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Puericultura, Puericultura Patológica, Puericultura do Adolescente e PNI

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Atenção Primária à Saúde 
P5-2022 
 
 
10/10/2022 
Marília Miranda Santana 
 
 
 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 1 
Sumário Bloco II 
 
APS-AULA 01-Puericultura na infância---Pág 
02 
APS-AULA 02- Puericultura Patológica- Pág 
12 
APS-AULA 03- Puericultura do 
adolescente—Pág 22 
APS-AULA 04-Programa nacional de 
imunização—Pág 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 1 
APS- Puericultura na Infância 
 Na alta hospitalar deverá ser 
entregue a Carteira da Criança com os 
dados registrados para mãe e o serviço 
deverá comunicar a APS sobre as condições 
da mãe e do bebê. 
 E implantar práticas efetivas de 
promoção, prevenção e, quando 
necessário, intervenção em saúde é uma 
estratégia de grande impacto na qualidade 
de vida criança, na prevenção das mortes 
precoces por causas potencialmente 
evitáveis e na prevenção de eventos 
crônicos futuros, cardiovasculares e 
metabólicos. 
A chegada da criança 
 A gravidez constitui um período de 
muitas expectativas não só para a 
gestante, mas para toda sua família, que se 
prepara para a chegada de um novo 
membro. 
 Ao atender uma criança, o 
profissional de saúde não pode vê-la como 
um ser isolado, mas como parte de seu 
contexto familiar, com características e 
funcionamentos próprios. 
 O fortalecimento da rede de apoio 
contribui para a superação de dificuldades 
relacionada ao estresse, para a resolução 
de conflitos e o restabelecimento de uma 
dinâmica familiar saudável. Isso constitui, 
inclusive, fator protetor para evitar 
desenvolvimento de relacionamentos 
disfuncionais, tais como: maus tratos à 
criança, violência intrafamiliar, abuso de 
substâncias psicotrópicas, conflitos. 
Visita domiciliar 
 Recomendada às famílias de 
gestantes e de crianças na primeira 
semana pós-parto. Tem os principais 
objetivos: 
 Observar as relações familiares; 
 Facilitar o acesso ao serviço de 
saúde; 
 Possibilitar ou fortalecer o vínculo 
das famílias com as equipes de 
saúde; 
 Escutar e oferecer suporte 
emocional nessa etapa de crise 
vital da família; 
 Estimular o desenvolvimento da 
parentalidade; 
 Orientar sobre os cuidados com o 
bebê; 
 Identificar os sinais de depressão 
puerperal; 
 Estimular o aleitamento materno 
até os 6 meses de idade. 
 Prevenir lesões intencionais; 
 Identificar sinais de perigo à saúde 
da criança. 
É necessário avaliar a presença ou não 
de sinais de alarme na criança: 
 Recusa alimentar; 
 Vômitos importantes; 
 Convulsões ou apneia; 
 Letargia ou inconsciência; 
 FC<100bpm; 
 Respiração rápida; 
 Atividade reduzida; 
 Febre; 
 Hipotermia; 
 Sinal de desconforto respiratório-
batimento de asas do nariz e 
tiragem subcostal; 
 Cianose generalizada ou palidez 
importante; 
 Icterícia visível abaixo do umbigo 
ou nas primeiras 24 horas de vida; 
 Gemidos; 
 Fontanela abaulada; 
 Secreção purulenta de ouvido; 
 Umbigo hiperemiado e/ou com 
secreção purulenta; 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 2 
 Pústula na pele (muitas e 
extensas); 
 Irritabilidade ou dor à 
manipulação. 
Puericultura 
É imprescindível iniciar os 
conhecimentos acerca da puericultura 
entendendo as divisões em etapas da 
infância. 
Etapas Duração 
Recém-nascido 0-28 dias de vida 
Lactente 29 dias a 2 anos 
Pré-escolar 2-7 anos de idade 
Escolar 7 -10 anos de idade 
Adolescente 10-20 anos 
incompletos 
A puericultura é a consulta médica 
periódica na infância que tem por objetivo 
o acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento. 
Atualmente incluem práticas 
definidas, como apreciação de fatores 
individuais e ambientais de proteção e de 
ameaça à saúde, monitoração do 
desenvolvimento, imunizações, testes de 
rastreamento, orientações antecipatórias* 
e aspectos selecionados do exame físico. 
*OBS: sobre inúmeros 
condicionantes de saúde, como nutrição, 
hábitos de vida, disciplina e segurança. 
 O Ministério da Saúde preconiza 7 
consultas de rotina no primeiro ano de 
vida, além de duas consultas no 2º ano de 
vida e após esse período, consultas anuais. 
Segue a tabela de consultas recomendada 
pelo Ministério da Saúde: 
Ministério da Saúde 
Sala de parto 
1ª semana de vida 
1º mês de vida 
2 meses de vida 
4 meses de vida 
6 meses de vida 
9 meses de vida 
12 meses de vida 
2 consultas no 2º ano de vida 
Anual a partir do 2º ano de vida 
 
Entretanto, para a SBP, a 
frequência de consultas deve ser maior: 
Sociedade Brasileira de Pediatria 
Sala de parto 
1ª ou 2ª semana de vida 
Mensal até 6 meses 
Trimestral até 2 anos 
Semestral até 5 anos 
Anual até 19 anos 
 
A Caderneta da Criança 
Para o acompanhamento da 
criança, utiliza-se a Caderneta da Criança 
que, além da avaliação da criança, 
encontram-se informações como: 
 Cuidados com a criança para que 
ela cresça e se desenvolva de 
forma saudável; 
 Direitos e deveres da criança e dos 
pais; 
 Aleitamento materno; 
 Alimentação complementar 
saudável; 
 Vacinas; 
 Saúde bucal; 
 Marcos do desenvolvimento. 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 3 
A Caderneta da Criança, 
atualmente, coloca o questionário M-
CHAT para rastrear autismo na criança, no 
18º e no 24º mês, sendo o normal a 
criança pontuar menos de 2 pontos. 
Se a criança fizer a primeira 
avalição (no 18º mês) e a pontuação for >2, 
esta deve ser encaminhada para fazer uma 
entrevista ampliada. Mas se, aos 18 meses 
de vida, ela pontuar menos que 2 pontos, 
ela só deverá repetir os exames no 24º 
mês. 
A primeira consulta 
 Idealmente na sua primeira 
semana é imprescindível estimular e 
auxiliar a família nas dificuldades do 
aleitamento materno exclusivo, para 
orientar e realizar imunizações, para 
verificar a realização da triagem neonatal 
para estabelecer ou reforçar a rede de 
apoio à família. 
OBS: A criança sai do hospital com as 
vacinas da hepatite e a BCG. 
Subjetivo 
 Deve-se avaliar as condições do 
nascimento da criança (onde foi o parto, 
quando foi o parto, o tipo de parto, idade 
gestacional, índice de Apgar, 
intercorrências no parto, amamentação na 
primeira hora, clampeamento tardio ou 
imediato) e os antecedentes familiares (as 
condições de saúde dos pais e dos irmãos, 
o número de gestações, o número de 
irmãos). 
 Ademais, é importante buscar a 
história alimentar da criança (se está em 
amamentação exclusiva, se está em 
alimentação predominante ou 
complementar). Idealmente, o leite de 
vaca deve ser dado a partir de um ano de 
idade. 
Deve ser investigado o quanto de 
leite artificial a mãe está ofertando a 
criança, pois altas dosagens podem 
sobrecarregar a criança, a quantidade de 
leite artificial está entre 25-30ml/Kg. 
É importante avaliar os hábitos de 
diurese (fator importante para avaliar a 
hidratação da criança) e intestinal da 
criança, buscando analisar a frequência de 
evacuações e a consistência. 
Também é preciso analisar os 
hábitos e higiene da criança: número de 
banhos por dia (idealmente 1 por dia), uso 
de produtos de higiene, posição para 
dormir (deve dormir em decúbito dorsal 
pelo menos até os 2 meses), lavagem nasal 
(pode ser feita desde o nascimento como 
profilaxia para infecções virais), banho de 
sol, local de dormir, posição de dormir e 
como é feito o transporte da criança. 
Além disso, deve-se avaliar o uso 
de medicamentos e suplementação. 
Objetivo 
 O exame físico deve ser cuidadoso 
para não ser tão desagradável para a 
criança que, na maioria das situações, sofre 
o impacto do estranhamento com o 
ambiente e o profissional. Sendo 
imprescindível apresentar os instrumentos 
à criança, conversar com ela sobre o exame 
ser indolor e, senecessário, realiza-lo no 
colo da mãe ou pai. 
 Na caderneta é possível encontrar 
informações acerca do parto, como: 
 Tipo de parto; 
 Local do parto; 
 Dados antropométricos ao nascer: 
peso, comprimento e perímetro 
cefálico; 
 APGAR. 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 4 
 É necessário registrar os testes de 
triagem neonatal, sendo obrigatório a 
criança sair da maternidade tento feito o 
Teste do Coraçãozinho. Atualmente, o 
teste do coraçãozinho é feito após 24 
horas de vida, e tem resultado negativo 
quando a saturação está acima de 95% e a 
diferença entre membro superior e 
membro inferior é > que 3%. 
Em situações em que a criança tem 
saturação entre 90-94% ou a diferença 
entre membro superior e membro inferior 
é > que 4%, deve-se repetir o exame após 1 
hora, se após 1 hora o resultado continua 
com essas alterações ela tem o teste 
positivo. Já quando a saturação está 
inferior a 89%, já considera a criança com 
cardiopatia. 
O Teste do Pezinho, atualmente, 
tem a capacidade de detectar mais de 50 
doenças além da fenilcetonúria, 
hipotireoidismo congênito, síndromes 
falciformes, fibrose cística, hiperplasia 
adrenal congênita e deficiência de 
biotinidase. 
Vacinação 
Tempo Vacinação 
Ao nascer BCG + Hepatite B 
2 meses Pentavalente + VIP 
+ Rotavírus 
+Pneumo 1 V 
3 meses Meningo C 
4 meses Pentavalente + VIP 
+ Rotavírus 
+Pneumo 10v 
5 meses Meningo C 
6 meses Pentavalente + VIP 
9 meses Febre amarela 
12 meses Tríplice viral + 
Meningo C + 
Pneumo 10v 
15 meses Hepatite A +DTP 
+VOP+ Tetraviral 
4 anos DTP+VOP+Febre 
amarela+Varicela 
Anual Influenza 
Adolescente dT a cada 10 anos, 
meningo ACWY 11-
12 anos, HPV 2 
doses 9-14 anos. 
 OBS: Em crianças prematuras a 
idade corrigida não tem importância para 
a vacinação, sendo seguida a idade 
cronológica. 
Exame Físico 
 Deve ser realizada no sentido 
crânio-caudal e nesse processo, deve-se 
avaliar: 
 Peso, comprimento e perímetro 
cefálico; 
 Estado geral, temperatura; 
 Faciéis típicas, olhos, orelhas, nariz 
e cavidade oral; 
 Crânio/ fontanelas; 
 Pele, mucosas e fâneros: edema, 
palidez, icterícia* e cianose; 
 Pescoço; 
 Tórax: aparelhos cardiovascular e 
respiratório; 
 Coluna: importante avaliar 
pilificação sacral ou saculações, 
buscando espinha bífida ou 
meningocele; 
 Abdome; 
 Genitália/ânus; 
 Membros inferiores: Manobras de 
Ortolani e Barlow; 
 Avaliação neurológica: reflexos 
primitivos. 
OBS: *Se a criança apresenta icterícia em 7 
dias ou em menos de 24horas, necessita de 
uma avaliação minuciosa, colocando os 
valores de bilirrubina no Gráfico de 
Buthani. Outro fator que pode avaliar a 
icterícia é a busca desta através das Zonas 
de Kramer. 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 5 
 
