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3
Acompanhamento
ESCOLAR
nas redes públicas de ensino
ISBN
Todos os direitos desta edição reservados a: Educar pra valer
Diretor Executivo da Associação Bem Comum
José Clodoveu de Arruda Coelho Neto
Diretora de Desenvolvimento Institucional 
Andréa Araújo Rocha Nibon
Diretora do Programa Educar pra Valer
Márcia Oliveira Cavalcante Campos
Assessora da Direção
Antonia Aleksandra Mendes Oliveira
Gestor de Projetos
Ailton Fonseca Galvão
Coordenadores Estaduais
Adriano Silva Lima
Aurilene Marcelo da Silva
Eveline Rocha Pitombeira
Júlio César Cavalcante Bezerra
Maria Leuzimirtes de Loiola
Rita Alcina Monteiro Silva
Roberta de Carvalho Cesar
Sílvia Maria Monteiro Lima
Valdenice Barbalho Gomes
Vanessa Paula Teixeira Moura Menezes
Revisão de Texto
Tânia Maria Batista de Lima
Davi Batista Vieira de Sousa
Ilustrações internas e Capa
Rafael Limaverde
Projeto Gráfico e Diagramação 
Marisa Marques de Melo
Copyright © 2020 by Educar pra valer
Agradecimentos
Agradecemos às redes municipais parceiras do Programa Educar pra Valer pela boa interlocução e 
construção coletiva. Elas tem sido uma fonte muito inspiradora para a organização de produções tais como o 
presente documento. Ele tem o objetivo de contribuir com o processo de formação das equipes municipais 
que fazem o acompanhamento escolar.
Também expressamos nossa gratidão à prontidão e receptividade do professor Francisco Herbet 
Lima Vasconcelos, Secretário de Educação, e a contribuição das professoras Jamille Fonteles Rolim 
Caldas, Coordenadora de Desenvolvimento da Aprendizagem e da Gestão Pedagógica; e Sâmia Cristina 
Fernandes Linhares, Coordenadora de Gestão Escolar, da Secretaria de Educação de Sobral, pelos diálogos e 
compartilhamento de informações acerca do modelo da superintendência escolar do município.
Que sigamos trocando experiências, aprendendo juntos e construindo uma educação de qualidade, que 
prime verdadeiramente pelo direito de aprender de nossas crianças e jovens.
 
Equipe EpV
Este documento tem por objetivo descrever a importância e a forma como pode ser realizado o acompanhamento 
escolar em redes públicas de ensino, a partir da perspectiva do Programa Educar pra Valer (EpV). Para introduzir o tema, há 
inicialmente a descrição do EpV quanto aos seus propósitos, sua abordagem, sua estrutura conceitual e metodológica. 
O texto está estruturado em cinco capítulos que abordam os conteúdos relevantes para o entendimento e exercício da 
atividade de acompanhamento no apoio às escolas, com o objetivo de fortalecer e ampliar uma ação pedagógica com foco na 
aprendizagem dos estudantes.
O Capítulo I conceitua e define o que é o Acompanhamento Escolar e apresenta alguns modelos possíveis de atuação 
e estruturação deste trabalho. O Capítulo II apresenta o perfil esperado e as atribuições que cabem a este profissional, assim 
como a organização da equipe e o seu fluxo de trabalho. 
O Capítulo III expõe as atribuições basilares do diretor e coordenador, com propostas de rotinas pedagógicas e de 
gestão, inclusive para professores. Para desenvolver um bom trabalho é necessário auxiliar os atores a ter uma visão sistêmica 
dos processos escolares refinando o olhar e aprimorando o fazer pedagógico. O Capítulo IV descreve o plano de ação que é 
um importante instrumento para orientar quais as prioridades a serem adotadas pela gestão e um componente essencial 
para guiar o acompanhamento escolar. 
Por fim, o Capítulo V descreve os princípios e o tipo de abordagem a ser adotado pela equipe que realiza o acompa-
nhamento quando no processo de interlocução com a escola. Nos anexos, são disponibilizados alguns instrumentos de 
natureza prática objetivando auxiliar na estruturação e organização da rotina de trabalho. 
O intuito deste documento não é impor receitas prontas ou modelos acabados, mas sim oferecer uma referência 
fundamentada nas experiências exitosas vivenciadas em algumas redes públicas de educação no país. Os insumos e propostas 
básicas sugeridos neste texto, objetivam contribuir com a equipe da secretaria municipal na reflexão e elaboração do próprio 
formato de acompanhamento pedagógico e administrativo em suas instituições de ensino. Desse esforço coletivo dependerá 
a qualidade da aprendizagem dos estudantes e os resultados positivos de cada instituição escolar e do sistema municipal de 
educação como um todo.
Apresentação
Sumário
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................................................12
CAPÍTULO - 1
O QUE É A SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR? .........................................................................................................................................................15
1.1 - Alguns modelos de superintendência escolar: ..............................................................................................................................................................................18
CAPÍTULO - 2
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR E SUAS ATRIBUIÇÕES ........................................................................................................................................21
2.1 - O Perfil dos profissionais da equipe da Superintendência Escolar .........................................................................................................................................23
2.2 - As Atribuições da Superintendência Escolar ...................................................................................................................................................................................24
2.3- A formalização do cargo de superintendente no organograma da secretaria ....................................................................................................................27
2.4- O fluxo de trabalho da Superintendência ..........................................................................................................................................................................................28
2.4.1- As visitas à escola .............................................................................................................................................................................................................................31
CAPÍTULO - 3
ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO GESTOR E PRINCIPAIS ROTINAS DA ESCOLA .......................................................................................................43
3.1- Atribuições do diretor ...............................................................................................................................................................................................................................45
3.2- Atribuições do coordenador pedagógico ..........................................................................................................................................................................................48
3.3- As rotinas do diretor, coordenador pedagógico e dos professores ..........................................................................................................................................49
3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR E COORDENADOR PEDAGÓGICO .......................................................................................................................50
3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA DOS PROFESSORES EPV .................................................................................................................................................................58
CAPÍTULO - 4
O PLANO DE AÇÃO E AS AVALIAÇÕES EXTERNAS – INSTRUMENTOS DE APOIO E MONITORAMENTO .....................................................61
4.1- A estrutura do plano de ação .................................................................................................................................................................................................................634.1.1- O que são metas ..............................................................................................................................................................................................................................63
4.1.2- Estrutura do Plano de Ação da secretaria de educação ....................................................................................................................................................63
4.1.3- Estrutura do plano de ação das escolas ..................................................................................................................................................................................65
4.2- As avaliações externas, o monitoramento das metas e das ações estratégicas ...................................................................................................................66
CAPÍTULO - 5
A ATUAÇÃO DO SUPERINTENDENTE: ABORDAGENS E PRINCÍPIOS ................................................................................................ 71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  .........................................................................................................................................................................79
ANEXOS ................................................................................................................................................................................................................83
ANEXO I – LEI N.º 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004 .......................................................................................................................................... 85
ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA ............................................................................................................... 86
ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA  .. 87
ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS ................................................... 93
ANEXO V –  ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA .............................................................................................................................. 98
ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS .......................................................................101
ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES ........................................................... 104
ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES ......................................................................................... 112
ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES ..........................................................................................113
ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES ...................................................................................................114
ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO ...............................................................................................................115
ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO – METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV ................................. 117
ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ....................................................................................................................119
ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE .....................121
12 
INTRODUÇÃO
O Programa Educar pra Valer tem como propó sito pres-
tar assessoria té cnica aos municí pios parceiros como apoio à 
implementação de boas práticas de gestão. Seu propósito é:
Consolidar o aprendizado da alfabetizaç ã o 
até os 07 anos de idade.
Elevar os indicadores de fl uxo escolar.
Elevar o percentual de alunos ao ní vel 
adequado em lí ngua portuguesa e matemática, 
de acordo com os parâmetros do Sistema 
de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 
e - por conseguinte - avançar no Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), 
acima do proposto pela meta nacional.
Para alcançar a elevação da aprendizagem dos estudan-
tes e vencer os desafi os educacionais relacionados à melhoria 
da qualidade da aprendizagem, o Programa propõe uma abor-
dagem sistêmica. Esta abordagem se materializa em cinco eixos 
de atuação: a) gestã o da rede; b) gestã o pedagógica; c) avalia-
ção; d) acompanhamento e e) sustentabilidade. 
Os eixos sã o interdependentes, complementares e pos-
suem foco voltado para o processo de implementação de uma 
polí tica educacional que compreende a escola e a sala de aula 
como espaços prioritários de atuação dos profi ssionais da rede.
Escolas
GESTÃO
DA REDE
EDUCACIONAL
Avaliação
Formação
Acompanha-
mento
SUSTENTABILIDADE
Diretores
Coordenadores
Professores
Alunos
Formação
Coordenadores
mento
13
O modelo funciona assim: a gestã o da rede municipal defi ne 
a polí tica educacional e o plano de metas com base no diagnó stico de 
aprendizagem dos estudantes. Para alcançar as metas estabelecidas, é 
necessário obter melhoria dos resultados diagnosticados. A melhoria das 
escolas depende substancialmente da qualidade da formação do núcleo 
gestor e dos professores. 
Como saber se as escolas estão realmente priorizando as metas 
se não houver um acompanhamento e, por consequência, uma avaliação 
delas? Defi nidas as metas de aprendizagem, as escolas devem ser siste-
maticamente visitadas pela secretaria da educação, a fi m de monitorá-las 
e reavaliar as intervenções ainda no ano letivo em curso. Para que as es-
colas sejam bem sucedidas, é fundamental que estas sejam apoiadas em 
suas ações para que ao fi nal do ano se evite um resultado negativo das 
avaliações somativas 
As denominações para pessoas e/ou grupos que fazem esse 
acompanhamento variam de município a município. Podem ser tutores, 
gerência escolar, supervisores, assessores pedagógicos, inspetores, 
agentes difusores pedagógicos, núcleo de apoio a gestão, dentre outras. 
Para efeito deste texto, utilizaremos o termo “superintendência escolar”.
PARA REFLETIR:
h Qual o papel e a importância do acompanhamento 
escolar no modelo de gestão sugerido pelo EpV?
h Qual a sua opinião sobre esse modelo? 
h Por que é fundamental a realização de um diagnós-
tico da aprendizagem dos alunos para a defi nição 
das metas educacionais do município e da escola?
15
Capitulo 1-
16
1. 
O QUE É A 
SUPERINTENDÊNCIA 
ESCOLAR?
O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é 
mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que 
um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, 
preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo 
com o outro.
(Leonardo Boff)
A superintendência escolar, tal como proposta pelo EpV, é uma 
estratégia gerencial para organizar o acompanhamento às escolas, de 
tal forma que elas não fiquem desconectadas da política educacional 
adotada pela secretaria municipal de educação e estejam alinhadas na 
busca de alcançar as metas de aprendizagem dos estudantes.
17
Esse modelo chegou a Sobral-CE no ano de 2002, através do 
Instituto Ayrton Senna (IAS) em um programa denominado “Escola 
Campeã” e contou com a importante participação do professor João 
Batista Araújo e Oliveira.
O programa proposto pelo IAS tinha elementos inspirados na bi-
bliografi a sobre escolas efi cazes, na experiência da Secretaria Estadual 
de Educação de Minas Gerais e na reforma educacional da Inglaterra de 
1988, cujo modelo gerencial recomendava o desenvolvimento e valori-
zação de lideranças e profi ssionais da escola. Somando-se a esse pres-
suposto, propunha, ainda, um sistema de inspeção escolar que combina 
avaliação institucional e pedagógica das escolas como um suporte de 
apoio para contribuir com a melhoriados resultados. Aliadas a tais pres-
supostos, indicava também as avaliações externas com ampla divulga-
ção dos dados, dentre outras estratégias.
Este modelo inspirou, a partir dos anos 2000, a gestão educacio-
nal de Sobral e hoje é um dos principais eixos que integram o mode-
lo de governança das escolas desse município, funcionando de forma 
consistente e sistemática. É dessa experiência exitosa que surge a Su-
perintendência Escolar.
A ação do superintendente gira em torno de três eixos principais: 
a) indicadores de rendimento e desempenho; b) processos escolares e 
c) instrumentos de gestão. Ou seja, ele deverá observar os indicadores 
de frequência, aprendizagem, aprovação, abandono e evasão daquela 
escola. Além disso, também acompanhará as rotinas observando como 
é a escola no dia a dia, seus horários de funcionamento e, sobretudo, a 
qualidade das aulas. Poderá, também, ajudar no encaminhamento de 
alguns processos administrativos, quando isso se fi zer necessário. De-
verá dar atenção especial à aplicação dos instrumentos de gestão, tais 
como: o plano de ação e o plano de metas da escola, bem como os de-
mais planos que compõem a estrutura da gestão escolar.
Além de um espírito de observação, o superintendente deve 
cultivar a responsabilidade de ser um parceiro nos cuidados com a 
escola, buscando contribuir para o crescimento do núcleo gestor 
em seu engajamento, entendimento das metas de aprendizagem, 
responsabilização e autonomia objetivando a melhoria dos processos 
e resultados pedagógicos. 
O diretor é o principal líder da escola. Nesse sentido, cabe ao 
superintendente - em cooperação com o diretor - instigar a refl exão do 
núcleo gestor, de forma a gerar consciência, comprometimento, res-
ponsabilização, autonomia e participação de todos nas soluções. A re-
lação do Diretor e do Superintendente Escolar é sempre de cooperação 
e não de imposição vertical de procedimentos e ações.
h Como o superintendente pode se sentir corres-
ponsável pela escola e trabalhar esse sentimento 
com os diretores que acompanha?
h Que atitudes são esperadas do Superintendente 
na relação com o Diretor, principal liderança 
na gestão da escola?
PARA REFLETIR:
18
tes que realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso es-
pecífico, geralmente a secretaria municipal atribui um núme-
ro maior de escolas a cada dupla. A dupla pode ter um viés 
mais pedagógico, ou mesmo aglutinar também ao trabalho 
as dimensões administrativas e financeiras. Isso depende do 
que a gestão municipal irá priorizar em seu Plano de Ação.
 
