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Ana Luiza Bittencourt DIREITO CONSTITUCIONAL II Súmulas e Tribunais Supremo Tribunal Federal (STF) - Art. 101. - Guardião da Constituição > quem define, em última instância, se uma norma é constitucional ou não, é o STF. Porém, nem todas ações chegam ao STF > CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO e CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO, através do Recurso Extraordinário. - O STF é composto por 11 membros. - Requisito para entrar como ministro do STF: ● Idade mínima de 35 e máxima de 70 anos de idade; ● Notável saber jurídico > entendimento jurisprudencial do próprio STF de que é preciso ter bacharelado em Direito. ● Reputação ilibada > quem julga essa reputação é o Senado Federal. - Nomeação: feita pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal, por maioria absoluta. - Competências do STF (art. 102): ● Atua como órgão originário ● Atua como órgão recursal - Legitimados a propor ADI - ação direta e inconstitucionalidade - e ADC - ação declaratória de constitucionalidade - (art. 103): ● 3 pessoas: - Presidente da república; - Governadores dos estados e do DF; - Procurador-Geral da República; ● 3 mesas: - Mesa do Senado Federal; - Mesa da Câmara dos Deputados; - Mesa das Assembleias Legislativas dos Estados ou da Câmara Legislativa do DF; ● 3 entidades: - Partidos políticos com representação no Congresso Nacional = basta ter um representante de cada Casa para ter legitimidade. - Conselho Federal da OAB = conselho sub-seccional e seccional da OAB não possuem legitimidade. - Confederações Sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional = a entidade de classe precisa ser de trabalhador. Súmulas vinculantes – art. 103-A - Lei nº 11.417/06 – regulamenta a súmula vinculante Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. §1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. §2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. §3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. - O STF pode editar: • Súmulas = editadas pelo STF, STJ e TST = não tem caráter de vinculação > são orientações dos tribunais. Precisa da maioria absoluta de seus membros • Súmulas vinculantes = restritas ao STF que irá vincular (não há liberdade de escolha) os demais órgãos do poder judiciário + administração pública direta e indireta. NÃO VINCULA O PODER LEGISLATIVO (respeito ao princípio da separação dos poderes. Precisa de maioria de 2/3 de seus membros. - A edição, revisão e cancelamento de súmula vinculante é de exclusividade do STF, que poderá fazer de ofício ou por provocação: • Das autoridades previstas no art. 103 da CF; • Demais legitimados no art. 3º da lei nº 11.417/06: - Defensor-Geral da União; - Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM); - Tribunais de Justiça dos Estados e do DF; - TRT’s e TRF’s; - TRE’s; - Tribunais Militares. - Para ser criada uma súmula vinculante deve-se existir controvérsia atual sobre matéria constitucional > controvérsia entre os membros do Poder Judiciário ou entre estes e a Administração Pública sobre matéria constitucional. - Em caso de descumprimento de súmula vinculante, deverá ser apresentada reclamação junto ao STF que determinará a anulação do ato. Conselho Nacional de Justiça – art. 103-B - Pertence ao Poder Judiciário, mas não julga processos judiciais, não é órgão judicial. É órgão de controle administrativo e financeiro do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. - O CNJ é presidido pelo Ministro Presidente do STF. - O cargo de Ministro-Corregedor é exercido pelo Ministro do STJ que pertence ao CNJ. Composição do CNJ: - 9 membros do poder judiciário: • Ministro Presidente do STF; • 1 Ministro do STJ (escolhido pelo STJ) > Ministro-Corregedor > fiscalização; recebe denúncia. • 1 Ministro do TST (escolhido pelo TST); • 1 Desembargador de TJ (escolhido pelo STF); • 1 Juiz Estadual (escolhido pelo STF); • 1 juiz de PRF (escolhido pelo STJ); • 1 juiz federal (escolhido pelo STF); • 1 juiz de TRT (escolhido pelo TST); • 1 juiz do trabalho (escolhido pelo TST). - 2 membros do MP (escolhidos pelo PGR): • 1 membro do MPU; • 1 membro do MPE - 2 advogados (OAB); - 2 cidadãos: um indicado pelo Senado Federal e outro indicado pela Câmara dos Deputados. - Mandato de 2 anos, admitida uma recondução. §4º - aborda sobre atos administrativos: Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. Superior Tribunal de Justiça (STJ) – art. 104 – 33 ministros (escolhidos pelo P.R) - 1/3 dentre os juízes dos TRFs e 1/3 dentre desembargadores dos TJs. - 1/3 em partes iguais dentre advogados e membros do MPF, Estadual, Distrito Federal e Territórios, nos moldes do art. 94 da CF. Tribunal Superior de Trabalho(TST) – art. 111-A – 27 ministros (aprovação no SF e nomeados pelo P.R) - 1/5 dentre advogados e membros do MP Trabalho, observado art. 94 da CF. - Demais dentre juízes dos TRTs. Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – art. 115 – mínimo de 7 membros - 1/5 dentre advogados e membros do MP Trabalho. - Demais membros mediante promoção de juízes do trabalho. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – 7 membros - 3 juízes dentre os membros do STF (escolhidos pelo próprio STF). - 2 juízes dentre os membros do STJ (escolhidos pelo STJ). - 2 advogados > nomeados pelo Presidente da República. Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – at. 120 – 7 membros - 1 na capital de cada Estado - 1 no Distrito Federal - Também composto por 7 membros: • 2 desembargadores do TJ; • 2 juízes de direito; • 1 juiz de TRF ou juiz federal; • 2 advogados nomeados pelo P.R Tribunal Regional Federal (TRFs) – art. 107 – mínimo 7 juízes - 1/5, dentre eles advogados e membros do MPF - Até o momento 5 regiões federais - No ano de 2022, foi criada a 6ª região em MG. Superior Tribunal Militar (STM) – art. 123 – 15 ministros - Dos 15 ministros: • 3 oficiais-generais da Marinha • 4 oficiais-generais do Exército • 3 oficiais-generais da Aeronáutica • 5 ministros civis: - 3 advogados - 1 juiz auditor (Justiça Militar – Forças Armadas) - 1 membro do MP militar - Justiça Estadual – 1 por Estado - 1 Tribunal de Justiça do DF - Tribunal de Justiça Militar dos Estados – necessário para criação, de um efetivo militar superior a 20 mil integrantes. QUAL TRIBUNAL NÃO POSSUI A PRESENÇA DO MP? TSE – QUESTÃO AD – PRESCINDÍVEL (NÃO NECESSÁRIO) A PRESENÇA DO MP
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