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1 Pele e anexos A pele é divida em algumas camadas, mas vamos trabalhar com a derme e epiderme, sendo a pele um órgão Células que se juntam e forma tecidos, órgãos, sistemas e indivíduos Nossa pele é um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Revisão anatomofisilogica A pele se insere ou dá continuidade às mucosas em todos os orifícios do organismo (digestivo, respiratório, ocular e urogenital) A pele e os pelos variam quantitativa e qualitativamente a Pele Maior órgão de um organismo Auxilia nas características raciais das espécies Suporte e nutrição para o pelo Possibilidades econômicas em algumas espécies, principalmente pensando em grandes e silvestres, e por isso se quer uma pele integra sem nenhum tipo lesão Barreira anatômica e fisiológica, sendo a pele com presença de alguns mucos e bactérias pra proteção Proteção contra lesões físicas, químicas e microbiológicas. Sendo sensível ao calor, ao frio, à dor, ao prurido e à pressão Órgão muito exposto, e por isso esta sujeito a agressão diversas e isso impacta no tipo de tratamento a ser feito Aproximadamente 30% da casuística de pequenos animais no estudo da pele (dermato) “Espelho do corpo, pois a pele mostra o que o paciente pode ter ajudando no diagnostico Funções: Barreira física Regulação de temperatura Barreira imunológica Suporte mecânico Receptor sensorial Secreções glandulares Metabolismo Aula 25/10/2022 - Lucas 2 Subdividida em 3 porções: o Epiderme o Derme o Hipoderme Epiderme Múltiplas camadas celulares de queratinócitos em diferentes estágios de diferenciação Queratinócitos (85%) Melanócitos (5%) Células de Langerhans (3-8%) Merkel (2%) − As células de Merkel são um tipo de células neuroendócrinas da pele, que compartilham algumas características das células nervosas. Essas células estão próximas das terminações nervosas da pele. Eles ajudam a sentir o toque leve, o que permite, por exemplo, sentir os detalhes da superfície de um objeto − As células de Langerhans (LC) são um grupo de Células dendríticas (CD) derivadas da medula óssea situadas principalmente em uma camada suprabasal da epiderme 1) Camada basal; 2) Camada espinhosa; 3) Camada granulosa; 4) Camada lúcida (coxins e narinas); 5) Camada córnea ( vai ser mais espessas dependendo da área e da espécie animal) Derme Camada intermediária, com grande presença de tecido conjuntivo, possuindo vasos sanguíneos e linfáticos, glândulas, folículos pilosos e nervos Presença predominante de fibroblastos, além de macrófagos e mastócitos Estruturalmente, a derme é formada por fibras de colágeno e elastina e por uma matriz extracelular, sendo responsável por garantir a elasticidade e resistência da pele Pelos e folículos que compõem a derme Pelos são estruturas filiformes constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos Anexos ao pelo estão a glândula sebácea e o músculo eretor do pelo Os pelos são estruturas importantes na termorregulação e na percepção sensorial de alguns animais A coloração e o brilho do pelo relacionados com a regulação térmica e à reflexão de raios solares EX: nelore tem pelo branco e por isso suporta melhor ao calor Ciclo do pelo Anágena - caracteriza-se pela intensa atividade mitótica da matriz Catágena - os folículos regridem a 1/3 de suas dimensões anteriores, interrompem-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular Telógena - a extremidade do pelo assume a forma de clava, o pelo está prestes a se desprender − Em climas bem definidos, há maior queda de pelos na primavera e no outono, porém esse fenômeno parece não se repetir em climas tropicais, nos quais há exposição contínua a grandes períodos de luz e consequente queda constante de pelos em algumas raças de animais. 1 2 1 – Epiderme 2 – Derme 3 Glândulas anexas Glândulas sebáceas e sudorípara Glândulas sebáceas Presentes em toda a pele, à exceção dos coxins e plano nasal Desembocam sempre no folículo piloso (unidade pilossebácea) A secreção das glândulas sebáceas é do tipo holócrina, denominada sebum Mantém a pele macia e a camada córnea hidratada, impedindo a perda de água Glândulas sudorípara As glândulas sudoríparas, anteriormente classificadas como apócrinas (epitriquiais) e écrinas (atriquiais) Epitriquiais estão presentes na pele recoberta por pelame, apresentam-se em geral espiraladas e saculadas ou tubulares. São maiores e mais numerosas próximo às junções mucocutâneas, no espaço interdigital e na região cervical dorsal Atriquiais, são encontradas