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INTRADERMOTERAPIA_-PREENCHIMENTO-FACIAL_-TOXINA-BOTULINICA_-CARBOXITERAPIA_-MICROAGULHAMENTO-E-CRIOLIPOLISE

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 4 
2 ENVELHECIMENTO FACIAL .............................................................. 5 
3 FLACIDEZ FACIAL .............................................................................. 8 
3.1 Flacidez tissular facial ................................................................... 9 
3.2 Flacidez muscular facial .............................................................. 12 
4 TÉCNICAS INVASIVAS PARA LIFTING FACIAL .............................. 16 
5 INTRADERMOTERAPIA ................................................................... 19 
6 PREENCHIMENTO ........................................................................... 21 
7 PREENCHIMENTO FACIAL .............................................................. 23 
7.1 Tipos de preenchimentos faciais ................................................. 24 
8 TOPOGRAFIA FACIAL DAS ÁREAS DE INJEÇÃO DE 
PREENCHEDORES E SEUS RISCOS ................................................................. 30 
8.1 Divisão da face ............................................................................ 31 
8.2 Estruturas Anatômicas da Face .................................................. 40 
8.3 Procedimentos Injetáveis de Harmonização Facial ..................... 44 
9 ÁCIDO HIALURÔNICO ..................................................................... 46 
9.1 Riscos Inerentes aos Procedimentos Injetáveis de Harmonização 
Facial.......................... ....................................................................................... 51 
10 TOXINA BOTULÍNICA .................................................................... 52 
Indicações ............................................................................................. 56 
10.1 Como age a toxina botulínica ..................................................... 57 
10.2 Tratamento ................................................................................. 58 
10.3 Modo de Aplicação ..................................................................... 59 
 
3 
 
10.4 Efeito colateral ............................................................................ 60 
10.5 Cuidados e contraindicações ...................................................... 60 
11 CARBOXITERAPIA ........................................................................ 62 
12 MICROAGULHAMENTO ................................................................ 64 
12.1 Como funciona ............................................................................ 66 
12.2 Tratamento ................................................................................. 67 
12.3 Finalização .................................................................................. 69 
12.4 Sobre as agulhas ........................................................................ 69 
12.5 Indicação .................................................................................... 70 
13 CRIOLIPOLISE .............................................................................. 71 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 ENVELHECIMENTO FACIAL 
 
Fonte: sumayamattar.med 
O envelhecimento é um processo natural e gradual, que representa uma 
etapa da vida e consiste em várias mudanças físicas, psicológicas e sociais 
causadas pelo desgaste das estruturas físicas, mentais e cognitivas (ANDRADE et 
al., 2020). 
Segundo Andrade (2018), o envelhecimento intrínseco é previsível e 
inevitável, sendo causado por múltiplos fatores, como envelhecimento celular, 
encurtamento dos telômeros, mutações do DNA mitocondrial e estresse oxidativo. 
Além disso, com o envelhecimento, o envelhecimento diminuirá gradualmente. A 
partir dos 20 anos de idade, os hormônios são secretados, resultando em pele seca, 
rugas e perda de colágeno e elasticidade. 
Já o envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento é um conjunto de 
mudanças causadas pela somatória das alterações induzidas 
principalmente por fatores ambientais, como a exposição crônica à 
radiação ultravioleta (UV). A radiação UVA (320-400nm) induz 
modificações na derme relacionadas ao processo e progressão do 
 
6 
 
envelhecimento, enquanto os raios UVB não têm capacidade de penetrar 
além da epiderme e produzem dano apenas nos queratinócitos e 
melanócitos. A luz infravermelha, por sua vez, também tem efeito sobre a 
epiderme e a derme (FISHER et al., 2002 apud ANDRADE et al, 2020). 
Como um sinal visual do processo de envelhecimento, há cabelos grisalhos 
e / ou calvície; redução na altura e formato facial dos idosos (aumento do diâmetro 
do crânio, nariz e amplitude da orelha), redução da espessura e perda da 
capacidade de suporte da pele, perda de luminosidade , secura da pele, 
aparecimento de rugas, flacidez do tecido, amarelecimento, atrofia, pigmentação e 
mudanças na composição corporal, aumento do tecido adiposo e diminuição do 
tecido muscular e ósseo (ANDRADE et al, 2020). 
Andrade (2020) observa que o rosto apresenta sinais precoces de 
envelhecimento, as rugas são causadas pela redução na camada mais profunda de 
gordura, pela redução do tamanho das células que compõem a derme e do teor de 
água, além das alterações no colágeno e elástico fibras. 
O corpo humano possui mecanismos antioxidantes, mas eles não são 
capazes de funcionar adequadamente há muitos anos, levando ao envelhecimento 
celular. Desta forma, o fotoenvelhecimento pode ser mediado pela absorção direta 
de raios ultravioleta e reações fotoquímicas mediadas por espécies reativas de 
oxigênio. As espécies reativas de oxigênio oxidam componentes celulares como 
proteínas, lipídios e DNA, aumentando assim a produção de espécies mais reativas 
de oxigênio um ciclo de feedback negativo (ANDRADE et al, 2020). 
A pele é o maior órgão do corpo humano, com aproximadamente 2m2 de 
área, e é constituída por 3 grandes camadas de tecidos: epiderme, derme 
e hipoderme. A epiderme é composta por uma camada externa, 
denominada estrato córneo, que protege o corpo do ressecamento e da 
invasão por agentes danosos. Internamente a epiderme é composta por 
queratinócitos, pequenas populações de células de Langerhans, 
melanócitos e células de Merkel. Ocorrem alterações ao longo do tempo 
na epiderme, geradas pelo envelhecimento, que causam alterações 
funcionais no estrato córneo, que se torna mais seco, menos flexível e com 
menor poder de absorção (COUTEAU; COIFFARD; SÉBILLERIVAIN, 
2006 apud ANDRADE et al, 2020). 
 
 
7 
 
 
Fonte: PESSIM, 2020. 
A derme ou camada média consiste predominantemente em tecido 
conjuntivo, mas também contém apêndices, que incluem glândulas sudoríparas e 
unidades de glândulas sebáceas, bem como vasossanguíneos e nervos. A derme 
é dividida em duas camadas, a papilar e a reticular, e é composta por quatro 
componentes produzidos pelos fibroblastos segundo Andrade (2020): 
a) as fibras de colágeno que são responsáveis pela resistência da pele à 
tensão e tensão e oferecem proteção contra traumas externos. 
b) fibras elásticas, responsáveis pela elasticidade da pele; 
c) glicoproteínas não colagênicas ajudam no aparelhamento da matriz 
extracelular (MEC); 
d) macromoléculas de proteoglicano / glicosaminoglicano, que são 
responsáveis pela hidratação da pele, e o ácido hialurônico (HA) é o atuante 
hidrofílico mais importante entre esses componentes; 
Os fibroblastos são o principal componente celular da derme, sendo a 
disfunção fibroblástica e a diminuição da atividade biossintética importantes fatores 
envolvidos no processo de envelhecimento da pele. Com a idade, o número dessas 
 
8 
 
células diminuirá, resultando em uma diminuição na produção de ácido hialurônico, 
colágeno e outros componentes da matriz extracelular, e um aumento na produção 
de enzimas, levando ao colágeno por divisão celular (ANDRADE et al, 2020). 
2 FLACIDEZ FACIAL 
 
Fonte: clinicaeduardocolacio.com 
A flacidez é uma das disfunções estéticas que pode acometer a região 
facial. Caracteriza-se pelo aspecto de tecidos frouxos e é ocasionada por alterações 
na estrutura e no funcionamento dos tecidos. Essa disfunção pode apresentar-se 
de duas formas distintas: a flacidez muscular e a flacidez tissular, sendo muito 
comum que os dois tipos apareçam de maneira associada. É causada por uma série 
de fatores, que envolvem desde o processo intrínseco de envelhecimento, que 
causa a redução de algumas atividades fisiológicas nos tecidos, até alguns fatores 
externos, que podem agravar ou piorar o quadro de flacidez (MATIELLO, 2019). 
Segundo Matiello (2019) a flacidez é definida como a qualidade ou o estado 
de fl ácido, frouxo, mole ou lânguido dos diferentes tecidos da face. Quanto à 
fisiopatologia, é causada por uma série de alterações nos tecidos locais, que, além 
 
9 
 
de apresentarem alterações na estrutura e no funcionamento, passam a gerar 
alterações no aspecto do tecido. 
Conforme aponta Macário (2014) apud Matiello (2019), os tecidos da face 
perdem elasticidade, aumentando, assim, a fragilidade, e sofrem, ainda, atrofia, 
redução na quantidade de vasos sanguíneos, colágeno e elastina. Esta perda e 
redução das atividades dos diferentes elementos da face faz a rede de estruturas 
da região tornar-se menos densa, reduzindo a firmeza entre as células e, por 
conseguinte, surgindo o aspecto de pele frouxa. Esses sinais podem acometer tanto 
o tecido cutâneo quanto o muscular. Quando as alterações acometem o tecido 
muscular, a flacidez é chamada de muscular, e, quando acomete o tecido cutâneo, 
a flacidez recebe o nome de flacidez tissular, também chamada de cutânea. 
2.1 Flacidez tissular facial 
 
A flacidez facial, chamada de tissular, ocorre quando há uma desordem nas 
estruturas de sustentação dos tecidos localizados na pele. Essa desordem é 
representada pelo decréscimo na quantidade de fi bras de colágeno e elastina, com 
redução na oxigenação tecidual e no metabolismo da pele. Um dos sintomas mais 
comuns da flacidez tissular é a ptose. Kede e Sabatovich (2015) definem a ptose 
como a queda ou o posicionamento anormal de tecidos em virtude do relaxamento 
de seus meios de sustentação (MATIELLO, 2019). 
Segundo Matiello (2019) estes sinais de flacidez que acometem a face não 
se restringem apenas a ela. A flacidez tissular se estende normalmente para a 
região do pescoço e do colo, ocorrendo a perda da definição da mandíbula e do 
ângulo cervicomental, com sinais de flacidez da região cervical (pescoço), gerando 
o aparecimento de sinais, como a chamada “papada”. Em condições naturais, a pele 
possui colágeno e elastina em sua estrutura, o que garante a ela resistência e 
flexibilidade. Entretanto, alguns agentes causais podem afetar as fibras de 
 
