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Manual de Orientações de Aulas Práticas do Curso de Licenciatura em Química ICET Sumário 1. NORMAS GERAIS DE TRABALHO EM LABORATÓRIO ................................................... 3 2. CALENDÁRIO DAS AULAS PRÁTICAS E OS ROTEIROS .................................................. 18 3. RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA ............................................................................................ 18 4. NOTAS E FALTAS DAS AULAS PRÁTICAS .......................................................................... 24 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 25 3 Serviço Social 1. NORMAS GERAIS DE TRABALHO EM LABORATÓRIO Considera-se laboratório o local onde o aluno faz a experimentação da teoria que aprendeu nas disciplinas do curso. Esses laboratórios possuem equipamentos, materiais e infraestrutura necessários para as simulações previstas no projeto pedagógico do curso. Para frequentá-lo é necessário conhecer uma série de obrigações e cuidados, pois, assim, tem-se mais segurança, melhor rendimento, menos acidentes. Cada vez que alguém violar uma norma de conduta no laboratório, estará expondo a si e aos outros a um acidente desnecessário. Para a utilização do laboratório é fundamental que o aluno siga todas as instruções dadas pelo professor com respeito às técnicas e às medidas de segurança no laboratório, pois as atividades experimentais, para serem bem-sucedidas ou produtivas, requerem vários cuidados. Também deverá seguir todas as orientações dos técnicos de laboratório locais, com relação a procedimentos operacionais e de segurança. Eles sempre devem ser consultados antes do início das aulas práticas, pois cada equipamento de marca ou modelo diferentes podem necessitar de cuidados especiais que serão determinados localmente. Aqui visa-se a indicar as necessidades mais comuns. 1.1 Normas gerais 1. Todos os estudantes devem conhecer o POP (Procedimento Operacional Padrão) do laboratório em que a aula prática é realizada. Os procedimentos operacionais padronizados têm como objetivo estabelecer regras para a correta utilização de equipamentos e materiais dentro dos laboratórios utilizados pelo curso de Licenciatura em Química, visando a garantir a segurança e o bom andamento das aulas práticas. 4 Manual de Estágio 2. Verificar, com antecedência, a atividade do dia, pois cada aluno deve ir ao laboratório teoricamente preparado. 3. Apresentar-se com avental/jaleco branco com mangas compridas para todas as aulas práticas, Laboratórios de Química e Física. 4. Durante a sua permanência no laboratório, use sempre óculos de segurança com proteção lateral. 5. Não use lente de contato quando estiver trabalhando em um laboratório, devido ao perigo de, num acidente, ocorrer retenção de líquido corrosivo entre a lente e a córnea. Vapores de amônia (NH3), cloreto de hidrogênio (HCl), dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2) formam soluções fortemente corrosivas quando em contato com o líquido aquoso que irriga a película ocular. 6. Se você tiver cabelo comprido, mantenha-o preso no estilo “rabo de cavalo”. A finalidade desse procedimento é tentar evitar que ele fique preso em uma correia de uma bomba de vácuo ou pegue fogo. 7. Não deixe bolsas, malas e livros sobre as bancadas. Mantenha esses materiais em local designado pelo professor. Sobre a bancada coloque apenas o caderno de anotações, a caneta e a calculadora. 8. Qualquer material, de qualquer natureza constante ou incluído, temporariamente, no acervo do laboratório, terá seu lugar predeterminado, situação que não deverá ser alterada. 9. Não trabalhar com material imperfeito ou quebrado e nem defeituoso, principalmente com objetos pontiagudos ou cortantes. 10. Tomar bastante cuidado com instrumentos e aparelhos; o dano causado a eles prejudicará o aluno, seu grupo e a classe em geral. 