exclusivamente nos coxins − As écrinas são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda do citoplasma da célula secretora. Já as apócrinas eliminam secreção com porções do citoplasma − Essas glândulas não são inervadas e, aparentemente, exercem funções antimicrobianas e de feromônios. Sudorese Pouco desenvolvida/inexistente em cães e gatos, exceto nos coxins Equinos e bovinos são as duas únicas espécies animais as quais a sudorese representa um importante mecanismo de termorregulação − Presença de proteínas, principalmente saponinas, associadas com água e eletrólitos Exame dermatológico Por onde começa? Começa pela anamnese Anamnese Espécie, Idade, Sexo, Raça, Coloração do pelame, Procedência do animal, Estado reprodutivo, Alimentação e Evolução Espécie: foliculites: fel: + comum doenças fungicas, enquanto em cães, as bacterianas são mais comuns Idade: demodiciose can, doença parasitária causada pelo acaro Demodex comum nos jovens, enquanto doenças hormonais, auto imunes e neopasicas são + frequentes em animais meia idade a idosos. Sexo e estado reprodutivo: adenomas perianais quase que exclusivo de machos; algumas dermatopatias tb relaciona-se com o ciclo estral nas fêmeas Raças: algumas são predispostas a determinadas doenças, seborréia nos Cockers, adenite sebácea nos akitas... Coloração dos pêlos: CEC e dermatose actínica causada pelo sol em fel brancos, assim como a alopecia da cor diluída em cão de cor diluída (que são diluições do preto e do marrom) como Doberman azul, York, Schnauzer.. Procedência do animal: canis, feiras de animais... Porcedência geografica, ex de BH que é área endêmica para leishmaniose... 4 • Periodicidade • Sazonal ou não? • Ciclo estral? • Antecedentes • Doenças recentes e antigas • Procedência do animal • Parentesco • Ambiente, manejo e hábitos • Local onde dorme • Frequência de limpeza das instalações e produtos utilizados (ambiente e animal) • Dieta • Viagens • Saúde geral do paciente • Apetite; mudanças no peso; disposição; fezes; urina • Vacinação e vermifugação Queixa principal Início do quadro e evolução dos sinais é fundamental a participação do proprietário Inicio da doença, Aspecto inicial e localização, Progressão da doença (quanto mais rápido, mais agressivo) Faz alguma associação de melhora ou piora Prurido: Coça e lesiona ou lesiona e coça? Graduar o prurido (0 a 10) − Quando o animal se coça acima de 30% do tempo disponível ou mais, considera-se um caso de prurido patológico Lesões, Perda de pelo e Cheiro desagradável Exame físico Deve ser sempre precedido pela inspeção do animal Iniciar exame à distância, observando todo o animal: • Estado geral • Qualidade e distribuição da pelagem • Topografia das lesões O ideal é conhecer e ter em mente as particularidades de cada espécie e se possível raça, mas cuidado, não tenha pressa pelo diagnóstico Palpação – Olfação – Inspeção direta – Inspeção indireta Local com boa iluminação ser especialmente luz natural ou artificial branca, e ter cuidado para a luz não interferirou modificar a cor da pele e pelagem Lupa ou Lâmpada de wood − O uso da Lâmpada de Wood auxilia no diagnóstico de uma doença fúngica chamada dermatofitose. As lesões podem ser classificadas quanto a: o Distribuição, topografia, configuração, profundidade e morfologia, Distribuição das lesões o Localizada/Focal: até 5 lesões individualizadas. o Disseminada/Multifocal: + de 5 lesões individualizadas o Generalizada: acometimento difuso da superfície corporal Topografia das lesões o Simétricas ou assimétricas Palpação O que avaliar? Coxins e Interdígitos Unhas e Leito ungueal Junções mucocutâneas Condutos auditivos e pavilhões auriculares Estabelecer: • Sensibilidade • Temperatura • Consistência • Volume • Espessura 5 Morfologia da lesão Lesão primaria Desenvolvem-se espontaneamente como resultado direto da causa básica Mácula, Mancha, Pápula, Placa, Pústula, Vesícula, Bolha, Nódulo, Tumor, Cisto Mácula e Mancha Mácula: lesão circunscrita, não palpável, de até 1 cm de diâmetro, caracterizado por mudança de cor da pele Mancha: = Mácula, com + de 1 cm Pápula/Placa Pápula: elevação da pele com até 1 cm diâmetro Placa: elevação plana da pele formada pela coalescência de pápulas Pústula Pústula: Elevação pequena e circunscrita da pele, preenchida por pus. Comumente contém neutrófilos e são de origem infecciosa, mas podem conter eosinófilos e serem estéreis Vesícula e bolha Vesícula: elevação circunscrita da pele, preenchida por líquido claro e com até 1 cm de diâmetro Bolha: elevação