente, iremos agora analisar o projeto de dois ambientes, os espaços de
jantar e os dormitórios.
Espaços de Jantar
Para o projeto de áreas de refeições, segundo Panero e Zelnik (2002),
empregaremos como dados antropométricos:
Altura dos olhos, sentado;
Espaço livre para as coxas;
Altura do joelho;
Altura do sulco poplíteo;
Comprimento nádega-joelho;
Ergonomia EspaçosErgonomia Espaços
Residenciais IResidenciais I
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Alcance frontal de apreensão;
Profundidade corporal máxima;
Largura corporal máxima.
Através da análise destes dados, é possível dimensionar, corretamente, as
áreas destinadas às refeições, considerando os espaços, circulações e
serviços. Para o projeto de tais ambientes, o projetista deve compreender a
interface entre corpo humano e mesa durante a realização da refeição.
Para execução de tal tarefa, é necessário prever um espaço livre ao redor da
mesa, que não deve apresentar obstáculos em suas proximidades. Além de
garantir o acesso livre até a mesa, é importante lembrar que o espaço
ocupado pela cadeira pode variar.
Quando uma pessoa está realizando a refeição, a cadeira se encontra mais
próxima à mesa. Assim que ela �naliza a tarefa, essa distância aumenta,
permitindo que o usuário adote uma posição mais confortável para manter
uma conversa informal. Por �m, para que a pessoa se levante e deixe a mesa,
a cadeira �ca ainda mais afastada (PANERO; ZELNIK, 2002).
O espaço mantido entre os ocupantes é determinado pelo posicionamento
das cadeiras. Este não deve ser nem muito próximo, pois di�culta o acesso à
mesa e torna desconfortável a realização da refeição, e nem muito distante,
pois neste caso restringe a interação entre os usuários.
Além dos dados antropométricos, para o projeto de mesas de refeições, é
necessário considerarmos as dimensões dos objetos que estarão sobre ela,
tais como pratos, copos e bebidas servidas. As superfícies de refeições devem
prever as zonas individuais, que são as áreas diretamente à frente de cada
ocupante, e a zona de acesso comum, que corresponde à área útil ao centro
da mesa, permitindo que todos os ocupantes tenham acesso à refeição que
está sendo servida (PANERO; ZELNIK, 2002).
Vejamos, na Figura 3.1 e na Tabela 3.1, as dimensões mínimas e ótimas para a
zona individual.
20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HIb… 5/53
Tabela 3.1 – Dimensões zona individual ótima e mínima 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.140).
Figura 3.1 – Dimensões zona individual ótima e mínima 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 140).
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 68,6
B 45,7
C 22,9
D 76,2
E 53,3
F 40,6
G 12,7
H 61,0
24 Largura corporal máxima
20/10/22, 15:30 Ead.br
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No entanto, é importante lembrarmos que as mesas podem admitir diversas
dimensões e formatos. Desta forma, uma vez estabelecida a quantidade de
pessoas que se deseja acomodar, o projetista deve realizar os testes e
avaliações com base nos parâmetros mínimos e ideais de zona individual,
conforme o apresentado.
A relação cadeira-mesa é outro aspecto ao qual o projetista deve estar atento.
A altura da cadeira deve permitir que o usuário apoie os pés no chão e a
distância entre ela e a mesa precisa ser o su�ciente para acomodar as coxas
de modo confortável, sem obstrução.
Na Figura 3.2 e na  Tabela 3.2, é possível observarmos as dimensões mínimas
para o posicionamento de mesa e cadeira em uma área de refeições.
Figura 3.2 – Dimensões mínimas para o posicionamento de mesa e cadeira 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 146).
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Tabela 3.2 – Dimensões mínimas para o posicionamento de mesa e cadeira 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.146).
Para a adição de elementos decorativos, como por exemplo, luminária do tipo
pendente, é necessário prever uma altura de instalação que não prejudique a
linha de visão do usuário. Segundo Panero e Zelnik (2002), o ideal é que o
elemento suspenso esteja entre 76,2 cm a 68,6 cm da superfície da mesa.
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 76,2 – 91,4
B 45,7 – 61,0
C 40,6 – 43,2
D 19,1
E 73,7 – 76,2
F 121,9 – 152,4
6 Altura dos olhos, sentado
12 Espaço livre para as coxas
13 Altura do joelho
14 Altura do sulco poplíteo
16 Comprimento nádega-joelho
24 Largura corporal máxima
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Dormitórios
Os dormitórios são espaços de múltiplo uso, onde uma pessoa pode estudar,
escutar música, ler e descansar. Em nossos estudos, iremos focar o quarto
como um espaço para dormir. Além das dimensões básicas dos objetos como
a cama, o guarda-roupa e a cômoda, precisamos nos preocupar com o espaço
ao redor de tal mobiliário.
A área em volta da cama é o su�ciente para que uma pessoa consiga acessá-
la? A área livre em torno da cômoda é o bastante para que o usuário consiga
abrir as gavetas? Tais pontos devem ser considerados para o projeto de um
dormitório. Segundo Panero e Zelnik (2002), para atender à atividade de sono,
bem como circulações, guarda-roupas, penteadeiras, escrivaninhas e relações
visuais estabelecidas, são considerados dados antropométricos como:
Estatura;
Altura dos olhos;
Altura, sentado ereto;
Altura dos olhos, sentado;
Espaço livre para as coxas;
Altura do joelho;
Altura do sulco poplíteo;
Comprimento nádega-joelho;
Profundidade corporal máxima;
Largura corporal máxima.
Atualmente existem diversos tamanhos de camas comercializadas. A escolha
do tamanho ideal irá variar, conforme o per�l do cliente e área disponibilizada
para o móvel. Entre as opções mais tradicionais comercialmente, podemos
apontar:
Cama de solteiro: 188 cm (altura) x 88 cm (largura).Cama de solteiro king: 205 cm (altura) x 100 cm (largura).
Cama de casal: 188 cm (altura) x 138 cm (largura).
Cama Queen size: 198 cm (altura) x 158 cm (largura).
Cama king size: 193 cm (altura) x 203 cm (largura).