Destacamos também o modelo difundido pelo Itaú Social, 
embasado na publicação “A Reforma Educacional de Nova York – 
Possibilidades para o Brasil” (GALL&GUEDES,2009). Os autores apre-
sentam um modelo de tutoria pedagógica, que tem por objetivo a 
formação em serviço a ser realizada por um profissional mais expe-
riente: o Tutor. Tal formação – denominada de tutoria de área - é 
pautada na construção de competências pedagógicas e administra-
tivas. Essa capacitação deve ser realizada no cotidiano da escola, a 
partir da reflexão sobre a práxis dos profissionais envolvidos (profes-
sores e lideranças responsáveis pela gestão da escola). 
A rotina do trabalho do tutor fundamenta-se em alguns princí-
pios da Andragogia1 (aprendizagem de adultos) Tais princípios são si-
milares ao que adotamos no nosso trabalho, tais como: relacionamen-
to horizontal de parceria; valorização da prática como objeto de refle-
xão; flexibilidade para uma construção coletiva de ações focadas no 
1 A Andragogia é a ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso 
considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a 
aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O 
modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios: a) Necessidade de saber – adultos precisam 
saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo; b) Autoconceito do 
aprendiz – adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e 
tratados pelos outros como capazes de se autodirigir. c) Papel das experiências – para o adulto suas 
experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças 
individuais serão mais eficazes. d) Prontidão para aprender – o adulto fica disposto a aprender 
quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia; 
e) Orientação para aprendizagem – o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados 
estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade. f) Motivação – adultos são mais motivados 
a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.
1.1- ALGUNS MODELOS DE 
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR: 
O acompanhamento às escolas possui duas vertentes: a pedagó-
gica e a administrativo-financeira. A “pedagógica” visa garantir um pro-
cesso de efetiva aprendizagem dos alunos. A segunda, por sua vez, trata 
de gerenciar recursos humanos, provimento dos insumos, bem como 
organização, armazenamento, aquisições materiais e prestação de con-
tas. Tendo como base essa tarefa de acompanhamento e, considerando 
a complexidade do trabalho da escola, existem alguns modelos de supe-
rintendência que podem ser definidos pela secretaria de educação: 
a) DUAS EQUIPES - neste modelo, a secretaria define dois gru-
pos de atuação: um pedagógico e outro administrativo. Esta 
última fica responsável pelos aspectos administrativos e fi-
nanceiros. As equipes que acompanham esses processos são 
menores, pois - pela natureza do trabalho - é bem possível 
que cada pessoa possa acompanhar até mais de dez esco-
las. Já a superintendência pedagógica é a responsável por 
acompanhar a gestão da aprendizagem e requer uma equipe 
maior, pois os processos são mais complexos e exigem um 
acompanhamento formativo, tendo em vista que implica - 
muitas vezes - em uma mudança de cultura dos profissionais 
da escola;
b) UMA EQUIPE - alguns municípios que conseguem aglutinar 
as atribuições administrativas, financeiras e pedagógicas em 
uma só equipe de superintendência escolar. 
c) DUPLAS - outro modelo possível que tem sido adotado em 
alguns municípios, é a definição de duplas de superintenden-
19
aprimoramento do trabalho e melhoria da aprendizagem dos alunos. 
O Guia da Tutoria Pedagógica, apresentado pela Fundação Itaú Social, 
pode auxiliar sobremaneira as equipes pedagógicas e administrativas 
das escolas. (Ver referências ao final).
Nesse processo de estruturação do acompanhamento escolar, é 
fundamental que - considerando as especifi cidades de cada município e 
de suas instituições - a Secretaria de Educação escolha um modelo que 
mais se adeque à sua realidade. Essa estrutura deve promover a articu-
lação entre a gestão da secretaria municipal e as escolas, interligando-as 
em rede para auxiliar no crescimento dos seus profi ssionais com foco na 
elevação da qualidade da aprendizagem dos estudantes.
O tamanho da equipe de supervisão das escolas depende da 
estrutura a ser adotada, bem como do número de escolas. Por exemplo, 
para uma rede que tem cinquenta escolas, será designado um grupo de 
sete a oito pessoas com a função de acompanhar aproximadamente seis 
ou sete escolas e mais uma chefi a.
A missão essencial do superintendente é ser corresponsável pelas 
instituições de ensino que acompanha, buscando - juntamente ao núcleo 
gestor - a construção da escola pública de qualidade - aquela que ensina 
bem os conteúdos curriculares, se preocupa com o aluno de maneira 
global, e com a oferta de reais oportunidades de aprendizagem. 
PARA REFLETIR:
1) Qual o modelo mais adequado de acompanha-
mento para sua secretaria?
2) Quais são as especifi cidades que devem ser 
consideradas em seu município para a defi nição 
das equipes de acompanhamento escolar?
ATENÇÃO:
Não há modelo certo ou errado. O importante éfazer funcionar o sistema escolar de forma efe-
tiva para que gere resultados de aprendizagem.
Capitulo 2
22
2.
SUPERINTENDÊNCIA 
ESCOLAR E SUAS 
ATRIBUIÇÕES 
A equipe da superintendência escolar deve ser constituída por 
membros que possuam bom conhecimento educacional, compreendam 
noções básicas de gestão, tenham boas habilidades comunicativas 
compromisso com o direito à educação de qualidade e capacidade de 
estabelecer relações interpessoais positivas, dentre outras características 
que serão descritas mais adiante no item 2.1. 
O perfil dos profissionais para trabalhar na educação deve contemplar 
requisitos técnicos e de conhecimentos específicos da área. Para o cargo 
de superintendente, tais características são especialmente necessárias. 
As equipes de educação não devem ser constituídas por pessoas que não 
se adequam ao perfil ou que não tenham as habilidades necessárias para 
desempenhar tais funções na secretaria da educação ou nas escolas. A escolha 
desses profissionais não pode ficar à mercê de quaisquer favorecimentos 
político-partidários, sob pena de prejudicar substancialmente a melhoria 
das escolas e da aprendizagem dos estudantes.
23
2.1 - O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA 
EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR 
A equipe de superintendência requer um coordenador capaz 
de liderar esse processo de monitoramento da escola. Este profi ssional 
deve ser escolhido ou selecionado pela Secretaria de Educação, obser-
vando sempre o perfi l desejado para a função. A seguir, sugerimos atri-
butos do perfi l para auxiliar na seleção do coordenador e dos demais 
membros da equipe.
A) PERFIL DO COORDENADOR DA SUPERINTENDÊNCIA.
Para realizar a contento essa função de coordenador da supe-
rintendência, o profi ssional deve ter:
h Experiência em gestão e com signifi cativo desempenho 
pedagógico em sua trajetória;
h Capacidade de liderança;
ATENÇÃO:
É importante que não sejam escolhidas para es-
sas funções pedagógicas e administrativas pes-
soas inaptas ao cargo, simplesmente por serem 
uma indicação política. Essas alternativas sem 
critérios de mérito podem comprometer grave-
mente o trabalho a ser realizado!
h Habilidade de articulação, com uma visão de conjunto e 
de sistema;
h Legitimidade perante os diretores e professores da rede;
h Boa relação com o Secretário de Educação;
h Comunicação assertiva, principalmente saber ouvir e 
dialogar com os diretores e supervisores;
h Bom trânsito interno na Secretaria, com fl uidez na comuni-
cação e relação com técnicos e professores das escolas;
h Disponibilidade para visitar as escolas municipais e 
para participar das formações, reuniões, encontros e 
seminários.
h Conhecimentos básicos de informática, habilidade 
com leitura de tabelas, gráfi cos e dados estatísticos 
educacionais;
h Motivação para aprender;
h Compromisso com a aprendizagem dos alunos e metas 
da escola;
h Conhecimentos de gestão.
B) PERFIL DOS SUPERINTENDENTES
Em relação ao perfi l do superintendente, espera-se que ele tenha:
h Habilidade de articulação e relação interpessoal;
h Formação inicial (graduação) compatível com a área
 de atuação;
24
h Capacidade de organizar-se para realizar as tarefas que 
lhe cabem;
h Comunicação assertiva (escuta e fala) e boa interação 
interpessoal;
h Disponibilidade de tempo compatível com suas 
atribuições, inclusive para participar das formações, 
reuniões, encontros e seminários;
h Motivação para aprender;
h Conhecimentos básicos de informática, habilidade 
com leitura de tabelas, gráfi cos e dados estatísticos 
educacionais;
h Compromisso e demonstrar real interesse para elevar a 
qualidade do trabalho das escolas.
ATENÇÃO:
Na maioria das vezes não encontramos o profi s-
sional “pronto”, mas sim pessoas com potencial. 
Aquelas que tiverem motivação para aprender, 
compromisso com a educação pública, boa 
habilidade relacional, além de disponibilidade 
de tempo, têm grandes chances de desempe-
nharem bem o cargo. 
2.2 - AS ATRIBUIÇÕES DA 
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR
O coordenador da equipe de superintendência é responsável 
por liderar a equipe. Seu trabalho deve garantir o apoio à organização, 
desenvolvimento de sua equipe e a realização das visitas, proporcionando 
meios para viabilizar retornos e feedbacks avaliativos em tempo hábil. 
Atribuições do Coordenador da Superintendência Escolar
h Participar da construção do Plano de Ação da Secretaria 
de Educação do município;
h Construir um plano de acompanhamento, monitoramen-
to e avaliação do trabalho escolar junto com a equipe, 
a partir de modelos de diretrizes e metas prioritárias de 
aprendizagem e desenvolvimento da escola; 
h Defi nir diretrizes para que sua equipe acompanhe a ma-
trícula, lotação de professores, censo escolar, realização 
das avaliações externas, diagnósticas e formativas, bem 
como o preenchimento do Sistema de Avaliação Educar 
Pra Valer (SAEV); 
h Orientar a equipe de superintendência para acompanhar 
a elaboração e revisão do Plano de Ação das escolas;
h Preparar a equipe de superintendentes para que se apro-
priem da dinâmica detalhada da escola - o campo de atu-
ação desse trabalho - por excelência;
h Realizar reuniões semanais com os superintendentes para 
o alinhamento das ações;
h Defi nir e elaborar em conjunto com sua equipe, instru-
mentos de acompanhamento pedagógico;
25
h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão: 
calendário escolar; regimento escolar; plano de ação;
h Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento 
das Escolas;
h Acompanhar e monitorar - junto aos superintendentes 
- os indicadores de: frequência de alunos, professores e 
funcionários; movimento, rendimento e fluxo escolar; 
desempenho acadêmico em avaliações externas e 
internas; ambiente educativo e espaço físico das escolas;
h Acompanhar e monitorar - junto com os superintenden-
tes - os processos escolares: matrícula e lotação; plane-
jamento e práticas pedagógicas; 
h Apropriar-se dos programas e políticas implementados 
pela Secretaria Municipal da Educação;
h Realizar audiência individual e/ou coletiva com os 
Diretores das escolas;
h Articular a logística das visitas às escolas, a serem 
realizadas pela equipe. 
h Preparar a equipe de superintendentes para que façam 
visitas regulares às escolas, com propósitos claros, 
planejados, com intencionalidade, objetividade e com 
retornos/feedbacks eficazes;
h Orientar para que o material coletado nas visitas e resul-
tados de avaliações sejam transformados em material 
de análise e gerem intervenções efetivas na melhoria da 
aprendizagem escolar;
h Realizar momentos de conversa com o secretário de 
educação para apresentação do planejamento das 
ações, análise dos resultados e encaminhamentos. 
O Superintendente Escolar é responsável por acompanhar 
a gestão das escolas municipais visando fomentar um movimento 
de reflexão e ação em torno de três eixos principais: indicadores de 
rendimento e desempenho, processos escolares e instrumentos de 
gestão, fortalecendo a liderança do diretor, através de visitas sistemáticas 
às unidades escolares e encontros individuais e/ou com grupo de 
gestores, com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos.
h Participar da construção ou, pelo menos, conhecer bem 
o Plano de Ação da Secretaria de Educação do município;
h Monitorar a matrícula, lotação de professores, censo, re-
alização das avaliações externas, diagnósticas e formati-
vas, bem como o preenchimento do SAEV;
h Orientar a construção e acompanhar a implementação 
do Plano de Ação das escolas alinhado ao da Secretaria 
de educação do município.
h Participar das formações, seminários e reuniões internas 
promovidas pela secretaria ou por sua coordenação 
específica;
h Acompanhar e monitorar os indicadores educacionais: 
frequência de alunos, professores e funcionários; movi-
mento, rendimento e fluxo escolar; desempenho acadê-
mico em avaliações externas e internas; ambiente edu-
cativo e espaço físico das escolas de sua abrangência;h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão: 
calendário escolar; regimento escolar; Plano de Ação, 
Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento 
da Escola.
h Elaborar relatórios das visitas realizadas às escolas;
26
h Ter sempre em dia e bem organizada a pasta com todos 
os indicadores da escola consolidados, bem como o 
registro de todos os combinados/encaminhamentos;
h Participar da organização da pauta pedagógica das 
reuniões e dos encontros formativos com os diretores;
h Planejar e promover encontros sistemáticos com os 
diretores escolares que acompanha para realizar estu-
dos sobre os indicadores de desempenho e rendimen-
to dos alunos e proporcionar oportunidades de trocas 
entre as escolas;
h Realizar audiência individual com os diretores das esco-
las que acompanha;
h Organizar o calendário e a logística de visitas às escolas, 
que devem ser sistemáticas e semanais;
h Realizar contato com os diretores escolares para solicitar 
e/ou passar informações/orientações administrativas, 
pedagógicas e burocráticas;
h Apresentar os resultados de suas observações e acom-
panhamentos à Secretaria de Educação, de forma siste-
mática, focando principalmente nos processos críticos, 
para que os encaminhamentos e providências necessá-
rias sejam adotadas em retornos céleres para apoiar as 
demandas das escolas.
h Apropriar-se e acompanhar os programas e políticas 
implementados pela Secretaria.
h Fazer observação de sala de aula.
27
Há algumas formas de articular a logística de realização das 
visitas às escolas, considerando-se a realidade de cada rede, buscando 
criar as condições para que o trabalho do superintendente seja 
realizado a contento.
No caso das visitas às escolas da sede do município ou em distritos 
de fácil acesso, eles podem se deslocar diretamente para as unidades 
de ensino por meios próprios, ao invés de ir à secretária naquele dia. 
Já para as visitas às localidades distritais mais distantes, a secretaria 
deverá providenciar um transporte público para esta fi nalidade. 
Como forma de otimizar os recursos públicos, a secretaria 
também pode organizar uma rota de visita às escolas numa determinada 
localização geográfi ca, transportando todos os superintendentes que 
irão fazer o acompanhamento naquela região, conforme agendamento 
previamente defi nido.
PARA REFLETIR:
1. O que considera mais importante no papel e 
atribuições da superintendência escolar? 
2. Quais são os principais desafi os para uma 
atuação bem sucedida das equipes de acom-
panhamento escolar? 
2.3- A FORMALIZAÇÃO DO CARGO DE 
SUPERINTENDENTE NO ORGANOGRAMA 
DA SECRETARIA
O município de Sobral-CE legalizou formalmente em 2004 
o cargo de Superintendente na estrutura da secretaria, permitindo 
a definição de uma gratificação para referida função. A medida é 
importante porque valoriza a função tornando-a mais atrativa para 
os profissionais da escola. A lei Nº. 490 de 06/01/2004 (Anexo I) 
dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar no Município de 
Sobral e dá outras providências, podendo servir de referência para 
outras Secretarias de Educação que queiram adotar esse modelo de 
gestão, criando boas condições de trabalho para esse profissional 
da educação.
ATENÇÃO:
A organização da logística das visitas às esco-
las é muito importante para fazer o modelo 
de acompanhamento funcionar. O município 
pode ter uma boa equipe, e não conseguir levá-
-la às escolas. É imprescindível que a Secretaria 
de Educação ofereça as condições básicas para 
esse trabalho aconteça.
28
2.4- O FLUXO DE TRABALHO DA 
SUPERINTENDÊNCIA
Como já descrevemos anteriormente, as secretarias possuem 
formas de organizar a superintendência escolar de modo diverso. A se-
guir, detalharemos melhor cada modelo de estruturação possível:
a) O trabalho de acompanhamento pode ser dividido em duas 
superintendências: a administrativo-fi nanceira e a pedagógica. 
A primeira fi ca responsável pelos aspectos administrativos e 
fi nanceiros com foco na garantia de recursos materiais para o 
bom funcionamento da escola, bem como o uso e prestação 
de contas dos recursos aplicados na instituição. As equipes 
responsáveis por esses processos são menores, uma vez que é 
possível uma só pessoa monitorar cerca de dez escolas. Já a 
segunda superintendência - a pedagógica - fi ca responsável pelo 
acompanhamento da gestão da aprendizagem e requer uma 
equipe maior, uma vez que os processos são mais complexos. 
Além disso, exigem ações de caráter formativo, implicando 
muitas vezes numa mudança cultural dos profi ssionais da escola;
b) Alguns municípios optam pela adoção de uma única 
superintendência, que realiza o acompanhamento dos aspectos 
administrativos, fi nanceiros e pedagógicos; 
c) Outro modelo possível que tem sido adotado por alguns 
municípios, é a defi nição de duplas de superintendentes que 
realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso, geralmente a 
secretaria municipal atribui um número maior de escolas a cada 
dupla. A dupla pode ter um viés mais pedagógico, ou mesmo 
aglutinar ao trabalho as dimensões administrativas e fi nanceiras. 
Isso depende do que a gestão priorizará nesse trabalho de 
supervisão das escolas.
ATENÇÃO:
Não há modelo certo ou errado. O importante é 
fazer funcionar o sistema escolar de forma efetiva, 
para que este gere resultados de aprendizagem.
Defi nida a equipe, a coordenação de superintendência deve 
agrupar cerca de sete escolas por pólo ou região. A seguir, faz-se a 
indicação de superintendente(s). O anexo III deste Guia apresenta um 
instrumental que pode servir de referência para orientar a Secretaria 
Municipal de Educação na distribuição de superintendentes por 
escola (anexo I).
Como demonstraremos a seguir, a primeira formação de tais 
profi ssionais deverá contribuir para o entendimento das tarefas e 
planejamento da rotina de trabalho. É importante destacar que essa 
rotina precisa ser necessariamente sistematizada para dar conta das 
visitas semanais, das reuniões internas, do tempo de planejamento 
e do encaminhamento de processos.
29
PASSO-A-PASSO DO PLANEJAMENTO DA SUPERINTENDÊNCIA
1º
6º4º
3º 5ºConstruir um 
plano 
de trabalho 
sistematizado 
e detalhado de 
como se reali-
zará o acom-
panhamento 
escolar.
Organizar o 
calendário, 
escolher a 
escola a ser 
visitada e 
estabelecer 
uma rotina 
de visitas.
Organizar 
uma pasta 
com os 
instrumentais 
de acompa-
nhamento e 
indicadores 
das escolas 
e turmas 
que serão 
visitadas.
Organizar a 
pauta da 
conversa com 
núcleo gestor, 
levando em 
consideração o 
foco da visita. 
Caso a escola já 
tenha sido visi-
tada, verifi car 
os diálogos já 
realizados e en-
caminhamentos 
combinados.
Estudar e 
analisar o 
Plano de 
Ação das 
escolas.
 Providenciar 
a logística de 
transporte 
para a visita.
2º
30
O planejamento também deve incluir a sistematização 
de uma rotina de trabalho.
Cada município, de acordo com seu contexto, deve 
construir agenda semanal e as pautas para as visitas às escolas. 
Eventualmente, quando a realidade assim exigir, a coorde-
nadora, junto com a superintendência e outras pessoas que atuam 
nesse processo, inclusive o(a) secretário(a), pode e deve realizar 
audiências individuais com os diretores.
Para implementação do trabalho do superintendente, é 
fundamental que haja uma apresentação pelo(a) Secretário(a) 
de Educação da equipe de Superintendência aos diretores 
escolares. O objetivo é basicamente dar início ao diálogo a 
respeito dessa nova metodologia.
Essa apresentação é extremamente importante no 
processo de uma aproximação, capaz de gerar receptividade das 
escolas ao trabalho a ser desenvolvido. O estabelecimento de 
empatia pode facilitar o esclarecimento das dúvidas e superação 
das resistências, fortalecendo também a ação do Superintendente 
no estabelecimento da colaboração e parceria no ambiente escolar 
e do sistema educativo como um todo. 
h Em Sobral, por exemplo, os superintenden-
tes passam trêsdias por semana (segunda, 
terça e quarta) visitando as escolas com o 
objetivo de observar os indicadores de ges-
tão e da aprendizagem. Eles devem visitar 
pelo menos duas vezes por mês as escolas 
que exigem mais atenção e estão em situa-
ção mais crítica.
h A cada visita à escola, eles levam uma pauta 
que será debatida com o diretor para que, a 
partir do diálogo estabelecido, sejam pactua-
dos prazos para o cumprimento dos encami-
nhamentos, com foco na política de alfabeti-
zação dos alunos. 
h Sempre às quintas-feiras, participam da reu-
nião semanal com os diretores.
h Às sextas, se reúnem com a chefia para ali-
nhar as ações, planejar a semana seguinte e 
cuidar dos encaminhamentos.
h Eles também se organizam de segunda a quar-
ta para audiências individuais com a coor-
denadora de superintendência, que, por sua 
vez, conversam a cada semana com membros 
individualmente e/ou em grupo. Quando ne-
cessário, é também papel da Coordenadora 
visitar as escolas objetivando conhecer e so-
cializar as práticas exitosas do município.
31
ATENÇÃO:
As visitas devem gerar encaminhamentos 
e propor estratégias de melhoria.
2.4.1- AS VISITAS À ESCOLA
A visita à escola é basicamente organizada em três momentos 
importantes:
h o planejamento; 
h a realização da visita; 
h providências pós-visita.
Esses momentos se retroalimentam de tal forma que a 
superintendência planeja a visita seguinte, considerando sempre 
os aspectos observados na anterior, bem como os resultados das 
avaliações formativas.
a) O planejamento da visita
Toda visita pressupõe um planejamento prévio. Nesse sentido, 
semanalmente é necessário reorganizar e planejar a visita estudando 
os relatórios, o Plano de Ação e a revisão dos encaminhamentos acor-
dados com a escola.
Um dos primeiros instrumentos dessa organização é a pasta da su-
perintendência. Cada superintendente deve montar uma pasta para cada 
uma das escolas que acompanhará, contendo toda a documentação perti-
nente para a realização do trabalho. O planejamento inclui um cronograma 
de visitas que deve sempre ser reavaliado. O conteúdo da pasta deve ser 
todo impresso, mas também arquivado em formato digital.
32
A pasta do superintendente deve conter pelo 
menos os seguintes materiais:
DESCREVEMOS, A SEGUIR, A ESPECIFICAÇÃO DE ALGUNS DOS 
DOCUMENTOS QUE COMPÕEM A PASTA:
A) PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
É um plano de ação com metas de aprendizagem construído tendo como 
referência um diagnóstico dos indicadores educacionais do município, com 
o objetivo de defi nir as metas e ações estratégicas para o município e cada 
escola. Os anexos XI e XII apresentam um formato sintético de formulário 
para apresentação e monitoramento das metas.
B) QUADRO SÍNTESE DE INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA 
Apresenta os dados estatísticos e indicadores da escola referentes à 
matrícula, número de professores e turmas em seus respectivos turnos. O 
quadro deve conter também o nome dos profi ssionais do núcleo gestor e 
dos professores e o horário de funcionamento da escola, inclusive o período 
de recreio.
Esses dados e indicadores são absolutamente essenciais para organizar as 
visitas de acompanhamento, indicando as turmas que devem ser observadas 
nos respectivos turnos. A síntese dos principais indicadores do município e 
da escola divulgados pelo INEP também compõem esse conjunto de dados. 
Veja a sugestão de modelo no anexo II.
C) QUADRO SÍNTESE DAS AVALIAÇÕES NACIONAIS - INDICADORES 
DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO
É o quadro consolidado dos principais indicadores de rendimento de 
aprendizagem das avaliações de abrangência nacional/estadual, como SAEB 
e IDEB. Deve ser utilizado como parâmetro comparativo do rendimento da 
aprendizagem da escola.
h Plano de ação do município e da escola 
(quadro síntese);
h Quadro síntese da escola (Núcleo gestor, 
matrícula, contato, lotação etc) com 
indicadores de aprendizagem obtidos a 
partir de avaliações padronizadas;
h Relatório do SAEV – Escola, turma e 
alunos (impressos e atualizados);
h Kits de avaliação de fluência do 1º ao 
5º ano;
h Calendário letivo;
h Calendário das formações de professo-
res, gestores e planejamentos escolares;
h Instrumentais de acompanhamento 
(observação de sala de aula, observa-
ção de planejamento, instrumental 
geral de acompanhamento mensal).
33
D) KITS DE AVALIAÇÃO DO 1º AO 5º ANO
É um conjunto de materiais e textos para serem trabalhados com os 
