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Teorias Contábeis: Evolução e Atuação

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Prévia do material em texto

Unidade 1
Livro Didático Digital
MÁrcia ValÉria Marconi
Teorias Contábeis
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autora
MÁRCIA VALÉRIA MARCONI
A AUTORA
Márcia Valéria Marconi
Olá! Meu nome é Márcia Valéria Marconi. Sou formada em Ciências 
Contábeis, com uma experiência técnico-profissional nas áreas de 
contabilidade, controladoria, custos, recursos humanos e educação, 
sendo mais de 20 anos de atuação. Passei por empresas como, a Esso 
Brasileira de Petróleo Ltda., Sadia S.A., Econet Editora Ltda, Grupo Uninter, 
Universidade Positivo e FAEC. Sou apaixonada pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Evolução Histórica ...................................................................................... 10
A Revolução Industrial ................................................................................................................. 14
Doutrinas Científicas .................................................................................. 18
Doutrina Personalista ................................................................................................................... 19
Doutrina Patrimonialista ............................................................................................................. 21
Escola de Ciências Contábeis ................................................................24
Registros Contábeis .......................................................................................................................26
Atuação Contábil .........................................................................................30
Contabilidade Pública ..................................................................................................................32
Contabilidade Gerencial, Financeiro e Custos ...........................................................33
Contabilidade Internacional ..................................................................................................... 41
Teorias Contábeis 7
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
01
Teorias Contábeis8
INTRODUÇÃO
Você sabe qual é a principal função de Teorias Contábeis? Nesse 
material você aprenderá sobre as dúvidas mais frequentes na gestão de 
negócios. Além disso, será capaz de conhecer a importância dos estudos 
contábeis. Com isso, também, aprenderá a atuação da contabilidade na 
empresa.
Desse modo, você estará preparado para refletir e tomar decisões 
sobre as práticas voltadas para a Contabilidade Gerencial, que são 
oriundas da real informação para a tomada de decisões na empresa. Por 
essa razão, abordar esse tema significa também compreender as finanças 
organizacionais, seu conceito, papel, elementos formadores, funções e 
sistêmica e que traga resultados equilibrados e positivos para a organização. 
Entendeu? Ao longo deste estudo você vai mergulhar neste universo!
Teorias Contábeis 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Reconhecer o processo de desenvolvimento e evolução histórica 
da contabilidade e governança corporativa;
2. Conhecer as diretrizes contábeis patrimonialistas e personalistas 
científicas;
3. Aprender sobre as escolas de ciências contábeis e os registros 
contábeis;
4. Conhecer os tipos de contabilidade existentes através da atuação 
contábil.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Teorias Contábeis10
Evolução Histórica
INTRODUÇÃO:
As teorias contábeis envolvem um contexto histórico, 
onde devemos estar atentos a estas transformações e 
acompanhá-las constantemente. Veremos que a revolução 
industrial está para a empresa, assim como, a contabilidade 
está para cada um de nós. Ela é formada por um conjunto de 
planejamentos e números que dá identidade à organização. 
Para compreendê-la, seguiremos um importante passo 
para atuar na administração financeira da empresa. Vamos 
conhecer também sobre o papel da contabilidade, como 
um recurso estratégico da organização.
A ciência contábil constrói-se e ramifica-se com base no patrimônio 
do indivíduo. Esse é o eixo central que delineia a percepção do que era, 
é ou será a contabilidade, Santos et al. (2007, p.24) relatam vários indícios 
da presença da contabilidade na sociedade mesopotâmica do período 
de 8.000 a.C. até 3.000 a.C., com destaque para uma das técnicas de 
maior relevância, a escrituração, registrada em tabuletas de barro. O que 
mais se destaca nesse levantamento não é o processo rudimentar que os 
povos utilizavam, mas as mutações que o processo sofreu à medida que 
a sociedade se transformava e aprimorava a técnica de escrituração dos 
bens patrimoniais, que se tornava mais complexa. 
A escrituração mesopotâmica era muito mais do que um simples 
registro e implicava uma sistemática única. Esse povo era muito criterioso 
quanto a registrar adequadamente e desenvolveu várias formas de 
registros para os bens, até fichas de diversos formatos para representá-
los. Esse sistema propiciava aos comerciantes e produtores rurais 
da época o domínio sobre a sua realidade patrimonial com rapidez, 
bem como facilitava a realização do inventário físico dos bens. Ainda, 
permitia o controle de entrada e saída de novos bens do seu patrimônio, 
possibilitando a gestão dos ativos que o indivíduo (ou a família) possuía. 
Mais à frente na história, entre 2.000 a.C., no Egito, a escrituração se tornou 
Teorias Contábeis 11
obrigatória em razão da cobrança de impostos e taxas, permitindo que o 
governo recebesse um quinhão dos ganhos auferidos pelos indivíduos 
que possuíam patrimônio. Nesse período, a contabilidade ampliou sua 
finalidade e seus usuários, servindo aos interesses do empreendedor e 
do governo. 
Seguindo as evoluções históricas, com o advento da moeda, 
das medidas de valor e da escrita, a técnica de escrituração dos bens 
patrimoniais se aprimorou e passou a possibilitar a comparabilidade do 
valor dos bens que cada indivíduo possuía. Ou seja, essa evolução social 
permitiu que os patrimônios pessoais de cada indivíduo pudessem ser 
comparados entre si, o que possibilitava identificar o nível de pobreza ou 
riqueza de cada um. Desde então, a atividade econômica evoluiu muito, 
necessitando da ciência contábil como alicerce para o crescimento dos 
fluxos de dinheiro entre os povos. 
No finaldo século XV na Itália, a contabilidade recebeu um novo 
e importante impulso: o método das partidas dobradas. Esse método 
inovou por conseguir revelar, com perfeição, os impactos das mutações 
patrimoniais por intermédio de um sistema de contas. A evolução também 
ocorreu por meio da regra da igualdade das mutações patrimoniais, na 
qual tudo que entra ou sai do patrimônio é identificado com o mesmo 
valor monetário. 
Figura1: Evolução Histórica
Fonte: @freepik
https://br.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=revolu%C3%A7%C3%A3o%20industrial&sort=popular
Teorias Contábeis12
O método foi descrito pela primeira vez em 1494 pelo frei Luca 
Bartolomeu Pacioli no livro Summa de Arithmetica, Geometria proportioni 
et propornaliti. Frei Luca Pacioli foi um célebre matemático italiano da 
época e, em sua obra, dedicou um capítulo para descrever o método 
de partidas dobradas. Por esse trabalho, que foi amplamente divulgado 
pelo mundo, foi reconhecido por muitos estudiosos como o “pai da 
contabilidade”. Com ele, iniciou-se uma das grandes escolas da ciência 
contábil, a escola europeia. 
A partir de 1920, começou a fase de predominância estadunidense 
na contabilidade: a economia norte-americana estava em expansão, 
grandes conglomerados eram criados, o mercado de capitais se expandiu 
e novas demandas e finalidades foram incorporadas à contabilidade. 
Enquanto as escolas europeias declinavam, as escolas norte-americanas 
floresciam com suas teorias e práticas contábeis. 
Nesse período, com o avanço do mercado de capitais, identificaram-
se novos usuários para a informação gerada pela contabilidade e, 
com isso, iniciou-se um processo de padronização de relatórios, de tal 
forma que investidores, governo, instituições financeiras, entre outros, 
pudessem ter a mesma interpretação sobre as condições do patrimônio 
das organizações. 