10 
 
sustentação da pele, de colágeno e elastina e, ainda, as células chamadas de 
fibroblastos. 
Nos casos de flacidez tissular, as fibras de elastina encontram-se em 
quantidade diminuída, ao passo que as fibras de colágeno se encontram mais 
espessas. Esta condição fisiopatológica gera a perda da capacidade da pele de se 
distender e retornar ao normal. Esta perda da elasticidade e extensibilidade da pele 
nos casos de flacidez tissular podem ser classificadas em diferentes fases, de 
acordo com o nível de acometimento, sendo classificadas em fases: elástica, de 
flutuação, plástica e de ponto de ruptura. Na fase chamada de elástica, a pele é 
distendida, porém, quando a tensão é cessada, a pele volta ao seu estado natural. 
Na fase de flutuação, a pele sofre a distensão, e, ao cessar a tensão, a pele não 
volta totalmente ao normal, sendo evidenciadas pequenas alterações (MATIELLO, 
2019). 
Na fase plástica, a pele, após ser distendida, apresenta algumas lesões 
que são permanentes, uma vez que ela foi esticada ao seu limite. Um 
exemplo de flacidez que se encontra na fase plástica é o surgimento das 
ptoses, como, por exemplo, a ptose palpebral (principalmente pálpebras 
superiores dos olhos). Na fase de ponto de ruptura, a pele foi distendida 
muito além de sua capacidade de elasticidade, e, desse modo, surgem 
lesões que o corpo não consegue mais recuperar (GUIRRO; GUIRRO, 
2003 apud MATIELLO, 2019). 
Além da classificação em fases, a flacidez tissular pode ser classificada em 
diferentes graus, de I a V, de acordo com a intensidade dos sinais demonstrados. 
Vários fatores podem estar associados à etiologia da flacidez da face, entre eles, 
cita-se o processo de envelhecimento fisiológico. Neste caso, ocorre uma redução 
na quantidade e no funcionamento celular de maneira natural, com diminuição do 
metabolismo e da estrutura tecidual, predispondo o aparecimento de uma pele mais 
fina e frouxa, que perdeu parte de seu arcabouço de sustentação. 
Fisiopatologia facial: flacidez tissular e muscular 
O envelhecimento torna a pele da face mais delgada, enrugada e seca em 
alguns locais e, em alguns casos, escamosa. 
 
11 
 
Matiello (2019) explica que as fibras de colágeno da derme tornam-se mais 
grossas, ao passo que as fibras de elastina tornam-se menos elásticas, além de 
ocorrer uma redução na quantidade de tecido adiposo localizado na face. É em 
virtude dessa flacidez facial que surgem os principais sinais do envelhecimento, 
como as rugas ou linhas de expressão e as ptoses. A imagem, a seguir, mostra a 
redução nos níveis de colágeno, elastina e hidratação que ocorrem na pele ao longo 
dos anos de maneira fisiológica, predispondo o aparecimento da flacidez tissular. 
 
 
 
Além do envelhecimento fisiológico, também chamado de envelhecimento 
intrínseco, alguns fatores podem acelerar esse processo, antecipando os sinais de 
flacidez da face, como a exposição à radiação solar, uma vez que a exposição ao 
sol sem proteção acelera o processo de envelhecimento da pele, também chamado 
de fotoenvelhecimento. Além disso, a predisposição genética, as Fisiopatologia 
 
12 
 
facial: flacidez tissular e muscular 5 etnias e a falta de cuidados com a pele também 
são fatores relacionados ao surgimento de flacidez tissular (MATIELLO, 2019). 
2.2 Flacidez muscular facial 
Quando a flacidez acomete o tecido muscular, ela recebe o nome de fl 
acidez muscular. É importante destacar que o corpo humano tem 
fundamentalmente três tipos de músculos: os músculos esquelético, cardíaco e liso. 
Pelas características de cada um dos tipos musculares, o esquelético é o que está 
envolvido nos quadros inestéticos de flacidez muscular. Na região da face, existe 
uma quantidade importante de músculos esqueléticos que podem ser afetados pelo 
quadro inestético de flacidez (MATIELLO, 2019). 
 
13 
 
 
Fonte: MATIELLO, 2019 
Uma característicaimportante dos músculos esqueléticos é que eles são os 
únicos que têm controle voluntário. São formados por células que recebem o nome 
de fibras musculares. Essas células são formadas basicamente por proteínas que 
garantem as propriedades de excitabilidade, elasticidade e contratilidade. Estas 
fibras musculares produzem a contração muscular pelo encurtamento de suas 
fibras, que gera o movimento voluntário (MATIELLO, 2019). 
As fibras musculares são divididas em fibras vermelhas ou brancas, sendo 
que as fibras brancas ainda se dividem em dois subtipos. Essa classificação é 
referente a características relacionadas ao tempo de contração, ao tamanho e ao 
 
14 
 
funcionamento dessas fibras. A seguir, estão listadas algumas características de 
cada uma dessas fibras conforme a descrição de Borges (2010) apud Matiello 
(2019): 
 Fibras vermelhas (fibras do tipo I): possuem tamanho pequeno, contração 
lenta, são muito resistentes à fadiga muscular e são recrutadas para 
atividades diárias, como caminhar e subir escadas. 
 Fibras brancas (fibras do tipo II): são fibras musculares de tamanho médio, 
sua contração ocorre de maneira rápida quando comparadas às demais e, 
quanto à resistência, possuem um nível médio. Esse tipo de fibra dificilmente 
é recrutado em atividades cotidianas, em geral são ativadas apenas em 
exercícios físicos específicos. 
 Fibras brancas (fibras do tipo III): são fibras de contração muito rápidas, 
porém não são resistentes à fadiga. Possuem tamanho grande e também 
são pouco recrutadas nas atividades diárias (apenas em atividade física 
específica). 
Ao fazermos um movimento ativo, as fibras musculares começam a ser 
recrutadas de maneira aleatória pelo estímulo do sistema nervoso central. 
Entretanto, normalmente esse processo se inicia pelas fibras de contração lenta 
(vermelhas), passando pelas de contração intermediária (brancas tipo II) e, por 
último, pelas fibras que possuem contração rápida (brancas tipo III). Esta contração 
muscular, promovida pelo encurtamento das diferentes fibras musculares, é o que 
mantém os níveis adequados de tônus muscular (MATIELLO, 2019). 
O tônus muscular refere-se a uma propriedade muito importante dos 
músculos. É um estado de tensão permanente no qual todos os músculos do corpo 
se encontram fisiologicamente, mesmo em repouso. Esse tônus é mantido pela 
contração das fibras musculares. Todavia, na flacidez muscular, ocorre uma 
diminuição do tônus muscular em virtude de as fibras musculares estarem 
hipotrofiadas. Os músculos ficam flácidos principalmente pela falta de estímulos, 
pois, quando deixam de ser solicitadas, as fibras musculares ficam flácidas e, como 
 
15 
 
consequência, a musculatura apresenta-se sem contornos definidos e mole. A falta 
de exercícios físicos é considerada a maior causa da flacidez muscular, pois, 
quando os músculos não são solicitados adequadamente, as suas fibras atrofiam-
se, perdendo tônus muscular (MATIELLO, 2019). 
Diante disso, Lopes e Brongholi (2004) apud Matiello (2019) apontam o 
sedentarismo como um dos fatores mais frequentes para seu aparecimento, 
seguido pela perda de massa muscular e pelo aumento do depósito de gordura. 
Entretanto, não é apenas a falta de exercícios físicos que causa a flacidez muscular, 
mesmo esta sendo a principal causa. Outros fatores também podem estar 
envolvidos nesse processo, como envelhecimento, obesidade problemas 
hormonais, emagrecimento rápido e dietas desequilibradas. O envelhecimento está 
diretamente relacionado à flacidez muscular. A perda de massa muscular ocorre 
progressivamente no organismo assim que as funções fisiológicas começam a 
decair pelo processo de envelhecimento. Após a quinta década de vida, perde-se 
entre 1 e 2% da massa muscular por ano. Contudo, essa perda pode, ainda, ser 
intensificada em indivíduos que não praticam atividade física, por isso o 
sedentarismo está diretamente relacionado. 
A flacidez muscular também pode ser uma sequela causada por vários 
episódios ocorridos de emagrecimento demasiado, ou muito rápido. Nessas 
circunstâncias, os músculos tornam-se flácidos, perdem a tonicidade e ficam sem o 
contorno. Considerando os motivos pelos quais ocorre uma aceleração na perda de 
massa muscular, Conte ([2016?]) cita alguns hábitos de vida que podem ser 
preconizados, de modo a retardar os sinais de perda de massa muscular e, 
consequentemente, retardar o aparecimento da flacidez muscular. A perda de 
massa muscular pode ser amenizada com a prática de atividade física regular, 
associada a uma alimentação balanceada e ao controle de peso (MATIELLO, 2019). 
Quanto ao acometimento, a flacidez, seja ela tissular ou muscular, pode 
acometer homens e mulheres, mas, no geral, mulheres são mais acometidas por 
quadros inestéticos de flacidez, decorrentes de fatores hormonais. Os hormônios 
femininos fazem as mulheres acumularem mais gordura no corpo e, por variações 
 
16 
 
hormonais, ocorrem reduções importantes nas fibras que garantem a sustentação 
dos tecidos da face (MATIELLO, 2019). 
3 TÉCNICAS INVASIVAS PARA LIFTING FACIAL 
 
Fonte: augustovalente.com 
O envelhecimento cutâneo é implacável, principalmente o facial, pois essa 
pele está exposta de forma constante ao desgaste, o que resulta em alterações 
como rugas e flacidez tecidual. A cirurgia que corrige essas disfunções estéticas é 
denominada ritidoplastia, o famoso lifting facial. Essa técnica de abordagem 
cirúrgica pode ocorrer de forma isolada ou associada a outros procedimentos como 
lipectomia, lipoaspiração, blefaroplastia (correção das pálpebras superiores e/ou 
inferiores), rinoplastia, entre outras (STAMM, 2015). 
Muitas são as alterações estruturais da pele envelhecida. Alguns dos sinais 
mais importantes relacionados à cirurgia que combate o envelhecimento facial são 
(GUIRRO; GUIRRO, 2010) descritos a seguir. 
 
