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Jailena, Manoela e Miylena Gênero e Poder Foucault, Feminismo e Subjetividade Margaret A. McLaren Margaret A. McLaren : PHD em Filosofia pela Northwestern University, de Illinois. Leciona Filosofia na Rollins College, universidade da Flórida. 02 Participa do Programa Sexualidade, Gênero e Estudos da Mulher. 03 AUTORA DE “FOUCAULT, FEMINISMO E SUJETIVIDADE”, LANÇADO EM 2002 (LIVRO RETRATADO NESTE SEMINÁRIO). - E EDITORA DE DECOLONIZING FEMINISM: TRANSNATIONAL FEMINISM AND GLOBALIZATION, PUBLICADO EM 2017. 04 O FEMINISMO E O DEBATE SOBRE FOUCAULT: APOSTAS, QUESTÕES, POSIÇÕES. PREOCUPAÇÃO FEMINISTA COM A CONCEPÇÃO DO PÓS-MODERNISMO E DO PÓS- ESTRUTURALISMO ESTAR EM DESACORDO COM UMA ABORDAGEM PROGRESSIVA, GLOBAL E, ESPECIALMENTE, FEMINISTA. 04Cap. 1 FOUCAULT, “REPRESENTANTE PRINCIPAL” DO PENSAMENTO PÓS-MODERNO, PASSA A SER ALVO DE CRÍTICAS ATRAVÉS DE ALGUMAS IDEOLOGIAS PRESENTES NO FEMINISMO. “teorias de pós- estruturalismo, tais como as estimuladas por Michel Foucault, falham em fornecer uma teoria de poder para as mulheres” Nancy Hartsock, cientista política. 06 “o preço a se pagar por acatar seu (de Foucault) poderoso discurso é nada menos do que a despolitização do feminismo” Toril Moi, historiadora “EM GERAL, CRÍTICOS FEMINISTAS RECEIAM QUE SUA REJEIÇÃO ÀS NORMAS ENFRAQUEÇA A POSSIBILIDADE DO FEMINISMO COMO UM MOVIMENTO POLÍTICO EMANCIPATÓRIO. ESSA REJEIÇÃO, COMBINADA À SUA VISÃO DE QUE A VERDADE E O CONHECIMENTO SÃO SEMPRE PRODUZIDOS DENTRO DE UMA REDE DE RELAÇÕES DE PODER, LEVA MUITOS A O ACUSAREM DE RELATIVISMO” 07 A CONCEPÇÃO DE QUE “O PODER ESTÁ EM TODO LUGAR” NÃO PERMITE DISTINGUIR A DIFERENÇA ENTRE OS DOMINADORES E DOMINADOS. 08 As críticas feministas ao trabalho de Foucault, entretanto, miram mais seu trabalho genealógico, abordando pouco suas últimas obras, voltadas para uma perspectiva mais ética, como o clássico “A História da Sexualidade”. Aborda a igualdade: homens e mulheres possuem a mesma capacidade. Se baseia na na razão e racionalidade e acredita que os direitos políticos e as mudanças sociais serão conquistados através da lei. Ideias predominantemente opostas ao pensamento foucaultiano. FEMINISMO LIBERAL FEMINISMO RADICAL (RADFEM) Baseado na crença de diferenças biológicas significativas entre homens e mulheres. Acredita que as estruturas devem ser drasticamente alteradas para que novas instituições possam surgir. Algumas ideias se opõem ao pós- modernismo, ao mesmo tempo em que outras acabam convergindo com Foucault, como, por exemplo, a rejeição de concepções liberais tradicionais de poder e o reconhecimento da importância da linguagem. FEMINISMO MARXISTA 11 O capitalismo enquanto maior culpado pela opressão da mulher, aliado ao patriarcado, em menor instância. Conceito de uma classe de mulheres, existente enquanto grupo unificado (discordando do que defende o pós-modernismo). Há um certo complemento de ideias entre o feminismo marxista e a ideologia foucaultiana. FEMINISMO SOCIALISTA FEMINISMO MARXISTA + FEMINISMO RADICAL “A liberação da mulher é um objetivo irrealizável em uma sociedade capitalista”; Papel sexual e divisão sexual de trabalho; Não dão atenção suficiente a outras opressões sistemáticas; Critica o foco de Foucault nas instituições locais e o fato de sua noção de poder não levar em conta as desigualdades sistemáticas; “A mudança social em larga escala e a transformação individual dependem uma da outra”. Amplia e adapta a teoria marxista para explicar as inovações culturais e tecnológicas; Foco em mudança e reforma institucional; Adicionaram uma análise de gênero à teoria da