Os arranjos de pessoas ou grupos, denominados atualmente de 
empresas ou sociedades (sociedades anônimas, sociedades limitadas, 
sociedades mistas etc.), tiveram um papel relevante no avanço da 
contabilidade. A cada nova modalidade de arranjo criada, os novos 
livros precisavam do conhecimento contábil para serem escriturados, 
outras obrigações acessórias tornaram-se necessárias e novas formas 
de interação apareciam nas transações entre companhias, pedindo 
que o profissional contábil se mantivesse em constante atualização de 
conhecimentos e tecnologias. 
Das fichas de barro com simbologia própria, passando pela escrita 
à pena e pela máquina de escrever, chegando aos computadores e 
softwares especializados, a contabilidade foi se modernizando e se 
aprimorando, utilizando-se das tecnologias criadas pelo homem ao longo 
da história. 
Teorias Contábeis 13
A partir de 1770, surgiu a primeira regulamentação da profissão 
contábil, quando o rei de Portugal, Dom José, promulgou uma lei que 
a oficializava, afetando todas as nações sob o domínio português. 
Nesse documento constou também a obrigatoriedade de registro da 
matrícula de todos os guarda-livros na junta comercial. Em 1870, sob o 
decreto imperial n. 4475, é reconhecida oficialmente a Associação dos 
Guarda-Livros da Corte no Brasil, considerada como a primeira entidade 
representativa dos profissionais contabilistas no país. Nessa época, o 
profissional da contabilidade precisava comprovar que frequentou aulas 
do curso de comércio para ser reconhecido profissionalmente. 
Mais tarde, em 1927, com a criação do Conselho Federal de 
Contabilidade e de conselhos regionais de contabilidade em cada estado 
da federação, estabeleceu-se o sistema normatizador e orientador da 
contabilidade no Brasil. Esse fato demonstra a importância da ciência 
contábil, que começa a ser aplicada em todo o país de maneira uniforme. 
Em 1976, foi promulgada a primeira lei brasileira para regulamentar 
a escrituração e a informação contábil nas empresas em regime de 
Sociedade Anônima, a Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, também 
conhecida como “Lei das Sociedades por Ações”. Considerada por 
muitos uma cópia da legislação societária americana denominada Model 
Business Corporation Act (MBCA), os pressupostos dessa lei não foram 
aplicados apenas às sociedades anônimas, mas sim a todos os modelos 
empresariais existentes no país, criando um padrão para a informação 
contábil brasileira.
 Assim, este material vem trazer as principais evoluções que vem 
ocorrendo nas Teorias Contábeis e todo o seu ambiente.
Teorias Contábeis14
A Revolução Industrial
Surgiu entre os séculos XIII e XIV, ganhando repercussão por toda 
a Europa, com a obra do Frei Luca Pacioli “La Summa de Arithmetica, 
Proportioni et Proportionalitá”. Várias foram as correntes de pensamento 
contábil derivadas da Escola Italiana, dentre as mais relevantes. 
(RODRIGUES, 2004)
Luca Pacioli adquiriu conhecimentos matemáticos provavelmente 
quando foi aluno de Piero della Francesca, e se aprofundou na matéria 
na cidade de Veneza, sob a direção de Domenico Bragadino. Seus 
conhecimentos em contabilidade também se iniciaram nesta época de 
aprendizado matemático, uma vez que, principalmente na região de 
Veneza, a contabilidade era ensinada como uma forma de aplicação 
prática da matemática. O método das partidas dobradas foi disseminado 
por todo o mundo, tendo sua adoção consolidada. Ele é superior aos 
demais métodos, pois “era capaz de ordenar a classificação dos dados 
contábeis e, especialmente, fornecer resumos concisos da posição 
corrente dos negócios. Esse método foi capaz de trazer um ordenamento 
para a vida econômica das empresas.” (SCHMIDT, 2000, p.49)
Através da Revolução Industrial, os custos de produção se tornaram 
importantes ferramentas, e com isso, o profissional contábil torna-se mais 
complexa. “Para o levantamento do balanço e apuração do resultado, 
não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor 
aos estoques; seu valor de ‘Compras’ os fatores de produção foi sendo 
substituídos pelos valores realizados nas empresas comerciais.” (MARTINS, 
1996, p.20).
Teorias Contábeis 15
Observe a imagem a seguir relativos à Revolução Industrial.
Figura 2: Revolução Industrial.
Fonte: @freepik.
Conforme Rodrigues (2004) surgiu juntamente com as grandes 
corporações no início, no século XX, observando que a teoria e a prática 
realizadas pela classe de profissionais contábil passaram a ser tratados 
como problemas econômicos e administrativos. 
NOTA:
Alguns autores como Sá (2006), defendem a ideia de que 
a contabilidade cresceuatravés do progresso, e que a 
civilização acompanhaa evolução industrial.
Teorias Contábeis16
Tabela 1: Mudanças com a Revolução Industrial
Revolução Industrial
Pós Revolução 
Industrial
Pós Moderno
Contista
Personalista
Controlista
Norte-Americano
Neocontista
Italiana
Patrimonialista
Fonte: Elaborada pela autora, (2020).
IMPORTANTE:
Hoje as prioridades das organizações com a Quarta 
Revolução Industrial são: competição global, estratégias 
bem definidas, qualificações adequadas e agregar produtos 
e serviços.
Podemos ver a evolução contábil na ilustração abaixo.
Figura 3: Evolução da contabilidade
Fonte: @freepik.
Teorias Contábeis 17
Além disso, com a automação, a agilidade e inovação vêm ganhando 
espaço no Brasil e no mundo.
RESUMINDO:
A revolução Industrial trouxe muitas mudanças para 
as empresas, trabalhadores e população. Dentre as 
mudanças, a contabilidade teve que se adequar a 
grandes quantidades de horas extras, desenvolvimento, 
consumismo, entre outros. E através das novas doutrinas e 
do método de partidas dobradas que foi possível registrar 
os atos e fatos contábeis para melhor gestão das empresas. 
Com isso começou a necessidade de se lucrar cada vez 
mais, fazer as empresas crescerem e realizar as aquisições 
de empresas menores para aumentar a empresa e estar em 
melhor colocação no mercado, cada vez mais competitivo 
e complexo.
Teorias Contábeis18Doutrinas Científicas
INTRODUÇÃO:
Neste nosso encontro teremos como objetivo estudar e 
apontar para relevância da gestão contábil gerencial e seu 
alinhamento com as diretrizes das organizações. Trazendo 
assim informações de grande valia para nossos estudos 
daqui por diante com relação a doutrinas científicas 
utilizadas na área da contabilidade..
Conforme Sá (2006), as doutrinas científicas próprias estabelecem 
correntes de pensamentos. Após movimento contista, surge a doutrina 
patrimonialista (corrente com pensamento doutrinário). Em seguida, veio 
o personalismo (poder da entidade sobre a pessoa). E com as novas ideias 
dos pesquisadores, surgiu o neo patrimonialismo. 
EXPLICANDO MELHOR:
A  origem da Contabilidade  está ligada a necessidade de 
registros do comércio. Há indícios de que as primeiras 
cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio 
não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais 
cidades da Antiguidade. Na realidade a contabilidade 
sempre obteve acesso a vários registros, sendo detentora 
das informações financeiras da empresa, podendo 
escriturar e manipular registro, sendo conhecido apenas 
como um mero profissional “guarda livros”.
Para tanto, podemos perceber que os métodos de escrituração 
são bem definidos a ponto de a contabilidade ser considerada ciência, 
com base nas teorias apresentadas pelos autores e matemáticos da 
época para definir com teorias a metodologia dos registros contábeis, de 
partidas dobradas, por exemplo.
