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Estruturas Celulares Microbianas e suas Funções

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Vários corantes utilizados em microbiologia são carregados 
positivamente, sendo, por essa razão, denominados corantes básicos. 
Exemplos de corantes básicos incluem o azul de metileno, o cristal violeta e a 
safranina. 
Corantes que conferem diferentes cores a diferentes tipos de células são 
denominados corantes diferenciais. 
Um importante procedimento de coloração diferencial, amplamente 
utilizado em microbiologia, é a coloração de Gram. Bactérias podem ser 
divididas em dois grupos principais: gram-positivas e gram-negativas. 
 
 
 
 
PRINCIPAIS MORFOLOGIAS CELULARES 
 
As células de alguns procariotos permanecem unidas em grupos ou 
conjuntos após a divisão celular, e os arranjos são frequentemente 
característicos. Por exemplo, alguns cocos formam longas cadeias (p. ex., a 
bactéria Streptococcus), outros são encontrados como cubos tridimensionais 
(Sarcina), e ainda outros, em conjuntos semelhantes a um cacho de uvas 
(Staphylococcus). 
Várias forças seletivas auxiliaram na definição da morfologia de uma 
determinada espécie. Alguns exemplos disso incluem a otimização da 
captação de nutrientes (células pequenas, e aquelas com elevadas proporções 
entre superfície e volume, como as células apendiculadas), mobilidade 
natatória em ambientes viscosos ou próximos a superfícies (células 
helicoidais ou espiraladas), motilidade por deslizamento (bactérias 
filamentosas), e assim por diante. 
 Como os cocos e os bacilos diferem em sua morfologia? 
 
 A morfologia celular é um bom indicador de outras propriedades da 
célula? 
 
 
Há vantagens significativas em ser uma célula pequena. As células 
pequenas apresentam maior área superficial, em relação ao volume celular, 
do que as células grandes; isto é, estas apresentam maior razão superfície–
volume. 
A razão S/V de uma célula afeta vários aspectos de sua biologia, 
incluindo a sua evolução. Uma vez que a taxa de crescimento celular depende, 
entre outras coisas, da taxa de troca de nutrientes, a razão S/V maior das células 
menores permite uma troca de nutrientes mais rápida por unidade de volume 
celular, em comparação com células maiores. Como resultado, as células 
menores geralmente crescem mais rapidamente que as células maiores, e uma 
determinada quantidade de recursos (os nutrientes disponíveis para promover o 
crescimento) sustentará uma população maior de células pequenas que de 
células grandes. 
 
Toda vez que uma célula se divide, seu cromossomo também é replicado. 
Quando o DNA é replicado, podem ocorrer erros ocasionais, denominados 
mutações. Como a taxa de mutações parece relativamente igual em todas as 
células, grandes ou pequenas, quanto maior o número de replicações 
cromossômicas, maior será o número total de mutações na população celular. 
Pelo fato de as células procarióticas serem bastante pequenas e 
também geneticamente haploides (permitindo a expressão imediata de 
mutações), elas geralmente exibem uma capacidade de crescimento e 
evolução mais rápidos do que as células maiores, geneticamente diploides. 
 Pode parecer que quanto menores forem as bactérias, maiores serão as 
vantagens seletivas na natureza. No entanto, isso não é verdade, uma 
vez que existem limites inferiores para o tamanho celular. Se 
considerarmos o volume necessário para abrigar os componentes 
essenciais de uma célula de vida livre – proteínas, ácidos nucleicos, 
ribossomos, e assim por diante – uma estrutura de 0,1 mm ou menor é 
insuficiente para fazer o trabalho, estando as estruturas de 0,15 mm de 
diâmetro no limite em relação a essa questão. 
 Que propriedade física das células aumenta à medida que as células se 
tornam menores? 
 
 Como o tamanho pequeno e o estado haploide dos procariotos acelera o 
seu processo de evolução? 
 Quais são os limites aproximados do quão pequena uma célula pode ser? 
Por que isso acontece? 
As membranas citoplasmáticas de algumas bactérias são reforçadas por 
moléculas semelhantes a esteróis, chamadas de hopanoides. Esteróis são 
moléculas rígidas e planas que atuam reforçando as membranas de células 
eucarióticas, sendo que os hopanoides desempenham função similar em 
bactérias. 
Contrariamente aos lipídeos de bactérias e eucariotos, em que os ácidos 
graxos são unidos ao glicerol por ligações éster, os lipídeos de arqueias 
apresentam ligações éter entre o glicerol e suas cadeias hidrofóbicas laterais. 
Os lipídeos de arqueias, dessa forma, são desprovidos de ácidos graxos, 
por si só, embora a cadeia hidrofóbica lateral desempenhe o mesmo papel 
funcional que os ácidos graxos. 
Contrariamente às bicamadas lipídicas, as monocamadas lipídicas são 
bastante resistentes ao calor e, dessa forma, são amplamente distribuídas entre 
arqueias hipertermófilas, organismos capazes de crescer otimamente em 
temperaturas acima de 80°C. 
 Desenhe a estrutura básica de uma bicamada lipídica e aponte as regiões 
hidrofílicas e hidrofóbicas. 
 