diferentes níveis de fluência de leitura, cartelas com frases, palavras 
e sílabas, bem como as fichas de registro de resultado. Este material 
deve estar sempre à mão para que o superintendente aplique 
pessoalmente - de forma amostral - a avaliação do nível de leitura 
das crianças.
E) RELATÓRIO DO SAEV - ESCOLA, TURMA E ALUNOS 
O SAEV é um sistema on-line usado pelo EpV para apoiar a aplicação 
das avaliações externas e consolidar o registro da frequência mensal 
dos alunos. Permite coletar as respostas dos testes e gerar relatórios 
para análise dos resultados. Esses relatórios devem estar sempre im-
pressos e atualizados.
F) CALENDÁRIO LETIVO E CALENDÁRIO DAS FORMAÇÕES DE 
PROFESSORES, GESTORES E PLANEJAMENTOS ESCOLAR
A verificação de ambos os calendários serve para que haja um acom-
panhamento constante das atividades que estão em execução. O 
trabalho do superintendente deve considerar sempre estes calendá-
rios para o planejamento e execução das suas ações junto à escola.
G) INSTRUMENTAIS DE ACOMPANHAMENTO (OBSERVAÇÃO DE 
SALA DE AULA, OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO, INSTRUMENTAL 
GERAL DE ACOMPANHAMENTO MENSAL). 
Esses instrumentais são propostas de roteiros para conduzir a obser-
vação ou mesmo as ações do superintendente na visita à escola. Eles 
agregam importantes informações e conhecimentos que conduzem 
o olhar do superintendente para os aspectos que mais importam, 
evitando dispersões e focando naquilo que é mais relevante: obser-
var a sala de aula, acompanhar as ações gerais de funcionamento 
da escola; analisar e discutir resultados; e observar o planejamento 
com proposição de intervenções.
34
ATENÇÃO: 
• Os relatórios do SAEV apoiam o monitoramen-
to de resultados de aprendizagem das avalia-
ções diagnósticas e formativas realizadas, bem 
como a infrequência dos estudantes. É impor-
tante analisar os resultados junto às escolas e 
planejar as intervenções.
• O superintendente escolar terá acesso aos re-
latórios das avaliações e infrequência de todas 
as escolas que acompanha e o gestor escolar 
poderá acessar informações da sua escola (re-
sultados das avaliações e infrequência por tur-
ma, por aluno).
• Importante lembrar que o sistema fi cará libe-
rado durante um determinado período para o 
lançamento das notas de acordo com o calen-
dário de avaliação do município. Após o encer-
ramento,  não será possível lançar ou alterar re-
sultados dos alunos. 
• O sistema de acompanhamento de infrequência 
dos estudantes deverá ser preenchido até o dia 10 
do mês seguinte. Por exemplo, a infrequência do 
mês de março poderá ser informada no sistema 
até o dia 10 do mês de abril.
No anexo III temos um instrumento útil para apoiar as 
observações das visitas gerais mensais, no anexo X uma sugestão 
de roteiro para observação do planejamento escolar, e no anexo 
IV para observar uma aula.
OBSERVAÇÃO:
É importante ter sempre em mãos 
o calendário letivo para orientação 
do planejamento das visitas e 
realização das atividades.
 A Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDBEN) define 
que as escolas devem cumprir pelo 
menos 200 dias letivos anuais, 
distribuídos em dois semestres. 
Totalizando, no mínimo, 800 horas, 
ou seja, 48.000 minutos (800 
horas x 60 minutos).
35
ATENÇÃO:
• O superintendente deve solicitar ao diretor que 
este tenha uma pasta com os indicadores atua-
lizados da escola e os relatórios impressos do 
SAEV, com os resultados mais recentes e informa-
ções sobre a evolução por turma e por aluno. 
• Alguns indicadores devem estar sempre visíveisem murais na escola, tal como propõe a “gestão 
à vista”, que é uma metodologia de exposição de 
metas, indicadores e informações estratégicas. 
Ela é adotada nas escolas para dar transparência 
à própria gestão e à comunidade escolar sobre in-
dicadores importantes da escola: Ideb, fl uxo (apro-
vação, reprovação, abandono), metas, frequência 
de alunos, professores, execução fi nanceira e ou-
tros resultados em avaliações padronizadas. 
• Essa metodologia também ajuda no monitora-
mento de tais indicadores a fi m de que a comu-
nidade possa acompanhar a evolução dos indica-
dores da escola. 
OBSERVAÇÃO:
Existem diversos modelos de 
design - disponíveis online – que 
podem inspirar e organizar essa 
visibilidade dos processos de gestão. 
Para monitorar a frequência dos 
estudantes, você pode utilizar 
o módulo de infrequência do 
Sistema de Avaliação Educar pra 
Valer (SAEV) disponível para o 
município, além de um quadro de 
monitoramento mensal exposto em 
lugar visível na escola.
a) A realização da visita à escola
A primeira visita é uma situação de aproximação, de construção 
de vínculo entre superintendente e núcleo gestor. Além de se colocar 
como um apoiador da gestão, deverá apresentar os indicadores da escola 
para discutirem os pontos de atenção que terão nesta parceria. Desde 
já, é importante combinar o momento de construir o Plano de Ação da 
escola, e, caso este já exista, revisá-lo com vistas a um aperfeiçoamento 
do mesmo. 
36
Também deverá buscar conhecer o espaço físico e as pessoas 
que trabalham na instituição, especialmente o núcleo gestor. No recreio, 
é importante ser apresentado aos professores e lhes dirigir palavras 
amistosas e de encorajamento, demonstrando abertura e deixando 
evidente sua atitude parceira para com a escola.
SEGUE UMA SUGESTÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA VISITA:
Apresentar-se 
à escola, expor 
a metodologia 
de trabalho da 
superintendência 
e os indicadores 
escolares com o 
núcleo gestor;
1º
2º 3º
4º
Analisar junto ao 
núcleo gestor: a) o 
Plano de Ação da 
escola ou, caso este 
não exista, combinar 
uma forma de 
construí-lo; 
 b) os indicadores 
escolares;
Conhecer o 
espaço físico e 
os pro� ssionais 
da escola;
Realizar uma 
caminhada pela 
escola para observar 
seu funcionamento, 
conhecer as 
pessoas e iniciar o 
preenchimento do 
instrumental geral de 
acompanhamento.
PRIMEIRA VISITA 
APROXIMAÇÃO INICIAL 
E APRESENTAÇÃO DO 
TRABALHO
As demais visitas seguem um fl uxo parecido e podem ser 
planejadas por temáticas relacionadas ao Plano de Ação da escola 
e do município. Dentre estes temas relevantes, podemos destacar:
h o cumprimento do calendário letivo;
h os dados do Censo Escolar;
h a lotação dos professores, considerando o perfi l de cada um;
37
Outros temas também podem ser tratados observando 
o foco e a necessidade da escola. Para os superintendentes 
que acumulam as duas funções (administrativa e financeira), é 
importante examinar se as diretrizes das matrículas estão sendo 
cumpridas e se todos os alunos estão inseridos no sistema do 
Censo Escolar, pois o número de matrículas é o parâmetro que 
define o volume de recursos que vêm para a escola e o município. 
Ou seja, cada matrícula representa recursos financeiros em 
programas federais tais como FUNDEB, PNAE, PNATE, PNLD, PDDE, 
dentre outros; e, às vezes, em programas estaduais e 
municipais para a rede educacional do município e 
diretamente para as escolas.
É importante observar como está o almo-
xarifado, a limpeza da escola, as condições dos 
banheiros, o armazenamento dos alimentos, a 
qualidade da merenda e a segurança do trans-
porte escolar, bem como o cumprimento dos 
seus horários, a transparência na prestação de 
contas, a agilidade no encaminhamento dos 
processos à secretaria, dentre outros. A supe-
rintendência deve acompanhar e auxiliar o 
fluxo dos processos da escola na secretaria. 
(Ver anexo III)
Em geral, a partir da temá-
tica das visitas, ela deve ser or-
ganizada mais ou menos da 
seguinte forma:
h como as crianças são atendidas quando falta professor;
h a testagem de leitura das crianças;
h como se dá o planejamento na escola (qual periodicida-
de e metodologia são adotadas?);
h verificação do rigoroso cumprimento do horário de fun-
cionamento da escola;
h a frequência dos alunos, professores e gestores, identifi-
cando quais medidas têm sido adotadas para melhorar 
a presença de todos na escola;
h a análise dos resultados das avaliações externas, for-
mativas, do IDEB e demais indicadores, como forma de 
qualificar a apropriação de tais informações pela escola;
h o trabalho realizado nas salas de alfabetização, bem 
como as estratégias especiais para estas turmas, a fim 
de garantir a aprendizagem;
h as metas de aprendizagem e o que tem sido feito para 
alcançá-las;
h observação das rotinas dos professores em sala e a par-
ticipação deles nas formações;
h implementação de um quadro de “gestão à vista” 
com exposição do controle de frequência e demais 
informações estratégicas da escola.
38
VISITAS TEMÁTICAS – ACOMPANHAMENTO
DO PLANEJAMENTO
Fazer caminhada pedagógica com o diretor 
e coletar informações sobre a(s) temática(s) 
definidas para aquela visita.
Ao concluir a caminhada pedagógica, conversar 
com o diretor sobre os encaminhamentos 
acordados na visita anterior.
Observar o planejamento.
Realizar um feedback formativo com o 
responsável pedagógico pelo planejamento.
Refletir sobre os desafios identificados junto 
com a equipe gestora e construir combinados/
encaminhamentos para melhoria.
1º
2º
3º
4º
5º
39
b) Providências pós-visita
É necessário refl etir sobre os relatórios e as situações ob-
servadas, identifi cando aquilo que é crítico para narrar ao coor-
denador da superintendência, que, por sua vez, deverá organizar 
as informações para compartilhar com o secretário, coordenador 
de ensino e demais técnicos da secretaria de educação que pos-
suem relação com as temáticas.
Neste momento, é muito importante a refl exão interna da 
secretaria para identifi car questionamentos relativos aos desa-
fi os das escolas e da sua própria atuação. Isso será fundamental 
para subsidiar as ações que podem contribuir para a melhoria 
do desempenho das escolas. Algumas perguntas são pertinen-
tes nesse momento: como estamos trabalhando? O que estamos 
deixando de fazer? Estamos atrasando insumos? Como podemos 
auxiliar ainda mais a essa escola?
Somente após essa análise, a conversa com o secretário 
será oportuna, pois além de apontar o problema, indicará tam-
bém alternativas para o apoio e as defi nições subsequentes rela-
cionadas aos problemas observados.
Na parte administrativa, é necessário acompanhar os 
processos e articular as necessidades da escola, tais como reco-
lhimento de bens inservíveis, número insufi ciente de carteiras, 
professores, diretores ausentes da escola, dentre outras. Nesses 
casos, é fundamental dar retorno a referidas demandas o mais 
breve possível, com especial atenção ao adequado atendimento 
às necessidades da escola e da aprendizagem das crianças.
VALE DESTACAR AINDA QUE:
h Os atores, espaços e rotinas serão escolhidos de acordo 
com o foco da visita. 
h O planejamento e ingresso em sala de aula para observação 
devem ser previamente combinados com o coordenador 
pedagógico e com o professor. O anexo IV apresenta uma 
proposta de roteiro para observar a sala de aula.
ATENÇÃO:
Importante chegar sempre antes da aula co-
meçar e ficar todo o expediente na escola. 
Se não puder passar o dia todo, é necessário 
alternar os turnos para conhecer o funciona-
mento deles. As visitas à escola nem sempre 
precisam ser agendadas. Essa chegada sem 
aviso prévio pode ser interessante para ob-
servar o cotidiano da escola tal como ela é. 
Quanto à observação das salas de aula, é im-
portante priorizar inicialmente as classes de 
alfabetização (primeiros e segundos anos) e 
o quinto ano, caso não seja possível obser-
var todas as salas de aula.
40
Emsíntese, o esquema a seguir apresenta os passos necessários para os procedimentos pós-visita.
PASSO-A-PASSO DAS PROVIDÊNCIAS PÓS-VISITA
Reunião com o 
coordenador da 
superintendência;
Socialização 
do relatório 
de visita e 
resolução das 
demandas 
emergenciais;
Estudo das 
situações 
observadas.
Submeter as demandas da escola 
para apreciação da secretaria, com 
elaboração do plano de suporte 
e intervenções junto às escolas 
para as próximas visitas. Quando 
necessário, algumas situações 
devem ser informadas diretamente 
ao Secretário de Educação.
4º
2º
3º
1º
41
As refl exões e encaminhamentos pós-visita já devem ser 
adicionadas ao planejamento dos próximos retornos às escolas, 
com a escolha de retomadas e seleção de temas para abordar 
nas visitas seguintes.
Os relatórios devem ser concisos e objetivos, contendo a pau-
ta da visita, as observações desenvolvidas e os encaminhamentos 
acordados. Devem ressaltar situações ou demandas consideradas 
graves e urgentes para serem analisadas.
ATENÇÃO:
• O bom compartilhamento de informações e 
ideias entre técnicos, secretaria e escolas é um 
ponto forte a ser cuidado no processo interno 
de comunicação da superintendência escolar.
• O contato com a equipe responsável pela 
formação de professores do município também 
é fundamental e deve fazer parte da rotina 
de reuniões promovida pela coordenação da 
superintendência!
PARA REFLETIR
• Que elementos não podem faltar na construção 
da rotina de trabalho do superintendente?
• Qual a sua sugestão para organizar a rotina 
semanal de trabalho do superintendente?
• Quais pautas são importantes para as primei-
ras visitas?
Planeja -
mento da 
nova visita
Planejamento
Visita
Observação
Feedback
Relatório
Reunião de 
comparti-
lhamento na 
secretaria
Encaminha-
mento
Capitulo 3
44
3.
ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO 
GESTOR E PRINCIPAIS 
ROTINAS DA ESCOLA
Os estudos sobre eficácia escolar são importantes fundamenta-
ções utilizadas pelo Programa Educar pra Valer para sustentar a ideia de 
que todo aluno é capaz de aprender e toda escola é capaz de ensinar. A in-
vestigação sobre a eficácia das escolas contribuiu fortemente para derru-
bar a ideia oposta a essa, de que as escolas não são capazes de produzir 
resultados de aprendizagem satisfatórios quando o aluno é oriundo de 
classe social desfavorecida, com pouco ambiente de letramento nos lares, 
e cuja família enfrenta adversidades sociais que afetam as condições de 
vida da criança.
Segundo Patto (1999), 
“até os anos 70 houve um predomínio das explicações das causas do 
fracasso escolar em função das características biológicas, psicológicas e 
sociais dos alunos, em detrimento à explicação que considerava os as-
pectos estruturais e funcionais do sistema de ensino como determinante 
desse fracasso. O termo social era empregado no sentido de déficit cultu-
ral dos usuários das escolas públicas, não contemplando a relação com 
a estrutura na qual se organiza a sociedade”1. 
1 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-2.pdf
45
Escolas com bom desempenho de aprendizagem atendendo a 
alunos de baixo nível socioeconômico foram identificadas em diversas 
pesquisas (Fuller, 1987; Harbison e Hanushek, 1992; Hanushek, 1995; 
Sammons et al., 1995; Heneveld e Craig, 1996). Os achados demonstra-
ram que há fatores que contribuem para a aprendizagem neste gru-
po de escolas bem-sucedidas e que podem ser apropriados, desen-
volvidos e praticados em outras escolas. As citadas escolas possuem 
algumas características em comum que sugerem ser efetivas para a 
aprendizagem dos estudantes. Sammons et al. (1995) distinguiram as 
seguintes características-chave:
h centralidade da liderança escolar
h foco no ensino e na aprendizagem
h ensino com objetivos claros
h altas expectativas em relação aos alunos
h compromisso dos professores e programa de
 desenvolvimento docente
h monitoramento do progresso do aluno
h parceria família-escola
h bom clima escolar
O clima escolar favorável é fruto das boas relações, ordem, 
organização, sensação de paz e produtividade em prol da aprendi-
zagem dos estudantes. A atuação da gestão tem uma forte influên-
cia na constituição desse ambiente escolar, bem como para realizar 
o monitoramento da aprendizagem, fortalecer a participação dos 
professores na formação, ter um olhar pedagógico para promover a 
aprendizagem para todos e a boa parceria com as famílias. 
Neste trabalho de acompanhamento é importante ter clare-
za sobre as atribuições dos diretores e coordenadores pedagógicos, 
bem como das rotinas pedagógicas da escola.
3.1- ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
O gestor escolar exerce diversas atividades e atende a diferen-
tes demandas que dependem de sua ação gerencial. Para tanto, deve 
possuir competências, habilidades e atitudes que lhe permitam exer-
cer forte liderança para adotar medidas que levem à construção de 
uma escola com base em uma cultura de sucesso, alinhada às normas 
do Sistema Municipal de Ensino e aos princípios de uma gestão de-
mocrática e participativa. 
As dimensões de ensino e aprendizagem; clima escolar; rela-
ção com pais e comunidade; gestão de pessoas e de processos, infra-
estrutura e, ainda, a articulação institucional devem ser observadas 
para definir as atribuições do gestor escolar. Tais dimensões funda-
mentam um planejamento estratégico, objetivando a melhoria da 
qualidade do ensino e da aprendizagem. A seguir, apresentaremos as 
atribuições do diretor relacionadas ao trabalho sistêmico de gestão a 
ser desenvolvido na escola.
ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
 a) PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 
h Coordenar a elaboração e implementação da proposta pedagó-
gica da escola; 
h Elaborar, executar e avaliar periodicamente o Plano de Ação 
junto à equipe, traçando metas, definindo prioridades e pessoas 
responsáveis; 
h Garantir o cumprimento do Calendário Escolar e do tempo 
pedagógico diário;
h Participar da composição da sua equipe de trabalho;
46
h Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores e 
orientadores educacionais e funcionários;
h Realizar reuniões sistemáticas para planejamento, elaboração, aná-
lise e alinhamento da agenda de trabalho do núcleo gestor;
h Orientar e tomar decisões criteriosas acerca da lotação de coorde-
nadores/professores e analisar a enturmação de alunos;
h Elaborar e acompanhar a pauta e o calendário periódico dos plane-
jamentos e das ações junto à coordenação;
h Acompanhar a atuação da coordenação pedagógica e promover 
reuniões coletivas e individuais, para apreciação dos materiais de 
formação e dos planos;
h Acompanhar diariamente a frequência dos alunos e garantir ações 
para que os educandos se façam presentes todos os dias na insti-
tuição de ensino;
h Conhecer, analisar e apropriar-se do mapeamento dos resultados 
por ano/série, área, turma, habilidades, níveis de aprendizagem e 
fazer cruzamento com avaliações externas;
h Garantir mensalmente a realização das avaliações internas, com 
consolidados de desempenho em tempo hábil de devolutiva para 
coordenação, professores e alunos;
h Estabelecer altas expectativas de desempenho para os alunos e 
a equipe;
h Conhecer e analisar o foco do trabalho em sala;
h Observar a aula e acompanhar o feedback junto à coordenação;
h Analisar o plano de aula e material didático junto à coordenação;
h Garantir um trabalho de equidade no processo de ensino e apren-
dizagem, dando apoio a quem mais precisa.
 b) CLIMA ESCOLAR
h Estar sempre presente na escola e ser pontual, acolhendo os 
alunos e professores todos os dias;
h Estabelecer e manter uma boa comunicação com os docentes, 
discentes e pais/responsáveis, zelando pelo clima escolar; 
h Primar pelos princípios da justiça, da ética, do respeito, da 
coerência e da valorização de todos, a fim de fomentar um 
ambiente de paz, compromisso e responsabilidade;
h Empreender esforços para fazer da escola um ambiente fisica-
mente atrativo, permeado por umclima relacional agradável e 
acolhedor para todos.
 c) ENVOLVIMENTO DOS PAIS E DA COMUNIDADE
h Manter comunicação pacífica, acolhedora e frequente com 
os pais, mediante o repasse de informações sobre o processo 
educativo dos filhos, avaliações externas, normas e orientações 
do funcionamento da escola; 
h Fortalecer o engajamento e participação dos pais na educa-
ção dos filhos, com o conselho escolar e alguns projetos da 
escola.
 d) GESTÃO DE PESSOAS E DE PROCESSOS 
h Monitorar a participação dos profissionais da escola nas forma-
ções continuadas oferecidas pela secretaria;
h Promover e acompanhar o processo de matrícula dos alunos 
e a lotação dos professores na escola em articulação com a 
secretaria;
47
h Acompanhar e monitorar a frequência dos professores e demais 
profissionais que compõem a equipe da escola, devendo efetuar 
medidas de orientação e advertência aos profissionais faltosos 
ou não cumpridores dos seus deveres, quando necessário; 
h Passar informações gerenciais desse acompanhamento à Secre-
taria de Educação. 
 e) INFRAESTRUTURA
h Identificar necessidades de melhorias estruturais e acionar a se-
cretaria, a fim de proporcionar um ambiente físico adequado ao 
pleno funcionamento da escola;
h Assegurar o tombamento e responsabilizar-se pela guarda, 
conservação e manutenção dos bens móveis e equipamentos 
da escola; 
h Otimizar o uso dos recursos financeiros repassados à escola, des-
tinados à aquisição de materiais, manutenção das instalações e 
dos equipamentos; 
h Suprir a escola com materiais adequados, que permitam aos 
professores e alunos desenvolver atividades curriculares diversi-
ficadas e criativas; 
h Promover campanhas, programas e outras atividades para pre-
servação e conservação da escola, conscientizando a comunida-
de escolar e local.
 f) RELAÇÃO INSTITUCIONAL
h Manter-se informado sobre as orientações e a política educacio-
nal desenvolvida pela secretaria, guardar sintonia e garantir que 
todos na escola as conheçam;
h Participar das formações e comparecer às reuniões quando con-
vocadas pela secretaria;
h Conhecer os assuntos técnicos, pedagógicos, administrati-
vos, financeiros e legislativos relacionados ao desempenho 
de sua função;
h Tornar público à comunidade escolar a destinação dos recursos 
financeiros que devem ser utilizados de forma ética, zelosa, legal 
e transparente;
h Realizar as prestações de contas relativas ao exercício da gestão.
48
3.2- ATRIBUIÇÕES DO 
COORDENADOR PEDAGÓGICO
h Acompanhar o processo de aprendizagem através de avaliações 
realizadas em cada ano de escolaridade, ajudando a identificar 
os estudantes com mais dificuldades, contribuindo para cons-
truir alternativas para apoiá-los;
h Ter disponibilidade, paciência e atenção para receber os pais e 
responsáveis, desenvolvendo parceria positiva com eles, para 
motivá-los a participar do processo de aprendizagem dos filhos 
apoiando-os; 
h Incentivar o compartilhamento e articulação entre as pesso-
as da equipe, com vistas a um trabalho focado na aprendiza-
gem dos alunos;
h Fortalecer o trabalho interdisciplinar com projetos diversos, inclu-
sive aqueles que utilizam as tecnologias, potencializando o aper-
feiçoamento pedagógico e o crescimento dos discentes; 
h Organizar uma rotina de trabalho que priorize as necessidades 
essenciais da escola em prol do alcance de suas metas. Nesse 
contexto, é preciso sempre ter cuidado para não sucumbir ao 
imediatismo das situações emergenciais do dia a dia;
h Dedicar tempo para planejar e estruturar suas ações;
h Promover uma relação cordial, respeitosa e de valorização dos 
professores para que estes possam se sentir partícipes de um 
time, cujo compromisso se reflita substancialmente em atenção, 
motivação e cuidado com o ensino-aprendizagem.
O Coordenador Pedagógico é o profissional que lidera o trabalho 
pedagógico na escola em parceria com o diretor e os professores. O seu 
foco deve ser a formação dos professores, visando o aprimoramento de 
sua prática pedagógica. Nesse sentido, ele deve conduzir, participar e 
apontar alternativas aos processos de planejamento semanal, além de 
observar a aula como forma de contribuição para aprimoramento da 
prática do professor, monitorando o progresso dos estudantes através 
das avaliações. Cabe a este profissional:
h Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) 
junto com todas as pessoas que compõem a escola;
h Analisar junto com o diretor a lotação de professores que melhor se 
adequam ao perfil de cada turma, bem como às outras funções;
h Garantir a formação continuada dos docentes por meios de encon-
tros focados na melhoria da prática dentro da própria escola; 
h Com a concordância prévia do professor, observar semanal-
mente as salas de aula e contribuir com o mesmo, a partir das 
práticas observadas; 
h Avaliar o alinhamento entre o currículo e a prática diária dos 
professores através de observações de sala e planejamentos;
h Articular, mediar e garantir os planejamentos de ações pedagó-
gicas, e inovar estudos e práticas;
h Monitorar a execução do que foi planejado, observando: sala de 
aula; plano de aula (sequência didática, objetivos e avaliação); 
atividades e cumprimento da rotina consensuada;
49
3.3- AS ROTINAS DO DIRETOR, COORDENADOR 
PEDAGÓGICO E DOS PROFESSORES
É muito importante conhecer a rotina da escola e dos seus prin-
cipais atores. Muitas vezes considerada maçante e repetitiva, a rotina diz 
respeito a uma estruturação das atribuições e tarefas no tempo e espa-
ço. A organização das ações no cotidiano pedagógico não deve perder 
de vista os objetivos e metas da escola que, por sua vez, deve estar em 
sintonia com a política educacional adotada pelo município. A rotina 
deve evidenciar e estimular o que realmente for essencial para a melho-
ria dos processos educativos na escola. 
A rotina faz parte das nossas vidas. Assim como o dia, a noite e a 
regularidade das refeições, o cotidiano também pode ser criativo e inova-
dor. Exemplo: posso fazer um café da manhã com música e com cardápio 
diferente, mas continua sendo um café da manhã. A escola tem seu horá-
