Vícios Redibitórios

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FACULDADE LUSÓFONA
DISCIPLINA : Direito Civil
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TEMA: VÍCIOS REDIBITÓRIOS
I- Conceito: Artº 441 do CCB
“A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuam o valor” 
Contrato comutativo – é uma subdivisão dos contratos onerosos. É comutativo o contrato no qual os contraentes conhecem suas respectivas prestações. As partes têm conhecimento do que tem a dar e receber. Expl.: compra e venda.
A garantia dos vícios redibitórios aplica-se aos contratos comutativos em geral.
A garantia refere-se aos vícios ocultos da coisa, ao tempo da transmissão. Presume-se que se o adquirente soubesse da existência do defeito da coisa, provavelmente não teria realizado o negócio, ou teria realizado de outra forma.
Por questão de lealdade contratual, o transmitente deve alertar o adquirente da existência do vício. Se o alienante conhecia o vício ou o defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos. No entanto, se não conhecia restituirá somente o valor recebido, mais as despesas do contrato ( art. 433CC).
Não é qualquer vício que se traduz em redibitório, mas aquele que torna a coisa imprópria para o uso ou diminui o valor . Exemplo: alguém compra uma cavalo de corrida com graves problemas respiratórios, que o impede de correr, recebe o semovente com vício oculto.
II- Requisitos:
1. Os vícios ou defeitos devem ser ocultos. Os aparentes não dão margem à responsabilidade do alienante
2. Os defeitos devem ser graves, pois se o adquirente tivesse tomado conhecimento anteriormente, não teria realizado o contrato, pois a coisa torna-se imprópria para seu uso ou tem diminui o seu valor, conforme art. 441 CCB. A impropriedade para o uso ou a diminuição do valor é que norteará a escolha da ação a ser proposta pelo prejudicado, a redibitória, para desfazimento do negócio ou abatimento do preço.
3. Os defeitos devem existir ao tempo do contrato.
III- Efeitos
	Os vícios redibitórios decorrem de duas ações:
Ação Redibitória ou Ação Quanti Minoris, tem por objeto obter do vendedor uma dedução do preço pago pela coisa. O pedido deve ser feito em um ano a contar da venda.
A escolha entre uma ou outra ação é opção do adquirente (art. 442 CCB). Uma vez proposta a ação escolhida, não poderá o autor variar o pedido, porque o nosso ordenamento processual não o permite, sem o consentimento do réu. A prova do vício incumbe ao adquirente. Cabe ao réu o direito de defesa.
Nos termos do art. 445 CC o alienante decai do direito de obter a redibição ou o abatimento no preço, no prazo de 30 dias se a coisa for móvel e de um ano se coisa for imóvel, contado da entrega efetiva da coisa. Se já estava na posse, conta-se o prazo da alienação, reduzido à metade. Outros prazos: § 1º e § 2º do mesmo artigo.
O CDC trata sobre as garantias dos produtos, estabelecendo os direitos e prazos para o consumidor.	
 
 	
· O advogado deve conviver com os quatro Cs: conquistar, conservar, cobrar e fazer contrato
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