Teorias Contábeis 19
Figura 4: Doutrinas científicas
Fonte: Elaborada pela autora (2020)
Doutrina Personalista
Começando nossos estudos com uma breve pesquisa, pude 
observar que o personalismo foi um movimento associado ao Humanismo 
e não ligado a partido político, idealizado por Emmanuel Mounier, após a 
crise de 1929 da Europa e divulgado por uma revista chamada “Esprit”, 
com a intenção de identificar a verdade em toda a circunstância e 
acreditava que o problema das estruturas sociais era econômico e moral. 
Ao passar dos anos, ele foi adaptado e associado a esta ciência, chamada 
de Contabilidade.
Na França surgiu a primeira teoria, conhecida como Contismo, 
chamada de “conta” dos registros contábeis. E foi através da matemática 
que surgiram as primeiras teorias das contas, ficando conhecida como 
“ciência de números”, sendo expressos com os valores das transações (Sá, 
2006).
Na realidade, o autor explica que a necessidade dos valores em 
números é para apresentar os registros dos fatos, da mesma forma 
que ocorre na física. A ciência da matemática como na física, onde, por 
exemplo, se mede os quilos por força não quer dizer que a Física faça 
parte da ciência da matemática neste caso que mede os números na 
construção de uma fábrica
Teorias Contábeis20
Figura 5: Ciência dos números
Fonte: @freepik.
Sá (2006) apresenta que as contas e as práticas com números que 
apresentam as formas de contabilizar, não as teorias. Com isso, foram 
questionadas as doutrinas matemáticas e contistas na ciência contábil. 
Desta forma, foram questionadas estas teorias e criada uma nova doutrina 
chamada de Personalismo, sendo a relação entre as pessoas e a empresa. 
Nesta época começou a definir o patrimônio como sendo direitos e 
obrigações, e o Direito começou a fazer parte da contabilidade em sua 
forma, apenas.
EXPLICANDO MELHOR:
Segundo o autor apresenta esta nova corrente que foi 
questionada pelo Direito, provando que não basta ter 
direitos sobre uma mercadoria roubada ou sobre uma 
duplicata. E que final do século XIX, para provaram esta 
vocação materialista com os argumentos apresentados, a 
fim de garantir que todo bem ou direito deve ter uma forma.
Teorias Contábeis 21
Doutrina Patrimonialista
De acordo com alguns estudos, é possível observar que ela foi a 
que internacionalmente mais se difundiu, ou seja, a que implantou as 
ideias do estudo dos fenômenos patrimoniais das células sociais como 
objeto de estudos da Contabilidade.
O estudioso que preconizou esta doutrina foi Vincenzo Masi, na 
Itália. O mesmo gerou suas ideias na década de 20 do século XX e a 
desenvolveu de forma competente nas décadas seguintes e até a dos 
anos 70 (quando faleceu). Ele também defendeu, por conseguinte, dois 
princípios, que são:
O Princípio estático (o estado estático do patrimônio é determinado 
de forma objetiva pelo inventário). Cada elemento do patrimônio, 
determinado e avaliado, deverá ser distribuído em uma classificação (ou 
seja, a “qualificação do patrimônio”).
Já o Princípio dinâmico  (de posse dos meios patrimoniais 
relacionados no inventário), a gestão econômica do patrimônio levará 
a entidade a alcançar seus objetivos, ou seja, através dos elementos 
estáveis realizará fatos essenciais, buscando alcançar seus fins. No caso 
da acumulação de riqueza, verifica-se o fenômeno do crédito (lucro).
Trazendo algumas informações para os dias de hoje, de acordo 
com Sá (2006), começaram a realizar estudos em relação ao controle 
de riquezas, formando, assim o chamado Controlismo, como sendo uma 
corrente de pensamentos. Assim, começaram a realizar uma relação entre 
a área contábil e a Administração. Com isso, surgiram dúvidas sobre quem 
controla quem, a contabilidade que serve o controle, ou vice versa. Nesta 
busca por teorias mais sólidas de estudos, que possa ser mais confiável 
e responder as pesquisas que foram surgindo, apareceram variadas 
correntes e escolas científicas. Dentre os estudos contábeis novos, foram: 
o estudo entre a empresa e a instituição (Aziendalismo) e o estudo do 
Lucro (Reditualismo), dentre outros.
O autor entende que os estudos da contabilidade envolvem as 
disciplinas como: Matemáticas (na contabilidade dos números), Direito 
Teorias Contábeis22
(na relação entre pessoas e leis), Administração (na relação entre as 
pessoas) e Economia (principalmente pela forma de lucratividade), até 
se conseguisse se tornar autônoma através do patrimonialismo. Após 
observar todas estas doutrinas e estudos, chegaram à conclusão de que 
a contabilidade é objeto de estudo no patrimônio do empreendedor, e por 
isso a doutrina do “Patrimonialismo” foi considerada e poderosa corrente 
de pensamento científico.
Figura 6: Áreas de envolvimento da contabilidade.
Fonte: Elaborada pela autora, (2020).
SAIBA MAIS:
O Patrimonialismo se tornou uma corrente doutrinária 
que deu autonomia à contabilidade, provando que ela 
está conectada a várias outras ciências, como é o caso de 
outros ramos de atividades, também contribuindo para o 
empreendedorismo da mesma forma.
No século XX na década de 60, houve um grande desenvolvimento 
nas normas, demonstrações e registros devido às teorias, teoremas 
e axiomas advindos do século XIX. Com isso, houve tendências 
neopatrimonialistas científicas, tendo uma visão mais ampla do universo 
patrimonial na contabilidade.
Teorias Contábeis 23
RESUMINDO:
A corrente doutrinária veio trazer a melhor forma de atuação 
contábil, testando qual era melhor doutrina na época, a 
personalista ou a patrimonialista e proclamou a autonomia 
cientifica da Contabilidade, apresentando as diversas áreas 
conectadas a ela, mas que, além disso, tem formas próprias 
de registrar, controlar e gerir a contabilidade. 
Espero que tenha aproveitado cada informação vista neste encontro, 
vamos adiante, pois estamos só começando.
Teorias Contábeis24
Escola de Ciências Contábeis
INTRODUÇÃO:
Vamos para mais uma etapa de estudo na qual o intuito 
é o de apresentar a contabilidade internacional e discutir 
os seus impactos sobre a gestão financeira. No decorrer 
deste capítulo, vamos falar um pouco sobre a ciência da 
contabilidade e alguns registros contábeis que futuramente 
serão úteis para sua bagagem acadêmica.
O Neopatrimonalismo enfatiza a “razão dos acontecimentos dos 
fatos”, ou seja, qual a verdadeira influência dos fatores que produzem a 
transformação da riqueza – ambientes internos e externosque envolvem 
os meios patrimoniais. (RODRIGUES, 2004)
Sá (2006) trata que ao longo dos anos todos os conhecimentos 
da área contábil são frutos da observação, e que as práticas são tão 
importantes quanto às teorias, até amadurecem e desenvolvem suas 
habilidades contábeis.
A Contabilidade se desenvolveu com suas normas e cresceu com 
as práticas durante os anos, sendo que partiu das partidas dobradas até 
os fatos registrados e apresentação de demonstrações contábeis.
Somente no século XVIII a contabilidade chegou ao estágio 
científico, e quando chegou ao estágio superior, passando da teoria às 
práticas contábeis, junto com as outras disciplinas que vieram com ela 
nesta evolução metodológica e racional.
