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1 27 2 27 Sumário Agravo em execução ..................................................................................................................................... 5 1 - Conceito .............................................................................................................................................. 5 2 - Base legal ............................................................................................................................................. 5 3 - Identificação ........................................................................................................................................ 5 4 - Rito e competência para o julgamento ................................................................................................. 5 5 - Prazo.................................................................................................................................................... 6 6 - Cabimento ........................................................................................................................................... 6 7 - Legitimidade ........................................................................................................................................ 6 8 - Efeitos .................................................................................................................................................. 7 9 - Estrutura do agravo em execução ........................................................................................................ 7 9.1 - Interposição .................................................................................................................................. 7 9.2 - Razões ........................................................................................................................................... 7 10 - Modelo de peça ................................................................................................................................. 8 11 - Peça resolvida .................................................................................................................................... 9 12 - Contrarrazões de agravo em execução ............................................................................................. 12 12.1 - Introdução ................................................................................................................................ 12 12.2 - Prazo ......................................................................................................................................... 12 12.3 - Conteúdo .................................................................................................................................. 12 12.4 - Modelo de peça ........................................................................................................................ 12 Revisão criminal .......................................................................................................................................... 13 1 - Base legal ........................................................................................................................................... 14 2 - Identificação ...................................................................................................................................... 14 3 - Conceito ............................................................................................................................................ 14 3 27 4 - Cabimento da revisão/conteúdo ........................................................................................................ 15 4.1 - Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ............................ 15 4.2 - Contrariedade à evidência dos autos ........................................................................................... 15 4.3 - Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos .................................................................................................................... 15 4.4 - Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena .............................................. 16 5 - Revisão e extinção da pena ................................................................................................................ 16 6 - Legitimidade ...................................................................................................................................... 16 7 - Órgão competente para o julgamento da revisão criminal ................................................................. 17 8 - Decisão na revisão criminal ................................................................................................................ 17 9 - Estrutura da revisão criminal ............................................................................................................. 17 10 - Modelo da peça ............................................................................................................................... 18 Caiu na OAB ........................................................................................................................................ 19 Habeas corpus ............................................................................................................................................ 20 1 - Conceito e Base Legal......................................................................................................................... 21 2 - Espécies ............................................................................................................................................. 21 3 - Legitimidade Ativa ............................................................................................................................. 21 4 - Legitimidade Passiva .......................................................................................................................... 21 5 - Hipóteses de Cabimento .................................................................................................................... 22 5.1 - Quando não houver justa causa .................................................................................................. 22 5.2 - Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei ........................................ 22 5.3 - Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo .......................................... 22 5.4 - Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação .......................................................... 22 5.5 - Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza ................. 22 4 27 5.6 - Quando o processo for manifestamente nulo ............................................................................. 23 5.7 - Quando extinta a punibilidade .................................................................................................... 