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1 NOÇÕES DE FITOQUÍMICA E CLASSES DE PRINCÍPIOS ATIVOS DE PLANTAS MEDICINAIS 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. ANÁLISE FITOQUÍMICA ...................................................................................... 6 2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PRODUTOS DO METABOLISMO SECUNDÁRIO: ............................................................................................................... 7 2.2. Importância da identificação do material vegetal .................................................. 9 2.3. PREPARAÇÃO DO MATERIAL VEGETAL (MV) ......................................... 10 2.4. ESTABILIZAÇÃO E SECAGEM ...................................................................... 11 2.5. MOAGEM ........................................................................................................... 12 3. ANALISE FITOQUÍMICA PRELIMINAR .......................................................... 12 3.1. PRINCIPAIS REAÇÕES: ................................................................................... 14 4. EXTRAÇÃO .......................................................................................................... 15 5. METODOLOGIA ................................................................................................... 16 6. MÉTODOS DE EXTRAÇÃO SÓLIDO LÍQUIDO .............................................. 17 6.1. EXTRAÇÕES A FRIO ............................................................................................ 17 7. FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 19 7.1. FRACIONAMENTO .............................................................................................. 19 8. MONITORAMENTO DAS FRAÇÕES POR CROMATOGRAFIA (CCD, CLAE/UV, CLAE/EM, CLAE/RMN) ........................................................................... 21 9. SEPARAÇÃO E ISOLAMENTO (MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS) .......... 22 10. ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL ........................................................................ 23 11. PARTE EXPERIMENTAL: PRINCIPAIS CUIDADOS E DIFICULDADES .. 25 12. PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS ................................................................... 26 12.1. ALCALÓIDES ................................................................................................ 27 12.2. GLICOSÍDEOS ............................................................................................... 27 13. PROCEDIMENTOS GERAIS PARA A OBTENÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS DE PLANTAS ................................................................................................ 30 14. AÇÕES TERAPÊUTICAS ................................................................................. 31 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 32 4 1. INTRODUÇÃO Figura 1: Fitoterápicos. Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.em- brapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-me- lhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaIN- dCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=ima- ges&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD A ciência responsável pelo estudo dos componentes químicos dos vege- tais denomina-se Fitoquímica. A fitoquímica estuda cada grupo da planta, desde a estrutura química mo- lecular até as propriedades biológicas dos vegetais. Faz levantamentos e análi- ses dos componentes químicos das plantas, como os princípios ativos, os odo- res, pigmentos, entre outros. As substâncias fitoquímicas são encontradas em vários alimentos consu- midos pelos seres humanos como os vegetais, as frutas, os legumes, os grãos, nas sementes, e servem de proteção contra várias doenças como câncer e pro- blemas cardíacos. Acredita-se que os fitoquímicos surgiram a milhares de anos atrás, em época em que a Terra possuía pouco oxigênio livre na atmosfera. Nestes tem- pos, as plantas que trabalham retendo o dióxido de carbono e liberando oxigê- nio, aumentaram a composição do oxigênio liberado, poluindo o seu próprio meio com oxigênio reativo. Para se protegerem deste gás em grandes concentrações, as plantas desenvolveram componentes antioxidantes, incluindo os fotoquími- cos. Devido a estes antioxidantes, as plantas sobrevivem em um ambiente rico em oxigênio. Além disso, os fitoquímicos protegem os vegetais contra fungos, bactérias e danos às células. https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.embrapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-melhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaINdCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.embrapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-melhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaINdCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.embrapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-melhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaINdCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.embrapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-melhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaINdCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.embrapa.br%2Fbusca-de-noticias%2F-%2Fnoticia%2F6658495%2Fplantas-medicinais-melhoram-saude-dos-peixes-em-piscicultura&psig=AOvVaw06UlLBaINdCn2m8Uy80SLX&ust=1606945799414000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJCMxeThre0CFQAAAAAdAAAAABAD https://www.infoescola.com/geografia/atmosfera/ https://www.infoescola.com/quimica/dioxido-de-carbono/ https://www.infoescola.com/bioquimica/antioxidantes/ 5 Principais classes de substâncias fitoquímicas: Terpenos: Os terpenos atuam como antioxidantes e formam uma das mai- ores classes de substâncias fitoquímicas. Estão presentes em uma grande variedade de alimentos vegetais. Os carotenóides, que são pig- mentos de plantas de cores amareladas, alaranjadas e avermelhadas, é uma subclasse dos terpenos. Dos carotenóides existentes os mais preva- lentes são: alfacaroteno, betacaroteno, betacriptoxantina, licopeno, lute- ínae zeaxantina, sendo encontrados no mamão papaia, da- masco, manga, laranja, batatas doces, milhos, morangas, cenouras, to- mate, salsa e espinafre. Fenóis: Como subclasses dos fenóis existem: o Os flavonóides, que são pigmentos vegetais de cores azul, azul avermelhado e violeta, inibem enzimas responsáveis pela dissemi- nação de glândulas cancerosas. o As quercitinas agem reduzindo a formação de placas gordurosas nas artérias e no combate as alergias. São encontradas em algu- mas frutas e principalmente na cebola. o As antocianinas são responsáveis pela cor rubi-violáceo (pigmen- tos vermelhos azulados), presentes nas uvas, groselhas, cere- jas, amoras, framboesas, jabuticabas, entre outras. o Os isoflavonóides são encontrados nos feijões e outras legumino- sas, e