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3 Acompanhamento ESCOLAR nas redes públicas de ensino ISBN Todos os direitos desta edição reservados a: Educar pra valer Diretor Executivo da Associação Bem Comum José Clodoveu de Arruda Coelho Neto Diretora de Desenvolvimento Institucional Andréa Araújo Rocha Nibon Diretora do Programa Educar pra Valer Márcia Oliveira Cavalcante Campos Assessora da Direção Antonia Aleksandra Mendes Oliveira Gestor de Projetos Ailton Fonseca Galvão Coordenadores Estaduais Adriano Silva Lima Aurilene Marcelo da Silva Eveline Rocha Pitombeira Júlio César Cavalcante Bezerra Maria Leuzimirtes de Loiola Rita Alcina Monteiro Silva Roberta de Carvalho Cesar Sílvia Maria Monteiro Lima Valdenice Barbalho Gomes Vanessa Paula Teixeira Moura Menezes Revisão de Texto Tânia Maria Batista de Lima Davi Batista Vieira de Sousa Ilustrações internas e Capa Rafael Limaverde Projeto Gráfico e Diagramação Marisa Marques de Melo Copyright © 2020 by Educar pra valer Agradecimentos Agradecemos às redes municipais parceiras do Programa Educar pra Valer pela boa interlocução e construção coletiva. Elas tem sido uma fonte muito inspiradora para a organização de produções tais como o presente documento. Ele tem o objetivo de contribuir com o processo de formação das equipes municipais que fazem o acompanhamento escolar. Também expressamos nossa gratidão à prontidão e receptividade do professor Francisco Herbet Lima Vasconcelos, Secretário de Educação, e a contribuição das professoras Jamille Fonteles Rolim Caldas, Coordenadora de Desenvolvimento da Aprendizagem e da Gestão Pedagógica; e Sâmia Cristina Fernandes Linhares, Coordenadora de Gestão Escolar, da Secretaria de Educação de Sobral, pelos diálogos e compartilhamento de informações acerca do modelo da superintendência escolar do município. Que sigamos trocando experiências, aprendendo juntos e construindo uma educação de qualidade, que prime verdadeiramente pelo direito de aprender de nossas crianças e jovens. Equipe EpV Este documento tem por objetivo descrever a importância e a forma como pode ser realizado o acompanhamento escolar em redes públicas de ensino, a partir da perspectiva do Programa Educar pra Valer (EpV). Para introduzir o tema, há inicialmente a descrição do EpV quanto aos seus propósitos, sua abordagem, sua estrutura conceitual e metodológica. O texto está estruturado em cinco capítulos que abordam os conteúdos relevantes para o entendimento e exercício da atividade de acompanhamento no apoio às escolas, com o objetivo de fortalecer e ampliar uma ação pedagógica com foco na aprendizagem dos estudantes. O Capítulo I conceitua e define o que é o Acompanhamento Escolar e apresenta alguns modelos possíveis de atuação e estruturação deste trabalho. O Capítulo II apresenta o perfil esperado e as atribuições que cabem a este profissional, assim como a organização da equipe e o seu fluxo de trabalho. O Capítulo III expõe as atribuições basilares do diretor e coordenador, com propostas de rotinas pedagógicas e de gestão, inclusive para professores. Para desenvolver um bom trabalho é necessário auxiliar os atores a ter uma visão sistêmica dos processos escolares refinando o olhar e aprimorando o fazer pedagógico. O Capítulo IV descreve o plano de ação que é um importante instrumento para orientar quais as prioridades a serem adotadas pela gestão e um componente essencial para guiar o acompanhamento escolar. Por fim, o Capítulo V descreve os princípios e o tipo de abordagem a ser adotado pela equipe que realiza o acompa- nhamento quando no processo de interlocução com a escola. Nos anexos, são disponibilizados alguns instrumentos de natureza prática objetivando auxiliar na estruturação e organização da rotina de trabalho. O intuito deste documento não é impor receitas prontas ou modelos acabados, mas sim oferecer uma referência fundamentada nas experiências exitosas vivenciadas em algumas redes públicas de educação no país. Os insumos e propostas básicas sugeridos neste texto, objetivam contribuir com a equipe da secretaria municipal na reflexão e elaboração do próprio formato de acompanhamento pedagógico e administrativo em suas instituições de ensino. Desse esforço coletivo dependerá a qualidade da aprendizagem dos estudantes e os resultados positivos de cada instituição escolar e do sistema municipal de educação como um todo. Apresentação Sumário INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................................................12 CAPÍTULO - 1 O QUE É A SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR? .........................................................................................................................................................15 1.1 - Alguns modelos de superintendência escolar: ..............................................................................................................................................................................18 CAPÍTULO - 2 SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR E SUAS ATRIBUIÇÕES ........................................................................................................................................21 2.1 - O Perfil dos profissionais da equipe da Superintendência Escolar .........................................................................................................................................23 2.2 - As Atribuições da Superintendência Escolar ...................................................................................................................................................................................24 2.3- A formalização do cargo de superintendente no organograma da secretaria ....................................................................................................................27 2.4- O fluxo de trabalho da Superintendência ..........................................................................................................................................................................................28 2.4.1- As visitas à escola .............................................................................................................................................................................................................................31 CAPÍTULO - 3 ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO GESTOR E PRINCIPAIS ROTINAS DA ESCOLA .......................................................................................................43 3.1- Atribuições do diretor ...............................................................................................................................................................................................................................45 3.2- Atribuições do coordenador pedagógico ..........................................................................................................................................................................................48 3.3- As rotinas do diretor, coordenador pedagógico e dos professores ..........................................................................................................................................49 3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR E COORDENADOR PEDAGÓGICO .......................................................................................................................50 3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA DOS PROFESSORES EPV .................................................................................................................................................................58 CAPÍTULO - 4 O PLANO DE AÇÃO E AS AVALIAÇÕES EXTERNAS – INSTRUMENTOS DE APOIO E MONITORAMENTO .....................................................61 4.1- A estrutura do plano de ação .................................................................................................................................................................................................................634.1.1- O que são metas ..............................................................................................................................................................................................................................63 4.1.2- Estrutura do Plano de Ação da secretaria de educação ....................................................................................................................................................63 4.1.3- Estrutura do plano de ação das escolas ..................................................................................................................................................................................65 4.2- As avaliações externas, o monitoramento das metas e das ações estratégicas ...................................................................................................................66 CAPÍTULO - 5 A ATUAÇÃO DO SUPERINTENDENTE: ABORDAGENS E PRINCÍPIOS ................................................................................................ 71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................................................................................................79 ANEXOS ................................................................................................................................................................................................................83 ANEXO I – LEI N.º 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004 .......................................................................................................................................... 85 ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA ............................................................................................................... 86 ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA .. 87 ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS ................................................... 93 ANEXO V – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA .............................................................................................................................. 98 ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS .......................................................................101 ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES ........................................................... 104 ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES ......................................................................................... 112 ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES ..........................................................................................113 ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES ...................................................................................................114 ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO ...............................................................................................................115 ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO – METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV ................................. 117 ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ....................................................................................................................119 ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE .....................121 12 INTRODUÇÃO O Programa Educar pra Valer tem como propó sito pres- tar assessoria té cnica aos municí pios parceiros como apoio à implementação de boas práticas de gestão. Seu propósito é: Consolidar o aprendizado da alfabetizaç ã o até os 07 anos de idade. Elevar os indicadores de fl uxo escolar. Elevar o percentual de alunos ao ní vel adequado em lí ngua portuguesa e matemática, de acordo com os parâmetros do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e - por conseguinte - avançar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), acima do proposto pela meta nacional. Para alcançar a elevação da aprendizagem dos estudan- tes e vencer os desafi os educacionais relacionados à melhoria da qualidade da aprendizagem, o Programa propõe uma abor- dagem sistêmica. Esta abordagem se materializa em cinco eixos de atuação: a) gestã o da rede; b) gestã o pedagógica; c) avalia- ção; d) acompanhamento e e) sustentabilidade. Os eixos sã o interdependentes, complementares e pos- suem foco voltado para o processo de implementação de uma polí tica educacional que compreende a escola e a sala de aula como espaços prioritários de atuação dos profi ssionais da rede. Escolas GESTÃO DA REDE EDUCACIONAL Avaliação Formação Acompanha- mento SUSTENTABILIDADE Diretores Coordenadores Professores Alunos Formação Coordenadores mento 13 O modelo funciona assim: a gestã o da rede municipal defi ne a polí tica educacional e o plano de metas com base no diagnó stico de aprendizagem dos estudantes. Para alcançar as metas estabelecidas, é necessário obter melhoria dos resultados diagnosticados. A melhoria das escolas depende substancialmente da qualidade da formação do núcleo gestor e dos professores. Como saber se as escolas estão realmente priorizando as metas se não houver um acompanhamento e, por consequência, uma avaliação delas? Defi nidas as metas de aprendizagem, as escolas devem ser siste- maticamente visitadas pela secretaria da educação, a fi m de monitorá-las e reavaliar as intervenções ainda no ano letivo em curso. Para que as es- colas sejam bem sucedidas, é fundamental que estas sejam apoiadas em suas ações para que ao fi nal do ano se evite um resultado negativo das avaliações somativas As denominações para pessoas e/ou grupos que fazem esse acompanhamento variam de município a município. Podem ser tutores, gerência escolar, supervisores, assessores pedagógicos, inspetores, agentes difusores pedagógicos, núcleo de apoio a gestão, dentre outras. Para efeito deste texto, utilizaremos o termo “superintendência escolar”. PARA REFLETIR: h Qual o papel e a importância do acompanhamento escolar no modelo de gestão sugerido pelo EpV? h Qual a sua opinião sobre esse modelo? h Por que é fundamental a realização de um diagnós- tico da aprendizagem dos alunos para a defi nição das metas educacionais do município e da escola? 15 Capitulo 1- 16 1. O QUE É A SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR? O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. (Leonardo Boff) A superintendência escolar, tal como proposta pelo EpV, é uma estratégia gerencial para organizar o acompanhamento às escolas, de tal forma que elas não fiquem desconectadas da política educacional adotada pela secretaria municipal de educação e estejam alinhadas na busca de alcançar as metas de aprendizagem dos estudantes. 17 Esse modelo chegou a Sobral-CE no ano de 2002, através do Instituto Ayrton Senna (IAS) em um programa denominado “Escola Campeã” e contou com a importante participação do professor João Batista Araújo e Oliveira. O programa proposto pelo IAS tinha elementos inspirados na bi- bliografi a sobre escolas efi cazes, na experiência da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais e na reforma educacional da Inglaterra de 1988, cujo modelo gerencial recomendava o desenvolvimento e valori- zação de lideranças e profi ssionais da escola. Somando-se a esse pres- suposto, propunha, ainda, um sistema de inspeção escolar que combina avaliação institucional e pedagógica das escolas como um suporte de apoio para contribuir com a melhoriados resultados. Aliadas a tais pres- supostos, indicava também as avaliações externas com ampla divulga- ção dos dados, dentre outras estratégias. Este modelo inspirou, a partir dos anos 2000, a gestão educacio- nal de Sobral e hoje é um dos principais eixos que integram o mode- lo de governança das escolas desse município, funcionando de forma consistente e sistemática. É dessa experiência exitosa que surge a Su- perintendência Escolar. A ação do superintendente gira em torno de três eixos principais: a) indicadores de rendimento e desempenho; b) processos escolares e c) instrumentos de gestão. Ou seja, ele deverá observar os indicadores de frequência, aprendizagem, aprovação, abandono e evasão daquela escola. Além disso, também acompanhará as rotinas observando como é a escola no dia a dia, seus horários de funcionamento e, sobretudo, a qualidade das aulas. Poderá, também, ajudar no encaminhamento de alguns processos administrativos, quando isso se fi zer necessário. De- verá dar atenção especial à aplicação dos instrumentos de gestão, tais como: o plano de ação e o plano de metas da escola, bem como os de- mais planos que compõem a estrutura da gestão escolar. Além de um espírito de observação, o superintendente deve cultivar a responsabilidade de ser um parceiro nos cuidados com a escola, buscando contribuir para o crescimento do núcleo gestor em seu engajamento, entendimento das metas de aprendizagem, responsabilização e autonomia objetivando a melhoria dos processos e resultados pedagógicos. O diretor é o principal líder da escola. Nesse sentido, cabe ao superintendente - em cooperação com o diretor - instigar a refl exão do núcleo gestor, de forma a gerar consciência, comprometimento, res- ponsabilização, autonomia e participação de todos nas soluções. A re- lação do Diretor e do Superintendente Escolar é sempre de cooperação e não de imposição vertical de procedimentos e ações. h Como o superintendente pode se sentir corres- ponsável pela escola e trabalhar esse sentimento com os diretores que acompanha? h Que atitudes são esperadas do Superintendente na relação com o Diretor, principal liderança na gestão da escola? PARA REFLETIR: 18 tes que realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso es- pecífico, geralmente a secretaria municipal atribui um núme- ro maior de escolas a cada dupla. A dupla pode ter um viés mais pedagógico, ou mesmo aglutinar também ao trabalho as dimensões administrativas e financeiras. Isso depende do que a gestão municipal irá priorizar em seu Plano de Ação. Destacamos também o modelo difundido pelo Itaú Social, embasado na publicação “A Reforma Educacional de Nova York – Possibilidades para o Brasil” (GALL&GUEDES,2009). Os autores apre- sentam um modelo de tutoria pedagógica, que tem por objetivo a formação em serviço a ser realizada por um profissional mais expe- riente: o Tutor. Tal formação – denominada de tutoria de área - é pautada na construção de competências pedagógicas e administra- tivas. Essa capacitação deve ser realizada no cotidiano da escola, a partir da reflexão sobre a práxis dos profissionais envolvidos (profes- sores e lideranças