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Caso Clinico Exames

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
BACHARELADO DE ENFERMAGEM
CAROLINE OLIVEIRA REBECA DE CERQUEIRA DANTAS IANCA CEZINBRIA LAVÍNIA OLIVEIRA PALOMA TEIXEIRA SARA OLIVEIRA
ESTUDO DE CASO ACERCA DAS PATOLOGIAS: CAXUMBA, RUBÉOLA E SARAMPO.
Salvador
2019
CAROLINE OLIVEIRA REBECA DE CERQUEIRA DANTAS IANCA CEZINBRIA LAVÍNIA OLIVEIRA PALOMA TEIXEIRA SARA OLIVEIRA
ESTUDO DE CASO ACERCA DAS PATOLOGIAS: CAXUMBA, RUBÉOLA E SARAMPO.
Estudo de caso sobre Caxumba, Rubéola e Sarampo dos discentes do Curso de Enfermagem, da Disciplina Gestão e Interpretação de Exames, UNIJORGE, Campus Paralela, matutino, sob orientação da professora Ednamare Pereira da Silva.
Salvador
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A Rubéola, a Caxumba e o Sarampo tem em comum o fato de serem patologias de infecção viral. Mas ainda assim, tem características e agem de formas diferente.
A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, o vírus da rubéola pertence ao gênero Rubivírus, da família Togaviridae e apresenta alta contagiosidade. A doença geralmente é benigna e é mais comum em crianças, mas adultos também podem ser susceptíveis. A rubéola pós-natal geralmente tem apresentação benigna, muitas vezes é subclínica e tem baixa letalidade. A importância epidemiológica está representada pela possibilidade de ocorrência da síndrome da rubéola congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto, natimorto) e malformações congênitas na criança (surdez, problemas cardíacos, lesões oculares e outras). 
A rubéola pós-natal é transmitida, principalmente, por contato direto com indivíduos infectados pelas gotículas de secreções nasofaríngeas. A transmissão indireta, pelo contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue e urina, é pouco frequente. A rubéola é transmitida, por via transplacentária, da mãe para o feto. A criança com rubéola congênita pode eliminar o vírus pela urina e secreções nasofaríngeas. Adolescentes e adultos podem apresentar pródromos com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse.
A doença caracteriza-se por exantema maculopapular e puntiforme difuso, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço e se espalha, posteriormente, para todo corpo. A febre baixa e a presença de linfoadenopatia retroauricular, cervical e occipital - antecedendo, geralmente, por 5 a 10 dias o exantema - são sinais que colaboram para o diagnóstico diferencial frente a outras doenças exantemáticas.
Caxumba ou parotidite infecciosa, é doença viral aguda de alta morbidade e baixa letalidade, causada pelo vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. Usualmente apresenta-se em surtos, que acometem mais as crianças, mas que não excluem adolescentes e adultos, sendo, nestes, mais grave. Caracteriza-se como cosmopolita, mas com tendência a se apresentar em elevadas proporções em centros escolares e instituições onde há aglomeração de pessoas. Os casos de parotidite esporádicos e isolados nem sempre se devem à infecção causada pelo vírus da caxumba; podem ser causados por outros vírus como parainfluenza do tipo 1 e 3, Epstein-Barr, influenza, coxsackie A, echovirus, vírus da coriomeningitelinfocítica e vírus da imunodeficiência humana (HIV). As causas não infecciosas, tais como drogas, tumores, doenças imunológicas e obstrução do ducto salivar, devem fazer parte do diagnóstico diferencial da doença.
A principal manifestação da doença é o aumento das glândulas salivares, como sublinguais, submaxilares e, principalmente, a parótida, acompanhado de febre, cefaleia, mialgia, hiporexia e dor à mastigação e ingestão de líquidos ácidos. Alguns casos de infecção evoluem de forma oligossintomática. O vírus da caxumba possui tropismo pelo sistema nervoso central; por isso, encefalite, meningite asséptica e ataxia cerebelar são complicações secundárias possíveis, que devem ser monitoradas. Em crianças menores de cinco anos é comum a presença de sintomas de vias respiratórias. A perda neurossensorial da audição pode ser descrita em 20% dos casos. No primeiro trimestre de gestação a infecção pode ocasionar morte fetal e abortamento.