SAIBA MAIS:
A “ciência da contabilidade” surgiu em 1936 com J.P. Coffy, 
a partir do conhecimento contábil mais aprofundado e 
intelectual e foi valorizado, posteriormente, em 1840 com 
Francesco Villa.
Teorias Contábeis 25
Chegou-se à conclusão de que o registro com a escrituração 
contábil somente define os fatos de riqueza, não sendo as práticas e 
ações contábeis para registrá-la.
Definiu-se que somente se registra um fato com a documentação 
pertinente, não somente com o registro, mas com a ação tomada 
propriamente dita.
Caso não consigam identificar os atos e fatos contábeis não terão 
como registrá-lo, desta forma, ficou determinado que somente fossem 
demonstrados os fatos que podem chegar a conclusões.
Portanto, ficou declarado que o objetivo da Contabilidade na ciência 
é provar a riqueza com o comportamento aziendal e somente escriturar o 
que cabe ser registrado na contabilidade.
EXPLICANDO MELHOR:
Houve uma estruturação da doutrina com o objetivo 
realizar uma conexão entre os registros patrimoniais e os 
fatos ocorridos com ele durante o século XIX.
Com isso, houve uma distinção entre os registros das riquezas 
com a escrituração contábil para haver maior relação custo benefício nas 
formas que estão inseridas.
Ficou definido que para escriturar um ato contábil deve ter o fato 
contábil definido para registrar as memórias e acontecimentos, para que 
seja registrado com patrimônio.
Desta maneira, as teorias e conceitos foram evoluindo os estudos 
contábeis a fim de definir a riqueza patrimonial e suas transformações, 
reunindo as teorias e teoremas que derivaram de um conjunto de 
conceitos.
Teorias Contábeis26
Registros Contábeis
Antigamente os indivíduos eram respeitados na sociedade de 
acordo com o volume de bens que possuíam, pois a riqueza patrimonial 
era símbolo de sucesso pessoal. As relações de trocas eram feitas com as 
moedas que circulavam na época. 
Há vários registros desse período que demonstram a necessidade 
de controle dos bens que os indivíduos adquiriam, desde inventários 
desenhados em rochas até documentos de diversos materiais e em 
várias línguas, descobertos pelo homem na tentativa de reencontrar o 
seu passado. Neles, percebe-se a presença do controle do patrimônio 
pessoal em todos os períodos da história do homem. 
A sociedade evoluiu e a configuração de patrimônio se transformou. 
O que antes era tão valioso, como o ouro, por exemplo, perdeu valor com 
o tempo. O mesmo ocorreu com o sal, palavra que até deu origem ao 
termo salário, remuneração e que a maior parte dos indivíduos recebe 
pelo esforço laboral que pratica mensalmente. Outros bens surgiram e se 
valorizaram, criando de acordo com a época e a sociedade, respectivas 
dinâmicas econômicas diferentes.
Observou-se a importância de se fazer a gestão contábil, além da 
escrituração e registros necessários, ou seja, é necessário entender o que 
significa e o que aconteceu com a riqueza patrimonial, que se evidencia 
nas demonstrações (SÁ, 2006).
De relativa utilidade, apresentado pelo autor são quaisquer registros 
de demonstrações e informações, o que significa e nem se pode tirar 
conclusões sobre o comportamento do fenômeno registrado. 
A riqueza ambiental tem certa representatividade no comportamento 
e geração de informe, esse sim é o objetivo científico da Contabilidade, 
portanto, estruturou-se uma vigorosa doutrina que tinha por objetivo 
conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza 
patrimonial e explicar as relações entre elas em meados do século XIX.
Teorias Contábeis 27
EXPLICANDO MELHOR:
Conforme Sá (2016), a contabilidade passou a adaptar a teoria 
às práticas, e com os conceitos definindo os fatos e atos 
como registros contábeis para realizar as demonstrações 
contábeis. Ao escriturar contabilmente, o contador passou 
a observar as necessidades das empresas e pessoas que 
utilizam dos dados contábeis patrimoniais. A forma de estudo 
passa a ser mais dedicada à explicação do que ocorre com 
a riqueza patrimonial, através de teorias e teoremas que 
derivam da transformação de vários conceitos. 
Como exemplo, podemos citar que foi realizado um gasto de $1.000 
em despesas financeiras, mas só a ciência tem condições de determinar 
se tal despesa foi suficiente para cobrir as necessidades da empresa 
sem que haja prejuízo. O contador, portanto, deixou de ser apenas um 
“informante” para transformar-se em “controlador” ou gestor que realiza 
as informações da empresa, com o objetivo de ser o médico da empresa 
para orientar o empreendedor nas necessidades da empresa. Hoje este 
é o papel que em todo o mundo compete aos contadores que tem as 
práticas dos registros contábeis.
Figura 7: Registros Contábeis
Fonte: @freepik.
Teorias Contábeis28
VOCÊ SABIA?
Você sabia que os pensadores contribuíram para o melhor 
entendimento da contabilidade através das doutrinas 
que surgiram para que a ciência contábil tivesse uma 
metodologia específica? Para tanto, com o objetivo de gerar 
conhecimento, os estudiosos criaram pesquisas, escolas e 
obras para desenvolver o campo e melhorar o ambiente. 
(SÁ, 2006)
Sá (2006) dispõe que as ciências contábeis se tornou uma disciplina 
atuante no mercado de diversos para que possa contribuir na realização de 
registros das empresas e na relação com pessoas, gerando conhecimento 
e apresentando opções de registros e áreas que desenvolvam uma 
quantidade de informações necessárias para a escrituração da empresa.
IMPORTANTE:
A fim de questionar as metodologias escrituradas, os líderes 
dessas facções intelectuais preocuparam-se, inicialmente, 
em determinar a maior meta da ciência do estudo dos 
registros contábeis.
De acordo com Barros (2002, p. 25):
“Considerando que a contabilidade é considerada uma ciência 
social. Isso é feito por meio dos registros contábeis dos fatos 
e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos.” 
Segundo Rodrigues (2004) a Escola Americana transformou-se 
em grande potência, pois realizou trabalhos práticos e diversas áreas 
como: Contabilidade Gerencial, Financeira, de Custos, Controladoria, 
Orçamentária, Demonstrações Contábeis, entre outros. Com isso, foram 
criadas teorias e práticas e criação de empresas multinacionais com 
abertura de capital e acionistas.
Teorias Contábeis 29
RESUMINDO:
Mediante os nossos estudos, observamos que é através 
dos dados contábeis que você consegue verificar qual 
a saúde financeira da sua empresa, qual o total de bens 
acumulados, qual o patrimônio líquido apurado, se você 
obteve o lucro almejado ou não, foi esse o intuito de nosso 
estudo, em apresentar este contato com a realidade de 
algumas situações na área contábil. Espero que você tenha 
absorvido muitas informações para alimentar sua bagagem 
acadêmica.
Teorias Contábeis30
Atuação Contábil
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste capítulo, além de repassar informações 
que serão úteis para seu aprendizado, também é preparar o 
profissional contábil para lidar com pessoas e administrá-las 
para alcançar objetivos e metas. Lidar com o ser humano não 
é fácil, porém com um determinado esforço e dedicação, 
temos como preparar profissionais competentes. 
A Teoria de Contabilidade deve possibilitar ao contadordesenvolver 
a capacidade de analisar situações do cotidiano, propondo soluções 
dentro de um contorno de princípios e conceitos. Ela envolve as normas 
dos profissionais de contabilidade, a gestão e o atendimento ao objetivo 
da contabilidade que é prover usuários com informações úteis para a 
tomada de decisão (BRASIL, 1992).