rio de funcionamento estruturado: a chegada, os intervalos de recreio e a 
saída, mas é possível tornar essas rotinas mais atraentes e prazerosas. Só 
não é possível mesmo que elas deixem de ser realizadas.
Assim, o programa EpV acredita ser essencial que os diretores, 
coordenadores e professores organizem sua rotina de trabalho de forma 
regular, observando suas atribuições, as metas e as ações estratégicas 
para seu alcance, tais como as formações, o monitoramento das avalia-
ções e o planejamento didático. 
As atribuições do trabalho, as metas e os sonhos precisam estar 
presentes na agenda diária de forma estruturada, e se possível, com pi-
tadas de cor, alegria, amor e criatividade.
Um pensamento muito inspirador de Emídio Brasileiro no site 
pensador2 sobre planejamento afirma que afirma que: “Disciplinado 
é quem planeja ou organiza, programa e executa o seu bom projeto 
de vida através de suas boas ações. O prêmio para o disciplinado é 
a liberdade.” O planejamento não é uma prisão, mas sim um meio 
pelo qual podemos fugir dos condicionamentos, alçar voos maiores 
e melhores, e alcançar metas traçadas em nossos sonhos e objetivos. 
Observar as rotinas do diretor, do coordenador, dos profes-
sores e o dia a dia da escola é conhecer o essencial do trabalho pe-
dagógico, dos desafios, das compreensões dos atores e da cultura 
daquela instituição.
A seguir, vamos apresentar alternativas de como essas roti-
nas do diretor, coordenador e professores dos anos iniciais do ensi-
no fundamental podem ser estruturadas, citando exemplos referen-
ciados na rede municipal de Sobral e no programa de formação que 
o EpV desenvolve no município. 
Nesse sentido, é desejável que existam outros modelos eficien-
tes de planejamento de rotina. Cada município pode desenvolver o 
seu de forma genuína. Contudo, acreditamos que osmodelos são pon-
tos de partida interessantes para ajudar a refletir, criar ou aprimorar 
outras opções de estruturação desse cotidiano de trabalho.
2 https://bit.ly/3cNQHOH 
50
3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR 
E COORDENADOR PEDAGÓGICO
Uma boa possibilidade de organizar essa rotina é classificar as 
tarefas por sua ocorrência temporal. Que tarefas necessitam ser feitas a 
cada dia, semana, mês ou ano? O modelo a seguir propõe uma organização 
dessas tarefas do diretor e do coordenador pedagógico. 
PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR
Algumas atividades serão realizadas ordinariamente, 
tais como monitorar a frequência de alunos e professores. 
Outras ações podem ser programadas para médio e lon-
go prazo. Contudo, algumas atividades são inadiáveis 
e precisa-se de flexibilidade para atender situações 
que são cruciais. Por exemplo: o pronto atendi-
mento aos pais deve ser uma atividade perma-
nente. É importante nunca deixar de atender as 
famílias. O controle da frequência e a garantia 
de que os alunos infrequentes serão procura-
dos o mais imediatamente possível são tare-
fas prioritárias da rotina do diretor. A busca 
ativa deve ser uma medida permanente e o 
fortalecimento do vínculo escola e família 
deve estar sempre no radar da gestão. Quan-
do a confiança é estabelecida entre estas 
partes, a presença do aluno na escola torna-
-se espontânea e desejada por ele mesmo. 
Aqui constrói-se a primeira ponte para o 
aprendizado efetivo.
51
Uma boa forma de começar o turno é a “caminhada pedagó-
gica”, tal como descrita anteriormente, que também pode ser rea-
lizada em outros momentos do dia, conforme as necessidades do 
contexto. O diretor começa o dia circulando pela escola, passando 
em todos os recintos, dando bom dia, olhando os ambientes, cumpri-
mentando os professores, crianças e demais profissionais de apoio. 
Nesse momento, além de estabelecer vínculos com as pesso-
as e se mostrar presente, ele observa os espaços, a rotina e aquilo 
que está fora de lugar. O diretor deve estar, sempre que possível, 
próximo das pessoas e evitar ficar trabalhando apenas em seu gabi-
nete. Precisa ter contato com todos, dando seu exemplo em motiva-
ção, interesse, presença, pontualidade e na construção de vínculos 
com todos que fazem a escola. 
Um diretor que se faz presente é ciente do seu papel e do 
que realmente importa em relação ao bom funcionamento da es-
cola, da luta de todo dia pela aprendizagem das crianças e, conse-
quentemente, das metas definidas no Plano de Ação. Esse pode ser 
um momento para, de maneira gentil, estabelecer vínculos e moti-
var as pessoas para a conquista das metas educacionais.
A “caminhada” pela escola auxiliará também na verificação da 
presença dos estudantes e professores em sala de aula, observando 
ainda a pontualidade de todos. 
Além disso, é fundamental observar se tudo transcorre den-
tro da normalidade e quais providências se apresentam necessárias, 
como, por exemplo, o contato com a família do aluno faltoso ou até 
mesmo a substituição de algum professor que tenha faltado, tendo 
em vista que é imprescindível que os alunos tenham aula todo dia. 
Os espaços do pátio, jardim, banheiros e cozinha precisam ser 
observados em relação à manutenção da limpeza, ao cumprimento 
do cardápio, dentre outros aspectos.
Ao circular na escola, ele deve registrar observações que de-
mandem encaminhamentos posteriores. 
Classificamos, a seguir, as ações diárias, semanais, mensais e 
anuais que o diretor e o coordenador pedagógico devem desenvol-
ver para dar conta de suas atribuições:
52
PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS - DIRETOR DA ESCOLA
DIÁRIA
W Antes do começo da aula, recepcionar alunos, pais e professores, criando cotidianamente uma atmosfera acolhedora;
W Ao final do turno, observar também a saída dos alunos da escola;
W Construir uma agenda diária e semanal priorizando os compromissos relacionados ao processo pedagógico de aprendizagem dos alunos;
W Assegurar o controle da frequência de alunos, professores e demais servidores, e caso necessário, tomar providências cabíveis;
W Manter um contato próximo com os pais ou responsáveis objetivando garantir a frequência regular dos alunos, combatendo e prevenindo o 
abandono e a evasão;
W Garantir que se cumpra o tempo de aula: entrada, início e fim do recreio, bem como a saída;
W Assegurar que os professores estejam nas salas e estimular o cumprimento do Plano de Aula;
W Visitar as salas de aula por amostragem;
W Estar atento para ouvir os anseios, expectativas e interesses dos alunos;
W Criar condições favoráveis para o bom andamento do clima de cordialidade e empenho entre alunos, professores, funcionários, pais e toda a 
comunidade escolar, estabelecendo um senso de responsabilização entre todos;
W Orientar os técnicos administrativos e de serviços gerais para que supervisionem as áreas de uso comum e a rotina de limpeza, segurança, 
organização e oferta de merenda.
AÇÕES A SEREM REALIZADAS SOB DEMANDA:
W Providenciar substituições de professores e/ou outros servidores;
W Consultar, acompanhar e alterar o calendário escolar ajustando as necessidades não previstas;
W Providenciar as manutenções estruturais rotineiras;
W Verificar saldos e pagamentos.
SEMANAL
W Realizar plantão pedagógico de forma individualizada com agendamento dos casos que exigem maior atenção para alunos, pais 
e professores;
W Acompanhar pessoalmente ou através do coordenador o plano de aula e o diário de classe;
W Estimular e apoiar o cumprimento do plano de aula, fazendo observações positivas em relação ao resultado do trabalho 
pedagógico realizado;
W Assegurar o atendimento às solicitações de documentos feitas à escola, bem como as informações solicitadas pela superintendência 
escolar;
W Reunir-se com a equipe pedagógica para acompanhar a agenda do coordenador, examinar as avaliações internas e planejar 
possíveis intervenções;
W Verificar a qualidade do serviço de transporte escolar oferecido no cotidiano. Ou seja, se o horário estabelecido pela escola é 
respeitado, se é um serviço seguro e se os motoristas são cuidadosos com as crianças.
53
MENSAL
W Analisar o rendimento dos alunos e rever as metas;
W Reavaliar o Plano de Ação considerando os indicadores atualizados;
W Planejar e acompanhar o programa de recuperação paralela junto com a coordenação/supervisão pedagógica;
W Analisar e rever as estratégias de ensino de cada professor;
W Conversar individualmente com professores sobre o rendimento dos alunos e as metodologias aplicadas em sala de aula;
W Realizar reunião com pais para informar os resultados de aprendizagem dos alunos e solicitar o apoio das famílias para adoção 
de medidas de reforço escolar e recuperação de conteúdos;
W Promover evento de reconhecimento dos alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento;
W Planejar reposição de aulas, quando necessário;
W Divulgar para os docentes o calendário da formação de professores e acompanhar sua participação;
W Solicitar o apoio da Secretaria de Educação do município para oferta de aulas de reforço para os alunos que necessitem de 
suporte pedagógico extra;
W Conferir o estoque da merenda escolar com especial atenção à qualidade da alimentação oferecida, averiguando a satisfação e 
bem estar dos alunos;
W Realizar reunião com todos os funcionários para avaliar a implementação do Plano de Ação da escola;
W Submeter as contas à aprovação dos respectivos conselhos fiscais.
ANUAL
W Planejar e organizar a Semana Pedagógica;
W Definir com o núcleo gestor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades, 
competências e desempenho do professor nas disciplinas;
W Organizar, em articulação com o núcleo gestor, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética;
W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o coordenador pedagógico e professores, considerando as orientações da 
secretaria de educação;
W Acompanhar a entrega e devolução dos livros didáticos;
W Elaborar ocalendário de eventos;
W Rever o PPP com o núcleo gestor, analisando e construindo junto com os professores eventuais redefinições;
W Acompanhar a aplicação das avaliações externas, sempre de acordo com as orientações da secretaria de educação;
W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais;
W Definir com a comunidade escolar possíveis ações de melhoria;
W Coordenar e supervisionar a realização do inventário anual do patrimônio;
W Realizar balanço anual de três dimensões do trabalho desenvolvido: pedagógica, administrativa e financeira;
W Realizar a prestação de contas junto à secretaria de educação e órgãos financiadores;
W Convocar o conselho fiscal para verificar e aprovar a prestação de contas para envio aos órgãos competentes;
W Participar do conselho de classe acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre 
contribuir com o desenvolvimento do aluno e sua permanência na escola;
W Celebrar a conclusão do ano letivo de maneira festiva, destacando as conquistas ao longo da jornada e reconhecendo a contri-
buição de todos, bem como a importância de dar continuidade à missão de educar a todos e transformar vidas.
54
PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS – COORDENADOR PEDAGÓGICO
DIÁRIA
W Acolher os professores e alunos;
W Checar sua agenda, priorizando as pautas diárias mais relevantes;
W Checar e-mail e outras mídias da escola, e verificar demandas da superintendência escolar e/ou da secretaria de educação;
W Manter-se informado sobre a frequência dos alunos e professores, realizando a caminhada pedagógica;
W Fazer observações de aula, priorizando as salas de alfabetização e aquelas com baixo rendimento;
W Observar o recreio; 
W Garantir o tempo pedagógico (cumprimento das 4 horas de aula).
SEMANAL
W Acompanhar e contribuir com o planejamento pedagógico específico por ano/série;
W Orientar os professores considerando o planejamento das atividades e aspectos observados em sala de aula;
W Verificar/sugerir metodologias diversificadas para o professor trabalhar em sala de aula;
W Agendar atendimento para alunos, pais e professores, sempre que necessário;
W Participar de reunião de alinhamento com o diretor escolar;
W Selecionar textos para estudar com os professores nos planejamentos específicos;
W Organizar rotina pedagógica para as aulas de reforço no turno ou contraturno.
MENSAL
W Realizar o planejamento pedagógico geral;
W Aplicar as avaliações de português, matemática, leitura e escrita;
W Analisar e elaborar atividades e avaliações mensais;
W Selecionar o conteúdo/descritores a serem trabalhados no mês seguinte;
W Realizar, junto ao diretor, reunião com pais para devolutiva dos resultados de aprendizagem dos alunos;
W Reconhecer, de maneira sistemática, os alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento escolar;
W Acompanhar o cumprimento do calendário escolar;
W Planejar reposição de aulas, quando necessário;
W Monitorar o Plano de Ação da escola;
W Divulgar aos docentes o calendário de formação dos professores e acompanhar a participação deles;
W Participar da Formação de Coordenador Pedagógico oferecida pela secretaria.
ANUAL
W Colaborar com a elaboração do calendário escolar;
W Rever o PPP junto com o diretor;
W Elaborar a pauta da semana/jornada pedagógica dos professores;
W Definir com o diretor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades, 
 competências e desempenho do professor nas disciplinas;
W Organizar, em articulação com a direção da escola, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética;
W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o diretor e os professores, considerando as orientações da secretaria de educação;
W Participar do conselho de classe, acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre 
contribuir com o desenvolvimento do aluno e permanência na escola; 
W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais.
55
Depois de organizadas, as tarefas devem ser distribuídas em um planejamento macro (semestral) e micro (semanal). 
A Nova Escola Gestão (2017) oferece algumas propostas de organização das atividades educativas no contexto desse planejamento. 
Não existe fórmula única para a escolha dessas rotinas. Trazemos aqui esse exemplo apenas para que o gestor e o diretor possam ter uma 
ideia de como definir esse cotidiano de trabalho. 
juLhO AgOSTO SETEmbRO OuTubRO NOVEmbRO DEzEmbRO
PLANO DE 
FORMAÇÃO
W palestra do SAMU;
W assembleias 
escolares;
W elaboração de 
ficha de rendimento 
do 2º trimestre 
letivo;
W replanejamento 
do professor.
W formação sobre 
avaliação;
W socialização 
das avaliações 
semestrais 
à equipe;
W planejamento 
em equipe da 
reunião de pais.
W formação 
sobre tecnologia 
(ferramentas google 
em sala de aula) 
em parceria com 
papp do laboratório;
W planejamento da 
semana da criança.
W planejamento da 
semana da criança;
W htpc do professor 
atividade cultural;
formação de 
produção de texto;
W fechamento do 
projeto coletivo.
W sequenciada? 
(produção de texto);
W elaboração de 
ficha de rendimento 
do 3º trimestre 
letivo.
W avaliação do 
ano letivo;
cd com fotos 
das turmas 
(montagem em 
parceria com a pal);
W encerramento/ 
confraternização 
em equipe;
ACOMPANHA-
MENTO DO PLANO 
DE AÇÃO
solicitar planos em 
28/07/2017
solicitar planos em 
23/08/2017
solicitar planos em 
29/092017
solicitar planos em 
27/10/2017
solicitar planos em 
24/11/2017
solicitar planos em 
15/11/2017
56
OUTRAS AÇÕES
W volta às aulas 
(atividade de 
acolhimento);
W contabilização dos 
óleos de cozinha 
(início da gincana 
do óleo em 24/07; 
combinar com 
inspetores);
montar mural;
W alteração da 
professora do 2º 
ano b, a partir de 
24/07;
W reunião 
pedagógica: 
avaliação do 
contexto escolar 
em formato de 
assembleia escolar 
com a equipe e 
29/07.
W formatura 
do PROERD 
(03/08/2017);
W conselhos de ano/
ciclo: 28 a 30/08;
W entrega dos 
relatórios trimestrais 
da educação 
infantil e fichas de 
rendimento do 
ensino fundamental 
(ler e assinar);
W reunião e 
combinados 
com professores 
para uso do blog 
(proposta de leitura 
do ppp online 
à comunidade 
com pesquisa de 
avaliação).
W orientações para 
projeto coletivo;
W orientações para 
publicações no blog 
da escola;
W 12/09 – Reunião 
de pais;
W visitas-estudo dos 
alunos;
W 29/09: prazo 
final para entrega 
dos óleos de 
cozinha usados 
para campanha 
em parceria com  
instituto triângulo 
(ver premiações das 
turmas).
W semana da 
criança: 09 a 11/10;
W mostra cultural: 
21/10/2017;
W vistas;
W estudo dos 
alunos;
W premiação
 das turmas 
vencedoras da 
gincana do óleo 
de cozinha usado 
(instituto triângulo).
W avaliação externa: 
prova brasil / 
provinha brasil / 
prova ANA;
W encerramento 
do Projeto 
Khan Academy; 
socialização das 
práticas;
W conselho de ano/
ciclo finais;
W fazer compilado 
da documentação 
do conselho;
W reunião de pais 
final;
W reunião 
pedagógica 
para avaliação 
do ano letivo e 
encaminhamentos 
para PPP de 2017.
ATIVIDADES 
PERMANENTES
W Atendimento aos 
pais/responsáveis;
W Atendimento aos 
alunos;
W Atendimentos aos 
professores;
W htps formativos;
Estudo/ 
planejamento de 
htpcs;
W Observações em 
sala de aula.
W atendimento aos 
pais/responsáveis;
W atendimento aos 
alunos;
W atendimentos aos 
professores;
W htps formativos;
estudo/ 
planejamento de 
htpcs;
W observações em 
sala de aula.
W atendimento aos 
pais/responsáveis;
W atendimento aos 
alunos;
W atendimentos aos 
professores;
W htpcs formativos;
estudo/ 
planejamento de 
htpcs;
W observações em 
sala de aula.
W atendimento aos 
pais/responsáveis;
W atendimento aos 
alunos;
W atendimentos aos 
professores;
W htps formativos;
estudo/
planejamento de 
htpcs;
W observações em 
sala de aula.
W atendimento aos 
pais/responsáveis;
W atendimento aos 
alunos;
W atendimentos aos 
professores;
W htps formativos;
estudo/ 
planejamento de 
htpcs;
W observações em 
sala de aula.W atendimento aos 
pais/responsáveis;
W atendimento aos 
alunos;
W atendimentos aos 
professores;
W htps formativos;
estudo/
planejamento de 
htpcs;
W observações em 
sala de aula.
57
PLANEJAMENTO SEMANAL DA COORDENADORA PEDAGÓGICA 
SEMANA DE 24 A 28 DE JULHO DE 2017
DIA DA SEMANA 2ª  feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Horário 7h às 16h 7h às 16h 7h às 16h 9h às 18h/18h40 às 21h40 13h às 18h
AÇÕES
 PERMANENTES
W Acompanhamento   das 
entradas; 
W Atendimento aos 
professores;
W Atendimento aos pais/
responsáveis;
W Análise de atividades 
para xerox.
W Acompanhamento   das 
entradas;
W Atendimento aos 
professores;
W Atendimento aos pais/
responsáveis;
W Análise de atividades 
para xerox.
W Acompanhamento   
das entradas;
W Atendimento aos 
professores;
W Atendimento aos 
pais/responsáveis;
W Análise de atividades 
para xerox.
W Acompanhamento   
das entradas;
W Atendimento aos 
professores;
W Atendimento aos 
pais/responsáveis;
W Análise de 
atividades para xerox.
W Acompanhamento   
das entradas;
W Atendimento aos 
professores;
W Atendimento aos 
pais/responsáveis;
W Análise de 
atividades para xerox.
MANHÃ
W 7h às 8h: entradas/rotina;
W 8h às 12h: reunião com 
a orientadora pedagógica 
(encaminhar xerox 
aprovadas para secretaria 
de educação).
W 7h às 8h: entradas/
rotina;
W 8h às 9h: atendimento à 
comunidade;
W 9h às 12h: planejamen-
to das coordenadoras da 
reunião pedagógica e 
htpcs.
W 7h às 8h: entradas/
rotina;
W 8h às 11h: htpc da 
creche;
W 11h às 12h: 
impressões de pauta 
(htpc de amanhã).
W 9h às 12h: reunião 
externa (secretária de 
educação).
W Flexibilização.
TARDE
W 13h às 14h: entradas/
rotina;
W 14h às 15h: verificar 
dados quantitativos da 
avaliação semestral e com-
partilhar com a equipe;
W 15h às 16h:  produção do 
bilhete em parceria com a 
professora do 2º ano.
W 13h às 14h: entradas/
rotina;
W 14h às 15h: observação 
de sala (2º ano);
W 15h às 16h: 
planejamento das 
coordenadoras da reunião 
pedagógica e htpcs.
W 13h às 14h: entradas/
rotina;
W 14h às 17h: htpc da 
creche (saída às 16h).
W 13h às 15h: finalizar 
materiais do htpc 
noturno;
W 15h às 18h: 
observação em sala 
de aula (5º ano).
W 13h às 14h: 
entradas/rotina;
W 14h às 18h: 
acompanhamento 
dos planos de ação 
dos professores.
58
3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA
DOS PROFESSORES EPV
O Programa Educar pra Valer trabalha com formações articula-
das à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que articula os conte-
údos a uma matriz de competências. Tais formações buscam articular 
o currículo com os materiais didáticos e o planejamento do professor. 
O planejamento organiza-se no tempo e no espaço. Deter-
minadas atividades são indispensáveis para possibilitar uma real 
aprendizagem dos estudantes. Com este objetivo, o programa pro-
põe sequências de ações bem estruturadas, buscando otimizar o 
aproveitamento de qualidade dos dias, horas e minutos que com-
põem o tempo pedagógico. 
Ao observar uma sala de aula, o superintendente deve co-
nhecer a rotina dos professores e como esta tem se concretizado. Em 
resumo, na alfabetização os tempos possuem uma sequência lógica 
com toda uma organização da aula que começa com o acolhimento 
às crianças para motivá-las. 
Na sequência, faz-se necessário um tempo diário para: analisar 
as atividades realizadas em casa; garantir atividades que estimulem o 
letramento, a leitura exemplar, a predição, exploração das palavras e 
seus signifi cados, expressão oral, e o treino das habilidades de leitura 
e escrita; atividades de decodifi cação e codifi cação de palavras com 
a consequente exploração das letras, dos fonemas, da consciência 
fonológica, das sílabas... enfi m, das normas e convenções do código 
alfabético, da leitura e da escrita. Esse material está detalhado para 
eventuais consultas no anexo VI. 
59
PARA REFLETIR:
Você considera importante fazer um trabalho 
contínuo com diretores e coordenadores a res-
peito de suas atribuições? Que sugestões teria 
para organizar esse trabalho?
Os diretores e coordenadores pedagógicos de 
sua rede possuem uma rotina defi nida? Elas 
são semelhantes às sugeridas aqui? Caso exis-
tam, essas rotinas são adequadas ou precisam 
ser aprimoradas?
Capitulo 4
62
4. O PLANO DE AÇÃO E AS 
AVALIAÇÕES EXTERNAS – 
INSTRUMENTOS DE APOIO 
E MONITORAMENTO 
As grandes reformas educacionais de que se tem notícia sempre 
começam com um diagnóstico que auxilia na identificação dos principais 
desafios e construção das prioridades dos sistemas de ensino. 
Como identificar prioridades quando tudo parece ser prioridade?
O Programa Educar pra Valer acredita que a prioridade da escola é 
ensinar. Os alunos da rede pública precisam ter acesso aos conhecimentos 
historicamente produzidos pela humanidade, que se materializam no cur-
rículo escolar, além de outras habilidades e competências relacionadas ao 
seu desenvolvimento socioemocional. 
Mas, para aprender algo na escola, a prioridade número um deve 
ser a aprendizagem da leitura e da escrita. Como prosseguir aprendendo 
na escola sem saber ler e escrever? É possível? Como ser cidadão sem saber 
calcular juros? Entender uma conta? Entender a metragem de algo?
O EpV sugere um Plano de Ação muito simples, construído a partir 
de um diagnóstico de indicadores educacionais, tendo em vista os princí-
pios que fundamentam o direito de aprender dos estudantes. Essa é uma 
proposta com definição de metas de aprendizagem que serão sistematica-
mente acompanhadas e mensuradas através dos resultados das avaliações 
externas para alfabetização e quintos anos. O Plano também propõe ações 
estratégicas que auxiliam na conquista das metas. 
63
4.1- A ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO
O plano é constituído de: objetivos, metas, ações estratégicas, 
cronograma, recursos humanos e financeiros. Os objetivos sugeridos 
para o Plano de Ação estão fundamentados nas boas práticas em gestão 
educacional pública e nas prioridades observadas nos municípios. 
A partir das diretrizes do Plano, serão definidas as metas e ações estraté-
gicas para o município.
4.1.1- O QUE SÃO METAS
As metas transformam os objetivos em tarefas específicas tem-
porais e mensuráveis. Por exemplo: emagrecer 12kg em um ano ou 
construir uma casa até o final de 2020, com um valor estimado x.
Uma vez definidas, as metas não podem ser engavetadas. 
Elas precisam ser comunicadas e perseguidas!
4.1.2- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DA 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
A seguir, será apresentada a estrutura de um Plano de Ação 
proposto pelo EpV. Esse Plano é semi-estruturado e possui duas 
diretrizes importantes:
h as metas propostas através de objetivos estratégicos e indi-
cadores municipais educacionais;
h ações estratégicas baseadas em evidências que irão inspirar 
as atividades com vistas ao alcance das metas e vibilizar os 
processos de aprendizagem na escola.
Apenas para efeito didático, as diretrizes para construção das 
metas e objetivos estratégicos estão organizadas em eixos e pilares 
que constituem as bases do programa. Com base no diagnóstico do 
município, as ações planejadas em cada eixo devem ocorrer de forma 
sistêmica e integrada às metas.
64
DIRETRIZES PARA DEFINIÇÃO DE METAS
OBJETIVOS IMPORTANTES 
PARA MELHORAR A 
APRENDIZAGEM
W Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental
W Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa
W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I
W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II
W Zerar o abandono
W Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis para melhorar a aprendizagem
W Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade.
DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS
GESTÃO DO SISTEMA 
EDUCACIONAL
W Atender 100% das crianças em idade escolar obrigatória: 4 a 14 anos de idade
W Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula
W Reordenar rede de escolas