alimentos à base de soja. Atuam no combate ao colesterol LDL (colesterol ruim), diabetes, osteoporose, doenças cardiovas- culares, câncer, entre outras. Tióis: Os tióis são fotoquímicos que contém enxofre e são encontrados em vegetais crucíferos tais como, couve-flor, couve, repolho e brócolis. Compostos organossulforados: São encontrados principalmente em famí- lias do alho. O alho é considerado protetor contra doenças cardiovascu- lares por reduzir a pressão arterial e diminuir o colesterol. Princípios ativos são os componentes químicos produzidos pelas plantas, que lhes conferem atividade terapêutica. As substâncias ativas das plantas me- dicinais podem ser produtos do metabolismo primário (indispensáveis à vida da https://www.infoescola.com/quimica/terpenos/ https://www.infoescola.com/bioquimica/licopeno/ https://www.infoescola.com/bioquimica/luteina/ https://www.infoescola.com/bioquimica/luteina/ https://www.infoescola.com/frutas/damasco/ https://www.infoescola.com/frutas/damasco/ https://www.infoescola.com/frutas/manga/ https://www.infoescola.com/frutas/laranja/ https://www.infoescola.com/plantas/cenoura/ https://www.infoescola.com/frutas/tomate/ https://www.infoescola.com/frutas/tomate/ https://www.infoescola.com/plantas/espinafre/ https://www.infoescola.com/bioquimica/flavonoides/ https://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/arteria/ https://www.infoescola.com/plantas/cebola/ https://www.infoescola.com/frutas/uva/ https://www.infoescola.com/frutas/amora/ https://www.infoescola.com/doencas/osteoporose/ https://www.infoescola.com/cardiologia/doencas-do-coracao/ https://www.infoescola.com/cardiologia/doencas-do-coracao/ https://www.infoescola.com/quimica-organica/tiol/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/enxofre/ https://www.infoescola.com/plantas/couve-flor/ https://www.infoescola.com/plantas/couve/ https://www.infoescola.com/plantas/repolho/ https://www.infoescola.com/plantas/brocolis/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/pressao-arterial/ http://www.cpt.com.br/cursos-plantasmedicinais http://www.cpt.com.br/cursos-plantasmedicinais 6 planta) e produtos do metabolismo secundário (próprios da individualidade das plantas). As substâncias medicinais são, na maioria das vezes, resultantes do metabolismo secundário, relacionado à interação da planta com o meio que a envolve. Além disso, os teores de princípios ativos produzidos por uma planta não são estáveis e não se distribuem de maneira homogênea por suas partes. Eles se distribuem pelos diferentes órgãos das plantas de forma desigual, em função da especialização das células. Sendo assim, estão sempre concentrados em maior quantidade em determinadas partes, que podem ser raízes, folhas, caules, se- mentes ou flores. Por exemplo, o Ginseng concentra seu princípio ativo na raiz. Devemos saber também que a época da colheita interfere no teor de princípios ativos do material. Além disso, as condições do ambiente (solo, clima, entre ou- tros) também afetam esse teor. Os princípios ativos mais importantes são: ácidos orgânicos, alcaloides, antraquinonas, compostos inorgânicos, cumarinas, fla- vonoides, glicosídeos cardiotônicos, mucilagens, óleos essenciais, saponinas, substâncias amargas e taninos. 2. ANÁLISE FITOQUÍMICA As plantas têm sido uma rica fonte para obtenção de moléculas para se- rem exploradas terapeuticamente. Muitas substâncias isoladas de plantas conti- nuam sendo fontes de medicamentos e o interesse da pesquisa nesta área tem aumentado nos últimos anos. Dentre os fatores que têm contribuído para um aumento nas pesquisas está a comprovada eficácia de substâncias originadas de espécies vegetais e por mui- tas plantas serem matéria-prima para a síntese de fármacos. A pesquisa fitoquímica busca conhecer os constituintes químicos das plantas ou conhecer o grupo de metabólitos secundários relevantes nas mesmas. Quando não se dispõe de estudos químicos sobre as espécies de interesse, a 7 análise fitoquímica preliminar pode indicar o grupo de metabólitos secundário relevante da mesma. Caso o interesse esteja restrito a uma classe específica de constituintes ou às substâncias responsáveis por certa atividade biológica, a in- vestigação deverá ser direcionada para o isolamento e a elucidação estrutural da mesma. Os estudos fitoquímicos abrangem a pesquisa de vegetais, e não apenas de plantas medicinais, para obtenção ou desenvolvimento de medicamentos, ou seja, como fonte de matéria-prima farmacêutica, a descoberta de substâncias ativas de plantas como protótipo de fármacos, bem como o desenvolvimento de fitoterápicos. As análises fitoquímicas fornecem informações relevantes da presença de me- tabólitos secundários nas plantas, para que assim possa chegar ao isolamento de princípios ativos importantes na produção de novos fitoterápicos. É uma área multidisciplinar, e tem como objetivo a extração, isolamento, purifi- cação e elucidação estrutural dos constituintes presentes em plantas, e que apresentam atividade biológica. Entre as classes de princípios ativos vegetais podemos citar os metabólitos secundários: alcalóides, cumarinas, esteróides, fla- vonóides, glicosídeos cardioativos, lignanas, óleos essenciais, saponinas, triter- penos, entre outros. 2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PRODUTOS DO METABOLISMO SECUNDÁRIO: - Abundância muito baixa (inferior a 1% do C total); - A estocagem ocorre em uma célula ou tecido específico; - Distribuídos esparsamente nos reinos animal e vegetal, neste caso muitas ve- zes específico para uma espécie de plantas; - Apresentam uma gama de atividades biológicas nas plantas as quais os pro- duzem. 8 O Estudo de produtos naturais (PN) bioativos deve ser feito necessariamente em equipes multidisciplinares. O sucesso do estudo dependerá do conhecimento e compreensão que cada um dos membros da equipe tem dos objetivos e suas etapas. Deve-se evitar super valorização do uso e necessidade de equipamentos Sofisticados, já que, muitas vezes, consegue-se isolamento com técnicas mais simples e baratas. Alguns pontos devem estar esclarecidos entre a equipe de pesquisadores: 1. Qual atividade biológica esperamos? Devemos usar um único ensaio ou mais de um para investigar a bioatividade de interesse? 2. Qual ou quais as técnicas de separação são mais para isolamento se preten- demos fazer a determinação estrutural e realização de testes biológicos em grande escala? 3. Quais são os requisitos mínimos para a elucidação estrutural do composto bioativo? 4. As informações obtidas na separação do composto(s) bioativo(s) de interesse podem ser relacionadas e integradas para o desenvolvimento de um método de detecção e análise dos componentes? Duas questões são fundamentais quando se planeja uma metodologia de extra- ção e isolamento de princípios ativos vegetais: 1. O que eu estou tentando isolar? - Um composto desconhecido responsável por uma atividade biológica em parti- cular. - Um composto já conhecido produzido por um organismo em particular. - Um grupo de compostos dentrode um organismo, os quais estão todos Rela- cionados com uma mesma via metabólica possuindo, por exemplo, uma Estru- tura básica comum. 