Figura 8: Atuação Contábil
Fonte: Elaborada pela Autora (2020)
A contabilidade conta com informações gerencias confidenciais, 
derivadas de observações sobre os fenômenos que, tradicionalmente, 
eram preocupação constante de registros. Com isso, ela pode contribuir 
com o melhor andamento das práticas científicas.
O último grande marco da contabilidade é a convergência para um 
padrão único de escrituração contábil em todas as nações. No Brasil, esse 
processo iniciou-se com a Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007, que 
revoga institutos importantes da escrituração contábil da Lei n. 6.404/1976 
e cria uma harmonização entre as práticas contábeis brasileiras e as 
normas internacionais difundidas e adotadas pelos grandes grupos 
empresariais no mundo. 
Teorias Contábeis 31
Essas normas, denominadas International Financial Reporting 
Standards (IFRS), são publicadas pelo International Accounting Standards 
Board (IASB). Algumas dessas normas são conhecidas como International 
Accounting Standards (IAS). Esse trabalho de convergência foi atribuído 
ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), composto por membros 
da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Associação 
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais 
(Apimec Nacional), Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo 
(BM&FBOVESPA), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Fundação 
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). 
Além de normas, convenções e orientações emitidas pelo CPC, 
a contabilidade brasileira segue também as orientações fiscais das três 
esferas de governo (municipal, estadual e federal), e normas regulatórias 
de setores específicos, como os segmentos de seguros, energia elétrica, 
financeiro, por exemplo. Isso significa que o profissional contábil está 
inserido em um amplo e complexo mar de regulamentações que precisam 
ser atendidas e praticadas diariamente. O que distingue a contabilidade 
de um procedimento meramente administrativo é sua capacidade de 
auxiliar as organizações na gestão do patrimônio por meio de técnicas 
próprias de escrituração, demonstração, auditoria e análise, que sofrem 
adaptações ao contexto social, mas preservam sua essência.
Teorias Contábeis32
Contabilidade Pública
A Contabilidade Pública é uma ciência social que estuda a prática 
dos registros contábeis e os atos e fatos contábeis que envolvem 
Economia e Administração. Mais especificamente, trata-se do estudo  e 
do controle do patrimônio das entidades (empresas). 
O controle contábil é feito por meio dos registros contábeis dos fatos 
e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos. (BARROS, 
2002)
As empresas são pessoas jurídicas para exercer objetivos de uma 
atividade particular, economia mista ou pública, que produzem bens 
ou serviços para atender às necessidades humanas. Na nova visão das 
empresas, o lucro é considerado o retorno dos investidores e do processo 
produtivo.
NOTA:
A principal característica das empresas é a maximização do 
lucro. Além disso, também tem como meta a minimização 
do prejuízo. Já a empresa pública, o objetivo é um pouco 
diferente referente à rentabilidade social.
Dentre as responsabilidades da auditoria governamental, podemos 
citar os conceitos dos autores.
Conforme Sá (2006), auditoria é a técnica contábil do sistemático 
exame dos registros, visando apresentar conclusões, críticas e opiniões 
sobre as situações patrimoniais. É aquela dos resultados, quer formada, 
quer em processo de formação.
Teorias Contábeis 33
Seguem elas, as auditorias existentes.
Figura 9: Tipos de auditoria
Fonte: Elaborado pela Autora (2020)
Tem como finalidade de ferramenta de controle simultâneo entre 
a contabilidade e o orçamento, observando o previsto e o realizado das 
demonstrações contábeis e permitindo orçamentário para o controle 
prévio dos gastos públicos. 
Contabilidade Gerencial, Financeiro e 
Custos
Embora a contabilidade de custos seja à base da contabilidade 
gerencial, Martins (1996, p. 21) conta:
 “o principal objetivo das auditorias, fiscais e contadores, 
resulta nos problemas da contabilidade de custos e mensurar 
monetariamente seus estoques, para gerir e administrar estes 
registros.” 
O autor complementa que devido ao crescimento das empresas, a 
contabilidade de custos passa a ser considerada uma eficiente ferramenta 
de gerenciamento. Todavia, o fato de que esta nova visão da necessidade 
de controle de custos, sendo recente sua descoberta, podendo ser 
desenvolvida muita coisa nesta área.
Teorias Contábeis34
SAIBA MAIS:
Para aumentar a competitividade que vem acontecendo 
na maioria dos mercados, os custos são muito necessários 
para as decisões tomadas na empresa. Podemos dizer 
que a contabilidade de custos é considerada a base da 
contabilidade gerencial, e separa-se em duas grandes 
áreas. Desta forma, existe tanto a contabilidade gerencial 
e financeira, quanto a contabilidade interna e externa. “A 
primeira, neste momento representada pelo controle e 
mensuração de custos”. (MARTINS, 1996).
Dependendo da informação contábil necessária, ela serve 
para fins financeiros ou para fins de gerenciamento. Podemos optar 
pela Contabilidade Financeira ou Gerencial, existe diferença entre as 
demonstrações de ambas.
Para Ching (2006, p. 6):
“Contabilidade Financeira significa que as informações são 
agregadas e resumidas no que se refere à organização. Em 
Contabilidade Gerencial, as informações são desagregadas 
sobre produtos e clientes. E, em Contabilidade de Custos, as 
informações são agregadas sobre custos da produção e das 
vendas”.
Figura 10: Contabilidade Gerencial
Fonte: Elaborada pela Autora (2020)
Teorias Contábeis 35
EXPLICANDO MELHOR:
Existem algumas diferenças entre a contabilidade 
financeira e a gerencial devido às suas particularidades e 
públicos distintos. Na Financeira a preocupação com seus 
números refletem no comportamento externo, ou seja, o 
comportamento de analista reflete no comportamento de 
auditores externos. Já em relação à gerencial, se observa 
em que momento as medidas adotadas refletem nos seus 
gerentes. 
A Contabilidade Gerencial, além dos números e das informações 
financeiras prestadas ao gestor ou a quem delas se utiliza, também 
informa questões físicas e operacionais para a tomada de decisões. 
Nesse sentido, conforme exemplo citado por Ching (2006), um gerente 
de loja que necessita de dados operacionais para gerir sua unidade 
adequadamente necessita de informações sobre o atendimento de seus 
clientes, o giro do estoque, a reposição de mercadoria, o lucro da loja, as 
informações de vendas etc. 
A Contabilidade Gerencial podemos dizer que detém-se nos setores 
da empresa, como, por exemplo, o setor de atendimento aos clientes, 
fornecedores etc. Sua preocupação concentra-se em como a adoção de 
certas medidas do gestor influenciará o futuro da entidade, ou da empresa, 
mas sem descuidar do presente, dando muita importância para informações 
relevantes, flexíveis e rápidas. Isso ocorre porque caso necessite, o gestor 
precisa ter em mãos dados relevantes e de forma rápida. 
IMPORTANTE:
No entanto, cabe o seguinte questionamento: a quem a 
Contabilidade Gerencial deve se subordinar? Os autores 
da área entendem que a contabilidade gerencial não deve 
sofrer subordinação a nenhuma outra área, nem deve 
ser vista como uma área funcional por obter informações 
específicas para a tomada de decisão de todas as áreas. 
Teorias Contábeis36
Assim, qualquer colaboradorterá as informações de que necessitar. 