17 
 
 Rugas — As dobras podem ocorrer nas áreas Perero, na periocular, na frente 
(seção transversal e glucuritores, entre as sobrancelhas e os olhos), na área 
do pescoço (parte da cruz profunda no pescoço). 
 Ptose — região palpebral, porção lateral das sobrancelhas e ângulo labial. 
 Outras alterações como depressão do sulco nasolabial (conhecida como 
bigode chinês) e queda da ponta nasal, perda da definição da linha 
mandibular e saliência malar (maçãs do rosto), aumento das pregas 
submandibulares, queda do mento (queixo), acúmulo de tecido adiposo entre 
a mandíbula e o osso hioide (localizado no centro do pescoço, na porção 
frontal), aumento do sulco nasogeniano, entre outros. 
Várias são as técnicas de cirurgias plásticas e os métodos dermatológicos 
que estão à disposição dos médicos para o aprimoramento do segmento 
cervicofacial. A utilização dos fios de polipropileno indentados de dupla 
convergência é uma alternativa na busca da harmonia facial. Esse método pode ser 
associado a outros procedimentos estéticos faciais como implantes cutâneos, toxina 
botulínica, peelings químicos e físicos, aplicação de lasers como CO² e érbio de 
forma ablativa (lesão da pele), ou não ablativa com luz intensa pulsada, 
radiofrequência e cirurgia plástica convencional. Uplifting com fios indentados O 
objetivo do uplifting é reposicionar os tecidos caídos, ou seja, que apresentam 
ptose, das regiões das sobrancelhas, central da face e da mandíbula. A técnica 
também é indicada para diminuir o volume adiposo acumulado e remodelar os 
tecidos moles da face, pois recupera e modifica o contorno facial da região 
mentoniana e do pescoço (STAMM, 2015). 
O uplifting com fios indentados foi desenvolvido entre os anos 1980 e 1990. 
Era utilizado um fio de arame de aço fino capaz de seccionar o tecido 
subcutâneo ou fibroso e de melhorar a imagem das depressões e do 
contorno facial nas regiões com problemas anatômicos e/ou com 
alterações estéticas ou funcionais. No Brasil a técnica foi melhorada com 
o desenvolvimentodo fio tanto na apresentação quanto nos tamanhos para 
diferentes regiões do corpo. O fio de polipropileno de dupla convergência 
foi desenvolvido pelo médico brasileiro Antonio Encinas Beramendi 
(KEDE; SABATOVICH, 2009 apud (STAMM, 2015). 
 
18 
 
A técnica é indicada para pacientes com flacidez e ptose de leve a 
moderada na face e pescoço. Também é indicada para pacientes que não desejam 
submeter-se a cirurgias que podem deixar cicatrizes ou com a pacientes com riscos 
cirúrgicos (fumantes, diabéticos, cardiopatas, entre outros) que não podem 
permanecer por tempo prolongado com anestesia. A implantação dos fios é, em sua 
maioria, ambulatorial de fácil execução e sob anestesia local. Por não ter cortes, o 
período prolongado de cuidados e repouso não é necessário. O paciente submetido 
à técnica tem uma recuperação rápida, de 3 a 4 dias, ideal para quem deseja realizar 
procedimento estético de rejuvenescimento sem cirurgia (STAMM, 2015). 
O procedimento inicia-se com a assepsia e a antissepsia de rotina prévia. 
As marcações são realizadas de forma a fornecer exatidão das regiões a serem 
tratadas, sempre com o paciente com o tronco ereto, sentado ou em pé, para melhor 
visualização das áreas de ptose e de flacidez tissular. A fotografia é obrigatória e 
também deve ser feita com o paciente nessa posição. O direcionamento dos fios é 
desenhado com caneta marcadora, isso revela as regiões que serão tracionadas e 
sustentadas na técnica. Os fios implantados são de polipropileno não absorvível, 
não biodegradável, biocompatível e de forte resistência. Esses fios possuem 
superfícies irregulares com a presença de dentes (garras) com a função de 
sustentar e de posicionar os tecidos, o que garante o efeito de uplifting desejado. O 
fio é implantado por meio de um passador-guia cortante no plano subcutâneo que 
transita por estruturas importantes como gordura e músculos. Após a introdução 
desse passador-guia, o implante dos fios é iniciado seguindo as orientações das 
marcações realizadas de forma prévia. 
 Em 20 a 30 dias, o tecido começa a produzir elastina e colágeno pela 
presença dos fios, gerando um tipo de fibrose controlada, o que irá melhorar a 
textura da pele. A pele reposicionada melhora a circulação e a nutrição dos tecidos, 
as áreas tratadas ganham volume focado e projeção, o que melhora a forma e o 
contorno facial. Antibióticos ou anti-inflamatórios são prescritos em caso de 
necessidade, por 4 ou 5 dias, e a revisão é marcada normalmente em 3 a 4 dias 
para eventuais ajustes no posicionamento dos fios. O paciente deve estar ciente de 
 
19 
 
que, quanto mais o tempo passa, melhores serão os resultados. É uma técnica de 
fácil execução, não há suturas, a recuperação é rápida, tem baixo custo e é uma 
ótima alternativa de lifting facial (STAMM, 2015). 
4 INTRADERMOTERAPIA 
 
Fonte: livskin.com 
A intradermoterapia é um procedimento médico introduzido por Pistor na 
França em 1958. Consiste na injeção intradérmica de substâncias farmacológicas 
altamente diluídas diretamente na região a ser tratada, a punção e o efeito do 
medicamento. A vantagem seria dispensar a medicação sistêmica (SEVERO, 
2018). 
Após a injeção intradérmica de fármacos altamente diluídos, próprios para 
essa via de utilização, a derme tornar-se-ia, então, um reservatório a partir 
do qual os produtos ativariam receptores dérmicos e se difundiriam 
lentamente, utilizando a unidade microcirculatória (PISTOR, 1976 apud 
SEVERO, 2018). 
 
20 
 
Em 1976, a intradermoterapia de Pistor recebeu mais atenção e, em 1964, 
foi fundada a Sociedade Francesa de Mesoterapia. Assim, a tecnologia se espalhou 
por todo o mundo. 
Pistor resumiu a técnica com as seguintes palavras: “Pouco, poucas vezes, 
e no local adequado”. Intradermoterapia foi sempre descrita nos artigos 
como a injeção intradérmica de fármacos altamente diluídos, próprios para 
essa via de utilização. A técnica consiste em injeções intradérmicas ou 
subcutâneas de um fármaco ou de uma mistura de vários produtos, 
chamada mélange (VEDAMURTHY, 2007 apud SEVERO, 2018) 
A intradermoterapia, popularmente conhecida como mesoterapia, foi 
introduzida na França por Michel Pistor em 1958 (PISTOR, 1976). Isso pode ser 
feito por profissionais médicos, não médicos. É visto por alguns como um tratamento 
cosmético minimamente invasivo e não cirúrgico que faz parte da medicina 
homeopática (SEVERO, 2018). 
Consiste na injeção intradérmica de substâncias farmacológicas altamente 
diluídas diretamente na área a ser tratada, incluindo ácido hialurônico, vitaminas, 
minerais, enzimas, hormônios e aminoácidos (ANDRADE et al, 2020). 
Os princípios ativos entram em contato direto com as células fibroblásticas, 
estimulam a capacidade biossintética, facilitam a interação entre as células e 
garantem um aumento na produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico. A 
intradermoterapia estimula os tecidos que recebem os medicamentos, tanto pela 
ação da punção quanto pela ação dos medicamentos, com a vantagem de não 
haver medicamentos sistêmicos (ANDRADE et al, 2020). 
O fundador da mesoterapia relatou a eficiência de múltiplas puncturas 
quando comparadas a poucas injeções (PISTOR, 1976 apud ANDRADE et al, 
2020). 
A técnica de inserção da agulha na pele varia entre os versados na técnica 
e pode ser perpendicular ou em um ângulo de 30 a 60 graus (AMIN et al., 
2006). Porém, há consenso de que a agulha deve penetrar no máximo 4 
mm. Sabe-se que quanto mais superficial a injeção, mais lenta a difusão, 
recomenda-se aplicar pequenos volumes por punção, as injeções devem 
cobrir apenas a área a ser tratada e o a distância entre as punções varia 
de 1 cm a 4 cm. A frequência das aplicações pode ser semanal ou mensal, 
 
21 
 
e o número de sessões varia de quatro a dez (PISTOR, 1976; AMIN et al., 
2006 apud ANDRADE et al, 2020). 
A manutenção pode ser realizada após seis meses. Segundo Herreros, 
Moraes e Velho (2011), existem muito poucas informações científicas sobre terapia 
intradérmica publicadas em periódicos indexados pelo Medline. Além disso, a 
maioria dos trabalhos indexados sobre o assunto envolve suas complicações, como 
infecções cutâneas secundárias, fenômeno de Koebner, urticária, erupção 
liquenóide, lúpus eritematoso e necrose cutânea, com foco nas infecções 
bacterianas. Obviamente, a infecção secundária descrita em tais estudos pode ser 
explicada pela esterilidade pré-operatória insuficiente ou contaminação do produto 
utilizado (ANDRADE et al, 2020). 
5 PREENCHIMENTO 
 
Fonte: phddobrasil.com 
As técnicas de preenchimentos faciais são utilizadas para o 
restabelecimento da jovialidade do rosto, aumento dos lábios, melhora dos 
contornos superficiais ou suavização dos vincos e das rugas faciais (ROSA, 2018). 
 