11. A partir do momento em que o aluno receber as instruções, será responsável pelo que danificar, quebrar ou desperdiçar. 5 Serviço Social 12. Não usar a vidraria indiscriminadamente. Para cada substância, usar uma pipeta, um funil, um conta-gotas, um tubo de ensaio etc. 13. Conservar limpo o local de trabalho. 14. Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor. 15. Durante a aula prática, cada aluno deve limitar-se ao seu local de trabalho. O aluno não é obrigado a trabalhar sentado, podendo também fazê-lo em pé, nunca ajoelhado no banco. 16. O técnico é responsável por levar os materiais dos armários para a bancada. O aluno não deverá pegar materiais sem autorização. 17. Em nenhuma hipótese ou situação, deve-se tocar em experimentos alheios. 18. Em nenhuma hipótese será permitido fumar em laboratório. 19. Ser pontual, pois o trabalho é em equipe. 20. Usar avental/jaleco conforme descrito anteriormente, calça comprida, sapato fechado, de preferência de couro e luva quando necessário (EPIs). 21. Retirar adornos: anéis, pulseiras, relógios, brincos, colares. 22. O aluno deve entrar no laboratório já uniformizado e com as mãos lavadas. 23. Não é permitido entrar no laboratório com alimentos e bebidas. 24. Conheça a localização do chuveiro de emergência, do lava-olhos, dos extintores de incêndio, dos registros de gás de cada bancada e das chaves gerais (elétricas). Aprenda como utilizar estes dispositivos, em caso de dúvida solicite informações do técnico ou professor. 25. Não trabalhe sozinho no laboratório. É preciso haver outra pessoa para ajudar em caso de emergência. 26. Não receba colegas no laboratório. Atenda-os no corredor. 6 Manual de Estágio 27. Faça apenas o experimento indicado pelo professor. É proibido realizar experiências não autorizadas. 28. Encare todos os produtos químicos como perigo em potencial, enquanto não verificar sua inocuidade, consultando a literatura especializada. 29. Conheça as propriedades físicas, químicas e toxicológicas das substâncias com que vai lidar, bem como métodos de descarte dos resíduos gerados. Consulte a bibliografia e tire informações com o técnico ou professor. 30. Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco para ter certeza de que aquele é o reagente desejado. 31. Use a câmara de exaustão (capela) quando tiver que manusear líquidos tóxicos e voláteis. 32. Evite derramar líquidos, mas, se o fizer, avise o professor ou técnico para que se promova a limpeza imediata do local. Por exemplo, água ou outros produtos derramados no chão podem tornar o piso escorregadio. Se o líquido derramado for um ácido, deve-se em primeiro lugar, esparramar carbonato de sódio sólido (Na2CO3) cuidadosamente sobre o líquido ácido. 33. Se alguma solução ou reagente respingar em sua pele ou olhos lave-os imediatamente com bastante água corrente e avise o professor. 34. Não toque nos produtos químicos com as mãos desprotegidas, sempre use luvas do tipo nitrílicas. 35. Nunca aspire líquidos com a boca. Não prove quaisquer produtos químicos ou soluções. Se ingerir acidentalmente procure de imediato o professor. 36. Não inale gases ou vapores desconhecidos. Se for necessário cheirar algum gás não o faça diretamente. Use sua mão abanando para frente e para trás, a pouca distância do recipiente e aspire vagarosamente. (Essa prática não é aconselhável e deve ser evitada.) 7 Serviço Social 37. Use luva térmica para tirar material quente da estufa. 38. Mantenha sua cabeça e seu corpo afastados de chamas. 39. Não use toalhas de pano ou de papel para remover frascos de vidro do aquecimento em uma chama. 40. Quando aquecer uma substância ou uma solução num tubo de ensaio dirija a boca do mesmo para um lado em que você e seus colegas não possam ser atingidos por eventuais projeções do conteúdo do tubo. 41. Nunca aqueça recipientes que contenham líquidos voláteis e inflamáveis em chama direta.Use banho-maria. 