W Fortalecer a autonomia das escolas (financeira, administrativo e pedagógica)W Definir critérios técnicos para a seleção de gestores escolares
W Organizar a formação continuada dos professores observando o Piso Salarial Profissional Nacional – Lei nº 11.738
W Orientar as escolas a organizar a lotação de professores, formação de turmas, relação aluno professor
AVALIAÇÃO DO SISTEMA
W Avaliar sistematicamente o ensino fundamental
W Organizar os resultados das avaliações externas para apoiar a gestão
ACOMPANHAMENTO ÀS 
ESCOLAS W Instituir modelo de acompanhamento às escolas
SUSTENTABILIDADE
W Instituir incentivos às escolas e/ou profissionais que atingiram as metas
W Realizar eventos municipais para premiar e/ou valorizar as escolas que se destacaram no alcance das metas.
65
4.1.3- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DAS ESCOLAS
Após a construção do Plano de Ação de educação do município, a secretaria 
deverá pactuá-lo com cada escola. Esta, por sua vez, deverá desenvolver o seu próprio 
Plano de Ação, um pouco mais simplificado que o da secretaria, porém alinhado às 
diretrizes, metas e ações estratégicas municipais. O fato de ser mais simples não 
significa menos importante. Isso diz respeito ao limite de atuação de cada instância.
A secretaria somente irá alcançar seus resultados em parceria com as escolas. 
Por isso, todo mundo tem que estar engajado, falando a mesma linguagem, buscando 
as mesmas coisas, mesmo que com estratégias diferentes. Segue a estrutura do Plano 
de Ação da escola:
DIRETRIZES PARA AS METAS
OBJETIVOS 
IMPORTANTES 
PARA MELHORAR A 
APRENDIZAGEM
Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental.
Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa.
Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I. 
Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II.
Reduzir o abandono.
Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis de melhorar a qualidade da aprendizagem.
Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade.
DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS
ORGANIZAÇÃO 
PEDAGÓGICA
Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula.
Organizar a lotação de professores, observando o perfil alfabetizador. 
Observar os resultados das avaliações externas e organizar estratégias para superar as vulnerabilidades de aprendizagem. 
Organizar o trabalho pedagógico de apoio ao planejamento e a formação dos professores, incluindo as observações em 
sala de aula.
Acompanhar, consolidar e garantir a frequência dos discentes e docentes.
66
4.2 - AS AVALIAÇÕES EXTERNAS, 
O MONITORAMENTO 
DAS METAS E DAS AÇÕES 
ESTRATÉGICAS
As metas são mensuráveis e isso possibilita a 
definição de indicadores da escola e do município. Os 
indicadores são capazes de fornecer as informações 
que precisam ser analisadas pela gestão a fim de sa-
ber se a escola e o município estão próximos ou não 
de alcançar a meta. Se a meta é ter 90% das crianças 
lendo fluentemente e, em agosto, se apenas 10% das 
crianças estão nesse nível, há que se rever as ações 
de intervenção. 
O EpV oferece às redes municipais que partici-
pam do Projeto as avaliações diagnósticas e formati-
vas para os anos iniciais do ensino fundamental, que 
são realizadas respectivamente no início e ao longo 
do ano letivo. 
Ao final do ciclo da alfabetização e dos anos 
iniciais do ensino fundamental (segundos e quintos 
anos), são realizadas avaliações externas padroni-
zadas somativas por uma instituição externa espe-
cializada capaz de mensurar a evolução do nível de 
aprendizagem nas redes de ensino. O quadro a seguir 
descreve a sequência dessas provas:
PARA REFLETIR:
1) Você tinha conhecimento de 
que a secretaria possuía um 
Plano de Ação? Conhece as 
metas desse Plano?
2) De que maneira a escola 
pode contribuir para que o 
município atinja as metas 
propostas?
3) Quais estratégias o 
superintendente pode 
adotar para apoiar a escola 
na construção do seu Plano 
de Ação, em sintonia com 
as metas da secretaria de 
educação?
4) Como construir um processo 
comunicativo efi ciente 
objetivando a divulgação 
e conhecimento das metas 
do município por todos os 
profi ssionais da secretaria e 
das escolas, bem como pais e 
comunidade em geral?
67
ANO DIAGNÓSTICO FORMATIVA FORMATIVA SOMATIVA
1º ano Fluência Fluência Fluência Fluência
2º ano
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
3º ano
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Fluência
Português
Matemática
Fluência
4º ano
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Fluência
Português
Matemática
Fluência
5º ano
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
Fluência
Português
Matemática
68
As metas são definidas pelas avaliações somativas e as demais avaliações contribuem para moni-
toramento da sua evolução ao longo do ano, dando suporte para as possíveis intervenções e realinha-
mento das ações estratégicas.
Após cada avaliação, o superintendente escolar deverá se apropriar dos indicadores de resultado 
das escolas. Essa é uma das suas principais tarefas. Estudando os resultados, ele estará apto a instigar 
reflexões para realizar uma análise de resultados, observando:
os percentuais gerais do 
resultado de leitura e de 
acertos por escolas, por 
turma e ano;
os percentuais por 
descritores por escola/
turma/ano nas 
provinhas objetivas;
os alunos com maior 
difi culdade em 
leitura e o menor 
percentual de acerto 
na avaliação escrita; 
o que contribuiu 
para esses 
resultados;
o que pode ser 
melhorado no 
processo para 
que a escola 
alcance suas 
metas;
o que a escola vem 
fazendo para intervir 
nesses resultados.
69
ATENÇÃO:
A secretaria de educação e as escolas 
devem assumir o compromisso de identifi car, de 
forma contínua e transparente, os resultados da 
aprendizagem dos estudantes, para que não haja 
surpresas negativas quando os resultados do 
IDEB forem divulgados pelo MEC.
PARA REFLETIR:
1) Você conhece os resultados 
de avaliação do seu 
município? Como você 
analisa tais resultados?
2) Sabe quais as melhores 
escolas e as que possuem 
os maiores desafi os em 
relação à aprendizagem dos 
estudantes?
3) Como você organizaria um 
trabalho sistemático para a 
devolutiva dos resultados 
das avaliações externas?
A escola precisa dar conta da frequência dos estudantes, do 
acompanhamento ao trabalho dos professores e de outras estratégias 
defi nidas em seu Plano de Ação. Tudo isso precisa ser monitorado pela 
superintendência, que deve apoiar a gestão no sentido de melhor con-
duzir seu trabalho, realizando as correções de rumo em sintonia com as 
metas de aprendizagem.
Capitulo 5
72
5. A ATUAÇÃO DO 
SUPERINTENDENTE: 
ABORDAGENS E 
PRINCÍPIOS
A interação entre superintendente, núcleo gestor e demais 
profissionais da escola  deve ser norteada por alguns princípios bási-
cos, quais sejam: respeito; relacionamento amigável, horizontal e sin-
cero; cuidado para evitar constrangimentos públicos aos gestores; ali-
mentação de um ambiente psicossocial que possibilite a autoexpres-
são e as trocas, principalmente entre pares.
Como exemplo, citamos a oportunidade de troca que pode 
ser proporcionada entre os diretores ou coordenadores pedagógi-
cos, com destaque para aspectos práticos que merecem maior refle-
xão por parte deles no exercício das suas funções.
O superintendente deve ter uma atitude responsável de par-
ceria com a escola para apoiá-la no alcance de suas metas de apren-
dizagem. Para tanto, ele precisa saber como realizar boas observa-
ções quanto aos principais desafios da escola, além de auxiliar nas 
análises e no planejamento dos aspectos que serão objeto da visita. 
As visitas à escola devem sempre ter uma intencionalidade, um pla-
nejamento prévio, um método de coleta de informações que auxi-
liem na identificação das situações a serem discutidas com o diretor 
e coordenador pedagógico.
73
74
Nesse processo de interlocução entre os sujeitos, compreen-
derde maneira mais aprofundada os padrões de funcionamento do 
nosso cérebro pode nos auxiliar muito no diálogo com os gestores, 
principalmente em relação às mudanças culturais e comportamen-
tais, que nem sempre acontecem apenas por conselhos ou orienta-
ções verbais diretas. Ou seja, as devolutivas, feedback e propostas de 
intervenções devem observar algumas conquistas da ciência sobre o 
funcionamento do cérebro e os desafios para se mudar padrões de 
pensamento e comportamento.
David Rock (2006) descreve que o nosso cérebro é uma má-
quina de conexões entre neurônios que geram pensamentos, me-
mórias, habilidades e atributos, constituindo nossos mapas mentais. 
Essas conexões dependem das nossas vivências e aprendizagens ao 
longo da vida. Os neurotransmissores fazem mais de um milhão de 
conexões a cada segundo, entre diferentes pontos, e criam um rico 
processo de circuitos cerebrais. 
Para ser processado, todo conhecimento novo é comparado 
ao mapa mental pré-existente. É necessário encontrar um vínculo 
entre a novidade e nosso mapa mental para conseguirmos discernir, 
incorporar e processar as novas ideias. 
Rock exemplifica, na mesma publicação, a utilização de um 
novo computador pela primeira vez. Diz que ficamos confusos com 
a localização das teclas e funções, mas depois conseguimos apre-
ender as novas configurações a partir da experiência e integrá-las 
ao mapa mental, de tal forma que podemos realizar a tarefa até de 
Uma boa estratégia de observação pode ser efetivada 
pela “Caminhada Pedagógica”. Como já tivemos oportunidade de 
mencionar anteriormente, essa é uma estratégia  utilizada com 
gestores para observar, dentre outros aspectos: os processos de 
interação do diretor com os professores, crianças e pais; sua lei-
tura sobre as dinâmicas de ensino e aprendizagem nas salas de 
aula; sua visão sobre a gestão dos espaços da escola; no que ele 
presta atenção e o que lhe passa desapercebido; bem como o 
que talvez não tenha tanta importância no seu cotidiano de atu-
ação (anexo XIII).
Por exemplo, ao observar como o planejamento é construí-
do, podemos ter perguntas para nortear o nosso olhar: o professor 
planeja na escola? Planeja com quem? O coordenador participa e 
contribui? Há pesquisa? Os resultados das avaliações são conside-
rados para definir as atividades do planejamento? Há uma rotina 
alinhada às orientações pedagógicas recebidas pelo município? O 
planejamento é coerente com os objetivos de aprendizagem e os 
níveis das crianças? As atividades previstas consideram as necessi-
dades de alguns estudantes com mais dificuldades?
Enfim, após o processo de observação, se houver necessidade 
de dar alguma devolutiva, o superintendente deve fazer perguntas 
relacionadas a aspectos que não ficaram claros. Depois de propor al-
gumas reflexões, as observações relacionadas ao feedback sempre 
começam enfatizando o que está bom para depois introduzir as pro-
postas de melhoria.
75
olhos fechados. As tarefas repetitivas não requerem muita energia ce-
rebral. Já aqueles momentos mágicos em que criamos um outro mapa 
mental e o insight acontece são muito energizantes. Tais situações são 
únicas: a expressão facial, revelações emergem e novas configurações 
mentais conformam nosso mapa.
A partir dessa forma de funcionar do nosso cérebro, David 
descreve as seguintes conclusões: quando as pessoas pensam tudo 
por si mesmas, elas se comprometem mais, mobilizam mais energia 
e ficam mais motivadas para agir.
A neurociência nos ensina que devemos ajudar as pessoas a 
pensar, porque isso cria o aprendizado real, a motivação e o envol-
vimento. As receitas prontas são maçantes e nem sempre provocam 
crescimento.
Conclui-se, pois, que as perguntas e estratégias que ajudam 
as pessoas a pensar são fundamentais para criar um espaço físico e 
mental de mobilização das conexões mentais, capazes de gerar um 
entendimento natural da sua tarefa. A habilidade de fazer pergun-
tas e mobilizar reflexões é essencial para uma mudança de postura, 
de cultura,  para o engajamento e para despertar a motivação dos 
gestores.
Tão  importante quanto falar e fazer boas perguntas é saber 
escutar profundamente, de maneira ativa e engajada. Ou seja, é fun-
damental que haja uma interação com a fala do “outro”, fazendo per-
guntas até para checar se o que está sendo dito é o que realmente 
está sendo compreendido. 
Como cada um de nós tem um mapa mental diferente e esta-
mos relacionando o que ouvimos a essas nossas concepções prévias, 
nem tudo que é dito é compreendido de modo igual. Esses proces-
sos geralmente são complexos porque envolvem compreensões di-
ferentes. Por exemplo, às vezes depois de uma reunião, quando che-
camos os entendimentos, nem todo mundo interpretou as situações 
da mesma forma.
76
O guia de tutoria do Itaú Social menciona que 
escutar exige paciência e abertura para compreender o 
outro sem julgamentos de modo a ter os canais abertos 
para não taxá-lo a partir de suas rígidas concepções pré-
vias. Indica, ainda, que alguns fatores podem afetar essa 
escuta ativa, ou escuta mais profunda, quais sejam: dis-
persão, opinião diferente, expectativas, críticas (às vezes 
inconscientes), estilo de funcionar e aprender diferente, 
pressa, falta de foco, ignorar o que foi dito, não observar 
os sentimentos ou as entrelinhas.
Essa interação do superintendente com outros 
profi ssionais da escola requer atenção e cuidado. Por 
exemplo: o superintendente pode fi car tão preocupado 
com a forma de elaboração de sua pergunta que não se 
dá conta do conteúdo envolvido na conversa. Além dis-
so, outros aspectos podem infl uenciar negativamente, 
como a falta de local adequado para um bom diálogo e 
interrupções externas. Enfi m, a comunicação humana é 
complexa, deve ser cuidada e sempre precisa de aprimo-
ramento.
Carl Rogers foi um dos principais expoentes da 
corrente de psicologia denominada humanismo, cujo 
processo terapêutico é centrado no cliente e em suas 
necessidades. Em sua publicação “Um jeito de Ser”, Ro-
gers (1983) trata da comunicação humana de um modo 
pessoal e relacionada à sua experiência de escuta de 
forma muito tocante. Ao refl etir sobre sua experiência 
de escutar pessoas, ele diz algumas coisas muito pro-
fundas tais como:
77
Ouvir verdadeiramente 
alguém é como ouvir a 
música das estrelas, quer 
dizer, tudo aquilo que está 
por trás da mensagem dita: 
sentimentos, pensamentos, 
emoções. Esse ouvir 
profundo signi� ca ouvir 
os sons e captar o mundo 
interno da pessoa;
Ele sentia um grande 
prazer em realmente 
ouvir alguém porque 
isso o enriquecia 
como pessoa;
Esse ouvir profundo 
proporciona um encontro 
verdadeiro entre almas 
e traz uma interação 
promotora de bem estar e 
crescimento para ambos;
A partir da observação 
de si e de outras pessoas 
em experiência dolorosa, 
o fato de ser escutado 
sem julgamento ajudava 
a pessoa a melhorar. As 
pessoas � cam agradecidas, 
aliviadas e isso até ajuda 
a encontrar possíveis 
caminhos para lidar com 
aquela dor;
Para a comunicação � uir 
bem, também é importante 
escutar a vozinha interior, 
identi� car sentimentos 
e pensamentos difusos, 
escondidos para que 
a comunicação seja 
verdadeira e integre 
sentimentos e pensamentos 
de forma coerente;
Estimar, amar e 
aceitar o outro 
proporciona um 
ambiente seguro 
para a auto 
expressão, o diálogo 
e o crescimento.
78
Esses princípios acima descritos são muito positivos para erigir 
relacionamentos que promovam crescimento, engajamento e desper-
tem a motivação. 
Além dos princípios anteriormente citados, para cuidar da boa 
comunicação, sugerimos visitas sempre estruturadas e organizadas a 
partir de recursos que permitam foco, clareza de objetivos, possibilida-
de de escuta, feedback, aprendizagem e acompanhamento contínuo. 
A título de dar maior clareza, propomos um passo a passo que integra 
tais competências:
1) Construir um relacionamento amistoso com a escola, investir 
verdadeiramente nisso;
2) Sempre planejaro que será observado na visita: objetivos, 
método, momento da conversa  sobre o tema, local para re-
gistro dos encaminhamentos;
3) Pensar em como coletará as informações sobre o tema; 
 Exemplo: sobre a infrequência escolar, o superintendente 
deve verificar se a escola possui algum tipo de controle e, ao 
visitar as salas, perguntar ao professor quantos alunos falta-
ram e qual costuma ser a falta de alunos diária, se tem algum 
aluno que falte muito mais que outros, e se ele sabe por que 
isso acontece;
4) Depois, perguntar ao núcleo gestor, diretor ou coordenador 
como percebem tais aspectos observados. Exemplo: como 
está o controle da frequência dos alunos? Como percebem 
que a escola está acompanhando essa frequência? Quais os 
principais desafios? Que soluções poderíamos implementar?;
5) Após a escuta, o superintendente pode sugerir também algu-
ma ideia ou propor que o núcleo gestor conheça a experiên-
cia exitosa de alguma escola nesta área de frequência escolar;
79
Sigamos fazendo a diferença na vida das crianças brasileiras, 
elevando nossa capacidade de trabalho para chegar junto e avançar 
mais na conquista de uma educação pública promotora de justiça 
social. Como nos diz Paulo Freire (1993, p. 49), uma educação
“que estimula a presença organizada das classes sociais populares 
na luta em favor da transformação democrática da sociedade, 
no sentido da superação das injustiças sociais. É a que respeita 
os educandos, não importa qual seja sua posição de classe e, por 
isso mesmo, leva em consideração, seriamente, o seu saber de 
experiência feito, a partir do qual trabalha o conhecimento com rigor 
de aproximação aos objetos. É o que trabalha, incansavelmente, 
a boa qualidade do ensino, a que se esforça em intensifi car os 
índices de aprovação através de rigoroso trabalho docente e não 
com frouxidão assistencialista, é a que capacita suas professoras 
cientifi camente à luz dos recentes achados em torno da aquisição 
da linguagem, do ensino da escrita e da leitura.” 
O EpV acredita que juntos, com boas definições políticas,  
competência técnica, foco, compromisso e amor, chegaremos lá!
6) Por fim, revisar junto o que ficou decidido como modelo 
de intervenção para melhorar a frequência e pautar enca-
minhamentos necessários;
7) Os encaminhamentos devem constar na próxima pauta e 
ser revisitados para o processo de acompanhamento da 
execução, que muitas vezes é delicado, podendo precisar 
de apoio e ajustes.
A tarefa do acompanhamento escolar é um ponto chave e es-
sencial para que a secretaria de educação tenha suas escolas articula-
das e interligadas com o propósito de avançar na qualidade da edu-
cação. A escola, ainda que autônoma para desenvolver suas ações, 
precisa prestar contas acerca dos resultados da aprendizagem a toda 
sociedade. É necessário fazer a educação pública funcionar pra va-
ler, buscando a equidade e oferecendo o real acesso ao direito de 
aprender. O superintendente será um elo indispensável nessa rede, 
pois, ao mesmo tempo que torce e ajuda a escola a avançar, instiga a 
todos para que consigam vencer os desafi os necessários. Sua tarefa é 
complexa, envolve conhecimento de gestão, avaliação, organização, 
monitoramento, competências relacionais, assertividade, boa comu-
nicação (capacidade de escuta sensível e fala), foco, e, sobretudo, 
compromisso com seu trabalho e com a educação pública.
Claro que o superintendente precisa do apoio da secretaria 
de educação e da decisão política do prefeito de fazer e fazer bem. 
Esses aspectos também são trabalhados com muito vigor no âmbito 
da parceria do programa EpV, que busca articular ações diretas rela-
cionadas à atuação dos prefeitos e secretários de educação. 
Assim, através de uma intervenção sistêmica, no qual cada 
ator da gestão faz a sua parte, o programa Educar pra Valer tem 
testemunhado mudanças importantes na cultura local de algumas 
redes municipais na forma como conduzem esse bem comum tão 
precioso que é a educação. 
Referências 
Bibliográficas
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
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Cristina. Programa Escola Campeã na Gestão Escolar: o hibridismo entre 
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82
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em: 02 ago. 2020.
83
Anexos
86
ANEXOS
ANEXO I – LEI Nº. 490 DE 06/01/2004 
ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA
ANEXO III – MODELO SÍNTESE DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO, E QUADRO GERAL DA ESCOLA 
ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS
ANEXO V – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA 
ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS
ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES POR ANO/SÉRIE E DESCRIÇÃO 
DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS
ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES
ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DAS CARÊNCIAS DOS PROFESSORES
ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES
ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO
ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO
ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHAAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE
87
ANEXO I – LEI Nº 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004
Dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar, e dá outras 
providências. 
A CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL aprovou e eu sanciono a 
seguinte Lei:
Art. 1º Fica criada a Superintendência Escolar que integrará, em 
caráter permanente, a estrutura organizacional da Secretaria de 
Desenvolvimento da Educação, na forma desta Lei. 
Art. 2º Compete à Superintendência Escolar: 
I Avaliar e pactuar com as escolas o Plano de Desenvolvimento Es-
colar (PDE) e a Proposta Pedagógica, assegurando sua consistência 
com as diretrizes e prioridades da Secretaria; 
II Analisar e dar retorno às escolas sobre a apreciação dos instru-
mentos de informações gerenciais, acompanhando as medidas de 
intervenção adotadas pela escola; 
III Acompanhar e integrar os resultados da escola, no âmbito mu-
nicipal, por meio de indicadores de desempenho estabelecidos no 
Plano de Desenvolvimento Escolar (PDE), coresponsabilizando-se 
por estes resultados; 
IV Zelar pelo cumprimento do Calendário Escolar, a partir das 
orientações da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, com 
base nas disposições legais; 
V Garantir a implementação da avaliação externa do desempenho 
dos alunos; 
VI Garantir a implementação de normas referentes à nucleação, 
lotação de pessoal, provisão de insumos, repasse de recursos e 
outras medidas que assegurem a viabilidade da rede de escolas 
do município; 
VII Ser o elemento de interlocução entre escolas e Secretaria, ser-
vindo de elo e facilitador, de modo a liberar o tempo e atenção do 
diretor para as atividades específicas de sua função; 
VIII Comunicar às escolas as normas e orientações emanadas da 
Secretaria de Desenvolvimento da Educação; 
IX Estabelecer e promover canais de comunicação entre os direto-
res, para troca de conhecimentos e experiências; 
X Manter a interlocução com as Coordenadorias, Gerências e de-
mais técnicos da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, vi-
sando consolidar informações e orientações, garantindo um bom 
ordenamento da comunicação desses setores com as escolas. 
Art. 3º A Secretaria de Desenvolvimento da Educação garantirá 1 (um) 
superintendente adjunto para, no máximo, 15 (quinze) escolas, que tra-
balharão sob a coordenação do Superintendente.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
Paço Municipal Prefeito José Euclides Ferreira Gomes Júnior, em 06 De 
Janeiro De 2004. 
Cid Ferreira Gomes - Prefeito Municipal
Maurício De Holanda Maia - Secretário De Desenvolvimento Da Educação.
88
POLO/
REGIÃO ESCOLAS DIRETOR(A)
 COORDENADOR 
PEDAGÓGICO SUPERINTENDENTE CONTATOS FONE/EMAIL
01
02
03
ANEXO II - DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA
89
INDICADORES DO MUNICÍPIO INDICADORES DA ESCOLA MARIA DE LOURDES
Gráfi co IDEB - anos iniciais - ano 2017
ANOS INICIAIS - 2017
Reprovação = 11,2%
Abandono = 30%
Aprovação = 87,7%
1) Escola: Maria de Lourdes
2) Matrícula: 405 alunos
W Educação infantil: 70
W Anos iniciais: 200
W Anos fi nais: 100
W Eja: 35
3) Nº de turmas manhã: 7
4) Nº de turmas tarde: 3
5) Nº de turmas noite: 2
6) Reprovação – anos iniciais: 15%
7) Abandono anos iniciais: 6%
8) Distorção anos iniciais: 12%
9) Reprovação - anos fi nais: 25%
10) Abandono anos fi nais: 8%
11) Distorção anos fi nais: 17%
IDEB anos iniciais: 4           
IDEB anos fi nais: 3
Resultado Epv:
W 30% alfabetizados (diagnóstico inicial)
W 40% na 2ª Avaliação Formativa
W 50% na Avaliação Formativa 2
W 60% na Somativa Final
Obs.: É importante que as escolas que tenham IDEB possam inserir aqui o gráfi co com o seu resultado. Os indicadores podem ser obtidos no 
QEDU, INEP, Relatórios Educar pra Valer ou nos relatórios de matrícula do município.
EVOLUÇÃO DO IDEB
Município
Fonte: QEdu.org.br.Dados do Ideb/inep (2017).
Estado
6
5
4
3
2
País
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Meta do município
Município
2017: 4,2
ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS 
DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA 
90
QUADRO GERAL DE ALUNOS POR TURMAS
EDUCAÇÃO INFANTIL
NÍVEL
TURMAS ALUNOS
INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL
INFANTIL I
INFANTIL II
INFANTIL III
INFANTIL IV
INFANTIL V
TOTAL
ENSINO FUNDAMENTAL
ANO
TURMAS ALUNOS
INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL
1º      
2º      
3º      
4º      
5º      
6º
7º
8º
9º
EJA
TOTAL 
91
RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA
FUNÇÃO NOME
TELEFONE
E-MAIL DATA DE NOMEAÇÃOFIXO CELULAR
           