responsáveis pela gestão da escola). A rotina do trabalho do tutor fundamenta-se em alguns princí- pios da Andragogia1 (aprendizagem de adultos) Tais princípios são si- milares ao que adotamos no nosso trabalho, tais como: relacionamen- to horizontal de parceria; valorização da prática como objeto de refle- xão; flexibilidade para uma construção coletiva de ações focadas no 1 A Andragogia é a ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios: a) Necessidade de saber – adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo; b) Autoconceito do aprendiz – adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir. c) Papel das experiências – para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes. d) Prontidão para aprender – o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia; e) Orientação para aprendizagem – o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade. f) Motivação – adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento. 1.1- ALGUNS MODELOS DE SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR: O acompanhamento às escolas possui duas vertentes: a pedagó- gica e a administrativo-financeira. A “pedagógica” visa garantir um pro- cesso de efetiva aprendizagem dos alunos. A segunda, por sua vez, trata de gerenciar recursos humanos, provimento dos insumos, bem como organização, armazenamento, aquisições materiais e prestação de con- tas. Tendo como base essa tarefa de acompanhamento e, considerando a complexidade do trabalho da escola, existem alguns modelos de supe- rintendência que podem ser definidos pela secretaria de educação: a) DUAS EQUIPES - neste modelo, a secretaria define dois gru- pos de atuação: um pedagógico e outro administrativo. Esta última fica responsável pelos aspectos administrativos e fi- nanceiros. As equipes que acompanham esses processos são menores, pois - pela natureza do trabalho - é bem possível que cada pessoa possa acompanhar até mais de dez esco- las. Já a superintendência pedagógica é a responsável por acompanhar a gestão da aprendizagem e requer uma equipe maior, pois os processos são mais complexos e exigem um acompanhamento formativo, tendo em vista que implica - muitas vezes - em uma mudança de cultura dos profissionais da escola; b) UMA EQUIPE - alguns municípios que conseguem aglutinar as atribuições administrativas, financeiras e pedagógicas em uma só equipe de superintendência escolar. c) DUPLAS - outro modelo possível que tem sido adotado em alguns municípios, é a definição de duplas de superintenden- 19 aprimoramento do trabalho e melhoria da aprendizagem dos alunos. O Guia da Tutoria Pedagógica, apresentado pela Fundação Itaú Social, pode auxiliar sobremaneira as equipes pedagógicas e administrativas das escolas. (Ver referências ao final). Nesse processo de estruturação do acompanhamento escolar, é fundamental que - considerando as especifi cidades de cada município e de suas instituições - a Secretaria de Educação escolha um modelo que mais se adeque à sua realidade. Essa estrutura deve promover a articu- lação entre a gestão da secretaria municipal e as escolas, interligando-as em rede para auxiliar no crescimento dos seus profi ssionais com foco na elevação da qualidade da aprendizagem dos estudantes. O tamanho da equipe de supervisão das escolas depende da estrutura a ser adotada, bem como do número de escolas. Por exemplo, para uma rede que tem cinquenta escolas, será designado um grupo de sete a oito pessoas com a função de acompanhar aproximadamente seis ou sete escolas e mais uma chefi a. A missão essencial do superintendente é ser corresponsável pelas instituições de ensino que acompanha, buscando - juntamente ao núcleo gestor - a construção da escola pública de qualidade - aquela que ensina bem os conteúdos curriculares, se preocupa com o aluno de maneira global, e com a oferta de reais oportunidades de aprendizagem. PARA REFLETIR: 1) Qual o modelo mais adequado de acompanha- mento para sua secretaria? 2) Quais são as especifi cidades que devem ser consideradas em seu município para a defi nição das equipes de acompanhamento escolar? ATENÇÃO: Não há modelo certo ou errado. O importante éfazer funcionar o sistema escolar de forma efe- tiva para que gere resultados de aprendizagem. Capitulo 2 22 2. SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR E SUAS ATRIBUIÇÕES A equipe da superintendência escolar deve ser constituída por membros que possuam bom conhecimento educacional, compreendam noções básicas de gestão, tenham boas habilidades comunicativas compromisso com o direito à educação de qualidade e capacidade de estabelecer relações interpessoais positivas, dentre outras características que serão descritas mais adiante no item 2.1. O perfil dos profissionais para trabalhar na educação deve contemplar requisitos técnicos e de conhecimentos específicos da área. Para o cargo de superintendente, tais características são especialmente necessárias. As equipes de educação não devem ser constituídas por pessoas que não se adequam ao perfil ou que não tenham as habilidades necessárias para desempenhar tais funções na secretaria da educação ou nas escolas. A escolha desses profissionais não pode ficar à mercê de quaisquer favorecimentos político-partidários, sob pena de prejudicar substancialmente a melhoria das escolas e da aprendizagem dos estudantes. 23 2.1 - O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR A equipe de superintendência requer um coordenador capaz de liderar esse processo de monitoramento da escola. Este profi ssional deve ser escolhido ou selecionado pela Secretaria de Educação, obser- vando sempre o perfi l desejado para a função. A seguir, sugerimos atri- butos do perfi l para auxiliar na seleção do coordenador e dos demais membros da equipe. A) PERFIL DO COORDENADOR DA SUPERINTENDÊNCIA. Para realizar a contento essa função de coordenador da supe- rintendência, o profi ssional deve ter: h Experiência em gestão e com signifi cativo desempenho pedagógico em sua trajetória; h Capacidade de liderança; ATENÇÃO: É importante que não sejam escolhidas para es- sas funções pedagógicas e administrativas pes- soas inaptas ao cargo, simplesmente por serem uma indicação política. Essas alternativas sem critérios de mérito podem comprometer grave- mente o trabalho a ser realizado! h Habilidade de articulação, com uma visão de conjunto e de sistema; h Legitimidade perante os diretores e professores da rede; h Boa relação com o Secretário de Educação; h Comunicação assertiva, principalmente saber ouvir e dialogar com os diretores e supervisores; h Bom trânsito interno na Secretaria, com fl uidez na comuni- cação e relação com técnicos e professores das escolas; h Disponibilidade para visitar as escolas municipais e para participar das formações, reuniões, encontros e seminários. h Conhecimentos básicos de informática, habilidade com leitura de tabelas, gráfi cos e dados estatísticos educacionais; h Motivação para aprender; h Compromisso com a aprendizagem dos alunos e metas da escola; h Conhecimentos de gestão. B) PERFIL DOS SUPERINTENDENTES Em relação ao perfi l do superintendente, espera-se que ele tenha: h Habilidade de articulação e relação interpessoal; h Formação inicial (graduação) compatível com a área de atuação; 24 h Capacidade de organizar-se para realizar as tarefas que lhe cabem; h Comunicação assertiva (escuta e fala) e boa interação interpessoal; h Disponibilidade de tempo compatível com suas atribuições, inclusive para participar das formações, reuniões, encontros e seminários; h Motivação para aprender; h Conhecimentos básicos de informática, habilidade com leitura de tabelas, gráfi cos e dados estatísticos educacionais; h Compromisso e demonstrar real interesse para elevar a qualidade do trabalho das escolas. ATENÇÃO: Na maioria das vezes não encontramos o profi s- sional “pronto”, mas sim pessoas com potencial. Aquelas que tiverem motivação para aprender, compromisso com a educação pública, boa habilidade relacional, além de disponibilidade de tempo, têm grandes chances de desempe- nharem bem o cargo. 2.2 - AS ATRIBUIÇÕES DA SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR O coordenador da equipe de superintendência é responsável por liderar a equipe. Seu trabalho deve garantir o apoio à organização, desenvolvimento de sua equipe e a realização das visitas, proporcionando meios para viabilizar retornos e feedbacks avaliativos em tempo hábil. Atribuições do Coordenador da Superintendência Escolar h Participar da construção do Plano de Ação da Secretaria de Educação do município; h Construir um plano de acompanhamento, monitoramen- to e avaliação do trabalho escolar junto com a equipe, a partir de modelos de diretrizes e metas prioritárias de aprendizagem e desenvolvimento da escola; h Defi nir diretrizes para que sua equipe acompanhe a ma- trícula, lotação de professores, censo escolar, realização das avaliações externas, diagnósticas e formativas, bem como o preenchimento do Sistema de Avaliação Educar Pra Valer (SAEV); h Orientar a equipe de superintendência para acompanhar a elaboração e revisão do Plano de Ação das escolas; h Preparar a equipe de superintendentes para que se apro- priem da dinâmica detalhada da escola - o campo de atu- ação desse trabalho - por excelência; h Realizar reuniões semanais com os superintendentes para o alinhamento das ações; h Defi nir e elaborar em conjunto com sua equipe, instru- mentos de acompanhamento pedagógico; 25 h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão: calendário escolar; regimento escolar; plano de ação; h Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento das Escolas; h Acompanhar e monitorar - junto aos superintendentes - os indicadores de: frequência de alunos, professores e funcionários; movimento, rendimento e fluxo escolar; desempenho acadêmico em avaliações externas e internas; ambiente educativo e espaço físico das escolas; h Acompanhar e monitorar - junto com os superintenden- tes - os processos escolares: matrícula e lotação; plane- jamento e práticas pedagógicas; h Apropriar-se dos programas e políticas implementados pela Secretaria Municipal da Educação; h Realizar audiência individual e/ou coletiva com os Diretores das escolas; h Articular a logística das visitas às escolas, a serem realizadas pela equipe. h Preparar a equipe de superintendentes para que façam visitas regulares às escolas, com propósitos claros, planejados, com intencionalidade, objetividade e com retornos/feedbacks eficazes; h Orientar para que o material coletado nas visitas e resul- tados de avaliações sejam transformados em material de análise e gerem intervenções efetivas na melhoria da aprendizagem escolar; h Realizar momentos de conversa com o secretário de educação para apresentação do planejamento das ações, análise dos resultados e encaminhamentos. O Superintendente Escolar é responsável por acompanhar a gestão das escolas municipais visando fomentar um movimento de reflexão e ação em torno de três eixos principais: indicadores de rendimento e desempenho, processos escolares e instrumentos de gestão, fortalecendo a liderança do diretor, através de visitas sistemáticas às unidades escolares e encontros individuais e/ou com grupo de gestores, com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos. h Participar da construção ou, pelo menos, conhecer bem o Plano de Ação da Secretaria de Educação do município; h Monitorar a matrícula, lotação de professores, censo, re- alização das avaliações externas, diagnósticas e formati- vas, bem como o preenchimento do SAEV; h Orientar a construção e acompanhar a implementação do Plano de Ação das escolas alinhado ao da Secretaria de educação do município. h Participar das formações, seminários e reuniões internas promovidas pela secretaria ou por sua coordenação específica; h Acompanhar e monitorar os indicadores educacionais: frequência de alunos, professores e funcionários; movi- mento, rendimento e fluxo escolar; desempenho acadê- mico em avaliações externas e internas; ambiente edu- cativo e espaço físico das escolas de sua abrangência;h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão: calendário escolar; regimento escolar; Plano de Ação, Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento da Escola. h Elaborar relatórios das visitas realizadas às escolas; 26 h Ter sempre em dia e bem organizada a pasta com todos os indicadores da escola consolidados, bem como o registro de todos os combinados/encaminhamentos; h Participar da organização da pauta pedagógica das reuniões e dos encontros formativos com os diretores; h Planejar e promover encontros sistemáticos com os diretores escolares que acompanha para realizar estu- dos sobre os indicadores de desempenho e rendimen- to dos alunos e proporcionar oportunidades de trocas entre as escolas; h Realizar audiência individual com os diretores das esco- las que acompanha; h Organizar o calendário e a logística de visitas às escolas, que devem ser sistemáticas e semanais; h Realizar contato com os diretores escolares para solicitar e/ou passar informações/orientações administrativas, pedagógicas e burocráticas; h Apresentar os resultados de suas observações e acom- panhamentos à Secretaria de Educação, de forma siste- mática, focando principalmente nos processos críticos, para que os encaminhamentos e providências necessá- rias sejam adotadas em retornos céleres para apoiar as demandas das escolas. h Apropriar-se e acompanhar os programas e políticas implementados pela Secretaria. h Fazer observação de sala de aula. 27 Há algumas formas de articular a logística de realização das visitas às escolas, considerando-se a realidade de cada rede, buscando criar as condições para que o trabalho do superintendente seja realizado a contento. No caso das visitas às escolas da sede do município ou em distritos de fácil acesso, eles podem se deslocar diretamente para as unidades de ensino por meios próprios, ao invés de ir à secretária naquele dia. Já para as visitas às localidades distritais mais distantes, a secretaria deverá providenciar um transporte público para esta fi nalidade. Como forma de otimizar os recursos públicos, a secretaria também pode organizar uma rota de visita às escolas numa determinada localização geográfi ca, transportando todos os superintendentes que irão fazer o acompanhamento naquela região, conforme agendamento previamente defi nido. PARA REFLETIR: 1. O que considera mais importante no papel e atribuições da superintendência escolar? 2. Quais são os principais desafi os para uma atuação bem sucedida das equipes de acom- panhamento escolar? 2.3- A FORMALIZAÇÃO DO CARGO DE SUPERINTENDENTE NO ORGANOGRAMA DA SECRETARIA O município de Sobral-CE legalizou formalmente em 2004 o cargo de Superintendente na estrutura da secretaria, permitindo a definição de uma gratificação para referida função. A medida é importante porque valoriza a função tornando-a mais atrativa para os profissionais da escola. A lei Nº. 490 de 06/01/2004 (Anexo I) dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar no Município de Sobral e dá outras providências, podendo servir de referência para outras Secretarias de Educação que queiram adotar esse modelo de gestão, criando boas condições de trabalho para esse profissional da educação. ATENÇÃO: A organização da logística das visitas às esco- las é muito importante para fazer o modelo de acompanhamento funcionar. O município pode ter uma boa equipe, e não conseguir levá- -la às escolas. É imprescindível que a Secretaria de Educação ofereça as condições básicas para esse trabalho aconteça. 28 2.4- O FLUXO DE TRABALHO DA SUPERINTENDÊNCIA Como já descrevemos anteriormente, as secretarias possuem formas de organizar a superintendência escolar de modo diverso. A se- guir, detalharemos melhor cada modelo de estruturação possível: a) O trabalho de acompanhamento pode ser dividido em duas superintendências: a administrativo-fi nanceira e a pedagógica. A primeira fi ca responsável pelos aspectos administrativos e fi nanceiros com foco na garantia de recursos materiais para o bom funcionamento da escola, bem como o uso e prestação de contas dos recursos aplicados na instituição. As equipes responsáveis por esses processos são menores, uma vez que é possível uma só pessoa monitorar cerca de dez escolas. Já a segunda superintendência - a pedagógica - fi ca responsável pelo acompanhamento da gestão da aprendizagem e requer uma equipe maior, uma vez que os processos são mais complexos. Além disso, exigem ações de caráter formativo, implicando muitas vezes numa mudança cultural dos profi ssionais da escola; b) Alguns municípios optam pela adoção de uma única superintendência, que realiza o acompanhamento dos aspectos administrativos, fi nanceiros e pedagógicos; c) Outro modelo possível que tem sido adotado por alguns municípios, é a defi nição de duplas de superintendentes que realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso, geralmente a secretaria municipal atribui um número maior de escolas a cada dupla. A dupla pode ter um viés mais pedagógico, ou mesmo aglutinar ao trabalho as dimensões administrativas e fi nanceiras. Isso depende do que a gestão priorizará nesse trabalho de supervisão das escolas. ATENÇÃO: Não há modelo certo ou errado. O importante é fazer funcionar o sistema escolar de forma efetiva, para que este gere resultados de aprendizagem. Defi nida a equipe, a coordenação de superintendência deve agrupar cerca de sete escolas por pólo ou região. A seguir, faz-se a indicação de superintendente(s). O anexo III deste Guia apresenta um instrumental que pode servir de referência para orientar a Secretaria Municipal de Educação na distribuição de superintendentes por escola (anexo I). Como demonstraremos a seguir, a primeira formação de tais profi ssionais deverá contribuir para o entendimento das tarefas e planejamento da rotina de trabalho. É importante destacar que essa rotina precisa ser necessariamente sistematizada para dar conta das visitas semanais, das reuniões internas, do tempo de planejamento e do encaminhamento de processos. 29 PASSO-A-PASSO DO PLANEJAMENTO DA SUPERINTENDÊNCIA 1º 6º4º 3º 5ºConstruir um plano de trabalho sistematizado e detalhado de como se reali- zará o acom- panhamento escolar. Organizar o calendário, escolher a escola a ser visitada e estabelecer uma rotina de visitas. Organizar uma pasta com os instrumentais de acompa- nhamento e indicadores das escolas e turmas que serão visitadas. Organizar a pauta da conversa com núcleo gestor, levando em consideração o foco da visita. Caso a escola já tenha sido visi- tada, verifi car os diálogos já realizados e en- caminhamentos combinados. Estudar e analisar o Plano de Ação das escolas. Providenciar a logística de transporte para a visita. 