20/10/22, 15:30 Ead.br
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O espaço livre ao redor da cama, tanto de solteiro quanto de casal, deve ser o
su�ciente para permitir o acesso à cama, além da limpeza e arrumação, como
por exemplo, colocar o lençol.
Ao posicionarmos cômodas ou guarda-roupas, a distância entre o móvel e a
linha da cama ou qualquer outro obstáculo deve ser o su�ciente para que o
usuário abra portas e gavetas. Desse modo, Panero e Zelnik (2002) indicam
que a zona de atividade deve apresentar entre 106,7 cm e 121,9 cm. Isso
signi�ca que devemos manter esta distância livre entre a cômoda (ou guarda-
roupa) em seu sentido de abertura e qualquer obstáculo.
O projeto de guarda-roupas e closets leva em consideração o tamanho dos
objetos armazenados e o alcance do usuário. Para um máximo
aproveitamento, recomenda-se que nas prateleiras mais distantes sejam
alocados os objetos de menor uso. Homens e mulheres apresentam alturas
distintas e, normalmente, a altura de alcance máximo é inferior para as
mulheres. O dimensionamento de armários e prateleiras leva em
consideração o percentil 5, desta forma, o projeto atende tanto às pessoas de
menor estatura quanto as de maior altura.
Para o projeto de uma área de refeições e de um dormitório, além dos
parâmetros básicos elencados, devemos estar atentos às áreas de circulação.
As dimensões mínimas devem ser seguidas para, desta forma, assegurar
acessibilidade ao usuário. Neste sentido, precisamos esboçar sua proposta,
analisar �uxos e veri�car se a proposta atende a tais parâmetros, antes
mesmo de passar para a etapa de projeto executivo e detalhamentos.
20/10/22, 15:30 Ead.br
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atividade
Atividade
A área de refeições é um dos ambientes nos quais o projetista deve veri�car as
condições de ergonomia. Considerando a interface entre cadeira, mesa e usuário,
assinale a alternativa correta.
a) A cadeira é afastada para permitir o acesso do usuário à mesa.
b) A cadeira adota uma posição �xa, desta forma, a distância entre ela e a
mesa não se altera.
c) A mesa adota uma posição �xa, desta forma, a distância entre ela e a
cadeira não se altera.
d) A distância entre cadeiras não in�uencia no acesso do usuário à mesa.
e) Cadeiras �xas ao piso são as soluções mais ergonômicas para a área de
refeições.
20/10/22, 15:30 Ead.br
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A ergonomia nos ambientes residenciais garante o conforto e principalmente
segurança aos usuários. Por este motivo, não são apenas as áreas sociais,
como a sala de estar e áreas de refeições, que demandam a atenção do
projetista com relação a esse aspecto. Ambientes de apoio, como cozinha,
área de serviço e sanitários, devem atender a requisitos mínimos para que o
seu projeto seja adequado ao uso.
Cozinhas
A cozinha é um ambiente projetado priorizando a sua funcionalidade.
Independente das dimensões gerais do local, o layout deve ser pensado de
modo compatível com os �uxos estabelecidos para a realização das
atividades. Segundo Panero e Zelnik (2002), para atender às necessidades de
dispensa, preparo, refeição, pia, geladeira e forno de uma cozinha, são
considerados dados antropométricos como:
Estatura;
Altura dos olhos;
Ergonomia EspaçosErgonomia Espaços
Residenciais IIResidenciais II
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Altura dos cotovelos;
Altura, sentado ereto;
Altura dos olhos, sentado;
Espaço livre para as coxas;
Comprimento nádega-joelho;
Alcance vertical de apreensão;
Alcance frontal de apreensão;
Profundidade corporal máxima;
Largura corporal máxima.
Quando comparamos o tamanho das cozinhas de décadas atrás e as de hoje,
iremos notar que há uma visível redução da área total de tais ambientes. Esta
tendência de cozinhas cada vez mais compactas exige ainda mais cuidados na
hora do projeto. Cabe ao projetista conciliar todas as funções e equipamentos
de uma cozinha, de modo ergonômico e funcional.
Para o projeto deste ambiente, iremos considerar as interfaces entre os
usuários e as bancadas, armários e equipamentos, assim como as áreas de
circulação. As bancadas devem prever uma altura confortável para a
realização das tarefas. De modo geral, esta altura é padronizada em 91,4 cm
acima do piso (PANERO;ZELNIK, 2002). Já ao criarmos armários, é necessário
avaliarmos se as prateleiras são acessíveis ao usuário, tanto prateleiras muito
altas quanto muito baixas são de difícil acesso.
Vejamos, na Figura 3.3 e na Tabela 3.3, as distâncias horizontais e verticais
mínimas para uma cozinha. 
20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HI… 13/53
Figura 3.3– Distâncias horizontais e verticais mínimas para uma cozinha 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 158).
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Dado antropométrico Dimensão em cm
A 152,4 – 167,6
B 121,9
C 61,0 – 76,2
D 91,4
E 121,9
F 30,5 – 33,0
G 193,0
H 182,9
I 149,9
J 64,8
K 61,0 – 66,0
L 38,1
M 45,7
N 88,9 – 91,4
O 175,3
2 Altura dos olhos
20/10/22, 15:30 Ead.br
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23 Profundidade corporal máxima
24 Largura corporal máxima
Tabela 3.3 – Distâncias horizontais e verticais mínimas para uma cozinha 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.158).
Outro ponto importante a ser considerado no projeto de cozinhas é a
projeção dos eletrodomésticos. O tamanho dos equipamentos, como
geladeira, fogão, forno e lava-louças, deve ser avaliado e inserido em escala
nos nossos desenhos de estudo preliminar. Atualmente é possível encontrar
disponível no mercado geladeiras, por exemplo, de diversas dimensões. É
essencial identi�car o espaço ocupado por cada um dos eletrodomésticos que
será posicionado na proposta.