22 
 
Substâncias de preenchimento são todas aquelas utilizadas, 
independentemente da procedência ou da composição química, com o objetivo de 
preencher rugas, oferecer contorno ou volume facial. Novas tecnologias nas 
cirurgias plásticas. 
Os preenchimentos dérmicos oferecem vários dos benefícios similares aos 
de um lifting cirúrgico, sem o período de recuperação do pós-operatório. Eles podem 
ajudar com a flacidez excessiva da pele, pois esses preenchimentos adicionam 
volume e fornecem resultados instantâneos a um custo menor do que a cirurgia. A 
principal diferença com a cirurgia é que esses tratamentos não são permanentes; 
no entanto, eles podem ser repetidos. 
Os preenchimentos dérmicos são usados para rejuvenescer a aparência da 
face, mas não freiam o processo de envelhecimento. Eles podem ser usados até 
que um lifting cirúrgico seja mais indicado. É preciso lembrar que uma manutenção 
deve ser realizada em pacientes que passarem por esse método, e que novos 
preenchimentos podem ser necessários para garantir aparência rejuvenescida. 
Alguns preenchimentos podem ser usados com os demais tratamentos de 
rejuvenescimento,tal como a toxina botulínica. Normalmente, o 
profissional habilitado que irá executar a técnica, avaliará a necessidade e 
recomendará o tratamento adequado (MAIO, 2011 apud ROSA, 2018). 
Há uma grande variedade de produtos destinados ao preenchimento facial. 
No tratamento de rugas, não existe um produto ideal, são utilizadas várias 
substâncias que são usadas para preenchimento e, segundo Monteiro e Parada 
(2010), variam de acordo com a necessidade do tratamento. Elas são categorizadas 
como: 
 Novas tecnologias nas cirurgias plásticas 
 Preenchimentos autólogos — são derivados do tecido do próprio paciente, 
contudo, ao serem coletados de outro local do corpo, podem produzir algum 
tipo de cicatriz; alguns materiais utilizados são: derme, fáscia, cartilagem, 
fibroblastos cultivados, matriz de plasma/fibrina rica em plaquetas (MPRP) e 
a gordura que é o material autólogo mais utilizado para volume facial. 
 
23 
 
 Preenchimentos biológicos — são derivados de fontes orgânicas (humana 
ou animal), oferecem os benefícios de pronta disponibilidade e facilidade de 
uso; os principais tipos de preenchimentos biológicos de tecido são produtos 
de matriz acelular de partes moles, colágeno e ácido hialurônico. 
 Preenchimentos sintéticos — envolvem o uso de materiais de origem 
sintética que permitem oferecer uma permanência, sem riscos, sendo 
injetáveis ou implantáveis de forma cirúrgica (ROSA, 2018). 
6 PREENCHIMENTO FACIAL 
 
Fonte: leonardogasbarro.com 
O preenchimento dérmico tem a função de aliviar os sinais de 
envelhecimento e promover o rejuvenescimento facial. O preenchimento ideal deve 
ser seguro e eficaz, biocompatível, não alergênico, não cancerígeno, reprodutível, 
estável, fácil de usar, barato e fácil de remover. Diante desses requisitos, o ácido 
hialurônico (AH) é o mais próximo do ideal. O HA é usado para preencher rugas, 
cicatrizes, aumentar o volume dos lábios, dobras do nariz e do pescoço e remodelar 
os contornos faciais. Pode haver algumas reações transitórias relacionadas ao 
 
24 
 
enchimento dérmico, como dor, inchaço, coceira e vermelhidão. As complicações 
são incomuns, incluindo necrose tecidual, edema persistente, granuloma e 
cegueira, e podem ser tratadas com injeção local de hialuronidase. HA não deve ser 
usado em áreas da pele com doenças ativas, feridas ou inflamatórias 
(VASCOCELOS et al, 2019). 
6.1 Tipos de preenchimentos faciais 
Absorvíveis com curta duração 
 
Esses preenchimentos duram até 1 ano, têm efeito temporário e 
desencadeiam um pequeno processo inflamatório. Entre os preenchedores 
absorvíveis, encontram-se o colágeno e o ácido hialurônico (AH) (ROSA, 2018). 
 
Colágeno 
 
É a proteína mais abundante no organismo humano. Base do tecido 
conjuntivo, representa cerca de 7% do peso corpóreo total. Tem a função de conferir 
suporte e sustentação aos tecidos. Por ser a base do tecido conjuntivo, é 
encontrado em alta concentração nas camadas da pele, sendo responsável pela 
sua aparência, firmeza, elasticidade, textura, forma, resistência, além de auxiliar na 
manutenção. 
Os preenchedores à base de colágeno podem derivar de fontes orgânicas 
(humana, animal ou bacteriana) e oferecer os benefícios de pronta disponibilidade 
e facilidade de uso, mas introduzem questões de sensibilização a proteínas 
estranhas humanas ou de animais, de transmissão de doenças e de 
imunogenicidade. Como apresenta alto potencial de reações alérgicas, Novas 
tecnologias nas cirurgias plásticas é obrigatória a realização de testes de alergia 
antes de o procedimento ser realizado. A aplicação de colágeno gera um intervalo 
de 4 a 6 semanas entre a consulta inicial e a realização do tratamento. Outra 
 
25 
 
desvantagem é o efeito de curta duração (aproximadamente 4 meses), que 
proporciona somente um efeito temporário e tipicamente não corrige as rugosidades 
ou vincos de forma completa. Esses produtos são eficazes para o tratamento de 
sulcos nasolabiais, de ajustes na boca e de cicatrizes de acne (ROSA, 2018). 
 
Ácido hialurônico 
 
O HA é a substância mais utilizada como preenchimento facial devido às 
suas propriedades e benefícios em relação ao colágeno. É de origem não animal, 
com mínimo risco de produzir reações alérgicas, mas com curta duração de efeito. 
O procedimento pode ser realizado no mesmo dia, sem necessidade de testes de 
alergia. Possui longa duração dos resultados (em relação ao colágeno) e superior 
eficácia do tratamento e dos resultados. Existem, no mercado, várias marcas de AH 
disponíveis que são diferentes entre si em vários aspectos, segundo Rosa (2018) 
como: 
 Concentração do ácido associado à presença da enzima hialuronidase. 
 Processo de reticulação — está associado à presença de substâncias 
geradoras de ligações intermoleculares que aumentam a estabilidade e a 
durabilidade clínica do implante. 
 Capacidade de oferecer volume e resistência à degradação (radicais livres e 
enzimas) — estão associadas à maneira como o preenchimento flui a partir 
da agulha e resiste às forças de cisalhamento, bem como resiste à 
deformação enquanto está sendo injetado. 
Essas diferenças entre os AH’s podem oferecer vários resultados distintos. 
Estudos histopatológicos com AH demonstraram que seu uso estimula a 
neocolagênese. A técnica é utilizada em regiões da face, no tratamento de rugas 
periorais e periorbitárias, na elevação do canto labial inferior, no contorno e no 
aumento dos lábios, na correção de cicatrizes, no sulco nasogeniano e nas rugas 
da glabela (ROSA, 2018). 
 
26 
 
 
Absorvíveis com longa duração ou semipermanentes 
 
Esses preenchedores têm a duração entre 1 e 2 anos e apresentam em sua 
composição microesferas ou polímeros sintéticos. Essas microesferas são 
utilizadas na indústria como polímeros sintéticos de longa cadeia São componentes 
que podem ser decompostos por uma reação inflamatória intensa e sustentada e 
que podem desencadear a chamada reação de corpo estranho, ou seja, uma reação 
de defesa do organismo que isola a substância formadora de cápsulas (ROSA, 
2018). 
Porém, apesar de seus efeitos serem mais duradouros, esse tipo de 
preenchimento está associado a maior risco de eventos adversos que 
podem ocorrer muito tempo depois da aplicação do material. Esses efeitos 
são observados quando há alteração durante o processo de degradação 
da substância ou pela intensidade do processo inflamatório, que 
desencadeia a formação de nódulos, de granulomas, de extrusão e de 
infecção (MONTEIRO; PARADA, 2010 apud ROSA, 2018). 
 
Hidroxiapatita de cálcio 
 
A hidroxiapatita de cálcio é uma substância natural do organismo, 
componente presente em ossos e dentes. Os preenchedores com essa substância 
apresentam celulose, glicerina e solução salina em sua fórmula. Quando injetadas 
no organismo, essas substâncias são rapidamente absorvidas e permanecem 
somente as partículas que, normalmente, são degradadas em 10 a 14 meses, 
aproximadamente. Ao ser degradada, essa partícula estimula um novo colágeno, 
motivo pelo qual esse preenchimento tem uma maior duração de efeito (ROSA, 
2018). 
A principal complicação desse preenchedor é a formação de nódulos, que 
podem ocorrer pelo acúmulo do produto ou por uma tentativa do organismo de isolá-
lo formando granulomas. Esses podem se manifestar como uma massa palpável 
 
27 
 
sob a pele, indolores, ou com uma reação inflamatória intensa, com ou sem infecção 
associada. Se isso ocorrer, se faz necessária a realização de uma cirurgia para 
remoção do material. 
A aplicação dessa substância deve ser realizada sob a derme e o 
subcutâneo, ou seja, deve ser profunda, pois se injetada de maneira superficial, 
pode ficar visível na pele pelo aparecimento de nódulos brancos, que nada mais 
são do que um acúmulo do próprio material. Como é formada de material radiopaco, 
presente em ossos e dentes, pode ser observada em imagens de raios Xou de 
tomografia computadorizada. Por ser constituída de material duro e pesado, seu 
uso superficial não é recomendado no tratamento de lábios. Testes clínicos 
apontam a incidência de formação de nódulos, que podem ocorrer em, 
aproximadamente, 40% dos pacientes tratados. A marca comercial mais conhecida 
de hidroxiapatita de cálcio é a Radiesse®, aprovada pelo Food and Drug 
Administration (FDA) para uso cosmético e tratamento de sulcos nasolabiais 
moderados a graves (ROSA, 2018). A aplicação tem uma duração média de 6 
meses. 
 
Ácido poliláctico 
 
O ácido poliláctico (PLA) é um bioestimulador injetável que promove a 
produção de colágeno para tratamento da flacidez da pele. O Sculptra® é uma das 
marcas comerciais dessa substância, indicada para plano profundo facial. O produto 
é fornecido na forma de pó liofilizado e deve ser reconstituído antes do uso; esse 
processo deve ser feito entre 2 e 72 horas antes do procedimento. Sua aplicação 
promove uma reação que estimula a reativação da produção do colágeno e resulta 
em uma pele com aspecto mais firme e jovem, ao redor de 20 dias. Esse tipo de 
produto oferece longa vida útil graças à formação de um novo colágeno resultante 
do processo inflamatório. O paciente já é capaz de perceber uma melhora 
satisfatória em 6 meses após o procedimento. Normalmente, 2 a 3 aplicações já 
 
28 
 
promovem melhora do aspecto da flacidez, resultado que dura por volta de 2 anos 
(ROSA, 2018). 
O intervalo de tempo entre os tratamentos com o uso do PLA pode variar, 
pois depende da idade, dos hábitos de vida, do uso de medicações e da genética 
do paciente. Em geral, o Sculptra® tem uma durabilidade de, aproximadamente, 2 
anos. Está indicado para tratar os primeiros sinais de flacidez e pode ser aplicado 
em qualquer área do corpo, tanto facial quanto corporal. 
 
