Buscar

PAPER PILOTO GRAFICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

13
	DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAS)
Acadêmicos:
Aline Augusta N. P. Lira Amadeu
Lucijane Viana Tavares Bernardes
Tatiane Spigiorin
Vanessa de Oliveira de Souza
Victoria do Espírito Santo Vieira 
Tutor externo:
 Felipe Bruno Pereira Santos
1.INTRODUÇÃO
 Doenças microbianas de origem alimentar ou toxinfecções alimentares constituem um grupo de doenças, no qual o alimento contaminado é o mais importante veículo do agente patogênico. As doenças transmitidas por alimentos ocorrem quando uma pessoa contrai uma enfermidade devido à ingestão de alimentos contaminados com microrganismos ou toxinas indesejáveis. Essa condição é frequentemente denominada como toxinfecção alimentar. Muitos casos de enfermidades causadas por alimentos não são notificados, pois seus sintomas são geralmente parecidos com gripes. Os sintomas mais comuns de doenças de origem alimentar incluem dor de estomago, náusea, vômitos, diarréia e febre. As toxinfecções alimentares de origem microbiana têm sido reconhecidas como o problema de saúde pública mais abrangente no mundo atual, causando um impacto econômico negativo, acarretando grandes perdas econômicas para as indústrias, para o turismo e para a sociedade. Os perigos, quando de natureza microbiana, decorrem não apenas de enfermidades transmissíveis ao homem pela ingestão de alimentos infectados (ou por simples contato com as fontes de contágio), mas também devem-se às toxinfecções alimentares.
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) vêm crescendo de forma significativa mundialmente. Diversos são os fatores que colaboram para a emergência dessas doenças, entre eles estão: o progressivo aumento das populações; grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; o desenvolvimento urbano desordenado e a necessidade de fabricação de alimentos em grande escala. Outro fator que tem muita influência é a deficiência do controle por parte dos órgãos públicos e privados sobre a qualidade dos alimentos oferecidos as populações.
 Acrescentam-se outros determinantes para o aumento na incidência das DTA, tais como a maior exposição das populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo – fast-foods –, o consumo de alimentos em vias públicas, a utilização de novas modalidades de produção, o aumento no uso de aditivos e a mudanças de hábitos alimentares, sem deixar de considerar as mudanças ambientais, a globalização e as facilidades atuais de deslocamento da população, inclusive no nível internacional. 
 Conforme (BRASIL, 2010) a multiplicidade de agentes causais [...]fatores já mencionados, resultam em infecções ou intoxicações que podem se apresentar de forma crônica ou aguda, em surto ou de casos isolados, com distribuição localizada ou disseminada e com formas clínicas diversas.
 
Segundo a Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina (2017),
uma epidemia de DTA é definida com a ocorrência de duas ou mais pessoas com a mesma enfermidade após a ingestão de um mesmo alimento ou água, e com a confirmação das análises epidemiológicas. No entanto, um único caso de botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear ações relativas a um surto devido à gravidade desses agentes.
 De acordo com Oliveira (et al, 2010) estudos nacionais e internacionais relatam que a maioria dos casos de DTA não são notificados às autoridades sanitárias, devido ao fato de O papel da vigilância sanitária na prevenção das doenças transmitidas por alimentos (dta) 199 Revista Saúde e Desenvolvimento| vol.12, n.10, 2018 que muitos dos patógenos presentes nos alimentos causam sintomas brandos, levando a vítima a não buscar ajuda médica. No Brasil, os surtos notificados, normalmente, se restringem àqueles que envolvem um número maior de pessoas ou quando os sintomas têm maior duração. No país, entre os anos 1999 a 2008, as bactérias foram identificadas como o agente etiológico causador de 84% dos surtos, enquanto que os vírus foram à razão em 14% do total de casos.
Quadro 1. Fluxo de informações
	Nível
	Atividades
	
	
Serviços de saúde, comunidade, outros. . .
	Comunicado da ocorrência do surto (telefone, comunicação pessoal, e-mail, outros)
	