Para a realização do ato de cozinhar, iremos trabalhar com o
dimensionamento de quatro principais setores: centro de mistura e preparo,
pia, geladeira e fogão. Segundo Panero e Zelnik (2002), o centro de mistura e
preparo corresponde à bancada de trabalho da qual o perímetro é
determinado pelo alcance frontal do usuário. Para este móvel, recomenda-se
a profundidade de 45,7 cm, que corresponde ao dado antropométrico do
percentil 5 do sexo feminino.
Para o projeto da área da pia consideramos tanto as dimensões mínimas de
zona de trabalho quanto as zonas de circulação.
Vejamos, na Figura 3.4 e na Tabela 3.4, as dimensões para área da pia. 
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Figura 3.4 – Dimensões para área da pia 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 160).
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 177,8 – 193,0
B 101,6
C 76,2 – 91,4
D 45,7
E 61,0
F 71,1 – 106,7
G 45,7
24 Largura corporal máxima
Tabela 3.4 – Dimensões para área da pia 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.160).
20/10/22, 15:30 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=vyKe%2fUUg6jgiHIaup%2fAqcw%3d%3d&l=br9GoTT29iJEDk2jqnu5zg%3d%3d&cd=jy5HI… 17/53
Para o projeto da área de geladeira, é necessário considerarmos, além do
espaçomínimo para sua abertura, uma dimensão su�ciente para que o
usuário possa se abaixar, alcançando assim os alimentos localizados na região
inferior. Panero e Zelnik (2002) apontam que para isso é necessário
reservarmos ao menos 91,4 cm, assegurando uma zona de trabalho
confortável ao usuário. Já ao analisarmos os espaços livres relativos às áreas
de forno e fogão, iremos nos deparar com relações um pouco mais
complexas.
Vejamos a Figura 3.5 e a Tabela 3.5, em que apontamos as dimensões para
área de forno e fogão. 
Figura 3.5 – Dimensões para área de forno e fogão 
Fonte: Adaptadas de Panero e Zelnik (2002, p. 162).
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Tabela 3.5 – Dimensões para área de forno e fogão 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.162).
As cozinhas podem admitir diversos layouts, porém é importante sempre
avaliar se a distribuição proposta atende às necessidades do usuário. Uma
cozinha em L, por exemplo, pode ser mais adequada para uma família;
enquanto para outra, uma cozinha corredor seria mais conveniente.
Áreas de Serviço
A área de serviço residencial pode assumir diversas con�gurações. Enquanto
em casas esta região costuma apresentar uma ampla dimensão, em
apartamentos a área de serviço muitas vezes é agregada à área da cozinha.
Da mesma forma como o projeto de cozinha, iremos avaliar a interface entre
o usuário e os equipamentos e bancadas com as quais ele irá trabalhar a �m
de executar as atividades.
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 121,9
B 101,6
C 38,1
D 53,3 – 76,2
E 2,5 – 7,6
F 38,1
G 49,5 – 116,8
H 30,5
20/10/22, 15:30 Ead.br
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As bancadas e prateleiras devem ser projetadas da mesma forma que as da
cozinha, respeitando sempre o alcance máximo do usuário. Equipamentos,
como tanque e máquinas de lavar, variam suas dimensões conforme o
modelo. Para nós, enquanto projetistas, é importante considerarmos a área
mínima para a zona de trabalho nestes equipamentos, que deve
corresponder a 70 cm. O varal, quando suspenso, também precisa apresentar
altura de alcance compatível com o usuário.
Sanitários
Os sanitários são exemplos clássicos que comprovam que não são apenas
ambientes de grandes dimensões que demandam atenção para a criação de
um projeto ergonômico. Seja na criação de um banheiro de uso público ou em
um de uso privativo, como o que acontece nas residências, este ambiente
deve ser projetado considerando as dimensões humanas.
Segundo Panero e Zelnik (2002), para projetarmos lavatório, vaso sanitário,
bidê, chuveiro, banheira e circulações de um sanitário, iremos considerar
dados antropométricos como:
Estatura;
Altura dos olhos;
Altura dos cotovelos;
Largura do quadril;
Comprimento nádega-joelho;
Comprimento nádega-calcanhar;
Altura de alcance vertical, sentado;
Alcance vertical de apreensão;
Alcance lateral do braço;
Alcance frontal de apreensão;
Profundidade corporal máxima;
Largura corporal máxima.
A bancada da pia e a altura do lavatório são os pontos mais críticos para o
projeto ergonômico de um sanitário. Indivíduos de alturas distintas irão
20/10/22, 15:30 Ead.br
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demandar diferentes alturas �nais de lavatório. Por convenção, utilizamos
lavatórios com altura �nal a 90 cm do piso. Este ponto demanda muita
atenção do projetista, pois esta altura refere-se à superfície superior do
lavatório. O modelo de cuba adotado, de sobrepor, de coluna, de semi-
encaixe, deve ser avaliado para que sua instalação seja feita corretamente.
Para a área de banho, o box do chuveiro deve ser dimensionado conforme o
nível de conforto desejado e a área disponível. Recomenda-se que esta região
tenha no mínimo 90 cm por 90 cm. Panero e Zelnik (2002) apontam que um
box com comprimento de 137,2 cm e largura equivalente a 91,4 cm é o
su�ciente para um banho confortável e seguro, permitindo, inclusive, a
utilização de um banco de 30 cm.
A posição de instalação de mecanismos, como papeleira, saboneteira, porta-
toalha e misturador do chuveiro, deve ser compatível com a estatura do
usuário assim como a sua capacidade de alcance.
A seguir, apresentamos uma Tabela 3.6 com as alturas indicadas para a
instalação de tais componentes, considerando a sua distância em relação ao
piso. 
Acessório Altura em cm
Papeleira 50 - 60
Toalheiro barra 150 - 180
Saboneteira box 100 - 110
Misturador chuveiro 110 - 120
Chuveiro 210
Tabela 3.6 – Dimensões para instalação de acessórios 
Fonte: Elaborada pela autora.
20/10/22, 15:30 Ead.br
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Vasos sanitários e bidês apresentam dimensões �xas determinadas pelo seu
respectivo modelo. Ao posicionarmos tais peças no projeto de um sanitário, é
necessário prever uma distância mínima livre de 61 cm sem obstruções.