Preenchedores não absorvíveis ou permanentes 
 
Também são produzidos a partir de microesferas que não são 
degradáveis, ou seja, seus efeitos serão permanentes. Isso significa que 
um resultado não satisfatório também será permanente (MONTEIRO; 
PARADA, 2010 apud ROSA, 2018). 
 
Polimetilmetacrilato 
 
O polimetilmetacrilato (PMMA), ou bioplastia, é utilizado desde 1945, na 
prática médica, como um tipo de cimento ósseo para fixação de próteses de quadril 
e preenchimento de vértebra. Quando utilizado como preenchimento facial, 
apresenta-se na forma de microesferas suspensas em diversos portadores 
(colágeno, HA ou carboximetilcelulose), dependendo da marca. É um tipo de 
substância indicada para planos profundos. Ao ser injetado na pele, o PMMA é 
degradado lentamente, sendo substituído por novo colágeno produzido a partir do 
processo inflamatório (ROSA, 2018). 
Segundo Rosa (2018) são complicações decorrentes da reação de um 
corpo estranho à formação de nódulos e também podem ocorrer inflamação local, 
infecção, migração e extrusão do material, com alterações importantes na face 
muitas vezes necessitando ser removidas cirurgicamente. 
 
 
29 
 
Gel de poliacrilamida 
 
Eles consistem em altas quantidades de água e por pequenas quantidades 
de gel de poliacrilamida formando um gel com propriedades viscoelásticas, com 
uma capacitância para manter a água. O gel poderá ser composto por 2,5% de 
poliacrilamida reticulada e 97,5% de água, resultando em um gel de textura uniforme 
e macia que pode ser aplicado em vários planos, capaz de oferecer resultados mais 
naturais. Os casos de reações alérgicas por causa da biocompatibilidade do 
material são bastante raros. O gel de poliacrilamida tem seu efeito classificado como 
permanente, contudo, experimentos laboratoriais evidenciaram reabsorção do 
material (ROSA, 2018). 
Após aplicação do preenchimento são observadas perdas de 
aproximadamente 10% do volume por troca de osmolaridade, o que o torna um 
procedimento pouco previsível, fazendo com que alguns pacientes necessitem 
novas sessões de tratamento para uso adicional do produto. Em determinados 
casos, são necessárias de 2 a 3 sessões para obtenção de resultados satisfatórios. 
A reação inflamatória provocada pela poliacrilamida é mais intensa quando 
comparada com o AH. Em alguns casos é necessária a remoção do implante. Como 
o gel se mistura com o tecido, isso torna a remoção cirúrgica complicada. 
 
30 
 
7 TOPOGRAFIA FACIAL DAS ÁREAS DE INJEÇÃO DE PREENCHEDORES E 
SEUS RISCOS 
 
Fonte: sbti.com.br 
A classificação por áreas de risco da face, comumente utilizada para o estudo 
da cirurgia dermatológica, pode servir de referência e auxiliar na prática do 
preenchimento da pele da face na nova abordagem terapêutica do 
rejuvenescimento, porém, o conhecimento geral da anatomia pode ser insuficiente 
e gerar dúvidas na realização desta técnica, principalmente no que diz respeito aos 
locais de injeção, bem como à profundidade dessas injeções (TAMURA, 2013). 
A injeção de preenchimentos nas camadas superficiais da pele, exceto na 
região glabelar, apresenta risco mínimo; Hoje, porém, as técnicas evoluíram e os 
procedimentos são realizados principalmente no tecido subcutâneo e até no plano 
supraperiosteal (TAMURA, 2013). 
A pele é o maior órgão do corpo humano e também o mais conspícuo. 
Portanto, sua aparência tem grande influência na vaidade pessoal e na autoestima, 
interferindo em sua psicologia e até mesmo na qualidade de vida. Os modos e 
gostos mudam com os tempos e as culturas, mas desde os tempos antigos o ser 
 
31 
 
humano busca o prazer estético. Atualmente, com o avanço da tecnologia e das 
comunicações, há uma tendência de superestimar a aparência e o potencial 
financeiro (SCHMIDT, 2021). 
O aumento dos procedimentos estéticos não cirúrgicos se deve à 
disponibilidade de materiais obturadores e também ao aumento da oferta de 
profissionais qualificados para a realização desses serviços. Um profissional bem 
treinado com conhecimento profundo da anatomia facial é capaz de fazer pequenas 
alterações em seu paciente para alcançar o resultado desejado. No entanto, não se 
pode ignorar que, por mais seguro que o tratamento cosmético não cirúrgico possa 
parecer, qualquer procedimento pode levar a eventos adversos para o paciente 
(SCHMIDT, 2021). 
7.1 Divisão da face 
Ao contrário do que tem sido descrito na literatura, a face foi dividida em 22 
regiões, para adequar as áreas onde são feitas as obturações: frontal (1), temporal 
(2), glabelar (3), sobrancelha (4), pálpebra superior (5), pálpebra inferior (6), 
nasociliar (7), sulco nasojugal (8), sulco palpebral lateral (9), nasal (10), malar (11), 
zigomático (12), fossa canina (13), nasolabial dobra (14), lábio superior (15), lábio 
inferior (16), bochecha (17), pré-auricular (18), sulco labiomental (19), mental (20), 
região mandibular posterior (21) (borda anterior do masseter no ângulo mandibular) 
e na região mandibular anterior (22) (entre o sulco melo-labial e a borda anterior do 
masseter) (TAMURA, 2013). 
 
 
 
32 
 
 
 FIGURA 1: Descrição abaixo: 
Região frontal (1) 
 
 Esta zona foi delimitada com a exclusão da glabela; Uma linha imaginária foi 
desenhada acima da sobrancelha, que começa na região médio-pupilar e se 
estende bilateralmente até a linha do cabelo, note-se que nesta área a pele, o tecido 
subcutâneo, o músculo e a fáscia juntos determinam uma posição relativa delgada. 
espessura nas estruturas ósseas; qualquer carga injetada nesta área pode causar 
nódulos visíveis ou formações lineares. Lembre-se de que a fáscia do músculo 
frontal ou gálea começa na borda do couro cabeludo (TAMURA, 2013). 
 
 Região temporal (2) 
 
A região temporal tem a linha medial da pupila em sua parte cranial como 
borda medial; a linha do cabelo na parte lateral; uma linha acima das sobrancelhas 
que se estende ao redor da borda orbital lateral; e por fim fecha com o arco 
zigomático como referência para o limite inferior.Esta região acarreta riscos devido 
 
33 
 
à presença da artéria temporal superficial além dos nervos e veias. A injeção de 
preenchimentos na derme nessa área representaria pouco risco; no entanto, a 
injeção de substâncias subcutâneas pode levar não apenas a danos venosos com 
hematomas, mas também a danos neurais se o procedimento for realizado de forma 
prematura. 
A estrutura que mais chama a atenção é a artéria temporal; Sua canalização 
e injeção intravascular de preenchimentos podem levar à necrose do tecido e 
embolização do produto, podendo levar à amaurose, como é o caso de vários outros 
ramos arteriais da região facial superior pela presença de anastomose entre as 
artérias superficiais. e profundo. Em geral, os preenchimentos nessa área podem 
ser feitos na derme, por via subcutânea ou supraperiostal. Com a possibilidade de 
preencher o tecido subcutâneo, deve-se atentar para a delimitação da árvore 
venosa visível e das artérias. Com a injeção supraperiosteal, os riscos de canulação 
vascular são menores, especialmente na fossa temporal (TAMURA, 2013). 
 
Regiões glabelar e do supercílio (3 e 4) 
 
Os limites da região glabelar são: abaixo da zona superior da ponte nasal e 
da parte medial da sobrancelha e acima da linha que conecta os segmentos de 1,5 
cm da linha central da pupila na direção cranial. A área da sobrancelha corresponde 
à área com pelos que acompanha a sobrancelha até sua parte lateral, onde o 
preenchimento é possível. Devemos considerar a artéria supraorbital, que se origina 
do forame supraorbital e se origina na artéria carótida interna, e a artéria 
supratroclear, um ramo da artéria facial, até e incluindo a possibilidade de embolia 
arterial com subsequente amaurose.. 
 Tanto nessa região quanto nas têmporas existem artérias que podem se 
anastomizar e com fluxo sanguíneo para artérias terminais como o olho e as artérias 
retinianas, a embolização desses vasos pode levar a amaurose imediata e 
irreversível, mesmo bilateralmente. Nas artérias, devemos ter cuidado para evitar 
injeções profundas na área do forame supraorbital e supratroclear para evitar 
 
34 
 
isquemia das estruturas decorrentes do tratamento do epicanto, e lembrar que essa 
área não é isenta de riscos (TAMURA, 2013). 
 
Pálpebra superior (5) 
 
 A discussão nesta área origina-se do fato de que os preenchimentos têm 
sido injetados em toda a área superior abaixo da sobrancelha para corrigir a 
aparência de "cadáver"; tenta-se corrigir a falta de bolsão de gordura nessa região 
e / ou a perda de sustentação que caracteriza um olhar "profundo". A artéria 
palpebral superior supre essa área em continuidade com a artéria angular. a pele e 
o músculo orbicular do olho e, abaixo dele, os sacos gordurosos e a glândula 
lacrimal, com possibilidade de acidente vascular cerebral (TAMURA, 2013). 
 