23 6 - Competência ...................................................................................................................................... 23 7 - Julgamento e Efeitos .......................................................................................................................... 24 8 - Fundamentos mais Comuns ............................................................................................................... 25 9 - Estrutura do Habeas Corpus ............................................................................................................... 25 10 - Modelo da Peça ...............................................................................................................................25 11 - Peça Resolvida ................................................................................................................................. 26 5 27 AGRAVO EM EXECUÇÃO 1 - Conceito Peça exclusiva para a fase de execução da pena, o agravo em execução é o recurso utilizado para atacar qualquer decisão judicial que denega pedido feito em sede de execução de pena criminal. Por exemplo, o advogado faz um pedido simples de progressão de regime para seu cliente – o pedido é negado pelo juiz da Vara das Execuções Criminais – contra essa decisão do juiz cabe agravo em execução (art. 197 da LEP). Entenda-se por execução, em regra, o período que vai do início do cumprimento da pena imposta em sentença penal condenatória transitada em julgado até a extinção da própria reprimenda. Excepcionalmente, a execução será provisória, ou seja, antes mesmo de o réu ser condenado é possível que fique preso preventivamente. Essa prisão cautelar pode durar por muito tempo. Tempo suficiente para que o réu, mesmo antes do trânsito em julgado, tenha direito à progressão de regime, do fechado para o semiaberto (cumprido 1/6 da pena para delitos comuns; 2/5 ou 3/5 para crimes hediondos). Tal situação é amplamente aceita pela doutrina e jurisprudência e, por ser mais favorável ao acusado, precisa ser estudada. Mesmo durante a ação penal, o pedido de progressão de regime na execução provisória deve ser endereçado para o Juiz das Execuções Criminais. 2 - Base legal Art. 197 da Lei de Execução Penal – Lei 7.210/84 3 - Identificação O juiz da Vara das Execuções Criminais irá negar um pedido de benefício prisional de seu cliente, como, por exemplo, pedido de progressão de regime e de livramento condicional. Contra a decisão que indefere requerimento de benefício prisional, cabe agravo em execução. 4 - Rito e competência para o julgamento A Lei de Execução Penal não definiu o rito a ser seguido no agravo em execução, definindo, apenas, no seu art. 197, que “Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo”. Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência amplamente dominante adotam o entendimento no sentido de que deve ser adotado o mesmo rito do recurso em sentido estrito, notadamente no que se refere ao prazo, ao juízo de retratação e ao processamento. 6 27 Tal entendimento restou consagrado na Súmula 700 do STF, segundo a qual “É de cinco dias o prazo para a interposição de agravo contra a decisão do juiz da execução penal”. A interposição do recurso deve ser dirigida ao juiz de primeiro grau que proferiu a decisão, para que este possa rever a decisão, em sede de juízo de retratação. As razões de recurso devem ser endereçadas ao Tribunal competente (Tribunal de Justiça, se da competência da Justiça Comum Estadual; ou Tribunal Regional Federal, se da competência da Justiça Federal). 5 - Prazo Segue o prazo do RESE, ou seja, 5 dias para interpor o recurso e 2 dias para arrazoar. Como na prova da OAB você fará as razões junto com a interposição, o prazo a ser respeitado são os 5 das da interposição do agravo. 6 - Cabimento É recurso destinado à impugnação de decisões interlocutórias proferidas no curso da execução criminal, disciplinada na Lei n. 7.210/84, como decisão que: concede ou nega a progressão de regime; determina a regressão do regime carcerário e perda dos dias remidos; indefere o pedido de unificação das penas, com base, por exemplo, na continuidade delitiva; concede ou denega pedido de livramento condicional; indefere o pedido de saídas temporárias; concede ou denega o pedido de indulto, comutação, remição. Em síntese, não há um rol taxativo, sendo cabível para impugnar qualquer decisão proferida pelo juízo da execução penal, cuja competência é definida no art. 66 da LEP (Lei n. 7.210/84). 7 - Legitimidade Podem interpor o recurso de agravo em execução o Ministério Público e o condenado. 7 27 8 - Efeitos Assim como no recurso em sentido estrito, o agravo em execução possui efeito regressivo, uma vez que a interposição do recurso obriga o juiz que prolatou a decisão recorrida a reapreciar a questão, mantendo-a ou reformando-a, aplicando-se analogicamente o art. 589, caput, do CPP. No tocante ao efeito regressivo do recurso: recebendo os autos, o juiz, dentro de dois dias, reformará ou sustentará a sua decisão, mandando instruir o recurso com as cópias que lhe parecerem necessárias. A falta de manifestação do juiz importa em nulidade, devendo o tribunal devolver os autos para esta providência. O juízo de retratação será sempre fundamento. A fundamentação deficiente do juiz também obriga o tribunal a convencer o julgamento em diligência para esse fim. Se o juiz mantiver o despacho, remeterá os autos à instância superior; se reformá-la, o recorrido, por simples petição, e dentro do prazo do prazo de cinco dias, poderá requerer a subida dos autos. O recorrido deverá ser intimado, no caso de retratação do juiz. Nos termos do art. 197 da LEP, o agravo em execução não tem efeito suspensivo. Ou seja, as decisões proferidas em sede de execução penal devem ser, via de regra, imediatamente executadas. 9 - Estrutura do agravo em execução A estrutura do agravo em execução segue dois momentos: interposição do recurso (afirmar que pretende recorrer) e as razões de recurso. 9.1 - Interposição a) Endereçamento: Juiz de Direito da Vara de Execuções Criminais. b) Preâmbulo: nome (desnecessário qualificar, pois já qualificado nos autos), capacidade postulatória (por seu procurador infra-assinado), fundamento legal (art. 197 da Lei de Execução Penal), nome da peça (agravo em execução), frase final (pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos). c) Juízo de retratação, em analogia ao art. 589 do CPP (importante). d) Parte final: Nesses termos, requer o processamento do presente recurso. Pede deferimento, data, advogado e OAB. Cuidar hipóteses de formação de instrumento e relação de peças (é na interposição que se indica e requer o traslado de peças para formação do instrumento). 9.2 - Razões a) Endereçamento: Tribunal de Justiça. 