Embora o banheiro seja um ambiente de pequena área e que apresente uso
individual, dimensões mínimas de circulação devem ser respeitadas. 
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atividade
Atividade
O projeto ergonômico de uma cozinha implica em cuidados com o
dimensionamento de cada uma das estações de trabalho. Para a área de forno e
fogão é necessário respeitar uma distância mínima de zona de trabalho do fogão
equivalente a:
a) 101,6 cm
b) 20 cm
c) 50 cm
d) 180 cm
e) 120 cm
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Trabalhar conceitos de ergonomia em lojas re�ete diretamente no bem-estar
do vendedor e do cliente. O projeto de interiores, por meio do estudo de
�uxos e layouts, assim como a criação de mobiliário adequado, in�uencia o
modo como o cliente se relaciona com o ponto de venda.
Outro benefício percebido, ao considerarmos as dimensões humanas no
projeto de uma loja, é a possibilidade de direcionar as ações de Visual
Merchandising. A partir dos dados antropométricos, é viável posicionar tais
ações de modo a obter as melhores respostas por parte do consumidor. A
seguir, analisaremos como os parâmetros de antropometria e ergonomia
impactam na criação de lojas.
Fluxos e Layouts
Existem diversos tipos de layouts que são utilizados com freqüência em
pontos de venda. Segundo Malhotra (2013), quatro tipologias são as mais
empregadas, o layout:
Ergonomia de EspaçosErgonomia de Espaços
Comerciais - LojasComerciais - Lojas
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Loja de balcão é aquele no qual os produtos são disponibilizados ao
cliente pelo balcão de atendimento; seu uso é indicado para a
comercialização de produtos controlados, como remédios, ou em
situações em que se deseja diminuir o risco de furto, como por
exemplo, lojas de jóias.
Trajeto obrigatório, como o próprio nome sugere, indica caminhos
que o cliente deve seguir. Desta forma, o varejista pode selecionar
quais produtos deseja que o consumidor tenha contato. Na prática,
este tipo de layout reduz a liberdade do consumidor, o que pode ser
desestimulante para algumas pessoas. Por este motivo, caso o layout
de trajeto obrigatório seja adotado, recomenda-se a criação de
“atalhos”, como rotas alternativas ao cliente mais apressado
(MALHOTRA, 2013).
Em grade, que trabalha criando séries de corredores a partir de um
padrão repetitivo, gerando linhas e colunas. Embora não seja um
layout esteticamente atraente, esta solução permite a criação de
setoresna loja, tornando o processo de compra mais ágil.
Livre é aquele em que expositores e prateleiras são dispostos na loja
de maneira livre, estimulando, assim, a experiência de compra do
consumidor. Apesar de empregar o termo “livre”, a autora ressalta
que neste tipo de layout os expositores não são dispostos
arbitrariamente pelo espaço. É necessário estabelecermos critérios
para que a composição do layout seja e�caz para o processo de
compra e venda.
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saiba mais
Saiba mais
O Visual Merchandising trabalha o Ponto de
Venda para estimular o consumo e atrair a
atenção do potencial cliente. Para saber mais
sobre as relações entre vitrines e o processo
de vendas, sugerimos a leitura do artigo
“Visual Merchandising: a vitrine e a sua
in�uência no comportamento do
consumidor”.
ACESSAR
O tipo de layout, o tamanho da loja e o tipo de consumidor irão determinar os
�uxos realizados. Isso signi�ca que, em uma loja de roupas femininas, por
exemplo, o �uxo será diferente daquele realizado em uma loja de sapatos
masculinos. Embora cada loja tenha sua particularidade, existem alguns
padrões gerais na circulação dos consumidores.
O primeiro destes padrões é com relação à zona de transição, que
corresponde à área, imediatamente, após a entrada da loja. Esta região é o
local onde o consumidor sai de um meio (rua ou corredor de shopping) e
entra em um novo ambiente. Para isso, a pessoa leva certo tempo até
conseguir se orientar neste novo local, por isso o nome zona de transição.
Isso signi�ca que a capacidade de processamento de informações contidas
nesta região é bastante limitada, uma vez que a pessoa ainda está se
adaptando à loja (MALHOTRA, 2013).
Outro aspecto a observarmos no projeto de pontos de venda é a tendência
que o ser humano tem para andar em sentido anti-horário. Embora ainda não
exista uma razão evidente para esta preferência, este padrão foi percebido
em diversos estudos de consumo. Da mesma forma, foi notado que os
consumidores evitam corredores estreitos, dando preferência às circulações
mais amplas (MALHOTRA, 2013).
https://revistas.ufpi.br/index.php/gecont/article/view/5668
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Segundo Panero e Zelnik (2002), as circulações principais devem apresentar
largura mínima equivalente a 167,6 cm, livres de obstáculos. Desta forma,
permitimos a passagem de um maior �uxo de clientes, atendendo inclusive a
pessoas em cadeira de roda. É importante destacar que esta largura mínima
não inclui as zonas de atividade, que correspondem à área de atendimento ao
cliente posicionado em um balcão. Para a assistência ao cliente em pé,
utilizamos a distância de 45,7 cm, enquanto que para o atendimento de
clientes sentados consideramos entre 66,0 cm e 76,2 cm.
Considerando o dimensionamento de circulações secundárias, Panero e
Zelnik (2002) indicam que o valor mínimo entre elementos de obstrução,
como por exemplo, uma estante e a parede, deve ser de 129,5 cm, valor que
permite a livre circulação dos clientes, inclusive em cadeira de rodas.
Balcões
Para o projeto de balcões de lojas, iremos dividi-los em dois tipos: balcão de
caixa e balcão de atendimento. Esta divisão é necessária, uma vez que cada
um destes móveis tem funções distintas e, consequentemente, irão empregar
dimensões antropométricas diferentes.
O balcão de caixa, normalmente, apresenta duas alturas, uma para o cliente,
que está em pé, e outra para o vendedor, que �ca sentado. O
dimensionamento da zona de trabalho para o operador do caixa deve ser o
su�ciente para acomodar os produtos que ele está registrando, além dos
equipamentos necessários, como tela e teclado do computador, sacolas,
entre outros. O projeto de um balcão de caixa é bastante semelhante ao
balcão de atendimento de escritórios e consultórios, que iremos abordar no
próximo tópico.
