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AVALIAÇÃO N2- CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PLANTAS USADAS NA MEDICINA ALTERNATIVA APLICADA EM CASOS CLÍNICOS GIULLIA RODRIGUES SCHWARTZ RA: 125111368737 Turma: Ciências Biológicas- Matutino Campus: Mooca Professor: Gabriel Inácio São Paulo, 2022 AVALIAÇÃO N2- CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PLANTAS USADAS NA MEDICINA ALTERNATIVA APLICADA EM CASOS CLÍNICOS ANA JULIA BORGES FELIZARDO RA: 125111370316 AMANDA ZEVEDO DE CARVALHO RA: 125111357367 GIOVANNA BRITO VASCONCELLOS DE OLIVEIRA RA: 125111367613 GIULLIA RODRIGUEZ SCHWARTZ RA: 125111368737 LUCAS ADRÃO GIOVANNINI- RA: 125111361330 MATHIAS FRITZEN PEDROSO RA: 125111375585 NATHALIA RAISSA QUINALHA RA: 125111358877 Turma: Ciências Biológicas- Matutino Campus: Mooca Professor: Gabriel Inácio São Paulo, 2022 1. INTRODUÇÃO A aliança entre as plantas e a medicina extrapola a história das civilizações. Desde os primórdios, a humanidade vem coletando plantas nativas e cultivando outras próximas a suas casas para usar como medicamento, fazendo com que o uso de plantas medicinais pelo homem se confunda com a sua própria história (Pimenta & Terra, 2004). No Brasil, a utilização de plantas com fins medicinais é uma prática difundida, enriqueci- da pelas diferenças culturais, provenientes dos índios, negros e europeus. Esta miscigenação de raças, associada à grande diversidade vegetal do país, conduziu a uma medicina tradicional baseada em diferentes plantas e métodos de tratamento (Brandão, 1996). Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obtido empregando- se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Segundo o Ministério do Meio Ambiente o Brasil dispõe no mínimo 43.020 tipos de vegetais, que corresponde em média de 16% da flora mundial, dados, que coloca o país como grande potencial de investimentos na área. A fitoterapia, como medicina alternativa ou complementar, é um fenômeno social no mundo atual, caracterizado pelas suas relações biológicas, sociais, culturais e econômicas. Ao mesmo tempo, as ciências da pós-modernidade ressaltam uma mudança de paradigma, saindo do modelo cartesiano e reducionista para um modelo holístico com a valorização do todo, nele incluindo a relação do homem com a natureza e a utilização de recursos naturais de forma sustentável (Fitoplama, 2005). É preciso lembrar, no entanto, que plantas medicinais são medicamentos e devem ser tratadas como tais. As plantas também possuem uma química que age no corpo promovendo ações. 2. OBJETIVOS Analisar e indicar tratamentos fitoterápicos aplicados a estudos clínicos, de modo a compreender as plantas medicinais e suas aplicações. 3. METODOLOGIA O presente trabalho foi formulado a partir da análise de casos clínicos e adaptação fitoterápica a cada uma das necessidades estudadas, de modo a integrar ao diagnóstico uma revisão bibliográfica relacionada á plantas familiares aos alunos que possam ser cultivadas pelo grupo. 3.1 CASO CLÍNICO 1 Antônia, 37 anos, comerciante, conta que, há aproximadamente 3 meses, vem sentindo taquicardia e sudorese em situações inesperadas como, por exemplo, ao dirigir na volta do trabalho. Em um desses episódios, achou que ia morrer e encaminhou-se a uma emergência médica onde foram solicitados exames complementares que não mostraram alterações; foi receitado um medicamento da classe dos benzodiazepínicos. Angustiada com a perspectiva do uso de medicamentos por um longo período, resolveu buscar o tratamento fitoterápico. A anamnese revelou que Antônia também apresentava queixas de má́ digestão, acompanhada de azia; ciclo menstrual regular com irritabilidade e mastalgia antecedendo este período; urina amarelada sem ardência, muita sede e língua com saburra ligeiramente amarelada. 