 Quais são as semelhanças e diferenças dos lipídeos de membrana de 
Bacteria e Archaea? 
 
Em primeiro lugar, a membrana atua como uma barreira de permeabilidade, 
impedindo o extravasamento passivo de substâncias para dentro ou para fora da 
célula. 
Segundo, a membrana corresponde a um sítio de ancoragem para várias 
proteínas. 
 
 Por que uma célula não pode depender apenas da difusão simples como 
mecanismo de captação de nutrientes? 
 Por que um dano físico à membrana citoplasmática é potencialmente letal 
para a célula? 
A bactéria Escherichia coli metaboliza o açúcar dissacarídeo lactose, e a 
lactose é transportada ao interior das células de E. coli pela atividade de um 
transportador simples denominado lac permease, um tipo de simportador. 
 
Será visto em breve que as bactérias gram-negativas contêm uma região 
denominada periplasma, situada entre a membrana citoplasmática e uma 
segunda camada membranosa, denominada membrana externa, parte da 
parede celular gram-negativa. 
O periplasma contém muitas proteínas diferentes, várias das quais atuam 
no transporte, sendo denominadas proteínas periplasmáticas de ligação. 
Sistemas de transporte que contêm proteínas periplasmáticas de ligação, bem 
como um transportador de membrana e proteínas que hidrolisam ATP, são 
denominados sistemas de transporte ABC, sendo “ABC” um acrônimo de ATP-
binding-cassette (cassete de ligação a ATP), uma propriedade estrutural de 
proteínas que se ligam a ATP. 
Os transportadores ABC são responsáveis pela captação de compostos 
orgânicos como açúcares e aminoácidos, nutrientes inorgânicos como sulfato e 
fosfato, e certos metais. 
Uma propriedade característica das proteínas periplasmáticas de ligação é a 
sua elevada afinidade pelo substrato. Essas proteínas podem ligar-se a seu 
substrato mesmo que ele esteja presente em concentrações extremamente 
baixas 
Embora as bactérias gram-positivas não apresentem periplasma, elas 
também possuem sistemas de transporte ABC. Em bactérias gram-positivas, 
no entanto, proteínas de ligação ao substrato (o equivalente funcional das 
proteínas periplasmáticas de ligação) estão ancoradas à superfície externa da 
membrana citoplasmática. Uma vez que elas se ligam ao seu substrato, essas 
proteínas interagem com um transportador de membrana para catalisar a 
captação ATP-dirigida do substrato. 
 
 Compare e diferencie os transportadores simples, o sistema 
fosfotransferase e transportadores ABC em termos de: (1) fonte de 
energia, (2) alterações químicas do soluto durante o transporte e (3) 
número de proteínas envolvidas. 
 
