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Acreditação e Segurança na Assistência ao Paciente - Acreditação Hospitalar Prof. Cláudio Duarte Gerenciamento e Administração de Saúde 1 A variabilidade da assistência As várias maneiras de realizar o diagnóstico Variações no tratamento - variabilidade no cuidado e ausência de padrão nos protocolos clínicos Variações nas necessidades dos pacientes Processo assistencial por meio de pessoas – a ação de cada um vai variar de acordo com vários fatores: a atitude do profissional, experiência, dimensões emocionais, culturais, de engajamento Variações nos processo ESCOPOLAMINA ADRENALINA Orientação ao prescritor Elementos fundamentais: Identificação do paciente, alergias, identificação do prescritor, da instituição, do setor, a data, legibilidade, o não uso de abreviaturas que possam levar a erros e enganos – padronizar as abreviaturas na instituição; nome dos medicamentos, destacar medicamentos que tem nomes parecidos, doses, duração, NÃO USAR EXPRESSÕES VAGAS (critério médico, uso continuo, etc); posologia, velocidade de infusão, via de administração. Procedimentos operacionais padrão - POPs Os erros de medicação são passíveis de prevenção quando se adotam sistemas de check list Checagem pelo administrador de todas as etapas envolvendo a leitura e conferência da prescrição, transcrição, e de dispensação Checagem: medicação certa, paciente certo, dose certa, via certa, horário certo, registro certo, QUALIDADE E SEGURANÇA PARA O PACIENTE Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Primum non nocere – Hipócrates – 460 a 370 a. C Ernest Codman – cirurgião americano Boston – pioneiro na colocação da questão dos padrões de qualidade hospitalar – Programa de Padronização Hospitalar EUA como pioneiro na criação de órgão nacional de acreditação Mobilização em torno da ocorrência de eventos adversos no sistema hospitalar americano Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Mais de 100 mil, pessoas, nos EUA, foram a óbito por eventos adversos Perdas econômicas: cerca de 2 bilhões de libras com perdas promovidas por eventos adversos, no Reino Unido. 10% dos pacientes internados sofrem algum evento adversos e 50% podem ser evitados Evolução da prática de saúde tornando-a mais complexa Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde A busca pela qualidade na prática de saúde – escola canadense – Avedir Donabedian Os cuidados de saúde para terem qualidade devem: eficazes, efetivos, eficientes, otimizados, aceitáveis, legítimos e serem equitativos A segurança do paciente são um dos atributos da qualidade nos serviços de saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade do cuidado: o grau com que os serviços de saúde aumentam as chances de produzir os resultados desejados e consistentes com o conhecimento profissional vigente Segurança do paciente como dimensão estratégica em todo mundo, mobilizando a OMS na criação da Aliança Mundial pela Segurança do Paciente e a Classificação Internacional de Segurança do Paciente Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Desafios Globais Reduzir as infecções associadas aos cuidados Promoção da cirurgia segura Prevenção de erros na administração de medicamentos Identificação correta do paciente, Coleta de exame e seus resultados Melhorar a comunicação na pratica do cuidado Melhoria das práticas na manipulação de tubos, cateteres e seringas Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Acreditação como processo de avaliação, voluntário, voltado para aferir cumprimento de parâmetros previamente estabelecidos Processo de avaliação dos recursos institucionais: as estruturas, os processos de cuidado e os resultados obtidos Mudanças nos processos e na cultura da Organização Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Trabalhando efetivamente para prevenção de erros e falhas no processo de assistência Pressão sobre o processo de trabalho que é desenvolvido por seres humanos Esgotamento profissional pelo ritmo, complexidade das tarefas e pressões assistências – burn out Erro como falha na execução de uma ação planejada de acordo com o desejado ou o desenvolvimento incorreto de um planto Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Eventos adversos não são causados por más pessoas, mas por sistemas que foram mal desenhados e produzem resultados ruins Prevenção exige atuar sobre o sistema – promoção de práticas seguras - Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Criação