3.2 CASO CLÍNICO 11 Leôncio, 30 anos, é músico e viaja frequentemente. Observou, nos últimos meses, edema em ambos os tornozelos, especialmente após longos períodos sentado em ônibus ou avião. Eventualmente, sente dormência nas pernas. Refere ter boa saúde, praticar alongamentos e se alimentar bem. Consome álcool com moderação. Nega tabagismo. Ao exame, notam-se umas poucas microvarizes e ligeiro edema. Pulsação regular e língua rosada. 3.3 CASO CLÍNICO 24 Fernanda, 20 anos, 1,55 m de altura, há 3 anos vem ganhando peso. Desde que começou o preparatório para o vestibular tornou-se ansiosa, referindo sonolência e compulsão por alimentos e bebidas quentes. Tem sede e bebe os líquidos aos goles. Dos 53 kg chegou a 75 kg, apresentando gordura localizada no hipogástrio, e seu colesterol plasmático atingiu 210 mg/dl. Procurou ajuda do médico fitoterapeuta com o objetivo de tentar emagrecer de forma mais natural, sem uso de medicamentos que agissem no sistema nervoso central. Sua língua é aumentada de volume e pálida, embora não tenha anemia, e seu pulso é lento. 4. DISCUSSÃO E RESULTADOS 4.1 CASO CLÍNICO 1 O paciente analisado do caso clínico em questão, demonstra sintomas de taquicardia, sudorese inesperada, problemas de digestão, irritabilidade pré-menstural e sede, todos estreitamente relacionados a síndrome do pânico, proveniente de um quadro agravo de ansiedade. Nesse sentido a fitoterapia pode auxiliar com medicamentos de ingestão e infusão de substâncias naturais. As plantas medicinais escolhidas para tratar o caso são: · Lavanda (L. aungustifólia) Pertencente a família Lamiaceae e ao gênero Lavandula, a espécie L. angustifólia, cujas sinonímias botânicas são a lavandula officinalis e a lavandula vera, popularmente conhecida como lavanda, é espécie é nativa da região do mediterrâneo, cultivada principalmente no sul da Franca, mas seu cultivo se disseminou internacionalmente, possuindo muitos quimiotipos devido à diferença entre os fatores climáticos de onde a planta é cultivada e até mesmo dos fatores genéticos da planta. Em grande parte dos estudos já publicados sobre aromaterapia, o óleo essencial (OE) de L. angustifolia é citado diversas vezes, sendo então um dos mais comuns para esse tipo de terapia alternativa. Os meios de administração mais citados na literatura são a inalação direta do OE e a massagem utilizando óleos essenciais diluídos em óleos minerais carreadores. Uma vez que é possível ainda confirmar que a intensidade de atividade ansiolítica do óleo essencial de Lavandula angustifolia, bem como as atividades analgésicas, anti-inflamatórias, antidepressivas e outras estão diretamente relacionadas à concentração dos compostos linalol e acetato de linalila. Permitiu-se ainda compreender que os baixos efeitos colaterais são devidos aos efeitos sinérgicos e antagônicos entre os diversos compostos presentes no óleo essencial. Figura 1- Lavandaa (L. angustifólia) cultivada pelo grupo Foto de: BORGES, Ana Julia; tirada em: 20/11/2022 Pode-se notar a partir da planta que a muda foi bem consolidada no local escolhido para cultivo, tendo um aroma forte principalmente advindo de suas folhas. A planta foi cultivada desde o dia 24/03/2022 na Zona Norte de São Paulo. · Camomila (Matricaria chamomilla L.) Matricaria chamomilla L. é uma espécie de planta medicinal bem conhecida da família Asteraceae, sendo nativa da Europa Meridional e Oriental. Esta planta é conhecida popularmente como camomila e é utilizada na medicina popular devido seus valores medicinais, consideráveis propriedades farmacológicas e também porque atestou um bom perfil de segurança. A Matricaria chamomilla L. é uma das ervas medicinais mais conhecidas no Egito,Grécia e Roma. Compreende um grande grupo de interesse terapêutico e apresenta classes de compostos ativos como sesquiterpenos, flavonóides, cumarinas e poliacetilenos. Possui onze compostos fenólicos bioativos, como a herniarina e umbeliferona (cumarina), ácido clorogênico e ácido cafeico (fenilpropanóides), apigenina, apigenina-7-O-glucosídeo, luteolina e luteolino-7-O-glicosídeo (flavonas), quercetinae rutina (flavonóis)e naringenina (flavanona). A camomila é uma planta medicinal usada sob a forma de infusões, o que é apreciado em mais de um milhão de xícaras por dia. Possui sabor agradável e aromático, bom efeito sedativo e uma diversidade de efeitos benéficos para a saúde que por muitas razões a faz ter uso universal. Numerosos estudos têm salientado que a camomila pode ser utilizada para vários fins, devido às suas atividades benéficas como anti-inflamatório além de sedativa. Relatos da literatura apontam que a camomila é útil ainda para tratamento da dor de estômago, síndrome do intestino irritável e insônia, além de apresentar atividades bactericida, relaxante e acaricida. Em vários estudos em animais observaram-se, efeitos ansiolíticos, redução de colesterol e efeito antimutagênico, além de bom efeito sobre cicatrização de feridas e propriedades antidiabéticas. · Boldo da terra (Peumus boldus Molina e Coleus barbatus) Existem cinco tipos de boldo, mas os mais comuns e utilizados no Brasil são o Boldo-do-Chile (chamado também de boldo verdadeiro), Peumus boldus Molina, e o Boldo-da-terra (ou falso boldo), Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus, e algumas de suas principais substâncias ativas são a boldina, o ácido rosmarínico e a forscolina. O Boldo-do-chile, originário principalmente das regiões montanhosas chilenas, é reconhecido por suas propriedades hepatoprotetoras, diuréticas, anti-inflamatórias, antioxidantes e benéficas para o estômago. Ajuda a estimular as secreções gástricas, favorece a digestão, estimula a produção de bile pelo fígado (ação colerética) e a sua excreção para o duodeno (ação colagoga). A bile é composta por várias substâncias e é essencial para a digestão, absorção de gorduras e determinadas vitaminas. Já o Boldo-da-terra é amplamente encontrado no Brasil, de fácil cultivo. Possui folhas verdes aveludadas e propriedades semelhantes às encontradas no boldo-do-chile, sendo normalmente utilizado como estimulante da digestão, analgésico, na redução de azias e nos casos de dispepsias, as quais envolvem desconfortos após a refeição como dores, empachamento e queimação, por exemplo. Contém forscolina e ajuda a melhorar as atividades do fígado. O chá é muito famoso no combate à ressaca – a boldina ajuda a proteger as células do fígado sobrecarregadas e reduz os sintomas relacionados ao deslize no consumo de bebidas alcoólicas. Muito além da fama, o chá de boldo também facilita a digestão, protege as funções do fígado, reduz os gases, possui ação laxativa leve e que ajuda nos casos de constipação intestinal (prisão de ventre), favorece a eliminação de toxinas do fígado e pode melhorar as respostas imunológicas do organismo. 4.2 CASO CLÍNICO 11 O paciente apresenta sintomas de problemas cardiovasculares, caracterizado pela má circulação sanguínea causando dormência e dores em membros inferiores. Na literatura, encontramos alternativas de tratamento para esse caso clínico em algumas plantas, visando o tratamento natural da patologia, sendo elas: derivados da Oliveira, Dente-de-Leão e a Gilbardeira. · Derivados da Oliveira (Olea europaea L.) A Oliveira (Olea europaea L.) é uma arvore característica da Asia Menor, e está intimamente ligada aos povos Mediterrâneo, como uma das principais especiarias em sua alimentação (CAVALHEIRO et al., 2014). Tanto o fruto, o óleo extraído do mesmo e suas folhas podem ser aliados na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, entre outras. É certo que o óleo de oliva é conhecido por ter um alto teor de compostos antioxidantes com propriedades protetoras contra radicais livres, e seu alto consumo relaciona-se ao baixo risco de ocorrências não somente de câncer de pele, mama, cólon, mas também age como agente benéfico contra doenças coronárias (JIMENEZ-LOPEZ et al., 2020). Isso se dá a composição química do produto natural e sua atuação no organismo humano, uma vez que é formado por triglicerídeos e uma variedade de compostos em pequenas quantidades.