2º 30 O planejamento também deve incluir a sistematização de uma rotina de trabalho. Cada município, de acordo com seu contexto, deve construir agenda semanal e as pautas para as visitas às escolas. Eventualmente, quando a realidade assim exigir, a coorde- nadora, junto com a superintendência e outras pessoas que atuam nesse processo, inclusive o(a) secretário(a), pode e deve realizar audiências individuais com os diretores. Para implementação do trabalho do superintendente, é fundamental que haja uma apresentação pelo(a) Secretário(a) de Educação da equipe de Superintendência aos diretores escolares. O objetivo é basicamente dar início ao diálogo a respeito dessa nova metodologia. Essa apresentação é extremamente importante no processo de uma aproximação, capaz de gerar receptividade das escolas ao trabalho a ser desenvolvido. O estabelecimento de empatia pode facilitar o esclarecimento das dúvidas e superação das resistências, fortalecendo também a ação do Superintendente no estabelecimento da colaboração e parceria no ambiente escolar e do sistema educativo como um todo. h Em Sobral, por exemplo, os superintenden- tes passam trêsdias por semana (segunda, terça e quarta) visitando as escolas com o objetivo de observar os indicadores de ges- tão e da aprendizagem. Eles devem visitar pelo menos duas vezes por mês as escolas que exigem mais atenção e estão em situa- ção mais crítica. h A cada visita à escola, eles levam uma pauta que será debatida com o diretor para que, a partir do diálogo estabelecido, sejam pactua- dos prazos para o cumprimento dos encami- nhamentos, com foco na política de alfabeti- zação dos alunos. h Sempre às quintas-feiras, participam da reu- nião semanal com os diretores. h Às sextas, se reúnem com a chefia para ali- nhar as ações, planejar a semana seguinte e cuidar dos encaminhamentos. h Eles também se organizam de segunda a quar- ta para audiências individuais com a coor- denadora de superintendência, que, por sua vez, conversam a cada semana com membros individualmente e/ou em grupo. Quando ne- cessário, é também papel da Coordenadora visitar as escolas objetivando conhecer e so- cializar as práticas exitosas do município. 31 ATENÇÃO: As visitas devem gerar encaminhamentos e propor estratégias de melhoria. 2.4.1- AS VISITAS À ESCOLA A visita à escola é basicamente organizada em três momentos importantes: h o planejamento; h a realização da visita; h providências pós-visita. Esses momentos se retroalimentam de tal forma que a superintendência planeja a visita seguinte, considerando sempre os aspectos observados na anterior, bem como os resultados das avaliações formativas. a) O planejamento da visita Toda visita pressupõe um planejamento prévio. Nesse sentido, semanalmente é necessário reorganizar e planejar a visita estudando os relatórios, o Plano de Ação e a revisão dos encaminhamentos acor- dados com a escola. Um dos primeiros instrumentos dessa organização é a pasta da su- perintendência. Cada superintendente deve montar uma pasta para cada uma das escolas que acompanhará, contendo toda a documentação perti- nente para a realização do trabalho. O planejamento inclui um cronograma de visitas que deve sempre ser reavaliado. O conteúdo da pasta deve ser todo impresso, mas também arquivado em formato digital. 32 A pasta do superintendente deve conter pelo menos os seguintes materiais: DESCREVEMOS, A SEGUIR, A ESPECIFICAÇÃO DE ALGUNS DOS DOCUMENTOS QUE COMPÕEM A PASTA: A) PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA É um plano de ação com metas de aprendizagem construído tendo como referência um diagnóstico dos indicadores educacionais do município, com o objetivo de defi nir as metas e ações estratégicas para o município e cada escola. Os anexos XI e XII apresentam um formato sintético de formulário para apresentação e monitoramento das metas. B) QUADRO SÍNTESE DE INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA Apresenta os dados estatísticos e indicadores da escola referentes à matrícula, número de professores e turmas em seus respectivos turnos. O quadro deve conter também o nome dos profi ssionais do núcleo gestor e dos professores e o horário de funcionamento da escola, inclusive o período de recreio. Esses dados e indicadores são absolutamente essenciais para organizar as visitas de acompanhamento, indicando as turmas que devem ser observadas nos respectivos turnos. A síntese dos principais indicadores do município e da escola divulgados pelo INEP também compõem esse conjunto de dados. Veja a sugestão de modelo no anexo II. C) QUADRO SÍNTESE DAS AVALIAÇÕES NACIONAIS - INDICADORES DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO É o quadro consolidado dos principais indicadores de rendimento de aprendizagem das avaliações de abrangência nacional/estadual, como SAEB e IDEB. Deve ser utilizado como parâmetro comparativo do rendimento da aprendizagem da escola. h Plano de ação do município e da escola (quadro síntese); h Quadro síntese da escola (Núcleo gestor, matrícula, contato, lotação etc) com indicadores de aprendizagem obtidos a partir de avaliações padronizadas; h Relatório do SAEV – Escola, turma e alunos (impressos e atualizados); h Kits de avaliação de fluência do 1º ao 5º ano; h Calendário letivo; h Calendário das formações de professo- res, gestores e planejamentos escolares; h Instrumentais de acompanhamento (observação de sala de aula, observa- ção de planejamento, instrumental geral de acompanhamento mensal). 33 D) KITS DE AVALIAÇÃO DO 1º AO 5º ANO É um conjunto de materiais e textos para serem trabalhados com os diferentes níveis de fluência de leitura, cartelas com frases, palavras e sílabas, bem como as fichas de registro de resultado. Este material deve estar sempre à mão para que o superintendente aplique pessoalmente - de forma amostral - a avaliação do nível de leitura das crianças. E) RELATÓRIO DO SAEV - ESCOLA, TURMA E ALUNOS O SAEV é um sistema on-line usado pelo EpV para apoiar a aplicação das avaliações externas e consolidar o registro da frequência mensal dos alunos. Permite coletar as respostas dos testes e gerar relatórios para análise dos resultados. Esses relatórios devem estar sempre im- pressos e atualizados. F) CALENDÁRIO LETIVO E CALENDÁRIO DAS FORMAÇÕES DE PROFESSORES, GESTORES E PLANEJAMENTOS ESCOLAR A verificação de ambos os calendários serve para que haja um acom- panhamento constante das atividades que estão em execução. O trabalho do superintendente deve considerar sempre estes calendá- rios para o planejamento e execução das suas ações junto à escola. G) INSTRUMENTAIS DE ACOMPANHAMENTO (OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA, OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO, INSTRUMENTAL GERAL DE ACOMPANHAMENTO MENSAL). Esses instrumentais são propostas de roteiros para conduzir a obser- vação ou mesmo as ações do superintendente na visita à escola. Eles agregam importantes informações e conhecimentos que conduzem o olhar do superintendente para os aspectos que mais importam, evitando dispersões e focando naquilo que é mais relevante: obser- var a sala de aula, acompanhar as ações gerais de funcionamento da escola; analisar e discutir resultados; e observar o planejamento com proposição de intervenções. 34 ATENÇÃO: • Os relatórios do SAEV apoiam o monitoramen- to de resultados de aprendizagem das avalia- ções diagnósticas e formativas realizadas, bem como a infrequência dos estudantes. É impor- tante analisar os resultados junto às escolas e planejar as intervenções. • O superintendente escolar terá acesso aos re- latórios das avaliações e infrequência de todas as escolas que acompanha e o gestor escolar poderá acessar informações da sua escola (re- sultados das avaliações e infrequência por tur- ma, por aluno). • Importante lembrar que o sistema fi cará libe- rado durante um determinado período para o lançamento das notas de acordo com o calen- dário de avaliação do município. Após o encer- ramento, não será possível lançar ou alterar re- sultados dos alunos. • O sistema de acompanhamento de infrequência dos estudantes deverá ser preenchido até o dia 10 do mês seguinte. Por exemplo, a infrequência do mês de março poderá ser informada no sistema até o dia 10 do mês de abril. No anexo III temos um instrumento útil para apoiar as observações das visitas gerais mensais, no anexo X uma sugestão de roteiro para observação do planejamento escolar, e no anexo IV para observar uma aula. OBSERVAÇÃO: É importante ter sempre em mãos o calendário letivo para orientação do planejamento das visitas e realização das atividades. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) define que as escolas devem cumprir pelo menos 200 dias letivos anuais, distribuídos em dois semestres. Totalizando, no mínimo, 800 horas, ou seja, 48.000 minutos (800 horas x 60 minutos). 35 ATENÇÃO: • O superintendente deve solicitar ao diretor que este tenha uma pasta com os indicadores atua- lizados da escola e os relatórios impressos do SAEV, com os resultados mais recentes e informa- ções sobre a evolução por turma e por aluno. • Alguns indicadores devem estar sempre visíveisem murais na escola, tal como propõe a “gestão à vista”, que é uma metodologia de exposição de metas, indicadores e informações estratégicas. Ela é adotada nas escolas para dar transparência à própria gestão e à comunidade escolar sobre in- dicadores importantes da escola: Ideb, fl uxo (apro- vação, reprovação, abandono), metas, frequência de alunos, professores, execução fi nanceira e ou- tros resultados em avaliações padronizadas. • Essa metodologia também ajuda no monitora- mento de tais indicadores a fi m de que a comu- nidade possa acompanhar a evolução dos indica- dores da escola. OBSERVAÇÃO: Existem diversos modelos de design - disponíveis online – que podem inspirar e organizar essa visibilidade dos processos de gestão. Para monitorar a frequência dos estudantes, você pode utilizar o módulo de infrequência do Sistema de Avaliação Educar pra Valer (SAEV) disponível para o município, além de um quadro de monitoramento mensal exposto em lugar visível na escola. a) A realização da visita à escola A primeira visita é uma situação de aproximação, de construção de vínculo entre superintendente e núcleo gestor. Além de se colocar como um apoiador da gestão, deverá apresentar os indicadores da escola para discutirem os pontos de atenção que terão nesta parceria. Desde já, é importante combinar o momento de construir o Plano de Ação da escola, e, caso este já exista, revisá-lo com vistas a um aperfeiçoamento do mesmo. 36 Também deverá buscar conhecer o espaço físico e as pessoas que trabalham na instituição, especialmente o núcleo gestor. No recreio, é importante ser apresentado aos professores e lhes dirigir palavras amistosas e de encorajamento, demonstrando abertura e deixando evidente sua atitude parceira para com a escola. SEGUE UMA SUGESTÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA VISITA: Apresentar-se à escola, expor a metodologia de trabalho da superintendência e os indicadores escolares com o núcleo gestor; 1º 2º 3º 4º Analisar junto ao núcleo gestor: a) o Plano de Ação da escola ou, caso este não exista, combinar uma forma de construí-lo; b) os indicadores escolares; Conhecer o espaço físico e os pro� ssionais da escola; Realizar uma caminhada pela escola para observar seu funcionamento, conhecer as pessoas e iniciar o preenchimento do instrumental geral de acompanhamento. PRIMEIRA VISITA APROXIMAÇÃO INICIAL E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO As demais visitas seguem um fl uxo parecido e podem ser planejadas por temáticas relacionadas ao Plano de Ação da escola e do município. Dentre estes temas relevantes, podemos destacar: h o cumprimento do calendário letivo; h os dados do Censo Escolar; h a lotação dos professores, considerando o perfi l de cada um; 37 Outros temas também podem ser tratados observando o foco e a necessidade da escola. Para os superintendentes que acumulam as duas funções (administrativa e financeira), é importante examinar se as diretrizes das matrículas estão sendo cumpridas e se todos os alunos estão inseridos no sistema do Censo Escolar, pois o número de matrículas é o parâmetro que define o volume de recursos que vêm para a escola e o município. Ou seja, cada matrícula representa recursos financeiros em programas federais tais como FUNDEB, PNAE, PNATE, PNLD, PDDE, dentre outros; e, às vezes, em programas estaduais e municipais para a rede educacional do município e diretamente para as escolas. É importante observar como está o almo- xarifado, a limpeza da escola, as condições dos banheiros, o armazenamento dos alimentos, a qualidade da merenda e a segurança do trans- porte escolar, bem como o cumprimento dos seus horários, a transparência na prestação de contas, a agilidade no encaminhamento dos processos à secretaria, dentre outros. A supe- rintendência deve acompanhar e auxiliar o fluxo dos processos da escola na secretaria. (Ver anexo III) Em geral, a partir da temá- tica das visitas, ela deve ser or- ganizada mais ou menos da seguinte forma: h como as crianças são atendidas quando falta professor; h a testagem de leitura das crianças; h como se dá o planejamento na escola (qual periodicida- de e metodologia são adotadas?); h verificação do rigoroso cumprimento do horário de fun- cionamento da escola; h a frequência dos alunos, professores e gestores, identifi- cando quais medidas têm sido adotadas para melhorar a presença de todos na escola; h a análise dos resultados das avaliações externas, for- mativas, do IDEB e demais indicadores, como forma de qualificar a apropriação de tais informações pela escola; h o trabalho realizado nas salas de alfabetização, bem como as estratégias especiais para estas turmas, a fim de garantir a aprendizagem; h as metas de aprendizagem e o que tem sido feito para alcançá-las; h observação das rotinas dos professores em sala e a par- ticipação deles nas formações; h implementação de um quadro de “gestão à vista” com exposição do controle de frequência e demais informações estratégicas da escola. 38 VISITAS TEMÁTICAS – ACOMPANHAMENTO DO PLANEJAMENTO Fazer caminhada pedagógica com o diretor e coletar informações sobre a(s) temática(s) definidas para aquela visita. Ao concluir a caminhada pedagógica, conversar com o diretor sobre os encaminhamentos acordados na visita anterior. Observar o planejamento. Realizar um feedback formativo com o responsável pedagógico pelo planejamento. Refletir sobre os desafios identificados junto com a equipe gestora e construir combinados/ encaminhamentos para melhoria. 1º 2º 3º 4º 5º 39 b) Providências pós-visita É necessário refl etir sobre os relatórios e as situações ob- servadas, identifi cando aquilo que é crítico para narrar ao coor- denador da superintendência, que, por sua vez, deverá organizar as informações para compartilhar com o secretário, coordenador de ensino e demais técnicos da secretaria de educação que pos- suem relação com as temáticas. Neste momento, é muito importante a refl exão interna da secretaria para identifi car questionamentos relativos aos desa- fi os das escolas e da sua própria atuação. Isso será fundamental para subsidiar as ações que podem contribuir para a melhoria do desempenho das escolas. Algumas perguntas são pertinen- tes nesse momento: como estamos trabalhando? O que estamos deixando de fazer? Estamos atrasando insumos? Como podemos auxiliar ainda mais a essa escola? Somente após essa análise, a conversa com o secretário será oportuna, pois além de apontar o problema, indicará tam- bém alternativas para o apoio e as defi nições subsequentes rela- cionadas aos problemas observados. Na parte administrativa, é necessário acompanhar os processos e articular as necessidades da escola, tais como reco- lhimento de bens inservíveis, número insufi ciente de carteiras, professores, diretores ausentes da escola, dentre outras. Nesses casos, é fundamental dar retorno a referidas demandas o mais breve possível, com especial atenção ao adequado atendimento às necessidades da escola e da aprendizagem das crianças. VALE DESTACAR AINDA QUE: h Os atores, espaços e rotinas serão escolhidos de acordo com o foco da visita. h O planejamento e ingresso em sala de aula para observação devem ser previamente combinados com o coordenador pedagógico e com o professor. O anexo IV apresenta uma proposta de roteiro para observar a sala de aula. ATENÇÃO: Importante chegar sempre antes da aula co- meçar e ficar todo o expediente na escola. Se não puder passar o dia todo, é necessário alternar os turnos para conhecer o funciona- mento deles. As visitas à escola nem sempre precisam ser agendadas. Essa chegada sem aviso prévio pode ser interessante para ob- servar o cotidiano da escola tal como ela é. Quanto à observação das salas de aula, é im- portante priorizar inicialmente as classes de alfabetização (primeiros e segundos anos) e o quinto ano, caso não seja possível obser- var todas as salas de aula. 40 Emsíntese, o esquema a seguir apresenta os passos necessários para os procedimentos pós-visita. PASSO-A-PASSO DAS PROVIDÊNCIAS PÓS-VISITA Reunião com o coordenador da superintendência; Socialização do relatório de visita e resolução das demandas emergenciais; Estudo das situações observadas. Submeter as demandas da escola para apreciação da secretaria, com elaboração do plano de suporte e intervenções junto às escolas para as próximas visitas. Quando necessário, algumas situações devem ser informadas diretamente ao Secretário de Educação. 4º 2º 3º 1º 41 As refl exões e encaminhamentos pós-visita já devem ser adicionadas ao planejamento dos próximos retornos às escolas, com a escolha de retomadas e seleção de temas para abordar nas visitas seguintes. Os relatórios devem ser concisos e objetivos, contendo a pau- ta da visita, as observações desenvolvidas e os encaminhamentos acordados. Devem ressaltar situações ou demandas consideradas graves e urgentes para serem analisadas. ATENÇÃO: • O bom compartilhamento de informações e ideias entre técnicos, secretaria e escolas é um ponto forte a ser cuidado no processo interno de comunicação da superintendência escolar. • O contato com a equipe responsável pela formação de professores do município também é fundamental e deve fazer parte da rotina de reuniões promovida pela coordenação da superintendência! PARA REFLETIR • Que elementos não podem faltar na construção da rotina de trabalho do superintendente? • Qual a sua sugestão para organizar a rotina semanal de trabalho do superintendente? • Quais pautas são importantes para as primei- ras visitas? Planeja - mento da nova visita Planejamento Visita Observação Feedback Relatório Reunião de comparti- lhamento na secretaria Encaminha- mento Capitulo 3 44 3. ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO GESTOR E PRINCIPAIS ROTINAS DA ESCOLA Os estudos sobre eficácia escolar são importantes fundamenta- ções utilizadas pelo Programa Educar pra Valer para sustentar a ideia de que todo aluno é capaz de aprender e toda escola é capaz de ensinar. A in- vestigação sobre a eficácia das escolas contribuiu fortemente para derru- bar a ideia oposta a essa, de que as escolas não são capazes de produzir resultados de aprendizagem satisfatórios quando o aluno é oriundo de classe social desfavorecida, com pouco ambiente de letramento nos lares, e cuja família enfrenta adversidades sociais que afetam as condições de vida da criança. Segundo Patto (1999), “até os anos 70 houve um predomínio das explicações das causas do fracasso escolar em função das características biológicas, psicológicas e sociais dos alunos, em detrimento à explicação que considerava os as- pectos estruturais e funcionais do sistema de ensino como determinante desse fracasso. O termo social era empregado no sentido de déficit cultu- ral dos usuários das escolas públicas, não contemplando a relação com a estrutura na qual se organiza a sociedade”1. 1 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-2.pdf 45 Escolas com bom desempenho de aprendizagem atendendo a alunos de baixo nível socioeconômico foram identificadas em diversas pesquisas (Fuller, 1987; Harbison e Hanushek, 1992; Hanushek, 1995; Sammons et al., 1995; Heneveld e Craig, 1996). Os achados demonstra- ram que há fatores que contribuem para a aprendizagem neste gru- po de escolas bem-sucedidas e que podem ser apropriados, desen- volvidos e praticados em outras escolas. As citadas escolas possuem algumas características em comum que sugerem ser efetivas para a aprendizagem dos estudantes. Sammons et al. (1995) distinguiram as seguintes características-chave: h centralidade da liderança escolar h foco no ensino e na aprendizagem h ensino com objetivos claros h altas expectativas em relação aos alunos h compromisso dos professores e programa de desenvolvimento docente h monitoramento do progresso do aluno h parceria família-escola h bom clima escolar O clima escolar favorável é fruto das boas relações, ordem, organização, sensação de paz e produtividade em prol da aprendi- zagem dos estudantes. A atuação da gestão tem uma forte influên- cia na constituição desse ambiente escolar, bem como para realizar o monitoramento da aprendizagem, fortalecer a participação dos professores na formação, ter um olhar pedagógico para promover a aprendizagem para todos e a boa parceria com as famílias. Neste trabalho de acompanhamento é importante ter clare- za sobre as atribuições dos diretores e coordenadores pedagógicos, bem como das rotinas pedagógicas da escola. 3.1- ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR O gestor escolar exerce diversas atividades e atende a diferen- tes demandas que dependem de sua ação gerencial. Para tanto, deve possuir competências, habilidades e atitudes que lhe permitam exer- cer forte liderança para adotar medidas que levem à construção de uma escola com base em uma cultura de sucesso, alinhada às normas do Sistema Municipal de Ensino e aos princípios de uma gestão de- mocrática e participativa. As dimensões de ensino e aprendizagem; clima escolar; rela- ção com pais e comunidade; gestão de pessoas e de processos, infra- estrutura e, ainda, a articulação institucional devem ser observadas para definir as atribuições do gestor escolar. Tais dimensões funda- mentam um planejamento estratégico, objetivando a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. A seguir, apresentaremos as atribuições do diretor relacionadas ao trabalho sistêmico de gestão a ser desenvolvido na escola. ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR a) PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM h Coordenar a elaboração e implementação da proposta pedagó- gica da escola; h Elaborar, executar e avaliar periodicamente o Plano de Ação junto à equipe, traçando metas, definindo prioridades e pessoas responsáveis; h Garantir o cumprimento do Calendário Escolar e do tempo pedagógico diário; h Participar da composição da sua equipe de trabalho; 46 h Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores e orientadores educacionais e funcionários; h Realizar reuniões sistemáticas para planejamento, elaboração, aná- lise e alinhamento da agenda de trabalho do núcleo gestor; h Orientar e tomar decisões criteriosas acerca da lotação de coorde- nadores/professores e analisar a enturmação de alunos; h Elaborar e acompanhar a pauta e o calendário periódico dos plane- jamentos e das ações junto à coordenação; h Acompanhar a atuação da coordenação pedagógica e promover reuniões coletivas e individuais, para apreciação dos materiais de formação e dos planos; h Acompanhar diariamente a frequência dos alunos e garantir ações para que os educandos se façam presentes todos os dias na insti- tuição de ensino; h Conhecer, analisar e apropriar-se do mapeamento dos resultados por ano/série, área, turma, habilidades, níveis de aprendizagem e fazer cruzamento com avaliações externas; h Garantir mensalmente a realização das avaliações internas, com consolidados de desempenho em tempo hábil de devolutiva para coordenação, professores e alunos; h Estabelecer altas expectativas de desempenho para os alunos e a equipe; h Conhecer e analisar o foco do trabalho em sala; h Observar a aula e acompanhar o feedback junto à coordenação; h Analisar o plano de aula e material didático junto à coordenação; h Garantir um trabalho de equidade no processo de ensino e apren- dizagem, dando apoio a quem mais precisa. b) CLIMA ESCOLAR h Estar sempre presente na escola e ser pontual, acolhendo os alunos e professores todos os dias; h Estabelecer e manter uma boa comunicação com os docentes, discentes e pais/responsáveis, zelando pelo clima escolar; h Primar pelos princípios da justiça, da ética, do respeito, da coerência e da valorização de todos, a fim de fomentar um ambiente de paz, compromisso e responsabilidade; h Empreender esforços para fazer da escola um ambiente fisica- mente atrativo, permeado por umclima relacional agradável e acolhedor para todos. c) ENVOLVIMENTO DOS PAIS E DA COMUNIDADE h Manter comunicação pacífica, acolhedora e frequente com os pais, mediante o repasse de informações sobre o processo educativo dos filhos, avaliações externas, normas e orientações do funcionamento da escola; h Fortalecer o engajamento e participação dos pais na educa- ção dos filhos, com o conselho escolar e alguns projetos da escola. d) GESTÃO DE PESSOAS E DE PROCESSOS h Monitorar a participação dos profissionais da escola nas forma- ções continuadas oferecidas pela secretaria; h Promover e acompanhar o processo de matrícula dos alunos e a lotação dos professores na escola em articulação com a secretaria; 47 h Acompanhar e monitorar a frequência dos professores e demais profissionais que compõem a equipe da escola, devendo efetuar medidas de orientação e advertência aos profissionais faltosos ou não cumpridores dos seus deveres, quando necessário; h Passar informações gerenciais desse acompanhamento à Secre- taria de Educação. e) INFRAESTRUTURA h Identificar necessidades de melhorias estruturais e acionar a se- cretaria, a fim de proporcionar um ambiente físico adequado ao pleno funcionamento da escola; h Assegurar o tombamento e responsabilizar-se pela guarda, conservação e manutenção dos bens móveis e equipamentos da escola; h Otimizar o uso dos recursos financeiros repassados à escola, des- tinados à aquisição de materiais, manutenção das instalações e dos equipamentos; h Suprir a escola com materiais adequados, que permitam aos professores e alunos desenvolver atividades curriculares diversi- ficadas e criativas; h Promover campanhas, programas e outras atividades para pre- servação e conservação da escola, conscientizando a comunida- de escolar e local. f) RELAÇÃO INSTITUCIONAL h Manter-se informado sobre as orientações e a política educacio- nal desenvolvida pela secretaria, guardar sintonia e garantir que todos na escola as conheçam; h Participar das formações e comparecer às reuniões quando con- vocadas pela secretaria; h Conhecer os assuntos técnicos, pedagógicos, administrati- vos, financeiros e legislativos relacionados ao desempenho de sua função; h Tornar público à comunidade escolar a destinação dos recursos financeiros que devem ser utilizados de forma ética, zelosa, legal e transparente; h Realizar as prestações de contas relativas ao exercício da gestão. 48 3.2- ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO h Acompanhar o processo de aprendizagem através de avaliações realizadas em cada ano de escolaridade, ajudando a identificar os estudantes com mais dificuldades, contribuindo para cons- truir alternativas para apoiá-los; h Ter disponibilidade, paciência e atenção para receber os pais e responsáveis, desenvolvendo parceria positiva com eles, para motivá-los a participar do processo de aprendizagem dos filhos apoiando-os; h Incentivar o compartilhamento e articulação entre as pesso- as da equipe, com vistas a um trabalho focado na aprendiza- gem dos alunos; h Fortalecer o trabalho interdisciplinar com projetos diversos, inclu- sive aqueles que utilizam as tecnologias, potencializando o aper- feiçoamento pedagógico e o crescimento dos discentes; h Organizar uma rotina de trabalho que priorize as necessidades essenciais da escola em prol do alcance de suas metas. Nesse contexto, é preciso sempre ter cuidado para não sucumbir ao imediatismo das situações emergenciais do dia a dia; h Dedicar tempo para planejar e estruturar suas ações; h Promover uma relação cordial, respeitosa e de valorização dos professores para que estes possam se sentir partícipes de um time, cujo compromisso se reflita substancialmente em atenção, motivação e cuidado com o ensino-aprendizagem. O Coordenador Pedagógico é o profissional que lidera o trabalho pedagógico na escola em parceria com o diretor e os professores. O seu foco deve ser a formação dos professores, visando o aprimoramento de sua prática pedagógica. Nesse sentido, ele deve conduzir, participar e apontar alternativas aos processos de planejamento semanal, além de observar a aula como forma de contribuição para aprimoramento da prática do professor, monitorando o progresso dos estudantes através das avaliações. Cabe a este profissional: h Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) junto com todas as pessoas que compõem a escola; h Analisar junto com o diretor a lotação de professores que melhor se adequam ao perfil de cada turma, bem como às outras funções; h Garantir a formação continuada dos docentes por meios de encon- tros focados na melhoria da prática dentro da própria escola; h Com a concordância prévia do professor, observar semanal- mente as salas de aula e contribuir com o mesmo, a partir das práticas observadas; h Avaliar o alinhamento entre o currículo e a prática diária dos professores através de observações de sala e planejamentos; h Articular, mediar e garantir os planejamentos de ações pedagó- gicas, e inovar estudos e práticas; h Monitorar a execução do que foi planejado, observando: sala de aula; plano de aula (sequência didática, objetivos e avaliação); atividades e cumprimento da rotina consensuada; 49 3.3- AS ROTINAS DO DIRETOR, COORDENADOR PEDAGÓGICO E DOS PROFESSORES É muito importante conhecer a rotina da escola e dos seus prin- cipais atores. Muitas vezes considerada maçante e repetitiva, a rotina diz respeito a uma estruturação das atribuições e tarefas no tempo e espa- ço. A organização das ações no cotidiano pedagógico não deve perder de vista os objetivos e metas da escola que, por sua vez, deve estar em sintonia com a política educacional adotada pelo município. A rotina deve evidenciar e estimular o que realmente for essencial para a melho- ria dos processos educativos na escola. A rotina faz parte das nossas vidas. Assim como o dia, a noite e a regularidade das refeições, o cotidiano também pode ser criativo e inova- dor. Exemplo: posso fazer um café da manhã com música e com cardápio diferente, mas continua sendo um café da manhã. A escola tem seu horá- rio de funcionamento estruturado: a chegada, os intervalos de recreio e a saída, mas é possível tornar essas rotinas mais atraentes e prazerosas. Só não é possível mesmo que elas deixem de ser realizadas. Assim, o programa EpV acredita ser essencial que os diretores, coordenadores e professores organizem sua rotina de trabalho de forma regular, observando suas atribuições, as metas e as ações estratégicas para seu alcance, tais como as formações, o monitoramento das avalia- ções e o planejamento didático. As atribuições do trabalho, as metas e os sonhos precisam estar presentes na agenda diária de forma estruturada, e se possível, com pi- tadas de cor, alegria, amor e criatividade. Um pensamento muito inspirador de Emídio Brasileiro no site pensador2 sobre planejamento afirma que afirma que: “Disciplinado é quem planeja ou organiza, programa e executa o seu bom projeto de vida através de suas boas ações. O prêmio para o disciplinado é a liberdade.” O planejamento não é uma prisão, mas sim um meio pelo qual podemos fugir dos condicionamentos, alçar voos maiores e melhores, e alcançar metas traçadas em nossos sonhos e objetivos. Observar as rotinas do diretor, do coordenador, dos profes- sores e o dia a dia da escola é conhecer o essencial do trabalho pe- dagógico, dos desafios, das compreensões dos atores e da cultura daquela instituição. A seguir, vamos apresentar alternativas de como essas roti- nas do diretor, coordenador e professores dos anos iniciais do ensi- no fundamental podem ser estruturadas, citando exemplos referen- ciados na rede municipal de Sobral e no programa de formação que o EpV desenvolve no município. Nesse sentido, é desejável que existam outros modelos eficien- tes de planejamento de rotina. Cada município pode desenvolver o seu de forma genuína. Contudo, acreditamos que osmodelos são pon- tos de partida interessantes para ajudar a refletir, criar ou aprimorar outras opções de estruturação desse cotidiano de trabalho. 2 https://bit.ly/3cNQHOH 50 3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR E COORDENADOR PEDAGÓGICO Uma boa possibilidade de organizar essa rotina é classificar as tarefas por sua ocorrência temporal. Que tarefas necessitam ser feitas a cada dia, semana, mês ou ano? O modelo a seguir propõe uma organização dessas tarefas do diretor e do coordenador pedagógico. PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR Algumas atividades serão realizadas ordinariamente, tais como monitorar a frequência de alunos e professores. Outras ações podem ser programadas para médio e lon- go prazo. Contudo, algumas atividades são inadiáveis e precisa-se de flexibilidade para atender situações que são cruciais. Por exemplo: o pronto atendi- mento aos pais deve ser uma atividade perma- nente. É importante nunca deixar de atender as famílias. O controle da frequência e a garantia de que os alunos infrequentes serão procura- dos o mais imediatamente possível são tare- fas prioritárias da rotina do diretor. A busca ativa deve ser uma medida permanente e o fortalecimento do vínculo escola e família deve estar sempre no radar da gestão. Quan- do a confiança é estabelecida entre estas partes, a presença do aluno na escola torna- -se espontânea e desejada por ele mesmo. Aqui constrói-se a primeira ponte para o aprendizado efetivo. 51 Uma boa forma de começar o turno é a “caminhada pedagó- gica”, tal como descrita anteriormente, que também pode ser rea- lizada em outros momentos do dia, conforme as necessidades do contexto. O diretor começa o dia circulando pela escola, passando em todos os recintos, dando bom dia, olhando os ambientes, cumpri- mentando os professores, crianças e demais profissionais de apoio. Nesse momento, além de estabelecer vínculos com as pesso- as e se mostrar presente, ele observa os espaços, a rotina e aquilo que está fora de lugar. O diretor deve estar, sempre que possível, próximo das pessoas e evitar ficar trabalhando apenas em seu gabi- nete. Precisa ter contato com todos, dando seu exemplo em motiva- ção, interesse, presença, pontualidade e na construção de vínculos com todos que fazem a escola. Um diretor que se faz presente é ciente do seu papel e do que realmente importa em relação ao bom funcionamento da es- cola, da luta de todo dia pela aprendizagem das crianças e, conse- quentemente, das metas definidas no Plano de Ação. Esse pode ser um momento para, de maneira gentil, estabelecer vínculos e moti- var as pessoas para a conquista das metas educacionais. A “caminhada” pela escola auxiliará também na verificação da presença dos estudantes e professores em sala de aula, observando ainda a pontualidade de todos. Além disso, é fundamental observar se tudo transcorre den- tro da normalidade e quais providências se apresentam necessárias, como, por exemplo, o contato com a família do aluno faltoso ou até mesmo a substituição de algum professor que tenha faltado, tendo em vista que é imprescindível que os alunos tenham aula todo dia. Os espaços do pátio, jardim, banheiros e cozinha precisam ser observados em relação à manutenção da limpeza, ao cumprimento do cardápio, dentre outros aspectos. Ao circular na escola, ele deve registrar observações que de- mandem encaminhamentos posteriores. Classificamos, a seguir, as ações diárias, semanais, mensais e anuais que o diretor e o coordenador pedagógico devem desenvol- ver para dar conta de suas atribuições: 52 PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS - DIRETOR DA ESCOLA DIÁRIA W Antes do começo da aula, recepcionar alunos, pais e professores, criando cotidianamente uma atmosfera acolhedora; W Ao final do turno, observar também a saída dos alunos da escola; W Construir uma agenda diária e semanal priorizando os compromissos relacionados ao processo pedagógico de aprendizagem dos alunos; W Assegurar o controle da frequência de alunos, professores e demais servidores, e caso necessário, tomar providências cabíveis; W Manter um contato próximo com os pais ou responsáveis objetivando garantir a frequência regular dos alunos, combatendo e prevenindo o abandono e a evasão; W Garantir que se cumpra o tempo de aula: entrada, início e fim do recreio, bem como a saída; W Assegurar que os professores estejam nas salas e estimular o cumprimento do Plano de Aula; W Visitar as salas de aula por amostragem; W Estar atento para ouvir os anseios, expectativas e interesses dos alunos; W Criar condições favoráveis para o bom andamento do clima de cordialidade e empenho entre alunos, professores, funcionários, pais e toda a comunidade escolar, estabelecendo um senso de responsabilização entre todos; W Orientar os técnicos administrativos e de serviços gerais para que supervisionem as áreas de uso comum e a rotina de limpeza, segurança, organização e oferta de merenda. AÇÕES A SEREM REALIZADAS SOB DEMANDA: W Providenciar substituições de professores e/ou outros servidores; W Consultar, acompanhar e alterar o calendário escolar ajustando as necessidades não previstas; W Providenciar as manutenções estruturais rotineiras; W Verificar saldos e pagamentos. SEMANAL W Realizar plantão pedagógico de forma individualizada com agendamento dos casos que exigem maior atenção para alunos, pais e professores; W Acompanhar pessoalmente ou através do coordenador o plano de aula e o diário de classe; W Estimular e apoiar o cumprimento do plano de aula, fazendo observações positivas em relação ao resultado do trabalho pedagógico realizado; W Assegurar o atendimento às solicitações de documentos feitas à escola, bem como as informações solicitadas pela superintendência escolar; W Reunir-se com a equipe pedagógica para acompanhar a agenda do coordenador, examinar as avaliações internas e planejar possíveis intervenções; W Verificar a qualidade do serviço de transporte escolar oferecido no cotidiano. Ou seja, se o horário estabelecido pela escola é respeitado, se é um serviço seguro e se os motoristas são cuidadosos com as crianças. 