9 2. Por que eu estou tentando isolar? As razões para uma extração podem ser: - Purificar uma quantidade suficiente do composto para caracterizá-lo parcial- mente ou totalmente. - Fornecer uma quantidade suficiente do composto para permitir a confirmação ou exclusão de uma estrutura proposta. O isolamento de produtos naturais com atividade biológica tem várias vantagens, entre elas podemos destacar: Os compostos puros podem ser administrados em doses reprodutivas e preci- sas. Eles podem levar ao desenvolvimento de métodos analíticos para o composto de interesse ou para uma classe de compostos em particular. - A elucidação estrutural do composto bioativo pode fornecer as bases para: - A produção sintética do composto; - A modificação estrutural visando desenvolver análogos mais efetivos e com menor toxicidade; - O estudo do mecanismo de ação do composto ativo. 2.2. Importância da identificação do material vegetal A identificação segura do vegetal empregado no preparo de fitoterápicos garante o efeito terapêutico pretendido, pois este está relacionado com as propriedades farmacodinâmicas da droga indicada, característica de uma determinada espé- cie. No caso de uma identificação positiva, também o grau de pureza da droga deve ser controlado, avaliando-se não só os princípios ativos como também as possíveis adulterações, falsificações e impurezas. No âmbito de pesquisa em 10 fitoquímica, a identificação positiva e segura da do material vegetal sob investi- gação garante a padronização dos métodos e a reprodutibilidade dos resultados, os quais podem vir a ter aplicação prática. Deve-se, ainda, atentar para o fato de que uma mesma espécie botânica pode possuir diferentes nomes populares ou, ao contrário, diferentes espécies botâni- cas com um mesmo nome popular, segundo a região ou população que as usa. Portanto, é essencial que se prepare uma exsicata para a identificação botânica e que a seleção do material coletado seja feita adequadamente, evitando coletar partes do vegetal afetadas por doenças, parasitas e também materiais estra- nhos, tais como outras plantas ou mesmo partes da própria planta que não sejam de interesse para a investigação. Parte integrante de uma identificação precisa e segura do material a ser utilizado na pesquisa fitoquímica, a determinação da época da coleta e da procedência do material pode evitar divergências na sua análise química, condicionada à sazonalidade e às condições do solo e do ar onde o vegetal cresce. A planta escolhida deve ser seguramente identificada por um botânico ou um técnico especializado. Ao coletar-se uma planta para análise botânica deve-se coletar o material o mais completo possível, com pelo menos um ramo florido com 20 a 30 cm de altura. O material vegetal coletado deve ser distendido e colocado entre folhas de papel absorvente - papel jornal, por exemplo - o conjunto deve ser então acondicionado entre placas de papelão para ser em seguida prensado. A prensa deve ser fir- memente amarrada com cordas. A secagem deve acontecer em estufa a 37ºC por um ou dois dias ou à temperatura ambiente, por um tempo mais longo. Ma- terial suculento necessita de mais tempo para secagem. As seguintes informações devem constar em uma etiqueta que acompanha a exsicata: Nome da Instituição, Número da Amostra e Data da Coleta; Classifica- ção Botânica; Família, Nome Científico (espécie) e Nome Popular; Procedência, Observações, Nome do Coletor e Nome do Especialista que identificou. 2.3. PREPARAÇÃO DO MATERIAL VEGETAL (MV) 11 A utilização de MV fresco pode ser indispensável para a detecção de alguns componentes específicos. Seu emprego traz a vantagem de evitar a presença de substancias oriundas do metabolismo de fenecimento do vegetal. Caso não seja utilizado imediatamente, o MV deve ser processado ou conservado, até a análise posterior. O emprego de MV seco é bastante interessante, devido a sua maior estabilidade química, porém exige cuidados a fim de interromper os processos metabólicos que ocorrem após coleta da planta. 2.4. ESTABILIZAÇÃO E SECAGEM A estabilização do MV impede a atividade enzimática e, assim, evita a alteração dos compostos químicos originalmente presentes no vegetal. Consiste na des- naturação protéica das enzimas celulares, através da destruição das suas estru- turas quaternária e terciária, seja pela ação de agentes desidratantes, tais como etanol, ou por ação do calor. Imersão do MV em etanol em ebulição ou por ope- ração de secagem em alta temperatura (acima de 60ºC) e curto tempo de expo- sição (15 a 30 min). A secagem tem por finalidade a retirada de água e com isso, impedir reações de hidrolise e crescimento microbiano. A umidade residual dependera do tipo de órgão que constitui o MV. Propicia a redução de volume e de peso e facilita a moagem dos materiais. Caracteriza-se pela exposição a temperaturas relativamente baixas, inferiores a 60ºC, e longo tempo de exposição, em torno de 7 dias. A secagem será tanto mais rápida quanto mais dividido estiver o MV, devido a maior superfície de evaporação. Pelo mesmo motivo, o MV devera ser disposto em camadas finas. Pode ser realizada ao ar livre ou em estufas. 12 Ar livre: mais econômica, mas exige maior vigilância para garantir a uniformidade das condições durante a operação. Preferencialmente a sombra, já que a irradi- ação solar pode alterar a constituição química do material. Local seco e livre de insetos ou contaminantes ambientais. Dispor o MV sobre papel para absorção da umidade. Estufas: temperatura constante durante o processo. Ar circulante para evitar a saturação com vapor d’água que vai sendo desprendido do material a secar. 2.5. MOAGEM Tem por finalidade reduzir, mecanicamente, o MV a fragmentos de pequenas dimensões, preparando-o para a extração. O aumento da área de contato entre o MV solido e o liquido extrator torna mais eficiente a operação. A escolha das dimensões mais adequadas depende também da textura do órgão vegetal. Quanto mais rígidos os tecidos, maior será o grau de divisão necessário. Divisão grosseira: seccionamento (tesouras, podões, facas), impacto (redução a fragmentos por meio de choques repetidos, em gral), rasuração (raspadores ou processadores de alimentos). Pulverização: em gral, com opção de emprego de um intermédio para facilitar a pulverização. Em moinhos, de diversos tipos, escolhidos considerando três as- pectos: principio de funcionamento, características do MV, como dureza, elasti- cidade e friabilidade, e as propriedades químicas dos constituintes de interesse. Ideal realizar a pulverização momentos antes da utilização do material vegetal. 