 Qual a principal característica das proteínas periplasmáticas de ligação 
que as torna ideal para os organismos que vivem em ambientes muito 
pobres em nutrientes? 
Além de proteger contra a lise osmótica, as paredes celulares conferem 
forma e rigidez à célula. 
 muitos antibióticos têm como alvo a síntese da parede celular, deixando 
a célula suscetível à lise. 
Aparede celular gram-negativa, ou envelope celular, como é muitas vezes 
denominada, é constituída por pelo menos duas camadas, enquanto a 
parede celular gram-positiva é geralmente muito mais espessa, sendo 
constituída principalmente por um único tipo de molécula. 
As paredes celulares de bactérias apresentam uma camada rígida, que é a 
principal responsável pela rigidez da estrutura. Essa camada rígida, denominada 
peptideoglicano, é um polissacarídeo composto por dois derivados de 
açúcares – N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico – além de alguns 
aminoácidos, incluindo L-alanina, D-alanina, ácido D-glutâmico e, ou L-lisina ou 
uma molécula estruturalmente similar, ácido diaminopimélico (DAP). Esses 
componentes estão associados para originar uma estrutura repetitiva chamada 
de tetrapeptídeoglicano. 
Em bactérias gram-negativas, a ligação cruzada do peptideoglicano é 
formada de uma ligação peptídica entre o grupo amino do DAP de uma 
cadeia de glicano e o grupo carboxil da d-alanina terminal da cadeia de 
glicano adjacente. Em bactérias gram-positivas, a ligação cruzada ocorre 
frequentemente por meio de uma curta ponte interpeptídica, sendo os tipos e 
o número de aminoácidos presentes nessa ponte variáveis de espécie para 
espécie. 
Em bactérias gram-positivas, cerca de 90% da parede celular é composta 
por peptideoglicano. Muitas bactérias gram-positivas apresentam moléculas 
ácidas, denominadas ácidos teicoicos, embebidas em sua parede celular. O 
termo “ácido teicoico” refere-se a toda a parede celular, a membrana 
citoplasmática e polímeros capsulares compostos por glicerol-fosfato ou ribitol 
fosfato. 
Determinados ácidos teicoicos são ligados covalentemente a lipídeos de 
membrana, e esses são denominados ácidos lipoteicoicos. 
 
 
Destrói a camada de peptideoglicano: enzima lisozima, uma proteína que 
cliva as ligações glicosídicas b-1,4 entre a N-acetilglicosamina e o ácido N-
acetilmurâmico do peptideoglicano, enfraquecendo, assim, a parede. Quando 
isso acontece, a água consegue penetrar na célula e causar lise celular. 
 Por que as células bacterianas necessitam de paredes celulares? Todas 
as bactérias apresentam parede celular? 
 
 Por que o peptideoglicano é uma molécula tão resistente? 
 
 
 Qual a ação da enzima lisozima? 
Em bactérias gram-negativas, apenas uma pequena quantidade da parede 
celular total consiste em peptideoglicano, enquanto a maior parte é composta 
pela membrana externa. 
Essa camada corresponde efetivamente a uma segunda bicamada lipídica, 
porém não é composta somente por fosfolipídeos e proteínas, como ocorre na 
membrana citoplasmática. Em vez disso, a membrana externa também contém 
polissacarídeos, de modo que o lipídeo e o polissacarídeo estão ligados 
formando um complexo. Por essa razão, a membrana externa é frequentemente 
denominada camada lipopolissacarídica ou simplesmente LPS. 
Além do seu papel em fornecer rigidez à parede das células gram-negativas, 
uma importante propriedade biológica do LPS está relacionada com sua 
toxicidade aos animais. 
Uma das principais funções da membrana externa consiste em impedir que 
proteínas cujas atividades aconteçam fora da membrana citoplasmática se 
difundam para longe da célula. Essas proteínas são encontradas em uma região 
denominada periplasma. Esse espaço, situado entre a superfície externa da 
membrana citoplasmática e a superfície interna da membrana externa. 
A membrana externa é relativamente permeável a moléculas pequenas (até 
mesmo moléculas hidrofílicas) devido à presença de proteínas, denominadas 
porinas, que atuam como canais, permitindo a entrada e saída de solutos. 
Durante a reação de Gram, a parede celular gram-positiva é desidratada pelo 
álcool, promovendo o fechamento dos poros na parede e impedindo a remoção 
do complexo insolúvel de cristal violeta-iodo. 
Por outro lado, nas bactérias gram-negativas, o álcool penetra rapidamente 
na membrana externa rica em lipídeos, extraindo o complexo cristal violeta-iodo 
da célula. 
 Que componentes químicos são encontrados na membrana externa de 
bactérias gram-negativas? 
 
 Qual a função das porinas e onde elas se localizam em um parede celular 
gram-negativa? 
 Que componente celular das células gram-negativa apresenta 
propriedades de endotoxina? 
 
 Por que o álcool promove o rápido descoramento das bactérias gram-
negativas, mas não das gram-positivas? 
 