Pálpebra inferior, sulco nasojugal (goteira lacrimal) e região nasociliar 
(6, 7 e 8) 
 
 A correção desta região é indicada em caso de resultado cosmético negativo 
após a remoção das bolsas de gordura durante a cirurgia das pálpebras, perda de 
suporte de toda a margem orbital da pálpebra inferior ou devido a uma exacerbação 
da pálpebra medial, inferior e / ou lateral . sulco através de características 
conhecidas. Existe uma estreita relação entre a região da pálpebra inferior e o sulco 
nasougal (parte medial que acompanha a borda orbital inferior medial) e com a 
região nasociliar. É importante prestar atenção à anatomia dessas regiões e olhá-
las como um todo. Entre essas últimas áreas estão parte da artéria angular, a artéria 
palpebral inferior e a artéria infraorbital que conecta a parte dorsal do nariz e os 
tecidos.Pode ocorrer necrose ou embolia. O risco de obturação nesta área seria 
muscular e supraperiostal, visto que os vasos estão abaixo da derme e acima do 
músculo orbicular dos olhos. O procedimento deve ser realizado com sensibilidade 
e precisão com cânulas e agulha (TAMURA, 2013). 
 
 
35 
 
Sulco palpebral lateral (9) 
 
Ele está localizado na parte lateral da pálpebra inferior na borda lateral 
inferior da cavidade ocular. Nessa região, deve-se prestar atenção à veia zigomática 
localizada sob a pele (geralmente visível com pele translúcida) que atravessa o 
infraorbital. Fronteira quase perpendicular entre sua região. meio e terço lateral. 
Identificá-lo com antecedência evitaria distúrbios como hematomas e hematomas 
(TAMURA, 2013). 
 
Região nasal (10) 
 
Ao modelar o nariz do paciente, alguns detalhes devem ser observados: A 
arteria nasalis dorsalis encontra-se no tecido subcutâneo em um plano abaixo da 
pele e acima do musculus nasalis dorsalis e pode ter ramos que se conectam com 
o infraorbital e. anastomose angular. artérias O fluxo sanguíneo pode ser 
prejudicado em pacientes que fizeram uma rinoplastia com cirurgia simultânea na 
área septal. 
Reconstrutiva e cirurgia plástica estética pode alterar seriamente a 
vascularização do nariz, as narinas, a columela, a fossa canina e, finalmente, a 
embolização pode até afetar o Angulararterien. A manipulação de Siebbeinarterien 
durante a cirurgia aumenta o risco de acidentes vasculares oclusivas. Os ramos da 
columelar e o fornecimento nasal lateral das narinas, a parte traseira e a ponta 
(pico). terminando no topo, subdermalis plexo. Recheios nesta região, 
especialmente aqueles que são utilizados para diluir, que se prolonga dentro e para 
fora da narina para westernize, requerem o nariz negróide mais profunda e 
injecções laterais e volumes maiores, o que aumenta o risco (TAMURA, 2013). 
 
Região malar (11) 
 
 
36 
 
É uma área infrapalpebral triangular que é delimitada medialmente pela 
região nasal até a parte inferior do sulco nasolabial e daí por uma linha imaginária 
até o arco zigomático. A análise desta área deve levar em consideração os detalhes 
anatômicos descritos para o nasociliar. Área lacrimal e sulco nasougal, visto que 
sua correção muitas vezes está ligada ao tratamento dessas outras áreas ao 
mesmo tempo (TAMURA, 2013). 
As alimentações malares região em ramos da artéria angular (face / carótida 
externa) e outro que emerge do forame infraorbitais (ramificação da carótida 
interna), bem como a veia e o sistema nervoso sensorial do nervo suborbital. Em 
retrógrada, os aviões e posição do produto pode ser bem controlada. por outro lado, 
o bolus, quando é realizado prematuramente e, especialmente, para reconstituir o 
volume da região superperiosteal, pode causar a obstrução do forame infraorbitais, 
vascularização das fissuras ou mesmo necrose neuronal. Nesta região existe uma 
espessa camada de tecido subcutânea, bem como um compartimento gordo. o 
plano médio do tecido subcutâneo, a fronteira entre a parte mais solta e mais densa, 
típica desta região, faz a injeção de cargas seguro, uma vez que as estruturas 
neurais importantes estão nos planos profundos e os principais vasos estão 
localizados na fronteira com a a linha lateral da região nasal (TAMURA, 2013). 
 
Região zigomática (12) 
 
Pela mesma nomenclatura, a região zigomática é lateral para a malar abaixo 
do temporal e anterior à estrutura principal préauriculaire.Sa é o nervo zigomática-
facial (ramo trigeminal), que emerge a partir do forame encontrada no osso 
zigomática. medio-laterais considerações zona são os mesmos que para a injecção 
de materiais de enchimento com consequente obstrução foramen.Il é um complexo 
arterial importante em níveis mais profundos. (TAMURA, 2013). 
 
Fossa canina (13) e sulco nasolabial (14) 
 
 
37 
 
Com a técnica atual de reparo volumétrico da região malar, tanto a região da 
fossa canina quanto o sulco nasolabial são preenchidos com menor frequência e 
volume, reduzindo o risco da região nasal e parte da região paranasal. as 
complicações são embolização ou compressão da artéria devido à grande 
quantidade de produto injetado e técnica possivelmente inadequada.Variações 
anatômicas muito frequentes devem sempre ser levadas em consideração na 
análise da anatomia facial. Os principais vasos são as artérias angulares e parte da 
artéria labial superior, que também podem estar envolvidos, dependendo da altura 
da injeção do preenchedor no sulco nasolabial (TAMURA, 2013). 
 
Lábio superior e inferior (15 e 16) 
 
As artérias que irrigam os lábios são as artérias labiais superior e inferior 
(ramos da artéria facial), que se anastomosam com as do lado oposto, formando 
um círculo de artérias ao redor da borda da boca. A posição das artérias é 
desfavorável às técnicas atuais de aumento de volume e formato convexo dos 
lábios. O contorno dos lábios, se realizado em nível superficial, na pele, na mucosa 
ou em sua junção, traz poucas complicações (TAMURA, 2013). 
As artérias labiais são curvas, onduladas e, portanto, é possível perfurá-las, 
localizam-se na vista ântero-posterior, posterior ao músculo orbicular da boca e 
relativamente superficial na projeção da borda entre a mucosa úmida e seca dos 
lábios É a região escolhida por muitos profissionais para injetar o preenchimento a 
fim de obter uma projeção anterior e volume dos lábios. Hematomas são comuns 
porque não há tecido sólido para conter o sangramento arterial; portanto, a 
compressão do vaso perfurado durante o procedimento deve ser firme e prolongada 
(três minutos ou mais). Compressas frias são úteis (TAMURA, 2013). 
 
Região da bochecha (17) 
 
 
38 
 
Corresponde à região livre, “solta” sem fixação; localiza-se até 1 cm 
lateralmente no canto da boca, inferior à região zigomática, anterior à região pré-
auricular, superior à região pré-mandibular (“buldogue”, “pré bochecha”) e lateral à 
região malar. lábios, revestindo a região nasal (artéria angular) e incluindo parte do 
canal parotídeo. A perda de volume é comum em indivíduos que praticam esportes 
intensivos e frequentes, podendo ser constitucional, causada por drogas ou por 
doenças de consumo; esta é frequentemente a única área que precisa ser corrigida. 
(TAMURA, 2013). 
 
Região pré-auricular (18) 
 
Esta é a área posterolateral à borda da bochecha, incluindo 2 cm na frente 
do trago. O limite superior é a região zigomática e a área inferior é o ângulo 
mandibular a 1,5 cm da margem posterior da mandíbula. O nervo facial emerge até 
o trago e inerva as várias estruturas / regiões da face; Existem ramos vasculares 
profundos que emanam da artéria carótida interna, mas a estrutura principal é a 
glândula parótida, que está localizada sob o tecido subcutâneo. Portanto, essa área 
preenche apenas a pele e o tecido subcutâneo. o ângulo da mandíbula (entre a 
mandíbula anterior e posterior), é o trajeto da artéria facial, que já está se 
ramificando e distribuindo seus ramos para a região perioral e alguns para a região 
pré-renal (TAMURA, 2013). 
 
Sulco labiomentual (19) 
 
 O sulco labiomental consiste em uma seção em bandas que cobre uma área 
compreendida entre o canto lateral da boca e 1 cm lateralmente, acompanhando a 
margem da mandíbula inferior caudalmente. Além dos ramos arteriais que irrigam o 
lábio superior e inferior, essa região possui uma importante superfície de rede 
vascular venosa com vasos de grande calibre, muitas vezes visíveis quando a pele 
de pacientes com pele fina e tipo I ou II é esticada. . para parar o sangramento. A 
 
39 
 
compressão firme deve ser aplicada neste ponto por alguns minutos ao transfixar 
os vasos (TAMURA, 2013). 
 
Região mentual (20) 
 
A região mentoniana não é uma estrutura em risco, mas o forame mentual 
pode sofrer injeção acidental do produto, destruindo as estruturas por onde 
atravessa e geralmente relacionando-se com a linha médio-pupilar, que se destina 
à localização da frágil linha principal. Forame da face. Na área do sulco labamentar 
está o ramo arterial do lábio inferior, que atravessa a região, e o sistema venoso, 
que se torna mais espesso próximo ao sistema de drenagem, com ocorrências 
frequentes de hematomas ou equimoses. (TAMURA, 2013). 
 
Região mandibular posterior (21) 
 
 Separamos a região posterior da mandíbula, cuja área fica entre a borda 
anterior da goma de mascar e o ângulo da mandíbula. Próximo à borda anterior do 
masseter, no osso da mandíbula, encontramos uma depressão na qual se localiza 
a artéria facial. Essa depressão é criada pela própria artéria, que pressiona o osso 
ao longo da vida. Portanto, os preenchimentos geralmente, quando injetados na 
pele ou no tecido subcutâneo, geralmente não os traumatizam, mas intervenções 
agressivas realizadas sem conhecimento anatômico podem levar a lesões arteriais 
graves. (TAMURA, 2013). 
 