Já os balcões de atendimento de loja, que são aqueles sobre os quais o
vendedor coloca o produto que vai apresentar ao cliente, admitem uma única
altura. Usualmente o espaço abaixo de tais balcões é utilizado como
mostruário ou estoque, otimizando a área disponível.
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Vejamos, na Figura 3.6 e na Tabela 3.7, as principais dimensões para o projeto
da área de vendas. 
Figura 3.6 – Dimensões para área de vendas 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 201).
Dado antropométrico Dimensão em cm
E 213,4 – 284,5
F 45,7
G 45,7 – 61,0
H 76,2 – 121,9
I 45,7 – 55,9
J 88,9 – 96,5
Tabela 3.7 – Dimensões para áreas de vendas 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 201).
Os balcões de atendimento podem assumir outras con�gurações, conforme o
tipo de produto. Para a venda de joias, por exemplo, é possível criarmos
balcões baixos nos quais o cliente é atendido sentado, enquanto prova as
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peças selecionadas. Para o projeto de balcões nos quais o cliente se encontra
sentado, o procedimento é semelhante ao do cliente em pé, apenas iremos
considerar outros dados antropométricos, como altura do joelho,
comprimento nádega-joelho e altura dos olhos, sentado.
Vitrines
As vitrines são o cartão de visitas de uma loja, é por meio delas que o
consumidor tem o primeiro contato com os produtos do ponto de venda. A
profundidade da vitrine deve ser o su�ciente para acomodar os manequins,
expositores e equipamentos de Visual Merchandising e, ainda, permitir que o
vendedor entre na área para organizar sua apresentação. A altura na qual o
produto é exposto varia conforme a sua dimensão e os ângulos da visão
humana.
Para alcançar a altura ideal de exposição de um produto na vitrine, podemos
utilizar manequins e displays como nichos, balcões e mesas. O recomendado
é que o produto nunca esteja diretamente no chão, mas sempre sobre uma
superfície de apoio.
Expositores
No interior da loja, é possível trabalhar com uma grande variedade de
modelos de expositores, inclusive mesclando mais de uma opção. Os
expositores mais comuns são os do tipo: cremalheira, slatwall , painel de
malha, arara �xa com cabides e o expositor personalizado.
Para a disposição do produto no expositor, também devemos considerar as
relações visuais estabelecidas. A mercadoria não pode ser exposta nem muito
alta e nem muito baixa.
Vejamos, na Figura 3.7 e na Tabela 3.8, a seguir, as relações visuais para a
exposição de um produto. 
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Dado antropométrico Dimensão em cm
T 121,9
U 91,4
X 213,4
Tabela 3.8– Relações visuais- exposição produto. 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.198).
Móveis, como araras e prateleiras, funcionam tanto como expositor quanto
local de armazenamento de produtos. Devido a esta dupla função, o
dimensionamento de tais mobiliários deve atender tanto às medidas de
alcance quanto às relações visuais. O tato, além da visão, é um dos sentidos
aos quais o consumidor recorre para a sua tomada de decisões. Por isso, os
produtos devem ser tangíveis e de fácil acesso ao cliente. É importante
também prevermos uma área livre mínima de 129,5 cm para assegurar a
circulação de clientes, enquanto uma pessoa seleciona um produto na
prateleira (PANERO;ZELNIK, 2002).
Figura 3.7 – Relações visuais- exposição produto 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 198).
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Provadores
Os provadores correspondem às regiões do projeto comercial que,
normalmente, são negligenciadas. Erroneamente, muitos varejistas acreditam
que esta área não ajuda na conversão de vendas e, por este motivo, criam
provadores subdimensionados e em localizações menos “nobres”.
Um provador deve apresentar dimensões compatíveis com as diversas
posições adotadas por uma pessoa, enquanto ela experimenta as peças de
roupas. Provavelmente, você já deve ter passado pela experiência de trocar
de roupa em um provador apertado. Este tipo de situação é bastante
incômodo e in�uencia na tomada de decisão do consumidor.
Além do espaço mínimo para a troca de roupas, um provador bem projetado
deve prever a criação de móveis de apoio, como prateleiras e bancos, para
facilitar a organização dos itens provados assim como acomodar os itens
pessoais do cliente, como bolsa e carteira.
O acesso para a região dos provadores deve ser feito por meio de uma
circulação que atenda às dimensões mínimas de passagem de uma pessoa.
Ao menos uma das cabines de provadores da loja deve ser acessível à pessoa
em cadeira de rodas, portanto a circulação até o provador também deve ser
compatível com a passagem de uma cadeira de rodas, respeitando a largura
mínima de 90 cm livre de obstáculos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2015). 
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atividade
Atividade
A análise do plano de visão ajuda o projetista, em conjunto com o varejista, a
posicionar os produtos de modo estratégico para a sua comercialização. Neste
contexto, os dados antropométricos dão assistência para o projeto de expositores
de mercadorias, pois:
a) Informam ao projetista qual a área de visão do cliente a partir de
distâncias variadas.
b) Informam ao projetista qual o per�l do cliente.
c) Informam ao projetista qual o alcance máximo do cliente.
d) Informam ao projetista qual a zona de atividade de um cliente em pé e
sentado.
e) Informam ao projetista qual o objetivo do negócio e como alcançar estes
objetivos.
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Ambientes comerciais não se restringem apenas às lojas e shoppings. Espaços
destinados à prestação de serviços, como clínicas e escritórios, também se
con�guram como ambientes comerciais. Iremos, agora, analisar como a
ergonomia in�uencia tais locais.
Clínicas
Espaços assistenciais à saúde apresentam diversas especi�cidades que devem
ser contempladas no momento do projeto. A disposição do mobiliário, assim
como o seu dimensionamento, deve considerar o uso do espaço e a dinâmica
estabelecida com vistas à realização das atividades previstas para o local.