8 27 b) Identificação: recorrente, recorrido, n. processo. c) Saudação: Justiça Estadual: Egrégio Tribunal de Justiça – Colenda Câmara – Eméritos Julgadores – Douta Procuradoria da Justiça. d) Corpo da peça: breve relato, preliminares e mérito. e) Pedido: reforma da decisão + provimento do recurso + pedido específico. f) Parte final: termos em que pede deferimento, local, data e OAB. 10 - Modelo de peça PEÇA DE INTERPOSIÇÃO: endereçamento para o juiz de 1º grau EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA... Processo n. ... (6 a 10 linhas) FULANO DE TAL (não inventar dados), já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, com procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a decisão das fls., interpor o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no art. 197 da Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal). Nesse sentido, requer seja recebido o recurso e procedido o juízo de retratação, nos termos do art. 589 do Código de Processo Penal. Se mantida a decisão, requer seja encaminhado o presente recurso, já com as razões inclusas, ao Tribunal de Justiça do Estado..., para o devido processamento. Nestes termos, Pede deferimento. Local..., data... Advogado. OAB n. ... RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO: Endereçamento ao Tribunal Competente EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... Agravante: Fulano de Tal Agravado: Ministério Público Processo n. ... RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO Egrégio Tribunal de Justiça Colenda Câmara I – DOS FATOS II – DO DIREITO 9 27 • decisão que concede ou nega a progressão de regime; • que determina a regressão do regime carcerário e perda dos dias remidos; • que indefere o pedido de unificaçãodas penas, com base, por exemplo, na continuidade delitiva; • que concede ou denega pedido de livramento condicional; • que indefere o pedido de saídas temporárias; • concede ou denega o pedido de indulto, comutação, remição. Em síntese, hipóteses previstas no art. 66 da LEP (Lei n. 7.210/84). III – DO PEDIDO Ante o exposto, requer seja CONHECIDO E PROVIDO o presente recurso, com a REFORMA DA DECISÃO DE 1º GRAU, para o fim de que... Local..., data... Advogado. OAB n. ... 11 - Peça resolvida (XVI Exame OAB – Peça profissional) Gilberto, quando primário, apesar de portador de maus antecedentes, praticou um crime de roubo simples, pois, quando tinha 20 anos de idade, subtraiu de Renata, mediante grave ameaça, um aparelho celular. Apesar de o crime restar consumado, o telefone celular foi recuperado pela vítima. Os fatos foram praticados em 12 de dezembro de 2011. Por tal conduta, foi Gilberto denunciado e condenado como incurso nas sanções penais do art. 157, caput, do Código Penal a uma pena privativa de liberdade de 4 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial fechado e 12 dias multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11 de setembro de 2013. Gilberto havia respondido ao processo em liberdade, mas, desde o dia 15 de setembro de 2013, vem cumprindo a sanção penal que lhe foi aplicada regularmente, inclusive obtendo progressão de regime. Nunca foi punido pela prática de falta grave e preenchia os requisitos subjetivos para obtenção dos benefícios da execução penal. No dia 25 de fevereiro de 2015, você, advogado(a) de Gilberto, formulou pedido de obtenção de livramento condicional junto ao Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ, órgão efetivamente competente. O pedido, contudo, foi indeferido, apesar de, em tese, os requisitos subjetivos estarem preenchidos, sob os seguintes argumentos: a) o crime de roubo é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3 da pena privativa de liberdade; b) ainda que não fosse hediondo, não estariam preenchidos os requisitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da realização de exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. Você, advogado(a) de Gilberto, foi intimado dessa decisão em 23 de março de 2015, uma segunda-feira. Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para sua interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00) Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 10 27 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ Processo n. ... (10 linhas) GILBERTO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a decisão de fls., interpor o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no art. 197 da Lei de Execução Penal. Nesse sentido, requer seja recebido o recurso e procedido o juízo de retratação, nos termos do art. 589 do Código de Processo Penal. Se mantida a decisão, requer seja encaminhado o presente recurso, já com as razões inclusas, ao Tribunal de Justiça, para o devido processamento Nestes termos, Pede deferimento. Rio de Janeiro, 30 de março de 2015. Advogado. OAB n. ... EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Recorrente: Gilberto Recorrido: Ministério Público Processo n. ... RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO Egrégio Tribunal de Justiça Colenda Câmara I – DOS FATOS O agravante foi denunciado e condenado como incurso nas sanções penais do art. 157, caput, do Código Penal a uma pena privativa de liberdade de 4 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial fechado e 12 dias-multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11 de setembro de 2013. No dia 25 de fevereiro de 2015, o agravante formulou pedido de obtenção de livramento condicional junto ao Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Ja- neiro/RJ, órgão efetivamente competente. O pedido, contudo, foi indeferido, sob os seguintes argumentos: a) o crime de roubo é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3 da pena privativa de liberdade; b) ainda que não fosse hediondo, não estariam preenchidos os requisitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da realização de exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. II – DO DIREITO A) Do roubo não ser crime hediondo O Magistrado indeferiu o pedido de livramento condicional, sob o fundamento de que o crime de roubo é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3 da pena 11 27 privativa de liberdade. Todavia, o crime de roubo simples não é hediondo, tendo em vista que não está previsto no rol trazido pelo art. 1º da Lei n. 8.072/90. Assim, não há que se falar em cumprimento de 2/3 da pena para concessão do benefício, mas 1/3 da pena, já que o agravante não é reincidente, conforme prever o art. 83, I, do Código Penal. B) Do preenchimento do requisito objetivo O Magistrado indeferiu o pedido de livramento condicional, argumentando, ainda, que estariam preenchidos os requisitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional. Todavia, a decisão do Magistrado fere o princípio da legalidade, uma vez que o art. 83 do Código Penal prevê que apenas o condenado reincidente na prática do crime doloso tem de cumprir mais de metade da pena aplicada para fazer jus ao livramento condicional. Embora o art. 83, I, do Código Penal, dispõe que o condenado não reincidente e portador de bons antecedentes deve cumprir 1/3 da pena, essa fração deve ser aplicada também caso o acusado seja portador de maus antecedentes, além de não reincidente. Houve uma omissão do legislador ao não prever o requisito objetivo para concessão do livramento condicional para o condenado primário, mas portador de maus antecedentes. Diante