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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso de Bacharelado em Engenharia de Computação LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Relatório 12 Unidade 12: Circuito RLC Série - Ressonância I. INTRODUÇÃO Na configuração RLC série em regime permanente, vamos analisar o comportamento do circuito considerando os seguintes aspectos: 1 – Aplicação da LTK e da LCK; 2 – Cálculo de potência e fator de potência do circuito; 3 – Comportamento do circuito com variação da frequência; 4 – Ressonância. A ressonância pode ser obtida mediante alteração dos seguintes parâmetros (em conjunto ou isoladamente): frequência da fonte, capacitância, indutância. A indutância será alterada mediante variação do núcleo magnético (materiais usados FeSi e/ou ferro) da bobina. Vamos avaliar o efeito destes núcleos no comportamento do circuito, comparando valores previstos em cálculo com valores obtidos nas medidas realizadas. II. PRÁTICA Considere o circuito RLC série abaixo: 1° Parte: Sequência para desenvolvimento da 1° parte prática: OTÁVIO AUGUSTO MARTINS 1 – Desenhar o circuito indicando os seguintes instrumentos: voltímetro para medir tensão total, amperímetro, wattímetro para medir potência ativa total, varímetro para medir a potência reativa total, cossifímetro e osciloscópio para medir a tensão da fonte e a corrente total do circuito (tensão no resistor). 2 – Calcular os seguintes parâmetros para o circuito apresentado: Z, I, S, P, Q e FP. 𝑋𝐿 = 𝑗𝑤𝐿 = 𝑗 ∗ 377 ∗ 0.2 = 𝑗75.4Ω 𝑋𝐶 = −𝑗 1 𝑤𝐶 = −𝑗 1 (377 ∗ 10−6) = −𝑗265.25Ω 𝑧 = 100 + 11.5 + 11.5 + 𝑋𝐿 + 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 𝑧 = 100 + 23 + 𝑗150.8 − 𝑗265.25 𝑧 = 123 − 𝑗114.45 → 𝜃𝑧 = 𝑡𝑔−1 −114.45 123 = −42.93𝑜 |𝑧| = √(123)2 + (−𝑗114.45)2 = 168.01 𝒛 = 𝟏𝟔𝟖. 𝟎𝟏 |−𝟒𝟐. 𝟗𝟑𝒐 𝐼 = 100 168.01 |−42.93𝑜 → 𝑰 = 𝟓𝟗𝟓. 𝟐𝟎 | 𝟒𝟐. 𝟗𝟑𝒐 𝒎𝑨 𝑉𝑅 = (100)(595.20 ∗ 10 −3 | 42.93𝑜) = 59.52 | 42.93𝑜 𝑉 𝑉𝐿 = (23 + 𝑗150.8)(595.20 ∗ 10 −3 | 42.93𝑜) = 90.79 | 124.25𝑜 𝑉 𝑉𝐶 = (−𝑗265.25)(595.20 ∗ 10 −3 | 42.93𝑜) = 157.88 |−47.07𝑜 𝑉 -42.93º 114.45 168.01 123 𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 = (90.79 | 124.25 𝑜)(157.88 |−47.07𝑜) = 69.58 |−35.72𝑜 𝑉 𝑃 = 𝑉𝑒𝑓 ∗ 𝐼𝑒𝑓 ∗ cos(𝜃𝑉 − 𝜃𝑖) = (100)(595.20 ∗ 10 −3 ) cos(0 − 42.93) → 𝑷 = 𝟒𝟑. 𝟓𝟖 𝒘 𝑄 = 𝑉𝑒𝑓 ∗ 𝐼𝑒𝑓 ∗ sen(𝜃𝑉 − 𝜃𝑖) = (100)(595.20 ∗ 10 −3 ) sen(0 − 42.93) → 𝑸 = −𝟒𝟎. 𝟓𝟑 𝑽𝑨𝑹 𝑆 = 𝑉 ∗ 𝐼 = (100)(595.20 ∗ 10−3 ) → 𝑺 = 𝟓𝟗. 𝟓𝟐 𝑽𝑨 𝐹𝑃 = 𝑃 𝑆 = 43.58 59.52 → 𝑭𝑷 = 𝟎. 𝟕𝟑𝟐 Capacitivo, corrente adiantada em relação a tensão. 3 – Montar o circuito com os instrumentos de medida indicados no item 1. 4 – Preencher a tabela abaixo: Dados I [A] P [W] S [VA] Q [VAR] FP Calculados 595.20 mA 43.58 W 59.52 VA -40.53 VAR 0.732 Medidos 598.41 mA 43.81 W 59.75 VA -40.75 VAR 0.733 2° Parte: Na condição de ressonância, temos: - A corrente está em fase com a tensão; - O circuito é puramente resistivo; - A corrente e a potência ativa têm valor máximo; - O fator de potência é 1; - XL = Xc 𝜔𝐿 = 1 𝜔𝐶 1 – Alterar o valor da indutância (experimentalmente) usando núcleo de FeSi para obter a condição de ressonância mantendo a tensão original. À medida que o núcleo é inserido observe as formas de onda no osciloscópio. O que acontece com o defasamento entre tensão e corrente? Por quê? Quais