Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade 1 Livro Didático Digital MÁrcia ValÉria Marconi Teorias Contábeis Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autora MÁRCIA VALÉRIA MARCONI A AUTORA Márcia Valéria Marconi Olá! Meu nome é Márcia Valéria Marconi. Sou formada em Ciências Contábeis, com uma experiência técnico-profissional nas áreas de contabilidade, controladoria, custos, recursos humanos e educação, sendo mais de 20 anos de atuação. Passei por empresas como, a Esso Brasileira de Petróleo Ltda., Sadia S.A., Econet Editora Ltda, Grupo Uninter, Universidade Positivo e FAEC. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Evolução Histórica ...................................................................................... 10 A Revolução Industrial ................................................................................................................. 14 Doutrinas Científicas .................................................................................. 18 Doutrina Personalista ................................................................................................................... 19 Doutrina Patrimonialista ............................................................................................................. 21 Escola de Ciências Contábeis ................................................................24 Registros Contábeis .......................................................................................................................26 Atuação Contábil .........................................................................................30 Contabilidade Pública ..................................................................................................................32 Contabilidade Gerencial, Financeiro e Custos ...........................................................33 Contabilidade Internacional ..................................................................................................... 41 Teorias Contábeis 7 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL UNIDADE 01 Teorias Contábeis8 INTRODUÇÃO Você sabe qual é a principal função de Teorias Contábeis? Nesse material você aprenderá sobre as dúvidas mais frequentes na gestão de negócios. Além disso, será capaz de conhecer a importância dos estudos contábeis. Com isso, também, aprenderá a atuação da contabilidade na empresa. Desse modo, você estará preparado para refletir e tomar decisões sobre as práticas voltadas para a Contabilidade Gerencial, que são oriundas da real informação para a tomada de decisões na empresa. Por essa razão, abordar esse tema significa também compreender as finanças organizacionais, seu conceito, papel, elementos formadores, funções e sistêmica e que traga resultados equilibrados e positivos para a organização. Entendeu? Ao longo deste estudo você vai mergulhar neste universo! Teorias Contábeis 9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Reconhecer o processo de desenvolvimento e evolução histórica da contabilidade e governança corporativa; 2. Conhecer as diretrizes contábeis patrimonialistas e personalistas científicas; 3. Aprender sobre as escolas de ciências contábeis e os registros contábeis; 4. Conhecer os tipos de contabilidade existentes através da atuação contábil. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Teorias Contábeis10 Evolução Histórica INTRODUÇÃO: As teorias contábeis envolvem um contexto histórico, onde devemos estar atentos a estas transformações e acompanhá-las constantemente. Veremos que a revolução industrial está para a empresa, assim como, a contabilidade está para cada um de nós. Ela é formada por um conjunto de planejamentos e números que dá identidade à organização. Para compreendê-la, seguiremos um importante passo para atuar na administração financeira da empresa. Vamos conhecer também sobre o papel da contabilidade, como um recurso estratégico da organização. A ciência contábil constrói-se e ramifica-se com base no patrimônio do indivíduo. Esse é o eixo central que delineia a percepção do que era, é ou será a contabilidade, Santos et al. (2007, p.24) relatam vários indícios da presença da contabilidade na sociedade mesopotâmica do período de 8.000 a.C. até 3.000 a.C., com destaque para uma das técnicas de maior relevância, a escrituração, registrada em tabuletas de barro. O que mais se destaca nesse levantamento não é o processo rudimentar que os povos utilizavam, mas as mutações que o processo sofreu à medida que a sociedade se transformava e aprimorava a técnica de escrituração dos bens patrimoniais, que se tornava mais complexa. A escrituração mesopotâmica era muito mais do que um simples registro e implicava uma sistemática única. Esse povo era muito criterioso quanto a registrar adequadamente e desenvolveu várias formas de registros para os bens, até fichas de diversos formatos para representá- los. Esse sistema propiciava aos comerciantes e produtores rurais da época o domínio sobre a sua realidade patrimonial com rapidez, bem como facilitava a realização do inventário físico dos bens. Ainda, permitia o controle de entrada e saída de novos bens do seu patrimônio, possibilitando a gestão dos ativos que o indivíduo (ou a família) possuía. Mais à frente na história, entre 2.000 a.C., no Egito, a escrituração se tornou Teorias Contábeis 11 obrigatória em razão da cobrança de impostos e taxas, permitindo que o governo recebesse um quinhão dos ganhos auferidos pelos indivíduos que possuíam patrimônio. Nesse período, a contabilidade ampliou sua finalidade e seus usuários, servindo aos interesses do empreendedor e do governo. Seguindo as evoluções históricas, com o advento da moeda, das medidas de valor e da escrita, a técnica de escrituração dos bens patrimoniais se aprimorou e passou a possibilitar a comparabilidade do valor dos bens que cada indivíduo possuía. Ou seja, essa evolução social permitiu que os patrimônios pessoais de cada indivíduo pudessem ser comparados entre si, o que possibilitava identificar o nível de pobreza ou riqueza de cada um. Desde então, a atividade econômica evoluiu muito, necessitando da ciência contábil como alicerce para o crescimento dos fluxos de dinheiro entre os povos. No finaldo século XV na Itália, a contabilidade recebeu um novo e importante impulso: o método das partidas dobradas. Esse método inovou por conseguir revelar, com perfeição, os impactos das mutações patrimoniais por intermédio de um sistema de contas. A evolução também ocorreu por meio da regra da igualdade das mutações patrimoniais, na qual tudo que entra ou sai do patrimônio é identificado com o mesmo valor monetário. Figura1: Evolução Histórica Fonte: @freepik https://br.