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Importancia da Psicologia Comunitaria

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE
CURSO DE PSICOLOGIA
ESTUDO DIRIGIDO PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
Pedro Vitor Tomaz Rodrigues 
201702391213
ATIVIDADE EM ESTUDO DIRIGIDO
RECIFE
2022
A importância da psicologia social em nossa sociedade 
A Psicologia Comunitária é uma disciplina recente. Sua origem remonta, por um lado à psiquiatria social e preventiva, à dinâmica e psicoterapia de grupos, práticas "psi" que conceituavam uma origem social a seus objetos de estudo. Por outro lado, psicólogos sociais, após os decisivos acontecimentos de maio de 1968, na França e Itália, passaram a colocar em questão a neutralidade dos pesquisadores centrados no modelo empírico-analítico, dando início à assim chamada "crise"da Psicologia Social. Sob a influência da filosofia francesa e do movimento institucionalista, as práticas dos psicólogos passaram a ser criticamente avaliadas a partir de referenciais antropológicos, históricos e políticos. Embora as primeiras conceituações e práticas comunitárias em Psicologia tenham sido norte-americanas ou européias [ver, p.ex. Iscoe, Bloom e Spielberger (1974), Bender (1978), Saranson (1974)], é na América Latina que a disciplina ganha contornos característicos. Wiesenfeld e Sánchez (1991) procuraram sintetizar o conjunto de condições "que teriam criado o clima apropriado para seu crescimento" (p.113), a partir dos anos 70. Em primeiro lugar estava a preocupação de um grupo de psicólogos que sentiam a necessidade de mudar o foco da Psicologia Social, que à época, segundo eles, imitava predominantemente a abordagem experimentalista norte-americana. Segundo Wiesenfeld e Sánchez considerava-se que a Psicologia Social, na América Latina,
"não estava se baseando na realidade para a qual ela estava suposta de atuar, mas que o conhecimento que estava sendo importado era, de certa forma, questionável naquele contexto. Assim, a contribuição da psicologia social para a solução de problemas educacionais, de saúde, de moradia, de trabalho, entre outros, especialmente em grupos de baixa renda, passou a ser questionada por acadêmicos e pelos governos"(p.114).
Uma segunda condição para o surgimento da Psicologia Comunitária seria o desenvolvimento de movimentos que teriam se organizado como "resposta à histórica frustração dos cidadãos que sofriam de falta de atenção e interesse da parte de agências governamentais responsáveis pela solução de seus problemas e de organizações políticas que procuravam representá-los junto aos grupos locais detentores de poder" (p.114). Tais movimentos expressariam a consciência cada vez maior das comunidades da importância do seu envolvimento no processo de tomada de decisões em problemas vitais para a transformaçao das condições ambientais. Como uma terceira condição, para a emergência da nova disciplina, os autores ressaltam a influência do pensamento de autores como Paulo Freire e Orlando Fals Borda, introdutores da metodologia da pesquisa-ação como um procedimento "fornecido aos psicólogos sociais comunitários para promover a idéia de auto-gestão nas comunidades" (p.114). Envolvimento com problemas nacionais, questionamento de sistemas psicológicos instituídos, sensibilidade para a emergência de movimentos sociais, busca de abordagens conceituais e metodológicas alternativas. Wiesenfeld e Sánchez expõem com clareza as "raízes" da disciplina que, desde há vinte e cinco anos, direciona as estratégias de ação dos psicólogos latino-americanos envolvidos com o desenvolvimento comunitário.
Desse modo, a Psicologia Comunitária visa promover a consciência e minimizar a alienação, procura promover a participação reflexiva dos grupos com os quais trabalha na definição das prioridades de atuação, planejamento, execução e avaliação de suas atividades. Para Campos (2002), a produção teórica e prática da Psicologia Social Comunitária é marcada pela busca do desenvolvimento da consciência crítica, da ética, da solidariedade e de práticas cooperativas ou mesmo autogestionárias, a partir da análise dos problemas cotidianos da comunidade.
A Psicologia Comunitária tem envolvido trabalhos interdisciplinares de modo a coletivizar e facilitar o entendimento entre a comunidade e seus diversos aliados. Propõe trabalhar com a comunidade, incorporando seus membros em todas as fases do trabalho. Contudo, um dos grandes desafios que encontra atualmente é encontrar, no trabalho conjunto com esses atores sociais, alternativas originais de desenvolvimento que visem à sustentabilidade humana e social. O caminho para a construção desse desenvolvimento deve ser pautado na realidade local e estar relacionado ao desenvolvimento pessoal e coletivo dos moradores da comunidade.
A Psicologia Comunitária emerge de uma psicologia preocupada com a cidadania e tem se constituído ao longo das últimas décadas a partir de um esforço de intervenção com os diversos grupos sociais. Essa interação tem se dado, de maneira geral, a partir da ênfase na autonomia e no protagonismo das populações com as quais se tem trabalhado por maio da ampliação da criticidade desses sujeitos em relação ao contexto e aos problemas que apresentam, em busca da construção de um conhecimento social e comunitário.
Referencias: 
MACIEL, Tania Maria de Freitas Barros; ALVES, Monalisa Barbosa. A importância da psicologia social comunitária para o desenvolvimento sustentável. Pesqui. prát. psicossociais,  São João del-Rei ,  v. 10, n. 2, p. 272-282, dez.  2015 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082015000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  07  nov.  2022.
Arendt, Ronald J. J.Psicologia Comunitária: teoria e metodologia. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 1997, v. 10, n. 1 [Acessado 7 Novembro 2022] , pp. 7-16. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-79721997000100003>. Epub 26 Jul 1999. ISSN 1678-7153. https://doi.org/10.1590/S0102-79721997000100003.

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