circunscrita da pele, preenchida por líquido claro e com mais de 1 cm de diâmetro Nódulo Nódulo: Elevação sólida, circunscrita, maior do que 1 cm de diâmetro, que geralmente estende-se para as camadas mais profundas da pele 6 Tumor Tumor: Massa que envolve qualquer estrutura da pele e tecido subcutâneo. Maioria de origem neoplásica ou granulomatosa Cisto Cisto: Cavidade delineada por epitélio contendo líquido ou material sólido. Massa contorno liso, bem circunscrita, flutuante a sólida Lesão secundarias Evoluem das primárias ou são induzidas pelo paciente ou fatores externos (trauma ou medicações) Colarete epidérmico, Cicatriz, Escoriação, Erosão, Úlcera, Fissura, Liquenificação e Calo Colarete epidérmico Colarete epidérmico: Descamação com contorno circular Representa o remanescente do teto de vesícula, bolha, pústula ou pápula Escoriação Escoriação: Erosões ou úlceras causadas por arranhadura, mordida ou fricção − Normalmente resultam de prurido e tem padrao linear Cicatriz Cicatriz: Tecido fibroso que substitui a derme ou o subcutâneo lesado Erosão Erosão: Defeito epidérmico superficial. Não penetra a lâmina basal da epiderme Não causa cicatriz Não penetra a lâmina basal da epiderma 7 Úlcera Úlcera: Solução de continuidade da epiderme, com exposição da derme subjacente. Processo patológico profundo − Cura sempre deixa cicatriz. Processo patológico profundo Liquenificação Liquenificação: Espessamento e endurecimento da pele, caracterizado por excesso de marcações cutâneas − Paquiderme: que tem a pele espessa Calor Calo: Placa espessada, áspera, hiperceratótica, alopécica, liquenificada. Ocorrem em proeminências ósseas e resultam de pressão e fricção. Exames complementares Clínicos o Sinal de Nikolsky o Reflexo Oto-podal o Diascopia ou Vitropressão o Pente Fino Sinal de Nikolsky Avalia a coesão da epiderme Pressão friccional sobre a pele, determinando a separação da epiderme; Coesão celular deficiente: característico dos pênfigos e dermatoses por acantólise − Aplicar pressão sobre vesícula ou borda de ulcera ou erosao ou sobre a pele normal. + quando camada mais externa pele sai, sendo retirada com facilidade. Indica coesão celular deficiente, como no complexo penfigo, eritema multiforme, necrolise epidermica toxica. Reflexo Oto – podal Objetivo: avaliar a resposta ao prurido Friccionar a borda do pavilhão auricular, se o quadro for pruriginoso, o animal responderá com os membros com uma mímica de prurido Discopia ou vitropressão Objetivo: Diferenciar eritema de púrpura Exerce-se pressão sobre a lesão que se quer investigar, a fim de provocar sua isquemia O eritema cede a diascopia e adquire a mesma coloração da pele subjacente. A púrpura mantém a coloração vermelha − Pressionar lamina de vidro sobre a lesão. Se a lesao embranquecer à pressão, há eritema (congestão vascular). Se permanecer vermelho, há púrpura, ou seja, hemorragia na pele (petéquia ou equimose) 8 Luz de Wood Objetivo: Diagnose das dermatofitoses (Microsporum canis) Presença de fluorescência esverdeada − As principais espécies fúngicas dos animais domésticos são Microsporum canis, Microsporum gypseum, Trichophyton mentagrophytes, Trichophyton equinum e Trichophyton verrucosum. Apenas o Microsporum canis apresenta fluorescência à luz de Wood Pente fino Objetivo: • Busca de ectoparasitas • Coleta de material • Laboratoriais • Tricograma • Raspado cutâneo • Cultura fúngica • Citologia de pele • Citologia de ouvido • Histologia/Biópsia Tricograma/Tricografai Avalia o ciclo biológico do pelo, assim como suas alterações fisiológicas e anatômicas Exame do bulbo, da haste e da extremidade dos pelos Raspado cutâneo Objetivo: Auxiliar o diagnóstico, para a identificação de parasitos dos gêneros Demodex, Sarcoptes, Psoroptes, Notoedris e Cheyletiella Cultura fúngica Objetivo: Semear o material coletado em meios específicos para isolamento e identificação do fungo causador da patologia Citologia de ouvido Objetivo: Avaliar presença fúngica, bacterina, descamação celular e presença de células inflamatórias 9 Citologia de pele Exame muito valioso para avaliações inflamatórias, infecciosas e neoplásicas da pele Variações: o PAAF/CAAF o PAF/CAF o Imprint o Decalque o Swab/Escova dermatológica Histologia Biópsia o Incisional/excisional o Incisional tira um pedaço o Excisional tira tudo o Punch: fura a pele e tira um pedaço dela e faz as laminas, e tira um pedaço de tecido bom e lesionado pra comparar Aula 08/11/2022 – Lucas A
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