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=revolu%C3%A7%C3%A3o%20industrial&sort=popular Teorias Contábeis12 O método foi descrito pela primeira vez em 1494 pelo frei Luca Bartolomeu Pacioli no livro Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti. Frei Luca Pacioli foi um célebre matemático italiano da época e, em sua obra, dedicou um capítulo para descrever o método de partidas dobradas. Por esse trabalho, que foi amplamente divulgado pelo mundo, foi reconhecido por muitos estudiosos como o “pai da contabilidade”. Com ele, iniciou-se uma das grandes escolas da ciência contábil, a escola europeia. A partir de 1920, começou a fase de predominância estadunidense na contabilidade: a economia norte-americana estava em expansão, grandes conglomerados eram criados, o mercado de capitais se expandiu e novas demandas e finalidades foram incorporadas à contabilidade. Enquanto as escolas europeias declinavam, as escolas norte-americanas floresciam com suas teorias e práticas contábeis. Nesse período, com o avanço do mercado de capitais, identificaram- se novos usuários para a informação gerada pela contabilidade e, com isso, iniciou-se um processo de padronização de relatórios, de tal forma que investidores, governo, instituições financeiras, entre outros, pudessem ter a mesma interpretação sobre as condições do patrimônio das organizações. Os arranjos de pessoas ou grupos, denominados atualmente de empresas ou sociedades (sociedades anônimas, sociedades limitadas, sociedades mistas etc.), tiveram um papel relevante no avanço da contabilidade. A cada nova modalidade de arranjo criada, os novos livros precisavam do conhecimento contábil para serem escriturados, outras obrigações acessórias tornaram-se necessárias e novas formas de interação apareciam nas transações entre companhias, pedindo que o profissional contábil se mantivesse em constante atualização de conhecimentos e tecnologias. Das fichas de barro com simbologia própria, passando pela escrita à pena e pela máquina de escrever, chegando aos computadores e softwares especializados, a contabilidade foi se modernizando e se aprimorando, utilizando-se das tecnologias criadas pelo homem ao longo da história. Teorias Contábeis 13 A partir de 1770, surgiu a primeira regulamentação da profissão contábil, quando o rei de Portugal, Dom José, promulgou uma lei que a oficializava, afetando todas as nações sob o domínio português. Nesse documento constou também a obrigatoriedade de registro da matrícula de todos os guarda-livros na junta comercial. Em 1870, sob o decreto imperial n. 4475, é reconhecida oficialmente a Associação dos Guarda-Livros da Corte no Brasil, considerada como a primeira entidade representativa dos profissionais contabilistas no país. Nessa época, o profissional da contabilidade precisava comprovar que frequentou aulas do curso de comércio para ser reconhecido profissionalmente. Mais tarde, em 1927, com a criação do Conselho Federal de Contabilidade e de conselhos regionais de contabilidade em cada estado da federação, estabeleceu-se o sistema normatizador e orientador da contabilidade no Brasil. Esse fato demonstra a importância da ciência contábil, que começa a ser aplicada em todo o país de maneira uniforme. Em 1976, foi promulgada a primeira lei brasileira para regulamentar a escrituração e a informação contábil nas empresas em regime de Sociedade Anônima, a Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, também conhecida como “Lei das Sociedades por Ações”. Considerada por muitos uma cópia da legislação societária americana denominada Model Business Corporation Act (MBCA), os pressupostos dessa lei não foram aplicados apenas às sociedades anônimas, mas sim a todos os modelos empresariais existentes no país, criando um padrão para a informação contábil brasileira. Assim, este material vem trazer as principais evoluções que vem ocorrendo nas Teorias Contábeis e todo o seu ambiente. Teorias Contábeis14 A Revolução Industrial Surgiu entre os séculos XIII e XIV, ganhando repercussão por toda a Europa, com a obra do Frei Luca Pacioli “La Summa de Arithmetica, Proportioni et Proportionalitá”. Várias foram as correntes de pensamento contábil derivadas da Escola Italiana, dentre as mais relevantes. (RODRIGUES, 2004) Luca Pacioli adquiriu conhecimentos matemáticos provavelmente quando foi aluno de Piero della Francesca, e se aprofundou na matéria na cidade de Veneza, sob a direção de Domenico Bragadino. Seus conhecimentos em contabilidade também se iniciaram nesta época de aprendizado matemático, uma vez que, principalmente na região de Veneza, a contabilidade era ensinada como uma forma de aplicação prática da matemática. O método das partidas dobradas foi disseminado por todo o mundo, tendo sua adoção consolidada. Ele é superior aos demais métodos, pois “era capaz de ordenar a classificação dos dados contábeis e, especialmente, fornecer resumos concisos da posição corrente dos negócios. Esse método foi capaz de trazer um ordenamento para a vida econômica das empresas.” (SCHMIDT, 2000, p.49) Através da Revolução Industrial, os custos de produção se tornaram importantes ferramentas, e com isso, o profissional contábil torna-se mais complexa. “Para o levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos estoques; seu valor de ‘Compras’ os fatores de produção foi sendo substituídos pelos valores realizados nas empresas comerciais.” (MARTINS, 1996, p.20). Teorias Contábeis 15 Observe a imagem a seguir relativos à Revolução Industrial. Figura 2: Revolução Industrial. Fonte: @freepik. Conforme Rodrigues (2004) surgiu juntamente com as grandes corporações no início, no século XX, observando que a teoria e a prática realizadas pela classe de profissionais contábil passaram a ser tratados como problemas econômicos e administrativos. NOTA: Alguns autores como Sá (2006), defendem a ideia de que a contabilidade cresceuatravés do progresso, e que a civilização acompanhaa evolução industrial. Teorias Contábeis16 Tabela 1: Mudanças com a Revolução Industrial Revolução Industrial Pós Revolução Industrial Pós Moderno Contista Personalista Controlista Norte-Americano Neocontista Italiana Patrimonialista Fonte: Elaborada pela autora, (2020). IMPORTANTE: Hoje as prioridades das organizações com a Quarta Revolução Industrial são: competição global, estratégias bem definidas, qualificações adequadas e agregar produtos e serviços. Podemos ver a evolução contábil na ilustração abaixo. Figura 3: Evolução da contabilidade Fonte: @freepik. Teorias Contábeis 17 Além disso, com a automação, a agilidade e inovação vêm ganhando espaço no Brasil e no mundo. RESUMINDO: A revolução Industrial trouxe muitas mudanças para as empresas, trabalhadores e população. Dentre as mudanças, a contabilidade teve que se adequar a grandes quantidades de horas extras, desenvolvimento, consumismo, entre outros. E através das novas doutrinas e do método de partidas dobradas que foi possível registrar os atos e fatos contábeis para melhor gestão das empresas. Com isso começou a necessidade de se lucrar cada vez mais, fazer as empresas crescerem e realizar as aquisições de empresas menores para aumentar a empresa e estar em melhor colocação no mercado, cada vez mais competitivo e complexo. Teorias Contábeis18Doutrinas Científicas INTRODUÇÃO: Neste nosso encontro teremos como objetivo estudar e apontar para relevância da gestão contábil gerencial e seu alinhamento com as diretrizes das organizações. Trazendo assim informações de grande valia para nossos estudos daqui por diante com relação a doutrinas científicas utilizadas na área da contabilidade.. Conforme Sá (2006), as doutrinas científicas próprias estabelecem correntes de pensamentos. Após movimento contista, surge a doutrina patrimonialista (corrente com pensamento doutrinário). Em seguida, veio o personalismo (poder da entidade sobre a pessoa). E com as novas ideias dos pesquisadores, surgiu o neo patrimonialismo. EXPLICANDO