           
           
           
           
CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Efetivos  
Substitutos  
TOTAL DE PEDAGOGOS 
CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 ANOS INICIAIS
Efetivos  
Substitutos  
TOTAL DE PEDAGOGOS 
ANOS FINAIS
Ciências  
História  
Geografia  
Artes  
Ensino Religioso  
Educação Física  
Inglês  
Espanhol  
TOTAL (ANOS FINAIS) QUANTITATIVO
Efetivos  
Substitutos  
TOTAL
92
DEmAIS PROfISSIONAIS DA ESCOLA
AGENTE 
ADMINISTRATIVO EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
AUXILIAR SECRETARIA EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
MANIPULADORA DE 
ALIMENTOS EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
93
AUXILIAR DE 
MANIPULAÇÃO DE 
ALIMENTOS
EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
AUXILIAR DE 
SERVIÇOS GERAIS EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
VIGILANTE EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
94
PORTEIRO EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
OUTROS EFETIVO TERCEIRIZADO
TURNO
OBSERVAÇÕES
M T N
Obs.: É importante identificar o quantitativo geral de servidores e observar se está dentro dos parâmetros de referência da secretaria.
95
ANEXO IV - INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL 
E RELATÓRIOS DAS VISITAS
 
Escola: Data da Visita:
Nº de Alunos: Infrequência do Dia:
Diretor(a): Coordenador(a):
Superintendente responsável:
 