53 MENSAL W Analisar o rendimento dos alunos e rever as metas; W Reavaliar o Plano de Ação considerando os indicadores atualizados; W Planejar e acompanhar o programa de recuperação paralela junto com a coordenação/supervisão pedagógica; W Analisar e rever as estratégias de ensino de cada professor; W Conversar individualmente com professores sobre o rendimento dos alunos e as metodologias aplicadas em sala de aula; W Realizar reunião com pais para informar os resultados de aprendizagem dos alunos e solicitar o apoio das famílias para adoção de medidas de reforço escolar e recuperação de conteúdos; W Promover evento de reconhecimento dos alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento; W Planejar reposição de aulas, quando necessário; W Divulgar para os docentes o calendário da formação de professores e acompanhar sua participação; W Solicitar o apoio da Secretaria de Educação do município para oferta de aulas de reforço para os alunos que necessitem de suporte pedagógico extra; W Conferir o estoque da merenda escolar com especial atenção à qualidade da alimentação oferecida, averiguando a satisfação e bem estar dos alunos; W Realizar reunião com todos os funcionários para avaliar a implementação do Plano de Ação da escola; W Submeter as contas à aprovação dos respectivos conselhos fiscais. ANUAL W Planejar e organizar a Semana Pedagógica; W Definir com o núcleo gestor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades, competências e desempenho do professor nas disciplinas; W Organizar, em articulação com o núcleo gestor, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética; W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o coordenador pedagógico e professores, considerando as orientações da secretaria de educação; W Acompanhar a entrega e devolução dos livros didáticos; W Elaborar ocalendário de eventos; W Rever o PPP com o núcleo gestor, analisando e construindo junto com os professores eventuais redefinições; W Acompanhar a aplicação das avaliações externas, sempre de acordo com as orientações da secretaria de educação; W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais; W Definir com a comunidade escolar possíveis ações de melhoria; W Coordenar e supervisionar a realização do inventário anual do patrimônio; W Realizar balanço anual de três dimensões do trabalho desenvolvido: pedagógica, administrativa e financeira; W Realizar a prestação de contas junto à secretaria de educação e órgãos financiadores; W Convocar o conselho fiscal para verificar e aprovar a prestação de contas para envio aos órgãos competentes; W Participar do conselho de classe acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre contribuir com o desenvolvimento do aluno e sua permanência na escola; W Celebrar a conclusão do ano letivo de maneira festiva, destacando as conquistas ao longo da jornada e reconhecendo a contri- buição de todos, bem como a importância de dar continuidade à missão de educar a todos e transformar vidas. 54 PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS – COORDENADOR PEDAGÓGICO DIÁRIA W Acolher os professores e alunos; W Checar sua agenda, priorizando as pautas diárias mais relevantes; W Checar e-mail e outras mídias da escola, e verificar demandas da superintendência escolar e/ou da secretaria de educação; W Manter-se informado sobre a frequência dos alunos e professores, realizando a caminhada pedagógica; W Fazer observações de aula, priorizando as salas de alfabetização e aquelas com baixo rendimento; W Observar o recreio; W Garantir o tempo pedagógico (cumprimento das 4 horas de aula). SEMANAL W Acompanhar e contribuir com o planejamento pedagógico específico por ano/série; W Orientar os professores considerando o planejamento das atividades e aspectos observados em sala de aula; W Verificar/sugerir metodologias diversificadas para o professor trabalhar em sala de aula; W Agendar atendimento para alunos, pais e professores, sempre que necessário; W Participar de reunião de alinhamento com o diretor escolar; W Selecionar textos para estudar com os professores nos planejamentos específicos; W Organizar rotina pedagógica para as aulas de reforço no turno ou contraturno. MENSAL W Realizar o planejamento pedagógico geral; W Aplicar as avaliações de português, matemática, leitura e escrita; W Analisar e elaborar atividades e avaliações mensais; W Selecionar o conteúdo/descritores a serem trabalhados no mês seguinte; W Realizar, junto ao diretor, reunião com pais para devolutiva dos resultados de aprendizagem dos alunos; W Reconhecer, de maneira sistemática, os alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento escolar; W Acompanhar o cumprimento do calendário escolar; W Planejar reposição de aulas, quando necessário; W Monitorar o Plano de Ação da escola; W Divulgar aos docentes o calendário de formação dos professores e acompanhar a participação deles; W Participar da Formação de Coordenador Pedagógico oferecida pela secretaria. ANUAL W Colaborar com a elaboração do calendário escolar; W Rever o PPP junto com o diretor; W Elaborar a pauta da semana/jornada pedagógica dos professores; W Definir com o diretor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades, competências e desempenho do professor nas disciplinas; W Organizar, em articulação com a direção da escola, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética; W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o diretor e os professores, considerando as orientações da secretaria de educação; W Participar do conselho de classe, acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre contribuir com o desenvolvimento do aluno e permanência na escola; W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais. 55 Depois de organizadas, as tarefas devem ser distribuídas em um planejamento macro (semestral) e micro (semanal). A Nova Escola Gestão (2017) oferece algumas propostas de organização das atividades educativas no contexto desse planejamento. Não existe fórmula única para a escolha dessas rotinas. Trazemos aqui esse exemplo apenas para que o gestor e o diretor possam ter uma ideia de como definir esse cotidiano de trabalho. juLhO AgOSTO SETEmbRO OuTubRO NOVEmbRO DEzEmbRO PLANO DE FORMAÇÃO W palestra do SAMU; W assembleias escolares; W elaboração de ficha de rendimento do 2º trimestre letivo; W replanejamento do professor. W formação sobre avaliação; W socialização das avaliações semestrais à equipe; W planejamento em equipe da reunião de pais. W formação sobre tecnologia (ferramentas google em sala de aula) em parceria com papp do laboratório; W planejamento da semana da criança. W planejamento da semana da criança; W htpc do professor atividade cultural; formação de produção de texto; W fechamento do projeto coletivo. W sequenciada? (produção de texto); W elaboração de ficha de rendimento do 3º trimestre letivo. W avaliação do ano letivo; cd com fotos das turmas (montagem em parceria com a pal); W encerramento/ confraternização em equipe; ACOMPANHA- MENTO DO PLANO DE AÇÃO solicitar planos em 28/07/2017 solicitar planos em 23/08/2017 solicitar planos em 29/092017 solicitar planos em 27/10/2017 solicitar planos em 24/11/2017 solicitar planos em 15/11/2017 56 OUTRAS AÇÕES W volta às aulas (atividade de acolhimento); W contabilização dos óleos de cozinha (início da gincana do óleo em 24/07; combinar com inspetores); montar mural; W alteração da professora do 2º ano b, a partir de 24/07; W reunião pedagógica: avaliação do contexto escolar em formato de assembleia escolar com a equipe e 29/07. W formatura do PROERD (03/08/2017); W conselhos de ano/ ciclo: 28 a 30/08; W entrega dos relatórios trimestrais da educação infantil e fichas de rendimento do ensino fundamental (ler e assinar); W reunião e combinados com professores para uso do blog (proposta de leitura do ppp online à comunidade com pesquisa de avaliação). W orientações para projeto coletivo; W orientações para publicações no blog da escola; W 12/09 – Reunião de pais; W visitas-estudo dos alunos; W 29/09: prazo final para entrega dos óleos de cozinha usados para campanha em parceria com instituto triângulo (ver premiações das turmas). W semana da criança: 09 a 11/10; W mostra cultural: 21/10/2017; W vistas; W estudo dos alunos; W premiação das turmas vencedoras da gincana do óleo de cozinha usado (instituto triângulo). W avaliação externa: prova brasil / provinha brasil / prova ANA; W encerramento do Projeto Khan Academy; socialização das práticas; W conselho de ano/ ciclo finais; W fazer compilado da documentação do conselho; W reunião de pais final; W reunião pedagógica para avaliação do ano letivo e encaminhamentos para PPP de 2017. ATIVIDADES PERMANENTES W Atendimento aos pais/responsáveis; W Atendimento aos alunos; W Atendimentos aos professores; W htps formativos; Estudo/ planejamento de htpcs; W Observações em sala de aula. W atendimento aos pais/responsáveis; W atendimento aos alunos; W atendimentos aos professores; W htps formativos; estudo/ planejamento de htpcs; W observações em sala de aula. W atendimento aos pais/responsáveis; W atendimento aos alunos; W atendimentos aos professores; W htpcs formativos; estudo/ planejamento de htpcs; W observações em sala de aula. W atendimento aos pais/responsáveis; W atendimento aos alunos; W atendimentos aos professores; W htps formativos; estudo/ planejamento de htpcs; W observações em sala de aula. W atendimento aos pais/responsáveis; W atendimento aos alunos; W atendimentos aos professores; W htps formativos; estudo/ planejamento de htpcs; W observações em sala de aula.W atendimento aos pais/responsáveis; W atendimento aos alunos; W atendimentos aos professores; W htps formativos; estudo/ planejamento de htpcs; W observações em sala de aula. 57 PLANEJAMENTO SEMANAL DA COORDENADORA PEDAGÓGICA SEMANA DE 24 A 28 DE JULHO DE 2017 DIA DA SEMANA 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Horário 7h às 16h 7h às 16h 7h às 16h 9h às 18h/18h40 às 21h40 13h às 18h AÇÕES PERMANENTES W Acompanhamento das entradas; W Atendimento aos professores; W Atendimento aos pais/ responsáveis; W Análise de atividades para xerox. W Acompanhamento das entradas; W Atendimento aos professores; W Atendimento aos pais/ responsáveis; W Análise de atividades para xerox. W Acompanhamento das entradas; W Atendimento aos professores; W Atendimento aos pais/responsáveis; W Análise de atividades para xerox. W Acompanhamento das entradas; W Atendimento aos professores; W Atendimento aos pais/responsáveis; W Análise de atividades para xerox. W Acompanhamento das entradas; W Atendimento aos professores; W Atendimento aos pais/responsáveis; W Análise de atividades para xerox. MANHÃ W 7h às 8h: entradas/rotina; W 8h às 12h: reunião com a orientadora pedagógica (encaminhar xerox aprovadas para secretaria de educação). W 7h às 8h: entradas/ rotina; W 8h às 9h: atendimento à comunidade; W 9h às 12h: planejamen- to das coordenadoras da reunião pedagógica e htpcs. W 7h às 8h: entradas/ rotina; W 8h às 11h: htpc da creche; W 11h às 12h: impressões de pauta (htpc de amanhã). W 9h às 12h: reunião externa (secretária de educação). W Flexibilização. TARDE W 13h às 14h: entradas/ rotina; W 14h às 15h: verificar dados quantitativos da avaliação semestral e com- partilhar com a equipe; W 15h às 16h: produção do bilhete em parceria com a professora do 2º ano. W 13h às 14h: entradas/ rotina; W 14h às 15h: observação de sala (2º ano); W 15h às 16h: planejamento das coordenadoras da reunião pedagógica e htpcs. W 13h às 14h: entradas/ rotina; W 14h às 17h: htpc da creche (saída às 16h). W 13h às 15h: finalizar materiais do htpc noturno; W 15h às 18h: observação em sala de aula (5º ano). W 13h às 14h: entradas/rotina; W 14h às 18h: acompanhamento dos planos de ação dos professores. 58 3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA DOS PROFESSORES EPV O Programa Educar pra Valer trabalha com formações articula- das à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que articula os conte- údos a uma matriz de competências. Tais formações buscam articular o currículo com os materiais didáticos e o planejamento do professor. O planejamento organiza-se no tempo e no espaço. Deter- minadas atividades são indispensáveis para possibilitar uma real aprendizagem dos estudantes. Com este objetivo, o programa pro- põe sequências de ações bem estruturadas, buscando otimizar o aproveitamento de qualidade dos dias, horas e minutos que com- põem o tempo pedagógico. Ao observar uma sala de aula, o superintendente deve co- nhecer a rotina dos professores e como esta tem se concretizado. Em resumo, na alfabetização os tempos possuem uma sequência lógica com toda uma organização da aula que começa com o acolhimento às crianças para motivá-las. Na sequência, faz-se necessário um tempo diário para: analisar as atividades realizadas em casa; garantir atividades que estimulem o letramento, a leitura exemplar, a predição, exploração das palavras e seus signifi cados, expressão oral, e o treino das habilidades de leitura e escrita; atividades de decodifi cação e codifi cação de palavras com a consequente exploração das letras, dos fonemas, da consciência fonológica, das sílabas... enfi m, das normas e convenções do código alfabético, da leitura e da escrita. Esse material está detalhado para eventuais consultas no anexo VI. 59 PARA REFLETIR: Você considera importante fazer um trabalho contínuo com diretores e coordenadores a res- peito de suas atribuições? Que sugestões teria para organizar esse trabalho? Os diretores e coordenadores pedagógicos de sua rede possuem uma rotina defi nida? Elas são semelhantes às sugeridas aqui? Caso exis- tam, essas rotinas são adequadas ou precisam ser aprimoradas? Capitulo 4 62 4. O PLANO DE AÇÃO E AS AVALIAÇÕES EXTERNAS – INSTRUMENTOS DE APOIO E MONITORAMENTO As grandes reformas educacionais de que se tem notícia sempre começam com um diagnóstico que auxilia na identificação dos principais desafios e construção das prioridades dos sistemas de ensino. Como identificar prioridades quando tudo parece ser prioridade? O Programa Educar pra Valer acredita que a prioridade da escola é ensinar. Os alunos da rede pública precisam ter acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, que se materializam no cur- rículo escolar, além de outras habilidades e competências relacionadas ao seu desenvolvimento socioemocional. Mas, para aprender algo na escola, a prioridade número um deve ser a aprendizagem da leitura e da escrita. Como prosseguir aprendendo na escola sem saber ler e escrever? É possível? Como ser cidadão sem saber calcular juros? Entender uma conta? Entender a metragem de algo? O EpV sugere um Plano de Ação muito simples, construído a partir de um diagnóstico de indicadores educacionais, tendo em vista os princí- pios que fundamentam o direito de aprender dos estudantes. Essa é uma proposta com definição de metas de aprendizagem que serão sistematica- mente acompanhadas e mensuradas através dos resultados das avaliações externas para alfabetização e quintos anos. O Plano também propõe ações estratégicas que auxiliam na conquista das metas. 63 4.1- A ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO O plano é constituído de: objetivos, metas, ações estratégicas, cronograma, recursos humanos e financeiros. Os objetivos sugeridos para o Plano de Ação estão fundamentados nas boas práticas em gestão educacional pública e nas prioridades observadas nos municípios. A partir das diretrizes do Plano, serão definidas as metas e ações estraté- gicas para o município. 4.1.1- O QUE SÃO METAS As metas transformam os objetivos em tarefas específicas tem- porais e mensuráveis. Por exemplo: emagrecer 12kg em um ano ou construir uma casa até o final de 2020, com um valor estimado x. Uma vez definidas, as metas não podem ser engavetadas. Elas precisam ser comunicadas e perseguidas! 4.1.2- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A seguir, será apresentada a estrutura de um Plano de Ação proposto pelo EpV. Esse Plano é semi-estruturado e possui duas diretrizes importantes: h as metas propostas através de objetivos estratégicos e indi- cadores municipais educacionais; h ações estratégicas baseadas em evidências que irão inspirar as atividades com vistas ao alcance das metas e vibilizar os processos de aprendizagem na escola. Apenas para efeito didático, as diretrizes para construção das metas e objetivos estratégicos estão organizadas em eixos e pilares que constituem as bases do programa. Com base no diagnóstico do município, as ações planejadas em cada eixo devem ocorrer de forma sistêmica e integrada às metas. 