parâmetros serão considerados como referência para obter ressonância? Medir os valores de I, P, Q e FP. Para atingir a ressonância, Z visto pela fonte será puramente resistivo, então z = 123. Isso significa que XL-XC= 0, e algumas maneiras de se atingir a ressonância do circuito seria variando a frequência da fonte, variando o valor do indutor ou variando o valor do capacitor. Na pratica realizada, para atingir a ressonância será aumentado o valor de XL, ou seja, mexer no valor do indutor. 𝐼 = 813.01 𝑚𝐴 𝑉𝑅 = 81.30 𝑉 𝑉𝐿 = 216.05 𝑉 𝑉𝐶 = 214.96 𝑉 𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 = 18.70 𝑉 𝑃 = 81.30 𝑊 𝑄 = 0 𝑉𝐴𝑅 Fonte de tensão e a corrente: Em Fase Logo, FP=1. 2 – Calcular os parâmetros do circuito acima na condição de ressonância: novo valor de: XL, L, Z, I, P e FP. 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 = 0 → 𝑋𝐿 = 𝑋𝐶 𝑤𝐿 = 265.25 𝐿 = 265.25 2 ∗ 𝜋 ∗ 60 → 𝑳 = 𝟎. 𝟕 𝑯 𝑋𝐿 = 𝑗𝑤𝐿 = 𝑗 ∗ 377 ∗ 0.7 → 𝑿𝑳 = 𝒋𝟐𝟔𝟒𝛀 𝑧 = 100 + 11.5 + 11.5 + 𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 𝑧 = 100 + 23 + 𝑗264 − 𝑗265.25 𝑧 = 123 − 𝑗1.25 → 𝜃𝑧 = 𝑡𝑔−1 −1.25 123 = 0𝑜 |𝑧| = √(123)2 + (1.25)2 = 123 𝒛 = 𝟏𝟐𝟑 | 𝟎𝒐 𝐼 = 100 123 → 𝑰 = 𝟖𝟏𝟑. 𝟎𝟏 𝒎𝑨 𝑉𝑅 = (100)(813.01 ∗ 10 −3) = 81.30 𝑉 𝑉𝐿 = (23 + 𝑗264)(813.01 ∗ 10 −3) = (265 | 85.02𝑜)(813.01 ∗ 10−3) = 215.4 | 85.02𝑜 𝑉 𝑉𝐶 = (−𝑗265.25)(813.01 ∗ 10 −3) = 215.65 |−90𝑜 𝑉 𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 = (𝑍𝐿 + 𝑍𝐶) ∗ 𝐼 = (23)(813.01 ∗ 10 −3) = 18.69 𝑉 𝑃 = 𝑉𝑒𝑓 ∗ 𝐼𝑒𝑓 ∗ cos(𝜃𝑉 − 𝜃𝑖) = (100)(813.01 ∗ 10 −3 ) cos(0) → 𝑷 = 𝟖𝟏. 𝟑𝟎 𝒘 𝑄 = 𝑉𝑒𝑓 ∗ 𝐼𝑒𝑓 ∗ sen(𝜃𝑉 − 𝜃𝑖) = (100)(813.01 ∗ 10 −3 ) sen(0) → 𝑸 = 𝟎 𝑽𝑨𝑹 𝑆 = 𝑉 ∗ 𝐼 = (100)(813.01 ∗ 10−3 ) → 𝑺 = 𝟖𝟏. 𝟑𝟎 𝑽𝑨 𝐹𝑃 = 𝑃 𝑆 = 81.3 81.3 → 𝑭𝑷 = 𝟏 3 – Representar o circuito equivalente para a condição de ressonância. III. ANÁLISE DE RESULTADOS Tabela comparativa Não Ressonante X Ressonante: Dados I [A] P [W] S [VA] Q [VAR] FP Não Ressonante 595.20 mA 43.58 W 59.52 VA -40.53 VAR 0.732 Ressonante 813.01 mA 81.30 W 81.30 VA 0 VAR 1 1 – Comparar a corrente I do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a corrente do circuito RESSONANTE. O que se observa? Justifique. A impedância equivalente de um circuito RLC série, na ressonância, é igual ao valor da resistência R. Isto resulta em um mínimo de impedância na ressonância. Consequentemente, tem-se o máximo de corrente elétrica circulando pelo circuito nessa condição. 2 – Comparar a potência ativa P do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a potência ativa do circuito RESSONANTE. O que se observa? Justifique. A potência média depende da diferença de fase entre a corrente e tensão. O Fator cosϕ é usualmente chamado fator de potência. Assim, a potência média é máxima na ressonância (ω = ω0), onde o fator de potência vale 1. 3 – Comparar a potência reativa Q do circuito RLC NÃO RESSONANTE com a potência reativa do circuito RESSONANTE. O que se observa? Justifique. A componente reativa aumenta a impedância do circuito, diminuindo a corrente que passa nas resistivas, que sempre deve ser máxima. Assim, um circuito ressonante não irradia ‘mais’ do que um não ressonante por ser ressonante. Para aumentar a corrente no irradiante, deve-se diminuir a impedância total do circuito.
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