Figura 1- Gráfico de Buthani 
 A icterícia apresenta progressão 
craniocaudal e pode ser detectada 
visualmente por meio da digitopressão na 
pele do recém-nascido. É classificada de 
acordo com cinco Zonas de Kramer, a 
saber: 
-Zona 1: Icterícia na cabeça e pescoço; 
-Zona 2: Icterícia da cabeça até a cicatriz 
umbilical; 
-Zona 3: Icterícia da cabeça até os joelhos e 
cotovelos; 
-Zona 4: Icterícia nos braços, antebraços e 
pernas; 
-Zona 5: Icterícia nas mãos e pés. 
 
 Quanto maior o número de áreas 
atingidas, maiores os níveis séricos de 
bilirrubina. A icterícia patológica costuma 
apresentar manifestações clínicas como 
anemia, plaquetopenia, letargia e perda 
de peso. 
 
 Orientações 
 A condição de saúde da criança, 
esclarecendo o diagnóstico à mãe 
ou responsável em linguagens de 
fácil compreensão; 
 Importância do aleitamento 
materno exclusivo, imunização, 
cuidados com a higiene, sono e 
desenvolvimento normal da 
criança; 
 Sinais de alerta e se presentes 
procurar hospital de referência; 
 Importância do acompanhamento 
de puericultura no 1º ano de vida 
da criança; 
 Medidas preventivas e 
terapêuticas, quando necessário; 
 Referências e/ou especialidades, 
quando necessário; 
 Retorno semanal para controle de 
peso, quando necessário; 
 Estimulação adequada, quando 
necessário; 
 Cuidados na prevenção de 
acidentes; 
 Importância da construção do 
vínculo afetivo mãe com a criança. 
Consultas Subsequentes 
 Avaliar intercorrências internações 
hospitalares; 
 Avaliar histórico alimentar: 
amamentação, uso do aleitamento 
artificial, alimentação 
complementar; 
 Diurese e hábito intestinal; 
 Hábitos e higiene; 
 Uso de medicamentos e 
suplementação; 
 Avaliar situação vacinal; 
 Exame físico; 
 Desempenho escolar, práticas de 
atividades físicas, exposição à telas. 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 6 
Ao término de cada consulta, devemos 
formular não só as hipóteses diagnósticas 
de possíveis patologias apresentadas pela 
criança, mas também seis diagnósticos de 
normalidade da criança. 
Uma maneira prática de fazer uma boa 
pesquisa a esses quesitos, é utilizar do 
Protocolo Cevada. 
C Crescimento 
E Estado Nutricional 
V Vacinação 
A Alimentação 
D Desenvolvimento 
A Ambiente físico e 
emocional 
Antropometria 
 É o melhor parâmetro para 
avaliação da saúde da criança. O peso e 
altura são os dos índices mais importantes 
para avaliação do crescimento e o peso 
para a avaliação da nutrição da criança. 
 A avaliação do crescimento 
depende de múltiplos fatores, dentre os 
quais a alimentação saudável e a ausência 
de doenças orgânicas, sendo esta 
relacionada diretamente ao calendário 
vacinal. A velocidade de crescimento é 
acelerada até os dois anos, diminui até os 
5 e se mantém constante até a puberdade. 
Curvas de Referência 
Na caderneta da criança encontram-se 
gráficos para análise das medidas 
antropométricas da criança, sendo eles: 
 Comprimento/estatura para idade 
até os 5 anos; 
 Estatura para idade dos 5-19 anos; 
 Peso para idade até os 10 anos; 
 Peso para estatura até os 5 anos; 
 IMC para idade até os 19 anos; 
 Perímetro cefálico até os 2 anos. 
Peso 
O peso é um importante indicador 
das condições de saúde e da nutrição da 
criança. Parâmetro de fácil obtenção e 
sensível aos agravos. Há uma perda 
fisiológica: 10% do peso do nascimento 
(até o 5º dia de vida), com recuperação: 
até o 10º dia de vida. 
 
O normal é que a criança esteja entre -
2 e +2. Entre +1 e +2, a criança tem risco de 
sobrepeso. Entre +2 e +3, tem risco de 
obesidade e acima de +3, a criança é 
classificada como obesa. 
 Curvas ascendentes: indica uma 
criança sadia que está ganhando 
peso. 
 Curvas paralelas: indica uma 
criança que não está ganhando 
peso: 
 Curvas decrescentes: indica uma 
perda de peso. 
OBS Sanarflix: O diagnóstico nutricional da 
criança é dado pelo gráfico de peso para 
estatura da criança ou pelo gráfico do IMC 
para a idade. 
 Quando falamos do IMC, pode 
ocorrer as seguintes situações: 
 Criança abaixo de -3: Magreza 
acentuada; 
 Criança entre -3 e -2: Magreza; 
 Criança entre -2 e +1: Eutrófica; 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 7 
 Criança entre +1 e +2: Risco de 
sobrepeso; 
 Criança entre +2 e +3: Sobrepeso; 
 Criança acima de +3: Obesidade. 
 