Para que isso aconteça na Contabilidade Gerencial, é preciso que a área 
de Tecnologia da Informação (TI) entre em ação, até porque deve ser 
respeitado o nível de acesso. Por exemplo, um vendedor terá acesso 
somente aos dados de seu setor, ao passo que seus gestores poderão ter 
acesso a qualquer nível. Um ponto muito importante, e que não se pode 
deixar de comentar, é o fato de que as informações encontradas possuem 
caráter confidencial.
EXPLICANDO MELHOR:
Por tradição a Contabilidade Gerencial utilizava-se de 
informações financeiras para elaborar seus relatórios, seja 
em moeda nacional (real) ou americana (dólar). Assim, esses 
relatórios gerenciais eram nada mais do que relatórios da 
Contabilidade Financeira. Quando a empresa começava a 
crescer e expandir seus negócios a outras áreas e regiões, 
os gestores/administradores necessitavam de novos 
relatórios gerenciais, e desde então se começou a dar 
ênfase à Contabilidade Gerencial. 
A Contabilidade Financeira, por sua vez, baseia-se em dados de 
informações que já ocorreram, ou seja, em informações que já estão lançadas 
nas suas respectivas contas contábeis. Dessa forma, ela é obrigatória às 
entidades e empresas, visto que as demonstrações contábeis são exigidas 
pela legislação vigente no país pela Secretaria da Receita Federal. Devido 
à fiscalização e às normas por ela aplicadas, as informações contábeis 
precisam ser claras, objetivas e confiáveis para que, caso haja necessidade, 
possam ser analisadas por uma auditoria externa.
O princípio contábil aplicado ao custo é o do Princípio da 
Competência, que ocorre com a realização da receita quando reconhece 
o resultado contábil com lucro ou prejuízo. Desta forma, os custos  são 
transformados até antes desse momento em despesas. Conforme 
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 750/1993:
Teorias Contábeis 37
“Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento”.
De acordo com o item 4.50 do pronunciamento conceitual básico 
do CPC(R1):
4.50. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração 
do resultado com base na associação direta entre elas e os 
correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente 
chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime 
de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou 
combinado das receitas e despesas que resultem direta ou 
conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos. Por 
exemplo, os vários componentes de despesas que integram 
o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos 
no mesmo momento em que a receita derivada da venda das 
mercadorias é reconhecida. Contudo, a aplicação do conceito 
de confrontação, de acordo com a Estrutura Conceitual, não 
autoriza o reconhecimento de itens no balanço patrimonial que 
não satisfaçam à definição de ativos ou passivos. (CPC, 2011, p. 31)
Além disso, nos termos do item 4.51 do pronunciamento conceitual 
básico do CPC(R1): 
Quando se espera que os benefícioseconômicos sejam 
gerados ao longo de váriosperíodoscontábeis e a associac ̧ão 
com a correspondente receita somente possa ser feita de 
modo geral e indireto, as despesas devem ser reconhecidas 
na demonstrac ̧ão do resultado com base em procedimentos 
de alocac ̧ãosistemática e racional.(CPC, 2011, p. 31)
Conforme trata Santos (2015), essa definição é similar a apresentada 
no SFAC 6, segundo o qual o confronto entre as despesas e receitas 
(matching) “é o reconhecimento de receitas e despesas que resultam 
direta e conjuntamente de uma mesma transação ou evento” (SANTOS, 
2015, p. 4).
Teorias Contábeis38
O autor reforça que muitas vezes é necessário:
[...] reconhecer despesas associadas com o uso ou o consumo 
de ativos, tais como itens do imobilizado, ágio pela expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill), marcas e patentes. Em 
tais casos, a despesa é designada como depreciac ̧ão ou 
amortizac ̧ão. Esses procedimentos de alocac ̧ão destinam-
se a reconhecer despesas nos períodos contábeis em que 
os benefícios econômicos associados a tais itens sejam 
consumidos ou expirem. (SANTOS, 2015, p. 4).
A Contabilidade, especialmente de custo, tem como função de 
fornecer a informação de dados através dos princípios contábeis, tanto 
para a Contabilidade Financeira, quanto para a Gerencial. Nesse sentido, 
Horngren, Datar e Foster (2012, p. 2) acrescentam que:
Mede e relata informações financeiras e não financeiras 
relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de 
recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto 
da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as 
informações de custos são coletadas e analisadas.
Por essa razão entendemos a grande importância da Contabilidade 
de Custos para a empresa, devido à sua especificação e nível de detalhe 
de todos os centros de custos responsáveis pelas áreas que movimentam 
os setores como um todo.
A Contabilidade de Custos produz informações imprescindíveis 
às contabilidades gerenciais e financeiras. Com isso, sabemos que a 
Contabilidade de Custos precisa das informações da Contabilidade 
Financeira e vice-versa para realizar o orçamento e trabalharem realizando 
ajustes para a redução de custos sugerida para a Contabilidade Gerencial. 
Ou seja, todas são importantes, a única diferença é que a Contabilidade 
Gerencial não está na hierarquia funcional.
Teorias Contábeis 39
Figura 11: Contabilidade de Custos
Fonte: @freepik. 
Segundo os autores a empresa é industrial porque obtém a matéria-
prima, onde é transformada no novo produto acabado, através de um 
processo com as respectivas máquinas, equipamentos e mão de obra 
especializada. E quando se trata de Contabilidade Industrial, falamos de 
normas contábeis e extracontábeis necessárias para saber o custo para a 
empresa industrial e a fabricação dos seus produtos, através do processo 
industrial.
Portanto, todos os gastos necessários para o processo de 
transformação de um produto deverão compor o seu custo.
REFLITA:
Nas empresas industriais, a preocupação com custos é 
constante, pois, em meio a todo o processo produtivo, é 
necessário buscar alternativas viáveis para maximizar o 
resultado da organização. Mas será que é somente nas 
indústrias que se calculam os custos? 
https://br.freepik.com/fotos-premium/o-investimento-para-a-pilha-de-moedas-no-papel-analisa-o-grafico-financeiro-com-calcula-conceito-de-investimento-e-poupanca_6759960.htm
Teorias Contábeis40
Nas indústrias, os gastos são utilizados para a realização das tarefas 
do dia a dia. Esses gastos são registrados, analisados e codificados 
pela Controladoria nos setores de Contabilidade Custos e Geral. Dessa 
maneira, a nomenclatura quanto aos termos dos autores e a função desse 
setor é separar os gastos em três grupos:
1. Investimento: é todo gasto que a empresa faz com o intuito de obter 
alguma receita ou rendimento no futuro, por exemplo: a construção 
de uma nova unidade fabril. A empresa está desembolsando um valor 
no presente, mas, futuramente obterá novas receitas e aumentará sua 
lucratividade;
2. Despesas: é todo gasto para funcionar a fábrica, mas não estão ligados 
ao processo produtivo. Exemplo: salário do pessoal do departamento 
administrativo. É necessário manter o controle administrativo, pois 
é preciso organizar as finanças, efetuando cobranças de clientes, 
pagando os fornecedores, emitindo notas fiscais, enfim, inúmeras 
atividades desempenhadas por esse setor. No entanto, essas 
atividades não estão diretamente relacionadas com a fabricação do 
produto, servem somente para a manutenção das atividades;
3. Custos: são os gastos que estão diretamente ligados à produção. Por 
exemplo: matéria-prima, custos indiretos de fabricação e mão-de-
obra direta. De acordo com Perez Jr.;Oliveira e Costa (2012), os custos 
de produção são os gastos necessários para a produção de serviços 
e bens e as despesas são os gastos necessários para a geração de 
receitas. Portanto, o que compõe o custo do produto é o que será 
classificado pela contabilidade no grupo de Custos. 
