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Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE CURSO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS EM C.A. – TH108 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II RESSONÂNCIA OBJETIVOS - Compreender o conceito de ressonância - Medir defasagem entre tensão de alimentação e corrente em um circuito RLC série - Analisar o estado ressonante em um circuito RLC série EQUIPAMENTOS UTILIZADOS − Fonte de Alimentação C.A. em 220/110V. − Variac 0-240VCA. − Banco de Resistores Mod. 111A432 Valor Nominal 125Ω ± 10% Tensão de Alimentação 80V − Banco de Indutores Mod. 111A434 Valor Nominal 1,47H ± 10% Tensão de Alimentação 220V − Banco de Capacitores Mod. 111A433 Valor Nominal 9,22µF ± 10% Tensão de Alimentação 220V − Voltímetro C.A. 0-250V − Amperímetro C.A. − Wattímetro − Osciloscópio CONCEITO TEÓRICO Em um circuito elétrico contendo pelo menos um indutor e um capacitor, ressonância é a condição de operação que existe quando a impedância de entrada do circuito é puramente resistiva. Assim, um circuito é dito em ressonância ou ressonante quando a tensão e a corrente nos terminais de entrada do circuito estão em fase [1]. A condição de ressonância pode ou não ser desejável, dependendo dos propósitos para o qual o sistema físico irá servir. Se, na ressonância, a impedância é puramente resistiva, isto quer dizer que a sua reatância equivalente resultante é nula. Nesta condição, as quedas de tensão reativas neutralizam-se e a tensão aplicada ao circuito é igual somente à queda de tensão na resistência. As características gerais do circuito são: fator de potência unitário, corrente máxima, cujo valor depende da tensão aplicada e da resistência, e potência ativa igual à potência aparente no ponto de ressonância. A ressonância em série pode ser produzida variando-se qualquer um dos parâmetros do circuito: L, C ou f. As características gerais de um circuito em ressonância são as mesmas, independentemente de qual seja o parâmetro a ser variado para produzir o estado ressonante. Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 2 Considere o circuito RLC série mostrado na Figura 1. Figura 1 – Circuito RLC série A impedância Z do circuito é a soma das impedâncias dos elementos passivos: Z = R + j(ωL – 1/ωC) = R + jX (1) O circuito está em ressonância quando X=0, isto é, quando XL=XC, ou seja ωL = 1/ωC. A frequência ressonante ω0 é calculada por: !! = 1 !" (2) Como ω = 2πf, a frequência de ressonância, em Hz, f0=2π /ω0. Para um circuito RLC paralelo, pode ser verificado que a frequência de ressonância ω0 é a mesma da expressão (2). Considerando que a frequência da tensão de alimentação é mantida constante (60 Hz), a indutância do circuito RLC série pode ser determinada para cada valor de C especificado. O banco de capacitores do laboratório é composto de 9 elementos, cada um com 10µF aproximadamente. A Figura 2 mostra a relação existente entre a indutância e capacitância equivalente do banco de capacitores, para que o circuito RLC série entre em ressonância. Valores sobre a curva correspondem a XL=XC. R jωL -j/ωC Figura 2. Característica do circuito RLC em função de L e C. Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 3 PROCEDIMENTO 1. Montar o circuito da Figura 3. Os canais CH1 e CH2 do osciloscópio monitoram a tensão de alimentação V e do resistor VR, respectivamente, tendo como referência o neutro do circuito. Figura 3. Circuito RLC série para ensaio no laboratório. 2. Ajustar os valores de indutância e capacitância (L0 e C0, respectivamente) para que o circuito entre em ressonância. Preencha a Tabela 1, de acordo com as associações mostradas para os elementos passivos R, L e C. O ângulo θ é a defasagem entre as tensões V e VR (proporcional à corrente I). P é a potência ativa do circuito, medida pelo wattímetro W. S é a potência aparente, calculada pelo produto entre a tensão eficaz de alimentação V e a corrente eficaz I do circuito. As tensões eficazes VR, VL e VC são medidas utilizando um osciloscópio/multímetro. Tabela 1 – Medições no circuito RLC série. Valores I (A) θ(o) V (V) VR (V) VC (V) VL (V) P (W) S (VA) Caracterís- tica do Circuito R (Ω) L (mH) C (µF) 60 L0= C0= 60 L0= 2C0= L0/2= C0= 3. Comparar e analisar os valores eficazes de VC e VL, na Tabela 1. Fazer o mesmo para as tensões eficazes V e VR. 4. Montar os elementos R, L e C da Figura 2 em paralelo, e verificar o comportamento das potências aparente e ativa, e analisar o comportamento da corrente eficaz do circuito. Valores I (A) V (V) S (VA) P (W) Característica do Circuito R (Ω) L (mH) C (µF) 60 L0= C0= 60 L0= 2C0= L0/2= C0= 60 V V A L C R CH1 CH2 W A1 A2 V2 V1 Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 4 QUESTÕES 1. A impedância é mínima ou máxima na ressonância paralela? 2. Qual o fator de qualidade Q do circuito na condição de ressonância em paralelo? 3. Por que os sistemas de potencia não operam normalmente na condição de ressonância? REFERÊNCIAS HAYT, Jr., W.H., KEMMERLY, J.E. Análise de Circuitos em Engenharia. McGraw-Hill do Brasil, São Paulo, 1973. EDMINISTER, J.A. Circuitos Elétricos. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 2a Ed. São Paulo, 1991.
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