3. ANALISE FITOQUÍMICA PRELIMINAR Para algumas substancias, em certos vegetais, podem-se realizar reações de caracterização diretamente sobre os tecidos do MV. Entretanto, na maioria das vezes, para se proceder a caracterização de um determinado grupo de substan- cias presentes em um vegetal, deve-se primeiro extrair essas substancias com um solvente adequado, para então caracterizá-las no extrato. 13 Testes histoquímicos: permitem a caracterização de certos grupos de constituin- tes químicos. Baseia-se na adição de reativos específicos sobre a lâmina com uma secção de amostra, diretamente sobre o MV. Tabela 1: Análise em algumas substâncias. Grupo analisado Reativo Resultado Amido Lugol Coloração azul-violeta Carbonato de cálcio Ácido acético + HCl Efervescência Taninos Cloreto férrico Coloração azul-esverdeada Saponinas Ácido sulfúrico Coloração amarela Lipídeos Sudam III Coloração laranja-avermelhada Fonte: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/analise-fito-quimica/56896 Reações químicas de caracterização: a caracterização dos principais grupos de metabólitos secundários de interesse tem sido conseguida pela realização de reações químicas que resultam no desenvolvimento de coloração ou precipita- ção. Para algumas reações o extrato pode ser utilizado diretamente, para outras o solvente deve ser previamente removido. Essas reações são realizadas em tubos de ensaio ou placas, podendo também ser utilizada a detecção cromatográfica com reagentes específicos. A realização de reações de caracterização diretamente no extrato bruto pode eventualmente mascarar o resultado. O fracionamento do extrato e a realização dos testes nas frações obtidas possibilitam reações mais nítidas. Os roteiros clássicos para análise sistemática de misturas complexas baseiam- se em dois princípios: 14 Partição de substâncias entre duas fases imiscíveis, uma aquosa e outra orgâ- nica; Formação de sais com diferenças de solubilidade em relação as bases ou ácidos que lhes deram origem. Baseiam-se nas propriedades químicas das substancias químicas presentes na droga vegetal. Algumas reações são consideradas especificas, no entanto são pouco eficazes como único método de identificação. 3.1. PRINCIPAIS REAÇÕES: Cumarinas: no extrato pode ser feita pela observação do mesmo sob luz UV 360nm, pois a maioria possui fluorescência azul-brilhante ou verde. Em solução alcalina desenvolvem cor amarela, devido ao rompimento do anel lactonico, que pode ser revertido pela adição de solução acida. Polifenóis: são substancias redutoras e, portanto, oxidam-se com facilidade, re- sultado em substâncias coradas. Oxidantes como o cloreto férrico (FeCl3) são empregados para caracterizacao de polifenois. Positivo: coloração azul ou azul- esverdeada. Cada classe especifica de polifenois pode ser melhor caracterizada com reações especificas: Flavonóides: teste da cianidina ou Shinoda (HCl concentrado e magnésio em pó). Para compostos com nucleo α-benzopirona, desenvolvimento de cor laranja a vermelha. Taninos: reações tradicionais de precipitação com gelatina ou pó-de-pele, sais de alcalóides e metais pesados. Taninos hidrolisáveis e condensados são dife- renciados pela reação de Stiasny (HCl concentrado e formol). Ocorrendo preci- pitação dos condensados. No sobrenadante pode-se detectar os hidrolisáveis com a reação com cloreto férrico, desenvolvimento de cor azul. 15 Antraquinonas: os derivados antraquinonicos ocorrem em vários níveis de oxi- dação e por isso o material deve ser tratado para que ocorra uma oxidação total destes ate antraquinonas, submetendo o ao aquecimento com mistura de KOH 0,5M e peróxido de hidrogênio diluído. Reação de Börntrager que detecta agli- conas antraquinonas e, assim, anteriormente a reação, deve-se proceder a hi- drolise. Triterpenos e esteróides: reação de Liebermann-Burchard (anidrido acético- acido sulfúrico). Triterpenos desenvolvem coloração mutável com o tempo. Es- teróides coloração estável. Reação de Salkowsky (acido sulfúrico concentrado) para esteróides insaturados. Saponinas: teste de formação de espuma, estável na presença de ácidos mine- rais diluídos. Glicosídeos cardiotônicos: reação de Kedde (solução etanolica do acido 3,5-di- nitrobenzoico e KOH alcoólico) para detecção do núcleo esteroidal. Reação de Keller-Killiani (acido acético glacial cloreto férrico e acido sulfúrico concentrado) que detecta presença de lactona insaturada em C-17 e desóxi-acucares. 4. EXTRAÇÃO Antes de executar uma extração deve se levar em consideração uma serie de fatores que interferem na operação: Características do MV: A estrutura histológica das diversas partes componentes de uma planta é bastante heterogênea; existem órgãos, como as raízes e caules, cujos tecidos são extremamente compactados (xilema), ao passo que em folhas e flores os tecidos se apresentam com textura mais delicada. Como o poder de penetração dos solventes depende , entre outros fatores, da consistência dos tecidos que formam o material a extrair, as características do MV influencia dire- tamente na eficiência de extração. Grau de divisão do MV: Influencia diretamente a eficiência de extração. Quanto 16 mais rígido o material a extrair, menor deve ser a granulometria do MV. No geral, o aumento da área superficial conseguida pela diminuição da granulometria do MV favorece uma extração mais eficiente. O meio extrator (solvente): O solvente escolhido deve ser o mais seletivo possí- vel, para conseguir extrair somente as substâncias desejadas ou em maior quan- tidade. Como a seletividade depende da polaridade, o conhecimento do grau de polaridade do grupo de substancias que se deseja preferencialmente extrair de- termina o solvente ou mistura de solventes seletivos para aquela extração. Em análises fitoquímicas, quando não se conhece previamente o conteúdo do MV, costuma-se submeter o MV a sucessivas extrações, com solventes de po- laridade crescente, conseguindo-se assim uma extração fracionada, em que as diferentes frações contem compostos de polaridade também crescente. A extração de determinadas substancias ainda pode ser influenciada pelo pH do liquido extrator. Ex: extração de alcalóides (substancias de natureza alcalina) com soluções ácidas. No geral, praticamente todos os constituintes de interesse para análise fitoquí- mica apresentam alguma solubilidade em misturas hidroetanólicas ou metanóli- cas a 80%, de tal modo que estas costumam ser empregadas com freqüência. Na escolha dos solventes, alem dos fatores relacionados com a eficiência do processo extrativo, devem ainda ser considerados a toxicidade e riscos que seu manuseio representa, a estabilidade das substâncias extraídas, a disponibili- dade e custo do solvente. 