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ERGONOMIA E ACESSIBILIDADE - ATIVIDADE 03

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PARA SE ANALISAR CORRETAMENTE A RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E O AMBIENTE INTERNO DE UMA RESIDÊNCIA, DEVE-SE CONSIDERAR DIFERENTES ASPECTOS. ENTRE ELES, AS RESTRIÇÕES FÍSICAS DO AMBIENTE E AS HABILIDADES E LIMITAÇÕES DOS USUÁRIOS DESTES AMBIENTES. NO QUE TANGE AOS ESPAÇOS RESIDENCIAIS, A ERGONOMIA ESTÁ RELACIONADA COM A PERCEPÇÃO E O CONFORTO AMBIENTAIS, ABRANGENDO, TAMBÉM, QUESTÕES RELACIONADAS AOS MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO, BEM COMO A PREOCUPAÇÃO COM O LAYOUT ESPACIAL E COM O MOBILIÁRIO. DENTRE TODOS ESSES FATORES, O QUE SE DESTACA É O LAYOUT, JÁ QUE É VISTO COMO UM ELEMENTO ESSENCIAL NA UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO CONFORTO DOS USUÁRIOS, UMA VEZ QUE O ARRANJO FÍSICO NÃO APENAS TRATA DA DISPOSIÇÃO RACIONAL DO PROCESSO PRODUTIVO, MAS TAMBÉM COM ÁREAS DE MOVIMENTAÇÃO, ALCANCES, MANUSEIOS DE PESOS, DISPOSIÇÃO DO MOBILIÁRIO E CONDIÇÕES HUMANAS DE TRABALHO, VENTILAÇÃO, ILUMINAÇÃO ETC (TORRES ET AL., 2006).
CONSIDERANDO A CITAÇÃO APRESENTADA E OS CONTEÚDOS ABORDADOS NO TEXTO-BASE, DISSERTE SOBRE A APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DA ERGONOMIA PARA OTIMIZAR OS ESPAÇOS RESIDENCIAIS.
REFERÊNCIA
TORRES, M. L. ET AL. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ERGONÔMICO DE COZINHAS RESIDENCIAIS ATRAVÉS DA ANÁLISE COMPARATIVA DE ARRANJOS FÍSICOS. AMBIENTE CONSTRUÍDO, V. 6, N. 3, P. 69-90, 2008.
RESPOSTA:
 A ergonomia é muito associada com o ambiente de trabalho e está ligada aos modos de produção. No entanto, é um erro pensarmos que ela pode beneficiar o ser humano apenas nesse campo. Em um projeto residencial é possível prevermos soluções para adequar todos os cômodos às dimensões humanas, tornando os espaços mais confortáveis e seguros. Um dos instrumentos que usamos para trabalhar a ergonomia no layout de um projeto residencial são os dados antropométricos, que identificam as dimensões básicas do corpo humano, criando tabelas com dados antropométricos, mas cada indivíduo é único e traz características particulares, mesmo entre pessoas de uma mesma família, é possível percebermos que existem diversas variações no que diz respeito às dimensões corpóreas, e por isso é utilizado o percentil, que é um determinado ponto percentual na distribuição de uma amostra, e representa os extremos superior e inferior a ela. Ou seja, trabalhamos com uma faixa de projeto descontando os percentis. A partir desses dados utilizamos a tabela antropométrica, que vai informar, de acordo com a estatura dos usuários dos ambientes da residência, quais serão as dimensões dos moveis utilizados no projeto. 
Usando como exemplo o ambiente de uma sala de jantar, utilizamos os seguintes dados antropométricos: altura dos olhos, sentado; espaço livre para as coxas; altura do joelho; altura do sulco poplíteo; comprimento nádega-joelho; alcance frontal de apreensão; profundidade corporal máxima e largura corporal máxima. Através da análise destes dados, é possível dimensionar, corretamente, as áreas destinadas às refeições, considerando os espaços, circulações e serviços. Com esses dados é possível compreender a interface entre corpo humano e mesa durante a realização da refeição. Além disso é necessário prever um espaço livre ao redor da mesa, além de garantir o acesso livre até a mesa. Quando uma pessoa está realizando a refeição, a cadeira se encontra mais próxima à mesa. Assim que ela finaliza a tarefa, essa distância aumenta, permitindo que o usuário adote uma posição mais confortável para manter uma conversa informal. Por fim, para que a pessoa se levante e deixe a mesa, a cadeira fica ainda mais afastada. O espaço mantido entre os ocupantes é determinado pelo posicionamento das cadeiras. Este não deve ser nem muito próximo, pois dificulta o acesso à mesa e torna desconfortável a realização da refeição, e nem muito distante, pois neste caso restringe a interação entre os usuários. Além disso, para o projeto de mesas de refeições, é necessário considerarmos as dimensões dos objetos que estarão sobre ela, tais como pratos, copos e bebidas servidas. As superfícies de refeições devem prever as zonas individuais, que são as áreas diretamente à frente de cada ocupante, e a zona de acesso comum, que corresponde à área útil ao centro da mesa, permitindo que todos os ocupantes tenham acesso à refeição que está sendo servida (PANERO; ZELNIK, 2002).

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