da omissão, deve ser aplicado o percentual que seja mais favorável ao acusado, pois não cabe analogia in malam partem. Diante do exposto, a jurisprudência pacificou o entendimento de que o condenado não reincidente, ainda que portador de maus antecedentes, deverá observar o requisito objetivo para o livramento condicional após cumprimento de 1/3 da pena. C) Da desnecessidade do exame criminológico O Magistrado indeferiu o pedido de livramento condicional, porque considera indispensável a realização de exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. Todavia, com a edição da Lei n. 10.792/2003, não mais a obrigatoriedade da realização de exame criminológico para fins de obtenção da progressão de regime ou do livramento condicional. Isto é, para o livramento, basta que seja atestado comportamento satisfatório durante a execução da pena. No caso, a justificativa apresentada pelo Magistrado não é suficiente para a realização do exame criminológico. O simples fato de considerar o crime de roubo grave não justifica a realização do exame criminológico, não sendo idôneo indeferir o pedido de livramento condicionalapenas por considerar o crime grave em abstrato, devendo a decisão ser devidamente fundamentada considerando o caso concreto, nos termos da Súmula 439 do STJ, até porque se trata de roubo simples. Além disso, o agravante nunca foi punido pela prática de falta grave dentro do estabelecimento prisional, de modo que desnecessária a realização do exame. III – DO PEDIDO Ante o exposto, requer seja CONHECIDO E PROVIDO o presente recurso, com a REFORMA DA DECISÃO DE 1º GRAU, para o fim de que seja concedido o livramento condicional em favor de Gilberto, com consequente expedição de alvará, eis que, quando do recurso, já preenchia todos os requisitos. Rio de Janeiro, 30 de março de 2015. Advogado. OAB n. ... 12 27 12 - Contrarrazões de agravo em execução 12.1 - Introdução Das decisões proferidas pelo Juízo da Execução Penal cabe agravo em execução. A Lei de Execução Penal não definiu o rito a ser seguido no agravo em execução, constando, apenas, no seu art. 197, que “Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo”. Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência amplamente dominante adotam o entendimento no sentido de que deve ser considerado o mesmo rito do recurso em sentido estrito, notadamente no que se refere ao prazo, ao juízo de retratação e ao processamento. Tal entendimento restou consagrado na Súmula 700 do STF, segundo a qual “É de cinco dias o prazo para a interposição de agravo contra a decisão do juiz da execução penal”. Nesse sentido, se não concordar com a decisão proferida, a parte irresignada deverá apresentar a petição de juntada de agravo em execução no prazo de cinco dias. Após, o juízo a quo fará o primeiro juízo de admissibilidade, recebendo ou não recurso, intimando-se o recorrente para apresentar, no prazo de dois dias, as respectivas razões de recurso de agravo em execução, se não apresentadas simultaneamente à interposição. Na sequência, intima-se o recorrido para oferecer suas CONTRARRAZÕES ou RAZÕES PARA A MANUTENÇÃO da decisão recorrida, no prazo de dois dias. 12.2 - Prazo Considerando que segue o rito do recurso em sentido estrito, o prazo para contrarrazões é de dois dias, conforme o art. 588 do CPP. 12.3 - Conteúdo Deve-se buscar no enunciado informações que permitem desenvolver teses voltadas à manutenção da decisão recorrida, bem como refutar os argumentos lançados pelo Ministério Público. 12.4 - Modelo de peça EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA... (6 a 10 linhas) FULANO DE TAL (não inventar dados), já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar as presentes CONTRARRAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no art. 588 do Código de Processo Penal, requerendo sejam 13 27 recebidas, mantendo-se a decisão recorrida em sede de juízo de retratação, com posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça Nestes termos, Pede deferimento. Local..., data... Advogado. OAB n. ... EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... Agravante: Ministério Público Agravado: Fulano de Tal Processo n. ... CONTRARRAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO Egrégio Tribunal de Justiça do Estado.... Colenda Câmara Criminal.... I – DOS FATOS111 II – DO DIREITO * Expor argumentos contrários aos invocados nas razões de agravo em execução (informados no enunciado da questão), defendo, em síntese, a manutenção da decisão recorrida. III – DO PEDIDO112 Ante o exposto, requer seja IMPROVIDO o recurso de agravo em execução, MANTENDO-SE, por conseguinte, a decisão recorrida nos seus exatos termos. Local..., data... Advogado. OAB n. ... REVISÃO CRIMINAL Olá, alunos do Estratégia OAB! 14 27 Chegou o momento de estudarmos uma das peças que já foi cobrada no Exame da OAB – a REVISÃO CRIMINAL.Como sempre fazemos, iremos rever os principais pontos da matéria para, depois, estruturarmos a peça e fazermos, juntos, um modelo de peça. Conto sempre com o seu compromisso de refazer a peça depois sozinho, cronometrando o tempo e utilizando o Vade Mecum que já marcamos juntos. Bons estudos e FORÇA!!!!! 1 - Base legal Art. 621, do CPP 2 - Identificação O problema trará um caso de decisão penal condenatória com trânsito em julgado. Poderá utilizar a expressão – decisão definitiva; ou, ainda, afirmar que estão esgotadas as possibilidades de recurso. 3 - Conceito É uma ação penal de natureza constitutiva e sui generis, de competência originária dos tribunais, destinada a rever decisão condenatória, com trânsito em julgado, quando ocorreu erro judiciário. Permite-se, portanto, pela revisão criminal, que o condenado possa pedir a qualquer tempo aos tribunais, nos casos expressos em lei, que reexamine o processo já findo, a fim de ser absolvido ou beneficiado de alguma forma. A finalidade da revisão não é apenas a de evitar o cumprimento da pena imposta injustamente, mas, precipuamente, a de corrigir uma injustiça, restaurando-se, assim, com a rescisão do julgado, o status dignitatis do condenado. Mesmo que ele haja falecido, antes, durante ou após o cumprimento da pena, poderá ser promovida a ação revisional; nesse caso, parte legítima será seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Pressuposto: cabendo a revisão apenas nos “processos findos”, é pressuposto indispensável ao cabimento do pedido que a sentença condenatória tenha transitado em julgado, ou seja, que da decisão não caiba qualquer recurso, inclusive extraordinário, com exceção do habeas corpus, que também é cabível a qualquer tempo. 15 27 4 - Cabimento da revisão/conteúdo 4.1 - Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal A sentença condenatória é contrária à lei quando não procede como ela manda ou quando nela não encontra respaldo para sua existência. Ex.: réu condenado por fato que não constitui crime ou condenação a pena superior ao limite máximo previsto em lei. Quando se tratar de interpretação controversa do texto de lei, não cabe revisão criminal, para se buscar outra análise do mesmo preceito. A hipótese deste inciso é clara: afronta ao texto expresso de lei – e não do sentido que esta possa ter para uns e outros. 