5. METODOLOGIA Os fatores relacionados com a metodologia de extração dizem respeito a agita- ção, temperatura e ao tempo necessário para executá-los. Considerando que os processos de extração dependem, em grande parte, de 17 fenômenos de difusão e que a renovação do solvente em contato com as subs- tancias a dissolver desempenha um papel de grande influencia na velocidade da dissolução, pode-se concluir que a agitação pode abreviar consideravelmente a duração de um processo extrativo. O aumento na temperatura provoca um aumento da solubilidade de qualquer substância, motivo pelos quais os métodos de extração a quente são sempre mais rápidos do que aqueles realizados a temperatura ambiente. Entretanto o calor nem sempre pode ser empregado, já que muitas substâncias são instáveis em altas temperaturas. Na escolha do método de extração, deve-se avaliar: a eficiência, a estabilidade das substancias extraídas, a disponibilidade e o custo do processo escolhido, considerando a finalidade do extrato que se quer preparar. Deve-se ainda definir, com maior precisão possível, o que se deseja obter, já que a composição química dos MVs é extremamente complexa e ocorre a extra- ção concomitante de vários tipos de substâncias, farmacologicamente ativas ou não, desejadas ou não. Assim, levando-se em consideração os fatores envolvidos no processo extrativo, pode-se escolher o método e o solvente que serão empregados. 6. MÉTODOS DE EXTRAÇÃO SÓLIDO LÍQUIDO 6.1. EXTRAÇÕES A FRIO Turbolização: A redução drástica do tamanho das partículas e o conseqüente rompimento das células favorecem a rápida dissolução das substâncias ativas, resultando em tempos de extração de minutos e quase esgotamento da droga. Os equipamentos turboextratores estão disponíveis em diversos tamanhos e em 18 laboratório, para pequenas quantidades, utiliza-se o liquidificador, sempre aten- tando para a estabilidade da solução extrativa. Alem da eficiência do método, somam-sea simplicidade, rapidez e versatilidade, que permitem a fácil utilização dessa técnica em processamentos de pequena e media escala. Inconvenientes: difícil separação da solução extrativa por filtração, geração de calor durante o procedimento, que obriga a controlar a temperatura, restringindo o emprego de líquidos voláteis e a limitação da técnica, quando se trata de caules, raízes ou materiais de elevada dureza. Maceração: A extração do MV se da em recipiente fechado, em temperatura ambiente, durante período prolongado (horas ou dias), sob agitação ocasional e sem renovação do liquido extrator. Não conduz ao esgotamento do MV, seja devido a saturação do liquido extrator ou ao estabelecimento de um equilíbrio difusional entre o meio extrator e o interior da célula. Principais fatores que influ- enciam o processo: MV (quantidade, natureza, teor de umidade, tamanho de partícula, capacidade de intumescimento); Líquido extrator (seletividade, quanti- dade); Sistema (proporção droga: liquido extrator, temperatura, agitação, pH, tempo de extração). Preferencialmente para MV ricos em substancias ativas e que não apresentam uma estrutura celular, como goma, resinas e alginatos. Uti- lizada para preparação de tinturas em homeopatia, tinturas oficinais. Líquidos extratores preferenciais são o etanol e misturas hidroetanólicas. Não se reco- menda a utilização de misturas hidroetanólicas inferiores a 20%, para evitar pro- liferação microbiana. Líquidos muito voláteis são raramente utilizados. Percolação: Tem como característica a extração exaustiva das substancias ati- vas. O MV moído é colocado em recipiente cônico ou cilíndrico (percolador), de vidro ou de metal, através do qual é feito passar o liquido extrator. O produto obtido denomina-se percolado. É uma operação dinâmica, indicada na extração de substâncias farmacologicamente muito ativas, presentes em pequenas quan- tidades ou pouco solúveis e quando o preço da droga é relevante. 6.2. EXTRAÇÕES EM SISTEMAS ABERTOS 19 Infusão: A extração do MV utilizando como solvente água fervente, durante certo tempo, e recipiente tapado. É aplicável a partes de vegetais de estrutura mole, as quais devem ser contundidas, cortadas ou pulverizadas grosseiramente para facilitar a extração. Decocção: Consiste em manter o MV em contato, durante certo tempo, com um solvente (normalmente água) em ebulição. Tem emprego restrito, pois muitas substâncias ativas são alteradas por aquecimento prolongado. Costuma-se em- pregar para MV duros e de natureza lenhosa. 6.3. EXTRAÇÕES A QUENTE EM SISTEMAS FECHADOS Extração sob refluxo: Consiste em submeter o MV a extração com um solvente em ebulição, acoplado a um condensador, de forma que o solvente evaporado durante o processo seja recuperado e retorne ao conjunto. Precauções com a termolabilidade de algumas substâncias devem ser observadas. Extração em aparelho de Soxhlet: Útil para extrair sólidos com solventes voláteis, empregando o aparelho de Soxhlet. Em cada ciclo o MV entra em contato com solvente renovado, assim possibilita uma extração altamente eficiente, empre- gando uma quantidade reduzida de solvente, em comparação com outros pro- cessos extrativos. 7. FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 7.1. FRACIONAMENTO Para o fracionamento pode-se utilizar diferentes técnicas: 20 - A partição líquido – líquido, que explora a imiscibilidade de alguns solventes orgânicos com água; - A partição ácido-base; - A cromatografia de coluna, às vezes sob pressão (freqüentemente dispensá- vel), que está fundamentada na capacidade de um eluente (uma mistura de sol- ventes em proporções definidas) de deslocar, arrastando sucessivamente, subs- tâncias, que se adsorvem ao suporte inerte segundo suas polaridades. A partição líquido-líquido é bastante utilizada para fracionamento de extratos ve- getais e implica uma dissolução seletiva e distribuição entre as fases de dois solventes imiscíveis, visando uma separação (semipurificação) das substâncias através de suas polaridades. A eficiência da extração entre as fases depende da afinidade do soluto pelo solvente de extração, da razão das fases e do número de extrações. Os melhores rendimentos são obtidos quando o volume total de solvente a ser utilizado na partição é dividido em alíquotas. A concentração de cada um dos componentes em cada fase esta relacionada com o coeficiente de partição ou distribuição apresentado por cada substância. Melhores rendimentos são obtidos quando o volume total de solvente a ser utili- zado na partição é dividido em alíquotas. Esse fracionamento por partição, que é um método de extração liquido/liquido, é realizado em funil de separação. Já a partição ácido-base acontece por formação de sais com diferenças na so- lubilidade em relação as bases ou ácidos que lhes deram origem, podendo se- parar os sais da substancia de interesse em certas condições. Ex: extração de alcalóides, onde se obtém uma mistura bruta doa alcalóides totais da droga ve- getal que posteriormente pode passar por procedimentos de isolamento e iden- tificação estrutural de cada alcalóides em particular. A cromatografia de coluna de uma mistura complexa de substâncias químicas pode fornecer, em etapas iniciais, frações semipurificadas, que separadamente 21 podem ser