OBS: Na tabela referente a crianças entre 5 
a 19 anos, não há risco de sobrepeso, 
sendo já sobrepeso quando o escore 
estiver entre +1 e +2. 
 Uma forma de avaliar o 
crescimento e o estado nutricional da 
criança é pelo ganho de peso ao longo da 
infância. 
Peso ganho (mês) Período 
700-900 gramas 1º Trimestre 
500-600 gramas 2º Trimestre 
400-500 gramas 3º Trimestre 
350-400 grama 4º Trimestre 
Comprimento 
 
 A criança é considerada de baixa 
estatura é situada entre -2 e -3, se estiver 
abaixo de -3 a criança é classificada como 
estatura muito baixa. É considerada como 
normal, a criança que está entre -2 e +2. 
Estatura ganha 
(mês)Período 
3cm 0-3 meses 
2cm 3-6 meses 
1-1,4cm 6-12 meses 
1-2 anos 1cm 
2-4 anos 0,75cm 
 
Perímetro Cefálico 
 Consideramos o perímetro cefálico 
como adequado quando ele está entre os 
escores -2 e +2. É possível ter as seguintes 
situações: 
 Criança entre -3 e -2: Microcefalia; 
 Criança abaixo de -3: Microcefalia 
grave; 
 Criança entre +2 e +3: 
Macrocefalia; 
 O cálculo do perímetro cefálico é 
feito da glabela até a eminência occipital. 
Desenvolvimento neuropsicomotor 
Corresponde a uma transformação 
complexa, continua, dinâmica e 
progressiva, que inclui do crescimento, 
maturação, aprendizagem e aspectos 
psíquicos e sociais. 
Se houver dificuldade de aquisição 
de determinada habilidade, os pais ou 
cuidador deverão ser orientados quanto à 
necessidade de estimulação; na 
persistência e evolução progressiva do 
déficit de desenvolvimento, a criança 
deverá ser encaminhada à referência de 
risco, quando necessário. 
Antes de entender os marcos do 
desenvolvimento é imprescindível 
entender qual a normalidade de um 
recém-nascido. Estes possuem postura 
assimétrica, com predomínio do tônus 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 8 
flexor nos membros, hipotonia da 
musculatura paravertebral (o que justifica 
ele não conseguir manter a cabeça ereta) e 
apresenta os reflexos primitivos. 
OBS: Faz parte dessa avaliação a aferição 
do perímetro cefálico, que deve ser 
realizada até os 2 anos de idade, sendo o 
valor normal entre -2 e +2. Além da 
avaliação dos Marcos do Desenvolvimento. 
Reflexos 
1. Reflexo de Moro 
Deve-se segurar a criança levemente 
estendida e com uma mão unir seus braços 
para próximo do tórax. O avaliador deve 
simular uma queda e com isso a criança 
fará movimento de abertura dos braços. 
 
Figura 2- Reflexo de Moro 
2. Reflexo de Galant 
Com a criança em decúbito ventral no 
braço do avaliador, deve-se fazer um 
estímulo tátil superficial no dorso da 
criança. Em testes normais, a criança fará 
flexão para a mesma direção em que foi 
estimulada. 
 
Figura 3- Reflexo de Galant 
3. Reflexo de Busca 
Com a criança em decúbito dorsal, o 
avaliador vai fazer estímulos nas 
comissuras da boca e a criança deve 
realizar movimento com a cabeça a favor 
do estímulo. 
 
Figura 4- Reflexo de Busca 
4. Reflexo de Sucção 
O avaliador vai aproximar o dedo 
(fazendo uso de luva) ou 
chupeta/mamadeira da boca da criança e 
ela vai realizar a sucção do objeto. 
 
Figura 5- Reflexo de Sucção 
5. Reflexo de Marcha 
O avaliador posiciona a criança em posição 
ortostática e inclina o tronco para frente, o 
apoiando no antebraço. A criança dará 
passos quando o reflexo for positivo. 
 
Figura 6- Reflexo de Marcha 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 9 
Marcos do Desenvolvimento 
Idade Marcos 
0-1 mês -Posição fletida; 
-Observa um rosto; 
-Reage ao som; 
-Eleva a cabeça. 
1-2 meses -Sorri quando 
estimulada; 
-Abre as mãos; 
-Emite sons; 
-Movimenta os 
membros; 
2-4 meses -Responde ao 
contato social; 
-Segura objetos; 
-Emite sons, ri alto; 
-Levanta a cabeça e 
se apoia no 
antebraço de 
bruços. 
4-6 meses -Busca objetos; 
-Leva objetos a 
boca; 
-Localiza o som; 
-Muda de posição 
(rola). 
6-9 meses -Brinca de esconde-
esconde; 
-Transfere objetos 
de uma mão para 
outra; 
-Duplica sílabas; 
-Senta-se sem 
apoio; 
9-12 meses -Imita gestos; 
-Faz movimento de 
pinça; 
-Produz jargão; 
-Anda com apoio. 
 
 A partir da presença de marcos e 
de outras condições, podemos classificar 
que a criança está com: 
 Provável atraso no 
desenvolvimento 
Acontece quando o escore do perímetro 
cefálico está inferior à -2 ou superior à +2; 
Ou 
Presença de 3 ou mais alterações 
fenotípicas; 
Ou 
Ausência de 1 ou mais marcos para a faixa 
etária anterior. 
 Nessas situações deve-se acionar a 
rede de atenção especializada para 
avaliação do desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alerta para o desenvolvimento 
 
Acontece quando tem ausência de 1 ou 
mais reflexos para a sua faixa etária; 
Ou 
Todos os reflexos para a sua faixa etária 
estão presentes, mas existe 1 ou mais 
fatores de risco*. 
 
 Nessas situações deve-se orientar 
a mãe sobre a estimulação da criança e 
marcar consulta de retorno em 30 dias. 
Além de informar à mãe sobre os sinais de 
alerta para retornar antes de 30 dias. 
 
 Desenvolvimento adequado 
 
Acontece quando todos os reflexos estão 
presentes para a sua faixa etária. 
 
 Nessa situação deve-se elogiar a 
mãe, orientar para que continue 
estimulando, retornar para 
acompanhamento conforme a rotina do 
serviço de saúde e informar sobre os 
sinais de alerta. 
 
*OBS:São fatores de risco perinatais para 
distúrbios do desenvolvimento: gravidez 
não planejada, ausência de pré-natal, 
infecções durante a gestação, uso materno 
de drogas ou álcool, intercorrências 
durante o parto e prematuridade. 
Exemplo de alterações fenotípicas 
 Fenda palpebral oblíqua; 
 Implantação baixa da orelha; 
 Lábio leporino; 
 Pescoço curto; 
 Linha Simiesca. 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 10 
Triagem precoce para autismo- 
M-CHAT 
 Deve ser feito no 18º e no 24º mês, 
tento o valor de normalidade abaixo de 2 e 
com valores acima de 3, é necessário fazer 
uma entrevista ampliada para melhor 
rastreio. 
 O encaminhamento da criança é 
feito de acordo com o atraso de fala, por 
exemplo, se a criança só tem apenas um 
atraso na fala, faz-se o encaminhamento 
para o fonoaudiólogo, em casos da criança 
ter apenas dificuldade para andar (anda na 
ponta dos pés), ela deve ser encaminhada 
somente para o fisioterapeuta. 
 
Suplementação 
1. Ferro 
O Ministério da Saúde recomenda que 
crianças com 6 meses devem iniciar a 
suplementação de ferro elementar com 1-
2mg/Kg de peso para crianças até 2 anos 
de vida. 
2. Vitamina D 
É feito 2 gotas até 1 anos 3 gotas após 
o 1º ano e deve ser dada até o 3º ano de 
vida. 
3. Vitamina A 
Administração via oral de megadose de 
vitamina A: 
-Crianças de 6 meses a 11 meses de idade: 
1 megadose de vitamina A de concentração 
de 100.000Ui; 
-Crianças de 12 a 59 meses de idade: 1 
megadose de vitamina A de concentração 
de 200.000Ui a cada 6 meses. 
Crianças Suplementação 
RN a termo em 
aleitamento 
materno exclusivo 
e bem 
1mg/Kg/ dia, a 
partir dos 6 meses 
até 2 anos 
RN a termo com 
<2,5Kg 
2mg/Kg/dia, 
iniciada com 30 
dias, durante um 
ano e depois disso 
1mg/Kg/dia. 
RN prematuro com 
peso>1,5kg 
2mg/Kg/dia, 
iniciando com 30 
dias de vida, 
durante um ano e 
depois disso 
1mg/kg/dia. 
RN prematuro 
entre 1,5-1kg 
3mg/kg/dia, 
iniciando com 30 
dias, durante um 
ano e depois disso 
1mg/kg/dia. 
RN prematuro com 
menos de 1Kg 
4mg/kg/dia, 
iniciado com 30 
dias, durante um 
ano e depois disso 
1mg/kg/dia. 
 
OBS: Se a criança possuir algum fator de 
risco, a suplementação deve ser iniciada 
com 3 meses de idade. 
 
 
 
 
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Aps- Puericultura patológica 
A atenção Integrada às Doenças 
Prevalentes da Infância (AIDPI) tem o 
objetivo melhorar as condições de saúde 
da infância, diminuir a mortalidade infantil, 
melhorar a qualidade de desenvolvimento 
e nutrição. O objetivo não é identificar a 
doença em si, mas classificar os risco da 
criança. 
Atenção à criança doente de 2 meses a 
5 anos 
1. Receba a mãe e peça-lhe o que se 
sente. Diga seu nome, sua função e 
pergunte o seu nome e o da 
criança; 
2. Pergunte à mãe qual o problema 
da criança; 
3. Determine se é a primeira consulta 
ou consulta de retorno para esse 
problema. 
VERIFICAR SINAIS DE PERIGO 
Perguntas Observar 
A criança consegue 
beber ou mamar 
no peito? 
Se a criança está 
letárgica ou 
inconsciente 
A criança vomita 
tudo o que ingere? 
Se a criança 
apresenta tempo 
de enchimento 
capilar >2 segundos 
A criança 
apresentou ou 
movimentos 
anormais há menos 
de 72 horas? 
Se a criança 
apresenta 
batimento de asa 
nasal e/ou 
gemência. 
 