4.2 - Contrariedade à evidência dos autos Contrária à evidência dos autos é a condenação que não tem apoio em provas idôneas, mas em meros indícios, sem qualquer consistência lógica e real. Para ser admissível a revisão criminal, torna-se indispensável que a decisão condenatória proferida ofenda frontalmente as provas constantes nos autos. Ex.: seria o equivalente a dizer que todas as testemunhas idôneas e imparciais ouvidas afirmaram não ter sido o réu o autor do crime, mas o juiz, somente porque o acusado confessou na fase policial, resolveu condená-lo. Não havendo recurso, transitou em julgado a sentença. 4.3 - Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos A lei utiliza a qualificação comprovadamente para denominar o falso dessas peças constitutivas do conjunto probatório, determinante para a condenação. Portanto, não é qualquer suspeita de fraude, vício ou falsidade que levará a reavaliação da condenação com trânsito em julgado. Torna-se nítida a exigência de uma falsidade induvidosa. Não basta que seja a prova falha, precária ou insuficiente. Não fundamenta a revisão, por exemplo, simples falta de fundamentação de laudo pericial. Provada, todavia, a falsidade do testemunho, colhido eventualmente até sob coação, da perícia ou do documento, não se justifica manter-se aquilo que constitui fraude à justiça, mesmo porque a CF prevê a inadmissibilidade em juízo de prova ilícita. Com o pedido, o requerente deve apresentar a prova que possua para demonstrar a falsificação, já que não se permite na revisão a reabertura do processo para a produção de novas provas.16 27 4.4 - Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena Prova nova é aquela produzida sob o crivo do contraditório, não se admitindo, por exemplo, depoimentos extrajudiciais. É também aquela que já existia à época da sentença, mas cuja existência não foi cogitada. Surgindo novas provas que indiquem que o condenado deveria ser absolvido, ou de existirem circunstâncias atenuantes ou causas de diminuição de pena não cogitadas, ou não estarem presentes circunstâncias agravantes, qualificadoras ou causas de aumento de pena indevidamente reconhecidas, deve ser deferido o pedido revisional. Se as provas inéditas, surgidas depois da sentença condenatória definitiva ter sido proferida, inocentarem o acusado, seja porque negam ser ele o autor, seja porque indicam não ter havido fato criminoso, é de se acolher a revisão criminal. 5 - Revisão e extinção da pena Permite a lei o pedido de revisão a qualquer tempo, inclusive após a extinção da pena. Há, na hipótese, interesse de agir, pois, além do aspecto moral ínsito à revisão de uma condenação, pode a decisão condenatória causar gravames ao condenado, não só na esfera civil e administrativa, como também no campo penal (por exemplo, caracterização da reincidência). Impede-se a reiteração do pedido de revisão sem novas provas, evitando-se simples repetição indefinida daquilo que já foi examinado. Assim, apenas um novo pedido com pretensão diversa, ou alicerçado em novas provas, que possibilite nova apreciação por novos fundamentos de fato e de direito, merece conhecimento. 6 - Legitimidade Como demonstra este artigo, trata-se de ação privativa do réu condenado, podendo ele ser substituído por seu representante legal ou seus sucessores, em rol taxativo – cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. No conceito de cônjuge, devem ser incluídos os companheiros unidos pelo laço da união estável (art. 226, § 3º, da CF/88). Portanto, a revisão pode ser pedida pelo próprio réu, independentemente de estar representado por seu procurador. A revisão pode ser proposta por procurador legalmente habilitado, não se exigindo a outorga ao advogado de poderes especiais. O Ministério Público não é parte legítima para requerer revisão criminal. 17 27 Em caso de falecimento do réu após a interposição da revisão criminal, o Presidente do Tribunal deverá nomear curador para dar prosseguimento à ação. Trata-se de hipótese de substituição processual que dispensa a iniciativa dos familiares do réu. 7 - Órgão competente para o julgamento da revisão criminal É da competência originária dos tribunais, jamais sendo apreciada por juiz de primeira instância. Se a decisão condenatória definitiva provier de magistrado de primeiro grau, julgará a revisão criminal o tribunal que seria competente para conhecer do recurso ordinário. Caso a decisão provenha de câmara ou turma de tribunal de segundo grau, cabe ao próprio tribunal o julgamento da revisão, embora, nessa hipótese, não pela mesma câmara, mas pelo grupo reunido de câmaras criminais. Tratando-se de decisão proferida pelo Órgão Especial, cabe ao mesmo colegiado o julgamento da revisão. Cabe ao STF o julgamento da revisão criminal de seus julgados, em regra, os de competência originária. Da competência prevista pelo art. 624, deve-se excluir o Tribunal Federal de Recursos (extinto) e acrescentar o Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, e, da CF) e os Tribunais Regionais Federais (art. 108, I, b, da CF), que tem competência revisional. 8 - Decisão na revisão criminal Em princípio, a revisão só pode ser deferida havendo nulidade insanável no processo ou erro judiciário. Mas, apesar do caráter taxativo do art. 621, a decisão em que se julgar procedente a revisão pode alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo, tendo como único obstáculo a impossibilidade de se agravar a pena imposta pela decisão revista. Assim, além de se rescindir complementarmente a sentença ou acórdão para absolver o acusado, nada impede, por exemplo, conforme jurisprudência, que se desclassifique a condenação de tentativa de homicídio culposo para lesão corporal culposa, ou de falsificação de documentos para falsa identidade; que se reveja e reduza a pena; que se reconheça nulidade absoluta, anulando-se o processo, embora a nulidade manifesta também possa ser atacada por meio de habeas corpus. 9 - Estrutura da revisão criminal a) Endereçamento: Tribunal competente – art. 624, do CPP. b) Preâmbulo: nome e qualificação do requerente (qualificar, pois se trata de ação – não inventar dados), capacidade postulatória (por seu procurador infra-assinado), fundamento legal (art. 621, inciso..., do CPP), nome da peça (Revisão Criminal), frase final (pelas fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos). c) Corpo da peça (Dos fatos e do direito). Lembrem-se que se trata de uma ação. 18 27 d) Pedidos: (i) alteração da classificação do crime; (ii) absolvição; (iii) modificação da pena; (iv) nulidade do processo. Obs.: pedido conforme o fundamento invocado (ver art. 626 do CPP) e) Parte final: local, data, advogado e OAB. Como não se trata de recurso, não há peça de interposição. 