analisadas quanto a sua constituição química e atividade biológica. Então, somente as frações de interesse são submetidas a técnicas de isola- mento e identificação. Uma vez que se obtêm frações semipurificadas, os métodos de partição elimi- nam uma grande parte do material indesejado. O fracionamento de extratos vegetais com objetivos de isolamento de substân- cias químicas pode ser monitorado: Por ensaios direcionados para avaliação da atividade biológica 8. MONITORAMENTO DAS FRAÇÕES POR CROMATO- GRAFIA (CCD, CLAE/UV, CLAE/EM, CLAE/RMN) A utilização da cromatografia possibilita direcionar as operações de fraciona- mento para o isolamento dos compostos considerados de maior interesse em função dos dados obtidos. Pode-se iniciar o fracionamento de um extrato vegetal através da partição por solventes orgânicos de polaridade crescente ou através de partição ácido-base. A partição implica uma dissolução seletiva e distribuição entre as fases de dois solventes imiscíveis, podendo ser aplicado para separação de componentes de uma mistura. A concentração de cada um dos componentes em cada fase esta relacionada com o coeficiente de partição ou distribuição apresentado por cada substancia. Melhores rendimentos são obtidos quando o volume total de solvente a ser utili- zado na particao é dividido em alíquotas. Esse fracionamento por partição, que é um método de extração liquido/liquido, é realizado em funil de separação. 22 Já a partição ácido-base acontece por formação de sais com diferenças na so- lubilidade em relação as bases ou ácidos que lhes deram origem, podendo se- parar os sais da substancia de interesse em certas condições. 9. SEPARAÇÃO E ISOLAMENTO (MÉTODOS CROMA- TOGRÁFICOS) Basicamente, a metodologia mais amplamente utilizada para isolamento de me- tabolitos secundários é a seguinte: O extrato selecionado deverá ser submetido à diferentes técnicas cromatográfi- cas. A princípio, é geralmente empregada a cromatografia em coluna aberta (CC), com sílica gel como fase estacionária, onde, dependendo do extrato, a mesma é eluída com uma mistura de solventes que deve ser previamente deter- minada por cromatografia em camada delgada (CCD). Outros suportes croma- tográficos podem ser usados, como alumina, celulose, poliamida e sephadex®. As frações obtidas devem ser reunidas segundo seu perfil cromatográfico, veri- ficado por CCD. Em muitos casos, se obtém compostos puros numa única CC, ou utilizandoa cromatografia “flash”60 ou ainda após uma simples recristaliza- ção da substância isolada. As frações reunidas, se ainda não estiverem puras, devem ser novamente submetidas à CC ou, dependendo da complexidade da mistura, à técnicas cromatográficas especiais, como cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), cromatografia de contra-corrente (CCC), etc. Portanto, os métodos cromatográficos são os procedimentos de separação e isolamento mais amplamente utilizados. Servem, também, para fins de identifi- cação e análise de misturas e de substâncias isoladas (cromatografia analítica) além de isolamento de compostos (cromatografia preparativa). Uma vez isolados os compostos ativos, deve-se proceder a elucidação estrutural dos mesmos. Uma ferramenta que seria importante para a identificação rápida e eficiente de misturas, consiste no uso de cromatografia gasosa ou cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao espectrômetro de massa, onde grande 23 parte dos componentes de uma mistura pode ser identificada e quantificada. Cromatografia A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamen- tada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre de- vido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel (FM) e a fase estacionária (FE). A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplica- ção. A FE pode encontrar-se empacotada em coluna (aberta ou fechada) ou constituir uma superfície plana, como na cromatografia em papel ou CCD. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por com- paração com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura. 10. ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL Entre os métodos de analise para determinação estrutural utilizados atualmente estão: a espectrometria de massas, a espectroscopia no UV, no visível e no in- fravermelho, a ressonância magnética nuclear de próton e carbono 13. A interpretação de cada um desses espectros pode fornecer diferentes informa- ções qualitativas e quantitativas a respeito da estrutura da substância. Geral- mente, com o conjunto de dados espectrais o pesquisador consegue elucidar completamente a estrutura de uma substancia desconhecida. Servem também como instrumentos importantes para a avaliação de qualidade de fitoterápicos, tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo. O espectro de absorção se uma substancia no UV indica a presença de certos grupos funcionais, bem como a posição dos constituintes no esqueleto da molé- cula. Assim, por exemplo, os espectros de UV de flavonóides proporcionam in- formações obre a presença e a posição de grupamentos hidroxila no sistema de 24 anéis, ao mesmo tempo que possibilitam a diferenciação entre os vários tipos de flavonóides. O espectro de IV de uma substância orgânica corresponde ao conjunto de ban- das de absorção apresentadas pela amostra submetida a radiação IV e estas bandas correspondem as mudanças na energia vibracional dos compostos or- gânicos. A energia seletivamente absorvida da radiação IV provoca alterações transitórias nas ligações interatômicas, que podem sofrer estiramentos ou defor- mações nos ângulos de ligação. As freqüências em que ocorrem as vibrações dependem da natureza das ligações em particular, e afetadas também pela vizi- nhança química e pela molécula como um todo. Se um espectro de IV de uma substancia desconhecida for sobreponível ao de uma amostra autentica conhe- cida isso pode servir como uma prova de identidade. O espectro de massas (EM) pode fornecer importantes informações relaciona- das com a estrutura, como massa molecular e padrões de fragmentação. O peso molecular estabelece a formula molecular da substancia, e o padrão de fragmen- tação pode ajudar a caracterizar a presença, bem como a localização de certos grupos funcionais e cadeias laterais. O espectrômetro de massas pode ser aco- plado ao CLAE e ao CG, que permitem tanto a identificação quanto a quantifica- ção de componentes de baixo peso molecular, mesmo em misturas complexas. A RMN é extremamente útil na determinação estrutural de compostos orgânicos, contribuindo para o estabelecimento do esqueleto da molécula. Submete-se a amostra a um campo magnético externo, de forma que determinados núcleos que apresentam um momento magnético nuclear (núcleos com numero de massa impar como 1H, 13C, 31P) podem entrar em ressonância com a radiofre- qüência aplicada, absorvendo energia eletromagnética em freqüências caracte- rísticas para cada núcleo, conforme sua vizinhança química. É importante para a elucidação estrutural de praticamente todas as classes de produtos naturais, incluindo metabolitos secundários vegetais. Espectros de RMN de 1H e 13C são os mais utilizados e sua interpretação per- mite caracterizar o numero e o tipo de átomos de H e C, em função da localização 25 e do desdobramento dos sinais correspondentes a absorção de energia eletro- magnética. A grande variedade de técnicas disponíveis de RMN (COSY, NOESY, HETCOR, HMBC, INEPT, INADEQUATE, COLOC, etc) permite identi- ficar a proximidade espacial ou mesmo a conectividade de alguns átomos em particular, auxiliando, dessa maneira, na montagem da molécula. A determinação da atividade óptica e a cristalografia por raios-X podem ser ne- cessárias para o estabelecimento da estereoquímica de moléculas apresen- tando centros de assimetria. O conjunto de informações obtidas através da interpretação de diferentes espec- tros que se consegue estabelecer, de forma inequívoca, as estruturas de molé- culas desconhecidas. 