64 DIRETRIZES PARA DEFINIÇÃO DE METAS OBJETIVOS IMPORTANTES PARA MELHORAR A APRENDIZAGEM W Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental W Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II W Zerar o abandono W Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis para melhorar a aprendizagem W Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade. DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS GESTÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL W Atender 100% das crianças em idade escolar obrigatória: 4 a 14 anos de idade W Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula W Reordenar rede de escolas W Fortalecer a autonomia das escolas (financeira, administrativo e pedagógica)W Definir critérios técnicos para a seleção de gestores escolares W Organizar a formação continuada dos professores observando o Piso Salarial Profissional Nacional – Lei nº 11.738 W Orientar as escolas a organizar a lotação de professores, formação de turmas, relação aluno professor AVALIAÇÃO DO SISTEMA W Avaliar sistematicamente o ensino fundamental W Organizar os resultados das avaliações externas para apoiar a gestão ACOMPANHAMENTO ÀS ESCOLAS W Instituir modelo de acompanhamento às escolas SUSTENTABILIDADE W Instituir incentivos às escolas e/ou profissionais que atingiram as metas W Realizar eventos municipais para premiar e/ou valorizar as escolas que se destacaram no alcance das metas. 65 4.1.3- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DAS ESCOLAS Após a construção do Plano de Ação de educação do município, a secretaria deverá pactuá-lo com cada escola. Esta, por sua vez, deverá desenvolver o seu próprio Plano de Ação, um pouco mais simplificado que o da secretaria, porém alinhado às diretrizes, metas e ações estratégicas municipais. O fato de ser mais simples não significa menos importante. Isso diz respeito ao limite de atuação de cada instância. A secretaria somente irá alcançar seus resultados em parceria com as escolas. Por isso, todo mundo tem que estar engajado, falando a mesma linguagem, buscando as mesmas coisas, mesmo que com estratégias diferentes. Segue a estrutura do Plano de Ação da escola: DIRETRIZES PARA AS METAS OBJETIVOS IMPORTANTES PARA MELHORAR A APRENDIZAGEM Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental. Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa. Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I. Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II. Reduzir o abandono. Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis de melhorar a qualidade da aprendizagem. Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade. DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula. Organizar a lotação de professores, observando o perfil alfabetizador. Observar os resultados das avaliações externas e organizar estratégias para superar as vulnerabilidades de aprendizagem. Organizar o trabalho pedagógico de apoio ao planejamento e a formação dos professores, incluindo as observações em sala de aula. Acompanhar, consolidar e garantir a frequência dos discentes e docentes. 66 4.2 - AS AVALIAÇÕES EXTERNAS, O MONITORAMENTO DAS METAS E DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS As metas são mensuráveis e isso possibilita a definição de indicadores da escola e do município. Os indicadores são capazes de fornecer as informações que precisam ser analisadas pela gestão a fim de sa- ber se a escola e o município estão próximos ou não de alcançar a meta. Se a meta é ter 90% das crianças lendo fluentemente e, em agosto, se apenas 10% das crianças estão nesse nível, há que se rever as ações de intervenção. O EpV oferece às redes municipais que partici- pam do Projeto as avaliações diagnósticas e formati- vas para os anos iniciais do ensino fundamental, que são realizadas respectivamente no início e ao longo do ano letivo. Ao final do ciclo da alfabetização e dos anos iniciais do ensino fundamental (segundos e quintos anos), são realizadas avaliações externas padroni- zadas somativas por uma instituição externa espe- cializada capaz de mensurar a evolução do nível de aprendizagem nas redes de ensino. O quadro a seguir descreve a sequência dessas provas: PARA REFLETIR: 1) Você tinha conhecimento de que a secretaria possuía um Plano de Ação? Conhece as metas desse Plano? 2) De que maneira a escola pode contribuir para que o município atinja as metas propostas? 3) Quais estratégias o superintendente pode adotar para apoiar a escola na construção do seu Plano de Ação, em sintonia com as metas da secretaria de educação? 4) Como construir um processo comunicativo efi ciente objetivando a divulgação e conhecimento das metas do município por todos os profi ssionais da secretaria e das escolas, bem como pais e comunidade em geral? 67 ANO DIAGNÓSTICO FORMATIVA FORMATIVA SOMATIVA 1º ano Fluência Fluência Fluência Fluência 2º ano Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática 3º ano Fluência Português Matemática Fluência Fluência Português Matemática Fluência 4º ano Fluência Português Matemática Fluência Fluência Português Matemática Fluência 5º ano Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática Fluência Português Matemática 68 As metas são definidas pelas avaliações somativas e as demais avaliações contribuem para moni- toramento da sua evolução ao longo do ano, dando suporte para as possíveis intervenções e realinha- mento das ações estratégicas. Após cada avaliação, o superintendente escolar deverá se apropriar dos indicadores de resultado das escolas. Essa é uma das suas principais tarefas. Estudando os resultados, ele estará apto a instigar reflexões para realizar uma análise de resultados, observando: os percentuais gerais do resultado de leitura e de acertos por escolas, por turma e ano; os percentuais por descritores por escola/ turma/ano nas provinhas objetivas; os alunos com maior difi culdade em leitura e o menor percentual de acerto na avaliação escrita; o que contribuiu para esses resultados; o que pode ser melhorado no processo para que a escola alcance suas metas; o que a escola vem fazendo para intervir nesses resultados. 69 ATENÇÃO: A secretaria de educação e as escolas devem assumir o compromisso de identifi car, de forma contínua e transparente, os resultados da aprendizagem dos estudantes, para que não haja surpresas negativas quando os resultados do IDEB forem divulgados pelo MEC. PARA REFLETIR: 1) Você conhece os resultados de avaliação do seu município? Como você analisa tais resultados? 2) Sabe quais as melhores escolas e as que possuem os maiores desafi os em relação à aprendizagem dos estudantes? 3) Como você organizaria um trabalho sistemático para a devolutiva dos resultados das avaliações externas? A escola precisa dar conta da frequência dos estudantes, do acompanhamento ao trabalho dos professores e de outras estratégias defi nidas em seu Plano de Ação. Tudo isso precisa ser monitorado pela superintendência, que deve apoiar a gestão no sentido de melhor con- duzir seu trabalho, realizando as correções de rumo em sintonia com as metas de aprendizagem. Capitulo 5 72 5. A ATUAÇÃO DO SUPERINTENDENTE: ABORDAGENS E PRINCÍPIOS A interação entre superintendente, núcleo gestor e demais profissionais da escola deve ser norteada por alguns princípios bási- cos, quais sejam: respeito; relacionamento amigável, horizontal e sin- cero; cuidado para evitar constrangimentos públicos aos gestores; ali- mentação de um ambiente psicossocial que possibilite a autoexpres- são e as trocas, principalmente entre pares. Como exemplo, citamos a oportunidade de troca que pode ser proporcionada entre os diretores ou coordenadores pedagógi- cos, com destaque para aspectos práticos que merecem maior refle- xão por parte deles no exercício das suas funções. O superintendente deve ter uma atitude responsável de par- ceria com a escola para apoiá-la no alcance de suas metas de apren- dizagem. Para tanto, ele precisa saber como realizar boas observa- ções quanto aos principais desafios da escola, além de auxiliar nas análises e no planejamento dos aspectos que serão objeto da visita. As visitas à escola devem sempre ter uma intencionalidade, um pla- nejamento prévio, um método de coleta de informações que auxi- liem na identificação das situações a serem discutidas com o diretor e coordenador pedagógico. 73 74 Nesse processo de interlocução entre os sujeitos, compreen- derde maneira mais aprofundada os padrões de funcionamento do nosso cérebro pode nos auxiliar muito no diálogo com os gestores, principalmente em relação às mudanças culturais e comportamen- tais, que nem sempre acontecem apenas por conselhos ou orienta- ções verbais diretas. Ou seja, as devolutivas, feedback e propostas de intervenções devem observar algumas conquistas da ciência sobre o funcionamento do cérebro e os desafios para se mudar padrões de pensamento e comportamento. David Rock (2006) descreve que o nosso cérebro é uma má- quina de conexões entre neurônios que geram pensamentos, me- mórias, habilidades e atributos, constituindo nossos mapas mentais. Essas conexões dependem das nossas vivências e aprendizagens ao longo da vida. Os neurotransmissores fazem mais de um milhão de conexões a cada segundo, entre diferentes pontos, e criam um rico processo de circuitos cerebrais. Para ser processado, todo conhecimento novo é comparado ao mapa mental pré-existente. É necessário encontrar um vínculo entre a novidade e nosso mapa mental para conseguirmos discernir, incorporar e processar as novas ideias. Rock exemplifica, na mesma publicação, a utilização de um novo computador pela primeira vez. Diz que ficamos confusos com a localização das teclas e funções, mas depois conseguimos apre- ender as novas configurações a partir da experiência e integrá-las ao mapa mental, de tal forma que podemos realizar a tarefa até de Uma boa estratégia de observação pode ser efetivada pela “Caminhada Pedagógica”. Como já tivemos oportunidade de mencionar anteriormente, essa é uma estratégia utilizada com gestores para observar, dentre outros aspectos: os processos de interação do diretor com os professores, crianças e pais; sua lei- tura sobre as dinâmicas de ensino e aprendizagem nas salas de aula; sua visão sobre a gestão dos espaços da escola; no que ele presta atenção e o que lhe passa desapercebido; bem como o que talvez não tenha tanta importância no seu cotidiano de atu- ação (anexo XIII). Por exemplo, ao observar como o planejamento é construí- do, podemos ter perguntas para nortear o nosso olhar: o professor planeja na escola? Planeja com quem? O coordenador participa e contribui? Há pesquisa? Os resultados das avaliações são conside- rados para definir as atividades do planejamento? Há uma rotina alinhada às orientações pedagógicas recebidas pelo município? O planejamento é coerente com os objetivos de aprendizagem e os níveis das crianças? As atividades previstas consideram as necessi- dades de alguns estudantes com mais dificuldades? Enfim, após o processo de observação, se houver necessidade de dar alguma devolutiva, o superintendente deve fazer perguntas relacionadas a aspectos que não ficaram claros. Depois de propor al- gumas reflexões, as observações relacionadas ao feedback sempre começam enfatizando o que está bom para depois introduzir as pro- postas de melhoria. 75 olhos fechados. As tarefas repetitivas não requerem muita energia ce- rebral. Já aqueles momentos mágicos em que criamos um outro mapa mental e o insight acontece são muito energizantes. Tais situações são únicas: a expressão facial, revelações emergem e novas configurações mentais conformam nosso mapa. A partir dessa forma de funcionar do nosso cérebro, David descreve as seguintes conclusões: quando as pessoas pensam tudo por si mesmas, elas se comprometem mais, mobilizam mais energia e ficam mais motivadas para agir. A neurociência nos ensina que devemos ajudar as pessoas a pensar, porque isso cria o aprendizado real, a motivação e o envol- vimento. As receitas prontas são maçantes e nem sempre provocam crescimento. Conclui-se, pois, que as perguntas e estratégias que ajudam as pessoas a pensar são fundamentais para criar um espaço físico e mental de mobilização das conexões mentais, capazes de gerar um entendimento natural da sua tarefa. A habilidade de fazer pergun- tas e mobilizar reflexões é essencial para uma mudança de postura, de cultura, para o engajamento e para despertar a motivação dos gestores. Tão importante quanto falar e fazer boas perguntas é saber escutar profundamente, de maneira ativa e engajada. Ou seja, é fun- damental que haja uma interação com a fala do “outro”, fazendo per- guntas até para checar se o que está sendo dito é o que realmente está sendo compreendido. Como cada um de nós tem um mapa mental diferente e esta- mos relacionando o que ouvimos a essas nossas concepções prévias, nem tudo que é dito é compreendido de modo igual. Esses proces- sos geralmente são complexos porque envolvem compreensões di- ferentes. Por exemplo, às vezes depois de uma reunião, quando che- camos os entendimentos, nem todo mundo interpretou as situações da mesma forma. 76 O guia de tutoria do Itaú Social menciona que escutar exige paciência e abertura para compreender o outro sem julgamentos de modo a ter os canais abertos para não taxá-lo a partir de suas rígidas concepções pré- vias. Indica, ainda, que alguns fatores podem afetar essa escuta ativa, ou escuta mais profunda, quais sejam: dis- persão, opinião diferente, expectativas, críticas (às vezes inconscientes), estilo de funcionar e aprender diferente, pressa, falta de foco, ignorar o que foi dito, não observar os sentimentos ou as entrelinhas. Essa interação do superintendente com outros profi ssionais da escola requer atenção e cuidado. Por exemplo: o superintendente pode fi car tão preocupado com a forma de elaboração de sua pergunta que não se dá conta do conteúdo envolvido na conversa. Além dis- so, outros aspectos podem infl uenciar negativamente, como a falta de local adequado para um bom diálogo e interrupções externas. Enfi m, a comunicação humana é complexa, deve ser cuidada e sempre precisa de aprimo- ramento. Carl Rogers foi um dos principais expoentes da corrente de psicologia denominada humanismo, cujo processo terapêutico é centrado no cliente e em suas necessidades. Em sua publicação “Um jeito de Ser”, Ro- gers (1983) trata da comunicação humana de um modo pessoal e relacionada à sua experiência de escuta de forma muito tocante. Ao refl etir sobre sua experiência de escutar pessoas, ele diz algumas coisas muito pro- fundas tais como: 77 Ouvir verdadeiramente alguém é como ouvir a música das estrelas, quer dizer, tudo aquilo que está por trás da mensagem dita: sentimentos, pensamentos, emoções. Esse ouvir profundo signi� ca ouvir os sons e captar o mundo interno da pessoa; Ele sentia um grande prazer em realmente ouvir alguém porque isso o enriquecia como pessoa; Esse ouvir profundo proporciona um encontro verdadeiro entre almas e traz uma interação promotora de bem estar e crescimento para ambos; A partir da observação de si e de outras pessoas em experiência dolorosa, o fato de ser escutado sem julgamento ajudava a pessoa a melhorar. As pessoas � cam agradecidas, aliviadas e isso até ajuda a encontrar possíveis caminhos para lidar com aquela dor; Para a comunicação � uir bem, também é importante escutar a vozinha interior, identi� car sentimentos e pensamentos difusos, escondidos para que a comunicação seja verdadeira e integre sentimentos e pensamentos de forma coerente; Estimar, amar e aceitar o outro proporciona um ambiente seguro para a auto expressão, o diálogo e o crescimento. 78 Esses princípios acima descritos são muito positivos para erigir relacionamentos que promovam crescimento, engajamento e desper- tem a motivação. Além dos princípios anteriormente citados, para cuidar da boa comunicação, sugerimos visitas sempre estruturadas e organizadas a partir de recursos que permitam foco, clareza de objetivos, possibilida- de de escuta, feedback, aprendizagem e acompanhamento contínuo. A título de dar maior clareza, propomos um passo a passo que integra tais competências: 1) Construir um relacionamento amistoso com a escola, investir verdadeiramente nisso; 2) Sempre planejaro que será observado na visita: objetivos, método, momento da conversa sobre o tema, local para re- gistro dos encaminhamentos; 3) Pensar em como coletará as informações sobre o tema; Exemplo: sobre a infrequência escolar, o superintendente deve verificar se a escola possui algum tipo de controle e, ao visitar as salas, perguntar ao professor quantos alunos falta- ram e qual costuma ser a falta de alunos diária, se tem algum aluno que falte muito mais que outros, e se ele sabe por que isso acontece; 4) Depois, perguntar ao núcleo gestor, diretor ou coordenador como percebem tais aspectos observados. Exemplo: como está o controle da frequência dos alunos? Como percebem que a escola está acompanhando essa frequência? Quais os principais desafios? Que soluções poderíamos implementar?; 5) Após a escuta, o superintendente pode sugerir também algu- ma ideia ou propor que o núcleo gestor conheça a experiên- cia exitosa de alguma escola nesta área de frequência escolar; 79 Sigamos fazendo a diferença na vida das crianças brasileiras, elevando nossa capacidade de trabalho para chegar junto e avançar mais na conquista de uma educação pública promotora de justiça social. Como nos diz Paulo Freire (1993, p. 49), uma educação “que estimula a presença organizada das classes sociais populares na luta em favor da transformação democrática da sociedade, no sentido da superação das injustiças sociais. É a que respeita os educandos, não importa qual seja sua posição de classe e, por isso mesmo, leva em consideração, seriamente, o seu saber de experiência feito, a partir do qual trabalha o conhecimento com rigor de aproximação aos objetos. É o que trabalha, incansavelmente, a boa qualidade do ensino, a que se esforça em intensifi car os índices de aprovação através de rigoroso trabalho docente e não com frouxidão assistencialista, é a que capacita suas professoras cientifi camente à luz dos recentes achados em torno da aquisição da linguagem, do ensino da escrita e da leitura.” O EpV acredita que juntos, com boas definições políticas, competência técnica, foco, compromisso e amor, chegaremos lá! 6) Por fim, revisar junto o que ficou decidido como modelo de intervenção para melhorar a frequência e pautar enca- minhamentos necessários; 7) Os encaminhamentos devem constar na próxima pauta e ser revisitados para o processo de acompanhamento da execução, que muitas vezes é delicado, podendo precisar de apoio e ajustes. A tarefa do acompanhamento escolar é um ponto chave e es- sencial para que a secretaria de educação tenha suas escolas articula- das e interligadas com o propósito de avançar na qualidade da edu- cação. A escola, ainda que autônoma para desenvolver suas ações, precisa prestar contas acerca dos resultados da aprendizagem a toda sociedade. É necessário fazer a educação pública funcionar pra va- ler, buscando a equidade e oferecendo o real acesso ao direito de aprender. O superintendente será um elo indispensável nessa rede, pois, ao mesmo tempo que torce e ajuda a escola a avançar, instiga a todos para que consigam vencer os desafi os necessários. Sua tarefa é complexa, envolve conhecimento de gestão, avaliação, organização, monitoramento, competências relacionais, assertividade, boa comu- nicação (capacidade de escuta sensível e fala), foco, e, sobretudo, compromisso com seu trabalho e com a educação pública. Claro que o superintendente precisa do apoio da secretaria de educação e da decisão política do prefeito de fazer e fazer bem. Esses aspectos também são trabalhados com muito vigor no âmbito da parceria do programa EpV, que busca articular ações diretas rela- cionadas à atuação dos prefeitos e secretários de educação. Assim, através de uma intervenção sistêmica, no qual cada ator da gestão faz a sua parte, o programa Educar pra Valer tem testemunhado mudanças importantes na cultura local de algumas redes municipais na forma como conduzem esse bem comum tão precioso que é a educação. Referências Bibliográficas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Andréia Pereira de; JUNQUILHO, Gelson Silva; NOVAES, Izabel Cristina. Programa Escola Campeã na Gestão Escolar: o hibridismo entre a racionalidade burocrática e uma “anarquia organizada”. XXXII Encon- tro ANPAD. Rio de Janeiro-RJ, 6 a 10 de setembro de 2008. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/38/EOR-A1611.pdf. Acesso em: 04 ago. 2020. BAHIA. Secretaria da Educação. 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Acesso em: 02 ago. 2020. 83 Anexos 86 ANEXOS ANEXO I – LEI Nº. 490 DE 06/01/2004 ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA ANEXO III – MODELO SÍNTESE DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO, E QUADRO GERAL DA ESCOLA ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS ANEXO V – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES POR ANO/SÉRIE E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DAS CARÊNCIAS DOS PROFESSORES ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHAAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE 87 ANEXO I – LEI Nº 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004 Dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar, e dá outras providências. A CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica criada a Superintendência Escolar que integrará, em caráter permanente, a estrutura organizacional da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, na forma desta Lei. Art. 2º Compete à Superintendência Escolar: I Avaliar e pactuar com as escolas o Plano de Desenvolvimento Es- colar (PDE) e a Proposta Pedagógica, assegurando sua consistência com as diretrizes e prioridades da Secretaria; II Analisar e dar retorno às escolas sobre a apreciação dos instru- mentos de informações gerenciais, acompanhando as medidas de intervenção adotadas pela escola; III Acompanhar e integrar os resultados da escola, no âmbito mu- nicipal, por meio de indicadores de desempenho estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Escolar (PDE), coresponsabilizando-se por estes resultados; IV Zelar pelo cumprimento do Calendário Escolar, a partir das orientações da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, com base nas disposições legais; V Garantir a implementação da avaliação externa do desempenho dos alunos; VI Garantir a implementação de normas referentes à nucleação, lotação de pessoal, provisão de insumos, repasse de recursos e outras medidas que assegurem a viabilidade da rede de escolas do município; VII Ser o elemento de interlocução entre escolas e Secretaria, ser- vindo de elo e facilitador, de modo a liberar o tempo e atenção do diretor para as atividades específicas de sua função; VIII Comunicar às escolas as normas e orientações emanadas da Secretaria de Desenvolvimento da Educação; IX Estabelecer e promover canais de comunicação entre os direto- res, para troca de conhecimentos e experiências; X Manter a interlocução com as Coordenadorias, Gerências e de- mais técnicos da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, vi- sando consolidar informações e orientações, garantindo um bom ordenamento da comunicação desses setores com as escolas. Art. 3º A Secretaria de Desenvolvimento da Educação garantirá 1 (um) superintendente adjunto para, no máximo, 15 (quinze) escolas, que tra- balharão sob a coordenação do Superintendente. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Paço Municipal Prefeito José Euclides Ferreira Gomes Júnior, em 06 De Janeiro De 2004. Cid Ferreira Gomes - Prefeito Municipal Maurício De Holanda Maia - Secretário De Desenvolvimento Da Educação. 88 POLO/ REGIÃO ESCOLAS DIRETOR(A) COORDENADOR PEDAGÓGICO SUPERINTENDENTE CONTATOS FONE/EMAIL 01 02 03 ANEXO II - DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA 89 INDICADORES DO MUNICÍPIO INDICADORES DA ESCOLA MARIA DE LOURDES Gráfi co IDEB - anos iniciais - ano 2017 ANOS INICIAIS - 2017 Reprovação = 11,2% Abandono = 30% Aprovação = 87,7% 1) Escola: Maria de Lourdes 2) Matrícula: 405 alunos W Educação infantil: 70 W Anos iniciais: 200 W Anos fi nais: 100 W Eja: 35 3) Nº de turmas manhã: 7 4) Nº de turmas tarde: 3 5) Nº de turmas noite: 2 6) Reprovação – anos iniciais: 15% 7) Abandono anos iniciais: 6% 8) Distorção anos iniciais: 12% 9) Reprovação - anos fi nais: 25% 10) Abandono anos fi nais: 8% 11) Distorção anos fi nais: 17% IDEB anos iniciais: 4 IDEB anos fi nais: 3 Resultado Epv: W 30% alfabetizados (diagnóstico inicial) W 40% na 2ª Avaliação Formativa W 50% na Avaliação Formativa 2 W 60% na Somativa Final Obs.: É importante que as escolas que tenham IDEB possam inserir aqui o gráfi co com o seu resultado. Os indicadores podem ser obtidos no QEDU, INEP, Relatórios Educar pra Valer ou nos relatórios de matrícula do município. EVOLUÇÃO DO IDEB Município Fonte: QEdu.org.br.Dados do Ideb/inep (2017). Estado 6 5 4 3 2 País 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Meta do município Município 2017: 4,2 ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA 90 QUADRO GERAL DE ALUNOS POR TURMAS EDUCAÇÃO INFANTIL NÍVEL TURMAS ALUNOS INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INFANTIL I INFANTIL II INFANTIL III INFANTIL IV INFANTIL V TOTAL ENSINO FUNDAMENTAL ANO TURMAS ALUNOS INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º EJA TOTAL 91 RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA FUNÇÃO NOME TELEFONE E-MAIL DATA DE NOMEAÇÃOFIXO CELULAR CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL Efetivos Substitutos TOTAL DE PEDAGOGOS CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS Efetivos Substitutos TOTAL DE PEDAGOGOS ANOS FINAIS Ciências História Geografia Artes Ensino Religioso Educação Física Inglês Espanhol TOTAL (ANOS FINAIS) QUANTITATIVO Efetivos Substitutos TOTAL 92 DEmAIS PROfISSIONAIS DA ESCOLA AGENTE ADMINISTRATIVO EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N AUXILIAR SECRETARIA EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N MANIPULADORA DE ALIMENTOS EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N 93 AUXILIAR DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N VIGILANTE EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N 94 PORTEIRO EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N OUTROS EFETIVO TERCEIRIZADO TURNO OBSERVAÇÕES M T N Obs.: É importante identificar o quantitativo geral de servidores e observar se está dentro dos parâmetros de referência da secretaria. 95 ANEXO IV - INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS Escola: Data da Visita: Nº de Alunos: Infrequência do Dia: Diretor(a): Coordenador(a): Superintendente responsável: GESTÃO DA ESCOLA ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES O diretor/coordenador está presente na escola no acolhimento dos alunos/comunidade? O ambiente escolar é favorável à aprendizagem (acolhida dos alunos, engajamento dos professores, clima harmonioso)? As atribuições de cada servidor estão claramente definidas? A gestão acompanha diariamente a frequência dos alunos? A gestão disponibiliza e alimenta diariamente o Quadro de Gestão à vista? Houve o cumprimento dos dias letivos e carga horária previstas para o mês em curso? (verificar através do calendário letivo) O dia letivo começa no horário previsto?As crianças lancham na hora do recreio? O tempo usado para recreio está conforme o estipulado pela secretaria? A aula termina exatamente no horário previsto? A escola construiu o seu plano de ação? O plano de ação da escola está sendo cumprido? 96 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES O diretor tem uma pasta com todos os indicadores de aprendizagem da escola e a atualiza frequentemente? A gestão acompanha/compreende os resultados por turma e por aluno? A direção acompanha o trabalho do coordenador em relação ao planejamento dos professores? O núcleo gestor visita sistematicamente a sala de aula? O diretor elabora junto com o coordenador estratégias de intervenção com base nos resultados da escola? O núcleo gestor conhece o material estruturado e/ou de apoio utilizado em sala de aula? O núcleo gestor conhece a rotina utilizada pelos professores em sala de aula? Os professores participam regular e ativamente das formações de outros professores? O professor faz uso do material didático estruturado? A sala de aula apresenta um ambiente favorável à aprendizagem? O professor promove situações de leitura? Os alunos demonstram envolvimento durante a aula? A escola promove recuperação paralela? A escola desenvolve estratégias de reforço escolar? As avaliações do Educar Pra Valer estão sendo realizadas pela escola? A escola reflete/analisa sistematicamente as avaliações (externas e internas), bem como os resultados dos indicadores, propondo intervenções quando necessário? A escola divulga os resultados das avaliações (internas e externas) à comunidade escolar e local? A escola dá uma atenção especial à política de alfabetização dos alunos? 97 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES A escola coordena a definição metas de aprendizagem para a gestão/coordenação/ professores? A escola tenta lotar os professores de acordo com seu perfil e habilidades para adequá-los às necessidades das turmas? O núcleo gestor tem atenção para implementar os encaminhamentos/combinados sugeridos e acordados com o superintendente? ASPECTOS FINANCEIROS A escola prioriza a aquisição de insumos e bens para apoiar na aprendizagem dos alunos? A escola identifica suas prioridades de forma participativa? Apresenta pleno conhecimento das especificidades dos programas financeiros que assistem à escola? A escola cumpre com os prazos estabelecidos no que concerne à utilização/prestação de contas dos recursos? Controla de forma eficiente o consumo dos materiais adquiridos pela escola? Publiciza a prestação de contas para toda a comunidade? AMOSTRA DE AVALIAÇÃO DE LEITURA ALUNO ETAPA/TURMA TURNO NÍVEL DE LEITURA 98 RELATÓRIO DE VISITA – INSTRUMENTAL DE VISITA – SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR Região/ Polo: Escola: Superintendente: Data: _______/_______/_______ TÓPICOS DA PAUTA ENCAMINHAMENTOS/COMBINADOS PRAZO OBSERVAÇÕES ASPECTOS GERAIS OBSERVADOS: Data: _______/_______/_______ (Superintendente) (Gestor Escolar) 99 CONSOLIDADO DOS RELATÓRIOS DE VISITAS Mês: Polo/Região: Superintendente: PAUTA: DATA DA VISITA ESCOLA OBSERVAÇÕES ENCAMINHAMENTOS 100 ANEXO V - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA Escola: ________________________________________________________________________ Data: _______/_______/_______ Professor(a): ___________________________________________________________________ Turma: _________ Turno: _______ Nº de alunos: __________ Nº de alunos ausentes:_________ 1. RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO S N NO Observações O professor utiliza o material didático? O professor gerencia bem o tempo pedagógico das atividades planejadas? Os recursos utilizados pelo professor são adequados aos objetivos e aos conteúdos propostos? O professor cumpriu o plano da aula e/ou adequou-o em função de imprevistos? O planejamento considera os resultados das avaliações e as necessidades da turma? 2. ATUAÇÃO EM SALA DE AULA O professor explicita as atividades a serem vivenciadas no dia? O professor tem uma rotina de trabalho pedagógico? A aula observada contempla os níveis de aprendizagem de todos os alunos? O professor conduz as atividades de forma a estimular a interação entre as crianças? O professor realiza intervenções adequadas em momentos individuais e coletivos? 101 O professor demonstrou segurança e conhecimento com relação ao conteúdo trabalhado? Há o uso do caderno de fluência e outras práticas de leitura na aula? Há o desenvolvimento de vivências de atividades matemáticas na sala de aula (jogos e práticas diversas)? O professor promove um ambiente alfabetizador? O professor aplica os conhecimentos adquiridos nas formações? O professor acompanha a infrequência dos alunos? O professor disponibiliza e acompanha o “Para casa”? O professor utiliza o material “Relembrando” para as crianças não alfabetizadas? O professor conhece os níveis de leitura /aprendizagem dos alunos e tem isso bem mapeado? O professor identifica os descritores nos quais os estudantes têm mais dificuldade e os introduz em seu planejamento? 3. POSTURA DO PROFESSOR S N NO Observações Se expressa de forma correta, clara e adequada aos níveis dos alunos? Consegue envolver a turma em todos os momentos centrados nas atividades? Esclarece todas as dúvidas sinalizadas pelos alunos? Demonstrou afetividade com os alunos? Demonstrou flexibilidade ao resolver problemas/questões que surgem com a turma? Consegue manter o domínio de sala? 102 4. ALUNOS Os alunos tiveram envolvimento nas atividades propostas? Demonstram motivação para aprender? Demonstram afetividade com o professor? Os estudantes realizaram o “Para casa”? As crianças demonstram ter boa expressão oral? Demonstram segurança ou autonomia no uso do material didático? Legenda: S: Sim / N: Não/ NO: Não Observado 1. DESCRITORES EM QUE OS ALUNOS APRESENTAM MAIS DIFICULDADES LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA 2.SITUAÇÃO DOS ALUNOS COM RELAÇÃO À LEITURA Nº de alunos não leitores Nº de alunos leitores de palavras Nº de alunos leitores de frases Nº de alunos leitores de textos sem fluência Nº de alunos leitores de texto com fluência 103 ANEXO VI - INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO Sala da Direção Sala dos professores Secretaria Biblioteca Sala de Vídeo Sala de Leitura Laboratórios (Especificar o tipo de laboratório) Almoxarifado Cozinha Depósito de Merenda Refeitório Quadra esportiva (Colocar se é coberta ou descoberta nas observações) 104 ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO Bebedouros Banheiros Sanitários masculinos (Especificar nas observações se há mictório) Sanitários femininos Sanitários adaptados para Educação Infantil Sanitários com acessibilidade Áreas para a prática da Educação Física Áreas para a prática de arte Áreas arborizadas para recreio e convivência Parquinho Infantil Auditório Acessibilidade (rampas, elevador, etc.) Descreva como está a limpeza da escola 105 LEVANTAMENTO DE DESAFIOS DESAFIOSNA ÁREA PEDAGÓGICA DESAFIOS NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS (RESPONSABILIDADE, AUSÊNCIA, DESENTENDIMENTOS…) DESAFIOS NA ÁREA FÍSICA/ESTRUTURAL DESAFIOS NA ÁREA FINANCEIRA - PRESTAÇÃO DE CONTAS OUTROS DESAFIOS 106 ANEXO VII - PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES 1º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia Acolhida (10 minutos) Acolhida (10 minutos) Acolhida (10 minutos) Acolhida (10 minutos) Acolhida (10 minutos) Correção da tarefa (20 minutos) Correção da tarefa (20 minutos) Correção da tarefa (20 minutos) Correção da tarefa (20 minutos) Correção da tarefa (20 minutos) Passo a passo de linguagem (75 minutos) Passo a passo de linguagem (75 minutos) Passo a passo de linguagem (75 minutos) Passo a passo de linguagem (75 minutos) Passo a passo de linguagem (75 minutos) Atividades a cargo do professor (30 minutos) Atividades a cargo do professor (30 minutos) Atividades a cargo do professor (30 minutos) Atividades a cargo do professor (30 minutos) Atividades a cargo do professor (30 minutos) Matemática (45 minutos) Outras disciplinas (45 minutos) Matemática (45 minutos) Outras disciplinas (45 minutos) Matemática (45 minutos) Leitura compartilhada (20 minutos) Leitura compartilhada (20 minutos) Leitura compartilhada (20 minutos) Leitura compartilhada (20 minutos) Leitura compartilhada (20 minutos) Explicação da tarefa de casa (10 minutos) Explicação da tarefa de casa (10 minutos) Explicação da tarefa de casa (10 minutos) Explicação da tarefa de casa (10 minutos) Explicação da tarefa de casa (10 minutos) 107 2º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA 1º 2º 3º 4º 5º Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Para gostar de escrever (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Para gostar de escrever (30 min) Vai-vem das palavras (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Fluência (20 min) Fluência (20 min) Fluência (20 min) Fluência (15 min) Fluência (20 min) Outras disciplinas (20 min) Outras disciplinas (20 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (25 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (20 min) Matemática (50 min) Explicação do para casa (5min) Explicação do para casa (5min) Explicação do para casa (5min) Explicação do para casa (5min) Explicação do para casa (5min) 108 3º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA 1º 2º 3º 4º 5º Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Retomada dos textos anteriores (10 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Conversando com o texto (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Para gostar de escrever (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Para gostar de escrever (30 min) Vai-vem das palavras (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Cada texto do seu jeito (15 min) Fluência (20 min) Fluência (20 min) Fluência (20 min) Fluência (15 min) Fluência (20 min)Outras disciplinas (20 min) Outras disciplinas (20 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (25 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (20 min) Matemática (50 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) 109 4º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Acolhida e correção do para casa (20 min) Predição (5 min) Ler é legal (15 min) Predição (5 min) Ler é legal (15 min) Para gostar de escrever –revisão (15 min) Ler é legal (20 min) Conversando com o texto (15 min) Ler é legal (20 min) Conversando com o texto (15 min) Cada texto do seu jeito (10 min) Conversando com o texto (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Conversando com o texto (20 min) Vai-vem das