10 - Modelo da peça A) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... (SE CRIME DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL) B) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO (SE CRIME DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL) (6 a 10 linhas) FULANO DE TAL, nacionalidade, profissão, estado civil, RG... (não inventar dados), por seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelên- cia propor REVISÃO CRIMINAL, com base 621, inciso ..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: I – DOS FATOS II – DO DIREITO109 III – DO PEDIDO110 Ante o exposto, requer seja julgada procedente a presente ação de revisão criminal, a fim de que seja: a) alterada a classificação para o crime..., com base no art. 626 do Código de Processo Penal; e/ou b) absolvido o revisando, com base no art. 626 do Código de Processo Penal; c) anulado o processo, com base no art. 626 do Código de Processo Penal; d) modificada a pena, a fim de que (exs.: seja afastada a majorante; reconhecida a causa de diminuição da pena); e) reconhecido o direito do revisando à indenização, nos termos do art. 630 do Código de Processo Penal. Local..., data... Advogado. OAB n. ... 19 27 Caiu na OAB (X Exame de Ordem) Jane, no dia 18 de outubro de 2010, na cidade de Cuiabá – MT, subtraiu veículo automotor de propriedade de Gabriela. Tal subtração ocorreu no momento em que a vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição. Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-lo no Paraguai. Imediatamente, a vítima chamou a polícia e esta empreendeu perseguição ininterrupta, tendo prendido Jane em flagrante somente no dia seguinte, exatamente quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava guardado em local não revelado. Em 30 de outubro de 2010, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e que havia um comprador, terceiro de boa-fé arrolado como testemunha, o qual, em suas declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Jane possuía maus antecedentes e reincidente específica nesse tipo de crime, bem como que Gabriela havia morrido no dia seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já que o veículo era essencial à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório. Ao cabo da instrução criminal,a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência. A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de novembro de 2012. No dia 5 de março de 2013, você, já na condição de advogado(a) de Jane, recebe em seu escritório a mãe de Jane, acompanhada de Gabriel, único parente vivo da vítima, que se identificou como sendo filho desta. Ele informou que, no dia 27 de outubro de 2010, Jane, acolhendo os conselhos maternos, lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido. O filho da vítima, nunca mencionado no processo, informou que no mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. O candidato deve redigir uma revisão criminal, com fundamento no art. 621, I e/ou III, do Código de Processo Penal. Deverá ser feita uma única petição, dirigida ao Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, em que o candidato deverá argumentar que, após a sentença, foi descoberta causa especial de diminuição de pena, prevista no art. 16 do Código Penal, qual seja, arrependimento posterior. O agente, anteriormente ao recebimento da denúncia, por ato voluntário, restituiu a res furtiva, sendo certo que tal restituição foi integral e que, portanto, faz jus ao máximo de diminuição. Assim, deverá pleitear, com 20 27 base no art. 626 do Código de Processo Penal, a modificação da pena imposta, para que seja considerada referida causa de diminuição de pena. Além disso, o fato novo comprova que o veículo não chegou a ser transportado para o exterior, não tendo se iniciado qualquer ato de execução referente à qualificadora prevista no § 5º do art. 155 do Código Penal. Por isso, cabível a desclassificação do furto qualificado para o furto simples (art. 155, caput, do Código Penal). Como consequência da aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no art. 16 do CP e da desclassificação do delito, o examinando deverá desenvolver raciocínio no sentido de que, em que pese a reincidência da revisionanda, o STJ tem entendimento sumulado no sentido de que poderá haver atribuição do regime semiaberto para cumprimento da pena privativa de liberdade (verbete 269 da Súmula do STJ). Além disso, o fato de a revisionanda ter reparado o dano de forma voluntária prepondera sobre os maus antecedentes e demonstra que as circunstâncias pessoais lhe são favoráveis. Por isso, a fixação do regime fechado se mostra medida desproporcional e infundada, devendo ser abrandado o regime para o semiaberto, com base na no Verbete 269 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça. Ao final, o examinando deverá elaborar, com base no art. 626 do CPP, os seguintes pedidos: i. a desclassificação da conduta, de furto qualificado para furto simples; ii. a diminuição da pena da pena privativa de liberdade; iii. a fixação do regime semiaberto (ou a mudança para referido regime) para o cumprimento da pena privativa de liberdade. Com o fim de privilegiar a demonstração de conhecimento, será pontuada, também, a estrutura da peça prático profissional apresentada. Assim, deve haver a correta divisão das partes, indicação de local, data, assinatura e observância às demais formalidades inerentes à estrutura da peça em análise. Também com a finalidade de privilegiar a demonstração de conhecimento jurídico, a Banca aceitará, subsidiariamente, como peça prático-profissional adequada, o PEDIDO DE JUSTIFICAÇÃO. Para garantir a atribuição dos pontos pertinentes, o examinando deve redigir um Pedido de Justificação, com fundamento no art. 861 do Código de Processo Civil c/c art. 3º do Código de Processo Penal. Deverá ser feita uma única petição, dirigida à Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. Em sua peça, o examinando deverá requerer oitiva da testemunha Gabriel, tendo em vista que as novas provas autorizariam diminuição especial de pena (nos termos do art. 621, III do CPP). Deverá, outrossim, argumentar acerca da impossibilidade de produção de provas em sede de revisão criminal. Por tais razões o examinando deverá, ao final, pleitear: i. a intimação da testemunha Gabriel para comparecer à audiência a ser designada; ii. que, efetuada a justificação, seja, a mesma, homologada por sentença, entregando-se os autos ao requerente após decorridas 48 horas da decisão judicial, nos termos do art. 866 do CPC. Ao final, o examinando deverá atribuir valor à causa, conforme art. 282, V, do CPC, bem como apresentar o rol de testemunhas. Obs: Nessa época, o antigo CPC ainda estava em vigor. Hoje não há mais a cautelar de justificação. HABEAS CORPUS Olá, alunos do Estratégia OAB! Hora de estudar a peça que tem menor chance de cair (pode cair, mas é bem difícil) – a ação de HABEAS CORPUS. Bons estudos! 