11. PARTE EXPERIMENTAL: PRINCIPAIS CUIDA- DOS E DIFICULDADES Um dos fatores importantes no estudo de plantas consiste na experiência dos pesquisadores envolvidos. Muitas vezes, a falta de experiência leva a erros que podem tanto comprometer os resultados experimentais como dispender maior tempo e recursos e não atingir os objetivos almejados. Assim, pode-se enumerar alguns cuidados que devem ser tomados em laboratório quando se busca obter compostos bioativos: 1) Seleção do material vegetal: Um dos cuidados que deve ser levado em con- sideração envolve informações sobre possíveis efeitos tóxicos da planta a ser selecionada. Plantas que tenham o nome popular de mata-boi, mata-cavalo, etc, devem ser vistas com restrições, já que a presença de constituintes tóxicos pode comprometer todo o estudo realizado. A planta a ser investigada deve ser clas- sificada com segurança e a coleta deve ser feita com muito cuidado para não serem agregadas outras espécies diferentes. Também deve ser levada em con- sideração a quantidade de planta que viceja no local de coleta, para que os es- tudos não fiquem prejudicados. A secagem, em estufa (40 ºC) ou à sombra à 26 temperatura ambiente deve ser procedida logo após a coleta para evitar a proli- feração de fungos. Caso se deseje armazenar o material vegetal, o mesmo pode ser acondicionado em freezer. Na preparação dos extratos, a planta deve estar completamente fresca ou totalmente seca para definir com melhor exatidão o rendimento tanto da massa bruta como dos constituintes químicos. 2) Solvente: A escolha do solvente é de fundamental importância tanto para a obtenção de extratos como para utilizá-lo como eluente em cromatografia em coluna. Impurezas, como ftalatos, usados como estabilizantes de plásticos, po- dem ser transferidas para o extrato e também dificultar o isolamento dos consti- tuintes naturais. Outro aspecto que deve ser verificado é a presença de água, que influencia significativamente nas separações cromatográficas. A formação de artefatos na preparação de extratos é muitocomum. Isto ocorre, geralmente, quando se aquece demais determinado extrato ou se usa um solvente inade- quado para extração. Por exemplo, o clorofórmio, que geralmente contém HCl, quando usado para extração, pode fornecer produtos não naturais formados pela ação do ácido. A acetona também deve ser usada com restrição, já que pode reagir com alguns compostos que contém o grupo amino. 3) Testes biológicos: A avaliação dos efeitos biológicos tanto “in vitro”como “ in vivo” depende de vários fatores, tanto estruturais quanto experimentais. É es- sencial que a Instituição de pesquisa possua um bom biotério e um laboratório exclusivo para a realização dos experimentos, e a escolha dos modelos deve ser de maneira que possam ser reproduzidos corretamente e evitados os resultados falso-positivos. Os experimentos devem ser repetidos várias vezes para se obter dados estatísticos que comprovem a eficácia do material testado. 12. PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS Princípio ativo de medicamento fitoterápico - substância, ou classes quí- micas (ex: alcalóides, flavonóides, ácidos graxos, etc.), quimicamente caracteri- zada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento fitoterápico. 27 A atividade de uma planta pode estar associada a uma molécula pura ou ao conjunto de moléculas que esta contém em seu estado natural (fitocomplexo). Assim, apresentam-se na seqüência alguns dos principais grupos de princípios ativos, os quais tem maior interesse para a terapêutica. 12.1. ALCALÓIDES Formam um grupo heterogêneo, e muitas vezes apresentam uma elevada toxicidade. É a mais importante fonte de fitofármacos por possuírem forte ativi- dade biológica. São substâncias naturais básicas, derivadas de aminoácidos, com um ou mais átomos de nitrogênio heterocíclico. Tem uma distribuição taxo- nômica delimitada e na planta possuem várias funções, dentre as quais: prote- ção contra insetos e herbívoros, bloqueio metabólico de detoxificação, fator de regulação de crescimento, reserva de nitrogênio e outros elementos necessários ao crescimento da planta. 12.2. GLICOSÍDEOS São compostos formados por uma parte glicona (açúcar) e uma aglicona. Do ponto de vista biológico são responsáveis, nas plantas, por funções regula- tórias, protetoras e sanitárias. Existe uma enormidade de compostos com ativi- dade farmacológica e são de difícil classificação. Se levado em consideração a parte glicona, teremos um grande número de açúcares raros, se considerado a parte aglicona, abordaria praticamente todos os demais grupos de constituintes químicos vegetais. Por isso prefere-se classificá-los pelo interesse farmacoló- gico. Os de maior destaque são: a) Flavonóides: Podem também ser encontrados na forma livre ou na forma de heterosídeos (glicosídeos), sendo o grupo mais amplo dos fenóis. Pos- suem atividade antiinflamatória, antialérgica, antitrombótica e vasoprotetora, além de ação protetora da mucosa gástrica. São conhecidos mais de 2000 fla- vonóides e sua nomenclatura deriva do latim flavus, que significa amarelo. Na 28 fitocosmética destacam-se suas propriedades vasoprotetoras e antioxidantes. No reino vegetal tem finalidade de atrair polinizadores por concederem cores às plantas, mas aparentemente possuem também ação protetora às radiações além de propriedades antioxidantes de proteção ao metabolismo vegetal. Antocianidinas: Um grupo de flavonóides que merece destaque, cuja no- menclatura é derivada do grego antho-, flor, r kyannus-, azul. São pigmentos encontrados na seiva e a cor do órgão é determinada pelo pH da seiva. O azul de determinadas flores e o vermelho das rosas pode ser devido ao mesmo gli- cosídeo, em pH diferente. Suas principais características terapêuticas relacio- nam-se às suas propriedades vasoprotetoras e antioxidantes. b) Saponinas: Possuem estrutura esteroidal ou