Parece celular de gram-negativa 
 
O peptideoglicano, um biomarcador-chave de bactérias, está ausente 
das paredes celulares de arqueias. Uma membrana externa também é 
comumente ausente em arqueias. Em vez disso, vários tipos de paredes 
celulares são encontrados em arqueias, incluindo aquelas contendo 
polissacarídeos, proteínas ou glicoproteínas. 
As paredes celulares de determinadas arqueias metanogênicas contêm 
uma molécula bastante similar ao peptideoglicano, um polissacarídeo 
denominado pseudomureína. O esqueleto da pseudomureína é composto por 
repetições alternadas de N-acetilglicosamina (também encontrada no 
peptideoglicano) e ácido N-acetiltalosaminurônico; este último substitui o ácido 
N-acetilmurâmico do peptideoglicano. 
A pseudomureína também se distingue do peptideoglicano pelo fato de as 
ligações glicosídicas entre os derivados de açúcares serem do tipo b-1,3 em vez 
de b-1,4, e os aminoácidos serem todos estereoisômeros L. 
O tipo mais comum de parede celular em arqueias corresponde a uma 
camada superficial paracristalina, ou camada S, como é chamada. As camadas 
S consistem em moléculas entrelaçadas de proteínas ou glicoproteínas. 
Como as arqueias não possuem peptideoglicanos, elas são naturalmente 
resistentes à ação da lisozima e do antibiótico penicilina, agentes que 
destroem os peptideoglicanos ou que interrompem sua biossíntese. 
 Como a pseudomureína assemelha-se ao peptideoglicano? Como as 
duas moléculas diferem? 
 
 Qual a composição de uma camada S? 
 
 
 Por que arqueias são insensíveis à penicilina? 
Os termos cápsula e camada limosa são frequentemente utilizados 
indistintamente, porém os dois termos não se referem à mesma coisa. 
Tradicionalmente, se a camada é organizada em uma matriz compacta, que 
exclui partículas pequenas, como a tinta nanquim, é denominada cápsula. Essa 
estrutura é facilmente visível por microscopia óptica se as células forem tratadas 
com tinta nanquim e também podem ser vistas ao microscópio eletrônico. Em 
contrapartida, se a camada é mais facilmente deformável, ela não excluirá as 
partículas e será de visualização mais difícil; essa forma é denominada camada 
limosa. 
As cápsulas normalmente aderem firmemente à parede celular, e 
algumas são até mesmo ligadas covalentemente ao peptideoglicano. As 
camadas limosas, contrariamente, ligam-se frouxamente, podendo ser 
perdidas da superfície celular. 
Camadas superficiais externas têm várias funções. Os polissacarídeos de 
superfície auxiliam na ligação dos microrganismos às superfícies sólidas. 
Quando surge a oportunidade, bactérias de todos os tipos normalmente 
se ligam a superfícies sólidas, algumas vezes formando uma espessa camada 
de células, denominada biofilme. Os polissacarídeos extracelulares também 
desempenham um papel essencial no desenvolvimento e na manutenção dos 
biofilmes. 
Além da ligação, as camadas de superfície externas também podem 
desempenhar outras funções. Estas incluem a atuação como fatores de 
virulência em certas doenças bacterianas, e a prevenção da desidratação 
das células. 
As fímbrias e os pili são proteínas filamentosas que se projetam a partir 
da superfície de uma célula, podendo apresentar muitas funções. As fímbrias 
conferem às células a capacidade de adesão a superfícies, incluindo tecidos 
animais no caso de algumas bactérias patogênicas, ou de formação de 
películas (camadas delgadas de células sobre uma superfície líquida) ou 
biofilmes em superfícies sólidas.Os pili assemelham-se às fímbrias, porém são estruturas normalmente 
mais longas, estando presentes na superfície celular em uma ou poucas cópias. 
Duas funções bastante importantes dos pili incluem facilitar a troca genética 
entre as células em um processo chamado de conjugação, e impedir a 
adesão de patógenos a tecidos específicos do hospedeiro que eles venham 
a invadir. 
 
 
 Uma célula bacteriana poderia dispensar uma parede celular caso 
possuísse uma cápsula? Por que sim ou por que não? 
 
 Como as fímbrias distinguem-se dos pili, tanto estrutural quanto 
funcionalmente? 
Inclusões estão frequentemente presentes em células procarióticas. As 
inclusões funcionam como reservas de energia e/ou como reservatórios de 
carbono, ou desempenham funções especiais. 
O armazenamento de carbono ou de outras substâncias em uma forma 
insolúvel é vantajoso para a célula, pois reduz o estresse osmótico que 
existiria caso a mesma quantidade da substância fosse dissolvida no 
citoplasma. 
Um dos corpos de inclusão mais comuns em organismos procarióticos 
corresponde ao ácido poli-b-hidroxibutírico (PHB), um lipídeo formado por 
unidades de ácido b-hidroxibutírico. 
Outro produto de armazenamento é o glicogênio, que corresponde a um 
polímero de glicose e, assim como os PHAs, é um reservatório de carbono e 
energia, produzido quando há excesso de carbono no ambiente. 
 Embora os glóbulos de enxofre aparentemente residam no citoplasma, 
eles estão presentes, na realidade, no periplasma. 
Algumas bactérias são capazes de orientar-se especificamente em um 
campo magnético pelo fato de conterem magnetossomos. 
A biomineralização de diversos minerais diferentes é catalisada por 
vários procariotos, contudo apenas no caso da Gleomargarita e dos 
magnetossomos é que há o desenvolvimento de inclusões intracelulares. 
 Em que condições de crescimento você esperaria a produção de PHAs 
ou glicogênio? 
 