21 27 1 - Conceito e Base Legal É o remédio judicial que tem por finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou a coação à liberdade de locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder. 2 - Espécies Habeas corpus liberatório ou repressivo: existindo violência ou coação ilegal por parte do coator, só restará então impetrar-se a ordem do juiz para que fique restabelecida a liberdade de locomoção do paciente. Habeas corpus preventivo: se a violência ou coação ilegal ainda não ocorreu, mas tudo indica que iria se consumar em breve dá-se então o habeas corpus preventivo. Bastará a simples ameaça de coação à liberdade de locomoção. 3 - Legitimidade Ativa Pode ser impetrado por qualquer pessoa, independentemente de habilitação legal ou representação de advogado (dispensada a formalidade da procuração). O analfabeto pode impetrar, desde que alguém assine a seu rogo (art. 654, § 1º, c). O promotor de justiça também pode, nos termos do art. 32, I, da LONMP (Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993). Juiz de direito não pode impetrar, em face da inércia da jurisdição, mas pode como cidadão. Delegado de polícia pode. Não como autoridade, mas como cidadão. Obs.: a autoridade coatora não pode impetrar HC contra seu próprio ato. 4 - Legitimidade Passiva No polo passivo da ação de habeas corpus está a pessoa – autoridade ou não – apontada como coatora, que deve defender a legalidade do seu ato, quando prestar as informações. Pode, ainda, ser o corpo estatal, como ocorre com tribunais, CPI. Acrescente-se, ainda, que a CF não distingue, no polo passivo, a autoridade do particular, de modo que é possível impetrar habeas corpus contra qualquer pessoa que constranja a liberdade de locomoção de outrem. 22 27 Ex.: imagine-se os inúmeros casos de internação irregular em hospitais psiquiátricos ou mesmo da vedação de saída a determinados pacientes que não liquidam seus débitos no hospital. 5 - Hipóteses de Cabimento 5.1 - Quando não houver justa causa Justa causa é a existência de fundamento jurídico e suporte fático autorizador do constrangimento à liberdade de locomoção. A hipótese trata da falta de justa causa para a prisão, para o inquérito e para o processo. Só há justa causa para a prisão no caso de flagrante delito ou de ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão ou crime militar. Falta justa causa para o inquérito policial quando este investiga fato atípico ou quando já estiver extinta a punibilidade do suspeito. 5.2 - Quando alguém estiver presopor mais tempo do que determina a lei A nova reforma processual penal, ao concentrar os atos da instrução numa única audiência, visou, em especial, concretizar o princípio constitucional da celeridade processual, impedindo, por consequência, que os réus fiquem sujeitos ao constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo. Cumpre mencionar que a audiência de instrução e julgamento, no procedimento ordinário, deverá realizar no prazo máximo de 60 dias (art. 400 do CPP), após o oferecimento da defesa inicial (arts. 396 e 396-A do CPP). 5.3 - Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo Só pode determinar a prisão a autoridade judiciária dotada de competência material e territorial, salvo caso de prisão em flagrante. A incompetência absoluta do juízo também pode ser reconhecida em sede de habeas corpus. 5.4 - Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação Ex. 1: sentenciado que já cumpriu sua pena, mas continua preso. Ex. 2: término da instrução quando a prisão servia para garantia a lisura da instrução criminal. 5.5 - Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza A Constituição da República, em seu art. 5º, LXVI, estabelece que ninguém pode ser preso quando a lei admitir a prestação de fiança. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena máxima em abstrato não seja superior a quatro anos. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 horas (art. 322 do CPP). 23 27 5.6 - Quando o processo for manifestamente nulo A nulidade pode decorrer de qualquer causa, como falta de condição de procedibilidade (representação nos crimes de ação penal pública condicionada), ilegitimidade ad causam (ofendido propõe a ação penal pública ou vice-versa) ou processual (menor de 18 anos propõe ação penal privada), incompetência do juízo, ausência de citação ou de nomeação de advogado na hipótese de o réu não ter oferecido resposta à acusação, nem ter indicado defensor (art. 396-A, § 2º, do CPP), ausência de alegações finais orais ou escritas (nas hipóteses do CPP, arts. 403, § 3º, e 404, parágrafo único, há previsão legal da apresentação de alegações finais, por memorial). 5.7 - Quando extinta a punibilidade As causas extintivas da punibilidade estão enumeradas exemplificativamente no art. 107 do CP, como, por exemplo, decadência do direito de queixa ou representação, prescrição, perempção. 6 - Competência O habeas corpus deverá ser interposto para as seguintes autoridades: * DO JUIZ DE DIREITO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA Para trancar inquérito policial (Súmula 103 das Mesas de Processo Penal da Faculdade de Direito da USP). Porém, se o inquérito tiver sido requisitado por autoridade judiciária, a competência será do tribunal de segundo grau competente, de acordo com a sua competência. O juiz não pode conceder a ordem sobre ato de autoridade judiciária do mesmo grau. * DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Quando a autoridade coatora for representante do MP Estadual (art. 74, IV, da Constituição do Estado de São Paulo). Ex.: se o promotor de justiça requisita a instauração de inquérito policial, sem lastro para tanto, o habeas corpus deve ser impetrado perante o Tribunal de Justiça. No caso, estando a autoridade policial obrigada a atender a requisição, o promotor de justiça é o verdadeiro responsável pela coação. * DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL Se a autoridade coatora for juiz federal (art. 108, I, d, da CF/88). * DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar, originariamente: 24 27 a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. * DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: [...] i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 22, de 1999) 7 - Julgamento e Efeitos a) A concessão de habeas corpus liberatório implica seja o paciente posto em liberdade, salvo se por outro motivo deva ser mantido na prisão. b) Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal, será expedida ordem de salvo-conduto em favor do paciente. c) Se a ordem for concedida para anular o processo, este será renovado a partir do momento em que se verificou o vício. d) Quando a ordem for concedida para trancar inquérito policial ou ação penal, esta impedirá seu curso normal. e) A decisão favorável do habeas corpus pode ser estendida a outros interessados que se encontrem na situação idêntica à do paciente beneficiado. 25 27 8 - Fundamentos mais Comuns a) Pode ser feita por qualquer pessoa, no caso, denominada impetrante. b) Conteúdo: o órgão jurisdicional a quem é endereçada a ação; o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer a coação (o paciente); o nome de quem exerce a coação ou ameaça; a descrição dos fatos que configuram o constrangimento; a assinatura do impetrante ou de alguém a seu rogo. c) Admite-se a impetração por telegrama, radiograma ou telex, e até por telefone (RT 638/333). Sobre a impetração por meio eletrônico, vide Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que trata da informatização do processo judicial. d) Liminar: é admissível, se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da coação (art. 660, § 2º, do CPP). O Ministério Público não se manifesta no procedimento de habeas corpus quando impetrado perante juiz de direito, somente quando a impetração for perante tribunal. 