triterpênica e em algumas plantas possuem propriedade hemolítica. Suas atividades terapêuticas estão re- lacionadas às propriedades diuréticas, digestivas, antiespasmódicas e como fonte de vitamina P. As saponinas são compostos não nitrogenados que se dis- solvem em água originando soluções espumantes. Assim, apresentam a propri- edade de emulsionar óleos e de produzirem hemólise. Quimicamente, consti- tuem um grupo heterogêneo, sendo classificados em glicosídeos saponosídicos do tipo esteróide e do tipo triterpênico. c) Antraquinonas: Compostos coloridos com propriedades laxantes ou purgantes dependendo da dose. Em doses altas provocam irritação intestinal, dores intensas e hipotensão. d) Cardiotônicos: Estimulam a contratilidade cardíaca, regulando a con- dução elétrica, sem alterar o ritmo cardíaco. Deve-se ter cuidado com emprego concomitante com cálcio; adsorventes (carvão vegetal, antiácidos) e diuréticos hipocalcemiantes (aumentam a toxicidade). Taninos: São substâncias complexas presentes em inúmeros vegetais, as quais têm a propriedade de se combinar e precipitar proteína da pele animal. Normalmente são encontrados nas folhas, frutos e sementes e classificados como taninos hidrolisáveis e condensados. Sendo substâncias adstringentes e hemostáticas suas aplicações terapêuticas estão relacionadas com estas propri- edades. Pesquisa mais recentes tem destacado seu uso como antioxidantes. Mucilagens: Também denominados polissacarídeos, são macromolécu- las formadas por polímeros de ácido urônico. Podem ser extraídas de algas, ma- 29 deira (celulose e derivados), seivas de árvores (goma arábica e goma adra- ganta), grãos e sementes (pectinas e goma Guar), e folhas (gel de Aloe). Os polissacarídeos têm grande capacidade de absorver água, formando uma matriz hidrofílica. São geralmente sólidos em pó, dispersíveis em água morna sob forte agitação e insolúveis em álcool. Apresentam propriedades umectantes e espes- santes. Terpenos: Compostos basicamente presentes nos óleos essenciais. Os óleos essenciais, ou essências são princípios aromáticos encontrados em dife- rentes órgãos vegetais. Por evaporarem quando expostos ao ar em temperatura ambiente, são também chamados óleos voláteis ou óleos etéreos e esta carac- terística é que confere o odor característico dos vegetais, tanto para atração dos polinizadores como repelente de insetos e herbívoros. Quimicamente, são mis- turas de diversos compostos, os quais podem ser divididos em dois grandes gru- pos: os derivados terpênicos (mentol e citronelol) e os derivados do fenilpropano (anetol e eugenol). As principais características farmacológicas dos terpenos ou óleos essenciais estão relacionadas ao emprego como antisséptico, anti-infla- matório e antipirético. Fitormônios: Nas plantas, os fitormônios possuem atividade biológica em diversos processos, incluindo crescimento, florescimento, amadurecimento de frutos e outros. Em 1926 surgem as primeiras comprovações científicas da ativi- dade estrogênica de hormônios vegetais. Entre os compostos com atividade es- trogênica, chamados fitoestrógenos, estão as isoflavonas, os lignanos e os cou- mestanos. As isoflavonas ganharam destaque entre os fitoestrógenos depois que estudos apontaram que as populações asiáticas apresentam menor incidên- cia de sintomas do climatério, da menopausa, câncer de mama, perda óssea e doenças cardiovasculares, em função de sua dieta rica em isoflavonas, compos- tos fenólicos. Atuam principalmente por competição no sítio de ação ou similari- dade estrutural. 30 13. PROCEDIMENTOS GERAIS PARA A OBTEN- ÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS DE PLANTAS Embora uma planta possa conter centenas de metabólitos secundários, apenas os compostos presentes em maior concentração são geralmente isola- dos e estudados pela fitoquímica clássica. A análise de substâncias ativas é muito mais complexa e longa, já que geralmente os compostospresentes em menor proporção na planta são os que apresentam melhores efeitos biológicos. Por isto a necessidade de um trabalho em colaboração mais ampla entre quími- cos e farmacólogos para a análise de extratos, onde se obtém extratos semi- puros, frações e finalmente, os compostos puros. Neste sentido, torna-se indis- pensável a análise da potência das frações e das substâncias puras em relação à sua concentração. Esta avaliação permite predizer se o principal componente químico responsável pela atividade biológica foi realmente determinado. Desta forma, para se obter substâncias puras dotadas de efeitos biológicos, são reque- ridos, além da dedicação e da determinação dos pesquisadores, uma ampla co- laboração multidisciplinar. A figura 2 ilustra algumas etapas básicas que podem ser seguidas quando se procura obter princípios ativos de plantas. O fundamento básico deste procedimento consiste no fato de que toda substância, indepen- dente de sua proporção na planta, e de ser conhecida ou não, pode ser um prin- cípio ativo. Figura 2: Procedimentos gerais para a obtenção de compostos biologicamente ativos. 31 Fonte: https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n1/3475.pdf 14. AÇÕES TERAPÊUTICAS - Alcaloides: São calmantes, sedativos, estimulantes, analgésicos, anestésicos . As plantas mais ricas em alcaloides são: café, guaraná, trombeteira, jaborandi. - Mucilagens: Cicatrizantes, anti-inflamatórias, laxativas, expectorantes e anti- espasmódicas. São encontradas no bálsamo (cotyledon orbiculata). - Antraquinonas: Purgantes ou laxantes, digestivas, coleréticas e colagogas. São encontradas na babosa (aloe vera). - Flavonoides: Diuréticos, anti-inflamatórios, expectorantes, antiespasmódicos, tônico cardiocirculatório. São encontrados na arruda. - Glicosídios cardiotônicos e cardioativos: Dilatadores de coronárias, anties- cleróticos, fortalecem os vasos capilares. Aumentam a força contrátil do coração, regulando o seu ritmo. São encontrados na dedaleira (digitalis lanata). - Cumarinas: Anticoagulantes, antiespasmódicas, antibióticas e venotônicas . São encontradas na alfazema. - Saponinas: Diuréticas, cicatrizantes, analgésicas e expectorantes . São en- contradas na buchinha-do-norte (luffa operculata). - Taninos: Adstringentes, hemostáticos, antissépticos, tonificantes e antimicro- bianos. As plantas mais ricas em taninos são: avenca, carvalho, castanheiro, chá-preto, hamamélis, morangueiro (folhas), nogueira. - Óleos essenciais: Bactericidas, antiviróticos, cicatrizantes, analgésicos, rela- xantes, expectorantes, antiespasmódicos. Os principais são timol (tomilho), ci- neol (eucalipto), limoneno (limoeiro) e mentol (laranja). https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n1/3475.pdf 32 - Resinas: Purgantes, antissépticas urinárias, antiespasmódicas, rubefacientes e antirreumáticas. São obtidas por meio da incisão do caule de diversas plantas (copaíba, abeto , entre outros). 15. 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