Na demonstração de resultados da empresa encontramos 
discriminados as despesas e os custos. Os custos referem-se aos produtos 
e serviços dos quais se geram a receita e as despesas. Podemos, assim, 
considerar valores despendidos para gerar a receita, como a despesa 
com entrega de um produto. Para entendermos melhor.
Para alguns autores, a contabilidade de custos continua fornecendo 
informações tanto para a contabilidade gerencial, quanto para a financeira.
Teorias Contábeis 41
Segundo entendimento dos autores, informações financeiras e 
não financeiras são medidas relatadas, além de serem relacionadas ao 
custo de aquisição ou a utilização de recursos em uma organização; na 
contabilidade gerencial, bem como na financeira, onde as informações de 
custos são coletadas e analisadas.
A teoria positiva para os autores (2005, p. 16), foca aspectos mais 
restritos da fenomenologia contábil, estabelece hipóteses e testes, muitas 
vezes através de métodos quantitativos, mas nem sempre, tais hipóteses 
procuram entender o mundo contábil como ele é, porque é assim e não 
como deveria ser.
Contabilidade Internacional
As NBC (Normas Brasileiras de Contabilidade) estabelecem regras 
de conduta profissional e procedimentos técnicos previstos a Resolução 
CFC nº 560/83 de 28 de outubro de 1983, em consonância com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. Silveira (2010) indica uma 
grande literatura empírica internacional que sugere que “as situações de 
conflitos de interesses tendem a causar menos danos em ambientes com 
melhor proteção aos investidores”.
Iniciaremos tratando dos aspectos introdutórios da Lei nº 11.638/07, 
após a Lei nº 6.404/76 e as principais diferenças internacionais na 
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis.
Como sabemos, a contabilidade é formada por demonstrações 
elaboradas para os usuários internos (sócios, acionistas, diretores, 
conselheiros etc.) e externos (órgãos reguladores, como os Conselhos 
Regional e Federal de Contabilidade; autoridades tributárias, Receita 
Federal do Brasil). Estas demonstrações constituem finalidades 
e necessidades, para resolver problemas próprios e exigências 
governamentais. E elas devem ser elaboradas em conformidade com a 
Estrutura Conceitual e não devem ser afetadas por exigências tributárias. 
No entanto, para atender às Normas Internacionais criadas a partir 
da Lei nº 11.638/07, se devem resolver problemas da NBC. Isso porque 
houve alterações de acordo com os padrões internacionais (IASB e FASB) 
Teorias Contábeis42
para serem elaboradas conforme a Estrutura Conceitual. O objetivo é 
fornecer informações necessárias para a tomada de decisões financeiras 
e econômicas por meio de avaliações fundamentadas por indicadores 
financeiros, a fim de especificar e determinar os grupos de usuários e 
satisfazer às necessidades destes.
De acordo com a NBC, o objetivo das Demonstrações Contábeis 
(Ching, 2006, p. 10):
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade 
satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus 
usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas 
demonstrações contábeis para a tomada de decisões 
econômicas, tais como: 
a. decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos 
patrimoniais; 
b. avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade 
que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu 
desempenho e de sua prestação de contas; 
c. avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados 
e proporcionar-lhes outros benefícios; 
d. avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos 
financeiros emprestados à entidade; 
e. determinar políticas tributárias; 
f. determinar a distribuição de lucros e dividendos
g. elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou 
h. regulamentar as atividades das entidades. 
Por meio das demonstrações contábeis são elaborados modelos 
baseados no custo histórico recuperável, além da forma do capital nominal 
financeiro. Também existem demais modelos e conceitos que podemos 
considerar apropriados para fornecer importantes informações que serão 
usadas para tomar decisões financeiras e econômicas. 
Teorias Contábeis 43
Com um conceito estruturado, uma gama de moldes contábeis e de 
conceituação de capital. Foram adotadas as normas internacionais (IFRS- 
Internacional Financial Standard) para padronização das demonstrações 
financeiras. Tais normas representam efetivamente o significado de 
contabilidade internacional (SANTOS, 2006).
Veremos que os organismos normalizadores responsáveis pela 
internacionalização da contabilidade são: o Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPCs), o (IASB – Internacional Accounting Standard Board) e o 
International Financial Report Standard (IFRS). 
O International Accounting Standards Board (IASB) está em pleno 
processo de atualização de sua Estrutura Conceitual. O projeto dessa 
Estrutura Conceitual iniciou em 1989 e estão sendo reescrito para a 
Apresentação das Demonstrações Contábeis e Elaboração e ocorre sua 
finalização através de documento completo, abrangente e único pelo 
IASB.
NOTA:
Conheceremos sobre a harmonização global da 
contabilidade e da divulgação das demonstrações 
financeiras. A análise dos aspectos de congruências e 
divergências dos derivativos sofreu algumas alterações 
contábeis que geraram desconforto nos responsáveis das 
áreas de análise financeira, devido à obrigatoriedade dessa 
padronização internacional.
Com a lei 11.638/07 houve muitas modificações para padronizar 
as demonstrações financeiras internacionais, sendo aprovadas 14 
deliberações através dos CPC. 
Com isso, as empresas de grande porte apresentando informações 
mais transparentes colaboram para uma informação mais clara aos 
usuários internos e externos.
As mudanças trouxeram muitas divergências entre as leis 
internacionais e brasileiras, gerando muitas alterações e haverão 26 
Teorias Contábeis44
pronunciamentos contábeis previstos pelo CPC para haver mais íntegro 
para que sejam comparados os procedimentos.
VOCÊ SABIA?
Qual o objetivo das Informações Contábeis? São relatórios 
contábeis aqueles que apresentam a situação da empresa, 
ou seja, se ela deu lucro ou não e as pessoas responsáveis 
pela tomada de decisão são os administradores e gestores. 
A Lei 11.638/2007 houve várias mudanças, que iremos mostrar 
neste quadro abaixo:
Quadro 1: Quadro comparativo das mudanças das leis
Lei 6.404, 
de 15 de dezembro de 1976
Lei 11.638, 
de 28 de   dezembro de 2007
Publicação das Demonstrações das 
Origens e Aplicações de Recursos – 
Doar.
Publicação das Demonstrações dos 
Fluxos de Caixas – DFC.
Não havia a exigência da publicação da 
Demonstração do Valor Adicionado – 
DVA para as companhias abertas.
Obrigatoriedade da publicação da 
Demonstração do Valor adicionado – 
DVA para as companhias abertas.
Os aumentos de valores nos saldos de 
ativos serão   registrados com Reserva 
de Reavaliação, no Patrimônio Líquido.
Os aumentos ou diminuições de 
valores nos saldos de ativos e passivos 
decorrentes de avaliações e preço de 
mercado serão registrados na conta 
de Ajuste de Avaliação Patrimonial, no 
Patrimônio Líquido.
O ativo permanente é dividido em: 
investimentos, ativo imobilizado e ativo 
diferido.
Ativo permanente passa a ser dividido 
em: investimentos, imobilizado, 
intangível e diferido.
Nas operações de fusão ou cisão, 
os saldos   vertidos poderão ser 
registrados pelos valores contábeis.
Os saldos serão vertidos a valor de 
mercados nos casos de: fusões, cisões 
ou incorporações.