 
 
 
 
Avaliar e classificar a tosse ou a 
dificuldade de respirar 
Perguntar Observar 
Há quanto tempo? Contar a frequência 
respiratória em um 
minuto; 
Ocorreu febre em 
algum momento do 
processo de tosse? 
Se há tiragem 
subcostal; 
A criança tem 
sibilância, chiado 
ou cansaço? 
Se há estridor ou 
sibilância; 
 
Idade FR Rápida 
< 2 meses >60irpm 
2-12 meses >50irpm 
1-5 anos >40irpm 
 
 A partir desses dados, é possível 
formar diagnóstico e conduta da criança, 
sendo estas as situações principais: 
SITUAÇÃO 01: Se a criança tiver algum 
sinal geral de perigo ou sinais de 
desconforto respiratório ou estridor em 
repouso, deve-se classificar em pneumonia 
grave ou doença muito grave, devendo ser 
encaminhada imediatamente para o 
hospital, para receber o antibiótico mais 
rápido possível (se for unidade mista, pode 
ser feito logo na unidade), evitar 
hipoglicemia e receber O2, se possível. 
SITUAÇÃO 02:Em casos em que a criança 
se encontre apenas com quadro de 
taquipneia, deve-se classificar com 
pneumonia e o tratamento e 
acompanhamento deve ser feito na 
unidade básica, alertando aos pais acerca 
dos sinais de alarme para que possam 
retornar os mais rápido possível. 
Prescrever antibiótico para 7 dias, aliviar a 
tosse com medidas caseiras e o retorno em 
2-3 dias para nova avaliação. 
Se a criança apresentar qualquer sinal de 
perigo necessita ser urgentemente assistida, 
preferencialmente no hospital. 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 13 
SITUAÇÃO 03: A criança que não 
apresenta nenhuma alteração, esta não 
está com pneumonia. Ela deve ser 
acompanhada em casa, com remédios 
sintomáticos, informando aos pais acerca 
dos sinais de alerta, se a criança não 
melhorar em 5 dias deve retornar à UBS e 
se persistir por mais de 14 dias deve-se 
seguir com investigação minuciosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento de pneumonia 
Se a criança for pré-escolar, é 
preferencialmente utilizar a amoxicilina e 
para aquelas que estão já na fase escolar 
amoxicilina+clavulonato. Em casos de 
alergia, utiliza-se a eritromicina e 
cefalosporinas de 1ª geração. 
Fármacos Posologias 
Amoxicilina 250mg/5mL, peso : 
3, 8/8 horas por dia 
durante 7 dias. 
Amoxicilina + 
Clavulonato 
250mL/5mL, peso: 
3,8/8 horas por 7 
dias. 
Eritromicina 250mg/5mL, peso : 
3, 6/6 horas por dia 
durante 7 dias. 
 
A primeira linha para tratamento é a 
amoxicilina 
Avaliar a sibilância 
Perguntar Observar 
Há quanto tempo? Nível de 
consciência da 
criança; 
Primeira crise? Se há sibilância; 
Está em uso de 
broncodilatador 
adequadamente há 
24 horas? 
Se há estridor em 
repouso; 
 Sinais de 
dificuldade 
respiratória: 
tiragem e uso de 
musculatura 
acessória; 
 FR em um minuto; 
 Se possível, SatO2 
 Quando a criança tem menos de 2 
anos e apresenta episódio de sibilância, 
deve-se suspeitar de bronquiolite viral 
aguda. Já em crianças com mais de 2 anos, 
com episódios de sibilância ou dispneia, 
despertar noturno, sintomas aos esforços 
ou à exposição de alérgenos, história de 
dermatite ou alergias alimentares, história 
familiar de asma ou alergias, deve-se 
suspeitar de asma. 
OBS: Para o tratamento de bronquiolite 
viral aguda, deve ser feito apenas o 
tratamento sintomático e de suporte. 
 A partir desses dados, é possível 
formar diagnóstico e conduta da criança, 
sendo estas as situações principais: 
SITUAÇÃO 01: Quando a criança tem sinais 
de perigo, letargia ou sempre agitada, 
estridor em repouso, fala frases 
entrecortadas ou choro curto ou não 
consegue chorar, tiragem universal e 
saturação < 90%, esta é classificada em 
sibilância grave ou doença muito grave e 
esta deve receber oxigênio (se disponível) , 
beta-2-agonista por via inalatória, 
primeira dose do corticoide, primeira dose 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 14 
do antibiótico e referir urgentemente ao 
hospital. 
SITUAÇÃO 02: Quando a criança tem nível 
consciência normal com períodos de 
agitação, fala entrecortada, tiragem 
subcostal, respiração rápida e saturação 
entre 91-95%, esta é classificada com 
sibilância moderada, esta deve receber 
beta-2-agonista por via inalatória (até 3 
vezes, a cada 20 minutos), administrar 
corticoide oral. Se não melhorar, deve-se 
administrar antibiótico injetável e O2, se 
possível. Se melhorar, deve receber 
tratamento domiciliar com beta-2-agonista 
por via inalatória (por5 dias), corticoides 
por via oral (3 dias), dar orientações a mãe 
para o controle da asma e quando retornar 
imediatamente e marcar retorno em dois 
dias. 
SITUAÇÃO 03: Quando a criança não tem 
sinais de perigo ou a saturação esta >95%, 
esta é classificada em asma leve. Ela 
recebe o beta-2-agonista para usar em casa 
por via inalatória (5 dias), se estiver em uso 
de beta-2-agonista há 24 horas ou mais, 
prescrever corticoide por via oral (3 dias), 
dar orientações à mãe para o controle da 
asma e quando retornar imediatamente, 
seguimento em dois dias, se não melhorar 
ou se estiver usando corticoide. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento de sibilância 
Salbutamol ou fenoterol spray* 
Administrar de 6/6 horas por 5 dias. 
Idade Spray 
<2 anos 2/3 jatos/dose* 
>2 anos 2/4 jatos/dose 
*100mcg por jato 
Se não houver broncodilatador inalatório 
em spray, usa Salbutamol ou fenoterol 
gotas (5mg/mL) de 6/6 horas por 5 dias 
Nebulização 1g/ 3Kg de peso* 
 
*máximo de 10 gotas a cada nebulização. 
Deve-se preparar a nebulização com 3mL 
de soro fisiológico a 0,9% e nebulizar a 
criança até terminar a mistura. 
 