(MENOTTI; PUDDU, 2015). O óleo de oliva também tem efeito fisiológico anti-inflamatório e antimicrobianos(RODRIGUES et al., 2012). Entretanto, não somente o azeite, mas a folha de oliva também tem efeito antioxidante e anti-inflamatório, mantendo-se um consumo regular pode ser benéfico na prevenção de diversas enfermidades as quais já citadas anteriormente(ANTUNES et al., 2018). · Dente-de-Leão (Taraxacum officinale F.H. Wig) A Taraxacum officinale F.H. Wigg, conhecida popularmente como Dente-de-Leão, é originária da Europa, apresenta raiz bem desenvolvida, são herbáceas que manifestam caules macios e flexíveis, além de suas flores amareladas. Pode ser cultivada em diversos solos, instalando-se em gramados, jardins, hortas e lavouras (Ribeiro M, et al., 2004). É uma planta não predominante em determinada região, ou seja, possibilita a sua utilização por diversos povos de diferentes culturas (Martínez M, et. al., 2015). Praticamente todas as suas partes são utilizadas, folhas, flores e raízes de forma crua, seca ou torrada (Martinez M, et al., 2015). As atribuições terapêuticas são diversas, as quais surgiram principalmente devido aos seus usos tradicionais. Grande parte dos problemas com circulação sanguínea advém da maior presença de colesterol no sangue, que desencadeia o seu acúmulo nas paredes dos vasos (aterosclerose) e outros danos periféricos. O seu transporte na corrente sanguínea ocorre através da presença de lipoproteínas e o Dente-de-Leão, um dos materiais de estudo deste relatório, é rico em taninos o qual auxilia (Luciana Thie Seki Dias, 2004) o HDL na remoção de colesterol dos tecidos, através de um transporte reverso. De acordo com os estudos de Choi U, et al (2010), sobre a utilização do Dente-de-Leão para o controle dos níveis de colesterol (hipolipemiante), mostrou-se que tal ação foi comprovada na pesquisa realizada. Os testes in vivo com coelhos obtiveram sucesso no aumento de HDL na circulação, consequentemente diminuindo a concentração de LDL, evitando o surgimento de placas de ateroma em veias e artérias dos coelhos. (Luciana Thie Seki Dias, 2004). · Gilbardeira (Ruscus aculeatus) A gilbardeira é uma planta da família das Asparagaceae, e seu uso irá auxiliá-lo no tratamento com as varizes, edemas e pernas cansadas. Possui preferências por ambientes frescos e de pouca luminosidade, geralmente ao seu redor existe a presença de bosques de carvalho-alvarinho, de sobreiros e azinheiras. Esta espécie possui capacidades de adaptação moderada à seca, podendo ser encontradas em áreas rochosas e próximas a dunas (Peter A. Thomas; Et al. 2014). Os rebentos de gilbardeira também recebe destaque na indústria alimentícia pelo preparo por cozedura de pratos de sabor amargo e pungente e seu uso tem origem em povos antigos, tendo relatos de consumo por gregos e romanos (ALLEN, D. E.; HATFIELD, G., 2004). Suas propriedades medicinais são pouco usufruídas na farmácia contemporânea, no entanto seu uso proporcionou inúmeros benefícios a povos mais antigos. (ALLEN, D. E.; HATFIELD, G. 2004). Estudos que visam o seu uso, comprovam seus efeitos benéficos e sua eficácia, sendo seu consumo aconselhado em casos onde se haja necessário um tratamento de insuficiência venosa e de hemorroidas, tendo em vista suas propriedades de ação depurativa, sudorífera, diurética e vasoconstritora (MacKay D. 2001). Portanto, é cabível o tratamento do paciente, respaldando toda literatura citada, utilizando as plantas medicinais tratadas anteriormente como alternativas benéficas à saúde do mesmo. Considerando todo teor científico do estudo, espera-se que haja melhorias no caso clínico visando um tratamento crônico e adequado. 