42. Tenha muito cuidado com materiais inflamáveis. Qualquer princípio de incêndio deve ser abafado imediatamente (avise o professor). Não deixe frascos contendo solventes inflamáveis, tais como acetona, álcool e éter, próximos a uma chama. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis expostos ao sol. 43. Não armazene substâncias oxidantes próximas de líquidos voláteis e inflamáveis. 44. Nunca use equipamento de vidro trincado ou quebrado. Preste muita atenção quando manusear materiais de vidro tais como tubos de ensaio e termômetros, pois o vidro é frágil e se quebra com facilidade. 45. Use um pano ou uma luva de pano para proteger a mão ao inserir um tubo de vidro ou um termômetro numa rolha. Antes de realizar este procedimento, lubrifique com água ou glicerol o tubo e o termômetro. 46. Tubos de vidro cortados devem ter as pontas das extremidades “queimadas” para tirar os pontos de corte. 47. Não abandone peças de vidro aquecidas em qualquer lugar, lembre-se que o vidro quente tem a mesma aparência que o vidro frio. 8 Manual de Estágio 48. Evite utilizar tela de amianto nos aquecimentos com bico de Bunsen. Fibra de amianto causa câncer pulmonar. 49. Para diluir um ácido concentrado, adicione sempre o ácido à água. Nunca adicione água ao ácido. 50. Não devolva sobras de reagentes aos frascos de origem para não “contaminar” o seu conteúdo. Pelo mesmo motivo não introduza quaisquer objetos nos frascos que contêm soluções. 51. Conserve limpos sua mesa e seu equipamento. Ao final da aula lave todo o material de vidro e porcelana que utilizou. 52. Feche cuidadosamente a torneira do bico de gás depois de seu uso. 53. Antes de se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras de água abertas e desligue todos os aparelhos. 54. Ao deixar o laboratório lave bem suas mãos. 55. Planejar o trabalho antes do seu início e sempre se informar sobre a maneira correta de executá-lo. 56. Consulte o professor quando tiver alguma dúvida. 57. Anotar todos os dados necessários durante a aula para elaboração do relatório. O laboratório não é um local adequado para brincadeiras de nenhum tipo. 9 Serviço Social 1.2 Normas relativas à aula prática 1. O técnico local irá relacionar o material necessário, dispor o material sobre a mesa de trabalho em uma ordem funcional e colocar os aparelhos a serem utilizados em condições de uso. 2. Técnico e aluno deverão verificar se os equipamentos estão conectados na tensão correta, antes de ligá-los. 3. Seguir, cuidadosamente, o plano ou o roteiro. 4. Registrar, com exatidão e por escrito, todos os dados de cada etapa das operações, evitando a perda e a mistura deles, para não deturpar os resultados finais. Essas anotações serão básicas na elaboração do relatório. 5. Fazer desenhos, representações esquemáticas, tudo o que possa enriquecer a coleta de dados e as observações. Tirar fotos quando necessário. 6. Jogar na lixeira todos os sólidos e os pedaços de papel usados. Nunca jogar nas pias: fósforos, papel de filtro, óleos ou qualquer sólido, ainda que ligeiramente solúvel. Os restos orgânicos devem ser embrulhados antes de jogados no lixo. 7. Lavar as mãos com água e sabão antes de sair do laboratório. 1.3 Cuidados 1. Entrando no laboratório, verificar se há cheiro de gás ou de outra substância. Em caso positivo, arejar o ambiente, abrindo as janelas e deixando a porta aberta. Comunicar ao técnico. 2. É importante conhecer a localização exata e o manejo de: extintor de incêndio, chuveiro de emergência, chaves gerais de luz e gás. 3. Conhecer o manejo de cada equipamento antes de usá-lo. 10 Manual de Estágio 4. Ler com atenção o rótulo dos frascos de reagentes e outras substâncias antes de usá- los. Não usar substâncias de vidros sem rótulos. 5. Nunca provar um reagente, substância ou uma solução. 6. Não usar quantidade exagerada de substâncias; usar sempre pequenas quantidades de cada vez, não só por economia, como também por segurança: se a reação for perigosa, o efeito será menor. 