O Patrimônio Líquido: reserva de 
capital, reservas de reavaliação, 
reservas de lucros ou prejuízos 
acumulados.O Patrimônio Líquido: reserva 
de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservas de lucros, ações 
em tesouraria e prejuízos acumulados.
Legenda: Resumo comparativo com as principais mudanças da lei 11.638/2007.
Fonte: Revista Capital Aberto: As mudanças introduzidas pela Lei 11.638/2007 (Adaptado).
Teorias Contábeis 45
Com a lei 11.638/2007 podemos perceber que o teste do impairment 
é a necessidade de realização de reavaliação dos ativos para que os bens 
sejam lançados a valor real.
Conceito: Impairment é uma palavra em inglês que em sua tradução 
literal significa deterioração. Tecnicamente, trata-se da redução do valor 
recuperável de um ativo. Fonte:https://bit.ly/3eJMRHk
Além disso, temos o quadro 2 que apresenta outras alterações:
Quadro 1: Quadro comparativo das mudanças das leis
Lei 6.404, 
de 15 de dezembro de 1976
Lei 11.638, 
de 28 de   dezembro de 2007
O Patrimônio Líquido: reserva de 
capital, reservas de reavaliação, 
reservas de lucros ou prejuízos 
acumulados.
O Patrimônio Líquido: reserva de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas 
de lucros, ações em tesouraria e   
prejuízos acumulados.
As companhias abertas são obrigadas 
a publicar as suas demonstrações 
contábeis devidamente auditadas. As 
companhias fechadas são obrigadas 
a publicar suas demonstrações 
contábeis.
As companhias abertas e as sociedades 
de grande porte de capital fechado são 
obrigadas a apresentar demonstrações 
contábeis segundo os mesmos padrões 
da Lei das S.As. e auditadas por auditores 
independentes.
A escrituração contábil será efetuada 
de acordo com os princípios de 
geralmente aceitos, podendo registrar 
nos livros comercias ou em livros 
auxiliares os ajustes decorrentes da 
legislação tributária.
Deverá ocorrer segregação entre 
escrituração mercantil e tributária.
A CVM expedirá normas contábeis 
de acordo com os princípios de 
geralmente aceitos.
A CVM expedirá normas contábeis 
em consonância com as Normas 
Internacionais de Contabilidade (IFRS)
As sociedades controladas devem 
ser avaliadas pelo método da 
equivalência patrimonial.
As sociedades controladas, sociedades 
que fazem parte do mesmo grupo que 
estejam sob influência e controle comum, 
devem ser avaliadas pelo método de 
equivalência patrimonial.
https://bit.ly/3eJMRHk
Teorias Contábeis46
EXPLICANDO MELHOR:
Devido ao caso Enron, as empresas mascaram os valores 
reais para maquiar a empresa para o investidor se interessar 
na ação, sendo que o impairment, a reavaliação, quando 
na utilização de ativo sendo registrado para apresentar a 
situação confiável com situação financeira real.
Segue algumas características para emitir uma demonstração 
contábil com informações claras e transparentes:
Tabela 2: Características qualitativas da Informação Contábil:
Características Definição
Compreensibilidade Informação completa e qualitativa
Relevância
Com determinada importância 
quantitativa
Materialidade Relevância material
Confiabilidade Integridade nas informações
Primazia da essência sobre a 
forma
Padrão adequado
Prudência
Conformidade dos relatórios com os 
padrões
Integralidade Informações confiáveis
Comparabilidade
Relatórios comparativos dos 
períodos
Tempestividade Em tempo oportuno, dentro do prazo
Equilíbrio entre custo e 
benefício
Margem de lucro adequada
Fonte: CRC/PR
Teorias Contábeis 47
As demonstrações patrimonial e financeira (BP), o desempenho 
(DRE/DRA) e os fluxos financeiros da entidade. Adequação as Normas de 
Contabilidade: Notas Explicativas. 
Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir:
 • As empresas devem realizar demonstrações financeiras conforme o 
IFRS nas notas explicativas.
Conforme CRC-RS, dizemos que:
Ao elaborar as demonstrações contábeis, a administração deve 
fazer uma avaliação da capacidade da entidade continuar em 
operação em futuro previsível, a menos, se a administração 
tenha intenção de liquidá-la ou cessar seus negócios, ou 
ainda não possua alternativa realista senão a descontinuação 
de suas atividades. 
(CRC-RS, Planejamento Estratégico CRCRS. Disponível em: 
Acesso em 26 de out.2010)
 • As empresas devem apresentar suas demonstrações financeiras 
anualmente, e os fato em notas explicativas.
 • A entidade deve apresentar uma uniformidade na apresentação e 
classificação dos itens na demonstração contábil de um período para 
outro.
 • As empresas devem apresentar a uniformidade nas demonstrações 
contábeis.
Figura 12: Normas Internacionais
Fonte: Elaborada pela Autora (2020)
Teorias Contábeis48
Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir:
 • A entidade deve divulgar informação comparativa às demonstrações 
financeiras com períodos anteriores. 
 • A entidade deve apresentar de forma comparativa a informação clara 
e segura das demonstrações contábeis.
IMPORTANTE:
O saldo das contas de Lucros Acumulados e de Prejuízos 
Acumulados não pode ocorrer na mesma data de 
fechamento do balanço patrimonial, devendo o saldo ser de 
um ou outro. Mais informações em: https://bit.ly/35eKyc9
RESUMINDO:
No decorrer deste capítulo vimos que: 
 • Existem processos de evolução contábil em 
contrapartida da parte de evolução das empresas.
 • Conhecemos a atuação contábil: pública, gerencial, 
custos, financeiro e internacional. 
 • Aprendemos sobre as doutrinas: patrimonialistas e 
personalistas.
Por isso, o contador precisa conhecer como planejar a estratégia e 
analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado 
ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes, deverá analisar 
seu planejamento estratégico para verificar se está tendo um grande 
retorno do investimento.
Caro estudante, você chegou ao fim deste estudo, parabéns! Nela, 
você aprendeu sobre análise da avaliação de desempenho de cargos. 
Gostou do que lhe mostramos? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre teorias contábeis 
e suas particularidades.
Para complementar seu aprendizado, não deixe de realizar as 
atividades que acompanham este estudo. Até a próxima!
https://bit.ly/35eKyc9
Teorias Contábeis 49
REFERÊNCIAS
BARROS, Sidney Ferro. Contabilidade Básica. Coleção prática IOB. São 
Paulo,2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CFE n. 3, de 3 de outubro de 
1992. Fixa os mínimos de conteúdo e duração do curso de graduação em 
Ciências Contábeis.
BRASIL, 1993. Resolução CFC 750 de 1993. Disponível em: Acesso em: 25 
set. 2017.
CHING, Hong Yu. Contabilidade Gerencial: Novas práticas para gestão de 
negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.5.ed. Sao Paulo: Atlas S.A., 1996.
RODRIGUES, Márcia.Teoria da contabilidade. In: FUMEC. Disponível em: 
http://www.fumec.com.br. Acesso em: 18 mai. 2019.
SÁ, Antônio Lopes de. A Evolução da Contabilidade. Editora Thomson-Iob. 
São Paulo, 2006.
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade.Editora Atlas. São Paulo, 
2006.
SANTOS, J. L. et al. Teoria da contabilidade: introdutória, intermediária e 
avançada. São Paulo: Atlas, 2007.
SCHMIDT, Paulo. A História do Pensamento Contábil. Porto Alegre: 
Bookman, 2000.
SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança Corporativa no Brasil e no 
Mundo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Márcia Valéria Marconi
Teorias Contábeis
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