4.3 CASO CLÍNICO 24 De acordo com os sintomas apresentados por Fernanda: pulso lento, macroglassia, colesterol plasmático alto, ganho de peso, fleuma, sonolência e frio; foi determinado que seu diagnóstico clínico provável é de obesidade, agravada por um possível hipotireoidismo. As estratégias terapêuticas foram definidas com base em plantas medicinais –que podem ser cultivadasem casa num jardim medicinal/sensorial, para utilização de suas folhas e raízes em chás, compressas, banhos etc. ou através da manipulação de cápsulas feitas com seu extrato seco -, considerando que a paciente deseja evitar medicamentos que atinjam o sistema nervoso central. Tais estratégias envolvem: reduzir a ansiedade, eliminar a sonolência, eliminar fleuma e contribuir com a redução de peso. Além das plantas, é indicado que ela siga uma dieta orientada por nutricionista e pratique atividades físicas. Sendo assim, as plantas medicinais indicadas para o jardim medicinal/sensorial e suas aplicações são: · Lippia alba (Erva-cidreira): Indicada para os quadros leves de ansiedade e como agente digestivo e expectorante; têm suas propriedades terapêuticas concentradas nas folhas, que podem ser utilizadas em diversas preparações como: chás, compressas, banhos, macerados, inalações, extratos, xaropes ou tinturas (AGUIAR, et. al., 2008). Estudos científicos identificaram propriedades antimicrobianas, antifúngicas, analgésicas, inseticidas, sedativas, relaxantes, ansiolíticas, anestésicas, antioxidantes, espasmolíticas, emenagogas e carminativa, sendo recomendada, sobretudo, no tratamento de problemas gastrointestinais e respiratórios, mas ainda com dezenas de aplicações dentro da medicina popular (CORDEIRO, 2020). Figura 2- Erva cidreira cultivada pelo grupo Foto por: BRITO. Giovana; Tirada em: 20/11/2022. · Panax ginseng (Ginseng): Indicada para estado de fadiga física e mental (fleuma); é adaptógeno e usada há milênios na medicina chinesa e integra, principalmente no tratamento de algumas doenças inflamatórias por conter ginsenosídeos (ou saponinas de ginseng), que são compostos ativos, além de ser usado para garantir energia, restaurar o equilíbrio do corpo e reduzir o estresse (FIRMINO, 2022). · Cynara scolymus (Alcachofra): É indicada como colerético-colagogo e hipolipêmico, sendo os principais componentes químicos presentes nas folhas da alcachofra os ácidos fenólicos, flavonoides e sesquiterpenos, e a cinarina (ácido monocafeioilquínico) o princípio ativo da planta. Vários estudos biológicos com extratos brutos e purificados de alcachofra, realizados tanto em animais quanto em humanos, demonstraram atividades hipolipidêmica, hepatoprotetora, colerética, colagoga, antioxidante e outras (NOLDIN, et. al., 2003). Outras opções mais acessíveis para o tratamento de Fernanda são: Peumus boldus (Boldo-do-Chile) e Matricaria chamomilla (Camomila). 5. CONCLUSÕES Com o desenvolvimento do trabalho foi possível explorar diversas formas de uso e efeitos das plantas medicinais, sendo estas uma ótima alternativa para tratamento de doenças e síndromes, porém não se pode esquecer que fitoterápicos tem efeitos químicos no corpo e devem ser utilizados com moderação e auxílio de um especialista. Além disso, o cultivo de determinadas plantas medicinais é simples e pode acarretar em diversos benefícios não só econômicos, mas também relacionados a qualidade de vida do indivíduo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Benilson Beloti et al. Uso de Fitoterápicos em Medicina Popular. Interagir: pensando a extensão, [S.l.], n. 11, p. 57, fev. 2016. ISSN 2236-4447. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/interagir/article/view/6716>. Acesso em: 20 nov. 2022. Carvalho, Ana C. B. et al. 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