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Linguagem - O que é? é a comunicação da informação por meio de símbolos, os quais são organizados de acordo com regras sistemáticas. Está ligada ao modo como nós compreendemos o mundo e como pensamos. Ela nos possibilita adquirir conhecimentos, cooperar com o outro (viver em sociedade), e transmitir informações. Para entendermos como a linguagem funciona e como ela se relaciona com os pensamentos, precisamos primeiro entender alguns elementos formais da linguais ou a estrutura básica da linguagem. - Estrutura básica da linguagem Começamos com a gramática. A gramática nada mais é do que um sistema de regras que determinam como nossos pensamentos podem ser expressos. Dentro dela, há três componentes: 1° - Fonologia: Estudo das menores unidades da fala, chamadas de fonemas. 2° - Sintaxe: São as regras que indicam como palavras e frases podem ser combinadas para formar sentenças. Sentença é algo que tem um propósito comunicativo. 3° - Semântica: maior componente da linguagem, é ela que estuda o significado das palavras. Muitas vezes, essas “regras” váriam de cultura para cultura. Apesar de toda essa sistematização, adquirimos essa habilidade sem termos um estudo prévio. Mas então, como isso ocorre? - Desenvolvimento da linguagem Começa com os balbucios, os quais produzem sons semelhantes à fala ( mas sem significado) mais ou menos dos 3 meses a 1 ano de idade. Enquanto balbuciam, eles podem produzir, em algum momento, qualquer um dos sons presentes em todas as línguas, não apenas daquela ao qual eles estão expostos. Mesmo crianças surdas apresentam sua forma particular de balbucio, pois bebês que são incapazes de ouvir, mas que são expostos a língua dos sinais desde o nascimento, “balbuciam” com suas mãos. Os bebês começam a se “especializar” na língua à qual são expostos à medida que os neurônios em seu cérebro se reorganizam para responder a determinados fonemas que os bebês ouvem rotineiramente. - período crítico da fala: ocorre nos primeiros anos de vida, onde a criança é especialmente sensível aos sinais da língua e a adquire, então, com mais facilidade. Uma criança que nunca foi exposta à linguagem, também não irá aprender a falar e terá dificuldade para aprender. - Produção da linguagem: 1 ano - param de balbuciar e então começam a produzir palavras, começando pelas mais curtas. 2 anos - começam a produzir uma fala telegráfica - sentenças que soam como se fizessem parte de um telegrama, em que as palavras que não são essenciais à mensagem são omitidas. Por exemplo, em vez de falar “eu te mostrei o livro”, ela fala “eu mostro o livro”. Com o passar do tempo, elas vão deixando de usar essas falas telegráficas. 3 anos - aprendem a usar os plurais, mas nesse processo elas acabam supergeneralizando (aplicam as regras de linguagem mesmo que estejam erradas), o que é normal porque elas estão aprendendo agora. 5 anos - adquirem a regras da linguagem. Porém, só mais tarde elas alcançam um vocabulário completo e a capacidade de compreender e usar as regras gramaticais. - Identificando (ou tentando, hahah) identificar as raizes da linguagem: Os psicólogos ofereceram três explicações principais para isso: uma baseada na teoria da aprendizagem, outra baseada em processos inatos e uma terceira que envolve uma certa combinação das duas. - Abordagem da teoria da aprendizagem: segue os principios de reforço e condicionamento. Por exemplo, uma criança que diz “mama” ganha abraços e elogios de sua mãe, o que reforça o comportamento de dizer “mama” e aumenta a probabilidade dessa repetição(condicionamento). Esse enfoque sugere que as crianças primeiro aprendem a falar sendo recompensadas por fazerem sons que se aproximam da fala. Em última análise, por meio de um processo de modelagem, a linguagem torna-se cada vez mais semelhante à fala adulta. Em apoio à abordagem da teoria da aprendizagem da aquisição de linguagem, quanto mais os pais falam com seus filhos pequenos, mais proficiência as crianças adquirem no uso da linguagem. Essa teoria tem dificuldade em explicar esse processo de aquisição da linguagem, porque os pais também elogiam as crianças quando elas falam errado, por ser “fofo”, então, por isso ela não é bem sucedida. - Abordagem nativista: aqui, defende-se que a linguagem é um processo inato, ou seja, acredita-se que os seres humanos já nascem com a habilidade da linguagem. Noam Chomsky propôs que o cérebro humano tem um sistema neural herdado que nos permite compreender a estrutura que a linguagem fornece – uma espécie de gramática universal. Essas capacidades inatas oferecem-nos estratégias e técnicas para compreender as características únicas de nossa língua nativa. - Abordagem interacionista: pressupõe que o desenvolvimento da linguagem é produzido por predisposições genéticas e circustancias ambientais. De modo específico, os proponentes da abordagem interacionista defendem que o cérebro é fisicamente conectado para aquisição da linguagem, fornecendo em essência o “hardware” que permite o desenvolvimento da linguagem (genética). Entretanto, é a exposição à linguagem em nosso ambiente que nos permite desenvolver o “software” apropriado para compreendê-la e produzi-la. - Hipótese da relatividade linguística: linguagem molda a maneira como as pessoas de uma cultura específica percebe e compreende o mundo. Precisamos entender esse processo porque podemos nos deparar com casos de pessoas que têm a linguagem comprometida, e precisamos entender e traçar mecanismos para conseguirmos tratá-las mesmo assim. Geralmente nesses casos é usado a música, ou imagens para nos nortear. A linguagem é comprometida quando o paciente é deficiente ou usa substâncias quimicas, bebidas e etc.