 Por que seria impossível o armazenamento de enxofre por bactérias 
gram-positivas, como é observado em bactérias gram-negativas 
quimiolitotróficas oxidantes de enxofre? 
 
 
 Em que os magnetossomos e as inclusões de Gleomargarita se 
assemelham e de que forma se diferem? 
 
Alguns procariotos são planctônicos, ou seja, apresentam uma existência 
flutuante na coluna de água de lagos e oceanos. Muitos organismos 
planctônicos são capazes de flutuar porque contêm vesículas de gás, estruturas 
que conferem flutuabilidade às células, permitindo que se posicionem em uma 
coluna de água de um determinado local. 
Os exemplos mais impressionantes de bactérias apresentando vesículas de 
gás correspondem às cianobactérias, que formam grandes acúmulos 
denominados florescências, em lagos ou outros corpos de água. 
As vesículas de gás são estruturas cônicas constituídas de proteínas; elas 
são ocas, rígidas, de comprimento e diâmetro variáveis. 
As vesículas de gás são compostas por duas proteínas diferentes. A 
principal proteína, denominada GvpA, corresponde ao envoltório impermeável 
da vesícula de gás em si e é uma proteína pequena, hidrofóbica e muito rígida, 
cujas cópias se alinham para formar as “nervuras” paralelas da vesícula. A 
rigidez é essencial na resistência da estrutura às pressões externas. A segunda 
proteína, denominada GvpC, atua reforçando o envoltório da vesícula de gás 
por meio de ligações cruzadas com as “nervuras” paralelas, formando um ângulo 
capaz de agrupar várias moléculas de GvpA. 
A composição e pressão do gás no interior de uma vesícula de gás é aquela 
na qual o organismo está suspenso. 
 Qual gás está presente em uma vesícula de gás? De que forma uma 
célula pode se beneficiar ao controlar a sua flutuabilidade? 
 
 De que modo as duas proteínas que compõem a vesícula de gás, GpvA 
e GpvC, são arranjadas, originando uma estrutura tão impermeável à 
água? 
Determinadas espécies de Bacteria produzem estruturas denominadas 
endósporos, durante um processo denominado esporulação. Os endósporos 
são células altamente diferenciadas que exibem extrema resistência ao calor, 
produtos químicos fortes e radiação. 
Os endósporos também são facilmente dispersos pela ação do vento, da 
água ou por meio do trato gastrintestinal de animais. As bactérias formadoras de 
endósporo são encontradas predominantemente no solo, sendo as espécies de 
Bacillus os representantes mais bem estudados. 
As células não esporulam quando se encontram em crescimento 
ativo, mas somente quando o crescimento cessa devido à exaustão de um 
nutriente essencial. 
Um endósporo pode permanecer dormente durante anos, porém pode 
converter-se novamente em uma célula vegetativa de forma relativamente 
rápida. Esse processo envolve três etapas: ativação, germinação e extrusão. 
A ativação acontece quando os endósporos são aquecidos por alguns 
minutos, a uma temperatura elevada, porém subletal. Em seguida, os 
endósporos ativados são estimulados a germinar quando colocados na 
presença de nutrientes específicos, como determinados aminoácidos. A 
germinação, um processo geralmente rápido (da ordem de alguns minutos), 
envolve a perda da refringência microscópica do endósporo, maior capacidade 
de coloração por corantes, e perda da resistência ao calor e produtos químicos. 
O estágio final, a extrusão, envolve um intumescimento visível decorrente da 
captação de água, e síntese de RNA, proteínas e DNA. 
Uma substância química característica de endósporos, mas ausente em 
células vegetativas, é o ácido dipicolínico, que se acumula no cerne. 
Alguns endósporos bacterianos sobrevivem ao aquecimento a 
temperaturas de até 150ºC, embora 121ºC, o padrão de esterilização 
microbiológica (121ºC corresponde à temperatura da autoclave), seja letal aos 
endósporos da maioria das espécies. 
O cerne do endósporo contém altas concentrações de pequenas 
proteínas ácido-solúveis (PPASs). Essas proteínas são sintetizadas apenas 
durante o processo de esporulação, possuindo pelo menos duas funções. As 
PPASs ligam-se fortemente ao DNA do cerne, protegendo-o contra 
potenciais danos causados pela radiação ultravioleta, pelo dessecamento 
e pelo calor seco. Além disso, as PPASs atuam como fontes de carbono e 
energia na extrusão de uma nova célula vegetativa a partir do endósporo 
durante a germinação. 
 O que é o ácido dipicolínico e onde ele é encontrado? 
 