crítica social, levantando questões sobre o lugar da mulher nessas instituições sociais; Status da mulher, divisão sexual do trabalho, estrutura familiar e responsabilidades no cuidado dos filhos; Posição pós-moderna como ameaça ao feminismo; Foucault deixa pouco espaço para ação e resistência. TEORIA CRÍTICA FEMINISTA 13 FEMINISMO MULTICULTURAL “A identidade de gênero é formada dentro do contexto de identidades raciais, culturais e étnicas específicas”; Opressões são interligadas e interativas; Aplaudem o pós-modernismo por seu foco na diferença, ao desafio das normas universais; “Meu receio é de que quando a teoria não tem raízes na prática, ela se torna prescritiva, elitista” - Barbara Christian em “A Raça para Teoria”; “Teorias devem ser fundamentadas em práticas e devem considerar as diversas experiências de mulheres de diferentes raça, etnia, cultura e classe”. 14 Reconhece as realidades históricas e sociais do colonialismo e imperialismo; Examina o impacto da capital transnacional e seu efeito na economia e cultura; Algumas feministas globais consideram o pós- modernismo útil, mas as que adotam uma abordagem empírica ou que se preocupam com direitos universais, discordam da sua posição relativista. FEMINISMO GLOBAL 15 FEMINISMO PÓS-MODERNO 16 “Levanta questões sobre a função normativa de um conceito de identidade singular, unificado e quem está incluído no escopo da teorização feminista”; Desafiar as normas tradicionais e modelos unificados de identidade é essencial para uma política progressiva; Muitas se apoiam na obra de Michel Foucault. Críticas acirradas; Críticas moderadas; As que usam, ampliam e aplicam aspectos de seu projeto, mas com sérias reservas como um todo; Feministas foucaultianas que assumem aspectos centrais ou aplicam uma estrutura foucaultiana com mínimas reservas/críticas; Androcentrismo. FEMINISMO X FOUCAULT 17 UMA CRÍTICA FEMINISTA FOUCAULTIANA AO CORPO EM FOUCAULT Judith Butler desconstrói a naturalidade das categorias de sexo, gênero e desejo; “O gênero é produzido através de ações” e “sexualidade produz sexo”; A presente harmonia entre sexo, gênero e desejo é mantida pela heterosexualidade compulsória; Sexo/gênero e natureza/cultura; Para a maioria das feministas, a materialidade dos corpos femininos tem um papel fundamental na política feminista; Bodies That Matter, “teoria performativa de gênero”, materialidade do corpo e a articulação do sexo. 18 Cap. 4 Drag como performance paródica de gênero. Cross-dressing Reescrever x Subverter Normas de Gênero CRIMES DE ÓDIO 16 AS NOÇÕES DE CORPO DE FOUCAULT E DAS FEMINISTAS DEVEM CAMINHAR JUNTAS, UMA VEZ QUE SE COMPLEMENTAM. 14 "Como pode o corpo ser sujeito ao poder, o objeto de práticas disciplinares, inscrito pela história, como Foucault diz, e ainda ser uma fonte de resistência?" 15 "Corpos e prazeres são os objetos e objetivos do poder. De certa forma, Foucault parece sugerir que eles são a preexistência do poder, que eles são ou podem ser a materia-prima sobre a qual o poder trabalha e os locais para possível resistência às particulares formas tomadas pelo poder" Elizabeth Grosz 16 VISÃO PARADOXAL DE FOUCAULT, SOBRE O CORPO AS INFLUENCIAIS DE NIETZSCHE CORPO COMO UMA PÁGINA EM BRANCO CORPO É ANTERIOR A HISTÓRIA CORPO COMO LOCAL DE INVESTIMENTO A ALMA TOMADA COMO INSTRUMENTO DE PODER 14 MUSCULAÇÃO FEMININA 14 CULTO AO CORPO CULTO A MAGREZA GORDOFOBIA PRESSÃO ESTÉTICA 16 15 A NECESSIDADE DE UNIÃO FEMININA EXISTE E É EXTREMAMENTE IMPORTANTE! VIDEO A SER APRESENTADO: HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=ZCGLC-VZIRC
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