Uso de corticoide sistêmico (VO) 
Prednisolona 
3mg/mL 
Prednisona 
comprimido 
5mg 
Prednisona 
comprimido 
20mg 
Dose: 1mg a 2mg/Kg/dia, pela manhã, em 
dose única por 3 dias. 
Avaliar e classificar a diarreia 
Risco de morrer por diarreia: 
 Ser menor de 1 ano; 
 Não estar em aleitamento 
materno; 
 Chegar à UBS desidratada; 
 Ser desnutrida; 
 Ser portadora de diarreia 
persistente; 
 Residir em área de risco quanto à 
oferta de saúde e saneamento 
básico; 
 História familiar de óbito em <5 
anos por diarreia. 
Perguntas Observar 
Há quanto tempo? A condição geral da 
criança. Encontra-
se: letárgica ou 
inconsciente? 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 15 
Inquieta ou 
irritada? 
Há sangue nas 
fezes? 
Se os olhos estão 
fundos; 
 Oferecer líquidos a 
criança. A criança: 
não consegue 
beber ou bebe 
muito mal? Bebe 
avidamente, com 
sede? 
 Sinal da prega: a 
pele volta ao 
estado anterior: 
-Muito 
lentamente>2 seg 
-Lentamente 1-2 
seg 
*dois dos sintomas; 
SITUAÇÃO 01: Se a criança está letárgica 
ou inconsciente ou com sinal da prega 
alterada ou com olhos fundos ou não 
consegue beber ou bebe muito mal, 
classifica-se a criança com desidratação 
grave, nessa situação, em que a criança 
não se enquadra em outra classificação 
grave, deve-se utilizar o plano c de 
reidratação. Se a criança se enquadra em 
outra classificação grave, deve-se referir 
urgentemente, administrando-lhe goles 
frequentes de SRO durante o trajeto. Se a 
criança tem 2 anos ou mais, e houver 
cólera na sua localidade, deve-se 
administrar antibiótico. 
SITUAÇÃO 02: Se a criança está inquieta 
ou irritada, olhos fundos, bebe 
avidamente ou tem o sinal da prega, esta 
criança é classificada com desidratação, 
nessa situação deve-se utilizar o plano b de 
reidratação, zinco por 10 dias, informar a 
mãe sobre quando retornar 
imediatamente, seguimento em 5 dias se 
não melhorar Se a criança se enquadra em 
outra classificação grave, deve-se referir 
urgentemente, administrando-lhe goles 
frequentes de SRO durante o trajeto. 
SITUAÇÃO 03: Se a criança não tem 
nenhum sinal de alarme, é classificada 
com sem desidratação e deve fazer uso do 
plano A de reidratação e zinco por 10 dias, 
informar à mãe quando retornar 
imediatamente e fazer seguimento em 5 
dias se não melhorar. 
 Plano A- SRO 75 mEq: 
 Até 1 ano de idade: a 100 
mL após cada evacuação; 
 1 ano ou mais: 100 a 
200mL após cada 
evacuação. 
 Plano B- SRO 75 mEq: 
 75mL/Kg em 4/4 horas até 
a diurese abundante; 
 Plano C- Hidratação Venosa 
 Dar zinco: 
Idade Dose de zinco 
Até 6 meses 10mg dia 
>6 meses 20 mg dia 
OBS: Deve ser manipulado como sulfato de 
zinco a 10%. 
Plano A- Tratar Diarreia em Casa 
 Recomendar a mãe, pai ou 
responsável pelo cuidado sobre as três 
regras do tratamento domiciliar: dar 
líquidos, continuar a alimentar, avisar 
quando retornar. 
1. Dar líquidos adicionais (tanto 
quanto a criança aceitar). 
Recomendar a: amamentação com 
frequência e por tempo mais longo 
a cada vez. 
 Se a criança se alimenta 
exclusivamente de leite 
materno, pode-se dar SRO 
além do leite materno. 
 Se a criança não estiver em 
regime exclusivo de leite 
materno, dar um ou mais 
dos seguintes itens: SRO, 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 16 
líquidos caseiros (caldo, 
soro caseiro) ou água 
potável. 
2. Continuar a alimentar; 
3. Quando retornar. 
Avaliar e Classificar a diarreia 
-Diarreia persistente grave: acima de 14 
dias e com a presença de desidratação. 
Nessa situação, se a criança não se 
enquadra em nenhuma outra situação 
grave, deve-se tratar a desidratação antes 
de referir ao hospital. 
-Diarreia persistente: acima de 14 dias, e 
nessa situação deve-se reavaliar se a 
criança tem algum grau de desnutrição; 
deve-se administrar zinco por 10 dias, 
marcar retorno em 5 dias; 
-Disenteria: sangue das fezes. Nesses 
casos, é preciso ofertar antibiótico e zinco 
oral, alertar sinais de alarme; 
Antibióticos 
-Sulfametoxazol + trimetropima 
250mg/5mL (peso:2) de 12/12 horas por 5 
dias; 
Avaliar e classificar febre 
Perguntar Observar 
Determinar risco 
de malária 
-área sem risco 
-área com risco: 
gora espessa. Se 
positivo: 
-Há quanto tempo? 
-Se há mais de 5 
dias: houve febre 
todos os dias? 
-Rigidez de nuca; 
-Petéquias; 
-Abaulamento de 
fontanela; 
*um dos sinais 
SITUAÇÃO 01: Com a presença de um dos 
sinais citados, rigidez na nuca, petéquias e 
abaulamentos de fontanelas a criança é 
classificada em doença febril muito grave 
e ela deve receber a primeira dose 
antibiótico, tratar a criança para evitar a 
hipoglicemia, dar antitérmico se a 
temperatura for > 38° C e deve ser 
encaminhada para o hospital; 
SITUAÇÃO 02: Nenhum sinal de doença 
febril muito grave esta é classificada em 
doença febril e deve receber antitérmico 
se a temperatura for > 38°C , informar à 
mãe sobre quando retornar 
imediatamente, seguimento em 2 dias se a 
febre persisti e se tiver febre todos os dias 
por mais de 5 dias, realizar a investigação. 
OBS: Crianças com doença falciforme ou 
oncológicas, devem ser encaminhadas 
para o hospital. 
Tratamento 
 Ibuprofeno 50mg/mL, 2 
gotas/Kg/dose de 8/8 horas (acima 
de 6 meses); 
 Paracetamol 200mg/mL, 1g/peso, 
6/6 horas; 
 Dipirona 500mg/mL, 
1gota/2Kg/dose, de 6/6 horas se 
necessário; 
Avaliar e classificar problemas de 
ouvido 
Perguntar Observar 
Está com dor no 
ouvido? 
Observar se há 
secreção purulenta 
nos ouvidos; 
Há secreção no 
ouvido? Se sim, há 
quanto tempo? 
Palpar para 
determinar se há 
tumefação dolorosa 
atrás das orelhas; 
SITUAÇÃO 01: Se tumefação ou hiperemia 
na região mastoidea, ela é classificada com 
mastoidite e deve ministrar a primeira 
dose de um antibiótico recomendado, dar 
analgésico em caso de dor e referir 
urgentemente ao hospital. 
SITUAÇÃO 02: Se a criança tem secreção 
purulenta visível no ouvido há menos de 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 17 
14 dias ou otoscopia alterada*, ela é 
classificada em infecção aguda do ouvido e 
ela deve receber antibiótico por 8 dias, 
analgésicos se sentir dor, secar ouvidos e 
marcar retorno com dois dias; 
SITUAÇÃO 02.1: Dor no ouvido, é 
classificada com possível infecção aguda 
no ouvido e neste caso ela deve receber 
analgésico em caso de dor, marcar retorno 
com dois dias e orientar sinais de retorno 
imediato. 
SITUAÇÃO 02.2: Secreção purulenta visível 
no ouvido há mais de 14 dias é classificada 
como infecção crônica do ouvido e nesta 
situação deve-se secar o ouvido com uma 
mecha, marcar retorno com 5 dias e 
orientar sinais de retorno imediato. 
SITUAÇÃO 03: Se não tem dor de ouvido e 
não foi notadaalguma secreção purulenta 
no ouvido, não há infecção do ouvido e 
não deve ser feito nenhum tratamento 
adicional. 
Avaliar e Classificar o Problema de 
Ouvido 
a) Otite Externa 
-Afecção inflamatória e/ou infecciosa do 
conduto auditivo externo e da região 
auricular. 
-É considerada uma afecção dermatológica 
com localização otológica 
Fatores predisponentes 
-Obstrução anatômica do conduto auditivo 
externo; 
-Uso de aparelhos de amplificação sonora 
individuais; 
-Cotonetes ou outros objetos introduzidos 
no conduto auditivo externo; 
-Ambiente úmido, quente. 
Bactérias mais envolvidas 
-Pseudomonas aeruginosas; 
-Staphilococcus aureus. 
 
b) Otite Média Aguda 
-É uma infecção aguda em ouvido médio 
com início rápido dos sinais e sintomas; 
-É recorrente quando ocorrer três 
episódios de OMA em 6 meses ou 4 
episódios em 1 ano; 
c) Otite Média com Efusão 
-É a presença de efusão em orelha média, 
sem sinais e sintomas de infecção e com 
membrana timpânica intacta. 
-Agentes etiológicos: VRS, parainfluenza I e 
II, adenovírus. 
-Bacterianos: Streptococus pneumonie, 
Haemophilus influenzar, Moraxella 
catharallis. 
Tratar Dor de Ouvido 
 Ibuprofeno 50mg/mL, 2 
gotas/Kg/dose de 8/8 horas (acima 
de 6 meses); 
 Paracetamol 200mg/mL, 1g/peso, 
6/6 horas; 
 Dipirona 500mg/mL, 
1gota/2Kg/dose, de 6/6 horas; 
Tratar Infecção Aguda de Ouvido 
Antibiótico de escolha: Amoxicilina por 
8 dias. 
Fármacos Posologias 
Amoxicilina 250mg/5mL, peso : 
3, 8/8 horas por dia 
durante 8 dias. 
Amoxicilina + 
Clavulonato 
250mL/5mL, peso: 
3,8/8 horas por 8 
dias. 
Eritromicina 250mg/5mL, peso : 
3, 6/6 horas por dia 
durante 8 dias. 
 
Avaliar e classificar dor de garganta 
Observar 
 Presença de Gânglios cervicais 
aumentados e dolorosos; 
 Na garganta: 
-Verificar a presença de abaulamento no 
palato; 
-Tonsilas com presença de membrana 
branco-acinzentada; 
-Tonsilas hiperemiadas com pontos 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 18 
purulentos ou petéquias em palato; 
-Presença de vesículas e/ou hiperemia de 
garganta. 
*Um dos sinais 
SITUAÇÃO 01: Se qualquer sinal geral de 
perigo, abaulamento de palato, amigdalas 
com presença de membranas 
acinzentadas, é classificada como infecção 
grave de garganta e nessa situação deve-se 
dar a primeira dose de um antibiótico 
recomendado e referir urgentemente ao 
hospital. 
SITUAÇÃO 02: Se os gânglios estiverem 
aumentados e dolorosos no pescoço ou as 
amigdalas estiverem hiperemiadas com 
pontos purulentos ou petéquias em 
palato, classificamos em infecção 
moderada de garganta e nessa situação 
faz-se a administração de antibiótico, 
analgésico s/d e marcar consulta de 
retorno com dois dias, informar a mãe 
sobre quando retornar imediatamente. 
SITUAÇÃO 03: Se vesículas e ou hiperemia 
na garganta, associadas a sinais de 
resfriado comum, classificamos com 
infecção leve de garganta e para esse caso 
é prescrito analgésico em caso de dor e 
deve dar seguimento em 2 dias se persistir 
a dor de garganta, além de informar ao 
responsável sobre quando retornar 
imediatamente. 
SITUAÇÃO 03,1:Se não há nenhum dos 
sinais descritos não há infecção de 
garganta. 
Tratar dor de garganta 
 Amoxicilina 250mg/5ml, peso:3, 
8/8 horas por 10 dias; 
 Amoxicilina + Clavulonato, peso:3, 
8/8 horas por 10 dias; 
 Eritromicina 250mg/5 Ml, peso:3, 
dar de 6/6 horas durante 10 dias. 
Tratar infecção moderada de garganta 
Antibiótico de primeira linha: Penicilina 
benzatina. 
Antibiótico de segunda linha: 
amoxicilina, amoxicilina + clavulonato ou 
eritromicina. 
Peso em Kg Penicilina dose 
única IM 
<20 600.000 UI 
> 20 1.200.000 UI 
 