 O que são PPASs e qual sua função? 
 
 
 O que é formado quando um endósporo germina? 
 
Na flagelação polar, os flagelos encontram-se ligados a uma ou ambas 
as extremidades da célula. 
Na flagelação peritríquia, os flagelos encontram-se inseridos em vários 
pontos ao redor da superfície celular. 
 
Os flagelos de arqueias são significativamente mais delgados que os 
flagelos bacterianos, exibindo somente 10 a 13 nm de espessura, porém 
conferem movimento de rotação à célula como observado em bactérias. De 
modo diverso ao observado em bactérias, onde há uma única proteína no 
filamento flagelar, várias flagelinas diferentes são encontradas em arqueias 
sendo que as sequências de aminoácidos e os genes que codificam as flagelinas 
de arqueias não exibem qualquer relação com aquelas da flagelina bacteriana. 
 As células de Salmonella possuem flagelos peritríquios, as de 
Pseudomonas possuem flagelação polar, e as de Spirillum possuem 
flagelos lofotríquios. Utilizando um esquema, mostre como cada flagelo 
apareceria em uma coloração. 
 
 Compare os flagelos de bactérias e arqueias em termos de estrutura e 
função. 
Alguns procariotos são móveis, porém não apresentam flagelos. A maioria 
dessas bactérias não natatórias, porém móveis, são capazes de deslocar-se por 
meio de um processo denominado deslizamento. Ao contrário da motilidade 
flagelar, em que as células param e, em seguida, movem-se em uma direção 
diferente, a motilidade deslizante corresponde a um tipo de movimento mais 
lento e suave, geralmente ocorrendo ao longo do eixo da célula.Os procariotos deslizantes compreendem células filamentosas ou 
bacilares, e o processo de deslizamento requer o contato das células com uma 
superfície sólida. 
As cianobactérias realizam o deslizamento secretando um polissacarídeo 
limoso de seus poros na superfície externa da célula. 
 Como a motilidade por deslizamento diferencia-se da motilidade natatória 
em relação ao mecanismo e às exigências? 
 
 Diferencie o mecanismo de motilidade deslizante de uma cianobactéria 
filamentosa daquele de Flavobacterium. 
 
A quimiotaxia, uma resposta a agentes químicos, e a fototaxia, uma 
resposta à luz. 
 Defina o termo quimiotaxia. Como a quimiotaxia se diferencia da 
aerotaxia? 
 
 O que promove uma corrida ou uma oscilação? 
 
 Como a quimiotaxia pode ser medida quantitativamente? 
 
 Qual a diferença entre escotofobotaxia e fototaxia? 
 Como o DNA é organizado nos cromossomos eucarióticos? 
 
 O que são as histonas e qual a sua função? 
 
 
 Quais são as principais diferenças entre mitose e meiose? 
Alguns microrganismos eucarióticos não sobrevivem na presença de O2 e, 
como muitos procariotos, vivem um estilo de vida anaeróbio. Essas células são 
desprovidas de mitocôndrias, e algumas dela, contêm estruturas denominadas 
hidrogenossomos. 
 Quais reações essenciais ocorrem na mitocôndria e nos cloroplastos, e 
quais produtos essenciais são produzidos nestas organelas? 
 
 Compare e diferencie o metabolismo do piruvato na mitocôndria e nos 
hidrogenossomos. 
 
 
 O que é a hipótese endossimbiótica e que evidências a suportam? 
 
 Por que as atividades que ocorrem no lisossomo devem ser isoladas do 
próprio citoplasma? 
 
 Como o citoesqueleto da célula se mantém unido? 
 
 Do ponto de vista funcional, como se diferem os flagelos das células 
eucarióticas e procarióticas?

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