	
Secretarias Municipais de Saúde
	Registrar a notificação de caso/surto de DTA usar FORMULÁRIO 1.
 Notificar imediatamente aos níveis hierárquicos superiores e inserir notificação no Sinan-NET. Realizar investigação epidemiológica usar FORMULÁRIOS 2 e 3 (se necessário).
 Consolidar os dados, construir gráficos, analisar em conjunto com a equipe de investigação usar FORMULÁRIOS 4, 7 e 8. Preparar relatório de investigação de surto de DTA (anexar relato do surto, atividades desenvolvidas, formulários da investigação e análise, resultado dos exames, laudo da inspeção sanitária, entre outros). 
Encerrar o surto, preencher ficha de investigação de surto - DTA e digitar no Sinan-NET. Divulgar resultados.
	
	
Diretorias Regionais
	Consultar Sinan-NET e realizar análise dos surtos notificados e investigados. Na identificação de inconsistência, solicitar correção ao município.
	
Informes/boletins regionais/estaduais
	
Secretarias Estaduais de Saúde
	Consultar Sinan-NET e realizar análise dos surtos notificados e investigados. Na identificação de inconsistência, solicitar correção à Regional de Saúde (quando houver) ou ao município. Divulgar resultados.
	
Informes/boletins estaduais
	
Coordenação de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Trasmissão Hídrica e Alimentar (COVEH)
	Consultar Sinan-NET e realizar análise dos surtos notificados e investigados. Na identificação de inconsistência, solicitar correção à Secretaria Estadual de Saúde. Divulgar resultados.
	
Informes/boletins nacionais
	
Opas-OMS
	Consolidar e analisar os relatórios internacionais.
	Informes/boletins internacionais
 Existem vários mecanismos patogênicos envolvidos com a determinação das DTA. De forma simplificada, pode-se agrupar as DTA nas seguintes categorias:
 Infecções – são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni. Estes quadros geralmente são associados a diarreias frequentes, mas não volumosas, contendo sangue e pus, dores abdominais intensas, febre e desidratação leve, sugerindo infecção do intestino grosso por bactérias invasivas. Agentes virais, protozoários e helmintos também estão envolvidos com DTA, cujo mecanismo de ação é a invasão tecidual, embora o quadro clínico geralmente não tenha as mesmas características discutidas anteriormente. 
 Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos, cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos.
 Normalmente, a diarreia nestes casos é intensa, sem sangue ou leucócitos, febre discreta ou ausente, sendo comum a desidratação. 
 Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento. Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum. 
 Intoxicações não bacterianas – quando outros agentes não bacterianosestão envolvidos com DTA, como nas intoxicações por metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres, plantas e animais tóxicos (Ex.: moluscos, peixes). Os mecanismos fisiopatológicos são variáveis, envolvendo ação química direta do próprio agente sobre tecidos ou órgãos específicos ou a ação de aminas biogênicas presentes no alimento tóxico. A ação mecânica da Giardia lamblia deve-se à aderência do parasita à mucosa intestinal, impedindo a absorção das gorduras, levando a diarreias persistentes. A irritação superficial da mucosa também agrava condições patológicas coexistentes. 
 O quadro 2 apresenta alguns dos agentes mais frequentemente associados com DTA e seu respectivo mecanismo fisiopatológico.
Quadro 2. Principais mecanismos fisiopatológicos e agentes etiológicos mais comuns em DTA
	Toxina préformada
	Toxina produzida in vivo
	Invasão tecidual
	Produção de toxina e/ou invasão tecidual
	Ação química
	Ação mecânica
	Staphylococcus aureus (toxina termoestável)
	Escherichia coli enterotoxigênica
	Brucella spp
	Vibrio parahaemolyticus
	Metais pesados
	Giardia intestinalis
	Bacillus cereus Cepa emética (toxina termoestável)
	Bacillus cereus Cepa diarreica
	Salmonella spp
	Yersinia enterocolitica
	Organofosforados Organoclorados Piretroides
	