MELHOR: A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. Na realidade a contabilidade sempre obteve acesso a vários registros, sendo detentora das informações financeiras da empresa, podendo escriturar e manipular registro, sendo conhecido apenas como um mero profissional “guarda livros”. Para tanto, podemos perceber que os métodos de escrituração são bem definidos a ponto de a contabilidade ser considerada ciência, com base nas teorias apresentadas pelos autores e matemáticos da época para definir com teorias a metodologia dos registros contábeis, de partidas dobradas, por exemplo. Teorias Contábeis 19 Figura 4: Doutrinas científicas Fonte: Elaborada pela autora (2020) Doutrina Personalista Começando nossos estudos com uma breve pesquisa, pude observar que o personalismo foi um movimento associado ao Humanismo e não ligado a partido político, idealizado por Emmanuel Mounier, após a crise de 1929 da Europa e divulgado por uma revista chamada “Esprit”, com a intenção de identificar a verdade em toda a circunstância e acreditava que o problema das estruturas sociais era econômico e moral. Ao passar dos anos, ele foi adaptado e associado a esta ciência, chamada de Contabilidade. Na França surgiu a primeira teoria, conhecida como Contismo, chamada de “conta” dos registros contábeis. E foi através da matemática que surgiram as primeiras teorias das contas, ficando conhecida como “ciência de números”, sendo expressos com os valores das transações (Sá, 2006). Na realidade, o autor explica que a necessidade dos valores em números é para apresentar os registros dos fatos, da mesma forma que ocorre na física. A ciência da matemática como na física, onde, por exemplo, se mede os quilos por força não quer dizer que a Física faça parte da ciência da matemática neste caso que mede os números na construção de uma fábrica Teorias Contábeis20 Figura 5: Ciência dos números Fonte: @freepik. Sá (2006) apresenta que as contas e as práticas com números que apresentam as formas de contabilizar, não as teorias. Com isso, foram questionadas as doutrinas matemáticas e contistas na ciência contábil. Desta forma, foram questionadas estas teorias e criada uma nova doutrina chamada de Personalismo, sendo a relação entre as pessoas e a empresa. Nesta época começou a definir o patrimônio como sendo direitos e obrigações, e o Direito começou a fazer parte da contabilidade em sua forma, apenas. EXPLICANDO MELHOR: Segundo o autor apresenta esta nova corrente que foi questionada pelo Direito, provando que não basta ter direitos sobre uma mercadoria roubada ou sobre uma duplicata. E que final do século XIX, para provaram esta vocação materialista com os argumentos apresentados, a fim de garantir que todo bem ou direito deve ter uma forma. Teorias Contábeis 21 Doutrina Patrimonialista De acordo com alguns estudos, é possível observar que ela foi a que internacionalmente mais se difundiu, ou seja, a que implantou as ideias do estudo dos fenômenos patrimoniais das células sociais como objeto de estudos da Contabilidade. O estudioso que preconizou esta doutrina foi Vincenzo Masi, na Itália. O mesmo gerou suas ideias na década de 20 do século XX e a desenvolveu de forma competente nas décadas seguintes e até a dos anos 70 (quando faleceu). Ele também defendeu, por conseguinte, dois princípios, que são: O Princípio estático (o estado estático do patrimônio é determinado de forma objetiva pelo inventário). Cada elemento do patrimônio, determinado e avaliado, deverá ser distribuído em uma classificação (ou seja, a “qualificação do patrimônio”). Já o Princípio dinâmico (de posse dos meios patrimoniais relacionados no inventário), a gestão econômica do patrimônio levará a entidade a alcançar seus objetivos, ou seja, através dos elementos estáveis realizará fatos essenciais, buscando alcançar seus fins. No caso da acumulação de riqueza, verifica-se o fenômeno do crédito (lucro). Trazendo algumas informações para os dias de hoje, de acordo com Sá (2006), começaram a realizar estudos em relação ao controle de riquezas, formando, assim o chamado Controlismo, como sendo uma corrente de pensamentos. Assim, começaram a realizar uma relação entre a área contábil e a Administração. Com isso, surgiram dúvidas sobre quem controla quem, a contabilidade que serve o controle, ou vice versa. Nesta busca por teorias mais sólidas de estudos, que possa ser mais confiável e responder as pesquisas que foram surgindo, apareceram variadas correntes e escolas científicas. Dentre os estudos contábeis novos, foram: o estudo entre a empresa e a instituição (Aziendalismo) e o estudo do Lucro (Reditualismo), dentre outros. O autor entende que os estudos da contabilidade envolvem as disciplinas como: Matemáticas (na contabilidade dos números), Direito Teorias Contábeis22 (na relação entre pessoas e leis), Administração (na relação entre as pessoas) e Economia (principalmente pela forma de lucratividade), até se conseguisse se tornar autônoma através do patrimonialismo. Após observar todas estas doutrinas e estudos, chegaram à conclusão de que a contabilidade é objeto de estudo no patrimônio do empreendedor, e por isso a doutrina do “Patrimonialismo” foi considerada e poderosa corrente de pensamento científico. Figura 6: Áreas de envolvimento da contabilidade. Fonte: Elaborada pela autora, (2020). SAIBA MAIS: O Patrimonialismo se tornou uma corrente doutrinária que deu autonomia à contabilidade, provando que ela está conectada a várias outras ciências, como é o caso de outros ramos de atividades, também contribuindo para o empreendedorismo da mesma forma. No século XX na década de 60, houve um grande desenvolvimento nas normas, demonstrações e registros devido às teorias, teoremas e axiomas advindos do século XIX. Com isso, houve tendências neopatrimonialistas científicas, tendo uma visão mais ampla do universo patrimonial na contabilidade. Teorias Contábeis 23 RESUMINDO: A corrente doutrinária veio trazer a melhor forma de atuação contábil, testando qual era melhor doutrina na época, a personalista ou a patrimonialista e proclamou a autonomia cientifica da Contabilidade, apresentando as diversas áreas conectadas a ela, mas que, além disso, tem formas próprias de registrar, controlar e gerir a contabilidade. Espero que tenha aproveitado cada informação vista neste encontro, vamos adiante, pois estamos só começando. Teorias Contábeis24 Escola de Ciências Contábeis INTRODUÇÃO: Vamos para mais uma etapa de estudo na qual o intuito é o de apresentar a contabilidade internacional e discutir os seus impactos sobre a gestão financeira. No decorrer deste capítulo, vamos falar um pouco sobre a ciência da contabilidade e alguns registros contábeis que futuramente serão úteis para sua bagagem acadêmica. O Neopatrimonalismo enfatiza a “razão dos acontecimentos dos fatos”, ou seja, qual a verdadeira influência dos fatores que produzem a transformação da riqueza – ambientes internos e externosque envolvem os meios patrimoniais. (RODRIGUES, 2004) Sá (2006) trata que ao longo dos anos todos os conhecimentos da área contábil são frutos da observação, e que as práticas são tão importantes quanto às teorias, até amadurecem e desenvolvem suas habilidades contábeis. A Contabilidade se desenvolveu com suas normas e cresceu com as práticas durante os anos, sendo que partiu das partidas