Fármacos Posologias 
Amoxicilina 250mg/5mL, peso : 
3, 8/8 horas por dia 
durante 10 dias. 
Amoxicilina + 
Clavulonato 
250mL/5mL, peso: 
3,8/8 horas por 10 
dias. 
Eritromicina 250mg/5mL, peso : 
3, 6/6 horas por dia 
durante 10 dias. 
Avaliar e classificar a anemia 
Observar/ determinar 
 Palidez palmar? 
-Palidez palmar grave? 
-Palidez palmar leve? 
 
SITUAÇÃO 01: Se palidez palmar ou Hb < 5 
g/dL, classificamos como anemia grave e 
devemos referir urgentemente ao 
hospital. 
SITUAÇÃO 02: Palidez palmar leve ou Hb 
de 5-10,9 g/dL classificamos como anemia 
e devemos realizar tratamento com ferro, 
realizar o teste de malária em área de 
risco, dar anti-helmíntico se a criança tiver 
um ano ou mais e não tiver tomado 
nenhuma dose nos últimos 6 meses, avaliar 
a alimentação da criança orientar a mãe 
sobre alimentos em ferro, além de marcar 
retorno com 14 dias. 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 19 
Anti-helmíntico 
Idade Mebendazol Albendazol 
 100mg/5mL, 
2x ao dia 
por 3 dias 
40mg/mL 
ou 1cp de 
400mg, 
dose única 
1-2 anos 5mL 5mL 
> 2 anos 5mL 10mL 
 
Tratamento com Ferro Tratamento por 
3 a 4 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 21 
APS- Puericultura do 
Adolescente 
Conceito 
Adolescência é o período que vai 
dos 10 até os 20 anos incompletos, 
caracterizado por importantes 
transformações físicas, reorganização 
psíquica, peculiaridades afetivo-sexuais, 
comportamentais, socioculturais, 
espirituais. 
Puberdade é a fase da vida em que 
ocorrem modificações no corpo de uma 
criança fazendo com que ela se torne 
adulto. Em meninas, a puberdade ocorre 
entre 8-13 anos; e em meninos, entre 9-14 
anos. 
O ECA considera criança a pessoa 
até 12 anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre 12-18 anos. 
Acolhimento Ético da consulta 
 Na primeira consulta, deve-se 
pontuar que a pessoa central da consulta é 
o adolescente, deixando claro seus direitos 
ao sigilo, privacidade, confiabilidade, 
porém alertando quanto aos limites das 
questões éticas, tanto para o cliente 
quanto seus responsáveis. 
 É preciso que fique claro ao jovem 
que nada será tratado com seus 
pais/responsáveis sem que ele seja 
informado previamente, mesmo quando é 
preciso romper sigilo, conscientizando-o da 
importância de informar determinada 
situação. 
Sigilo 
 É vedado ao médico revelar sigilo 
profissional relacionado a paciente menor 
de idade, inclusive a seus pais ou 
representantes legais, desde que o menor 
tenha capacidade de discernimento, salvo 
quando a não revelação possa acarretar 
dano ao paciente. 
 Em situações de risco (citadas a 
baixo), torna-se necessária a participação e 
o consentimento dos pais oi responsáveis: 
 Gravidez; 
 Abuso de drogas; 
 Não adesão a tratamentos 
recomendados; 
 Doenças graves; 
 Risco à vida; 
Obs: Abaixo de 14 anos a relação sexual 
é vista como estupro. 
Quebra de sigilo Manutenção do sigilo 
Presença de violência Ficar, namoro; iniciação 
sexual 
Uso escandaloso de 
drogas 
Experimentação de 
drogas 
Autoagreção, ideação 
suicida ou fuga decasa 
Orientação sexual 
Gravidez, abortamento Prescrição de 
contraceptivos 
Sorologia positiva HIV IST 
Não adesão ao 
tratamento 
 
Diagnóstico de doença 
grave 
 
Drogas: 
 Experimentador: uso até 5 vezes 
na vida; 
 Usuário recreativo: fez uso mais de 
5 vezes na vida ou menos de 6 
vezes no último mês; 
 Uso habitual: fez uso mais de 6 
vezes no mês, mas sem alterações 
comportamentais; 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 22 
 Usuário dependente: fez uso mais 
de 6 vezes no mês e com 
alterações comportamentais. 
Anamnese 
 Pode ser dividida em três partes: 
A. Entrevista com o paciente e 
família; 
B. Entre vista só com o paciente; 
C. Retorno com opaciente. 
 
A-)Primeiro momento da consulta: 
adolescente e responsáveis juntos 
 Motivo da consulta; 
 Histórico da situação atual e 
pregressa do paciente; 
 Estado vacinal; 
 Dados da gestação, parto e 
condições de nascimento, e peso 
ao nascer; 
 Hábitos alimentares + atividade 
física; 
 Condições de habitação, ambiente 
e rendimento escolar, exposição a 
ambientes violentos, uso de 
tecnologia da informática; 
 História familiar; 
 Não esquecer dados sobre o sono, 
lazer, as atividades culturais, 
exercícios físicos, religião. 
 
B-)Segundo momento da consulta: a sós 
com o paciente 
 A percepção corporal e 
autoestima; 
 Relacionamento com a família, 
ocorrência de conflitos; 
 As horas de lazer, as relações 
sociais, grupo de iguais, 
desenvolvimento afetivo, 
emocional e sexual; 
 Conhecer outros aspectos por 
onde o adolescente transita e 
mantém relacionamentos; 
 Cresças e atividades religiosas; 
 Investigar situações de risco e 
vulnerabilidade a que os 
adolescentes se expõem, além do 
contato com drogas; 
 Comportamento sexuais, gênero e 
orientação sexual, saúde 
reprodutiva, gestações não 
planejadas, ISTs; 
 Ocorrência de acidentes, 
submissão a violências; 
 Tempo de exposição às telas 
digitais. 
C-) Terceiro momento: com 
pais/responsáveis 
 Na existência de conflitos, ou 
violência familiar, tornar-se 
necessário mais um momento com 
os responsáveis; 
 Acordo com a família e o 
adolescente. 
Exame Físico 
 Deve ser realizado 
preferencialmente no sentido 
craniocaudal, de forma segmentada, 
sempre cobrindo a região que não está 
sendo examinada. Torna-se prudente, e 
recomendável, a presença de uma terceira 
pessoa, que pode ser alguém da área da 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 23 
saúde ou, se o adolescente preferir, de sua 
estrita confiança. 
Avalia-se: 
 Aspectos gerais; 
 Antropometria; 
 Peso, altura, IMC; 
 Pressão arterial (pelo menos 1 vez 
ao ano); 
 Acuidade visual com escala de 
Snellen; 
 Estado nutricional; 
 Tireoide, cavidade oral, otoscopia; 
 Coluna vertebral e postura; 
 Exame neurológico e mental; 
 Exame da genitália; 
 Maturação sexual. 
É importante lembrar que o exame é 
sempre direcionado à queixa. 
Avaliação da maturação sexual- Estágios 
de Tanner (anexo no final do capítulo) 
 A primeira manifestação de 
puberdade na menina é o surgimento do 
broto mamário. É seguido do crescimento 
dos pelos pubianos e pelo estirão Puberal. 
A menarca acontece cerca de um ano após 
o máximo de velocidade de crescimento, 
coincidindo com a fase de sua 
desaceleração. 
-Surgimento do broto mamário entre 8 e 
13 anos; 
-A menstruação ocorre 2 a 2,5 anos depois 
(broto mamário); 
 No menino, o aumento simétrico 
do volume testicular, que passa a ter 
dimensões que 4 cm=3
, constitui-se a 
primeira manifestação da puberdade. 
Segue-se o crescimento de pelos pubianos, 
o desenvolvimento do pênis em 
comprimento e diâmetro, o aparecimento 
de pelos axilares e faciais e o estirão 
pubertário. 
-Testículos começam a crescer entre os 10 
anos; 
-Testículo esquerdo é mais baixo que o 
direito. 
Assincronia de maturação 
 Variabilidade nos tempos de início, 
duração e progressão do desenvolvimento 
Puberal; Marcantes diferenças entre os 
sexos feminino e masculino; marcantes 
diferenças entre grupos étnicos e sempre 
considerar a miscigenação brasileira; 
influência do padrão nutricional e 
transtornos nutricionais, desnutrição, 
anorexia e obesidade; influência adversas 
do stress, de doenças e do uso de drogas e 
medicamentos. 
Problemas no desenvolvimento 
 A puberdade, precoce e tardia, 
refere-se ao aparecimento de 
características sexuais secundárias em 
idade cronológicas que podem ser 
consideradas precoces ou atrasadas para 
este desenvolvimento. E importante, 
também, além de observar a velocidade 
com que os eventos puberais estão se 
sucedendo. 
 Meninas 
-É considerado precoce qualquer sinal de 
maturação sexual antes dos 8 anos de 
idade. 
-No caso da puberdade atrasada: ocorre a 
telarca e pubarca em idades superiores a 
13 e 14 anos e mercada em idades maiores 
de 16 anos. 
 Meninos 
-É considerada puberdade precoce quando 
ocorre o aumento do volume testicular e 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 24 
dos pelos pubianos antes dos 9 anos de 
idade. A puberdade atrasada refere-se a 
persistência do estágio pré-puberal após os 
16 anos. 
 