	Clostridium botulinum (Botulismo alimentar)
	Clostridium botulinum (Botulismo intestinal e por ferimentos)
	Escherichia coli invasiva
	Shigella spp
	
	
	
	Clostridium perfringens
	Plesiomonas shigelloides
	
	
	
	
	Vibrio cholerae O1 E
	Entamoeba Histolytica
	
	
	
	
	Vibrio cholerae Não O1
	Aeromonas hydrophila
	
	
	
	
	Escherichia coli O157:H7
	Campylobacter jejuni
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Seguem abaixo as informações de acordo com dados atualizados da Vigilância Epidemiológica das DTA no Brasil até junho de 2016.
No ano de 2014, foram registrados 886 surtos de DTA e 15.700 pessoas doentes contra 861 surtos e 17.455 pessoas doentes no ano de 2013. O ano de 2015 fechou com redução de 35% e 41% dos surtos e doentes, respectivamente, comparado com o ano de 2014.
Nos dados até junho de 2016 foram identificados apenas 138 surtos epidemiológicos, o que representa apenas 20% do que foi identificado em 2015.
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O gráfico 1. Apresenta post Surtos Alimentares no Brasil- Dados Atualizados em Janeiro de 2016 relata a série histórica dos Surtos de DTA no Brasil, incluindo o número de pessoas expostas pelas DTA e o número de óbitos, o qual a taxa de letalidade nos anos de 2013 a 2015 chegou a uma média de 0,06% comparado ao histórico acumulado de 15 anos, de 0,07% de taxa de letalidade.
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O gráfico 02 . Conforme os dados, de 2007 a junho de 2016, das mais de 469 mil pessoas expostas, a faixa etária com maior número de exposição é de 20 a 49 anos, sendo que o sexo masculino representa valor aproximadamente 26% maior do que o feminino.
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O gráfico 03 . A região Sudeste lidera o histórico com mais notificação nos casos de DTA (43,8%) em 2016, e na sequência foi a região sul com 24,8%.
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O quadro 6. Os sinais e sintomas mais evidentes de 2007 a 2016 são diarreia (29,6 %), dor abdominal (19,6%), vômito (16,4%) e na sequência náuseas (15,7 %). 
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O quatro 7. Os dados são coerentes, sendo que em 90,5% dos casos as bactérias Salmonella, E. Coli e S. aureus mostram-se como principais.
Lembramos que os principais sintomas destas bactérias são;
· Salmonella: diarreias, dores abdominais, febre e vômitos;
· E.coli: principais e mais frequentes sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de diarreias, febre e náuseas;
· S. aureus: os principais sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia.
Fonte Disponível: Surtos alimentares no Brasil – Dados atualizados em junho de 2016 | Food Safety Brazil (upper.rocks)
O quadro 8. As residências continuam como o local principais de ocorrência dos surtos, com 38,9% de 2007 a 2016, seguido dos Restaurantes/Padarias (similares) com 16,2%, um número bastante preocupante.
 Para evitar a ocorrência de DTA em casas e serviços de alimentação é importante seguir alguns cuidados como:
 Higienização correta das mãos, utensílios, embalagens e equipamentos que entram em contato com os alimentos; 
 Utilização de água potável, própria para consumo e para o preparo da alimentação; 
 Não consumir alimentos que apresentem sinais de apodrecimento, ou qualquer indício de degradação e mofos; 
 Conservar os alimentos em recipientes e temperaturas adequadas para evitar o crescimento microbiano;
 Higienizar bem os alimentos antes do consumo ou preparo;
 Prestar atenção e utilizar alimentos dentro da data de validade; 
 Evitar a contaminação cruzada dos alimentos;
 Realizar a higienização correta do ambiente para que se evite a proliferação de vetores e pragas urbanas; 
 Adoção das boas práticas de manipulação dos alimentos para garantia da segurança alimentar
3.METODOLOGIA
 Realizou-se uma revisão de literatura que utiliza as bases de dados LUME, e biblioteca eletrônica SciELO a fim de identificar artigos científicos publicados sobre “doenças transmitidas por alimentos. A busca nas fontes supracitadas foi realizada tendo como termo indexador “percepção de risco” e “vigilância sanitária”, “manipuladores” e “doenças transmitidas por alimentos”. Os critérios de inclusão que foram adotados são de ser artigo nacional publicado no idioma português no período de 2007 a 2018.