dobradas até os fatos registrados e apresentação de demonstrações contábeis. Somente no século XVIII a contabilidade chegou ao estágio científico, e quando chegou ao estágio superior, passando da teoria às práticas contábeis, junto com as outras disciplinas que vieram com ela nesta evolução metodológica e racional. SAIBA MAIS: A “ciência da contabilidade” surgiu em 1936 com J.P. Coffy, a partir do conhecimento contábil mais aprofundado e intelectual e foi valorizado, posteriormente, em 1840 com Francesco Villa. Teorias Contábeis 25 Chegou-se à conclusão de que o registro com a escrituração contábil somente define os fatos de riqueza, não sendo as práticas e ações contábeis para registrá-la. Definiu-se que somente se registra um fato com a documentação pertinente, não somente com o registro, mas com a ação tomada propriamente dita. Caso não consigam identificar os atos e fatos contábeis não terão como registrá-lo, desta forma, ficou determinado que somente fossem demonstrados os fatos que podem chegar a conclusões. Portanto, ficou declarado que o objetivo da Contabilidade na ciência é provar a riqueza com o comportamento aziendal e somente escriturar o que cabe ser registrado na contabilidade. EXPLICANDO MELHOR: Houve uma estruturação da doutrina com o objetivo realizar uma conexão entre os registros patrimoniais e os fatos ocorridos com ele durante o século XIX. Com isso, houve uma distinção entre os registros das riquezas com a escrituração contábil para haver maior relação custo benefício nas formas que estão inseridas. Ficou definido que para escriturar um ato contábil deve ter o fato contábil definido para registrar as memórias e acontecimentos, para que seja registrado com patrimônio. Desta maneira, as teorias e conceitos foram evoluindo os estudos contábeis a fim de definir a riqueza patrimonial e suas transformações, reunindo as teorias e teoremas que derivaram de um conjunto de conceitos. Teorias Contábeis26 Registros Contábeis Antigamente os indivíduos eram respeitados na sociedade de acordo com o volume de bens que possuíam, pois a riqueza patrimonial era símbolo de sucesso pessoal. As relações de trocas eram feitas com as moedas que circulavam na época. Há vários registros desse período que demonstram a necessidade de controle dos bens que os indivíduos adquiriam, desde inventários desenhados em rochas até documentos de diversos materiais e em várias línguas, descobertos pelo homem na tentativa de reencontrar o seu passado. Neles, percebe-se a presença do controle do patrimônio pessoal em todos os períodos da história do homem. A sociedade evoluiu e a configuração de patrimônio se transformou. O que antes era tão valioso, como o ouro, por exemplo, perdeu valor com o tempo. O mesmo ocorreu com o sal, palavra que até deu origem ao termo salário, remuneração e que a maior parte dos indivíduos recebe pelo esforço laboral que pratica mensalmente. Outros bens surgiram e se valorizaram, criando de acordo com a época e a sociedade, respectivas dinâmicas econômicas diferentes. Observou-se a importância de se fazer a gestão contábil, além da escrituração e registros necessários, ou seja, é necessário entender o que significa e o que aconteceu com a riqueza patrimonial, que se evidencia nas demonstrações (SÁ, 2006). De relativa utilidade, apresentado pelo autor são quaisquer registros de demonstrações e informações, o que significa e nem se pode tirar conclusões sobre o comportamento do fenômeno registrado. A riqueza ambiental tem certa representatividade no comportamento e geração de informe, esse sim é o objetivo científico da Contabilidade, portanto, estruturou-se uma vigorosa doutrina que tinha por objetivo conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza patrimonial e explicar as relações entre elas em meados do século XIX. Teorias Contábeis 27 EXPLICANDO MELHOR: Conforme Sá (2016), a contabilidade passou a adaptar a teoria às práticas, e com os conceitos definindo os fatos e atos como registros contábeis para realizar as demonstrações contábeis. Ao escriturar contabilmente, o contador passou a observar as necessidades das empresas e pessoas que utilizam dos dados contábeis patrimoniais. A forma de estudo passa a ser mais dedicada à explicação do que ocorre com a riqueza patrimonial, através de teorias e teoremas que derivam da transformação de vários conceitos. Como exemplo, podemos citar que foi realizado um gasto de $1.000 em despesas financeiras, mas só a ciência tem condições de determinar se tal despesa foi suficiente para cobrir as necessidades da empresa sem que haja prejuízo. O contador, portanto, deixou de ser apenas um “informante” para transformar-se em “controlador” ou gestor que realiza as informações da empresa, com o objetivo de ser o médico da empresa para orientar o empreendedor nas necessidades da empresa. Hoje este é o papel que em todo o mundo compete aos contadores que tem as práticas dos registros contábeis. Figura 7: Registros Contábeis Fonte: @freepik. Teorias Contábeis28 VOCÊ SABIA? Você sabia que os pensadores contribuíram para o melhor entendimento da contabilidade através das doutrinas que surgiram para que a ciência contábil tivesse uma metodologia específica? Para tanto, com o objetivo de gerar conhecimento, os estudiosos criaram pesquisas, escolas e obras para desenvolver o campo e melhorar o ambiente. (SÁ, 2006) Sá (2006) dispõe que as ciências contábeis se tornou uma disciplina atuante no mercado de diversos para que possa contribuir na realização de registros das empresas e na relação com pessoas, gerando conhecimento e apresentando opções de registros e áreas que desenvolvam uma quantidade de informações necessárias para a escrituração da empresa. IMPORTANTE: A fim de questionar as metodologias escrituradas, os líderes dessas facções intelectuais preocuparam-se, inicialmente, em determinar a maior meta da ciência do estudo dos registros contábeis. De acordo com Barros (2002, p. 25): “Considerando que a contabilidade é considerada uma ciência social. Isso é feito por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos.” Segundo Rodrigues (2004) a Escola Americana transformou-se em grande potência, pois realizou trabalhos práticos e diversas áreas como: Contabilidade Gerencial, Financeira, de Custos, Controladoria, Orçamentária, Demonstrações Contábeis, entre outros. Com isso, foram criadas teorias e práticas e criação de empresas multinacionais com abertura de capital e acionistas. Teorias Contábeis 29 RESUMINDO: Mediante os nossos estudos, observamos que é através dos dados contábeis que você consegue verificar qual a saúde financeira da sua empresa, qual o total de bens acumulados, qual o patrimônio líquido apurado, se você obteve o lucro almejado ou não, foi esse o intuito de nosso estudo, em apresentar este contato com a realidade de algumas situações na área contábil. Espero que você tenha absorvido muitas informações para alimentar sua bagagem acadêmica. Teorias Contábeis30 Atuação Contábil INTRODUÇÃO: O objetivo deste capítulo, além de repassar informações que serão úteis para seu aprendizado, também é preparar o profissional contábil para lidar com pessoas e administrá-las para alcançar objetivos e metas. Lidar com o ser humano não é fácil, porém com um determinado esforço e dedicação, temos como preparar profissionais competentes. A Teoria de