7. Conservar os frascos sempre fechados. Muita atenção para não trocar as tampas ou as rolhas. 8. Não misturar substâncias ao acaso, mas somente o que está sendo pedido para o experimento. 9. Nunca recolocar nos frascos de origem substâncias deles retiradas que sobraram ou foram recuperadas. Em caso de reagente caro, recolocá-lo em um frasco com rótulo para isso (por exemplo: nitrato de prata usado). 10. Não introduzir qualquer objeto nos frascos dos reagentes, exceto o conta-gotas próprio, de que alguns deles são providos. Caso tenha que utilizar conta-gotas ou pipeta, derramar a substância na quantidade adequada em outro recipiente, onde poderá usar o conta-gotas ou a pipeta. 11. Ao trabalhar com reagentes ou substâncias, evitar levar as mãos à boca ou aos olhos, pois muitas substâncias são venenosas. 12. Se um reagente ou uma mistura entornar na mesa ou no chão, comunicar, imediatamente, ao professor para, em seguida, proceder a limpeza. 13. Tomar cuidado para não ter chamas abertas nas proximidades de substâncias inflamáveis como: álcool, gasolina, querosene, benzina, acetona, xilol, toluol, éter etc. 14. Ao aquecer uma substância em tubo de ensaio, não apontar a extremidade aberta para si ou para outras pessoas. Tomar cuidado com recipientes e equipamentos aquecidos, 11 Serviço Social sempre perguntar ao técnico como manipulá-los. 15. Substâncias ácidas não devem ser pipetadas por sucção bucal; procurar acoplar uma pera de borracha à pipeta. Em última instância, umedecer um algodão e colocá-lo no bocal da pipeta. Fazer a sucção por meio dele. 16. Ao lidar com vidrarias, proceder com muito cuidado para evitar quebras e cortes perigosos. 17. Quando necessário, introduzir termômetros em orifícios, lubrificar com glicerina o orifício e a peça a ser introduzida, segurar essa última com um pedaço de pano ou de papel absorvente e introduzi-la com movimentos circulares. 18. Se precisar sustentar um tubo de ensaio ou um termômetro por meio de uma pinça metálica, envolver a peça de vidro com um pedaço de borracha ou de pano antes de apertar a pinça. 19. Não aquecer tubos de ensaio ou outros frascos quando estiverem molhados, enxugá- los primeiro. 20. O material de uso permanente e o instrumental requerem cuidados especiais. 21. Verificar, antes do início da operação de equipamentos, os botões de emergência que podem parar o funcionamento dos equipamentos. 22. Cuidados especiais devem ser tomados quando houver a utilização de máquinas. Elas podem oferecer riscos de impacto, esmagamento, queimadura, arrastamento e corte. 23. O aluno deverá possuir um kit de segurança mínimo composto por óculos de segurança, um protetor auricular, um jaleco com manga comprida branco. 24. Ao fim da aula prática, nunca se esquecer de conferir o material utilizado. 25. Recolocar tudo em seus devidos lugares. Ao final das aulas práticas, tudo deve ser deixado em perfeita ordem, como foi encontrado no início e como deve ser mantido no decorrer dos trabalhos. 12 Manual de Estágio 26. Ao final de cada aula prática, cientificar ao professor as irregularidades ocorridas e verificar se existe: a) algum aparelho para ser desligado; b) lâmpada para ser apagada; c) torneiras de gás e água para serem fechadas. 1.4 Prevenções e cuidados nos casos de acidentes 1. Comunicar imediatamente ao professor quando ocorrer algum acidente; tomar cuidado para não ingerir reagentes ou inspirar vapores tóxicos. 2. Se qualquer substância cair na pele, lavar a pele imediatamente com bastante água. Se cair no chão ou na mesa, lavar o local de imediato. 3. Cortes ou ferimentos leves devem ser logo desinfetados e protegidos com esparadrapo ou material adequado. 