Região mandibular anterior (22) 
 
Esta região está localizada 1 cm atrás do sulco melolabialis (já que 
separamos a região labiomental por razões didáticas) e a borda anterior do 
masseter, na verdade representa a região chamada "Precinn" ou "Bulldog", e deixa 
1 cm livre do labiomental . A área onde os preenchimentos podem ser aplicados 
 
40 
 
para melhorar o contorno facial, não possui estruturas de alto risco e geralmente 
esta área não será preenchida, pois a flacidez local pode piorar e o peso do produto 
pode ter um resultado ruim se o objetivo for obter um. contorno facial para 
rejuvenescimento (TAMURA, 2013). 
Somente um conhecimento detalhado da anatomia facial permite ao 
especialista realizar suas intervenções com segurança. A correlação que é feita em 
diferentes áreas pode ser útil para o médico iniciar sua prática com preenchimentos. 
Porém, deve-se ter em mente que nenhuma nova classificação anatômica é 
proposta, apenas uma separação das regiões faciais usualmente tratadas com 
preenchimentos para análise individual. (TAMURA, 2013). 
7.2 Estruturas Anatômicas da Face 
O rosto humano é uma estrutura muito complexa que consiste em tecidos e 
corpos associados entre si em diferentes áreas e profundidades em que um estudo 
exaustivo de Coadjuvedde é usado na melhoria das técnicas utilizadas nos métodos 
de injeção estética facial. (TAMURA, 2013). 
 
Fonte: medpri.me 
 
41 
 
 É possível dividir a estrutura dos tecidos moles faciais em cinco camadas 
diferentes conectadas pelos ligamentos de retenção facial: superficial (1), 
subcutâneo (2), músculo-aponeurótico (3), tecido conjuntivo frouxo ou areolar 
(tecidos moles alternativos) . Tecido de retenção e ligamentos) (4) e fáscias 
profundas (5). 
A pele é a camada que separa o corpo do meio externo composta pela 
epiderme e derme. A primeira, mais superficial, é composta por tecido epitelial e a 
segunda, mais espessa, por tecido conjuntivo. Derme para órgãos e tecidos que, 
embora chamados de hipoderme, não fazem parte da pele. Para este estudo, a pele 
foi considerada em toda a área do rosto e superfície externa dos lábios, incluindo 
tecido epitelial, tecido conjuntivo e conjuntiva gordurosa. A epiderme é a camada 
mais externa da pele e cobre toda a superfície da pele do corpo (TAMURA, 2013). 
É composto por quatro ou cinco camadas diferentes, dependendo de sua 
localização: a córnea, a camada mais superficial da pele, é uma fina camada de 25 
a 30 camadas de células mortas queratinizadas que servem de barreira para 
impermeabilizar a pele; Granulosa, que contém três a cinco camadas de células que 
sofrem morte celular (apoptose); espinhoso, composto por camadas de oito a dez 
células organizadas que se achatam à medida que se aproximam da camada 
granular (a epiderme não é vascularizada, mas a partir dessa camada as células 
são nutridas por capilares na derme); e basal, a camada mais profunda, que 
consiste em uma única célula epitelial em forma de cubo ou coluna. Nesta camada 
encontramos células pigmentares (melanócitos), células de defesa (Langherhans) 
e células sensoriais (Merkel). Nos lábios, a epiderme possui cinco camadas, com a 
camada transparente entre as camadas granular e corneana. É uma camadafina, 
rica em queratina, composta de três a cinco células mortas, planas e translúcidas. 
A derme é mais profunda e mais espessa e consiste em tecido conjuntivo e contém 
vasos sanguíneos, nervos, terminações nervosas, vasos linfáticos e anexos 
cutâneos. É a derme que sustenta e nutre a epiderme (TAMURA, 2013). 
É dividido em duas áreas: uma superficial, denominada papilar, que se forma 
a partir do próprio tecido conjuntivo frouxo, e uma profunda ou reticular, que consiste 
 
42 
 
no próprio tecido conjuntivo denso e não modelado. É um tecido pouco flexível e 
bastante resistente à penetração de agulhas. Em estudo anatômico em cadáveres, 
examinou-se a espessura da pele em diferentes regiões da face humana e 
constatou-se que existem diferenças na profundidade da epiderme e derme ao 
longo da face pelo sistema de espessuras, definido por cálculos de Relativo (RT) o 
ponto anatômico mais fino. (TAMURA, 2013). 
 É importante observar essas diferenças de espessura nas áreas faciais para 
definir as diferentes profundidades da agulha durante os procedimentos. No 
entanto, essa técnica deve ser seguida com precisão milimétrica, pois a última 
camada de pele realmente não pertence. É o tecido subcutâneo, ou tecido 
subcutâneo, composto de tecido conjuntivo frouxo, células de gordura entrelaçadas 
de vasos sanguíneos e fibras de colágeno que reforçam sua estrutura. As células 
de gordura presentes na camada de gordura subcutânea são responsáveis pelo 
armazenamento de triglicerídeos e estão associadas ao armazenamento de energia 
e à homeostase. do corpo.Também têm a função de proteção física, isolamento 
térmico e auxiliam na movimentação dos músculos faciais. Essa gordura superficial 
é distribuída em septos que se estendem entre os músculos e os tecidos conjuntivos 
da pele e são conhecidas como falsas faixas de retenção. bandas de retenção reais 
9. São aquelas que criam o volume facial e são inseridas nos ossos faciais. Os 
ossos da face são de grande importância para o contorno da face, pois afetam 
diretamente a definição e o volume dos tecidos moles. (TAMURA, 2013). 
 Os ossos nas regiões nasais, maçãs do rosto (zigoma e maxila) e mentais 
suportam enxertos profundos e obturações na face. O rosto é feito de tecido 
muscular listrado. Esses são músculos muito superficiais que vêm dos ossos do 
crânio ou da fáscia e das inserções da pele. Quando se contraem, eles não movem 
uma junta. Seus pontos de fixação e localização promovem o movimento da pele 
ao redor dos olhos, boca e narinas, por isso também são conhecidos como 
músculos relaxantes ou expressões faciais. (TAMURA, 2013). 
 
Quadro 1. Músculos da mímica facial 
 
43 
 
Músculo Origem Inserção Movimento que 
provoca 
Músculo frontal Aponeurose 
epicrânica 
Pele da sobrancelha e 
aponeurose 
epicrânica 
Enruga a testa e 
movimenta o couro 
cabeludo 
Músculo corrugador 
do supercílio 
Fáscia acima da 
sobrancelha 
 Raiz do nariz Retrai a sobrancelha 
sentido linha média 
Músculo prócero Dorso do osso nasal Pele, na região da 
glabela 
Movimenta os 
supercílios e a fronte 
Músculo orbicular Ossos mediais da 
órbita 
Tecido da pálpebra Fecha os olhos e 
comprime o saco 
lacrimal 
Músculo nasal Maxila e 
cartilagem 
nasal 
Aponeurose do nariz Alarga e comprime as 
narinas e abaixa as 
cartilagens nasais 
Músculo levantador 
do lábio superior 
Parte superior da 
maxila e osso 
zigomático 
Orbicular da boca e 
pele acima do lábio 
Levanta o lábio 
superior e expoe os 
dentes superiores 
Músculo levantador 
da asa do nariz e do 
lábio superior 
Maxila Asa do nariz e no 
lábio superior 
Eleva e everte o lábio 
superior e dilata as 
narinas 
Músculo zigomático 
maior 
Zigomático Pele, no ângulo boca 
e orbicular da boca 
Eleva e everte o 
ângulo da boca 
Músculo zigomático 
menor 
Zigomático Lábio superior Eleva o lábio superior, 
expondo os dentes 
superiores 
Músculo levantador 
do ângulo da boca 
Maxila Orbicular da boca Levanta o lábio 
superior 
Músculo risório Fáscia da 
bochecha 
Orbicular da boca, no 
canto da boca 
Puxa o ângulo da 
boca lateralmente 
Músculo bucinador Maxila e mandíbula Orbicular da boca Comprime a 
bochecha 
Músculo abaixador 
do septo nasal 
Acima do dente 
incisivo medial 
Cartilagem do septo 
nasal 
Movimenta a asa do 
nariz 
Músculo orbicular da 
boca 
Fáscia contornando 
os lábios 
Mucosa dos lábios Fecha e enruga os 
lábios 
Músculo depressor do 
ângulo da boca 
Mandíbula Orbicular da boca e 
pele do lábio inferior 
Abaixa o canto da 
boca 
Músculo depressor do 
lábio inferior 
Músculo mentual Canto inferior do 
orbicular da boca 
Abaixa o lábio inferior 
Músculo mentual Mandíbula Orbicular da boca Eleva, everte e protrai 
o lábio inferior; enruga 
a pele do queixo 
Músculo platisma Fáscia do pescoço e 
tórax 
Margem inferior da 
mandíbula 
Abaixa a mandíbula e 
lábio inferior 
 
 
O rosto é bem suprido de sangue e inervado. A irrigação é geralmente 
realizada através da artéria carótida externa no terço médio e nas têmporas e área 
 
44 
 
da coroa. Ramos da artéria carótida interna são encontrados nas regiões anterior e 
ocular. artérias A artéria facial é o ramo lateral da artéria carótida externa que atinge 
a face.Em um curso ascendente, a artéria facial se ramifica ao nível dos lábios e a 
artéria angular próxima ao nariz nas artérias labiais superior e inferior. Ao nível dos 
olhos, ele se anastomosa com a artéria dorsal do nariz (ramo da artéria 
supratroclear que vem de ramos da artéria carótida interna). A artéria supratroclear 
segue um caminho medial até a testa. A artéria supraorbital ainda está na testa, 
acima dos olhos. Abaixo dos olhos encontramos a artéria infraorbital.A região do 
queixo é suprida pela artéria mental. (TAMURA, 2013). 
Os principais nervos que encontramos na face são o nervo trigêmeo e o 
nervo facial. Esses nervos têm trajetórias próprias e são subdivididos na face, 
resultando em vários outros nervos. O nervo trigêmeo é um nervo sensorial, mas 
também fornece estimulação motora para os músculos mastigatórios. É dividido em 
três ramos: oftalmologia, maxilar superior e maxilar inferior. O nervo do olho produz 
o nervo frontal, o nervo lacrimal e o nervo nasociliar. O nervo frontal produz o nervo 
supraorbital e o nervo supratroclear. Os ramos do nervo maxilar produzem o nervo 
infraorbital e o nervo zigomático (dividido em nervo zigomático facial e nervo 
zigomático temporal). O nervo mandibular produz o nervo auricular temporal, o 
nervo alveolar e o nervo mental. O nervo facial é essencialmente um nervo motor, 
responsável pela inervação dos músculos faciais. O nervo é distribuído por toda a 
face após passar pelo forame do caule do leite. Dividido em ramo temporal, ramo 
zigomático, ramo bucal, ramo mandibular marginal e ramo cervical (TAMURA, 
2013). 
7.3 Procedimentos Injetáveis de Harmonização Facial 
Segundo pesquisas realizadas, os dois procedimentos cosméticos faciais 
minimamente invasivos mais populares no Brasil são: a toxina botulínica e o 
preenchimento do rosto com ácido hialurônico. A toxina botulínica (TXB) é uma 
neurotoxina utilizada para a beleza. É usada para suavizar rugas e linhas de 
 