da Organização Nacional de Acreditação, 1999 Criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente pelo Ministério da Saúde Crescimento do processo de acreditação na rede privada de Hospitais como diferencial de funcionamento e de imagem Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Sistema de Acreditação da ONA – níveis de acreditação Nivel 1. A organização de saúde cumpre ou supera, em 70% ou mais, os padrões de qualidade e segurança definidos pela ONA Nivel 2 - a) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança; b) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, Nivel 3 de Excelencia: 90% ou mais os padrões de qualidade e segurança; 80% ou mais os padrões de gestão integrada e 70% ou mais padrões de excelência em gestão Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Para participar do processo de acreditação Estar legalmente constituída há pelo menos 1 (um) ano Possuir alvará de funcionamento Possuir licença sanitária Possuir licenças pertinentes à natureza da atividade Possuir registro do responsável técnico, conforme o perfil da organização Qualidade e Segurança nos Serviços de Saúde Página | 11 | PROTOCOLOS ISGH SEPSE ADULTO PROTOCOLOS ISGH | SEPSE ADULTO | 6. FLUXOGRAMA DE DIAGNÓSTICO / CLASSIFICAÇÃO E ABERTURA DO PROTOCOLO | ��� � � ��5� ����<��� �������" ������� ���" �� � �7� ��&�����F ��&���� �� � ����� � ���������� ��� ��� ��� ���� � �� �& ���F� �� ������ � � E����>�E !����������� ��(������������� ������� ������� �����(������� ���(������F �Y���� �����8��� �� �� ���� ����(�8��9�� �� ���� ��8������ �A�JJ�B-L������5���� ;�� �.���1����� � ������ �� ��<� � #����(������������ � ������ �� ��C���������������:�� ������ ��(����:���������������� �� ��0��� � ������� ���=�����(������� ���(������F �Y�:����������� ������������������� ���(��� ��*+��9%���� ��������� ������J)J>� ���� ;���(������(���(��*+���������! ��� �� � ������ ����� ������ �� ��N �A&�� ����B<�H��(��� ��*+������ �� ���:����� ������ ������ (� ��=( ��� ����!�� ;�*+��(����(���������� ���!��*+�� ���� � ������� ��.�(� �� (� �� !��!�������� ���: ���(�����������:������?�������:���������� : �� ������� :���������=�� �<�� �������������������������������������������� �E�� �*+��8�F�� �����;<�%���� ��������� ������J)J>� ���� ;���(������(���(��*+���������! ��� ��� ������ ����� ������ �� ��<�' �� ������ ��>�E ����;X4(��X� � ���� �� ��2�� �X2������� �� ��%��������@������! ���� ��#��� 6�� �� ��'�(��� ��C��J-�<� �� � ����G ���������� ���� ���� + 5������C������ ����G�, �� ����� !����� (�& ������������� !����� �F � H�&���� � ,�&����� 4 de um erro de medicação.4 Na lista recém-atualizada, foram realizadas as seguintes alterações1: • Exemplos de anticoagulantes orais diretos fo- ram incluídos a fim de contemplar os novos medi- camentos disponíveis no mercado. • Os sedativos de uso oral de ação moderada para crianças foram revisados para incluir sedati- vos de ação mínima. Além disso, foram incluídos exemplosadicionais como midazolam e cetamina (administração parenteral). • A classe terapêutica de hipoglicemiantes orais foi alterada para sulfonilureias de uso oral, sen- do fornecidos exemplos, incluindo clorpropamida, glimepirida, glibenclamida, glipizida e tolbutamida. • Os meios de radiocontraste endovenosos foram retirados. • A prometazina endovenosa foi alterada para pro- metazina para administração parenteral, a fim de caracterizar esse medicamento como potencial- mente perigoso quando administrado por qual- quer via parenteral. O Quadro 1 apresenta a lista de medicamentos poten- cialmente perigosos utilizados no âmbito hospitalar. A tintura de ópio, embora permaneça na lista do ISMP EUA como medicamento potencialmente perigoso, não está incluída na lista a seguir, uma vez que não há re- gistro vigente desse medicamento no Brasil. Classes Terapêuticas Agonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: EPINEFrina, FENILEFrina, NOREPinefrina) Água estéril para injeção, inalação e irrigação em embalagens de 100 mL ou volume superior Analgésicos opioides endovenosos, transdérmicos e de uso oral (incluindo líquidos concentrados e for- mulações de liberação imediata ou prolongada) Anestésicos gerais, inalatórios e endovenosos (ex.: propofol, cetamina) Antagonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: propranolol, metroprolol) Antiarrítmicos endovenosos (ex.: lidocaína, amioDARONA) Antineoplásicos de uso oral e parenteral Antitrombóticos • Anticoagulantes (ex.: varfarina, heparina não fracionadas e heparinas