4. Queimaduras provocadas por: a) calor: devem ser cobertas com vaselina ou, de preferência, pomada à base de picrato. Não lavar o localqueimado; b) ácidos: devem ser lavadas com bastante água e após neutralizadas com solução diluída de carbonato de sódio ou solução saturada de bicarbonato de sódio; c) bases: devem ser lavadas com bastante água e neutralizadas com solução de ácido bórico; d) álcoois: devem ser lavadas com bastante água e depois com ácido acético diluído a 1%; e) fenol: devem ser lavadas com álcool; f) escaldaduras: devem ser cobertas com violeta de genciana gelatinada ou tratadas com solução de bicarbonato de sódio, ácido bórico ou pomada de zinco. 5. Intoxicações causadas por: a) gases: a pessoa deve ser retirada do local para respirar, profundamente, ar puro; b) ácidos: beber leite de magnésia ou solução de bicarbonato de sódio; 13 Serviço Social c) se os olhos forem atingidos por qualquer substância irritante, devem ser lavados com bastante água ou, de preferência, com colírio puro; d) se uma substância inflamável for derramada sobre a mesa e pegar fogo, usar o extintor de incêndio ou pegar uma das caixas de areia que devem existir no laboratório e jogar areia sobre o fogo. Se as vestes de um colega pegarem fogo, abafar o fogo com panos grandes ou peças de vestuário (camisas, agasalhos); e) se derramar ácido ou base concentrados no colega ou nas próprias vestes, levar rapidamente a pessoa atingida para debaixo do chuveiro de emergência e deixá-la ali por um bom tempo até se desvencilhar da roupa ou lavar bem a parte afetada. 1.5 Limpezas 1. Usar o material perfeitamente limpo. 2. A pia deve ser lavada após cada experimento. 3. Lavar a vidraria com detergente. 4. Fazer a limpeza dos aparelhos e qualquer outro material utilizado, bem como do local de trabalho ao final de cada aula. 1.6 Alguns procedimentos para descarte de materiais e reagentes Independente se as tubulações de esgoto são de cerâmica ou de PVC, precisamos lembrar que elas podem ser atacadas por ácidos ou por alguns solventes orgânicos. Isso, muitas vezes, pode gerar contaminações ambientais com variadas consequências. Além disso, muitos resíduos em princípio inertes podem reagir violentamente quando misturados com outro resíduo. Cada um é responsável pelo resíduo que gera. Evidentemente, em um laboratório de química acadêmico, cabe à Instituição assumir esta responsabilidade. Mesmo assim o educador e os estudantes devem seguir todas as normas de uso do laboratório a fim de minimizar a geração 14 Manual de Estágio de resíduos. Uma estratégia conveniente é trabalhar com quantidades menores em massa e volume. Trabalhando em escala semi-micro, utilizamos volumes máximos de 5-10 mL em pequenos tubos de ensaio, em vez dos 200-400 mL, antigamente usados em copos de béquer. Abaixo temos algumas normas para descartar substâncias nas pias ou em outros locais. 1. Vidros quebrados devem ser descartados, depois de limpos, em depósitos para lixo de vidro. Nunca jogue vidros quebrados no lixo comum, onde podem causar cortes no pessoal da limpeza. 2. Não jogue material sólido insolúvel e nem papel de qualquer espécie nas pias. 3. Material sólido deve ser descartado em frascos apropriados. 4. Ácidos e bases fortes, bem como reagentes que liberem vapores nocivos, só podem ser despejados numa pia em condições emergenciais. Nesse caso, a torneira deve ser aberta para escorrer um forte jato de água antes do descarte e precisa ser mantida jorrando água durante algum tempo após este ter sido concluído. 5. Ácidos e bases usados nos experimentos devem ser neutralizados até pH 6-9 e depois descartados na pia com auxílio de muita água corrente. 6. Em caso de derramamento de mercúrio, chame imediatamente o professor ou o técnico. Vapores de mercúrio são muito tóxicos. 7. Não jogue solventes ou reagentes nas pias. Além de poluir o ambiente, solventes inflamáveis na tubulação de esgoto podem levar a sérias explosões. Despeje solventes em frascos apropriados nomeados para descarte. Em caso de dúvida, consulte o professor sobre o método adequado de descarte. 