Contabilidade deve possibilitar ao contadordesenvolver a capacidade de analisar situações do cotidiano, propondo soluções dentro de um contorno de princípios e conceitos. Ela envolve as normas dos profissionais de contabilidade, a gestão e o atendimento ao objetivo da contabilidade que é prover usuários com informações úteis para a tomada de decisão (BRASIL, 1992). Figura 8: Atuação Contábil Fonte: Elaborada pela Autora (2020) A contabilidade conta com informações gerencias confidenciais, derivadas de observações sobre os fenômenos que, tradicionalmente, eram preocupação constante de registros. Com isso, ela pode contribuir com o melhor andamento das práticas científicas. O último grande marco da contabilidade é a convergência para um padrão único de escrituração contábil em todas as nações. No Brasil, esse processo iniciou-se com a Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007, que revoga institutos importantes da escrituração contábil da Lei n. 6.404/1976 e cria uma harmonização entre as práticas contábeis brasileiras e as normas internacionais difundidas e adotadas pelos grandes grupos empresariais no mundo. Teorias Contábeis 31 Essas normas, denominadas International Financial Reporting Standards (IFRS), são publicadas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Algumas dessas normas são conhecidas como International Accounting Standards (IAS). Esse trabalho de convergência foi atribuído ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), composto por membros da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional), Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). Além de normas, convenções e orientações emitidas pelo CPC, a contabilidade brasileira segue também as orientações fiscais das três esferas de governo (municipal, estadual e federal), e normas regulatórias de setores específicos, como os segmentos de seguros, energia elétrica, financeiro, por exemplo. Isso significa que o profissional contábil está inserido em um amplo e complexo mar de regulamentações que precisam ser atendidas e praticadas diariamente. O que distingue a contabilidade de um procedimento meramente administrativo é sua capacidade de auxiliar as organizações na gestão do patrimônio por meio de técnicas próprias de escrituração, demonstração, auditoria e análise, que sofrem adaptações ao contexto social, mas preservam sua essência. Teorias Contábeis32 Contabilidade Pública A Contabilidade Pública é uma ciência social que estuda a prática dos registros contábeis e os atos e fatos contábeis que envolvem Economia e Administração. Mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas). O controle contábil é feito por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos. (BARROS, 2002) As empresas são pessoas jurídicas para exercer objetivos de uma atividade particular, economia mista ou pública, que produzem bens ou serviços para atender às necessidades humanas. Na nova visão das empresas, o lucro é considerado o retorno dos investidores e do processo produtivo. NOTA: A principal característica das empresas é a maximização do lucro. Além disso, também tem como meta a minimização do prejuízo. Já a empresa pública, o objetivo é um pouco diferente referente à rentabilidade social. Dentre as responsabilidades da auditoria governamental, podemos citar os conceitos dos autores. Conforme Sá (2006), auditoria é a técnica contábil do sistemático exame dos registros, visando apresentar conclusões, críticas e opiniões sobre as situações patrimoniais. É aquela dos resultados, quer formada, quer em processo de formação. Teorias Contábeis 33 Seguem elas, as auditorias existentes. Figura 9: Tipos de auditoria Fonte: Elaborado pela Autora (2020) Tem como finalidade de ferramenta de controle simultâneo entre a contabilidade e o orçamento, observando o previsto e o realizado das demonstrações contábeis e permitindo orçamentário para o controle prévio dos gastos públicos. Contabilidade Gerencial, Financeiro e Custos Embora a contabilidade de custos seja à base da contabilidade gerencial, Martins (1996, p. 21) conta: “o principal objetivo das auditorias, fiscais e contadores, resulta nos problemas da contabilidade de custos e mensurar monetariamente seus estoques, para gerir e administrar estes registros.” O autor complementa que devido ao crescimento das empresas, a contabilidade de custos passa a ser considerada uma eficiente ferramenta de gerenciamento. Todavia, o fato de que esta nova visão da necessidade de controle de custos, sendo recente sua descoberta, podendo ser desenvolvida muita coisa nesta área. Teorias Contábeis34 SAIBA MAIS: Para aumentar a competitividade que vem acontecendo na maioria dos mercados, os custos são muito necessários para as decisões tomadas na empresa. Podemos dizer que a contabilidade de custos é considerada a base da contabilidade gerencial, e separa-se em duas grandes áreas. Desta forma, existe tanto a contabilidade gerencial e financeira, quanto a contabilidade interna e externa. “A primeira, neste momento representada pelo controle e mensuração de custos”. (MARTINS, 1996). Dependendo da informação contábil necessária, ela serve para fins financeiros ou para fins de gerenciamento. Podemos optar pela Contabilidade Financeira ou Gerencial, existe diferença entre as demonstrações de ambas. Para Ching (2006, p. 6): “Contabilidade Financeira significa que as informações são agregadas e resumidas no que se refere à organização. Em Contabilidade Gerencial, as informações são desagregadas sobre produtos e clientes. E, em Contabilidade de Custos, as informações são agregadas sobre custos da produção e das vendas”. Figura 10: Contabilidade Gerencial Fonte: Elaborada pela Autora (2020) Teorias Contábeis 35 EXPLICANDO MELHOR: Existem algumas diferenças entre a contabilidade financeira e a gerencial devido às suas particularidades e públicos distintos. Na Financeira a preocupação com seus números refletem no comportamento externo, ou seja, o comportamento de analista reflete no comportamento de auditores externos. Já em relação à gerencial, se observa em que momento as medidas adotadas refletem nos seus gerentes. A Contabilidade Gerencial, além dos números e das informações financeiras prestadas ao gestor ou a quem delas se utiliza, também informa questões físicas e operacionais para a tomada de decisões. Nesse sentido, conforme exemplo citado por Ching (2006), um gerente de loja que necessita de dados operacionais para gerir sua unidade adequadamente necessita de informações sobre o atendimento de seus clientes, o giro do estoque, a reposição de mercadoria, o lucro da loja, as informações de vendas etc. A Contabilidade Gerencial podemos dizer que detém-se nos setores da empresa, como, por exemplo, o setor de atendimento aos clientes, fornecedores etc. Sua preocupação concentra-se em como a adoção de certas medidas do gestor influenciará o futuro da entidade, ou da empresa, mas sem descuidar do presente, dando muita importância para informações relevantes, flexíveis e rápidas. Isso ocorre porque caso necessite, o gestor precisa ter em mãos dados relevantes e de forma rápida. IMPORTANTE: No entanto, cabe o seguinte questionamento: a quem a Contabilidade Gerencial deve se subordinar? Os autores da área entendem que a contabilidade gerencial não deve sofrer subordinação a nenhuma outra área, nem