GESTÃO DA ESCOLA
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
O diretor/coordenador está presente na escola no acolhimento dos alunos/comunidade?        
O ambiente escolar é favorável à aprendizagem (acolhida dos alunos, engajamento dos 
professores, clima harmonioso)?
       
As atribuições de cada servidor estão claramente definidas?        
A gestão acompanha diariamente a frequência dos alunos?        
A gestão disponibiliza e alimenta diariamente o Quadro de Gestão à vista?        
Houve o cumprimento dos dias letivos e carga horária previstas para o mês em curso? 
(verificar através do calendário letivo)
       
O dia letivo começa no horário previsto?As crianças lancham na hora do recreio?        
O tempo usado para recreio está conforme o estipulado pela secretaria?        
A aula termina exatamente no horário previsto?        
A escola construiu o seu plano de ação?        
O plano de ação da escola está sendo cumprido?        
96
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
O diretor tem uma pasta com todos os indicadores de aprendizagem da escola e a 
atualiza frequentemente?
       
A gestão acompanha/compreende os resultados por turma e por aluno?        
A direção acompanha o trabalho do coordenador em relação ao planejamento 
dos professores?
       
O núcleo gestor visita sistematicamente a sala de aula?        
O diretor elabora junto com o coordenador estratégias de intervenção com base 
nos resultados da escola?
       
O núcleo gestor conhece o material estruturado e/ou de apoio utilizado em sala de aula?        
O núcleo gestor conhece a rotina utilizada pelos professores em sala de aula?        
Os professores participam regular e ativamente das formações de outros professores?        
O professor faz uso do material didático estruturado?        
A sala de aula apresenta um ambiente favorável à aprendizagem?        
O professor promove situações de leitura?        
Os alunos demonstram envolvimento durante a aula?        
A escola promove recuperação paralela?        
A escola desenvolve estratégias de reforço escolar?        
As avaliações do Educar Pra Valer estão sendo realizadas pela escola?        
A escola reflete/analisa sistematicamente as avaliações (externas e internas), bem como 
os resultados dos indicadores, propondo intervenções quando necessário?
       
A escola divulga os resultados das avaliações (internas e externas) à 
comunidade escolar e local?
       
A escola dá uma atenção especial à política de alfabetização dos alunos?        
97
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
A escola coordena a definição metas de aprendizagem para a gestão/coordenação/
professores?
       
A escola tenta lotar os professores de acordo com seu perfil e habilidades para
adequá-los às necessidades das turmas?
       
O núcleo gestor tem atenção para implementar os encaminhamentos/combinados 
sugeridos e acordados com o superintendente?
ASPECTOS FINANCEIROS        
A escola prioriza a aquisição de insumos e bens para apoiar na aprendizagem dos alunos?        
A escola identifica suas prioridades de forma participativa?        
Apresenta pleno conhecimento das especificidades dos programas financeiros que 
assistem à escola?
       
A escola cumpre com os prazos estabelecidos no que concerne à utilização/prestação 
de contas dos recursos?
       
Controla de forma eficiente o consumo dos materiais adquiridos pela escola?        
Publiciza a prestação de contas para toda a comunidade?        
 
AMOSTRA DE AVALIAÇÃO DE LEITURA
ALUNO ETAPA/TURMA TURNO NÍVEL DE LEITURA
       
       
 
98
RELATÓRIO DE VISITA – INSTRUMENTAL DE VISITA – SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR
Região/ Polo: 
Escola: 
Superintendente: 
Data: _______/_______/_______
TÓPICOS DA PAUTA ENCAMINHAMENTOS/COMBINADOS PRAZO OBSERVAÇÕES
      
      
      
       
 
ASPECTOS GERAIS OBSERVADOS:
 Data: _______/_______/_______
(Superintendente) (Gestor Escolar)
99
CONSOLIDADO DOS RELATÓRIOS DE VISITAS
Mês:
Polo/Região:
Superintendente:
PAUTA:
DATA DA VISITA ESCOLA OBSERVAÇÕES ENCAMINHAMENTOS
100
ANEXO V -  ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA
Escola: ________________________________________________________________________     Data: _______/_______/_______
Professor(a):  ___________________________________________________________________  Turma: _________ Turno: _______
Nº de alunos: __________        Nº de alunos ausentes:_________
1. RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO S N NO Observações
O professor utiliza o material didático?        
O professor gerencia bem o tempo pedagógico das atividades planejadas?        
Os recursos utilizados pelo professor são adequados aos objetivos e 
aos conteúdos propostos?
       
O professor cumpriu o plano da aula e/ou adequou-o em função 
de imprevistos?
       
O planejamento considera os resultados das avaliações e as necessidades 
da turma?
       
2. ATUAÇÃO EM SALA DE AULA
O professor explicita as atividades a serem vivenciadas no dia?        
O professor tem uma rotina de trabalho pedagógico?        
A aula observada contempla os níveis de aprendizagem de todos 
os alunos?
       
O professor conduz as atividades de forma a estimular a interação 
entre as crianças?
       
O professor realiza intervenções adequadas em momentos 
individuais e coletivos?
       
101
O professor demonstrou segurança e conhecimento com relação ao 
conteúdo trabalhado?
       
Há o uso do caderno de fluência e outras práticas de leitura na aula?      
Há o desenvolvimento de vivências de atividades matemáticas na sala 
de aula (jogos e práticas diversas)?
       
O professor promove um ambiente alfabetizador?        
O professor aplica os conhecimentos adquiridos nas  formações?        
O professor acompanha a infrequência dos alunos?        
O professor disponibiliza e acompanha o “Para casa”?        
O professor utiliza o material “Relembrando” para as crianças não 
alfabetizadas?
       
O professor conhece os níveis de leitura /aprendizagem dos alunos e 
tem isso bem mapeado?
O professor identifica os descritores nos quais os estudantes têm mais 
dificuldade e os introduz em seu planejamento?
3. POSTURA DO PROFESSOR S N NO Observações
Se expressa de forma correta, clara e adequada aos níveis dos alunos?        
Consegue envolver a turma em todos os momentos centrados nas 
atividades?
       
Esclarece todas as dúvidas sinalizadas pelos alunos?        
Demonstrou afetividade com os alunos?        
Demonstrou flexibilidade ao resolver problemas/questões que surgem 
com a turma?
       
Consegue manter o domínio de sala?
102
4.  ALUNOS
Os alunos tiveram envolvimento nas atividades propostas?        
Demonstram motivação para aprender?        
Demonstram afetividade com o professor?        
Os estudantes realizaram o “Para casa”?
As crianças demonstram ter boa expressão oral?        
Demonstram segurança ou autonomia no uso do material didático?        
Legenda: S: Sim / N: Não/ NO: Não Observado
1. DESCRITORES EM QUE OS ALUNOS APRESENTAM MAIS DIFICULDADES
LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
   
   
2.SITUAÇÃO DOS ALUNOS COM RELAÇÃO À LEITURA
Nº de 
alunos não 
leitores
Nº de alunos 
leitores de 
palavras
Nº de alunos leitores de frases
Nº de alunos 
leitores de textos 
sem fluência
Nº de alunos leitores de texto com 
fluência
 
103
ANEXO VI - INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E 
LEVANTAMENTO DE DESAFIOS
ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO
Sala da Direção
Sala dos professores
Secretaria
Biblioteca
Sala de Vídeo
Sala de Leitura
Laboratórios
(Especificar o tipo de laboratório)
Almoxarifado
Cozinha
Depósito de Merenda
Refeitório
Quadra esportiva
(Colocar se é coberta ou descoberta nas observações)
104
ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO
Bebedouros
Banheiros
Sanitários masculinos
(Especificar nas observações se há mictório)
Sanitários femininos
Sanitários adaptados para 
Educação Infantil
Sanitários com 
acessibilidade
Áreas para a prática da 
Educação Física
Áreas para a prática de arte
Áreas arborizadas para 
recreio e convivência
Parquinho Infantil
Auditório
Acessibilidade (rampas, 
elevador, etc.)
Descreva como está a 
limpeza da escola
105
LEVANTAMENTO DE DESAFIOS
DESAFIOSNA ÁREA PEDAGÓGICA
DESAFIOS NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS 
(RESPONSABILIDADE, AUSÊNCIA, DESENTENDIMENTOS…)
DESAFIOS NA ÁREA FÍSICA/ESTRUTURAL
DESAFIOS NA ÁREA FINANCEIRA - PRESTAÇÃO DE CONTAS
OUTROS DESAFIOS
106
ANEXO VII - PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS 
DE AULA PARA OS PROFESSORES
1º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia
Acolhida
(10 minutos)
Acolhida
(10 minutos)
Acolhida
(10 minutos)
Acolhida
(10 minutos)
Acolhida
(10 minutos)
Correção da tarefa
(20 minutos)
Correção da tarefa
(20 minutos)
Correção da tarefa
(20 minutos)
Correção da tarefa
(20 minutos)
Correção da tarefa
(20 minutos)
Passo a passo de linguagem
(75 minutos)
Passo a passo de linguagem
(75 minutos)
Passo a passo de linguagem
(75 minutos)
Passo a passo de linguagem
(75 minutos)
Passo a passo de linguagem
(75 minutos)
Atividades a cargo 
do professor
(30 minutos)
Atividades a cargo 
do professor
(30 minutos)
Atividades a cargo 
do professor
(30 minutos)
Atividades a cargo 
do professor
(30 minutos)
Atividades a cargo 
do professor
(30 minutos)
Matemática
(45 minutos)
Outras disciplinas
(45 minutos)
Matemática
(45 minutos)
Outras disciplinas
(45 minutos)
Matemática
(45 minutos)
Leitura compartilhada
(20 minutos)
Leitura compartilhada
(20 minutos)
Leitura compartilhada
(20 minutos)
Leitura compartilhada
(20 minutos)
Leitura compartilhada
(20 minutos)
Explicação da tarefa de casa
(10 minutos)
Explicação da tarefa de casa
(10 minutos)
Explicação da tarefa de casa
(10 minutos)
Explicação da tarefa de casa
(10 minutos)
Explicação da tarefa de casa
(10 minutos)
107
2º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA
1º 2º 3º 4º 5º
Acolhida e correção do 
para casa (20 min)
Acolhida e correção do 
para casa (20 min)
Acolhida e correção do para 
casa (20 min)
Acolhida e correção do 
para casa (20 min)
Acolhida e correção do 
para casa (20 min)
Retomada dos textos 
anteriores (10 min)
Retomada dos textos 
anteriores (10 min)
Retomada dos textos 
anteriores (10 min)
Retomada dos textos 
anteriores (10 min)
Retomada dos textos 
anteriores (10 min)
Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min)
Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Para gostar de escrever
(20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Para gostar de escrever
(30 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Fluência (20 min)
Fluência
(20 min)
Fluência (20 min)
Fluência (15 min)
Fluência (20 min)
Outras disciplinas
(20 min) Outras disciplinas (20 min)
Matemática (50 min) Para gostar de ler (25 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (20 min) Matemática (50 min)
Explicação do para casa
(5min)
Explicação do para casa
(5min)
Explicação do para casa
(5min)
Explicação do para casa
(5min)
Explicação do para casa
(5min)
108
3º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA
1º 2º 3º 4º 5º
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Retomada dos textos 
anteriores
(10 min)
Retomada dos textos 
anteriores
(10 min)
Retomada dos textos 
anteriores
(10 min)
Retomada dos textos 
anteriores
(10 min)
Retomada dos textos 
anteriores
(10 min)
Predição
(5 min)
Predição
(5 min)
Predição
(5 min)
Predição
(5 min)
Predição
(5 min)
Ler é legal
(30 min)
Ler é legal
(30 min)
Ler é legal
(30 min)
Ler é legal
(30 min)
Ler é legal
(30 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Conversando com o texto 
(20 min)
Ab conhecer
(20 min)
Ab conhecer
(20 min)
Ab conhecer
(20 min)
Ab conhecer
(20 min)
Ab conhecer
(20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Para gostar de escrever
(20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Para gostar de escrever
(30 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(15 min)
Fluência
(20 min)
Fluência
(20 min) Fluência
(20 min)
Fluência
(15 min) Fluência
(20 min)Outras disciplinas
(20 min)
Outras disciplinas
(20 min)
Matemática
(50 min)
Para gostar de ler
(25 min)
Matemática
(50 min)
Para gostar de ler
(20 min)
Matemática
(50 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
109
4º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(20 min)
Predição
(5 min)
Ler é legal
(15 min)
Predição
(5 min)
Ler é legal
(15 min)
Para gostar de 
escrever –revisão
(15 min)
Ler é legal
(20 min)
Conversando com o texto
(15 min)
Ler é legal
(20 min)
Conversando com o texto
(15 min)
Cada texto do seu jeito
(10 min)
Conversando com o texto
(20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Conversando com o texto
(20 min)
Vai-vem das palavras
(15 min)
Ab conhecer
(15 min)
Ab conhecer
(15 min)
Para gostar de 
escrever - frases
(15 min)
Ab conhecer
(15 min)
Para gostar de 
escrever - frases
(15 min)
Para gostar de ler
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
matemática
(75 min)
matemática
(75 min)
matemática
(75 min)
matemática
(75 min)
Matemática
(75 min)
Atividades a cargo 
do professor
(30 min)
Atividades a cargo 
do professor
(30 min)
Atividades a cargo 
do professor
(30 min)
Atividades a cargo 
do professor
(30 min)
atividades a cargo 
do professor
(30 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
110
5º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DIÁRIA/SEMANAL - LÍNGUA PORTUGUESA
 