8. Os solventes orgânicos devem ser coletados em recipiente adequado e enviados para queima em incineradores industriais. Os solventes clorados devem ser separados dos não clorados. 15 Serviço Social 9. Não jogar resíduos, por menor que seja sua toxicologia, no solo adjacente às portas e janelas de um laboratório. Lembre-se que aos poucos pode ocorrer uma contaminação de um eventual lençol freático. 10. Em geral, embora com ressalvas, e acompanhados de muita água, podem ser jogados na pia: acetatos de sódio, potássio, cálcio e amônio; ácido cítrico e seus sais de sódio, potássio, magnésio, cálcio e amônio; açúcares (dextrose, frutose, glicose e sacarose); álcoois hidrossolúveis, diluídos ao máximo de 10% (v/v); bicarbonato de sódio e de potássio; brometos de sódio e de potássio; carbonatos de sódio, potássio, magnésio e cálcio; cloretos de sódio, potássio, magnésio e cálcio; etileno glicol ao máximo de 10% (v/v); fosfatos de sódio, potássio, magnésio, cálcio e amônio; iodetos de sódio e de potássio; sulfatos de sódio, potássio, magnésio, cálcio e amônio. Os produtos químicos podem ser perigosos pela toxicidade ou pela inflamabilidade. 1.7 Algumas dicas de primeiros socorros em casos de queimadura e envenenamento 1.7.1 Queimaduras Temos uma queimadura quando ocorre uma lesão em determinada parte do organismo desencadeada por um agente físico, químico ou biológico. Agente físico: queimadura térmica, elétrica ou radiação. Agente químico: produtos químicos. Agente biológico: água- viva, taturana, urtiga etc. Quanto à profundidade as queimaduras podem ser classificadas em queimaduras de primeiro grau (afeta a epiderme), segundo grau (afeta a epiderme e parte da derme) e terceiro grau (atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos). Quanto à extensão a queimadura é classificada em leve, quando atinge menos de 10% da superfície corporal; média, quando atinge de 10 a 20% e grave, quando atinge mais de 20% da superfície corporal. 16 Manual de Estágio Em caso de queimaduras no laboratório alguns cuidados iniciais podem ser tomados conforme instruções a seguir. Em primeiro lugar, não tente retirar corpos estranhos das lesões, nunca fure as bolhas existentes e não coloque suas mãos sobre a área atingida. Se a queimadura for profunda deve-se chamar um médico imediatamente. Não coloque pasta de dente, ovos, manteiga ou qualquer outro ingrediente sobre a área atingida. Não remova tecidos grudados, apenas corte e retire cuidadosamente as partes que estiverem soltas. Em todos os casos de queimaduras o acidentado deve ser encaminhado logo à assistência médica. a) Queimaduras térmicas São causadas por líquidos ou objetos quentes, vapor e fogo. Refrigere o local com água fria, cubra com um pano limpo e se for o caso, retire cintos, sapatos e roupas. As queimaduras leves podem ser tratadas com pomada picrato de butesina ou paraqueimol. No caso de uma queimadura grave podemos cobrir o local com gaze esterilizada umedecida em solução aquosa de bicarbonato de sódio a 1% (m/m) ou soro fisiológico. b) Queimaduras químicas São causadas por ácidos, álcalis, fenol, alvejantes e solventes orgânicos. Primeiro enxague o local com água corrente por pelo menos 20 minutos. Depois, se for queimadura por ácido, podemos lavar com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 1% (m/m) e novamente com água. No caso de contato da pele com ácido sulfúrico concentrado devemos enxugar a região com papel absorvente antes de lavar com água corrente. Se for queimadura causada por um álcali, podemos tratar com solução aquosa de ácido acético a 1% (v/v) e novamente com água. No caso de queimadura por fenol devemos lavar com álcool absoluto e somente depois com água e sabão. Caso os olhos forem atingidos, devemos lavar o local com água corrente até a chegada 17 Serviço Social da ajuda e encaminhamento ao médico. Se precisar remover o acidentado, aplique gazesesterilizadas embebidas em soro fisiológico, mantendo a compressa (sem pressão), até que seja possível consultar um médico oftalmologista. c) Queimaduras elétricas São causadas por corrente de baixa voltagem, como equipamentos de laboratório e eletrodomésticos, alta tensão e raio. Não toque na pessoa acidentada e desligue a corrente elétrica imediatamente. 