 
Caderneta do Adolescente 
Caderneta de Saúde de 
Adolescente, masculina e feminina, que 
contém informações a respeito do 
crescimento e desenvolvimento, da 
alimentação saudável, da prevenção de 
violências e promoção da cultura de paz, 
da saúde bucal e da saúde sexual e saúde 
reprodutiva desse grupo populacional. Traz 
ainda método e espaço para o registro 
antropométrico e dos estágios de 
maturação sexual, das intervenções 
odontológicas e o calendário vacinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aps- Programa Nacional de 
Imunização 
Introdução 
 O sistema imunológico é 
constituído por uma intricada rede de 
órgãos, células e moléculas, e tem por 
finalidade manter a homeostase do 
organismo, combatendo as agressões em 
geral. 
 A imunidade inata atua em 
conjunto com a imunidade adaptativa e 
caracteriza-se pela rápida resposta à 
agressão, independentemente de estímulo 
prévio, sendo a primeira linha de defesa 
do organismo. Seu mecanismo 
compreende barreiras físicas, químicas e 
biológicas, componentes celulares e 
moléculas solúveis. 
A imunidade adaptativa 
representa uma proteção específica e de 
atuação lenta, iniciada pelos órgãos 
linfoides que posteriormente irão produzir 
células de memória. 
 
Imunidade Adquirida 
-Imunidade Ativa: requer exposição ao 
agente infeccioso, que estimula a 
imunidade e consequentemente a 
produção de anticorpos. Esta pode ser 
subdividida em: 
 Natural: adquirida após infecção, 
que pode ser ou não 
assintomática. 
 Artificial: Vacinação. 
-Imunidade Passiva: Obtenção de 
anticorpos já prontos. Também pode 
ser subdividida em: 
 Natural: pela passagem 
transplacentária e 
amamentação. 
 Artificial: pelo uso de 
imunoglobulinas e soros 
heterólogos. 
Programa Nacional de Imunizações 
-Em 1973 foi formulado o Programa 
Nacional de Imunizações por determinação 
do Ministério da Saúde. 
-Em 1975 foi institucionalizado o PNI, 
resultante do somatório de fatores, de 
âmbito nacional e internacional, para 
estimular e expandir a utilização de 
agentes imunizante, buscando a 
integridade das ações de imunizações 
realizadas no país. 
-As metas recentes contemplam a 
eliminação do sarampo e do tétano 
neonatal. A essas, se soma o controle de 
outras doenças imunopreviníveis como 
Difteria, Coqueluche e Tétano Acidental, 
Hepatite B, Meningites, Febre amarela, 
formas graves de tuberculose, Rubéola e 
Caxumba. 
Vacinas para Crianças 
 
 
 
 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 27 
Vacinas 
Vacinas de agentes vivos: BCG+ 
Rotavírus + Febre amarea + Varicela + VOP 
+ Tríplice viral + Tetraviral. 
 Vírus atenuados e 
autorreplicativos; 
 Vias de administração: ID (BCG), 
VO (Rotavírus e VOP) ou SC 
(varicela, trípliceviral e tetraviral). 
 Contraindicados: 
imunossuprimidos e gestantes. 
Vacinas de agentes não vivos: Hepatite 
B, Pentavalente, VIP, pneumocócica 
conjugada 10-valente, meningocócica tipo 
C/ACWY, hepatite A, HPV e influenza vírus. Vacinas que não causam doença 
porque o vírus é inativado ou é 
feita a partir de subunidades 
purificadas. 
 Podem conter coadjuvantes: 
imunopotencializador (por via IM). 
 Vacinas multidoses. 
Vacinas de agentes vivos 
BCG (ID) 
-Proteção contra: Formas graves de 
tuberculose, meningite e miliar. 
-Composição: Bactéria viva atenuada. 
-Esquema básico: Dose única. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: Ao nascer 
-Intervalo entre as doses: -- 
 Vacina criada a partir da cepa 
atenuada do Mycobacterium bovis que 
protege contra as formas graves da 
tuberculose (miliar e meningoencefálica). 
 É feita por vida intradérmica (ID) e 
após a aplicação forma-se: 
Mácula->Pústula->Úlcera->Cicatriz. 
 Os efeitos adversos mais comuns é 
o surgimento de uma úlcera >1cm, 
abscesso subcutâneo frio e linfadenite 
supurativa (tratada com Isoniazida por 3 
dias). 
 Tem contraindicação para recém-
nascidos com <2.000 gramas, recém-
nascido com doença de pele no local da 
aplicação, contato domiciliar com bacilífero 
e imunossupressão temporária. As 
contraindicações absolutas são pacientes 
portadores de HIV ou com 
imunodeficiências congênitas ou 
adquiridas. 
Poliomielite 1 e 3-VOP (VO) 
-Proteção contra: Poliomielite. 
-Composição: Vírus vivo atenuado (1 e 3 ). 
-Esquema básico: -- 
-Reforço: 2 reforços. 
-Idade recomendada: 1º reforço 15 meses 
e 2º reforço aos 4 anos. 
-Intervalo entre as doses: No mínimo o 1º 
reforço deve ser 6 meses após a 3ª dose da 
VIP, o mesmo vale para o 2º reforço com 
relação ao primeiro reforço. 
 A VOP induz a imunidade humoral 
duradoura, imunidade da mucosa oral e 
dos contatos (excreção fecal). Para os 
pacientes com contraindicação para VOP 
(imunodeficientes, contactantes de 
imunodeprimidos e hospitalizados), faz-se 
a VIP em menores de 5 anos com 15 meses 
e 4 anos. 
 Os efeitos adversos mais comuns 
são poliomielite vacinal e o poliovírus 
associado à vacina. 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 28 
Obs: A poliomielite vacinal é a aquisição da 
doença a partir da vacina, e essa aquisição 
pode decorrer do poliovírus associado à 
vacina de outra pessoa. 
Rotavírus (VO) 
-Proteção contra: Diarreia por Rotavírus. 
-Composição: Vírus vivo atenuado. 
-Esquema básico: 2 doses. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: 1ª dose com 2 meses 
e 2ª dose com 4 meses. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
recomendado de 60 dias, sendo no mínimo 
30 dias. 
 Tem como principais efeitos 
adversos nódulo palpável em hipocôndrio 
direito, dor abdominal e fezes em geleia 
de framboesa, além de invaginação ou 
intussuscepção intestinal. 
 Tem uma faixa de administração 
muito estreita com a primeira dose aos 2 
meses sendo limitada a 1m15 d e 3m15d e 
a segunda dose aos 4 meses entre 3m15d e 
7m29d. 
Febre Amarela Atenuada (SC) 
-Proteção contra: Febre amarela. 
-Composição: Vírus vivo atenuado. 
-Esquema básico: 1 dose 
-Reforço:Reforço. 
-Idade recomendada: 1ª dose com 9 meses 
e reforço com 4 anos de idade. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
mínimo de 30 dias. 
 Caso a criança tenha mais de 4 
anos, ela pode tomar a dose até os 59 
anos. Em situações de surto, aplica-se a 
dose em maiores de 6 meses. 
 Tem contraindicação para 
imunodeprimidos, gestantes, mulheres que 
estejam amamentando < 6 meses*. 
*Obs: Caso a criança seja >6 meses, deve-
se aplicar a vacina e suspender a 
amamentação por 10 dias. 
Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR)- 
Trípliceviral (SC) 
-Proteção contra: Sarampo, caxumba e 
rubéola. 
-Composição: Vírus vivos atenuados. 
-Esquema básico: 2 doses (primeira com 
SCR e segunda com SCRV). 
-Reforço: Reforço. 
-Idade recomendada: 12 meses. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
mínimo de 30 dias. 
 É realizada de 1 a 59 anos, sendo 
feita 2 doses até 29 anos, em pacientes 
entre 30-59 anos faz-se apenas 1 dose e 
em profissionais da saúde 2 doses. 
 Em situações de surto: pode ser 
feita em lactentes a partir dos 6 meses, 
mas essa dose não é válida. As reações 
adversas mais comuns são de menor 
intensidade. Sendo contraindicado para 
gravidas e imunodeficientes. 
Sarampo, caxumba, rubéola e varicela 
atenuado (SCRV)- Tetraviral (SC) 
-Proteção contra: Sarampo, caxumba, 
rubéola e varicela. 
-Composição: Vírus vivos atenuados. 
-Esquema básico: 2 doses (segunda dose 
da SCR e primeira de varicela). 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 29 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: 15 meses. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
mínimo de 30 dias entre a dose da tríplice 
viral e da tetra viral. 
Varicela 
-Proteção contra: Varicela 
-Composição: Antígeno recombinante de 
superfície do vírus purificado. 
-Esquema básico 1 dose. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: Criança entre 4 anos 
e 6 anos 11 meses e 29 dias. 
-Intervalo entre as doses: -- 
 As principais reações adversas são 
as locais com edema e vermelhidão. As 
contraindicações são a de gravidez e os 
imunodeficientes (com exceção das 
condições especiais fornecidas pelo CRIE*). 
 