45 
 
expressão facial. Geralmente é usada na testa, sobrancelhas, olhos e áreas do 
nariz. Atualmente a neurotoxina mais utilizada é o tipo A (TXB-A), dos quais existem 
principalmente 3 tipos no mercado: toxina botulínica A, toxina botulínica A e toxina 
incobotulínica A, todas com mecanismos de ação semelhantes para prevenir a 
liberação dos nervos O transmissor acetilcolina promove a contração muscular. 
 O efeito paralítico das toxinas será notado dentro de 24 a 48 horas e não é 
permanente, pois o corpo começa a regenerar os nervos entre 2 a 6 meses após o 
uso, e as funções motoras começam a se regenerar em torno de 3 a 4 meses. 
Apareceu e totalmente recuperado a 6 meses após o tratamento. Preenchimento 
facialé uma cirurgia estética que utiliza materiais biocompatíveis e 
semipermanentes. O sucesso desta tecnologia é atribuído à previsibilidade, 
segurança e resultados imediatos dos resultados. Adequado para preenchimento 
cutâneo de rugas e rugas, e também adequado para preencher lábios, queixo e 
bochechas. Entre os preenchimentos disponíveis, o mais comumente usado é o 
ácido hialurônico (AH), que é um preenchimento não permanente que atua de 6 a 
24 meses após o uso e não requer teste cutâneo antes do uso. É vendido na forma 
de gel e pode ser armazenado em temperatura ambiente (TAMURA, 2013). 
O HA retém água e preenche os espaços intercelulares disponíveis na 
derme, além de promover o aumento do volume do local de aplicação, por ser uma 
molécula altamente higroscópica que pode reter moléculas de água cerca de 1.000 
vezes o tamanho. Sua degradação é isovolumétrica, ou seja, é lentamente 
absorvido pelos organismos e mantém sua biocompatibilidade sem perder sua 
função estrutural. Devido a essas propriedades, o HA é amplamente utilizado para 
corrigir rugas, linhas finas e rugas, preencher lábios, queixo, bochechas e coordenar 
assimetria e proporções faciais (TAMURA, 2013). 
 
46 
 
8 ÁCIDO HIALURÔNICO 
 
Fonte: redesorrir.com 
A partir da descoberta das causas do envelhecimento, podem ser 
produzidas técnicas de tratamento dos danos do envelhecimento. Uma delas é a 
utilização dos preenchedores disponíveis no mercado, cujo princípio é tratar linhas 
de expressão e restaurar o volume facial. Esses preenchimentos representam uma 
mudança importante no modelo de tratamento (PESSIM,2020). 
Técnicas não invasivas para correção de rugas, sulcos, depressões, 
contorno e volume dos lábios, estão sendo muito procuradas. E o ácido 
hialurônico tem um grande destaque para tal busca, sendo um dos 
preenchedores mais utilizados (SAGRILO, 2018 apud TALARICO et al., 
2010 apud PESSIM,2020). 
O papel do HA na pele e na cartilagem é manter a elasticidade e a umidade 
e se combinar com as moléculas de água. Nos olhos, é uma parte natural dos 
tecidos que os compõem, como córnea, derme e humor vítreo, e sua principal 
função no líquido sinovial é proteger as células (PESSIM,2020). 
 
 
47 
 
O AH foi isolado pela primeira vez, a partir do corpo vítreo de bovinos em 
1934 por Karl Meyer e John Palmer. Posteriormente, no mesmo ano 
conseguiram isolar do cordão umbilical (MEYER; PALMER, 1934 apud 
ROSA, 2008). O primeiro a isolar HA de estreptococos hemolíticos dos 
grupos aeb foi Kendall em 1937. 
O nome desse polímero é derivado da união da palavra hialóide (grego), 
que significa corpo vítreo, e ácido hialurônico, uma das moléculas que 
fazem parte de sua composição. Dissacarídeo do glicosaminoglicano, que 
é um polímero natural do corpo humano encontrado no humor vítreo, 
líquido sinovial, cérebro, cartilagem e derme. Apresenta grandes 
propriedades hidrofílicas, consegue aproximadamente a cada 1 grama 
reter 6 litros de água, tendo características essenciais para hidratação, 
tensão, e integridade dos tecidos (DAHIYA et al., 2013 apud 
BOHAUMILITZKY et al., 2017). 
Dentre as principais propriedades físicas e químicas do ácido hialurônico, 
podemos citar sua viscoelasticidade, consistência gelatinosa e alta hidratação. 
Portanto, ao entrar em contato com uma solução aquosa, ocorre a ligação de 
hidrogênio, que é altamente hidrofílica (PESSIM,2020). 
As principais fontes de extração de HA disponíveis são tecidos animais 
(humor vítreo e cordão umbilical) e cepas de Streptococcus do grupo Lancefield, 
Streptococcus equi ou Streptococcus zooepidermus. Misturado. Desta forma, a 
massa molar é reduzida. (CHONG et al.,1998 apud OGRODOWSKI, 2006). 
O AH produzido pelo Streptococcus é sintetizado como uma cápsula 
extracelular, a qual é excretada no meio de cultivo possibilitando o controle 
das características e do rendimento do produto (BLANCK et al., 1998 apud 
PAN et al., 2013). 
As vias de administração variam de oral, tópico e pesquisas mais relevantes 
para injetáveis. A viscosidade do HA determina sua forma de aplicação, se for 
líquido é determinado para a derme superficial e quanto mais viscoso, mais 
profunda será sua forma de aplicação. Aplicação (derme profunda) (BACHELIER et 
al., 2009 apud LIMA et al., 2016). 
No preenchimento são utilizados dois métodos: aplicações temporárias e 
de longo prazo que varia de acordo com a necessidade do paciente e 
avaliação correta do que foi comprometido, corrigindo as imperfeições 
conforme a idade apresentada, com resultados instantâneos e satisfatórios 
de modo simples e rápido. (MONTEIRO, 2011 apud BERNARDES et al., 
2018). 
 
48 
 
Existem duas técnicas principais para o tratamento do AH, a volumização, 
cuja principal função é restaurar o volume facial em áreas específicas, e a segunda, 
o bioestimulante, que estimula a produção de colágeno e elastina (PAVANI et al., 
2017). 
O AH comercializado vem em uma seringa agulhada com a formulação de 
gel espesso, não particulado, sem cor, formado por uma molécula simples, 
com alto peso molecular e hidrofílico, e pode ser armazenado em 
temperatura ambiente. Moléculas que se ligam ao AH produzem 
macromoléculas, porém com a mesma biocompatibilidade (BOWMAN et 
al., 2005 apud PESSIM,2020). 
 
Fonte: PESSIM,2020 
Várias técnicas de reticulação foram desenvolvidas para evitar a rápida 
degradação do AH na pele e fornecer efeitos de tratamento em longo prazo. Esta 
técnica consegue modelar a uniformidade e o tamanho das partículas, para 
determinar a sua concentração e propriedades viscoelásticas e, consequentemente, 
o seu efeito clínico. (TRAN et al., 2014 apud PRASETYO et al., 2016). 
No Brasil as principais marcas comercializadas são Juvederm®, Belotero®, 
Restylane®, Redexis®, Reviderm®, Matridex®. A utilização da cânula ou agulha na 
 
49 
 
aplicação do produto vai depender da preferência do profissional (GLADSTONE et 
al., 2005 apud FERREIRA, 2016). 
 
 
Fonte: PESSIM,2020 
A injeção nas costas é uma das técnicas mais importantes no processo de 
enchimento, durante a qual é inserida a agulha ou cânula, cujo calibre deve ser 
adequado dependendo do material e das características do paciente, injetando-se 
a agulha em ângulo quase oblíquo . perto da pele. . A técnica de punção, na qual o 
produto é injetado verticalmente na pele, também pode ser utilizada. Após a 
aplicação do produto, a região tratada pode ser modelada com a ponta dos dedos. 
Existe um comportamento para os pontos de aplicação baseado no MD Code ™, 
cujo princípio é realizar o tratamento de forma arquitetônica. É representado por 
uma combinação de letras e números, com as letras representando a localização 
anatômica e os números (PESSIM,2020). 
Atualmente, o AH injetável é considerado o padrão ouro para reposição do 
volume facial com alguns pontos de aplicação principais, preenchendo as dobras 
nasojugal (olheiras), as dobras nasolabiais (bigode chinês), as dobras glabelares 
(dobras nasais e entre as sobrancelhas). ) e linhas finas (pés de galinha) indicam a 
ordem em que as aplicações podem ser feitas. O ponto de aplicação mais 
 
50 
 
importante é o ponto número 1, geralmente o ponto de partida. uma zona de alerta. 
Então, cada paciente tem uma sequência específica (MAIO MD CODE, 2020). 
A perda de volume nas têmporas é um sinal de envelhecimento e, quando 
substituída, promove suporte para a área externa dos olhos, a elevação lateral das 
sobrancelhas e reduz as rugas periorbitais (ALMEIDA et al.,2013 apud ALMEIDA et 
al., 2017). 
A busca pela correção do nariz vem de tempos atrás e a cirurgia plástica 
por ser invasiva, e muitas vezes necessitar da fratura do osso nasal está 
deixando de ser a única opção. Assim, o AH aparece como alternativa por 
ser menos traumático e com mínimos efeitos adversos, custo menor e com 
resultados instantâneos. Essas vantagens apresentadas têm conquistado 
este público que deseja corrigir o nariz

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