Já o Sarampo, é uma virose – um vírus com genoma RNA (Paramyxovirus do grupo morbilivirus). Como a maior parte das doenças de disseminação respiratória, o sarampo era bem mais comum no inverno pela maior aglomeração de pessoas.  O vírus infecta o trato respiratório e se espalha por todo o corpo. 
O primeiro sinal da doença geralmente é a febre alta, que começa entre 10 e 12 dias após a exposição ao vírus e dura de 4 a 7 dias. Na fase inicial, o paciente pode apresentar secreções no nariz (“nariz escorrendo”), tosse, olhos vermelhos e aquosos. Pequenas manchas brancas dentro das bochechas também podem se desenvolver no estágio inicial. Após vários dias, surge o exantema (erupção cutânea), geralmente no rosto e na parte superior do pescoço. Durante aproximadamente três dias, essas erupções na pele se espalham, atingindo eventualmente as mãos e os pés. A exantema dura de cinco a seis dias, desaparecendo em seguida. O intervalo entre a exposição ao vírus e a aparição das erupções cutâneas oscila entre 7 e 18 dias.
A maioria das mortes por sarampo ocorrem por complicações associadas à doença. São mais frequentes em crianças menores de cinco anos ou em adultos com mais de 30 anos. As complicações mais graves incluem cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode provocar desidratação), infecções no ouvido ou infecções respiratórias graves, como pneumonia. Os casos graves são especialmente mais frequentes entre crianças pequenas com má nutrição e, sobretudo, entre pessoas com deficiência de vitamina A ou cujo sistema imunológico esteja enfraquecido pelo HIV/aids ou outras doenças. 
Por fim, é importante destacar que a única forma de prevenir essas doenças é através da vacinação e do cuidado. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola). Os tratamentos visam aliviar os sintomas, a indicação é apenas de repouso, medicamentos para dor e temperatura e observação cuidadosa para a possibilidade de aparecimento de complicações.
OBJETIVO 
O presente trabalho traz a abordagem acerca do caso clínico, onde através deste podemos observar quais as manifestações clínicas das patologias sarampo, caxumba e rubéola, e como elas se destacam,
onde por conta das suspeitas, faz a solicitação de exames laboratoriais que poderão confirmar o aparecimento destas. 
É através da abordagem que pretendemos trazer quais são os exames feitos e seus valores de referência, além de como é a forma de lidar com elas de formar adequada em futuros pacientes. 
DESENVOLVIMENTO
CASO CLÍNICO 
Paciente de 16 anos, sexo feminino, solteira, branca, natural de Salvador-Ba chegou na unidade de saúde lúcida, ansiosa, agitada com queixas de dor na garganta, dor de cabeça, perda de apetite, dificuldades para mastigar e engolir os alimentos a dois dias atrás. A paciente também relata o aparecimento de manchas e erupções no corpo. Ao exame físico, couro cabeludo íntegro, mucosas oculares normocrômicas, olhos irritados e sensíveis luz, pupilas isocóricas, acuidade visual preservada. Cavidades nasais com rinorréia. Edema e algia nas glândulas parótidas e salivares, língua saburrosa, unidades dentárias presentes e íntegras. Região cervical sem alterações. Tórax simétrico e expansivo, a ausculta pulmonar apresentou murmúrios vesiculares bem distribuídos em ápice e bases, ausência de ruídos adventícios. Bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas. Abdômen plano, indolor a palpação, RHA+ em todas as regiões abdominais. Membros superiores e inferiores bem perfundidos. Erupções cutâneas e manchas vermelhas presentes na pele e distribuídas no corpo. SSVV: PA 120X80 mmHg, T 38.5º, FR 18 ipm, FC 84 bpm. Paciente foi encaminha para laboratório da unidade para a realização de exame de sangue.