deve ser vista como uma área funcional por obter informações específicas para a tomada de decisão de todas as áreas. Teorias Contábeis36 Assim, qualquer colaboradorterá as informações de que necessitar. Para que isso aconteça na Contabilidade Gerencial, é preciso que a área de Tecnologia da Informação (TI) entre em ação, até porque deve ser respeitado o nível de acesso. Por exemplo, um vendedor terá acesso somente aos dados de seu setor, ao passo que seus gestores poderão ter acesso a qualquer nível. Um ponto muito importante, e que não se pode deixar de comentar, é o fato de que as informações encontradas possuem caráter confidencial. EXPLICANDO MELHOR: Por tradição a Contabilidade Gerencial utilizava-se de informações financeiras para elaborar seus relatórios, seja em moeda nacional (real) ou americana (dólar). Assim, esses relatórios gerenciais eram nada mais do que relatórios da Contabilidade Financeira. Quando a empresa começava a crescer e expandir seus negócios a outras áreas e regiões, os gestores/administradores necessitavam de novos relatórios gerenciais, e desde então se começou a dar ênfase à Contabilidade Gerencial. A Contabilidade Financeira, por sua vez, baseia-se em dados de informações que já ocorreram, ou seja, em informações que já estão lançadas nas suas respectivas contas contábeis. Dessa forma, ela é obrigatória às entidades e empresas, visto que as demonstrações contábeis são exigidas pela legislação vigente no país pela Secretaria da Receita Federal. Devido à fiscalização e às normas por ela aplicadas, as informações contábeis precisam ser claras, objetivas e confiáveis para que, caso haja necessidade, possam ser analisadas por uma auditoria externa. O princípio contábil aplicado ao custo é o do Princípio da Competência, que ocorre com a realização da receita quando reconhece o resultado contábil com lucro ou prejuízo. Desta forma, os custos são transformados até antes desse momento em despesas. Conforme Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 750/1993: Teorias Contábeis 37 “Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento”. De acordo com o item 4.50 do pronunciamento conceitual básico do CPC(R1): 4.50. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem direta ou conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos. Por exemplo, os vários componentes de despesas que integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento em que a receita derivada da venda das mercadorias é reconhecida. Contudo, a aplicação do conceito de confrontação, de acordo com a Estrutura Conceitual, não autoriza o reconhecimento de itens no balanço patrimonial que não satisfaçam à definição de ativos ou passivos. (CPC, 2011, p. 31) Além disso, nos termos do item 4.51 do pronunciamento conceitual básico do CPC(R1): Quando se espera que os benefícioseconômicos sejam gerados ao longo de váriosperíodoscontábeis e a associac ̧ão com a correspondente receita somente possa ser feita de modo geral e indireto, as despesas devem ser reconhecidas na demonstrac ̧ão do resultado com base em procedimentos de alocac ̧ãosistemática e racional.(CPC, 2011, p. 31) Conforme trata Santos (2015), essa definição é similar a apresentada no SFAC 6, segundo o qual o confronto entre as despesas e receitas (matching) “é o reconhecimento de receitas e despesas que resultam direta e conjuntamente de uma mesma transação ou evento” (SANTOS, 2015, p. 4). Teorias Contábeis38 O autor reforça que muitas vezes é necessário: [...] reconhecer despesas associadas com o uso ou o consumo de ativos, tais como itens do imobilizado, ágio pela expectativa de rentabilidade futura (goodwill), marcas e patentes. Em tais casos, a despesa é designada como depreciac ̧ão ou amortizac ̧ão. Esses procedimentos de alocac ̧ão destinam- se a reconhecer despesas nos períodos contábeis em que os benefícios econômicos associados a tais itens sejam consumidos ou expirem. (SANTOS, 2015, p. 4). A Contabilidade, especialmente de custo, tem como função de fornecer a informação de dados através dos princípios contábeis, tanto para a Contabilidade Financeira, quanto para a Gerencial. Nesse sentido, Horngren, Datar e Foster (2012, p. 2) acrescentam que: Mede e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as informações de custos são coletadas e analisadas. Por essa razão entendemos a grande importância da Contabilidade de Custos para a empresa, devido à sua especificação e nível de detalhe de todos os centros de custos responsáveis pelas áreas que movimentam os setores como um todo. A Contabilidade de Custos produz informações imprescindíveis às contabilidades gerenciais e financeiras. Com isso, sabemos que a Contabilidade de Custos precisa das informações da Contabilidade Financeira e vice-versa para realizar o orçamento e trabalharem realizando ajustes para a redução de custos sugerida para a Contabilidade Gerencial. Ou seja, todas são importantes, a única diferença é que a Contabilidade Gerencial não está na hierarquia funcional. Teorias Contábeis 39 Figura 11: Contabilidade de Custos Fonte: @freepik. Segundo os autores a empresa é industrial porque obtém a matéria- prima, onde é transformada no novo produto acabado, através de um processo com as respectivas máquinas, equipamentos e mão de obra especializada. E quando se trata de Contabilidade Industrial, falamos de normas contábeis e extracontábeis necessárias para saber o custo para a empresa industrial e a fabricação dos seus produtos, através do processo industrial. Portanto, todos os gastos necessários para o processo de transformação de um produto deverão compor o seu custo. REFLITA: Nas empresas industriais, a preocupação com custos é constante, pois, em meio a todo o processo produtivo, é necessário buscar alternativas viáveis para maximizar o resultado da organização. Mas será que é somente nas indústrias que se calculam os custos? https://br.freepik.com/fotos-premium/o-investimento-para-a-pilha-de-moedas-no-papel-analisa-o-grafico-financeiro-com-calcula-conceito-de-investimento-e-poupanca_6759960.htm Teorias Contábeis40 Nas indústrias, os gastos são utilizados para a realização das tarefas do dia a dia. Esses gastos são registrados, analisados e codificados pela Controladoria nos setores de Contabilidade Custos e Geral. Dessa maneira, a nomenclatura quanto aos termos dos autores e a função desse setor é separar os gastos em três grupos: 1. Investimento: é todo gasto que a empresa faz com o intuito de obter alguma receita ou rendimento no futuro, por exemplo: a construção de uma nova unidade fabril. A empresa está desembolsando um valor no presente, mas, futuramente obterá novas receitas e aumentará sua lucratividade; 2. Despesas: é todo gasto para funcionar a fábrica, mas não estão ligados ao processo produtivo. Exemplo: salário do pessoal do departamento administrativo. É necessário manter o controle administrativo, pois é preciso organizar as finanças, efetuando cobranças de clientes, pagando os fornecedores, emitindo notas fiscais, enfim, inúmeras atividades desempenhadas por esse setor. No entanto, essas atividades não estão diretamente relacionadas com a fabricação do produto, servem somente para a manutenção das atividades; 3. Custos: são os gastos que estão diretamente ligados à produção. Por exemplo: matéria-prima, custos indiretos de fabricação e mão-de- obra