Para a maioria das pessoas, a permanência em ambientes médicos é
estressante e traz grande desgaste físico e emocional. Por meio da
ergonomia, iremos buscar transmitir conforto aos pacientes e seus
acompanhantes.
flit
Ergonomia de EspaçosErgonomia de Espaços
Comerciais – Clínicas eComerciais – Clínicas e
EscritóriosEscritórios
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reflita
Re�ita
Nas últimas décadas, a discussão sobre a humanização de
ambientes hospitalares se tornou crescente. Estes espaços
passaram a ser valorizados e o projeto de interiores de clínicas
e hospitais atualmente se preocupa com qualidades estéticas
e efeitos psicológicos do ambiente em seus usuários. Você
acredita que, enquanto projetista, é possível trazer tais
qualidades ao ambiente projetado? Como estas con�gurações
podem melhorar o bem-estar do paciente?
Salas de Atendimento Médico
Clínicas e consultórios apresentam variados graus de complexidade de
projeto, que são determinados pelo tipo de procedimento realizado no local.
Além de atendermos parâmetros de ergonomia, o projeto de ambientes
assistenciais de saúde deve responder às normas e legislações vigentes.
Para o dimensionamento de salas de atendimento médico, precisamos criar
mesas e balcões com alturas compatíveis com as dimensões corpóreas do
usuário, assim como a distância de alcance do usuário de menor dimensão.
Segundo Panero e Zelnik (2002), os balcões devem apresentar altura de 91,4
cm para atender de modo e�ciente tanto pessoas de maiores quanto
menores dimensões. Em situações em que existem balcões com
profundidade de 61 cm, a altura máxima para alcance do usuário em pé é de
182,9 cm a partir do piso. Para usuários de menor altura, recomenda-se,
neste caso, criar balcões com menor profundidade, adotando o valor 45,7 cm.
Em conseqüência da grande variedade de tipos de procedimentos médicos
realizados, cada situação deve ser analisada de modo particular. As interfaces
entre o usuário e mesas, balcões, assentos e todos os equipamentos
utilizados devem ser avaliadas caso a caso.
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É necessário, ainda, prever as zonas de atividade e de circulação conforme a
natureza do atendimento realizado.
Vejamos, na Figura 3.8 e na Tabela 3.9, as dimensões de alcance e espaço livre
para atendimento.
Figura 3.8 – Dimensões sala de atendimento médico 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 235).
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Dado antropométrico Dimensão em cm
A 76,2
B 61,0
C 45,7
D 76,2 – 91,4
E 86,4 – 96,5
3 Altura do cotovelo
21 Alcance lateral do braço
24 Largura corporal máxima
Tabela 3.9 – Dimensões sala de atendimento médico 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 235).
É importante destacar que, caso o procedimento realizado exija
equipamentos, eles devem ser inseridos no projeto para que possamos
avaliar a distância de alcance e a zona de atividade.
Salas de Atendimento Odontológico
Ao projetarmos uma sala de atendimento odontológico, iremos notar que a
grande maioria dos equipamentos apresenta sistemas de regulagem. Esta
possibilidade de personalizar a interface entre usuário e equipamento é
extremamente importante, uma vez que a atividade realizada oferece riscos
ao pro�ssional.
Você já reparou que é comum dentistas se queixarem de dores nos ombros e
nos braços? Isso ocorre por causa das posturas de trabalho assimétricas, da
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realização de tarefas repetitivas e da longa duração das atividades. A sala de
atendimento odontológico deve, então, ser projetada de modo a minimizar
tais desconfortos ao pro�ssional.
Os equipamentos especí�cos do consultório, como banco do dentista e
cadeira do paciente, não são projetados pelo designer ou arquiteto. Este
mobiliário da clínica apresenta as possibilidades de con�guração de interface
pelo próprio usuário e, portanto, não demandam nossa atenção.
As relações analisadas para o projeto de uma sala de atendimento
odontológico são aquelas estabelecidas entre o usuário e os balcões e os
espaços livres para a circulação do dentista ao redor da cadeira do paciente.
Vejamos, na Figura 3.9 e na Tabela 3.10, as dimensões de alcance e espaço
livre para atendimento odontológico.
Figura 3.9 – Dimensões sala de atendimento odontológico 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 238).
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Tabela 3.10 – Dimensões sala de atendimento odontológico 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 238).
O projeto debalcões em consultórios odontológicos emprega as mesmas
dimensões antropométricas utilizadas para a criação de balcões em clínicas
de atendimento médico. O acesso do dentista ao paciente, aos equipamentos
utilizados e às bancadas deve ser priorizado no layout desta sala.
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 264,2 – 299,7
B 45,7 – 55,9
C 45,7 – 61,0
D 172,7 – 182,9
E 167,6 – 213,4
F 50,8 – 66,0
G 91,4 – 116,8
H 40,6 – 45,7
I 5,1 – 10,2
1 Estatura
16 Comprimento nádega-joelho
24 Largura corporal máxima
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Áreas Hospitalares
As áreas hospitalares podem ser divididas basicamente em dois setores: o
posto de enfermagem e o quarto do paciente. O projeto do posto de
enfermagem consiste em um balcão de atendimento, no qual o enfermeiro
presta assistência aos pacientes e seus acompanhantes/visitantes. O
dimensionamento deste posto de trabalho, é bastante semelhante ao projeto
de balcões de atendimento de escritórios, que iremos analisar mais adiante.
O layout dos quartos dos pacientes deve prever área livre para manobras em
cadeira de rodas, além de garantir espaço livre para a passagem de macas. Ao
redor do leito do paciente, é recomendável manter uma distância livre entre
72,4 cm e 76,2 cm, permitindo o acesso de médicos e enfermeiros, além da
utilização de eventuais equipamentos (PANERO; ZELNIK, 2002).
Em áreas hospitalares, o emprego de conceitos ergonômicos tem como
objetivo proporcionar segurança e bem-estar tanto para pacientes quanto
para seus familiares e também para toda a equipe de pro�ssionais envolvida
no tratamento.