 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia
Acolhida e correção 
do para casa
(10 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(10 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(10 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(10 min)
Acolhida e correção 
do para casa
(10 min)
Retomada do texto do dia 
anterior ou predição
(5 min)
Retomada do texto do dia 
anterior ou predição
(5 min)
Retomada do texto do dia 
anterior ou predição
(5 min)
Retomada do texto do dia 
anterior ou predição
(5 min)
Retomada do texto 
do dia anterior ou predição
(5 min)
Passo a passo de leitura:
Leitura do texto
(20 min)
Estudo do texto
(20 min)
Passo a passo de leitura:
Leitura do texto
(20 min)
Estudo do texto
(20 min)
Passo a passo de leitura:
Leitura do texto
(20 min)
Estudo do texto
(20 min)
Passo a passo de leitura:
Leitura do texto
(20 min)
Estudo do texto
(20 min)
Passo a passo de leitura:
Leitura do texto
(20 min)
Estudo do texto
(20 min)
Desvendando o código e/ou
estrutura da língua
(25 min)
Produção textual – 
planejamento e escrita
(25 min)
Desvendando o código e/ou
estrutura da língua
(25 min)
Produção textual – revisão 
do texto
(25 min)
Hora do conto
(25 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20 min)
Fluência de leitura
(20min)
Matemática
(1h e 20 min)
Matemática
(1h e 20 min)
Matemática
(1h e 20 min)
Matemática
(1h e 20 min)
Matemática
(1h e 20 min)
Atividades a cargo do 
professor/ outras disciplinas
(30 min)
Atividades a cargo do 
professor/ outras disciplinas
(30 min)
Atividades a cargo do 
professor/ outras disciplinas
(30 min)
Atividades a cargo do 
professor/ outras disciplinas
(30 min)
Atividades a cargo do 
professor/ outras disciplinas
(30 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
Explicação do para casa
(5 min)
111
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A ROTINA
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS
PREDIÇÃO
Objetivos: 
h Explicitar os objetivos para a leitura;
h Levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o texto;
h Motivar os alunos para a leitura.
Procedimentos: Elaborar perguntas que poderão ser respondidas após a leitura e/ou levantar hipóteses sobre o conteúdo do 
texto a partir de indícios oferecidos pelo título, autor, ilustrações, etc.
PASSO A PASSO DE LEITURA
1º PASSO – LEITURA ORAL EXEMPLAR 
Objetivos: 
h Ouvir a leitura do adulto como exemplo de fluência, acompanhando o texto em silêncio;
h Automatizar a decodificação de um maior número de palavras para permitir ao cérebro maior tempo para a compreensão;
h Desenvolver a capacidade de ouvir com atenção e interesse na leitura do adulto, como exemplo de fluência;
h Absorver as estruturas fundamentais da língua escrita.
Procedimentos: Realizar duas leituras fluentes do texto, de forma clara e audível.
112
2º PASSO – CONTEXTUALIZAÇÃO OU RETOMADA 
DA LEITURA
Objetivos: 
h Tirar as dúvidas de compreensão da leitura;
h Validar as hipóteses levantadas na predição;
h Identificar as características dos gêneros textuais.
Procedimentos: o professor valida as hipóteses levantadas na 
predição e chama a atenção dos alunos para as informações mais 
importantes do texto e das características específicas do gênero.
3º PASSO – SEGUNDA LEITURA EXEMPLAR
Objetivos: 
h Permitir ao aluno compreender o que, porventura, estava 
obscuro nas três primeiras leituras.
Procedimentos: realizar uma nova leitura do texto para os alunos.
4º PASSO – TREINO DE LEITURA 
Objetivos: 
Exercitar a velocidade de leitura e melhorar a fluência.
Procedimentos: leitura em dupla: uma criança lê o texto 
para a outra, que acompanha fazendo leitura silenciosa; leitura 
cumulativa; leitura antifônica; leitura de revezamento, etc.
ESTUDO DO TEXTO
Objetivos: 
h Localizar informações explícitas no texto;
h Inferir as informações implícitas no texto;
h Ampliar o vocabulário receptivo e expressivo;
h Conhecer os diferentes gêneros textuais, bem como suas 
características;
h Comparar textos de diferentes gêneros.
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em 
voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção 
para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta a 
eles o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do 
significado; cada criança responde às questões em seu próprio 
material, individualmente ou em pequenos grupos; o professor 
faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao 
desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos.
DESVENDANDO O CÓDIGO 
Objetivos: 
h Consolidar a compreensão da natureza alfabética do siste-
ma de escrita;
h Ampliar a leitura visual, o reconhecimento de palavras 
complexas, a análise fônica e estrutural das palavras;
h Dominar regularidades e irregularidades ortográficas.
113
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam 
em voz alta o enunciado de cada questão, chamando a aten-
ção para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta 
aos alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreen-
são do significado; cada criança responde às questões em 
seu próprio material, individualmente ou em pequenos gru-
pos; o professor faz a correção coletiva das atividades, mas 
fica atento ao desenvolvimento do trabalho de cada um dos 
alunos.
ESTRUTURA DA LÍNGUA 
Objetivos: 
h Analisar a estrutura do texto através da reflexão das rela-
ções entre palavras, frases e  parágrafos;
h Desenvolver coerência e coesão textual.
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em 
voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção 
para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta aos 
alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do 
significado; cada criança responde às questões em seu próprio 
material, individualmente ou em pequenos grupos; o profes-
sor faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao 
desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos.
PRODUÇÃO TEXTUAL
Objetivos: 
h Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados 
aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação.
Procedimentos: A produção escrita será trabalhada em dois 
momentos distintos: um dia para planejar e escrever e outro para 
a revisão do texto.
HORA DO CONTO
Objetivos: 
h Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura.
Procedimentos: O professor escolhe um texto e faz uma leitura 
compartilhada com os alunos.
FLUÊNCIA DE LEITURA
Objetivo: 
h Realizar a leitura com ritmo, entonação e velocidade ade-
quados, visando a compreensão leitora;
h Ler em torno de 120 palavras por minuto, considerando 
também a precisão, a prosódia e compreensão.
Procedimentos: Trabalhar o texto individualmente com um 
aluno ou com um grupo de alunos: 
114
h O professor lê uma vez, em voz alta, com boa entonação 
(modelagem);
h Discussão do texto (sentido do texto, expressões e 
vocabulário);
h Leitura em coro, com todos os alunos do grupo ou, se o 
trabalho for individual, leem professor e aluno;
h Leitura silenciosa (tempo para ler duas ou três vezes);
h Leitura em voz alta por um aluno (o professor seleciona 
alguns alunos a cada dia);
h A cada dia eles devem ter como tarefa reler um ou mais 
textos já lidos;
h O professor deve acompanhar a leitura de alguns alunos 
 e fazer as correções necessárias;
O trabalho com a fluência de leitura deve ser diário e pode ser 
realizado com os textos do Caderno dos alunos e/ou com os textos 
do Caderno de Fluência.
SUGESTÃO DE ROTINA DAS AULAS DE MATEMÁTICA
 
h APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DESAFIADORA OU 
SITUAÇÃO-PROBLEMA: apresentar o conteúdo a partir 
de uma situação- problema. 
h VIVÊNCIA COM O MATERIAL CONCRETO: vivenciar a par-
tir de situações significativas propostas pelo professor os 
conteúdos abordados, favorecendo a compreensão dos 
mesmos. 
h ATIVIDADE DO ALUNO: exercício de aplicabilidade do 
conteúdo estudado.  As atividades estão agrupadas em 
torno dos eixos Espaço e forma, Grandezas e medidas e 
Números e operações. As atividades de Tratamento da 
informação permeiam os demais blocos.
Informações Gerais da Escola
Programas e Projetos
Município, 00 de Mês de 2018.
115
ANEXO VIII - QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES
TuRmAS / 
mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL
INfANTIL I                        
INfANTIL II                        
INfANTIL III                        
INfANTIL IV                        
INfANTIL V                        
INfANTIL VI                        
1º ANO                        
2º ANO                        
3º ANO                        
4º ANO                        
5º ANO                        
6º ANO                        
7º ANO                        
8º ANO                        
9º ANO                        
EjA I                        
EjA II                        
EjA III                        
EjA IV                        
EjA V                        
TOTAL (mÊS)
116
ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES
TuRmAS / 
mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL
INfANTIL I                        
INfANTIL II                        
INfANTIL III                        
INfANTIL IV                        
INfANTILV                        
INfANTIL VI                        
1º ANO                        
2º ANO                        
3º ANO                        
4º ANO                        
5º ANO                        
6º ANO                        
7º ANO                        
8º ANO                        
9º ANO                        
EjA I                        
EjA II                        
EjA III                        
EjA IV                        
EjA V                        
TOTAL (mÊS)
117
ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES
TuRmAS / 
mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL
INfANTIL I
INfANTIL II
INfANTIL III
INfANTIL IV
INfANTIL V
INfANTIL VI
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
8º ANO
9º ANO
EjA I
EjA II
EjA III
EjA IV
EjA V
TOTAL (mÊS)
118
ANEXO XI - INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO
ESCOLA: ____________________________________________________________________________________DATA:  _______/_______/_______ 
1. SOBRE O PLANEJAMENTO S N NO OBSERVAÇÕES
O planejamento leva em conta as metas do plano de ação da escola?        
As atividades são planejadas levando em consideração as dificuldades dos alunos 
observadas nas avaliações?
       
Houve análise dos resultados dos alunos?        
O plano de aula é elaborado cumprindo todas as etapas: objetivo, conteúdo, 
metodologia, avaliação e recursos?
       
São elaboradas metas mensais e quinzenais de aprendizagem?        
Baseiam o plano de aula na rotina proposta pela secretaria de Educação?        
 2. SOBRE A ATUAÇÃO DO COORDENADOR/SUPERVISOR
Fomenta discussão metodológica sobre os conteúdos?        
Mantém o planejamento com foco na produção das atividades?        
Consegue motivar os professores para o atingimento das metas previstas no 
plano de ação?
       
Valoriza as ideias dos professores buscando um clima harmonioso?        
Estimula a troca de experiências entre professores?        
Demonstra segurança ao orientar os professores sobre as etapas do plano de aula?        
Conhece a rotina pedagógica orientada pela secretaria de Educação?        
 Legenda: S (Sim) - N (Não) - NO (Não Observado).
119
FEEDBACK
ASPECTOS POSITIVOS ObSERVADOS:
  
  
 
 
 
ASPECTOS A SEREm mELhORADOS:
  
 
 
 
 
ENCAmINhAmENTOS/COmbINADOS:
120
ANEXO XII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO - 
METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO
1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do 
 Ensino Fundamental;
2. Alfabetizar 100% dos estudantes do 
 Ensino Fundamental;
3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do 
 Ensino Fundamental;
4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do 
 Ensino Fundamental para 0.
MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________
Legenda: 
AVD - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
AVF - AVALIAÇÃO FORMATIVA
AVS - AVALIAÇÃO SOMATIVA
 META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES
% de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano
01
% de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos
02
% de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB
03 EpV
03 SAEV
IDEB DA REDE MUNICIPAL
03
Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb
ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO
04
Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba
Esse instrumento deve ser  preenchido com os resultados 
de aprendizagem, abandono e demais ações estratégicas 
desenvolvidos pelo município.
121
AÇÕES ESTRATÉGICAS:
Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula
ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
DIAS PREVISTOS
                       
DIAS CUMPRIDOS
                       
DIAS A RECUPERAR
                       
 
OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA
       
       
       
       
       
       
OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
122
ANEXO XIII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
A ser  preenchido com os resultados de aprendizagem, aban-
dono e demais ações estratégicas desenvolvidas pela escola.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO
1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do 
 Ensino Fundamental;
2. Alfabetizar 100% dos estudantes do 
 Ensino Fundamental;
3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do 
 Ensino Fundamental;
4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do Ensino 
 Fundamental para 0.
MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________
legenda: 
AVD – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA;
AVF – AVALIAÇÃO FORMATIVA; 
AVS – AVALIAÇÃO SOMATIVA.
META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES
% de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano
01
% de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos
02
% de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB
03 EpV
03 SAEV
IDEB DA REDE MUNICIPAL
03
Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb
ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO
04
Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba
123
AÇÕES ESTRATÉGICAS:
Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula
ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
DIAS PREVISTOS
                       
DIAS CUMPRIDOS
                       
DIAS A RECUPERAR                        
 
OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA
       
       
       
       
       
       
  
OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
124
ANE XO XIV- GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS
DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 
E DA GESTÃO PEDAGÓGICA – CODEPE
CAMINHADAS PEDAGÓGICAS PELA ESCOLA*
CARACTERÍSTICAS
Essa técnica é um tipo de observação mais usada na tutoria pe-
dagógica, para se obter um panorama geral do cotidiano da escola – 
auxilia na leitura do contexto. Ao caminhar com o tutorado pela escola, 
o tutor observa a capacidade do tutorado de analisar dinâmicas de en-
sino e aprendizagem, mesmo se passarem rapidamente pelas salas de 
aula. O tutor fi ca atento também a como são as relações do tutorado 
com outros membros da equipe, alunos e pais; como ele vê a organiza-
ção geral da escola, a infraestrutura física e como ela se relaciona com 
o uso dos diferentes espaços e rotinas; no que ele presta atenção, e o 
que é importante, mas lhe passa despercebido.
 Para um diretor ou coordenador pedagógico que não circula na 
escola, com pouco hábito de interagir com alunos e professores, e sem 
prática de observar salas de aula, as caminhadas pedagógicas podem 
ser um passo estratégico a ser realizado com o tutor. Assim como outras 
práticas de tutoria, precisa ter uma intencionalidade, um planejamento 
mínimo e um tempo depois da atividade para feedback com o tutorado. 
Uma caminhada conjunta pela escola é efi caz quando tutor e tutorado 
defi nem um propósito que é transparente para ambos. Esse processo dá 
ao tutorado um olhar mais ampliado sobre as rotinas de sua escola.
PROPÓSITOS 
A caminhada pedagógica não é para avaliar o professor, tam-
pouco os alunos. Trata-se de uma ferramenta de aprendizagem para 
o gestor, para que ele fi que mais próximo do que está acontecendo 
em termos de ensino e aprendizagem na sala de aula. Ajuda o gestor 
tutorado a ampliar sua compreensão sobre os pontos positivos e de-
safi os de sua escola – é um ponto de partida importante para aprofun-
dar conversas com professores e alunos, além de oferecer pistas para 
questões que precisam ser aprofundadas em reuniões de equipe e/ou 
observações mais longas de aulas.
PONTOS DE ATENÇÃO 
Se a caminhada incluir entrada em salas de aula, é fundamentalque o tutorado, com a ajuda do tutor, planeje estrategicamente o pro-
pósito, o foco e como irá comunicar para os professores. Os membros 
da equipe precisam ter clareza sobre o propósito dessas entradas antes 
de sua realização. Podem ser priorizadas salas de um determinado ano/ 
série, caso não haja tempo de visitar todas num mesmo dia. As obser-
vações são rápidas – não mais de cinco minutos – o sufi ciente para que 
se observe, por exemplo, como a sala de aula está organizada e o nível 
125
de envolvimento dos alunos na tarefa daquele momento. É também um 
termômetro inicial de como andam as relações entre professor e alunos. 
Nessas entradas, o tutorado não interrompe a aula do professor, 
apenas o cumprimenta, entra para observá-lo e, dependendo da ativi-
dade, pergunta aos alunos o que estão aprendendo, pede que eles ex-
pliquem o propósito do que estão fazendo, observa suas produções e 
dúvidas. Não é recomendável que se façam anotações, já que essa prá-
tica pode sugerir um tom de fiscalização. No feedback, o tutor precisa 
ajudar o tutorado a manter foco no que eles viram e ouviram, antes de 
chegar a conclusões. O que ele viu, por exemplo, em relação a... 
h Organização das carteiras e do restante do espaço da sala 
(ex.: fileiras versus pequenos grupos, paredes vazias versus 
com produções de alunos);
h Gestão da sala de aula e comportamento dos alunos;
h Atividade em andamento;
h O que ele ouviu;
h Quando conversou com alunos;
h Quando conversou com o professor;
h Nas interações entre professor e alunos, e entre alunos.
ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DAS VISITAS TÉCNICAS 
PEDAGÓGICAS PARA A CAMINHADA PEDAGÓGICA:
1º e 2º ano:
h Observar o trabalho feito de audição de leitura existente fora da sala 
de aula, o profissional, o material utilizado, o tempo pedagógico. 
Geral: h Orientação dos alunos em relação ao trabalho – Os alunos 
parecem estar participando quando você entra na sala (caderno dos 
alunos para coletar evidências);
h Decisões curriculares – Quais objetivos o professor optou por 
ensinar, e se estão de acordo com o currículo;
h Decisões educacionais – Quais práticas educacionais o professor 
escolheu para ajudar os alunos a atingir os objetivos; 
h Ambiência – Há evidências de objetivos ou práticas educacionais 
anteriores na sala de aula/ salas temáticas (nas paredes, organiza-
ção das carteiras e do restante da sala de aula, projetos, etc.); 
h Comunicação visual das CSE;
h Problemas – Há algum problema perceptível (Atividade em an-
damento, gestão de sala de aula e comportamento dos alunos); 
Leitura de contexto;
h Período de realização (início da aula, após intervalo, final da aula);
h Definição do campo de atuação (séries, turmas, blocos); Intencio-
nalidade;
h Quadro de frequência: comparar a frequência de sala de aula com 
a exposta no quadro e visualizar os registros das turmas integrais;
h Realizar no momento do recreio percebendo os espaços, as salas 
de aulas, a dinâmica de organização dos espaços e profissionais;
h Quem deverá realizar (diretor, diretor e CP, núcleo gestor e supe-
rintendente, diretor e superintendente); 
h Durante a caminhada (se necessário adentrar a sala de aula);
h Materiais usados em sala pelos alunos;
h Comunicação entre família e escola (como acontece);
h Relação interpessoal;
h Pontualidade e assiduidade da equipe e alunos.
* Este documento explicativo foi elaborado a partir do Guia de Tutoria 
 Pedagógica da Fundação Itaú Social. 
126
127

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