RUBÉOLA 
Exames laboratoriais:
Para a detecção de anticorpos pode-se utilizar as seguintes técnicas: 
Ensaio Imunoenzimático (EIE/ELISA) para dosagem de IgM e IgG 
Inibição e hemoaglutinação (HI) para dosagem de anticorpos totais 
Imunofluorescência para dosagem de IgM e IhHh 
Neutralização em placas 
Sorologia e/ou isolamento viral e Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). 
O diagnóstico é feito mediante isolamento viral positivo, detecção do IgM (fase aguda) ou IgG (fase de convalescência). O teste de ELISA é considerado mais sensível e específico do que o teste de imunofluorescência indireta. Para dosagem de anticorpos IgG, precisa-se de duas amostras de soro: a primeira na fase aguda da doença e a segunda na fase convalescente.
CAXUMBA 
Exames Laboratoriais: 
A confirmação laboratorial da Caxumba vem no resultado de um exame de sangue, que apresenta anticorpos contra o paramyxovírus (agente etiológico da patologia). Segue abaixo alguns métodos para a realização desse exame:
Imunoensaio enzimática para IgM: os valores de referência para Caxumba IgM são: 
Negativo: menor ou igual a 0.90 
Positivo ou Reagente: maior ou igual a 1.10 
Indeterminado: entre 0.91 a 1.09 
Imunofluorescência para IgG: 
Não Reagente :Ausência de anticorpo
 Reagente: presença de anticorpos (infecção aguda/recente).
RT/PCR 
 As amostras podem ser de secreção de orofaringe (gargarejo), swab de nasofaringe ou orofaringe e swab da glândula parótida. 
Cultura do vírus que pode ser feita na urina, saliva e LCR. 
SARAMPO 
Exames Laboratoriais:
Ensaio Imune enzimático (ELISA), para dosagem de IgM e IgG (é o exame utilizado pela rede de saúde pública (SUS) do Brasil). 
Inibição da hemoglobina (HI), para dosagem de anticorpos 
Imunofluorescência, para dosagem de IgM e GiF. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo explorou o conhecimento e a nossa percepção frente a necessidade de imunização. Ao reconhecermos a importância das imunizações como um modo de proteção, referindo fragmentos e necessidades em relação à mesma, manifestando a expectativa de que receberão as informações ao longo do curso. No mesmo tempo que, quase unanimemente, enfatizam a importância da prevenção, não são todos que mantém o calendário vacinal atualizado, sendo que alguns nem têm certeza de que vacinas foram realizadas.
 Diante deste contexto, podemos refletir sobre complementação ao abordar o presente tema, estimulando um enfoque mais específico de proteção e prevenção da população. Desde modo, acreditamos que se refletirmos acerca deste assunto com a população, e aumentarmos nosso conhecimento sobre os riscos que podem estar atrelados às diferentes situações, bem como sobre as medidas que devem ser implementadas para preveni-los, estimularemos a conscientização das pessoas sobre a importância de sua imunização.
REFERÊNCIAS
Sarampo: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em : https://www.bio.fiocruz.br/index.php/sarampo-sintomas-transmissao-e-prevencao. Acessado: 02/03/2019
Folha informativa – Sarampo. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060. Acessado: 02/03/2019
Rubéola. Disponível em: http://www.cives.ufrj.br/informacao/rubeola/rubeola-iv.html. Acessado: 02/03/2019
Sobre Rubéola. Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/sindrome-da-rubeola-congenita-src/rubeola.html.Acessado: 02/03/2019
Artigo de revisão. Caxumba: atualização. Gabriela Araújo Costa; Hívina Moreira Tarabal; Isabela Gontijo e Couto; Maria Clara Argolo. Rev Med Minas Gerais 2017;27(Supl 3 ) : s40-s43

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