Escritórios
Quando tratamos de ergonomia, uma das primeiras aplicações que nos vêm
em mente é o ambiente corporativo. Em escritórios, é muito comum os
funcionários passarem horas sentados na mesma posição. O projeto de
interiores para uma empresa precisa, então, adequar o espaço às condições
físicas e motoras do ser humano para reduzir os impactos negativos que a
jornada de longas horas diárias causa no colaborador.
A ergonomia, quando inserida no cenário corporativo, melhora a qualidade de
vida e bem-estar de funcionários e clientes, além de aumentar a
produtividade da equipe. Embora os ajustes para alcançar tais parâmetros
ergonômicos possam representar um custo inicial relativamente alto, ele é
totalmente justi�cado pelos benefícios a longo prazo.
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Áreas de Recepção
A área de recepção é um dos primeiros pontos de contato do cliente com o
escritório, além de se con�gurar como um local de espera.  Por esse motivo, o
projetista deve estar atento à imagem que este ambiente transmite, que deve
estar alinhada à proposta da empresa.
Do ponto de vista ergonômico, iremos trabalhar três principais áreas de
interesse: a interface entre cadeira e visitante, a mesa de recepção e o
posicionamento da identidade visual do escritório.
Existem diversos modelos de assentos para recepção, o projetista pode optar
desde cadeiras simples do tipo longarina até poltronas mais elaboradas.
Independente do modelo adotado, é importante que os assentos sejam
compatíveis com as dimensões corpóreas. A profundidade do assento deve
levar em consideração o comprimento nádega-sulco poplíteo, enquanto a
largura mínima precisa respeitar o dado antropométrico da largura do quadril
(PANERO; ZELNIK, 2002).
Para determinar o layout da organização dos assentos na recepção, iremos
veri�car os �uxos e circulações necessários para que o visitante realize seus
deslocamentos livres de obstáculos.
Com relação ao projeto da mesa de recepção, é necessário lembrarmos da
dupla função do assento. Ele irá atuar tanto como estação de trabalho para o
recepcionista, que opera sentado, quanto local de atendimento ao cliente,
que estará em pé. Por este motivo, o balcão de atendimento apresenta dois
principais níveis, um mais baixo, para superfície de trabalho, e um mais alto,
para atendimento.
Vejamos, na Figura 3.10 e na Tabela 3.11, as dimensões ideais para altura de
um balcão.
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Figura 3.10 – Dimensões balcão 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 189).
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Dado antropométrico Dimensão em cm
A 101,6 – 121,9
B 61,0
C 45,7
D 55,9 – 76,2
E 198,1
F 61,0 – 68,6
G 91,4 – 99,1
H 20,3 – 22,9
I 5,1 – 10,2
J 10,2
K 111,8 – 121,9
L 86,4
1 Estatura
2 Altura dos olhos
6 Altura dos olhos, sentado
12 Espaço para as coxas
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Tabela 3.11 – Dimensões balcão 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.189).
A comunicação visual da empresa é o conjunto de elementos visuais, ou seja,
signos não verbais, através dos quais o escritório irá “conversar” com o
cliente. Para que ela transmita sua mensagem de forma e�ciente, além dos
cuidados no momento de sua elaboração, é necessário que ela esteja
localizada de modo estratégico. Um painel ou placa de identi�cação criativo,
porém mal posicionado, não gera o impacto esperado.
Para uma instalação e�caz dos elementos de comunicação visual da empresa,
iremos analisar as relações visuais estabelecidas pelo visitante, considerando
os dados antropométricos da altura dos olhos tanto com a pessoa em pé
quanto sentada.
Os ambientes corporativos são locais de grande dinamismo. Portanto, ao
projetarmos a recepção de um escritório, precisamos representar a marca de
modo apropriado, além de permitir possíveis recon�gurações do espaço, caso
necessário.
Salas de Reunião
O projeto de uma sala de reuniões leva em conta a interface entre usuário e
cadeira, e usuário e mesa. Os dados antropométricos para o
dimensionamento deste ambiente são os mesmos empregados para o
projeto de áreas de refeições. Na sala de jantar, a zona de trabalho da mesa é
ocupada por pratos e talheres, já nas salas de reunião, esta área será
preenchida por papéis, documentos e materiais de escritório.
Os dados antropométricos de comprimento nádega-joelho e profundidade
corporal máxima determinam o espaço ocupado por uma cadeira. Segundo
16 Comprimento nádega-joelho
23 Profundidade corporal máxima
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Panero e Zelnik (2002), recomenda-se utilizar largura entre 50,8 cm e 61 cm, e
profundidade entre 45,7 cm e 61 cm.
As mesas de reunião variam o seu formato conforme o tipo de uso esperado.
Mesas quadradas e redondas são as mais usuais, no entanto, mesas com
con�guração em U ou mesas organizadas em �leiras também são utilizadas
para reuniões que demandam apresentação. Em todas estas con�gurações
de mesas, é necessário prever a zona de circulação para que os funcionários
consigam acessar seus lugares à mesa.
Ao contrário do que ocorre no projeto de espaços de refeições, as salas de
reunião demandam um cuidado especial no que diz respeito às linhas de
visão. O posicionamento das cadeiras deve ser feito de modo a assegurar que
todos os ocupantes tenham livre visão da apresentação.
Vejamos, na Tabela 3.19, a análise das linhas de visibilidade.
A qualidade dos móveis da sala de reuniões deve atender a sua expectativa
de uso, garantindo, assim, resistência, durabilidade e segurança aos usuários.
Para a realização das atividades de reunião, móveis como a mesa podem
demandar especi�cidades, como por exemplo, saídapara cabos e apoios para
equipamentos.
Escritórios Coletivos
Segundo Hessel (1985), existem três principais tipos de layouts adotados nos
ambientes corporativos; quais sejam:
Layout do tipo corredor , que se con�gura como salas fechadas
organizadas linearmente. Cada uma destas salas acomoda uma
equipe ou setor da empresa, aumentando as relações estabelecidas
entre os indivíduos da mesma equipe. Como aspecto negativo deste
tipo de organização, podemos apontar o elevado custo de
implantação e o espaço perdido com circulações e divisórias.