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES
 Observamos diante da pesquisa, uma alta morbidade, no entanto como são poucas DTA que estão incluídas no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, não se conhece sua magnitude. Pela informação disponível, a mortalidade e a letalidade são baixas, dependendo das condições do paciente, do agente etiológico envolvido e do acesso aos serviços de saúde. Vale ressaltar a importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da alta mortalidade por diarreia nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos (BRASIL, 2010). Segundo Brasil (2010), o modo de transmissão se dá pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Já o modo de contaminação O papel da vigilância sanitária na prevenção das doenças transmitidas por alimentos (dta) 203 Revista Saúde e Desenvolvimento| vol.12, n.10, 2018 pode ocorrer em toda a cadeia alimentar, desde a produção primária até o consumo.
 Destacam-se como os maiores responsáveis por surtos, os alimentos de origem animal e os preparados para consumo coletivo. O período de incubação pode variar conforme o agente etiológico, podendo ser de frações de hora a meses. Em relação à suscetibilidade e resistência, pode-se afirmar que a suscetibilidade é geral, porém, certos grupos como crianças, idosos, imunodeprimidos (indivíduos com aids, neoplasias, transplantados), pessoas com acloridria gástrica, têm suscetibilidade aumentada. De maneira geral, as DTA não conferem imunidade duradoura.
 A ocorrência de surtos é de notificação compulsória e normatizada por portarias específi cas, sendo dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária a ocorrência de surto de DTA. A notificação é obrigatória para médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde. A intervenção e a indicação de medidas sanitárias para a prevenção e controle de surto de DTA devem se apoiar em legislação específica do Ministério da Saúde, da Agência Nacionalda Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que podem ser complementadas com os códigos sanitários de níveis estadual e municipal, no que concerne à vigilância sanitária do ambiente, produção de bens e prestação de serviços de interesse da saúde pública, bem como das vigilâncias zoo e fitossanitária. As medidas sanitárias indicadas para controle de um surto de DTA devem ser submetidas ao acompanhamento pela autoridade competente e responsável pela lavratura de termo legal próprio.
 Tendo como base os estudos analisados, são poucos os casos de DTA que estão registradas nos bancos oficiais dos sistemas da Vigilância Sanitária, demonstrando o problema mundial de subnotificação. Quando o surto é registrado, geralmente é aquele que envolve um número maior de pessoas ou aquele que apresenta sintomas mais prolongados ou severos.
.5.REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p. 158. 2010. 
OLIVEIRA, A.B.A.; PAULA, C.M.D.; CAPALONGA, R.; CARDOSO, M.R.I.C.; EDUARDO CESAR TONDO, E.C. Doenças transmitidas por alimentos, principais agentes etiológicos e aspectos gerais: uma revisão. Revista HCPA, v. 30, n. 3, p. 279-285, 2010.
PAIVA, C.P.; BORGES, R.G; PANETTA, J.C. Frequência de quadros gastroentéricos em aeronautas: Pressuposto ligação com toxinfecções alimentares. Higiene Alimentar, São Paulo, v. 14, n. 75, p. 13-23, fev. 2000.
PIRES, Carlos Eduardo de Toledo. Principais bactérias presentes em doenças transmitidas por alimentos (DTAs). Lume repositório digital Ufrgs, Rio Grande do Sul, p 3. 2011.Disponivel em:
<https://lume.ufrgs.br/handle/10183/52521.> Acesso em: 02 de julho de 2022
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde<www.saude.gov.br/bvs>
 Secretaria de Vigilância em Saúde <www.saude.gov.br/svs>Acesso em 16 de agosto 2022.
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Biomedicina –
Prática do Módulo II Seminário Interdisciplinar – 16/04/2022

Outros materiais