palavras (15 min) Ab conhecer (15 min) Ab conhecer (15 min) Para gostar de escrever - frases (15 min) Ab conhecer (15 min) Para gostar de escrever - frases (15 min) Para gostar de ler (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) matemática (75 min) matemática (75 min) matemática (75 min) matemática (75 min) Matemática (75 min) Atividades a cargo do professor (30 min) Atividades a cargo do professor (30 min) Atividades a cargo do professor (30 min) Atividades a cargo do professor (30 min) atividades a cargo do professor (30 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) 110 5º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DIÁRIA/SEMANAL - LÍNGUA PORTUGUESA 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia Acolhida e correção do para casa (10 min) Acolhida e correção do para casa (10 min) Acolhida e correção do para casa (10 min) Acolhida e correção do para casa (10 min) Acolhida e correção do para casa (10 min) Retomada do texto do dia anterior ou predição (5 min) Retomada do texto do dia anterior ou predição (5 min) Retomada do texto do dia anterior ou predição (5 min) Retomada do texto do dia anterior ou predição (5 min) Retomada do texto do dia anterior ou predição (5 min) Passo a passo de leitura: Leitura do texto (20 min) Estudo do texto (20 min) Passo a passo de leitura: Leitura do texto (20 min) Estudo do texto (20 min) Passo a passo de leitura: Leitura do texto (20 min) Estudo do texto (20 min) Passo a passo de leitura: Leitura do texto (20 min) Estudo do texto (20 min) Passo a passo de leitura: Leitura do texto (20 min) Estudo do texto (20 min) Desvendando o código e/ou estrutura da língua (25 min) Produção textual – planejamento e escrita (25 min) Desvendando o código e/ou estrutura da língua (25 min) Produção textual – revisão do texto (25 min) Hora do conto (25 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20 min) Fluência de leitura (20min) Matemática (1h e 20 min) Matemática (1h e 20 min) Matemática (1h e 20 min) Matemática (1h e 20 min) Matemática (1h e 20 min) Atividades a cargo do professor/ outras disciplinas (30 min) Atividades a cargo do professor/ outras disciplinas (30 min) Atividades a cargo do professor/ outras disciplinas (30 min) Atividades a cargo do professor/ outras disciplinas (30 min) Atividades a cargo do professor/ outras disciplinas (30 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) Explicação do para casa (5 min) 111 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A ROTINA DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS PREDIÇÃO Objetivos: h Explicitar os objetivos para a leitura; h Levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o texto; h Motivar os alunos para a leitura. Procedimentos: Elaborar perguntas que poderão ser respondidas após a leitura e/ou levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto a partir de indícios oferecidos pelo título, autor, ilustrações, etc. PASSO A PASSO DE LEITURA 1º PASSO – LEITURA ORAL EXEMPLAR Objetivos: h Ouvir a leitura do adulto como exemplo de fluência, acompanhando o texto em silêncio; h Automatizar a decodificação de um maior número de palavras para permitir ao cérebro maior tempo para a compreensão; h Desenvolver a capacidade de ouvir com atenção e interesse na leitura do adulto, como exemplo de fluência; h Absorver as estruturas fundamentais da língua escrita. Procedimentos: Realizar duas leituras fluentes do texto, de forma clara e audível. 112 2º PASSO – CONTEXTUALIZAÇÃO OU RETOMADA DA LEITURA Objetivos: h Tirar as dúvidas de compreensão da leitura; h Validar as hipóteses levantadas na predição; h Identificar as características dos gêneros textuais. Procedimentos: o professor valida as hipóteses levantadas na predição e chama a atenção dos alunos para as informações mais importantes do texto e das características específicas do gênero. 3º PASSO – SEGUNDA LEITURA EXEMPLAR Objetivos: h Permitir ao aluno compreender o que, porventura, estava obscuro nas três primeiras leituras. Procedimentos: realizar uma nova leitura do texto para os alunos. 4º PASSO – TREINO DE LEITURA Objetivos: Exercitar a velocidade de leitura e melhorar a fluência. Procedimentos: leitura em dupla: uma criança lê o texto para a outra, que acompanha fazendo leitura silenciosa; leitura cumulativa; leitura antifônica; leitura de revezamento, etc. ESTUDO DO TEXTO Objetivos: h Localizar informações explícitas no texto; h Inferir as informações implícitas no texto; h Ampliar o vocabulário receptivo e expressivo; h Conhecer os diferentes gêneros textuais, bem como suas características; h Comparar textos de diferentes gêneros. Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta a eles o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do significado; cada criança responde às questões em seu próprio material, individualmente ou em pequenos grupos; o professor faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos. DESVENDANDO O CÓDIGO Objetivos: h Consolidar a compreensão da natureza alfabética do siste- ma de escrita; h Ampliar a leitura visual, o reconhecimento de palavras complexas, a análise fônica e estrutural das palavras; h Dominar regularidades e irregularidades ortográficas. 113 Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em voz alta o enunciado de cada questão, chamando a aten- ção para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta aos alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreen- são do significado; cada criança responde às questões em seu próprio material, individualmente ou em pequenos gru- pos; o professor faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos. ESTRUTURA DA LÍNGUA Objetivos: h Analisar a estrutura do texto através da reflexão das rela- ções entre palavras, frases e parágrafos; h Desenvolver coerência e coesão textual. Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta aos alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do significado; cada criança responde às questões em seu próprio material, individualmente ou em pequenos grupos; o profes- sor faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos. PRODUÇÃO TEXTUAL Objetivos: h Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação. Procedimentos: A produção escrita será trabalhada em dois momentos distintos: um dia para planejar e escrever e outro para a revisão do texto. HORA DO CONTO Objetivos: h Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura. Procedimentos: O professor escolhe um texto e faz uma leitura compartilhada com os alunos. FLUÊNCIA DE LEITURA Objetivo: h Realizar a leitura com ritmo, entonação e velocidade ade- quados, visando a compreensão leitora; h Ler em torno de 120 palavras por minuto, considerando também a precisão, a prosódia e compreensão. Procedimentos: Trabalhar o texto individualmente com um aluno ou com um grupo de alunos: 114 h O professor lê uma vez, em voz alta, com boa entonação (modelagem); h Discussão do texto (sentido do texto, expressões e vocabulário); h Leitura em coro, com todos os alunos do grupo ou, se o trabalho for individual, leem professor e aluno; h Leitura silenciosa (tempo para ler duas ou três vezes); h Leitura em voz alta por um aluno (o professor seleciona alguns alunos a cada dia); h A cada dia eles devem ter como tarefa reler um ou mais textos já lidos; h O professor deve acompanhar a leitura de alguns alunos e fazer as correções necessárias; O trabalho com a fluência de leitura deve ser diário e pode ser realizado com os textos do Caderno dos alunos e/ou com os textos do Caderno de Fluência. SUGESTÃO DE ROTINA DAS AULAS DE MATEMÁTICA h APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DESAFIADORA OU SITUAÇÃO-PROBLEMA: apresentar o conteúdo a partir de uma situação- problema. h VIVÊNCIA COM O MATERIAL CONCRETO: vivenciar a par- tir de situações significativas propostas pelo professor os conteúdos abordados, favorecendo a compreensão dos mesmos. h ATIVIDADE DO ALUNO: exercício de aplicabilidade do conteúdo estudado. As atividades estão agrupadas em torno dos eixos Espaço e forma, Grandezas e medidas e Números e operações. As atividades de Tratamento da informação permeiam os demais blocos. Informações Gerais da Escola Programas e Projetos Município, 00 de Mês de 2018. 115 ANEXO VIII - QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES TuRmAS / mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL INfANTIL I INfANTIL II INfANTIL III INfANTIL IV INfANTIL V INfANTIL VI 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO EjA I EjA II EjA III EjA IV EjA V TOTAL (mÊS) 116 ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES TuRmAS / mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL INfANTIL I INfANTIL II INfANTIL III INfANTIL IV INfANTILV INfANTIL VI 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO EjA I EjA II EjA III EjA IV EjA V TOTAL (mÊS) 117 ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES TuRmAS / mESES jAN fEV mAR AbR mAI juN juL AgO SET OuT NOV DEz TOTAL ANuAL INfANTIL I INfANTIL II INfANTIL III INfANTIL IV INfANTIL V INfANTIL VI 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO EjA I EjA II EjA III EjA IV EjA V TOTAL (mÊS) 118 ANEXO XI - INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESCOLA: ____________________________________________________________________________________DATA: _______/_______/_______ 1. SOBRE O PLANEJAMENTO S N NO OBSERVAÇÕES O planejamento leva em conta as metas do plano de ação da escola? As atividades são planejadas levando em consideração as dificuldades dos alunos observadas nas avaliações? Houve análise dos resultados dos alunos? O plano de aula é elaborado cumprindo todas as etapas: objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação e recursos? São elaboradas metas mensais e quinzenais de aprendizagem? Baseiam o plano de aula na rotina proposta pela secretaria de Educação? 2. SOBRE A ATUAÇÃO DO COORDENADOR/SUPERVISOR Fomenta discussão metodológica sobre os conteúdos? Mantém o planejamento com foco na produção das atividades? Consegue motivar os professores para o atingimento das metas previstas no plano de ação? Valoriza as ideias dos professores buscando um clima harmonioso? Estimula a troca de experiências entre professores? Demonstra segurança ao orientar os professores sobre as etapas do plano de aula? Conhece a rotina pedagógica orientada pela secretaria de Educação? Legenda: S (Sim) - N (Não) - NO (Não Observado). 119 FEEDBACK ASPECTOS POSITIVOS ObSERVADOS: ASPECTOS A SEREm mELhORADOS: ENCAmINhAmENTOS/COmbINADOS: 120 ANEXO XII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO - METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO 1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do Ensino Fundamental; 2. Alfabetizar 100% dos estudantes do Ensino Fundamental; 3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; 4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental para 0. MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________ Legenda: AVD - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA AVF - AVALIAÇÃO FORMATIVA AVS - AVALIAÇÃO SOMATIVA META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES % de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano 01 % de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos 02 % de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB 03 EpV 03 SAEV IDEB DA REDE MUNICIPAL 03 Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO 04 Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba Esse instrumento deve ser preenchido com os resultados de aprendizagem, abandono e demais ações estratégicas desenvolvidos pelo município. 121 AÇÕES ESTRATÉGICAS: Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ DIAS PREVISTOS DIAS CUMPRIDOS DIAS A RECUPERAR OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: _________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ 122 ANEXO XIII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA A ser preenchido com os resultados de aprendizagem, aban- dono e demais ações estratégicas desenvolvidas pela escola. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO 1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do Ensino Fundamental; 2. Alfabetizar 100% dos estudantes do Ensino Fundamental; 3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; 4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental para 0. MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________ legenda: AVD – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA; AVF – AVALIAÇÃO FORMATIVA; AVS – AVALIAÇÃO SOMATIVA. META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES % de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano 01 % de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos 02 % de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB 03 EpV 03 SAEV IDEB DA REDE MUNICIPAL 03 Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO 04 Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba 123 AÇÕES ESTRATÉGICAS: Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ DIAS PREVISTOS DIAS CUMPRIDOS DIAS A RECUPERAR OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: _________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________ 124 ANE XO XIV- GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM E DA GESTÃO PEDAGÓGICA – CODEPE CAMINHADAS PEDAGÓGICAS PELA ESCOLA* CARACTERÍSTICAS Essa técnica é um tipo de observação mais usada na tutoria pe- dagógica, para se obter um panorama geral do cotidiano da escola – auxilia na leitura do contexto. Ao caminhar com o tutorado pela escola, o tutor observa a capacidade do tutorado de analisar dinâmicas de en- sino e aprendizagem, mesmo se passarem rapidamente pelas salas de aula. O tutor fi ca atento também a como são as relações do tutorado com outros membros da equipe, alunos e pais; como ele vê a organiza- ção geral da escola, a infraestrutura física e como ela se relaciona com o uso dos diferentes espaços e rotinas; no que ele presta atenção, e o que é importante, mas lhe passa despercebido. Para um diretor ou coordenador pedagógico que não circula na escola, com pouco hábito de interagir com alunos e professores, e sem prática de observar salas de aula, as caminhadas pedagógicas podem ser um passo estratégico a ser realizado com o tutor. Assim como outras práticas de tutoria, precisa ter uma intencionalidade, um planejamento mínimo e um tempo depois da atividade para feedback com o tutorado. Uma caminhada conjunta pela escola é efi caz quando tutor e tutorado defi nem um propósito que é transparente para ambos. Esse processo dá ao tutorado um olhar mais ampliado sobre as rotinas de sua escola. PROPÓSITOS A caminhada pedagógica não é para avaliar o professor, tam- pouco os alunos. Trata-se de uma ferramenta de aprendizagem para o gestor, para que ele fi que mais próximo do que está acontecendo em termos de ensino e aprendizagem na sala de aula. Ajuda o gestor tutorado a ampliar sua compreensão sobre os pontos positivos e de- safi os de sua escola – é um ponto de partida importante para aprofun- dar conversas com professores e alunos, além de oferecer pistas para questões que precisam ser aprofundadas em reuniões de equipe e/ou observações mais longas de aulas. PONTOS DE ATENÇÃO Se a caminhada incluir entrada em salas de aula, é fundamentalque o tutorado, com a ajuda do tutor, planeje estrategicamente o pro- pósito, o foco e como irá comunicar para os professores. Os membros da equipe precisam ter clareza sobre o propósito dessas entradas antes de sua realização. Podem ser priorizadas salas de um determinado ano/ série, caso não haja tempo de visitar todas num mesmo dia. As obser- vações são rápidas – não mais de cinco minutos – o sufi ciente para que se observe, por exemplo, como a sala de aula está organizada e o nível 125 de envolvimento dos alunos na tarefa daquele momento. É também um termômetro inicial de como andam as relações entre professor e alunos. Nessas entradas, o tutorado não interrompe a aula do professor, apenas o cumprimenta, entra para observá-lo e, dependendo da ativi- dade, pergunta aos alunos o que estão aprendendo, pede que eles ex- pliquem o propósito do que estão fazendo, observa suas produções e dúvidas. Não é recomendável que se façam anotações, já que essa prá- tica pode sugerir um tom de fiscalização. No feedback, o tutor precisa ajudar o tutorado a manter foco no que eles viram e ouviram, antes de chegar a conclusões. O que ele viu, por exemplo, em relação a... h Organização das carteiras e do restante do espaço da sala (ex.: fileiras versus pequenos grupos, paredes vazias versus com produções de alunos); h Gestão da sala de aula e comportamento dos alunos; h Atividade em andamento; h O que ele ouviu; h Quando conversou com alunos; h Quando conversou com o professor; h Nas interações entre professor e alunos, e entre alunos. ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DAS VISITAS TÉCNICAS PEDAGÓGICAS PARA A CAMINHADA PEDAGÓGICA: 1º e 2º ano: h Observar o trabalho feito de audição de leitura existente fora da sala de aula, o profissional, o material utilizado, o tempo pedagógico. Geral: h Orientação dos alunos em relação ao trabalho – Os alunos parecem estar participando quando você entra na sala (caderno dos alunos para coletar evidências); h Decisões curriculares – Quais objetivos o professor optou por ensinar, e se estão de acordo com o currículo; h Decisões educacionais – Quais práticas educacionais o professor escolheu para ajudar os alunos a atingir os objetivos; h Ambiência – Há evidências de objetivos ou práticas educacionais anteriores na sala de aula/ salas temáticas (nas paredes, organiza- ção das carteiras e do restante da sala de aula, projetos, etc.); h Comunicação visual das CSE; h Problemas – Há algum problema perceptível (Atividade em an- damento, gestão de sala de aula e comportamento dos alunos); Leitura de contexto; h Período de realização (início da aula, após intervalo, final da aula); h Definição do campo de atuação (séries, turmas, blocos); Intencio- nalidade; h Quadro de frequência: comparar a frequência de sala de aula com a exposta no quadro e visualizar os registros das turmas integrais; h Realizar no momento do recreio percebendo os espaços, as salas de aulas, a dinâmica de organização dos espaços e profissionais; h Quem deverá realizar (diretor, diretor e CP, núcleo gestor e supe- rintendente, diretor e superintendente); h Durante a caminhada (se necessário adentrar a sala de aula); h Materiais usados em sala pelos alunos; h Comunicação entre família e escola (como acontece); h Relação interpessoal; h Pontualidade e assiduidade da equipe e alunos. * Este documento explicativo foi elaborado a partir do Guia de Tutoria Pedagógica da Fundação Itaú Social. 126 127