Vacinas de Agentes não vivos 
Hepatite B 
-Proteção contra: Hepatite B. 
-Composição: Antígeno recombinante de 
superfície do vírus purificado. 
-Esquema básico: Dose ao nascer. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: Ao nascer. 
-Intervalo entre as doses: -- 
 É indicada para toda população, 
sendo a primeira nas 12 primeiras horas de 
vida. São 4 doses, sendo as outras três na 
forma da vacina Pentavalente até os 7 anos 
incompletos. Se > 7 anos, não vacinados, 
devem receber as três doses de hepatite B 
isolada (0-1-6). 
 Se a mãe é HbsAg+: vacina e 
imunoglobulina hiperimune para hepatite 
B. 
É válido sempre analisar a sorologia 
pós-vacinal, pois em casos em que se toma 
as 3 doses e permanece com HbsAg – é 
necessário tomar uma dose de reforço com 
30 dias e na permanência disso, deve-se 
iniciar novamente o esquema de três 
doses. 
DTP+ Hib +HIB (Pentavalente) 
-Proteção contra: Difteria, tétano e 
componente pertussis, coqueluche, 
Hemophilus influenzae B e Hepatite B. 
-Composição: Toxóides diftéricos e 
tetânicos purificados e bactéria de 
coqueluche inativa. Oligossacarídeos 
conjugados do Hib, antígeno de superfície 
de HB. 
-Esquema básico: 3 doses. 
-Reforço: 2 reforços com DTP. 
-Idade recomendada: 1ª dose com 2 
meses, 2ª dose com 4 meses e 3ª dose com 
6 meses. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
recomendado de 60 dias, sendo no mínimo 
30 dias. 
 As principais reações adversas é o 
efeito hipotônico-hiporresponsivo que 
ocorre minutos após a vacina (DTP ou 
Penta) e nessa situação é recomendado 
que seja aplicada a penta acelular. Outro 
Atenção Primária à Saúde 
 
Marília Miranda Santana Página 30 
efeito importante é a encefalopatia pós 
vacinal causada pela DT que tem inicio no 
7º dia após a vacina e nesses casos o 
paciente não pode receber nem a penta e 
nem a DTPa. 
Difteria, tétano e pertussis (DTP) 
-Proteção contra: Difteria, tétano e 
coqueluche. 
-Composição: Toxóides diftéricos e 
tetânicos purificados e bactéria da 
coqueluche inativada. 
-Esquema básico: Considerar doses 
anteriores com penta e DTP. 
-Reforço: 2 reforços. 
-Idade recomendada: 1º reforço com 15 
meses e 2º reforço com 4 anos de idade. 
-Intervalo entre as doses: Intervalo 
recomendado de 9 meses do 1º reforço 
após a 3ª dose e de 3 anos após o 1º 
reforço e no mínimo do 1º reforço 6 meses 
depois da 3ª dose e do 2º reforço 6 meses 
depois do 1º reforço. 
 Aplicada na forma conjugada 
(Pentavalente) nos primeiros 6 meses de 
vida e depois de forma isolada nos reforços 
de 15 meses e 4-6 anos de vida. Após isso, 
recebem o reforço com a vacina dT a cada 
10 anos. 
 Após os 7 anos, crianças, 
adolescentes e adultos recebem três doses 
da vacina dT, com intervalo de um mês. E 
reforço a cada 10 anos. 
 
 Os efeitos adversos mais 
importantes sãoo episódio hipotônico-
hiporresponsivo e a encefalopatia pós 
vacinal. 
Poliomielite 1 ,2 e 3 (VIP) 
-Proteção contra: Poliomielite. 
-Composição: Vírus inativado tipos 1, 2 e 3. 
-Esquema básico: 3 doses. 
-Reforço: 2 reforços com a vacina VOP. 
-Idade recomendada: 1ª dose 2 meses, 2ª 
dose 4 meses e 3ª dose 6 meses. 
-Intervalo entre as doses: São 
recomendados 60 dias, sendo no mínimo 
30 dias. 
Pneumocócica 10 valente 
-Proteção contra: Pneumonias, meningites, 
otites, sinusites pelos sorotipos que 
contemplam a vacina. 
-Composição: Polissacarídeo capsular de 
10 sorotipos pneumococos. 
-Esquema básico: 2 doses. 
-Reforço: Reforço. 
-Idade recomendada: 1ª dose com 2 
meses, 2ª dose com 4 meses e 3ª dose com 
12 meses. 
-Intervalo entre as doses: O intervalo 
recomendado é de 60 dias, sendo o 
mínimo 30 dias da 1ª para a 2ª dose e de 
60 dias da 2ª para o reforço. 
Meningocócica C/ACWY 
-Proteção contra: Meningite 
meningocócica tipo C. 
-Composição: Polissacarídeos capsulares 
purificados. 
-Esquema básico: 2 doses. 
Atenção Primária à Saúde 
 
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-Reforço: Reforço. 
-Idade recomendada: 1ª dose com 3 
meses, 2ª dose com 5 meses e reforço com 
12 meses. 
-Intervalo entre as doses: O intervalo 
recomendado é de 30 dias da 1ª para a 2ª 
dose e de 60 dias da 2ª dose para o 1º 
reforço. 
Hepatite A 
-Proteção contra: Hepatite A. 
-Composição: Antígeno do vírus da 
hepatite A, inativada. 
-Esquema básico: 1 dose. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: 15 meses. 
-Intervalo entre as doses: -- 
 Os efeitos adversos são raros, 
incluem febre e mal-estar. Tem 
contraindicação em casos de reação 
anafilática em dose anterior. 
Papilomavírus Humano (HPV) 
-Proteção contra: Papilomavírus humano 
6, 11, 16 e 18. 
-Composição: Partícula da cápsula do vírus 
antígeno de superfície. 
-Esquema básico: 2 doses. 
-Reforço: -- 
-Idade recomendada: 9 a 14 anos para 
meninos e meninas. 
-Intervalo entre as doses: 2ª dose 6 meses 
após a 1ª dose. 
Influenza 
Na infância, a vacina é fornecida 
para crianças entre os seis meses e 5 anos 
11 meses e 29 dias, sendo que a primeira 
vez em que for aplicada, antes dos 9 anos, 
deve ser feita em duas doses, com 
intervalo de um mês entre as doses. 
Também realizada em gestantes, 
puérperas, pessoas com mais de 55 anos, 
profissionais de saúde, população indígena, 
população privada de liberdade e 
funcionários do sistema prisional, de forças 
de salvamento e segurança, professores, 
caminhoneiros e profissionais de 
transporte coletivo e portadores de 
doenças crônicas. 
Imunização Adquirida Passiva 
Artificial 
Imunoglobulinas x soros heterólogos. 
Essas imunoglobulinas podem ser 
de dois tipos: Imunoglobulina humana 
normal (gamaglobulina) e a imunoglobulina 
específica (gamaglobulina hiperimune). 
-Imunoglobulina anti-hepatite B (IGAHB): 
Prevenção da infecção perinatal, em RN 
filhos de mães comprovadamente 
portadoras de Hepatite B. Nesse caso faz a 
vacina e a IGAHB nas primeias 12 horas de 
vida, sendo esta última podendo ser feita 
até 7 dias de vida. Profilaxia pós-infecção 
em profissionais de saúde e vítimas de 
violência sexual. 
-Imunoglobulina antivaricela-zoster 
(IGAVZ): contactantes de alto risco nas 
primeiras 96 horas da exposição à varicela. 
-Imunoglobulina antitetânica (IGHAT): em 
pacientes com vacinação incerta ou 
incompleta e com ferimento de alto risco. 
 
 
 
 
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Esquema Vacinal para o Adolescente 
 
Esquema Vacinal para Gestante 
 
 
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