1.7.2 Envenenamento Veneno é toda substância que, se introduzida no organismo em quantidade suficiente, pode causar danos permanentes ou temporários. As intoxicações podem resultar em doença grave ou morte em poucas horas caso a vítima não seja socorrida a tempo. a) Intoxicação por contato (pele): Lavar o local afetado com água corrente. b) Intoxicação por inalação: Remover o acidentado para um local arejado e aguardar a chegada do atendimento médico. c) Intoxicação por ingestão: Se a substância não chegou a ser engolida deve-se cuspir imediatamente e lavar a boca com muita água. Se a substância foi engolida deve-se chamar um médico para administrar um antídoto adequado de acordo com a natureza do veneno. Não provoque vômito e não ofereça água, leite ou qualquer outro líquido. Em todos os casos de envenenamento o acidentado deve ser encaminhado logo à assistência médica. 18 Manual de Estágio 2. CALENDÁRIO DAS AULAS PRÁTICAS E OS ROTEIROS A quantidade de aulas práticas, a data da realização dessas aulas e o horário de início e término delas serão divulgados para o aluno pelo polo onde ele é matriculado e também pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard. Portanto, é necessário que o aluno fique atento a essas informações já no início do semestre letivo. As aulas práticas serão realizadas preferencialmente aos sábados, podendo ocorrer no período da manhã e/ ou da tarde. Os horários das aulas práticas serão divulgados nos avisos da disciplina. Os roteiros das aulas práticas serão disponibilizados para os alunos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard próximo ao conteúdo da disciplina no início do semestre letivo. No dia da realização da aula prática, os alunos deverão levar os roteiros impressos para melhor aproveitamento da aula. 3. RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA a) Informações gerais Após terminar todas as aulas práticas previstas para a disciplina, os alunos deverão fazer um relatório ÚNICO (todas as práticas) e INDIVIDUAL referente a essa disciplina. Antes da elaboração do relatório, é essencial que todo o conteúdo da disciplina seja estudado com empenho, pois, assim, você terá contato com conceitos importantes, os quais facilitarão o entendimento do assunto e a elaboração do relatório. O relatório é composto por questões sobre cada experimento executado no laboratório, no qual o aluno deverá responder com suas próprias palavras mostrando o conhecimento adquirido. Os arquivos devem ser postados na extensão .doc, .docx ou .pdf. Sugere-se que você salve o arquivo preferencialmente na extensão .pdf, pois a formatação do documento permanece inalterada. 19 Serviço Social Caso seja postado um arquivo corrompido (que não abra ou que não apresente nenhum conteúdo) ou um arquivo com o trabalho de outra disciplina, o aluno receberá nota ZERO. Portanto, verifique com atenção o arquivo antes de postá-lo. É importante que o nome e o RA do aluno estejam relacionados na capa do trabalho (modelo apresentado a seguir) e no sistema da UNIP EaD no momento da postagem. O aluno que não apresentar o nome registrado no sistema ficará com nota ZERO! O período de postagem do relatório será divulgado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard (Avisos – dentro da disciplina do curso). Postar na área do aluno > TRABALHOS ACADÊMICOS. A pesquisa é importante para sua formação profissional e acadêmica. No entanto, ao utilizar um conteúdo pesquisado é importante transcrevê-lo com suas próprias palavras e citá-lo nas