Layout de espaço aberto , que trabalha em situação oposta à do
layout corredor. Neste caso, todas as mesas são organizadas em um
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único ambiente, sem nenhuma divisória. Esta con�guração privilegia
a comunicação, mas também, por este motivo, ela não é indicada em
locais em que as tarefas realizadas demandem silêncio e elevado
grau de concentração.
Layout panorâmico , que é uma mescla das duas situações
anteriores. Nesta opção, são criados compartimentos parciais,
através de divisórias à meia altura, que não vão até o teto. Desta
forma, temos privacidade e redução de ruídos, sem o
comprometimento da comunicação entre setores.
Para um projeto ergonômico, iremos analisar a interface entre o usuário
sentado e a estação de trabalho. A estação de trabalho básica varia conforme
o tipo de trabalho realizado. A zona de execução de tarefa deve ter dimensões
su�cientes para acomodar todos os equipamentos necessários; as cadeiras
devem permitir ajustes para que o usuário consiga con�gurá-la de acordo
com suas dimensões.
Vejamos, na Figura 3.11 e na Tabela 3.12, a seguir, as dimensões para o
projeto de uma estação de trabalho.
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Figura 3.11 – Dimensões estação de trabalho 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p. 176).
Dado antropométrico Dimensão em cm
A 228,6 -  320,0
B 76,2 – 91,4
C 76,2 – 121,9
D 15,2 – 30,5
E 152,4 – 182,9
F 76,2 – 106,7
G 35,6 – 45,7
H 40,6 – 50,8
I 45,7 – 55,9
J 45,7 – 61,0
K 15,2 – 61,0
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Tabela 3.12 – Dimensões estação de trabalho 
Fonte: Adaptada de Panero e Zelnik (2002, p.176).
Os espaços de circulação de escritórios devem apresentar distância mínima
equivalente à largura corporal máxima do usuário de maior dimensão. Para a
área de arquivos e armários, é necessário prever uma dimensão livre
su�ciente para a realização da operação de abrir a gaveta. Nesta situação,
consideramos a soma das dimensões de zona de trabalho/circulação e gaveta
aberta (PANERO; ZELNIK, 2002).
A altura de prateleiras e gavetas de arquivos leva em consideração o alcance
do usuário de menor dimensão sentado e em pé, respectivamente. Panero e
Zelnik (2002) indicam que a altura �nal máxima para prateleiras na estação de
trabalho deve ser 116,8 cm acima da superfície de trabalho. Já para o projeto
de arquivos do tipo gaveteiro, recomenda-se altura �nal entre 137,2 cm e
147,3 cm.
Para o projeto de escritórios com layout panorâmico, precisamos veri�car
também a altura das divisórias a serem instaladas. Os dados antropométricos
avaliados para este projeto são a altura dos olhos da pessoa em pé e sentada.
O nível de privacidade desejado irá determinar a altura �nal da divisória. Em
nossa proposta, desejamos que os funcionários tenham contato visual
quando sentados ou não? Este tipo de questão deve ser respondida em
conjunto com os gerentes e responsáveis por cada setor da empresa.
L 152,4 – 213,4
24 Largura corporal máxima
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atividade
Atividade
O projeto de ambientes corporativos é uma das áreas que se bene�cia dos dados
antropométricos para a criação de espaços ergonômicos. Uma das dimensões
muito empregadas neste processo é a altura dos olhos da pessoa sentada. A partir
do discutido, assinale a alternativa que apresente quais elementos consideram este
parâmetro antropométrico em seu projeto.
a) Instalação de comunicação visual, divisórias de ambientes, telas de
projeção.
b) Instalação de comunicação visual, mesa de trabalho, armário de arquivo.
c) Armário de arquivo, divisórias de ambientes, telas de projeção.
d) Balcão de atendimento, mesa de trabalho, prateleira.
e) Armário de arquivo, mesa de trabalho, balcão de atendimento.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de
Interiores para Áreas Comerciais.
Editora : Senac
Autora : Miriam Gurgel.
ISBN : 9 7885396031 012
Comentário : Ambientes comerciais apresentam
especi�cidades que não existem quando projetamos
obras residenciais. A forma como o usuário se apropria
de tais espaços também é distinto. Neste contexto,
tanto o pro�ssional quanto o cliente do lugar projetado
devem ser contemplados enquanto usuários. Por este
motivo, é extremamente importante que, enquanto
projetistas, possamos identi�car quais são as
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particularidades destes projetos. Na leitura indicada, a
autora nos convida a aprofundar nossos
conhecimentos sobre a dinâmica espacial de áreas
comerciais assim como os principais condicionantes de
projeto.
FILME
Steve Jobs
Ano : 2015
Comentário : O �lme, adaptado de uma biogra�a,
conta a história do grande executivo da Apple, Steve
Jobs. Dividida em três principais momentos, a obra
apresenta fragmentos em �ashback e passagem em
tempo real. Embora este �lme não seja direcionado à
arquitetura, a rica ambientação de cenários nos ilustra
como eram os interiores dos ambientes corporativos
nas décadas de 1980 e 1990.
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de estudar sobre a antropometria e a
ergonomia, que são campos de estudo que atuam de forma diretamente
ligada ao projeto de espaços, móveis e produtos.
No entanto, para a sua correta aplicação, é necessário compreender quais os
dados são empregados para o dimensionamento e a criação de cada uma das
interfaces do projeto. Espaços comerciais e residenciais apresentam
dinâmicas distintas, o que consequentemente gera demandas variadas.
Neste contexto, exploramos a multiplicidade de ambientes com os quais
iremos nos deparar durante a vida pro�ssional. Desta forma,
compreendemos como transferir os conceitos teóricos debatidos
previamente, assim como os dados obtidos em tabelas antropométricas, ao
projeto de espaços.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 : acessibilidade a
edi�cações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2015.
HESSEL, José Ribeiro. Organização e métodos . Porto Alegre: DC Luzzato,
1985.
MALHOTRA, Naresh. Design de loja e Merchandising Visual . 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano para espaços
interiores : um livro de consulta e referência para projetos. São Paulo:
Gustavo Gili, 2002.
IMPRIMIR
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