direta. De acordo com Perez Jr.;Oliveira e Costa (2012), os custos de produção são os gastos necessários para a produção de serviços e bens e as despesas são os gastos necessários para a geração de receitas. Portanto, o que compõe o custo do produto é o que será classificado pela contabilidade no grupo de Custos. Na demonstração de resultados da empresa encontramos discriminados as despesas e os custos. Os custos referem-se aos produtos e serviços dos quais se geram a receita e as despesas. Podemos, assim, considerar valores despendidos para gerar a receita, como a despesa com entrega de um produto. Para entendermos melhor. Para alguns autores, a contabilidade de custos continua fornecendo informações tanto para a contabilidade gerencial, quanto para a financeira. Teorias Contábeis 41 Segundo entendimento dos autores, informações financeiras e não financeiras são medidas relatadas, além de serem relacionadas ao custo de aquisição ou a utilização de recursos em uma organização; na contabilidade gerencial, bem como na financeira, onde as informações de custos são coletadas e analisadas. A teoria positiva para os autores (2005, p. 16), foca aspectos mais restritos da fenomenologia contábil, estabelece hipóteses e testes, muitas vezes através de métodos quantitativos, mas nem sempre, tais hipóteses procuram entender o mundo contábil como ele é, porque é assim e não como deveria ser. Contabilidade Internacional As NBC (Normas Brasileiras de Contabilidade) estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos técnicos previstos a Resolução CFC nº 560/83 de 28 de outubro de 1983, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Silveira (2010) indica uma grande literatura empírica internacional que sugere que “as situações de conflitos de interesses tendem a causar menos danos em ambientes com melhor proteção aos investidores”. Iniciaremos tratando dos aspectos introdutórios da Lei nº 11.638/07, após a Lei nº 6.404/76 e as principais diferenças internacionais na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. Como sabemos, a contabilidade é formada por demonstrações elaboradas para os usuários internos (sócios, acionistas, diretores, conselheiros etc.) e externos (órgãos reguladores, como os Conselhos Regional e Federal de Contabilidade; autoridades tributárias, Receita Federal do Brasil). Estas demonstrações constituem finalidades e necessidades, para resolver problemas próprios e exigências governamentais. E elas devem ser elaboradas em conformidade com a Estrutura Conceitual e não devem ser afetadas por exigências tributárias. No entanto, para atender às Normas Internacionais criadas a partir da Lei nº 11.638/07, se devem resolver problemas da NBC. Isso porque houve alterações de acordo com os padrões internacionais (IASB e FASB) Teorias Contábeis42 para serem elaboradas conforme a Estrutura Conceitual. O objetivo é fornecer informações necessárias para a tomada de decisões financeiras e econômicas por meio de avaliações fundamentadas por indicadores financeiros, a fim de especificar e determinar os grupos de usuários e satisfazer às necessidades destes. De acordo com a NBC, o objetivo das Demonstrações Contábeis (Ching, 2006, p. 10): Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões econômicas, tais como: a. decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; b. avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas; c. avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios; d. avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade; e. determinar políticas tributárias; f. determinar a distribuição de lucros e dividendos g. elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou h. regulamentar as atividades das entidades. Por meio das demonstrações contábeis são elaborados modelos baseados no custo histórico recuperável, além da forma do capital nominal financeiro. Também existem demais modelos e conceitos que podemos considerar apropriados para fornecer importantes informações que serão usadas para tomar decisões financeiras e econômicas. Teorias Contábeis 43 Com um conceito estruturado, uma gama de moldes contábeis e de conceituação de capital. Foram adotadas as normas internacionais (IFRS- Internacional Financial Standard) para padronização das demonstrações financeiras. Tais normas representam efetivamente o significado de contabilidade internacional (SANTOS, 2006). Veremos que os organismos normalizadores responsáveis pela internacionalização da contabilidade são: o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), o (IASB – Internacional Accounting Standard Board) e o International Financial Report Standard (IFRS). O International Accounting Standards Board (IASB) está em pleno processo de atualização de sua Estrutura Conceitual. O projeto dessa Estrutura Conceitual iniciou em 1989 e estão sendo reescrito para a Apresentação das Demonstrações Contábeis e Elaboração e ocorre sua finalização através de documento completo, abrangente e único pelo IASB. NOTA: Conheceremos sobre a harmonização global da contabilidade e da divulgação das demonstrações financeiras. A análise dos aspectos de congruências e divergências dos derivativos sofreu algumas alterações contábeis que geraram desconforto nos responsáveis das áreas de análise financeira, devido à obrigatoriedade dessa padronização internacional. Com a lei 11.638/07 houve muitas modificações para padronizar as demonstrações financeiras internacionais, sendo aprovadas 14 deliberações através dos CPC. Com isso, as empresas de grande porte apresentando informações mais transparentes colaboram para uma informação mais clara aos usuários internos e externos. As mudanças trouxeram muitas divergências entre as leis internacionais e brasileiras, gerando muitas alterações e haverão 26 Teorias Contábeis44 pronunciamentos contábeis previstos pelo CPC para haver mais íntegro para que sejam comparados os procedimentos. VOCÊ SABIA? Qual o objetivo das Informações Contábeis? São relatórios contábeis aqueles que apresentam a situação da empresa, ou seja, se ela deu lucro ou não e as pessoas responsáveis pela tomada de decisão são os administradores e gestores. A Lei 11.638/2007 houve várias mudanças, que iremos mostrar neste quadro abaixo: Quadro 1: Quadro comparativo das mudanças das leis Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 Publicação das Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos – Doar. Publicação das Demonstrações dos Fluxos de Caixas – DFC. Não havia a exigência da publicação da Demonstração do Valor Adicionado – DVA para as companhias abertas. Obrigatoriedade da publicação da Demonstração do Valor adicionado – DVA para as companhias abertas. Os aumentos de valores nos saldos de ativos serão registrados com Reserva de Reavaliação, no Patrimônio Líquido. Os aumentos ou diminuições de valores nos saldos de ativos e passivos decorrentes de avaliações e preço de mercado serão registrados na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido. O ativo permanente é dividido em: investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. Ativo permanente passa a ser dividido em: investimentos, imobilizado, intangível e diferido. Nas operações de fusão ou cisão, os saldos vertidos poderão ser registrados pelos valores contábeis. Os saldos serão vertidos a valor de mercados nos casos de: fusões, cisões ou incorporações. O Patrimônio Líquido: reserva de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados.O Patrimônio Líquido: reserva de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Legenda: Resumo comparativo com as principais mudanças da lei 11.638/2007. Fonte: Revista Capital Aberto: As mudanças introduzidas pela Lei 11.638/2007 (Adaptado). Teorias Contábeis 45 Com a lei 11.638/2007 podemos perceber que o teste do impairment é a necessidade de realização de reavaliação dos ativos para que os bens sejam lançados a valor real. Conceito: Impairment é uma palavra em inglês que em sua tradução literal significa deterioração. Tecnicamente, trata-se da redução do valor recuperável de um ativo. Fonte:https://bit.ly/3eJMRHk Além disso, temos o quadro 2 que apresenta outras alterações: Quadro 1: Quadro comparativo das mudanças das leis Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 O Patrimônio Líquido: reserva de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados. O Patrimônio Líquido: reserva de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. As companhias abertas são obrigadas a publicar as suas demonstrações contábeis devidamente auditadas. As companhias fechadas são obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis. As companhias abertas e as sociedades de grande porte de capital fechado são obrigadas a apresentar demonstrações contábeis segundo os mesmos padrões da Lei das S.As. e auditadas por auditores independentes. A escrituração contábil será efetuada de acordo com os princípios de geralmente aceitos, podendo registrar nos livros comercias ou em livros auxiliares os ajustes decorrentes da legislação tributária. Deverá ocorrer segregação entre escrituração mercantil e tributária. A CVM expedirá normas contábeis de acordo com os princípios de geralmente aceitos. A CVM expedirá normas contábeis em consonância com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) As sociedades controladas devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As sociedades controladas, sociedades que fazem parte do mesmo grupo que estejam sob influência e controle comum, devem ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. https://bit.ly/3eJMRHk Teorias Contábeis46 EXPLICANDO MELHOR: Devido ao caso Enron, as empresas mascaram os valores reais para maquiar a empresa para o investidor se interessar na ação, sendo que o impairment, a reavaliação, quando na utilização de ativo sendo registrado para apresentar a situação confiável com situação financeira real. Segue algumas características para emitir uma demonstração contábil com informações claras e transparentes: Tabela 2: Características qualitativas da Informação Contábil: Características Definição Compreensibilidade Informação completa e qualitativa Relevância Com determinada importância quantitativa Materialidade Relevância material Confiabilidade Integridade nas informações Primazia da essência sobre a forma Padrão adequado Prudência Conformidade dos relatórios com os padrões Integralidade Informações confiáveis Comparabilidade Relatórios comparativos dos períodos Tempestividade Em tempo oportuno, dentro do prazo Equilíbrio entre custo e benefício Margem de lucro adequada Fonte: CRC/PR Teorias Contábeis 47 As demonstrações patrimonial e financeira (BP), o desempenho (DRE/DRA) e os fluxos financeiros da entidade. Adequação as Normas de Contabilidade: Notas Explicativas. Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir: • As empresas devem realizar demonstrações financeiras conforme o IFRS nas notas explicativas. Conforme CRC-RS, dizemos que: Ao elaborar as demonstrações contábeis, a administração deve fazer uma avaliação da capacidade da entidade continuar em operação em futuro previsível, a menos, se a administração tenha intenção de liquidá-la ou cessar seus negócios, ou ainda não possua alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades. (CRC-RS, Planejamento Estratégico CRCRS. Disponível em: Acesso em 26 de out.2010) • As empresas devem apresentar suas demonstrações financeiras anualmente, e os fato em notas explicativas. • A entidade deve apresentar uma uniformidade na apresentação e classificação dos itens na demonstração contábil de um período para outro. • As empresas devem apresentar a uniformidade nas demonstrações contábeis. Figura 12: Normas Internacionais Fonte: Elaborada pela Autora (2020) Teorias Contábeis48 Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir: • A entidade deve divulgar informação comparativa às demonstrações financeiras com períodos anteriores. • A entidade deve apresentar de forma comparativa a informação clara e segura das demonstrações contábeis. IMPORTANTE: O saldo das contas de Lucros Acumulados e de Prejuízos Acumulados não pode ocorrer na mesma data de fechamento do balanço patrimonial, devendo o saldo ser de um ou outro. Mais informações em: https://bit.ly/35eKyc9 RESUMINDO: No decorrer deste capítulo vimos que: • Existem processos de evolução contábil em contrapartida da parte de evolução das empresas. • Conhecemos a atuação contábil: pública, gerencial, custos, financeiro e internacional. • Aprendemos sobre as doutrinas: patrimonialistas e personalistas. Por isso, o contador precisa conhecer como planejar a estratégia e analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes, deverá analisar seu planejamento estratégico para verificar se está tendo um grande retorno do investimento. Caro estudante, você chegou ao fim deste estudo, parabéns! Nela, você aprendeu sobre análise da avaliação de desempenho de cargos. Gostou do que lhe mostramos? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre teorias contábeis e suas particularidades. Para complementar seu aprendizado, não deixe de realizar as atividades que acompanham este estudo. Até a próxima! https://bit.ly/35eKyc9 Teorias Contábeis 49 REFERÊNCIAS BARROS, Sidney Ferro. Contabilidade Básica. Coleção prática IOB. São Paulo,2002. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CFE n. 3, de 3 de outubro de 1992. Fixa os mínimos de conteúdo e duração do curso de graduação em Ciências Contábeis. BRASIL, 1993. Resolução CFC 750 de 1993. Disponível em: Acesso em: 25 set. 2017. CHING, Hong Yu. Contabilidade Gerencial: Novas práticas para gestão de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.5.ed. Sao Paulo: Atlas S.A., 1996. RODRIGUES, Márcia.Teoria da contabilidade. In: FUMEC. Disponível em: http://www.fumec.com.br. Acesso em: 18 mai. 2019. SÁ, Antônio Lopes de. A Evolução da Contabilidade. Editora Thomson-Iob. São Paulo, 2006. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade.Editora Atlas. São Paulo, 2006. SANTOS, J. L. et al. Teoria da contabilidade: introdutória, intermediária e avançada. São Paulo: Atlas, 2007. SCHMIDT, Paulo. A História do Pensamento Contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000. SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança Corporativa no Brasil e no Mundo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Márcia Valéria Marconi Teorias Contábeis Evolução Histórica A Revolução Industrial Doutrinas Científicas Doutrina Personalista Doutrina Patrimonialista Escola de Ciências Contábeis Registros Contábeis Atuação Contábil Contabilidade Pública Contabilidade Gerencial, Financeiro e Custos Contabilidade Internacional
Compartilhar