9 - Estrutura do Habeas Corpus a) Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE... b) Identificação das partes: paciente, impetrante e autoridade coatora. c) Nome da ação e fundamento legal: habeas corpus. Art. 5º, LXVIII, da Constituição da República, e arts. 647 e 648 (e inciso correspondente) do Código de Processo Penal. d) Corpo da peça (Dos fatos e do direito). Abordagem voltada ao constrangimento ilegal à liberdade de locomoção. e) Pedidos: conforme o fundamento invocado: (a) trancamento do inquérito policial; (b) trancamento da ação penal (se ainda não existir sentença); (c) extinção da punibilidade; (d) nulidade; (e) revogação da preventiva; (f) relaxamento da prisão em flagrante; (g) liberdade provisória (todos com alvará de soltura). f) Parte final: local, data, Advogado, OAB n. ... . 10 - Modelo da Peça A) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... (SE A AUTORIDADE COATORA FOR JUIZ DE DIREITO ESTADUAL, POR EXEMPLO) B) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO EGRÉGIO 26 27 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO (SEA AUTORIDADE COATORA FOR JUIZ FEDERAL, POR EXEMPLO) (6 a 10 linhas) FULANO DE TAL (nome e qualificação), advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o n. ..., com endereço profissional..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência impetrar HABEAS CORPUS, com base no art. 5º, inciso LXVIII, da CF/88, combinado com os arts. 647 e 648, inciso..., do Código de Processo Penal, contra ato do BELTRANO DE TAL (autoridade coatora), em favor de CICLANO DE TAL (nome do paciente), nacionalidade, estado civil, profissão, RG..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: I – DOS FATOS II – DO DIREITO 1º parágrafo: apontar a tese. 2º parágrafo: fundamentar a tese. Obs.: os fundamentos de mérito do HC encontram-se, invariavelmente, no art. 648 do CPP. III – DO PEDIDO Ante o exposto, o impetrante requer a concessão da ordem de habeas corpus, para o fim de: • trancamento do inquérito policial ou ação penal (por falta de justa causa); • extinção da punibilidade; • nulidade; • revogação da prisão preventiva, com expedição do alvará de soltura; • relaxamento da prisão em flagrante, com expedição do alvará de soltura; • concessão de liberdade provisória, com expedição do alvará de soltura. Nestes termos, Pede deferimento. Local..., data... Advogado. OAB n. ... 11 - Peça Resolvida (Adaptado da Questão 3 – XV Exame) A Receita Federal identificou que Raquel possivelmente sonegou Imposto sobre a Renda, causando prejuízo ao erário no valor de R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais). Foi instaurado, então, procedimento administrativo, não havendo, até o presente momento, lançamento definitivo do crédito tributário. Ao mesmo tempo, a Receita Federal expediu ofício informando tais fatos ao Ministério Público Federal, que, considerando a autonomia das instâncias, ofereceu denúncia em face de Raquel pela prática do crime previsto no art. 1º, inciso I, da Lei n. 8.137/90. Assustada com a ratificação do recebimento da denúncia após a apresentação de resposta à acusação pela Defensoria Pública, Raquel contrata Wilson para, na condição de advogado, tomar as medidas cabíveis. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO WILSON, nacionalidade, estado civil, advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o n. 27 27 ..., com endereço profissional..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência impetrar HABEAS CORPUS, com pedido liminar, com base no art. 5º, inciso LXVIII, da CF/88, combinado com os arts. 647 e 648, inciso I, do Código de Processo Penal, contra ato do Juiz Federal da Seção Judiciária..., em favor de RAQUEL, nacionalidade, estado civil, RG..., CPF..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos I – DOS FATOS O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Raquel pela prática do crime previsto no art. 1º, I, da Lei n. 8.137/90. Foi ratificado o recebimento da denúncia após a apresentação de resposta à acusação pela Defensoria Pública. II – DO DIREITO A paciente foi denunciada pela prática do delito previsto no art. 1º, I, da Lei n. 8.137/90, sendo o recebimento da denúncia ratificado pela autoridade coatora. Todavia, o fato praticado por Raquel é atípico porque não houve o efetivo lançamento definitivo do crédito tributário, nos termos do que dispõe a Súmula Vinculante 24 do STF. Assim, não há justa causa para ação penal, pois o fato atribuído à paciente é atípico. Logo, verifica-se flagrante constrangimento ilegal a à liberdade de locomoção de Raquel, razão pela qual o trancamento da ação penal é medida que se impõe. III – DO PEDIDO Ante o exposto, o impetrante requer: a) seja expedido ofício à autoridade coatora, a fim de que preste informações; b) seja intimado o Ilustre Representante do Ministério Público Federal; c) a concessão da ordem de habeas corpus, para o fim de que seja trancada a ação penal, nos termos do art. 648, I, do Código de Processo Penal. Local..., data... Advogado. OAB n. ... Agravo em execução 1 - Conceito 2 - Base legal 3 - Identificação 4 - Rito e competência para o julgamento 5 - Prazo 6 - Cabimento 7 - Legitimidade 8 - Efeitos 9 - Estrutura do agravo em execução 9.1 - Interposição 9.2 - Razões 10 - Modelo de peça 11 - Peça resolvida 12 - Contrarrazões de agravo em execução 12.1 - Introdução 12.2 - Prazo 12.3 - Conteúdo 12.4 - Modelo de peça Revisão criminal 1 - Base legal 2 - Identificação 3 - Conceito 4 - Cabimento da revisão/conteúdo 4.1 - Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal 4.2 - Contrariedade à evidência dos autos 4.3 - Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos 4.4 - Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena 5 - Revisão e extinção da pena 6 - Legitimidade 7 - Órgão competente para o julgamento da revisão criminal 8 - Decisão na revisão criminal 9 - Estrutura da revisão criminal 10 - Modelo da peça Caiu na OAB Habeas corpus 1 - Conceito e Base Legal 2 - Espécies 3 - Legitimidade Ativa 4 - Legitimidade Passiva 5 - Hipóteses de Cabimento 5.1 - Quando não houver justa causa 5.2 - Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei 5.3 - Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo 5.4 - Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação 5.5 - Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza 5.6 - Quando o processo for manifestamente nulo 5.7 - Quando extinta a punibilidade 6 - Competência 7 - Julgamento e Efeitos 8 - Fundamentos mais Comuns 9 - Estrutura do Habeas Corpus 10 - Modelo da Peça 11 - Peça Resolvida
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