de baixo peso molecular) • Anticoagulantes orais diretos e inibidores do fator Xa (ex.: dabigatrana, rivaroxabana, apixabana, edoxabana, fondaparinux) • Inibidores diretos da trombina (ex.: bivalirrudina, dabigatrana) • Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (ex.: abciximabe, tirofibana) • Trombolíticos (ex.: alteplase, tenecteplase, estreptoquinase) Bloqueadores neuromusculares (ex.: suxametônio, rocurônio, pancurônio, vecurônio) Cloreto de sódio hipertônico injetável com concentração maior que 0,9% Glicose hipertônica com concentração maior ou igual a 20% Inotrópicos endovenosos (ex.: milrinona, deslanosideo, levosimendana) Insulina subcutânea e endovenosa (em todas formas de apresentação e vias de administração) Medicamentos administrados por via epidural ou intratecal QUADRO 1 - LISTA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS DE USO HOSPITALAR3 Continua... MINISTÉRIO DA SAÚDE / FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ 6 Os pro!ssionais e os gestores de Saúde não se deram conta de que houve uma mudança na forma de prestação de cuidados, com o avanço dos conhecimentos cientí!cos. “O cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso”23. No !nal do século passado, Avedis Donabedian estabeleceu como sete os atributos dos cuida- dos de saúde que de!nem a sua qualidade: e!cácia, efetividade, e!ciência, otimização, aceitabi- lidade, legitimidade e equidade4. Esses atributos ajudaram a compreender melhor o conceito de qualidade em saúde. No início deste século, o Instituto de Medicina (IOM) dos Estados Unidos da América (EUA) passou a incorporar “segurança do paciente” como um dos seis atributos da qualidade, com a efetividade, a centralidade no paciente, a oportunidade do cuidado, a e!ciência e a equidade24. “O IOM de!ne qualidade do cuidado como o grau com que os serviços de saúde, voltados para cuidar de pacientes individuais ou de populações, aumentam a chance de produzir os resultados desejados e são consistentes com o conhecimento pro!ssional atual25”. Quadro 1 – As de!nições dos atributos da qualidade25 Atributos Definição Segurança* Evitar lesões e danos nos pacientes decorrentes do cuidado que tem como objetivo ajudá-los. Efetividade Cuidado baseado no conhecimento científico para todos que dele possam se bene- ficiar, evitando seu uso por aqueles que provavelmente não se beneficiarão (evita subutilização e sobreutilização, respectivamente). Cuidado centrado no paciente Cuidado respeitoso e responsivo às preferências, necessidades e valores individuais dos pacientes, e que assegura que os valores do paciente orientem todas as deci- sões clínicas. Respeito às necessidades de informação de cada paciente. Oportunidade Redução do tempo de espera e de atrasos potencialmente danosos tanto para quem recebe como para quem presta o cuidado. Eficiência Cuidado sem desperdício, incluindo aquele associado ao uso de equipamentos, su- primentos, ideias e energia. Equidade Qualidade do cuidado que não varia em decorrência de características pessoais, como gênero, etnia, localização geográfica e condição socioeconômica. *Esta é a definição de segurança do paciente do Instituto de Medicina. Não difere muito da definição da Organização Mundial da Saúde, adotada pela Portaria MS/GM nº 529/2013: reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. No Brasil, o Projeto de Avaliação de Desempenho de Sistemas de Saúde (Proadess), criado com o objetivo de propor uma metodologia de avaliação de desempenho para o País, considerou a segurança como um atributo do cuidado em saúde com qualidade e apresenta de!nições e indi- cadores para cada dimensão 26. HOSPSUS - ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN HOSPSUS -ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN HOSPSUS - ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN HOSPSUS -ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN HOSPSUS - ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN Estruturação do Manual 4 Seções 35 Subseções HOSPSUS -ACREDITAÇÃO HOSPITALAR _ JOSIANE VIVAN Estruturação do Manual 4 Seções 35 Subseções Seção 1 – Gestão Organizacional Hospsus - Acreditação Hospitalar _ Josiane Vivan Seção 2 – Atenção ao Paciente Hospsus - Acreditação Hospitalar _ Josiane Vivan Seção 3 – Diagnóstico e Terapêutica Hospsus - Acreditação Hospitalar _ Josiane Vivan Hospsus - Acreditação Hospitalar _ Josiane Vivan Seção 4 – Gestão de Apoio
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