referências. Trabalhos considerados plágio obterão nota zero! Para auxiliar os professores nas correções, é utilizada uma PLATAFORMA ANTIPLÁGIO, portanto, caso você copie trabalhos da internet (mesmo que copie trechos de vários sites) poderá ter seu trabalho invalidado no momento da correção. Seja ético e comprometido com sua formação acadêmica; estude e elabore os próprios textos para construir seu conhecimento e adquirir aprendizagem significativa. Não será aceito relatório preexistente, mesmo que o trabalho seja de autoria do estudante, 20 Manual de Estágio ou seja, o trabalho precisa ser inédito! Relatório encontrado em sites que disponibilizam trabalhos prontos na internet será considerado plágio e obterá nota zero! b) Elaboração do relatório O aluno precisa elaborar um relatório de aula prática de qualidade, de acordo com o modelo proposto nos roteiros disponíveis no AVA. 21 Serviço Social A seguir é apresentado o modelo de capa que deverá ser utilizado no relatório. Curso Nome da disciplina RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Nome e RA do ALUNO Polo de matrícula Local da realização da aula prática Ano de postagem 22 Manual de Estágio Exemplo de Relatório da Disciplina de Química Geral: 23 Serviço Social 24 Manual de Estágio 4. NOTAS E FALTAS DAS AULAS PRÁTICAS As disciplinas que tiverem aulas práticas podem ter na prova presencial questões discursivas referentes ao conteúdo abordado nas aulas práticas. Essas questões podem conter tanto o conteúdo do embasamento teórico das aulas práticas como o conteúdo metodológico empregado nela. Quando couber, cálculos envolvendo as técnicas e os procedimentos das aulas práticas também podem ser solicitados na resolução das questões discursivas da prova presencial. O professor responsável pela aula prática será também o responsável pela correção e pela atribuição da nota do relatório do aluno. Para tanto, esse professor deverá ser previamente cadastrado no sistema de trabalhos acadêmicos e corrigir os relatórios postados pelos alunos nesse sistema. O cadastramento do professor para acesso aos trabalhos acadêmicos será feito pelo coordenador do curso. As notas atribuídas devem seguir critério do professor responsável pelas aulas práticas. O aluno que faltar na aula prática não poderá incluir no relatório essa aula, sendo, portanto, sua nota proporcional às aulas práticas realizadas. Não será aceito relatório de aulas práticas realizadas parcialmente (no caso de alunos que se ausentarem antes do término da aula). O cálculo da nota da disciplina com aula prática seguirá as seguintes proporções: 1. Avaliação presencial: 70%. 2. Relatório das aulas práticas: 30%. A frequência do aluno às aulas práticas é obrigatória. O não comparecimento acarretará nota ZERO no relatório e reprovação por falta, se não atingir 75% de frequência. Os alunos terão suas frequências controladas pelo polo próprio no dia da aula prática. Nessa ocasião, o aluno deverá comparecer ao polo próprio (dentro da universidade em que ocorrerá a aula prática) e registrar a frequência no período da manhã e/ou no período da tarde. 25 Serviço Social 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACCAN, Nivaldo; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S. & BARONE, J. S. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2001. HOSPITAL ALBERT EINSTEIN. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Primeiros socorros. Disponível em: https://www.einstein.br/noticias/editorias/primeiros-socorros#p=0 Acesso em: 22 fev. 2010. INSTITUTO DE QUÍMICA. Universidade de São Paulo. Manual de segurança. Disponível em: http://www3.iq.usp.br/paginas_view.php?idPagina=1083 Acesso em: 20 fev. 2010. MACHADO, Patrícia Fernandes Lootens & MÓL, Gerson de Souza. Resíduos e rejeitos de aulas experimentais: o que fazer? In: Revista Química Nova na Escola, nº 29, agosto de 2008.
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